PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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sexta-feira, dezembro 28, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] '-- É UM PÁSSARO? -- É UM AVIÃO?'. -- NÃO! É UMA RENA !

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Na medida do possível  postaremos a charge do Edu Mazzer - chargista Maringaense (abaixo).


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# (cana as canalhas).
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'... QUE OS MORTOS ENTERREM OS SEUS MORTOS' *



A vingança dos zumbis



Nelson Motta - Nelson Motta
Autor(es): Nelson Motta
O Estado de S. Paulo - 28/12/2012


Mesmo sem ser simpática nem carismática, sem ter o dom da palavra e da comunicação, e com o País crescendo apenas 1% ao ano, a presidente Dilma Rousseff obteve índices espetaculares de confiança e aprovação pessoal na pesquisa do Ibope. Mas como os pesquisados de todo o Brasil se informaram sobre o dia a dia de Dilma e do País, sobre suas ideias, ações e resultados? Ora, pela "mídia golpista", que divulgou nacionalmente os fatos, versões e opiniões que a população avaliou para julgar Dilma.
Os mesmos veículos informaram os 83% que tiveram opinião favorável a Lula no fim do seu governo, já que a influência da mídia estatizada e dos "blogs progressistas" no universo pesquisado é mínima. Claro, a maciça propaganda do governo também ajuda muito, mas só se potencializa quando é veiculada nas maiores redes de televisão e rádio, nos jornais, revistas e sites de maior audiência e credibilidade no País  que no seu conjunto formam o que eles chamam de "mídia golpista".
Mas que golpismo de araque é esse que tanto contribui para divulgar os feitos, as qualidades e a força popular do objeto de seu suposto golpe?
Por que a mesma mídia só tem credibilidade quando contribui para a popularidade de Lula e Dilma e não quando denuncia os escândalos do governo e o julgamento do mensalão? A conta não fecha, mas eles insistem. Zé Dirceu e Rui Falcão já avisaram que a vingança dos zumbis do mensalão e do "Rosegate" vai ser a regulamentação da mídia, como na Argentina e na Venezuela, culpando o mensageiro pela mensagem.
No Brasil democrático todo mundo tem voz, fala o que quer, ouve quem quiser. Mas eles querem "pluralizar" a mídia, denunciando monopólios e ignorando a concorrência acirrada em todos os segmentos do mercado multibilionário da comunicação de massa, em que ganham mais os que têm mais credibilidade e popularidade.
Mas o Brasil não é a Argentina e Dilma não é Cristina. Além da cobertura nacional que tanto contribui para sua boa exposição e avaliação pública, ela deveria agradecer à mídia por revelar os malfeitos que lhe permitiram fazer uma faxina no seu quintal.
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(*) Lucas 9: 60.
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STF: ''QUEM PARIU MATEUS QUE O EMBALE...'' *



Um golpe de mestre



Autor(es): Otávio Bravo
O Globo - 28/12/2012

O ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, pode ter vários defeitos, mas de bobo ele não tem nada. Com a decisão de negar-se a decretar a prisão imediata dos condenados no julgamento do mensalão, ele consegue, de uma tacada só, atingir seis objetivos:
1. Esvazia (ainda que em aparência) o discurso de parcialidade do julgamento, exaustivamente repetido pelos críticos da condenação;
2. Reafirma a credibilidade do STF junto à opinião pública, pois se ele deixasse a decisão para qualquer outro ministro (ou mesmo para o plenário) choveriam críticas em caso da ausência de decretação imediata da prisão (como "herói nacional", Barbosa é o único ministro do Supremo acima do bem ou do mal; isso é fato, ainda que não seja salutar para as instituições);
3. Impede uma crise institucional mais séria, que já se desenhava nos últimos dias, com ameaças de cassação de ministro do STF, por parte do presidente da Câmara, e de processo por prevaricação de deputado, por parte de ministros do Supremo;
4. Não se arrisca à utilização da prisão imediata como jogada de mídia por parte dos acusados (publicou-se, há alguns dias, que alguns dos acusados, se presos, exigiriam ser algemados e fotografados, em óbvia vitimização);
5. Impede o desgaste de - uma vez mais - ser obrigado a justificar eventual mudança jurisprudencial do STF;
6. Deixa o problema da questão dos mandatos dos parlamentares nas mãos do Congresso. Negar a prisão, nesse momento, significa rejeitar a execução imediata da decisão condenatória do STF. Assim, a cassação efetiva dos mandatos também só se dará após o trânsito em julgado do acórdão (ou seja, depois de interpostos os recursos - embargos declaratórios - por parte dos condenados). Ou seja, até lá o desgaste de ter membros condenados por corrupção passiva, peculato e formação de quadrilha é do Congresso. E o STF ainda pode tripudiar: "Se vocês acham que a competência para cassar é de vocês, por que não promovem (ou tentam promover, já que a votação é secreta) a cassação dos parlamentares condenados, nos termos regimentais? Ou preferem assistir passivamente à atuação, em plenário e em comissões (como a de Constituição e Justiça), de congressistas condenados criminalmente por corrupção, peculato etc...?"
Qualquer pessoa pode expressar restrições pontuais à atuação do ministro Barbosa (inclusive sobre sua conduta no caso do mensalão, embora tais restrições não correspondam, por evidente, a acreditar na inocência dos acusados). Sua postura, em julgamentos passados, mostrou-se, por diversas vezes, excessivamente draconiana e parece óbvio que a convivência com ele, em plenário e fora dele, deve ser dificílima.
Mas essa decisão, independentemente do mérito da condenação (até porque, nesse aspecto, Inês já é morta, velada e enterrada, ou seja, o caso está encerrado), foi, antes de tudo, uma prova de inteligência. Verdadeiro golpe de mestre.
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(*) "Quem pariu os teus que embale (balance)''.
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EMPREENDEDORISMO, 'MANO' !


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Camelôs de praia já aceitam cartões de débito e crédito

Novidade tem surpreendido turistas, que acham mais cômodo não ter de usar dinheiro na areia


26 de dezembro de 2012 | 21h 08



Reginaldo Pupo, especial para o Estado em São Sebastião

SÃO SEBASTIÃO - Quem vai para o litoral norte neste réveillon ou pretende passar as férias de verão na região não precisará mais se preocupar em levar dinheiro trocado e moedas para comprar produtos de comerciantes ambulantes. 
Em algumas praias, já é possível adquirir lanches, roupas de praia, chapéus, óculos e outros artigos com cartão de crédito – e sem precisar sair da areia.

Vendedor ambulante aceita cartão de crédito na praia - Reginaldo Pupo/Estadão
Reginaldo Pupo/Estadão
Vendedor ambulante aceita cartão de crédito na praia
A novidade surpreendeu os turistas. "Sempre trago uns trocadinhos para comprar água ou refrigerante. Jamais imaginaria que (na praia) passariam a aceitar cartão de crédito", diz Dinalva Ortega, de 43 anos, que aproveitou para comprar uma canga e uma esteira de palha na Praia de Barequeçaba, em São Sebastião, com seu cartão.
Nessa praia, todos os ambulantes já aceitam a nova forma de pagamento. "Um dia o dinheiro vai acabar, então já me antecipei e estou aceitando cartões de crédito", afirma Domingos Vieira, de 52 anos, 17 trabalhando na Praia de Barequeçaba. Segundo ele, é possível comprar com cartão a partir de R$ 5. "Menos que esse valor não compensa para o cliente", avisa.
De acordo com alguns vendedores ambulantes, os negócios com cartão, apesar de ainda serem novidade, já chegam a representar 30% das transações. "O turista que fica sabendo no dia seguinte volta e já compra com cartão", disse Ana Paula dos Santos, de 22 anos, que vende lanches com cartões em Guaecá, São Sebastião.

http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,camelos-de-praia-ja-aceitam-cartoes-de-debito-e-credito,977913,0.htm

