A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br
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quinta-feira, outubro 14, 2010
UEM: POSSE DA NOVA REITORIA
Cerca de 600 pessoas acompanharam a solenidade de transmissão de cargo e posse dos novos dirigentes da Universidade Estadual de Maringá. Eleitos no dia 18 de agosto deste ano, com 62,35% dos votos da comunidade universitária, o reitor Júlio Santiago Prates Filho e a vice-reitora Neusa Altoé estarão à frente da UEM pelos próximos quatro anos.
Prates Filho emocionou-se ao relembrar suas origens. Natural de Nova Granada, interior de São Paulo, seu pai era um homem simples, ferreiro por profissão. Quando chegou aos 42 anos de idade, ele foi acometido por uma doença que o impediu de trabalhar. A partir daí a mãe assumiu a responsabilidade de manutenção da casa. "A necessidade mostrou uma mulher de coragem e determinação, que fez questão de que ver os filhos formados, com a chance de um futuro promissor", disse, sem esconder a emoção e ao mesmo tempo reconhecendo que deve muito à mãe a conquista de chegar à reitoria de uma grande instituição como é a UEM.
Aplaudido pela plateia, o novo reitor também prestou homenagem à comunidade universitária que o colocou à frente da Instituição. E fez uma referência especial aos seus antecessores, os professores Décio Sperandio e Mário Azevedo. "A UEM é a marca do trabalho e do empreendedorismo de todas as gestões, mas não posso deixar de reconhecer que a Universidade avançou de maneira significativa nos últimos quatros anos. Houve avanço, tanto na infraestrutura, com a construção de novos blocos e laboratórios, como em ações afirmativas que possibilitaram que mais pessoas tivessem acesso ao ensino público e de qualidade e ao mesmo tempo o incremento de atividades extensionistas".
Sobre a sua gestão, disse que ela será pautada no diálogo e na transprência, privilegiando o caráter regional da UEM, como uma universidade multicampi. "Precisamos avançar buscando a excelência com participação e a ampliação da inserção na sociedade, das ações afirmativas e da parceria com entidades civis", resumiu Prates Filho. Ele também destacou como metas a defesa da autonomia universitária, a manutenção do diálogo com qualidade com os governos municipal, estadual e federal, a integração com as demais universidades, bem como a busca pelo desenvolvimento regional e a internacionalização. "Tenho a certeza de que, com o apoio e trabalho da vice-reitora Neusa Altoé e de toda a nossa equipe, iremos superar desafios", pontuou.
A solenidade foi presidida pelo governador Orlando Pessuti. O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Nildo José Lübke, deu a posse oficial aos novos diregentes da UEM. Em seu discurso, o secretário discorreu sobre o simbolismo da solenidade e dos trajes talares que, no ambiente acadêmico, foram adotadas pelas universidades européias a partir do século XIII, com o aparecimento da figura do reitor, segundo o secretário. Ainda de acordo com Lübke, essas vestimentas têm cores e composição carregadas de simbolismo. Por exemplo, o pelerine e o capelo, na cor branca, representam todas as áreas do saber, ou seja o conjunto do conhecimento. Lübke disse que o conhecimento é o que faz o homem ser civilizado. "A sociedade sem o conhecimento está à mercê de si e do vento", citou o secretário.
Ainda falando de simbolismos, Lübke disse que o capelo é sinal de "poder investido do conhecimento". Através do conhecimento se aprende a pensar e a fazer. E o fazer, nas palavras dele, significa derrotar a pobreza e a ganância e a aprender a viver solidariamente. "A solidariedade é a nova marca do conhecimento", disse.
Lübke também destacou o papel da UEM no conjunto das universidades públicas do estado. "Júlio e Neusa vão administrar a Universidade com um orçamento de R$ 380 milhões". Valor que, segundo o secretário representa cerca de metade do orçamento de Maringá. Ainda falando em números, Lübke lembrou que no câmpus universitário existem, hoje, cerca de 65 mil metros quadrados em obras. O secretário finalizou sua fala pontuando algumas metas para a Instituição, como por exemplo, a de que todos os cursos de graduação tenham seu respectivo programa de pós.
