PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

sexta-feira, março 28, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] EDIÇÃO EXTRA: "DEU NO JORNAL"




























[Chargistas: Iotti, Lane, Henrique, Aroeira, Solda, Jean, DaCosta, Cláudio, Lute, Frank, Junião, Novaes, Sponholz, Tiago, Mariano].

XÔ! ESTRESSE [In:] "UMA IMAGEM..."












[Chargistas: Tiago, Bello, Adnael, Aliedo, Pelicano, Dálcio

FRASE DO DIA!

"... o discurso pacificador de Chávez que permitiu a reunião que resultou no documento de conciliação entre os países". "Ao ex-guerrilheiro e hoje pacificador, os parabéns". [Presidente Lula].
>
(Renata Baptista; da Agência FOLHA, em Recife. Colaborou Letícia Sander , enviada a São Luís. 2803)

DILMA ROUSSEFF: "NÃO SOU CANDIDATA". ["Como assim?"]

Dilma: ''Não sou candidata''

Logo depois de receber o resultado da pesquisa que indicou o aumento de sua popularidade, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escalou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para comentar os números positivos. Foi a deixa para que Dilma, sem se distanciar de seu estilo seco e discreto, incorporasse o papel de pré-candidata do Palácio do Planalto à sucessão em 2010. Ela alertou para o "salto alto", rebateu ataques da oposição e agradeceu a recepção "afável e alegre" das pessoas na periferia pobre do Recife, reduto tradicional de simpatizantes de Lula. "É um momento de reflexão para nós", disse. "Não podemos subir no salto alto e achar que a questão do País está resolvida." Dentro de uma loja de eletrodomésticos, no bairro da Água Fria, inaugurada pelo presidente, Dilma mostrou irritação com a pergunta sobre uma possível pré-candidatura. "Essa aí, meu filho, vai ficar para depois, porque não sou candidata... a próxima (pergunta)", pediu a ministra. A um comentário sobre a declaração de Lula, feita no dia anterior ao lado dela, de que o governo faria o sucessor, Dilma respondeu: "O presidente fala várias coisas ao meu lado, até porque passamos uma parte significativa dos últimos dias juntos. Então foi casual." Ela ressaltou que o aumento da popularidade de Lula se deve não apenas ao crescimento do PIB, mas à política de distribuição de renda do governo. Dilma citou os programas Bolsa-Família, Luz para Todos e Pronaf, voltados para camadas mais pobres da população. "O importante é que milhões de brasileiros estão tendo um padrão de consumo que antes era restrito à classe média", afirmou. "Há uma mobilidade, estamos nos tornando um país de classe média. Milhões de pessoas deixaram as classes D e E e estão indo para a classe C." Indagada se tinha gostado da experiência de dar autógrafos e posar para fotos com simpatizantes de Lula, Dilma respondeu bem-humorada. "É da tradição da população brasileira ser afável e alegre, a gente gosta de retrato como japonês, ainda mais agora que está mais fácil comprar máquinas fotográficas e telefone celular", disse. "Vi lá fora as pessoas com celular na mão tirando fotos."
CARTÕES
A ministra foi incisiva ao responder sobre a estratégia da oposição de tentar convocá-la para depor na CPI dos Cartões. "Essa tentativa de banalizar as investigações, escandalizando o nada, é algo que não contribui para o País", afirmou. "Todos os dados sigilosos da Presidência não são sigilosos para o Tribunal de Contas da União. Os dados são auditados." Na avaliação da ministra, as auditorias tanto das contas dos cartões usados pelo atual governo quanto do anterior foram "irrepreensíveis". "Os gastos têm um sentido público, não são gastos pessoais", afirmou, avaliando que há muita desinformação sobre o assunto. "Estamos totalmente tranqüilos em relação à CPI, pois o governo tem clareza de que os dados sigilosos não são sigilosos para os auditores."
FRASES
Dilma Rousseff. Ministra da Casa Civil:
"Não podemos subir no salto alto e achar que a questão do País está resolvida";
"O importante é que milhões de brasileiros estão tendo um padrão de consumo que antes era restrito à classe média";
"É da tradição da população brasileira ser afável e alegre, a gente gosta de retrato como japonês";
"Essa tentativa de banalizar as investigações, escandalizando o nada, é algo que não contribui para o País"
Ângela Lacerda e Leonencio Nossa, RECIFE. Estadão, 2803.