ARGENTINA: 'NO LLORES POR MÍ', CRISTINA



Contra patrões e Cristina, sindicalistas param sistema bancário na Argentina



O Estado de S. Paulo - 28/12/2012

Greve. Categoria exige aumento salarial de 35%,com base no índice extraoficial de inflação, mas governo diz que preços subirão 10% em 2012 e se recusa a discutir correção acima de 18%; Casa Rosada teme que reivindicação de sindicatos ieve a escalada inflacionária

Uma greve geral paralisou ontem o sistema bancário em toda Argentina. O sindicato optou pelo confronto direto com o governo da presidente Cristina Kirchner e prometeu não recuar da exigência de aumento salarial de 35%. Inicialmente, os sindicalistas pretendiam estender a greve até hoje, mas depois voltaram atrás.
A proporção reivindicada pelos bancários equivale à inflação extraoficial registrada neste ano, segundo consultorias argentinas e agências internacionais de rating. Mas a Casa Rosada rejeita esse índice e sustenta que a alta dos preços em 2012 não passará de 10%.
Na quarta-feira, o Ministério do Trabalho ordenou a conciliação obrigatória, medida que suspenderia automaticamente a greve. No entanto, os sindicalistas rejeitaram a decisão, alegando que Cristina e os bancos estão aliados contra os trabalhadores.
O governo argentino recusa qualquer tipo de aumento salarial superior a 18%. O objetivo é evitar um efeito de contágio que aumente a escalada inflacionária - embora a Casa Rosada negue haver uma crise desse tipo. Segundo os bancários, o governo pretende "disciplinar" os bancários para evitar que outros sindicatos também exijam aumentos similares.
A vice-ministra do Trabalho, Noemi Rial, declarou que o governo aplicará suas "ferramentas administrativas" contra os sindicalistas por não aceitar a ordem de conciliação obrigatória e cancelar a greve.
Com a paralisação dos bancários, abre-se mais uma frente de batalha entre o governo e setores que se opõem à Casa Rosada.
Na quarta-feira, quatro associações ruralistas do país paralisaram as atividades agropecuárias por 24 horas em protesto contra o confisco dos terrenos e edifícios da Sociedade Rural no bairro de Palermo. No local, são realizadas anualmente a Exposição Rural e a Feira do Livro de Buenos Aires. Ambos os eventos costumam ser tribunas de duras críticas à presidente.
O    líder da Sociedade Rural, Luis Etchevere, afirmou que a estatização das instalações da entidade são uma vingança do governo pela crise de 2008, quando associações ruralistas enfrentaram Cristina com um locaute de quatro meses. Na época, a Casa Rosada pretendia- aplicar um "impostaço agrário", derrubado no Senado por margem estreita - apenas um voto.   
No dia 18, alas "rebeldes" da Confederação Geral do Trabalho (CGT) e da Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA) realizaram uma manifestação com dezenas de milhares de pessoas na Pra-çadeMaio. Eles exigiam uma mudança na política econômica do governo de Cristina.
Os sindicalistas - que no dia 20 de novembro já haviam realizado a primeira greve geral da era Kirchner - acusam a presidente de aplicar "políticas econômicas mais ortodoxas do que  as do FMI" e de ter traído os  "ideais trabalhistas" do peronismo.
Na manifestação, o secretáriogeral da "CGT rebelde", o caminhoneiro peronista Hugo Moya-no, afirmou que os sindicatos não se "ajoelharão" diante de Cristina.
As principais causas da insatisfação com o governo argentino em 2012 são o aumento da inflação e a retomada do crescimento da pobreza, segundo um relatório da consultoria Diagnóstico Político. De acordo com o estudo, ao longo do ano, foram, registrados 4.897 piquetes em estradas e avenidas - um aumento de B 52,36% em comparação com 20ix. Os protestos também foram reprimidos com maior violência por parte das forças de segurança. Segundo dados da CTA, nos últimos três anos, 22 pessoas morreram em manifestações.

RIVAIS DE BATALHA
® Grupos de comunicação
Com a Lei de Mídia, atualmente em debate no Judiciário, o governo Cristina tenta desmembrar as principais empresas jornalísticas críticas à Casa Rosada, como 0 grupo Glarín e 0 jornal "La Na-ción". 0 primeiro rompeu com o governo em 2008
Alas  "rebeldes!  de sindicatos
Em novembro, grupos dissidentes da Confederação-Geral do Trabalho (CGT) e da Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA) realizaram a primeira greve da era Kirchner. Ontem, O sindicato dos bancários decretou greve geral em desobediência à ordem de conciliação do governo
 Associações ruralistas
Na quarta-feira, quatro grupos de ruralistas decretaram greve: a Sociedade Rural, Coninagro, Confederações Ruralistas Argentinas e a Federação Agrária. Em 2008, crise abalou 0 governo do casal Kirchner

ARGENTINA: 'AS AVES QUE AQUI GORJEIAM, NÃO GORJEIAM COMO LÁ' *



Justiça condena ex-ministra de Néstor Kirchner por corrupção


Autor(es): Janaína Figueiredo
O Globo - 28/12/2012

Sentenciada a 4 anos de prisão, Miceli recorrerá em liberdade

Em 28 de novembro de 2005, o então presidente argentino Néstor Kirchner (2003-2007) designou a economista Felisa Miceli como sucessora de Roberto Lavagna no comando do Ministério da Economia. Assim, tornou-se a primeira mulher na História do país a assumir um dos mais altos cargos do Gabinete. Pouco mais de sete anos depois, a ex-ministra transformou-se ontem na primeira ex-funcionária de primeiro escalão do governo Kirchner condenada pela Justiça por corrupção. Após vários meses de julgamento, o Tribunal Oral Federal N° 2 determinou que Miceli é culpada de "ocultamento agravado de uma manobra financeira ilícita" - por ter escondido uma sacola com cerca de US$ 60 mil no banheiro de sua sala no ministério - e "roubo de documento público" - a ata policial na qual informava-se sobre a descoberta do dinheiro. Pelos dois crimes, a ex-ministra, no passado uma grande promessa do governo Kirchner, foi condenada a quatro anos de prisão e oito de inabilitação para ocupar cargos públicos.
Minutos depois de anunciada a sentença, Miceli confirmou que recorrerá da decisão e, portanto, aguardará a decisão definitiva da Justiça em liberdade.
- Tenho a consciência tranquila e vou continuar lutando para provar minha inocência - disse a ex-ministra, que atualmente trabalha como assessora da ONG Mães da Praça de Maio, ligada ao governo de Cristina Kirchner e também alvo de investigações judiciais sobre suposta fraude ao Estado.
O inferno astral da ex-ministra começou em 16 de julho de 2007 - no início da primeira campanha presidencial de Cristina -, quando policiais do Ministério da Economia encontraram, numa operação de rotina, uma sacola com US$ 60 mil em seu banheiro. A informação foi publicada pelo jornalista Jorge Lanata, no jornal "Perfil". Em meio ao escândalo, misteriosamente desapareceu o documento interno do ministério no qual a polícia informava sobre a descoberta do dinheiro. Durante o julgamento, Miceli assegurou que tratava-se de um empréstimo concedido por um irmão e uma amiga e disse nunca ter declarado a origem do dinheiro "por problemas de saúde de meu irmão". No entanto, a Justiça investigou um suposto vínculo entre a ex-ministra e a empresa financeira Cuenca, de onde, segundo a promotoria, saiu o dinheiro.
- Esteve claro durante todo o processo que não existem certezas e provas contundentes sobre meu vínculo com uma financeira que sequer conheço - argumentou Miceli.
Na época da denúncia, o governo reagiu com rapidez para evitar que o caso Miceli prejudicasse a campanha eleitoral de Cristina. Durante todo o julgamento, Miceli não recebeu qualquer tipo de respaldo da Casa Rosada.
- O governo não fez qualquer esforço em salvar Miceli porque foi um caso de corrupção individual, que não envolveu estruturas do Estado e outros funcionários - explicou o analista político Sergio Berenztein, da Poliarquia.
VICE-PRESIDENTE SOB SUSPEITA
Segundo ele, outros casos, como o do também ex-ministro da Economia e atual vice-presidente Amado Boudou - acusado de ter favorecido empresários amigos na compra da empresa que atualmente imprime as cédulas do peso argentino -, representam riscos muito maiores para a Casa Rosada.
- As denúncias contra Boudou mencionam mecanismos de utilização do poder para beneficiar empresários, ficar com empresas e movimentar grandes montantes - afirmou o analista - Já o caso Miceli era menor e será usado pelo governo para defender a ação da Justiça quando surgem denúncias de corrupção.
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(*) CANÇÃO DO EXÍLIO (Gonçalves Dias).
''Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite -
Mais prazer encontro eu lá;...''
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O 'PIBINHO'' e OUTRAS MAZELAS NA 'TERRA DO NUNCA'