Antes de pronunciar-se, o governador Orlando Pessuti fez a entrega solene do capelo para o novo reitor. Então, iniciou sua fala enumerando algumas ações com foco na segurança. Durante a quarta-feira, aproveitando sua estada em Maringá, o governador criou o 3º Comando Regional da Polícia Militar do Paraná e a 4º Companhia da PM em Sarandi. E anunciou processo licitatório para construção do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), além de oficializar convênio que viabiliza aumento no número de bombeiros, que atuam no aeroporto, bem como aquisição de mais um caminhão especial para prevenção e combate de incêndios no local.
Numa alusão ao lema adotado por Júlio e Neusa durante a campanha (Siga em frente UEM), Pessuti disse que é preciso ir seguindo em frente, buscando contribuir para que a Universidade se fortaleça ainda mais, construindo um caminho firme para aqueles que aqui hão de chegar.
Ao deixar o cargo, Décio Sperandio proferiu um discurso marcado por agradecimentos e desejando pleno êxito aos novos dirigentes. Citando também algumas conquistas. Lembrou que esteve à frente da UEM por duas gestões e que, especialmente a última, foi marcada pela somatória de trabalho, busca e valorização de talentos dentro da Universidade e pela estrela, referindo-se à forte parceria com o governo.
"O governo do estado acreditou e investiu no potencial da Universidade para implementação das políticas de governo. Foram investimentos em infraestrutura, para realização de eventos, na concessão de bolsas", enumerou. E resumiu: "Foi um período de vacas gordas". Segundo Sperandio, em 4 anos a UEM captou mais de R$ 180 milhões através e editais das entidades de fomento. E com esse número ele citou a parceria celebrada também com o governo federal. "Desejo que o Júlio e a Neusa tenham a mesma estrela". Ao final da sua fala, Sperandio foi aplaudido de pé pela plateia.
Diversas autoridades acompanharam a solenidade, incluindo os integrantes dos três conselhos superiores da UEM, reitores e representantes de diversas universidades do Paraná, representantes de entidades da sociedade civil e política. Prefeitos e vereados de diversas cidades marcaram presença na solenidade. O prefeito de Maringá, Silvio Barros, integrou a mesa principal do evento. Destaque também para a senadora eleita pelo Paraná, Gleisi Hoffmann, e deputados estaduais e federais. Entre as autoridades acadêmicas da UEM, a solenidade contou com a presença de reitores que outras gestões, que ajudaram a compor a mesa principal.
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http://www.uem.br/index.php?option=com_content&task=view&id=2788&Itemid=1
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ELEIÇÕES 2O1O [In:] A FRAÇÃO DO ''DEM'' (Partico DEMOCRATAS) NO PODER
DEM, um candidato a sumir do mapa
Política - Maria Inês Nassif |
Valor Econômico - 14/10/2010 |
O prefeito Gilberto Kassab (DEM) sai dessas eleições com uma força inédita em São Paulo. Conseguiu eleger 6 deputados federais e 8 estaduais. O PMDB elegeu no Estado apenas um federal e 5 estaduais. Se o desempenho do DEM paulista, que nunca antes da aliança Serra-Kassab havia prosperado no Estado, tivesse se repetido nos outros, o partido estaria mais do que salvo. Não foi o caso. Os redutos do ex-PFL nos Estados mais pobres, depois de uma terceira eleição na oposição ao governo federal, caíram como castelos de cartas, com a exceção do Rio Grande do Norte, onde o partido conseguiu eleger um senador, José Agripino, e uma governadora, Rosalba Ciarlini. O enxugamento do partido a nível nacional, todavia, inviabiliza o crescimento do DEM em São Paulo a médio prazo. Daqui a dois anos, quando houver eleição para prefeito, o partido não deverá repetir a façanha de eleger mais um - será uma legenda nacionalmente pequena para se impor ao PSDB numa coligação e, se sair sozinho, não terá tempo suficiente de campanha de televisão suficiente para convencer o eleitor a votar nele. Seriam dois partidos - o PSDB e o DEM - disputando o mesmo eleitor, já que nos dois anos de governo Lula, e especialmente em São Paulo, passaram a falar para os mesmos setores sociais, de perfil conservador. Para Kassab, o mais confortável seria a incorporação ou fusão ao PSDB em São Paulo. Manteria os mesmos aliados regionais de sempre e, na hipótese de Serra vencer o segundo turno, teria um forte aliado para não ser esmagado pelos tucanos paulistas dentro do partido; se Dilma vencer as eleições, ainda assim preferiria continuar com Serra. Mas não é o caso das outras sessões do partido.