HUGO CHÁVEZ & LULA: ETERNOS?

Chávez "pacificador" pôs fim a conflito na região, diz Lula
>


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, em Recife (PE), que o venezuelano Hugo Chávez foi o "pacificador" do conflito recente entre Colômbia e Equador. Chávez, que estava em pé ao lado do petista, se mostrou surpreso com a afirmação do colega brasileiro. "Incrível", disse o presidente da Venezuela, arrancando risos de ministros e jornalistas, durante entrevista concedida no Palácio dos Campos das Princesas, sede do governo pernambucano. Segundo Lula, foi "o discurso pacificador de Chávez que permitiu a reunião que resultou no documento de conciliação entre os países". "Ao ex-guerrilheiro e hoje pacificador, os parabéns", afirmou o brasileiro. O petista foi enfático na defesa ao Equador no conflito. "Não aceitamos que um país interfira na soberania territorial de outro e ponto final", disse. Colômbia e Equador entraram em crise em 1º de março, após a incursão colombiana no Equador em operação contra as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Na ocasião, o então número dois da guerrilha, Raúl Reyes, foi morto, com outras 24 pessoas. No início da crise, Chávez aumentou a tensão na região ao anunciar o envio de tropas para a fronteira com a Colômbia, expulsar o embaixador do país vizinho e atacar a ligação dos EUA com o governo de Álvaro Uribe, a quem chamou de "terrorista", "lacaio do império" e "criminoso". Na prática, porém, as tropas venezuelanas nunca chegaram até a fronteira. E o tom do venezuelano foi diminuindo, até surpreender no encontro do Grupo do Rio, no dia 7 de março, quando poupou Uribe de ataques. Mais conciliador, afirmou na ocasião que o tempo era de "reflexão e ações" e que ainda dava para "deter esta voragem da qual poderemos nos arrepender", se dirigindo aos presidentes da Colômbia e do Equador. Ainda ao lado de Chávez, Lula afirmou ontem ter interesse no ingresso da Venezuela no Mercosul, mas disse esperar a votação no Congresso. "De minha parte, tenho a mesma ansiedade de Chávez", disse. No ano passado, o venezuelano criticou a demora do Congresso brasileiro em votar a demanda. "Nervosos" Após o encontro com Lula, Chávez teve uma rápida passagem por São Luís (MA), articulada pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), na qual irritou o clã Sarney. Numa espécie de comício improvisado, do balcão do palácio do governo, ele sugeriu que os que ficaram "nervosos" com sua presença fizessem um "chamado à reflexão". "Não fiquem ainda mais nervosos os que já estão nervosos", disse. A visita de Chávez foi criticada ontem pelo jornal "O Estado do Maranhão", da família Sarney, oposição ao governador Jackson Lago (PDT). O senador José Sarney (PMDB-AP) é contra a entrada da Venezuela no Mercosul. Já Lago elogiou o venezuelano e assinou com ele uma série de convênios. A ida de Chávez a São Luís é parte de um movimento que o MST vem fazendo para aproximar governos do campo de esquerda com a Venezuela. O principal dirigente do movimento, João Pedro Stedile, não saiu do lado de Chávez ontem. RENATA BAPTISTA; DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE. Colaborou LETÍCIA SANDER , enviada a São Luís. 2803. Foto Lula Marques/Folha Imagem.
_______________________
N.B.: Observem a "sutileza" no click do fotógrafo: as imagens atrás de Chávez dão-lhe as "orelhas de Mickey Mouse", um ícone da cultura americana (EUA).