O Elfo fica


Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 28/12/2012
 

Caracterizado como um Elfo vidente no blog do jornal britânico Financial Times, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ganhou mais uma sobrevida no governo federal. Durante o tradicional café da manhã com jornalistas, a presidente Dilma Rousseff assegurou, sem margens para contestações, pois "sou eu quem mando", que o titular da economia "não deixará o cargo, a menos que ele queira".
»
É notório que Dilma não gostou do resultado pífio do PIB em 2012 — deve fechar próximo de 1% — e avisou que pedirá a Papai Noel um "pibão maior" para 2013. Mas não está no radar presidencial a demissão de seu ministro, justamente porque ele cultivou uma característica muito cara à presidente: a obediência ao novo perfil adotado no Palácio do Planalto.
»
Mantega era desenvolvimentista no governo Lula, mão aberta e falastrão. Dilma manteve-o no cargo a pedido do ex-presidente, mas o ministro foi obrigado a trocar a fantasia. Tornou-se quase um monetarista e passou a falar menos do que o habitual em portarias e saguões palacianos. Como lembrou um assessor palaciano, Dilma preza auxiliares que mergulham no trabalho em vez de sair à caça de microfones.
Flexível
Dilma Rousseff aposta que a reeleição de Barack Obama poderá contribuir para a retomada do crescimento americano. Elogiou o democrata, dizendo que ele é uma pessoa "mais flexível" para negociar nesses tempo de crise.
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Mas nem tanto
Essa flexibilidade, no entanto, ainda não surtiu efeito. Obama (foto) teve de antecipar o fim das férias no Havaí para negociar com o congresso americano e afastar o fantasma do calote na dívida. Medidas emergenciais foram anunciadas pelo tesouro americano para evitar que a economia afunde em uma nova recessão.
Excusez-moi
O que a presidente mais sente falta após a chegada ao poder é a possibilidade de andar nas ruas e visitar os lugares sozinha, sem causar tumultos. Certa feita, ainda pré-candidata, visitou um famoso museu francês. Foi interpelada pela gerente do espaço. "A senhora poderia se retirar? A comitiva está perturbando os visitantes comuns".
Vovó? Quero presente!
Dilma não titubeou ao ser questionada qual teria sido seu maior presente de Natal: "meu neto". A resposta intrigou os jornalistas, pois em 2011, ela já era avó. "Mas agora ele está naquela fase gostosa que começa a saber que tem presente".
Nome em alta
Minas Gerais aposta que, na próxima reforma ministerial de Dilma Rousseff, prevista para fevereiro, será recompensada pela presidente, que anda em falta com o estado. O nome mais cotado é o do deputado Leonardo Quintão (foto), PMDB-MG, que traz também a vantagem de Dilma atender aos peemedebistas, que têm sido leais ao governo. Que o diga a participação do vice-presidente Michel Temer (PMDB) para manter unida a base aliada ao Palácio do Planalto no Congresso.
Bye-bye, Pampas
Beto Albuquerque deixou a secretaria de infraestrutura do Rio Grande do Sul. Voltou ao Congresso para ser líder do PSB na Câmara. "Aqui é muito mais divertido", admitiu.
Pãozinho de queijo
Em plena campanha para a sucessão na Câmara, o líder peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN) encontrou-se com o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) — outro postulante ao cargo — nos corredores da Câmara. Comunicou que visitaria Minas, mas achou prudente avisar o pessebista antes para "não parecer uma afronta". Delgado disse que não havia nenhum problema.
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PRODUTO INTERNO BRUTO. PÍFIO ! (só 'gogó'...)



Relação PIB-IPCA será a pior desde 2003



Autor(es): Por Tainara Machado | De São Paulo
Valor Econômico - 28/12/2012
 

O crescimento de apenas 0,6% da economia brasileira no terceiro trimestre levou a uma rodada de ajustes nas projeções de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012, agora situadas em 1%, de acordo com o último Boletim Focus do Banco Central. Como a inflação também frustrou expectativas nas últimas leituras, as estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiram para 5,7% nesta semana, ainda de acordo com o documento do BC. Se confirmadas as projeções, o ano de 2012 deve ter a pior combinação entre crescimento e inflação desde 2003, quando o PIB brasileiro avançou 1,1% e o índice oficial de preços subiu 9,3%.
Para Tony Volpon, diretor da Nomura Securities, a inflação neste ano será mais alta do que era estimado por causa do choque de commodities, que afetou preços de alimentos em meados do ano, mas também há o efeito da desvalorização do real, quice começa a fazer com que os preços dos bens comercializáveis subam com mais intensidade.
Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), lembra que, embora as cotações da soja e do milho tenham disparado em meados do ano por causa da forte seca no Meio-Oeste americano, houve também alívio em função de medidas como a desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e linha branca. "Mesmo sem o choque de oferta, dificilmente a inflação neste ano ficaria abaixo de 5%", afirma.
Para Silvia, era esperado uma queda mais forte de alimentos nos meses recentes, o que não ocorreu. Como a inflação de serviços continua pressionada, é bastante possível que, no primeiro trimestre, a inflação alcance 6% no acumulado em 12 meses, o que será uma má notícia, segundo a economista, porque em março também será divulgado o fraco resultado do PIB de 2012.
Volpon argumenta que ainda há o agravante de que as expectativas estão mal ancoradas. "A inflação só se aproxima de 4,5% quando há um choque externo, como ocorreu no início deste ano, mas o BC não age para perseguir o centro da meta. A convergência fica sempre para o futuro, e pelo terceiro ano consecutivo a inflação ficará acima de 5,5%."
Para Volpon, houve um ruído quando, em agosto do ano passado, o BC optou por reduzir juros em um momento em que a inflação acumulada em 12 meses estava acima do teto da meta, de 6,5%, e as expectativas dos agentes econômicos para o ano seguinte já não indicavam convergência para o centro da meta. Em 26 de agosto do ano passado, dias antes de o BC começar o ciclo de afrouxamento monetário, o Focus projetava IPCA de 5,2% em 2012.
Naquele momento, vislumbrando um cenário internacional potencialmente mais arriscado, o BC acreditou no viés deflacionário do ambiente externo e passou a reduzir a taxa básica de juros. Para os economistas, também esteve embutida nessa decisão, e nos cortes posteriores, preocupação com o crescimento econômico, que já dava sinais de desaceleração.
Para Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central e hoje sócio-diretor da consultoria Schwartsman & Associados, como as expectativas não estavam sob controle, a troca (ou "trade-off", no jargão do mercado) entre inflação e crescimento não ocorreu. "Há evidências de que o BC passou a se preocupar mais com o nível de atividade do que com a inflação", afirma, e essa percepção foi incorporada às expectativas, que apontam para IPCA acima do centro da meta até 2016. "Se as expectativas pioram, o BC não consegue comprar mais expansão do PIB."
Em relação ao crescimento, afirma Schwartsman, há ainda restrições importantes do lado da oferta. "A percepção que tínhamos de que o Brasil poderia crescer entre 4% e 4,5% ao ano ocorreu, em grande parte, porque absorvemos mão de obra que estava ociosa. Com a taxa de desemprego que temos hoje, o potencial de crescimento do PIB também fica mais restrito."
Para Volpon, da Nomura, a sistemática decepção dos economistas com as taxas de crescimento em relação ao projetado demonstram que a capacidade do investimento de reagir aos estímulos está caindo, o que, segundo o economista, tem a ver com a competitividade reduzida da indústria em função de custos elevados sem ganhos equivalentes de produtividade.
Uma evidência disso, afirma, é que, ao contrário do que se antecipava, a política monetária expansionista e a desvalorização do câmbio não foram suficientes para fazer deslanchar a economia doméstica. "Há um ano, o foco eram questões macroeconômicas. Hoje, o governo reconheceu que há problemas de oferta e competitividade", afirma Volpon. "Soma-se a isso a falta de confiança, que tomou conta de parte do mercado, por causa da postura mais intervencionista do governo. Ainda que na direção correta, há pouco diálogo com o setor privado. "
Silvia Matos, do Ibre, faz afirmação semelhante. Para a economista, as dificuldades são estruturais. "O desafio é muito maior do que apenas juros e câmbio. O ano de 2012 foi frustrante". A grande decepção, em sua opinião, pelo lado da demanda, foi o investimento.
Pelo lado da oferta, apesar da recessão vivenciada pela indústria, o setor de serviços também desacelerou e contribuiu menos para o crescimento no ano. Nos quatro trimestres encerrados em setembro de 2011, o setor de serviços avançou 3,6%. Neste ano, a alta foi de apenas 1,5% até o terceiro trimestre, na mesma comparação.
Como os serviços representam cerca de dois terços do PIB, Silvia avalia que o governo deveria dar mais atenção à necessidade de se ganhar produtividade no setor, por meio de desonerações horizontais de tributos, em vez de medidas para setores específicos. Para ela, o setor de serviços também limita o potencial de crescimento do país.