A fusão ou incorporação do DEM, com o PMDB ou o PSDB, é uma forma de driblar a legislação que, nos últimos anos, tem reduzido a mobilidade dos políticos, por força de regras claras e duras contra a infidelidade partidária. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de que o mandato é do partido, não do candidato, foi a última porta fechada para os tradicionais rearranjos partidários pós-eleitorais. Até então, os partidos e parlamentares que atuam na política tradicional, e que precisam de apoio da máquina federal para manter seu eleitorado, tendiam a deixar os partidos pelos quais eram eleitos e engordar a base governista, aderindo a uma legenda da base de apoio e de preferência forte no Congresso. Era o número da bancada no momento da eleição que definia o tamanho do horário eleitoral de televisão. Hoje, o eleito que mudar de partido pode perder o mandato. A conta do tempo de rádio e televisão e do fundo partidário é feita de acordo com o número de eleitos. Não muda, mesmo que os parlamentares mudem de partido e arrisquem a perder os seus mandatos. As exceções são a fusão e a incorporação. A diferença entre uma e outra é que, na fusão, dois partidos se juntam e formam uma nova legenda. Na incorporação, um partido é incorporado por uma legenda que já existe. Nos dois casos, as convenções dos dois partidos devem aprovar, por maioria, a incorporação ou fusão - e nas duas hipóteses o fundo partidário e o horário eleitoral serão a soma dos dois partidos que se unificaram. Os que discordarem da decisão da maioria poderão ir para outra legenda sem perder o mandato, mas não contarão para efeito de cálculo de fundo partidário e tempo de televisão dos partidos aos quais aderirem. Essa não deverá ser a única mudança partidária a ocorrer depois das eleições, seja qual for o candidato vitorioso. Se for Serra, aliás, o interesse de dar mobilidade aos eleitos será muito maior, já que o Congresso eleito em 3 de outubro dá ampla maioria para os partidos aliados a Dilma Rousseff. A outra opção que os parlamentares têm para se livrar da cassação, se decidirem abandonar os partidos pelos quais foram eleitos, é a criação de uma nova legenda. Nesse caso, contudo, esta nova legenda não terá direito a fundo partidário e tempo de televisão. O tempo de televisão e o fundo relativo a cada parlamentar que ingressar no novo partido continua sendo do partido que o elegeu. Neste caso, o novo partido terá que se submeter a uma votação para a Câmara dos Deputados para entrar na divisão do dinheiro do fundo e do tempo de TV. No caso de incorporação ao PMDB, que tem uma digestão mais fácil pela maioria do partido, o DEM não se fundiria, ou se incorporaria, com a esperança de mudar a posição política do partido que está aliado a Dilma Rousseff. Essa opção está sendo discutida com a perspectiva de que o PMDB será um partido governista, quer ganhe Dilma, quer ganhe Serra. ---------- Maria Inês Nassif é repórter especial de Política. Escreve às quintas-feiras |
ELEIÇÕES 2O1O/segundo turno [In:] INSTITUTO$ DE PE$QUISA$
Os falsários
Autor(es): Demétrio Magnoli |
O Estado de S. Paulo - 14/10/2010 |
Carlos Augusto Montenegro, o presidente do Ibope, profetizou há muitos meses uma vitória folgada de José Serra no primeiro turno. A campanha não havia começado e o Ibope não tinha pesquisas relevantes. O Oráculo falou para bajular aquele que, presumia sua sabedoria política, seria o próximo presidente. Mais tarde, durante a campanha, de posse de inúmeras pesquisas, o Oráculo asseverou com a mesma convicção que Dilma Rousseff venceria no primeiro turno. A bajulação aos poderosos de turno obedece a uma lógica inflexível. Na mesma entrevista, ele sugeriu que a oposição atentava contra a democracia ao repercutir os escândalos no governo. Cada um fala o que quer, nos limites da lei, mas o Oráculo de araque não se limita a isso: ele vende um produto falsificado. Pesquisas de opinião declaram uma margem de erro e um intervalo de confiança. A margem de erro expressa a variação admissível em relação aos resultados divulgados. O intervalo de confiança expressa a confiabilidade da pesquisa - ou seja, a probabilidade de que ela fique dentro da margem de erro. Na noite de 3 de outubro, o