MEDIDAS PROVISÓRIAS: NOVAS E MAQUIADAS

MP enviada pelo governo era plágio de projeto em discussão

Não bastasse o fato de 13 Medidas Provisórias (MPs) trancarem a pauta e irritarem os deputados federais o clima fechou de vez na Câmara depois que se descobriu que uma MP, editada pelo governo, não passava de plágio de um projeto de lei, que estava em discussão avançada e que poderia ser votado em breve pelo plenário.
A MP 422, assinada terça-feira (25) pelo presidente Lula, reproduz projeto de lei de autoria do deputado Asdrubal Bentes (PMDB-PA), que trata sobre a venda de terras da União na Amazônia. O texto de apenas dois parágrafos, não apresenta nenhuma mudança em relação ao projeto original do parlamentar. Foram mantidos números, palavras e até detalhes como vírgulas e aspas.
Crítica
Inicialmente, o autor do projeto chiou. Depois, ele mudou o tom da crítica. Aliado do governo, Bentes tentou amenizar a própria reclamação. “Não esperávamos que o governo tomasse a iniciativa de apresentar a MP aproveitando ‘ipsiliteres’ o meu projeto”, diz o deputado. Até o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), ficou irritado. Porém, ele poupou o presidente Lula. “Evidentemente que o plágio colocou os funcionários, não sei que órgão que preparou, sob cheque. Eles que vão ter que responder, porque levaram o presidente a assinar uma MP que seguramente não tinha como o presidente saber que projetos tinha na casa”. Chinaglia chegou a discutir com o presidente do Senado, Garibaldi Alves, a possibilidade de devolver a medida ao governo.
Outro exemplo
No início deste ano, o senador Osmar Dias (PDT-PR), também descobriu que um projeto dele tinha sido copiado. O Ministério da Justiça submeteu à consulta pública, um projeto de lei propondo mudanças no Código de Trânsito Brasileiro. Os textos do artigo 28-A e dos parágrafos 1º e 2º têm conteúdo idêntico ao projeto de lei apresentado em 2001 por Dias. Do G1, em São Paulo, com informações do Jornal da Globo. 2803.

PRIVATIZAÇÕES: O "BOOM" DO PODER DE MONOPÓLIO [O lado "bom"]

Oi fecha acordo para a compra da Brasil Telecom

Foi fechado ontem o acordo de compra da Brasil Telecom pela Oi (ex-Telemar). Todas as pendências envolvendo os sócios Citigroup e Opportunity, do empresário Daniel Dantas, que eram o último empecilho na BrT, foram resolvidas. O negócio, que depende de mudança na legislação do setor e de aprovação pelos órgãos reguladores, gira em torno de R$ 8 bilhões. O fato relevante sobre a operação deverá ser publicado na próxima semana. O governo federal, que foi o principal inspirador do negócio, foi informado na noite de ontem. A assinatura de um acordo prévio foi feita na sede da Andrade Gutierrez, em Botafogo, no Rio de Janeiro, onde estava montada uma espécie de "quartel general" com as partes envolvidas. Nos últimos dias, os negociadores viraram noites para o acordo ser fechado. O fechamento da operação demorou em razão das disputas judiciais envolvendo o Citigroup e o Opportunity. No início da semana, os principais envolvidos no negócio, os empresários Carlos Jereissati (La Fonte) e Sérgio Andrade (Andrade Gutierrez), chegaram a cogitar uma saída sem o acerto entre o Opportunity e o Citi. Outra opção que também chegou a ser pensada foi a de se buscar uma arbitragem internacional para resolver essas pendências. Ontem essa alternativa foi descartada. As partes chegaram a um acordo, e a papelada final deve ser assinada na próxima semana, quando deverá ser divulgado o fato relevante do negócio. Outra batalha judicial, que envolvia os fundos de pensão e o Opportunity, já tinha chegado a um acordo há mais tempo. As duas partes deverão retirar as questões na Justiça envolvendo uma das maiores disputas empresariais do país. Os grupos Andrade Gutierrez e La Fonte, que serão os principais controladores da nova tele, só admitiam a compra da BrT com todas as pendências judiciais solucionadas. Ontem a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) informou que adiou a definição sobre a mudança na lei que poderá permitir a compra da BrT. Segundo a agência, a proposta não foi concluída pela área técnica do órgão. "É questão de semanas", disse Ronaldo Sardenberg, presidente. GUILHERME BARROS. COLUNISTA DA FOLHA. 2803.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