OPERAÇÃO PORTO SEGURO. A 'FAMIGLIA'



Sindicância encontra falhas na Antaq



Autor(es): Por Bruno Peres e Fernanda Pires
| De Brasília e Santos
Valor Econômico - 28/12/2012
 

Segundo a AGU, ex-diretor da ANA, Paulo Vieira, era "presença frequente" do na Procuradoria da Antaq
Relatórios divulgados ontem pela Advocacia-Geral da União (AGU) isentaram a atuação jurídica das agências Nacional das Águas (ANA) e Nacional de Aviação Civil (Anac), alvos da Operação Porto Seguro. A operação da Polícia Federal revelou suposto esquema fraudulento na emissão de pareceres técnicos de agências reguladoras. O prazo de apuração dos fatos envolvendo o ex-número 2 da AGU José Weber Holanda foi prorrogado por 30 dias.
A apuração foi feita pela Corregedoria-Geral da Advocacia da União (CGAU).
Na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a AGU constatou a falta de critérios objetivos de distribuição, transparência e segurança no andamento dos processos e fragilidades no controle do trâmite interno de documentos.
Conforme o Valor PRO antecipou na tarde de ontem, a comissão instituída pela AGU também identificou na Antaq irregularidade alheia às investigações da Operação Porto Seguro. Durante o levantamento, constatou-se que houve substituição de parecer da Antaq contrário aos interesses da empresa Êxito Importadora Exportadora S.A. por outro parecer que era favorável ao contrato de exploração no Porto do Recife.
A AGU constatou que a "distribuição de processos na Procuradoria Federal da Antaq é feita de forma aleatória, mas sem estabelecer regras objetivas de procedimento, o que não dá transparência e nem segurança no encaminhamento do processo dentro da unidade, vulnerabilizando a prestação da atividade consultiva dada ao gestor".
Uma das "interferências externas" identificadas na Antaq diz respeito ao processo de aprovação de um terminal na Ilha de Bagres, no litoral paulista, no qual foram encontrados "relevantes indícios" de irregularidades.
"Por meio de depoimentos de procuradores e servidores da Antaq, verificou-se a presença frequente do ex-diretor da ANA, Paulo Vieira, na Procuradoria junto à Antaq", informou a AGU.
Paulo Vieira e o irmão Rubens Vieira, ex-diretor da Anac, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo, junto com outras 22 pessoas, entre elas, a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary Nóvoa Noronha, responsável pela indicação dos irmãos Vieira aos cargos. Rosemary foi indicada ao cargo pelo PT e era assessora próxima do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A corregedoria ainda identificou falhas em um processo que envolve a Empresa Terminal para Contêineres da Margem Direita S/A (Tecondi), que teve supressão de parecer com argumentos contrários aos aditivos celebrados no contrato com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
O resultado da apuração da comissão será encaminhado aos órgãos de fiscalização e controle e à Casa Civil, que também criou uma comissão de sindicância para apurar as denúncias envolvendo o esquema de fraude em pareceres técnicos investigados pela Polícia Federal, tornado público no mês passado.
Em outra frente de ação da AGU decorrente da Operação Porto Seguro, a comissão de sindicância criada para investigar a conduta de José Weber Holanda decidiu prorrogar a apuração por 30 dias. O período de prorrogação deverá ser contado a partir do último dia 24.
Weber foi afastado do cargo após a deflagração da operação da PF. Ele seria, supostamente, o elo na AGU do esquema de tráfico de influência montado pelos irmãos Vieira. Levantamento preliminar feito pelo órgão identificou 40 atos assinados por Weber, a maioria deles, porém, de caráter administrativo, sem dizer respeito a decisões relevantes do governo, segundo apurou o Valor.
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) suspendeu ontem a ordem dada à Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) para paralisar as obras da Brasil Terminal Portuário, no porto de Santos. Em resolução publicada ontem no Diário Oficial da União, a agência reguladora torna sem efeito a decisão até analisar o pedido de reconsideração feito pela Codesp, administradora do porto.
No dia 29 de novembro, a Antaq determinou que a Codesp interrompesse as obras da BTP por descumprir determinações de resoluções da agência. A decisão foi publicada no último dia 17. Em nota ao Valor na semana passada, a Codesp negou irregularidades e disse que recorreria.
Entre as exigências da Antaq está a determinação de que a Codesp encaminhe os aditivos contratuais celebrados ao contrato da BTP. A Antaq exige, ainda, que a cada etapa do projeto a Codesp comprove que está adotando "procedimentos necessários" para assegurar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato e dos aditivos da BTP. E que está auditando e fiscalizando o projeto, assim como a recuperação ambiental da área onde o terminal é erguido. Na ocasião, aplicou multa de R$ 400 mil à Codesp, que foi mantida.
O arrendamento original da BTP é de 2007 e previa a exploração de 150 mil metros quadrados em uma região com passivo ecológico, conhecida como "lixão da Alemoa". Como o órgão ambiental determinou a recuperação completa do passivo e não somente do terreno arrendado, áreas contíguas foram agregadas ao contrato da empresa com a Codesp. Depois de alguns aditivos, o contrato da BTP foi "re-ratificado" em 2008, perfazendo 342 mil metros quadrados. Mas tanto a BTP como a Codesp afirmam que o projeto será maior, dependendo do tamanho da área a ser remediada, trabalho que é realizado em fases.
A BTP é uma joint venture entre as empresas Terminal Investment Limited e APM Terminals, ambas operadoras mundiais de terminais. Foi constituída em janeiro de 2007, a partir da empresa Petrodan, uma das detentoras de um arrendamento no antigo lixão da Alemoa. A Petrodan teve o controle acionário e a razão social alterados, dando origem à BTP. Em 2010, a APM Terminals comprou metade do empreendimento. A empresa constroi no porto de Santos um terminal avaliado em R$ 1,8 bilhão para movimentação de líquidos e contêineres. A inauguração está programada para o primeiro trimestre de 2013.

O PODEROSO CHEFÃO. -- Qual deles ?