Ibope divulgou as pesquisas de boca de urna para a eleição nacional e para 16 Estados, registradas com margem de erro de 2% e intervalo de confiança de 99%. Das 17 pesquisas, 12 ficaram fora da margem de erro. O intervalo de confiança real é inferior a 30%. Um cenário similar, catastrófico, emerge das pesquisas para o Senado. Há tanta diferença assim entre isso e vender automóveis com defeitos nos freios? O Ibope não está só. Datafolha, Sensus e Vox Populi não fizeram pesquisas de boca de urna, mas suas pesquisas imediatamente anteriores também não resistem ao cotejo com as apurações. Todos os grandes institutos brasileiros cometem um mesmo erro metodológico, bem conhecido pelos especialistas. Eles usam o sistema de amostragem por cotas, que tenta produzir uma miniatura do universo pesquisado. A amostra é montada com base em variáveis como sexo, idade, escolaridade e renda. Isso significa que a escolha dos indivíduos da amostra não é aleatória, oscilando ao sabor de variáveis arbitrárias e contrariando os princípios teóricos da amostragem estatística. O Gallup aprendeu a lição depois de errar na previsão de triunfo de Thomas Dewey nas eleições americanas de 1948. Venceu Harry Truman e o instituto mudou sua metodologia, adotando um plano de amostragem probabilística, que gera amostras aleatórias. Quase meio século depois, os institutos britânicos finalmente renunciaram à amostragem por cotas. O copo entornou em 1992, quando as pesquisas baseadas na metodologia furada previram a vitória trabalhista, mas triunfou o conservador John Major. Na sequência, uma equipe de especialistas identificou o problema e apresentou a solução. Os institutos brasileiros conhecem toda essa história. Não mudam porque a metodologia atual é mais prática e barata. Vendem gato por lebre. A amostragem por cotas não permite calcular a margem de erro. Os institutos "resolvem" a dificuldade chutando uma margem de erro, que exibem como fruto de cálculo rigoroso. Como as eleições brasileiras costumam ter nítidos favoritos, eles iludem deliberadamente a opinião pública, cantando acertos onde existem, sobretudo, equívocos. Não é um fenômeno novo. Jorge de Souza, no seu Pesquisa Eleitoral: Críticas e Técnicas (Editora do Senado, 1990), já registrava que 16 das 23 pesquisas Ibope referentes às eleições estaduais de 1986 se situaram fora da margem de erro - o mesmo desastroso intervalo de confiança, em torno de 30%, verificado neste 3 de outubro. Nem todos os institutos são iguais. O Datafolha conserva notável isenção partidária, embora também utilize o indefensável sistema de amostragem por cotas. O Oráculo do Ibope anda ao redor dos poderosos, sem discriminar partidos ou candidatos, farejando oportunidades em todos os lados. Marcos Coimbra, seu congênere do Vox Populi, pratica uma subserviência mais intensa, porém serve apenas a um senhor. Durante toda a campanha, o Militante assinou panfletos políticos governistas fantasiados como análises técnicas de tendências eleitorais. Dia após dia, sem descanso, sugeriu a inevitabilidade do triunfo da candidata palaciana no primeiro turno. Sua pesquisa da véspera do primeiro turno, publicada com fanfarra por uma legião de blogueiros chapa-branca, cravou 53,4% dos votos válidos para Dilma Rousseff. Errou em 6,5 pontos porcentuais, quase três vezes a margem de erro proclamada, de 2,2%. Pesquisas, obviamente, não decidem eleições. Mas elas têm um impacto que não é desprezível. Sob a influência dos humores cambiantes do eleitorado, supostamente captados com precisão decimal pelas pesquisas, consolidam-se ou se dissolvem alianças estaduais, aumentam ou diminuem as doações de campanha, emergem ou desaparecem argumentos utilizados na propaganda eleitoral, modifica-se a percepção pública sobre os candidatos. Os institutos comercializam um produto rotulado como informação. Se fosse leite, intoxicaria os consumidores. Sendo o que é, envenena a democracia. Beto Richa, o governador eleito em primeiro turno no Paraná, obteve da Justiça Eleitoral a proibição da divulgação de pesquisas eleitorais que não o favoreciam. A censura é intolerável, principalmente quando solicitada por alguém que se comprazia em dar publicidade a pesquisas anteriores, nas quais figurava à frente. Ele poderia ter usado o horário eleitoral para expor a incúria metodológica dos institutos e o lamentável papel desempenhado por alguns de seus responsáveis, como o Oráculo e o Militante. A opinião pública, ludibriada a cada eleição, encontra-se no limiar da saturação. Mais um pouco, aplaudirá o gesto oportunista de Richa e clamará pela censura. Que tal os institutos agirem antes disso, mesmo se tão depois do Gallup? Ah, por sinal, qual é mesmo a taxa de aprovação do governo Lula? ------------------------------------------ |