No País, 30 cidades correm risco de enfrentar surtos de dengue. Pelo menos 30 cidades brasileiras, incluindo sete capitais, apresentam a mesma combinação que levou o Rio à epidemia de dengue neste ano: alta infestação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, aumento do vírus do tipo 2 - um dos mais agressivos - e um número considerável de pessoas suscetíveis à contaminação. O Estado fez um cruzamento de dados entre o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Liraa) com mapas de circulação dos vírus da dengue. Trinta cidades, espalhadas pelos Estados de Roraima, Piauí, Maranhão, Tocantins, Bahia, Ceará, Alagoas e Pará, vivem o risco de expansão da dengue tipo 2. (...) Uma nova onda de epidemia de dengue no País teria mais casos graves e atingiria principalmente pessoas mais jovens. Exatamente o que vem ocorrendo no Rio. Entre as causas dessa nova onda estaria o tipo de população suscetível. A dengue é provocada por quatro tipos de vírus, batizados de 1,2,3,4. Ao ser infectado, o paciente cria imunidade somente ao tipo de vírus que causou sua doença. No Brasil, já há grande número de pessoas resistentes, por causa das três epidemias registradas. Mas crianças que nasceram durante e depois da década de 90 não têm essa imunidade. Lígia Formenti, BRASÍLIA; Emilio Sant´Anna. Estadão, 28/03.
Adolescentes levam cachaça para escola no interior de SP. Estudantes de uma escola estadual de Fernandópolis, a 555 km de São Paulo, foram flagrados com aguardente numa garrafa de refrigerante na tarde da quinta-feira (27). A bebida estava com três adolescentes da Escola Joaquim Antônio Pereira. A inspetora de alunos os flagrou com um copo e desconfiou que era bebida alcoólica. Os três foram levados para delegacia para registrar a ocorrência e o fato foi comunicado aos pais. G1.
Holanda isenta cigarro de maconha de lei antifumo. O uso de cigarros puros de maconha será isento das restrições antifumo que passarão a vigorar na Holanda em três meses. Segundo as regras, o fumo - hoje proibido em prédios e escritórios públicos - será proibido também em lugares como bares, cafés, restaurantes, clubes e teatros a partir de 1º de julho. Entretanto, cigarros de maconha pura, hoje consumidos abertamente em locais públicos, ficarão de fora das regras. G1.
Por unanimidade, TSE cassa o primeiro deputado federal ‘infiel’. Em decisão unânime, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato do deputado federal Walter Brito Neto (PRB-PB) por infidelidade partidária nesta quinta-feira (27). Ele foi o primeiro parlamentar federal a ser punido por trocar de partido após o prazo permitido pela legislação eleitoral. Brito Neto ainda pode recorrer da sentença ao próprio TSE e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Antes dele, 111 parlamentares, todos vereadores, já haviam perdido seus mandatos por infidelidade partidária. Brito Neto deixou o DEM para ingressar no PRB em setembro de 2007. O DEM então recorreu ao TSE pedindo de volta o mandato do deputado. Antes de ser concluído nesta quinta, o julgamento já havia sido interrompido duas vezes. G1.
Lula alerta Chávez para riscos políticos da escassez. Numa conversa reservada de mais de duas horas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou ontem em Recife o colega Hugo Chávez para os riscos institucionais e políticos causados pela falta de produtos básicos na Venezuela. Lula contou, durante almoço no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, detalhes do encontro com Chávez. Estavam presentes ao almoço cinco governadores. "Estou muito preocupado com a Venezuela", disse o presidente, segundo três participantes do almoço. "Falei para o Chávez que se a crise de desabastecimento se prolongar na Venezuela não há povo que, com fome, sustente um governo." Lula relatou que, numa viagem recente a Caracas, não havia leite no hotel. Isso o deixou "preocupado" com a situação no país. Além de leite, faltam carne e açúcar. "Há risco de instabilidade política na Venezuela", teria dito Lula no almoço. Ele teria aconselhado Chávez a mudar procedimentos administrativos. "Falta certa esperteza, um profissionalismo", avaliou Lula, segundo participantes. "Há dificuldade de montar equipe." Lula já combinou com Chávez uma viagem a Caracas em junho para acertar acordos e firmar a posição do governo brasileiro de apoio à Venezuela. Leonencio Nossa, RECIFE. Estadão. 2703.
'Não fico surpreso com mais nada no Brasil', diz FHC. SÃO PAULO - O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comentou rapidamente nesta quinta-feira, 27, o índice de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Eu não vi a avaliação, mas não fico surpreso com mais nada no Brasil", declarou, ao sair de uma palestra para arrecadação de fundos destinados à construção da sede do diretório estadual do PSDB. Nesta quinta, uma pesquisa divulgada pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) apontou que a avaliação do presidente Lula atingiu seu melhor desempenho desde a posse no primeiro mandato, em 2003. Roberto Almeida, de O Estado de S. Paulo. 2803.