Pente-fino da AGU detalha ação em agências



Autor(es): Fábio Fabrini
O Estado de S. Paulo - 28/12/2012

Segundo órgão federal, Paulo Vieira tinha forte influência sobre decisões da Antaq
A Advocacia-Geral da União confirmou irregularidades que favoreceram empresas investigadas na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, em processos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Um "pente-fino" na Procuradoria da Antaq mostrou que o ex-diretor da Agência Nacional de Águas Paulo Rodrigues Vieira, apontado como chefe do esquema de venda de pareceres, transitava livremente pela agência e recorria ao apadrinhamento político do ex-ministro José Dirceu e do deputado Valdemar Costa Neto (PR) para fazer indicações e inflar seu prestígio.
Em relatórios divulgados ontem, a Corregedoria da AGU diz ter analisado mais de 300 documentos da Antaq, da ANA e da Agência Nacional de Aviação Civil. O objetivo era identificar eventuais influências externas nos pareceres de 23 procuradores dessas autarquias. As apurações, iniciadas em 23 de novembro, encontraram falhas somente em processos da Antaq.
Apesar da pressa do governo, os trabalhos da comissão de sindicância criada para investigar o ex-advogado-geral da União adjunto José Weber Holanda, acusado de receber propina do grupo de Vieira, devem ser prorrogados por mais um mês.
Influência. 
O relatório da correição na Antaq concluiu que Vieira exercia influência sobre servidores que tinham ou não poder de decisão na agência. De acordo com procuradores do órgão, ouvidos pela AGU, o ex-diretor entrava em reuniões sem aviso prévio, desligando o ar condicionado; ameaçava de exoneração o ex-procurador-geral Aristarte Gonçalves Júnior; emplacou o motorista, Jailson Santos Soares, como ouvidor do órgão; e tentava demonstrar "acintosamente" que tinha poder para indicações a altos cargos públicos. 
"Numa ocasião, ele me convidou para ir até o José Dirceu e o Valdemar Costa Neto porque queria me nomear procurador-geral", contou, em depoimento, o procurador Carlos Afonso, lotado na Antaq.
Conforme o relatório, faltaram critérios de "distribuição, transparência e segurança" no andamento de processos da Antaq. Fragilidades na tramitação teriam favorecido interferências externas, como no caso da instalação de porto bilionário na Ilha de Bagres, em Santos, de interesse do ex-senador Gilberto Miranda (PMDB-AM), investigado na Porto Seguro.
Parecer que contrariava interesses da empresa Tecondi teria desaparecido de processo que discutia aditivos em contrato com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), da qual Vieira era conselheiro. Denúncia de compra de um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o mesmo caso, favorável à Tecondi, foi o pivô da Operação Porto Seguro.
Segundo a AGU, outra empresa, a Exito Importadora e Exportadora S/A, foi beneficiada em processo na Antaq sobre o uso do Porto do Recife. Parecer que dificultava a exploração da área foi substituído por outro, que liberava a atividade.
Diante dos indícios de crime na troca e no sumiço de documentos, a Advocacia-Geral vai remeter o relatório à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal.
Além disso, determinará o envio dos casos suspeitos para anulação de decisões viciadas e abertura de processos disciplinares para identificar eventuais responsáveis. Os servidores envolvidos podem ser punidos com afastamento ou até a demissão.
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CÂMARA ''DOS'' DEPUTADOS [In:] DECISÕES MOFAS; NADA GENUÍNAS



Genoino assume mandato de deputado em janeiro



Autor(es): Evandro Éboli , Germano Oliveira
O Globo - 28/12/2012
 

Petista condenado no julgamento do mensalão tem dúvida sobre quanto tempo poderá ficar na Câmara

O ex-presidente do PT José Genoino, condenado no julgamento do mensalão, assumirá uma cadeira na Câmara dos Deputados em 3 de janeiro, segundo informou ontem a direção da Câmara. A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara recebeu ontem o pedido de renúncia do deputado Carlinhos Almeida (PT-SP), o que abre espaço para que Genoino tome posse como parlamentar. Segundo informações da Câmara, o documento pede a desincompatibilização de Almeida do mandato a partir do dia 1º de janeiro, quando assume como prefeito de São José dos Campos (SP).
Genoino foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de quadrilha e corrupção ativa no julgamento do mensalão, e sua pena soma seis anos e 11 meses de prisão, além de multa no valor R$ 468 mil. Ele é o primeiro da lista para assumir um posto na coligação formada nas eleições de 2010, segundo dados levantados pela Câmara. O ex-presidente do PT é o segundo suplente da coligação, mas o primeiro, Vanderlei Siraque (PT-SP), assumiu como deputado federal na vaga deixada por Aldo Rebelo, atual ministro do Esporte.
O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), vem defendendo que Genoino tem o direito de assumir o posto mesmo após o STF ter determinado a perda dos diretos políticos dos condenados no julgamento do mensalão. Para Maia, as decisões da Corte só valem após o processo ter sido transitado em julgado.
Genoino disse ontem ao GLOBO que, antes de qualquer comentário sobre sua posse, precisa ser comunicado oficialmente pela direção da Câmara. A sua expectativa é de assumir oficialmente o cargo a partir de fevereiro, na volta do recesso parlamentar.
- Sou o primeiro suplente do PT e constitucionalmente deveria assumir o mandato, mas assumir ou não assumir não é uma decisão minha. Terei que ser convocado pela direção da Câmara. Como até agora não recebi nenhum comunicado oficial, vou ficar em casa esperando essa decisão.
A dúvida de Genoino é por quanto tempo poderá permanecer no mandato:
- Se assumir, eu deveria ficar na Câmara até que a sentença do STF seja transitada em julgado. O problema é que a gente não sabe o que a Justiça pode decidir. Daí que eu prefiro que a Câmara e o Supremo decidam primeiro o que fazer.
Genoíno diz que tecnicamente poderia ficar no cargo mesmo depois da sentença transitada em julgado.
- Afinal, eu fui condenado em sistema semiaberto. Então teoricamente eu poderia ser deputado porque durante o dia poderei trabalhar normalmente.

AEROPORTO GALEÃO. ASAS DE ÍCARO *



PF abre inquérito para apurar caos no Galeão

Apagão na mira da PF


Autor(es): Bruno Rosa, Isabel Braga e Thamine Leta
O Globo - 28/12/2012

A Polícia Federal investiga se houve mau uso de dinheiro público na manutenção da rede elétrica do Tom Jobim, afetado por um apagão anteontem. A presidente Dilma reclamou da Light.

Inquérito vai apurar falta de luz no Galeão. Dilma dá ultimato à Light e fala em "falha humana"