PARTIDOS DE OPOSIÇÃO [In:]: "DESABAFOS" COM OS BRAÇOS CRUZADOS

Para oposição, comunicação e propaganda ajudam Lula

BRASÍLIA - O crescimento da economia não é o único responsável pelos altos índices de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontados pela pesquisa CNI/Ibope, na avaliação de políticos de oposição. O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), afirma que outros fatores devem ser considerados, como a capacidade de comunicação de Lula, respaldada por um forte esquema de propaganda política, e a falta de ajuste e organização da própria oposição.
O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), entende que, além dos ventos favoráveis da economia, Lula não saiu do palanque. "Ele está inaugurando obra que não existe e gerando muita expectativa no palanque", analisou. Para o líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), a popularidade alta de Lula "não é julgamento definitivo, mas retrato do momento e produto de circunstâncias". Sem entrar no mérito da raiz da popularidade, o líder do PT na Câmara, deputado Maurício Rands (PE), classificou como "impressionante" o resultado da sondagem. "O que chama a atenção é que geralmente o maior índice de popularidade de um chefe do Executivo ocorre na data imediata à eleição. É a chamada lua-de-mel do governante com o eleitor. Mas o presidente Lula, cinco anos e meio depois de ter sido eleito, cada vez mais aumenta a popularidade dele porque a sociedade percebe que o governo dele é comprometido com a maior parte da população", disse.
Oposição em crise
O resultado da nova sondagem não surpreendeu, mas pegou a oposição em crise, agravada pela desarticulação e falta de estratégia de ação no Congresso. O PSDB e o DEM, os dois maiores partidos de oposição, assistem ao presidente Lula ocupar sozinho a cena política e às iniciativas da base aliada do Planalto de impedir investigações em setores do governo acusados de irregularidades em duas CPIs do Congresso. Depois da derrota traumática da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o governo não deu mais trégua para a oposição no Congresso, que se perde num blá-blá-blá no plenário para manter a obstrução da pauta e nas sessões de bate-boca das CPIs. O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), um opositor ácido do governo, disse que Lula se aproveita da melhoria na economia que reflete diretamente no sucesso do Executivo, e usa sua força para imobilizar os poderes Legislativo e Judiciário. "O Congresso está subordinado, de cócoras; e o presidente não leva em conta o Judiciário que está acuado", afirmou, ao pedir ao PSDB e DEM que acionem Lula na justiça. "Lula está usando o PAC (programa de aceleração do crescimento) como palanque eleitoral e levando tudo na gozação e ironia. E não pode usar o dinheiro público para chegar aos estados e tratar a opinião pública como imbecil", observou. Ele lembrou que em 1974, o ex-presidente Médici chegou a 84% de aprovação. " E deu no que deu", completou. Para os tucanos, o governo Lula apenas consolidou na economia um processo que já estava em curso e que mudou o padrão de vida das pessoas. "Mas o problema de legitimidade na base do governo é profundo", afirmou Sérgio Guerra. Para o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), apesar de ajudado pela economia, o governo de Lula não conseguiu combater a dengue e a febre amarela. "A economia melhorou mas não vejo reflexos positivos na segurança pública e educação, só vejo o presidente em campanha com dinheiro público", emendou. Antes mesmo da divulgação dos números da CNI/Ibope, as cúpulas do PSDB e DEM já estavam decididas a fazer um encontro, com a presença do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para discutir rumos. Antes disso, na próxima segunda-feira, haverá uma reunião entre os principais líderes de oposição para uma avaliação. A maioria reconhece que é hora de "menos grito e mais inteligência". O que mais incomoda a oposição é o uso eleitoral do PAC. "Lula é um infrator e não tem nenhum compromisso com a moralidade pública nem com a verdade", concluiu o líder do PSDB, deputado José Aníbal (SP). Cida Fontes, de O Estado de S. Paulo. 2803.

DOSSIÊ FHC: ... e como a GUERRA foi iniciada.

Braço direito de Dilma fez dossiê contra família FHC

Partiu da secretária-executiva da Casa Civil, braço direito da ministra Dilma Rousseff, a ordem para a organização de um dossiê com todas as despesas realizadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, sua mulher Ruth e ministros da gestão tucana a partir de 1998. O banco de dados montado a pedido de Erenice Alves Guerra é paralelo ao Suprim, o sistema oficial de controle de despesas com suprimentos de fundos do governo. O governo nega tratar-se de um dossiê. A interlocutores Erenice se responsabiliza pela decisão de organizar processos de despesas de FHC, isentando a chefe de ter tomado a decisão. Ela é conhecida como "faz-tudo" de Dilma, sendo a funcionária mais próxima da ministra que Luiz Inácio Lula da Silva vê como presidenciável para 2010. Quando o trabalho começou a ser feito, corriam as negociações no Congresso para investigar gastos com cartões corporativos do presidente Lula. Por pressão de governistas, as investigações recuariam ao período de governo tucano. O banco de dados avançara sobre parte do material guardado no arquivo morto, num dos prédios anexos do Planalto. Um dos relatórios produzidos na Casa Civil, a que a Folha teve acesso, mostra que os dados foram organizados de forma diversa do Suprim (Sistema de Controle de Suprimento de Fundos), que tem os registros dos gastos do período Lula. Com 13 páginas, o documento registra detalhes, fora da ordem cronológica, de diversos gastos, com ênfase nos feitos pela ex-primeira-dama Ruth e naqueles que envolvem bebidas e itens como lixas de unha. Na primeira semana após o Carnaval, segundo a Folha apurou, Erenice marcou reunião no Planalto com membros da Secretaria de Administração, da Secretaria de Controle Interno da Presidência e de outras áreas da Casa Civil. Solicitou que fossem cedidos funcionários de cada área para que se criasse uma força-tarefa encarregada de desarquivar documentos referentes aos gastos do governo anterior a partir da rubrica suprimento de fundos, que inclui cartões corporativos e contas "tipo B" (despesa justificada por nota depois de o servidor receber uma determinada verba). A Folha apurou que Erenice justificou a empreitada aos subordinados alegando ser preciso fazer o levantamento para atender a eventuais demandas da CPI dos Cartões e destacou sua chefe-de-gabinete, Maria de La Soledad Castrillo, para coordenar os trabalhos. Por meio de sua assessoria, Erenice negou que tivesse tido reunião com os secretários de Controle Interno e da Secretaria de Administração e Diretoria de Logística, "para discutir qualquer tipo de assunto referente a levantamento de dados de suprimento de fundos". Mas confirmou que a Casa Civil está alimentando banco de dados com informações do suprimento de fundos entre 1998 e 2002 e admitiu que a gestão da base de dados é da Secretaria de Administração e o trabalho envolve áreas de Tecnologia da Informação, Orçamento e Finanças e Logística. A seleção e a organização de despesas do governo FHC durou um mês e meio, até os primeiros lançamentos das despesas no Suprim -que seria o destino das informações. Com a publicação da última edição da revista "Veja", em que trechos do relatório com 13 páginas a que a Folha teve acesso ontem foram divulgados, os dados passaram a ser digitados diretamente no Suprim. Por isso a Casa Civil afirma que as informações "vazadas" à imprensa seriam fragmentos de relatórios de gastos ainda em fase de digitação. Folha, LEONARDO SOUZA;MARTA SALOMON; ANDREZA MATAIS; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA. 2803.