Brasília e Rio
Depois do apagão que deixou o Aeroporto Internacional Galeão/Tom Jobim às escuras por pelo menos dez minutos na noite de anteontem, causando confusão e grande desconforto aos passageiros pelo excesso de calor, a Polícia Federal abriu um inquérito para apurar se houve mau uso do dinheiro público na manutenção da rede elétrica dos dois terminais do aeroporto. Um outro inquérito instaurado ontem vai investigar as falhas no sistema de ar- condicionado no Aeroporto Santos Dumont que vêm ocorrendo desde a semana passada. Ontem, a presidente Dilma Rousseff afirmou que os transtornos no Tom Jobim foram causados por falha humana.
- É um sistema elétrico inteiro que tem que ser trocado. Foi falha humana, ele tinha que ser trocado. No Rio, sempre que passa de 40 graus, a Light tem problema, o Galeão tem problema. Eles têm que estar equipados para aguentar (o aumento da temperatura) até determinado grau. Não posso exigir quando passar de 50 graus, mas é preciso garantir até determinado grau - disse Dilma, irritada com os problemas nos aeroportos do Rio.
O apagão no Tom Jobim começou às 20h56m. Segundo a Light, o problema foi provocado por um defeito no equipamento da subestação que alimenta o aeroporto. A falta de energia durou dez minutos, segundo a Infraero, mas a normalização do abastecimento só aconteceu duas horas depois. O aparelho de ar-condicionado foi religado de madrugada, mas, até o fim da manhã de ontem, passageiros ainda reclamavam da temperatura alta nos dois terminais. Procurada, a Light não comentou as críticas feitas pela presidente Dilma.
Apesar do calor flagrante e das reclamações dos usuários, ouvidas por repórteres do GLOBO, a Infraero afirmou ontem que o ar-condicionado funcionou normalmente em todo o aeroporto. Segundo o órgão, a temperatura só ficou elevada na área interna dos terminais devido ao forte calor que atingia a cidade. Somente à tarde, os passageiros perceberam a normalização do sistema de refrigeração.
vistoria será realizada hoje
A Infraero reafirmou ontem que ainda está apurando as causas da queda de luz, bem como as consequências do apagão. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), responsável por fiscalizar o setor, afirmou que está analisando a adoção de medidas de punição cabíveis. Hoje de manhã, o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC) Wagner Bittencourt; o presidente da Anac, Marcelo Guaranys; e o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, farão uma vistoria no Aeroporto Internacional.
Ontem, o Galeão registrou atrasos e cancelamentos de voos acima da média nacional. De acordo com a Infraero, 15,5% dos 116 trechos domésticos atrasaram até as 19h no Rio. Entre os cancelamentos, o índice ficou em 10,3%. Nas rotas internacionais, a mesma situação: o Galeão teve sete voos atrasados, ou seja, 24,1% dos 29 trechos programados, e três cancelamentos (10,3% do total).
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(*) Tal qual na Mitologia, o Sol (calor) continua a derreter a cera.
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APAGÃO ELÉTRICO [In:] RAIOS QUE OS PARTA...



Dilma diz ser “ridículo” o risco de o país racionar energia

Culpar raio é para "gargalhar"


Correio Braziliense - 28/12/2012

A presidente atribuiu os recentes apagões ocorridos no Brasil a erros humanos e afirmou achar “ridículo”alguém dizer que o país corre o risco de racionamento. Num mapa, ela apontou onde houve queda de raios e descartou a hipótese de eles serem a causa do problema. “O raio não pode desligar o sistema. Se desligou, é falha humana”, disse.

Para a presidente, os frequentes apagões que atingem o país não podem ser atribuídos a fatores naturais: "Não é sério dizer que o sistema caiu por causa do raio. Se caiu por causa do raio, teve falha humana", disse Dilma em café da manhã com jornalistas
Juliana Braga Paulo de Tarso Lyra 

Em tom de cobrança, a presidente Dilma Rousseff afirmou ontem que os apagões foram causados por falha humana e que esse tipo de problema não pode ser atribuído a fatores externos. "Vocês se lembram da história do raio? De que caiu um raio? No dia em que falarem para vocês que caiu um raio, vocês gargalhem", ironizou Dilma. De pé, e com um mapa de raios nas mãos, a presidente explicou que as descargas elétricas acontecem todos os dias no Brasil e que o sistema deve estar preparado para isso. "Toda nossa briga no sistema elétrico é, nos 121 mil quilômetros (de linhas de transmissão), impedir que, quando caia um raio, o sistema caia também", sustentou.
Por mais de uma vez, o Operador Nacional do Sistema (ONS) alegou problemas com descargas elétricas para justificar interrupções no abastecimento de energia. O último episódio foi em 15 de dezembro, quando um raio foi apontado como provável causa de um blecaute na subestação de Itumbiara (GO), que deixou parte do Sul e do Sudeste sem luz. "O raio é a derivada segunda de uma coisa chamada chuva, que é crucial para esse sistema hidrotérmico brasileiro funcionar. Então, eu não posso querer que tenha chuva e não tenha raio", sustentou. "Não é sério dizer que o sistema caiu por causa do raio. Se caiu por causa do raio, teve falha humana. Teve falha humana, porque raio vai cair", completou a presidente.
A presidente não poupou nem a queda no fornecimento de energia no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, na última quarta-feira. Naquele dia, a cidade registrou a temperatura mais alta desde 1915 — 43,2ºC —, e a rede elétrica do terminal não aguentou a demanda, causada, principalmente, pelo sistema de ar condicionado. "A temperatura subiu, você não controla. Quando você não controla, você tem de se programar. No Rio de Janeiro, sempre que a temperatura passou de 40ºC, a (concessionária de distribuição de eletricidade) Light teve problema. O Galeão tem problema, a Light tem problema também", criticou Dilma.
Apesar de não admitir o uso da palavra "apagão", já que defende que interrupção na distribuição não é a mesma coisa que falta de energia, a presidente admitiu a possibilidade de novas quedas. "Isso é um sistema de transmissão. Ele é muito longo, muito extenso. Ele vai ser sujeito a estresse", minimizou.
Para diminuir o problema, a presidente assegurou que o país voltará a investir na manutenção do sistema, em vez de gastar somente com a ampliação dele, como era feito até pouco tempo. "Tanto as empresas públicas quanto as privadas têm o mesmo comportamento. É preferível fazer um investimento novo. É sempre preferível e mais rentável fazer um investimento novo do que fazer a modernização no velho", explicou.
Dilma usou uma expressão para explicar a mudança de fase do país — que hoje tem recursos disponíveis e energia suficiente — de investir em manutenção. "O Brasil, que vivia da mão para a boca, ou seja, que não tinha energia, agora tem de fazer as duas coisas: investimento novo e manutenção. Tinha de estar fazendo isso há mais tempo. Nós estamos dando agora um peso absurdo a isso. Há que controlar investimento e manutenção no Brasil inteiro porque nós estamos em outro patamar", defendeu.
Rena do nariz vermelho
Também de bom humor, Dilma comentou a publicação no blog Beyondbrics, da página do jornal inglês Financial Times na internet. O blog a caracterizou como uma rena de nariz vermelho discutindo com Papai Noel. Na alegoria, a rena diz que tem o sexto maior chifre do mundo (uma alusão ao PIB brasileiro), mas é contestada pela rena que simboliza o primeiro-ministro britânico, David Cameron (a Inglaterra deve passar o Brasil e ocupar a sexta posição no ranking global de riqueza). "Por que meus chifres não crescem mais rapidamente?", pergunta Dilma. Guido Mantega, que foi nomeado "Elfo Vidente", responde que no próximo ano o crescimento será de um metro. "Tive um estalo", responde o elfo. "Perguntei sobre as previsões dos outros elfos e multipliquei tudo por dois." A sátira do jornal termina com Mantega respondendo que Dilma não o demitia porque a revista The Economist publicou reportagem recomendando sua saída.
"Você é popular em uns meios, não é em outros meios. Eu fico feliz de ser popular junto ao povo", brincou Dilma. A presidente disse ter achado estranho ser comparada a uma rena, já que não há desses animais no Brasil. "Eu poderia ser uma elfa, que auxilia o Papai Noel na distribuição dos presentes", sugeriu. "Não se incomodem com isso. A rena é bem engraçadinha", ironizou.

QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

28 de dezembro de 2012


O Globo

Manchete: No calor do apagão - Dilma descarta risco de racionamento: ‘É ridículo’
Presidente diz que é para gargalhar quando culparem raios por queda de energia

Promessas de investimentos e crescimento econômico marcam discurso de Dilma em café com jornalistas; ela também defendeu o PT, disse que nada é perfeito e que o Brasil deve muito ao partido

No momento em que o Brasil sofre com repetidas quedas de energia, a presidente Dilma Rousseff descartou ontem a possibilidade de racionamento e atribuiu a falhas humanas a maioria dos problemas dos últimos meses, inclusive o ocorrido na véspera no Galeão, no Rio. "O dia em que falarem para vocês que caiu raio, gargalhem. O raio não pode desligar o sistema. Se desligou, é falha humana, não é do raio. Acho ridículo dizer que vamos ter risco de racionamento (de energia)”, afirmou ela. No apagão de 15 de dezembro, o ONS apontou um raio como a causa do problema que atingiu 12 estados. Em café da manhã com jornalistas no qual fez rápido balanço de seus primeiros dois anos de governo, Dilma disse ainda que os investimentos “têm que virar obsessão" no país. Perguntada sobre o julgamento do mensalão, negou crise entre poderes e defendeu seu partido: "O Brasil deve muito a tudo o que o PT fez." (Págs. 1, 3, 4 e Míriam Leitão)
PF abre inquérito para apurar caos no Galeão
A Polícia Federal investiga se houve mau uso de dinheiro público na manutenção da rede elétrica do Tom Jobim, afetado por um apagão anteontem. A presidente Dilma reclamou da Light. (Págs. 1 e 8)
Contas públicas: Governo vai liberar por MP R$ 42 bi
Com a votação do Orçamento de 2013 adiada para fevereiro, o governo decidiu editar uma medida provisória para liberar R$ 42,5 bilhões em créditos extraordinários. Segundo a ministra Miriam Belchior, o objetivo é assegurar investimentos no início do ano. O PSDB ameaça questionar na Justiça a legalidade da decisão do governo. (Págs. 1 e 5)
Ecos do mensalão: Condenado, Genoino voltará à Câmara
Condenado no mensalão, o ex-presidente do PT José Genoino voltará à Câmara dos Deputados na vaga de Carlinhos Almeida (PT), eleito prefeito no interior de São Paulo. Genoino tomará posse, mas ainda pode perder o mandato. (Págs. 1 e 6)
Férias ameaçadas: Outra agência de turismo quebra
Com 24 anos de existência, a operadora Shangri-la fechou as portas, causando prejuízo a mais de mil clientes com pacotes comprados para embarques até abril de 2013. Há menos de um mês, faliu a Tia Augusta. (Págs. 1 e 29)
Falha técnica: MEC vaza nota de redação do Enem
Uma falha no site do MEC permitiu que estudantes vissem ontem suas notas de redação no Enem, cujo resultado oficial será divulgado hoje. Foi liberada ontem a consulta às 129 mil vagas em instituições de ensino superior no Sisu. (Págs. 1 e 7)
Kirchnerista condenada: Justiça argentina pune ex-ministra
Ministra da Economia no governo Néstor Kirchner, Felisa Miceli foi condenada a quatro anos de prisão por corrupção no caso em que foram achados US$ 60 mil no seu banheiro. Ela vai recorrer em liberdade. (Págs. 1 e 31)
Baixa na defesa do clima
A diretora da agência ambiental dos EUA, Usa Jackson, pediu demissão por achar que o presidente Barack Obama faz pouco contra as mudanças climáticas. (Págs. 1 e Ciência)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Dilma rejeita apagão e diz que cortes são 'falha humana'
Presidente acha ‘ridículo’ falar em racionamento no País, mas vê risco de novas interrupções de energia

A presidente Dilma Rousseff rejeitou ontem o uso do termo “apagão” para definir os recentes cortes de fornecimento de energia elétrica. Ela afirmou que considera “ridículo dizer que o Brasil corre risco de racionamento”, mas admitiu que pode haver novas interrupções. A presidente contestou explicações dadas pelo ONS e por técnicos do Ministério de Minas e Energia e disse que os cortes de luz são provocados por “falha humana” e não por raios. “No dia em que falarem para vocês que caiu um raio, gargalhem", afirmou em café da manhã com jornalistas. Dilma disse que o Brasil vai “crescer mais” em 2013, a inflação “vai continuar sob controle” o déficit público será “decrescente”. Garantiu que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, só sai do governo “se quiser”. (Págs. 1 e Economia B1 e B3)
Presidente edita MP para garantir R$ 42 bi
Sem conseguir aprovar o Orçamento do ano que vem, a presidente Dilma Rousseff abriu crédito extraordinário de R$ 42,5 bilhões na peça deste ano. A manobra tenta evitar uma paralisia de gestão nos primeiros meses do ano. O volume de recursos a serem liberados via medida provisória ultrapassa um terço do investimento previsto para 2013. (Págs. 1 e Nacional A4)
Governo estuda subsídio para a televisão digital, diz ministro
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse, em entrevista ao Estado, que o governo pode conceder subsídios para a universalização da TV digital. De acordo com ele, se não houver uma “ação forte”, a meta de digitalização, prevista para 2016, vai atrasar. Haverá ainda investimento na construção da infraestrutura para telefonia 4G. A meta é que o serviço funcione no ano que vem nas cidades-sede da Copa das Confederações. (Págs. 1 e Economia B9)
Paulo Vieira tinha influência na Antaq, dizem procuradores
Pente-fino feito pela AGU na Procuradoria da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) mostrou que o ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) Paulo Vieira, apontado como chefe da máfia dos pareceres, tinha livre acesso na agência. Vieira fazia indicações e exercia influência sobre servidores. Ele entrava em reuniões sem avisar e tentava mostrar que tinha poder, segundo procuradores. (Págs. 1 e Nacional A5)
Grevistas fecham bancos na Argentina
Uma greve geral deixou o sistema bancário paralisado ontem em toda Argentina. A categoria pede aumento de 35%, equivalente à inflação extraoficial registrada no ano, e promete não recuar. O governo rejeita o índice, sustenta que a alta dos preços não passará de 10% em 2012 e recusa qualquer tipo de aumento superior a 18%. (Págs. 1 e Internacional A6)

Ex-ministra na prisão

Justiça condenou a ex-ministra da Economia da Argentina Felisa Miceli a 4 anos de prisão por operação financeira ilícita e destruição de documentos. (Págs. 1 e A6)
PM mata um a cada 16 horas
A PM de São Paulo matou 506 pessoas em casos de resistência seguida de morte de janeiro a novembro deste ano no Estado. O número já é maior do que o de 2006, ano dos ataques do PCC, quando 495 pessoas foram mortas. Em média, a PM matou uma pessoa a cada 16 horas. Novembro também foi o mês com maior letalidade policial desde 2003, com 79 mortos. A Secretaria da Segurança diz que o número de mortes por prisões é “relativamente baixo”. (Págs. 1 e Cidades C1)
Inflação do aluguel fecha o ano em 7,82% (Págs. 1 e Economia B4)

Espanha privatiza sistema de saúde (Págs. 1 e Economia B6)

Após 8 anos, USP Leste obtém licença ambiental (Págs.1 e Vida A14)

Emissário da ONU pede governo interino na Síria (Págs. 1 e Internacional A7)

Nelson Motta 
A vingança dos zumbis

Por que a mídia só tem credibilidade quando contribui para a popularidade de Lula e Dilma e não quando denuncia escândalos do governo? (Págs. 1 e Nacional A5)

Notas & Informações
Orçamento, MP e calamidades

O País estaria melhor se o apego à Constituição fosse generalizado entre os congressistas. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: As poderosas da classe C
O salário delas cresceu 60% mais que o dos homens nos últimos 10 anos.Nesse período, o percentual de lares que chefiam pulou de 22,2% para 37,3%. E, hoje, de cada R$ 100 gastos com produtos e serviços pelas novas famílias que ascenderam na pirâmide social brasileira, R$ 70 saem do bolso dessas mulheres. Proporcionalmente, o valor é quase três vezes maior que o desembolsado pelas mais ricas das classes B e A. (Págs. 1, 8 e 9)
Dilma diz ser “ridículo” o risco de o país racionar energia
A presidente atribuiu os recentes apagões ocorridos no Brasil a erros humanos e afirmou achar “ridículo”alguém dizer que o país corre o risco de racionamento. Num mapa, ela apontou onde houve queda de raios e descartou a hipótese de eles serem a causa do problema. “O raio não pode desligar o sistema. Se desligou, é falha humana”, disse. (Págs. 1 e 2 a 4)

"Vocês se lembram da história do raio? De que caiu um raio? No dia em que falarem para vocês que caiu um raio, gargalhem"
Dilma Rousseff
Presidente da República
Especialistas têm emprego de sobra no DF
Setores como os de informática e da construção civil estão com dificuldade para achar profissionais qualificados. Com isso, nem todas as vagas oferecidas nas seleções são preenchidas. Alguns trabalhadores, como os eletricistas, ditam os valores dos serviços oferecidos. (Págs. 1 e 21)
Servidores: Segurança ganha reajuste de 15,76%
O GDF confirma o índice para policiais civis e militares e para os bombeiros. Saúde e educação também devem ser contemplados. (Págs. 1 e 24)
Educação: Aberta consulta às vagas do Sisu
São 129.279 oportunidades em 3.751 cursos, todas ocupadas com base no Enem. Notas da redação vazaram ontem na internet. (Págs. 1 e 7)
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Valor Econômico

Manchete: Medidas buscam garantir o crescimento de 4% em 2013
Medida provisória anunciada ontem pela presidente Dilma Rousseff abrirá crédito extraordinário de R$ 42,5 bilhões no Orçamento da União de 2012. Desse total, R$ 41,8 bilhões se referem a investimentos dos Três Poderes, que estão na programação orçamentária de 2013, que não foi aprovada pelo Congresso antes de entrar em recesso. Outros RS 700 milhões garantirão a suplementação orçamentária de projetos executados em 2012.

Em café da manhã com jornalistas, Dilma disse que o objetivo do governo com a MP é começar 2013 com um nível de investimento elevado. “É para que não haja possibilidade de interromper o ritmo de investimento no país”, afirmou. A MP faz parte do esforço feito pelo governo nos últimos dias para garantir o financiamento do crescimento econômico pretendido de 4% em 2013. (Págs. 1, A5, C5 e C12)
IPOs de 2013 devem captar pelo menos R$ 20 bilhões
Depois de um ano minguado para as ofertas iniciais de ações, que movimentaram apenas R$ 4,3 bilhões, o menor valor desde 2005, grandes empresas devem estrear (ou reestrear) na bolsa em 2013. BB Seguridade, Atacadão, Votorantim Cimentos, Telefónica Latinoamérica e GVT — se não for vendida antes — estão prontas para entrar na fila.

Se todas essas companhias forem a mercado, o volume captado por elas poderá ultrapassar facilmente a casa dos R$ 20 bilhões. Esse valor não inclui a possível abertura de capital da Smiles, empresa de milhagens da Gol. (Págs. 1 e C1)
Volta do IPI esfria venda de carros
Em dezembro de 2008, um Gol básico novo, quatro portas e motor 1.0 custava R$ 32 mil. Em outubro deste ano, o preço do mesmo veículo estava em R$ 28 mil. Mesmo que possa também ser atribuída a outros fatores, como aperto da concorrência ou ganho de produtividade, a diferença de quase R$ 4 mil não seria possível sem a redução do IPI.

O tempo mostrou que os efeitos do instrumento usado para socorrer as montadoras no mercado interno sempre foram imediatos, como se o mercado ganhasse musculatura a cada aplicação de nova dose desse “anabolizante”. O reflexo da redução do IPI no aumento de vendas foi sempre mais nítido no segmento de modelos básicos. (Págs. 1 e B6)
Capitais têm orçamentos confortáveis
Os prefeitos das maiores capitais do país tomarão posse com orçamentos com crescimento, alguns na casa dos dois dígitos, e boa capacidade de investimentos, apesar do desempenho medíocre da economia em 2012.

Com um caixa herdado de R$ 4,5 bilhões, Fernando Haddad (PT) assume com a disposição de investir R$ 6,45 bilhões no ano — 8,9% mais que em 2012. Haddad terá boa autonomia para usar recursos. Ele conta com a margem de remanejamento de 15% do Orçamento, isto é, poderá redistribuir por decreto R$ 6,3 bilhões sem consultar os vereadores. (Págs. 1, A7, A10 e A12)
Mesmo punido, Paraguai vende mais ao Brasil
Apesar de estar suspenso das atividades políticas do Mercosul, o Paraguai conseguiu aumentar em 35% o valor de suas exportações ao Brasil entre julho e novembro em comparação com o mesmo período do ano passado. O desempenho foi garantido pela demanda aquecida e pela alta nos preços das 1 commodities. Em volume, os embarques paraguaios para o Brasil, nesse período após a suspensão, cresceram 25% em relação a igual período de 2011.

Para o ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota, a continuidade, até em maior volume, das vendas paraguaias ao Brasil demonstra que o Mercosul cumpriu seu compromisso de evitar prejuízos à população e à economia do país mais pobre do bloco, apesar da punição política ao Paraguai. (Págs. 1 e A4)
Pesca chinesa ameaça estoques mundiais
A crescente fome da China por peixe e frutos do mar está pondo em xeque suas relações com outros países e deixando autoridades e cientistas apreensivos com os potenciais danos que sua enorme frota poderá causar aos estoques mundiais de pescado. Recentemente, a Argentina informou ter capturado dois barcos chineses que estariam pescando ilegalmente em suas águas.

O episódio ocorre num momento em que os barcos de pesca chineses se veem cada vez mais enredados em disputas transnacionais e comerciais. As embarcações chinesas pescam tanto em águas internacionais quanto por acordos bilaterais de pesca em águas de outros países. (Págs. 1 e B11)
Câmara vai se reunir no domingo para tentar tirar os EUA do abismo fiscal (Págs. 1 e A13)

Térmica de Uruguaiana voltará a operar em janeiro, diz Cyrino (Págs. 1 e B5)

Cresce desembolso do BNDES
Os desembolsos do BNDES podem ultrapassar o teto previsto de R$ 150 bilhões para 2012, disse Luciano Coutinho, presidente do banco. A demanda em dezembro foi muito forte. (Págs. 1 e A2)
Limites do desemprego
A taxa de desemprego recuou em 2012 mesmo com o baixo crescimento da economia. Especialistas preveem que esse movimento, acompanhado de aumento dos salários, está perto do limite. (Págs. 1 e A3)
Recuo dos manufaturados
Bens industrializados do Brasil continuam a perder espaço nos principais mercados latino-americanos. Em relação a 2008, recuaram as exportações de manufaturados para Argentina, Chile e México. (Págs. 1 e A4)
Fundo para rodovias
BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal vão constituir um fundo de investimento e participação para entrar no capital acionário das futuras concessionárias de rodovias federais que serão leiloadas em 2013. (Págs. 1 e A4)
Rota nordestina
Com o avanço da manutenção de jatos executivos nas receitas, a TAM Aviação Executiva investe em um centro de manutenção no Nordeste, diz Fernando Pinho, presidente. A frota de aeronaves executivas dobrou em cinco anos na região, responsável por 20% das vendas da empresa. (Págs. 1 e B1)
CCR e Engevix perdem em Portugal
As empresas brasileiras CCR e Engevix perderam a disputa pela privatização dos aeroportos portugueses. O governo português escolheu a francesa Vinci Concessions como vencedora. (Págs. 1 e B1)
Metais em baixa
O ano foi ruim para os principais metais não ferrosos, cujos preços médios ficaram bem abaixo dos praticados em 2011. Para 2013, as perspectivas são um pouco melhores, pois não haverá grande aumento da oferta. (Págs. 1 e B8)
Preços recorde dos grãos
Os preços médios anuais dos grãos atingiram níveis históricos em 2012. Os contratos de soja e milho tiveram o maior valor da história e os de trigo só ficaram aquém do nível de 2008, devido à quebra da produção na América do Sul e EUA. (Págs. 1 e B12)
Itaú BBA vai a Londres
O Itaú BBA na Europa recebeu aumento de capital de R$ 200 milhões de seu controlador, o Itaú Unibanco, e conseguiu autorização do Banco Central para mudar a sede de suas operações no Velho Continente de Lisboa para Londres. (Págs. 1 e C12)
Ideias
Sergio Lamucci

Gastos do governo com juros, de R$ 200 bilhões por ano, equivalem a 11 vezes os do Bolsa Família. (Págs. 1 e A2)

Stephan Richter

Os Estados Unidos estão neste momento diante de duplo abismo, um das armas e outro dos impostos. (Págs. 1 e A15)
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