ELEIÇÕES 2O1O/segundo turno [In:] ''ACORDA, ALICE ! "
O País real e a candidata
Autor(es): José Israel Vargas |
O Estado de S. Paulo - 14/10/2010 |
Externei recentemente, neste espaço, preocupações sobre a ciência e a tecnologia brasileiras, a meu ver, obstáculo maior ao desenvolvimento econômico e social almejado para o nosso país. Verifico agora que perplexidade de índole ainda mais ampla vem de ser retratada, em manchete de primeira página, por um de nossos grandes jornais diários, ao questionar: Quem vai administrar o País real? Estou convencido de que, a despeito do inegável progresso econômico e social ocorrido em continuação ao trabalho realizado pelas administrações passadas, o angustiante grito de alarme reflete a insegurança quase generalizada no País sobre a qualidade da liderança atual e da que pode emergir do segundo turno do pleito eleitoral. De um lado, acabamos de assistir, no primeiro turno, ao desempenho tíbio da oposição, talvez devido à influência oportunista de marqueteiros, deixando de oferecer, na ocasião, soluções para os graves e abrangentes problemas do País real. De outro lado, a possível reassunção do poder de vasta aliança articulada entre opções políticas díspares, sob o guante do chefe inconteste tanto do partido "social-nacionalista" quanto da antiga súcia, sempre ávida em aderir ao eventual poder do dia. A força do líder da aliança afirmou-se paulatinamente pela prática de contrafações sistemáticas de fatos bem sabidos de nossa História recente. Transmudadas em "herança maldita", elas são ostentadas como sólidas verdades para engodo de suas audiências, mobilizadas a um só tempo em despeito e autolouvação ostensiva. Nessa trajetória, vem posando de autor exclusivo de grandiosas obras e iniciativas políticas, executadas ou em curso de execução, "jamais dantes" testemunhadas pela humanidade embasbacada, em ilustração eloquente do desprezo que o líder vota ao saber e à verdade. Infeliz e antiga atitude, genialmente retratada pelo Bardo: "O prêmio com que mais se alevanta o engenho, não o dá a Pátria, não, que está entregue ao gosto da cobiça..." A candidata escolhida exclusivamente pelo líder da aliança, a então poderosa ministra da Casa Civil, levou a Copenhague (COP 15) a proposta brasileira sobre medidas destinadas a mitigar o clima, usurpando desta feita, no grande encontro, as atribuições da ministra Marina Silva, de fato a responsável pela área... É fácil imaginar as razões que levaram o presidente da Republica à inusitada preterição: as eleições! O propósito era expor a candidata em fórum internacional, armada de batuta de comando erguida discricionariamente até mesmo por sobre os profissionais da área e do próprio Itamaraty. O Brasil renunciou ao privilegio conferido pelo Tratado do Rio (1992) a ele e a outros países em desenvolvimento, que consistia na isenção de reduzir suas emissões de gases causadores do efeito estufa, por terem iniciado tardiamente sua industrialização, geradora das referidas agressões ambientais. Tanto a China como a Índia, à vista de suas contribuições importantes para o efeito estufa e submetidas a fortes pressões internacionais, comprometeram-se a reduzir em 30% suas emissões poluentes até o ano de 2020 e vincularam as reduções paulatinas a frações bem definidas de seu produto interno bruto (PIB) anual. Já o Brasil adotou meta de reduzir as suas emissões, até aquele ano, em cerca de 39%, sem, contudo, especificar, até agora, o ritmo anual e as práticas necessárias à promoção das reduções anunciadas. O País comprometeu-se também a observar a meta (parcial) de reduzir em 80% o desmatamento, em relação ao ano de 2005. Tal fração, somada à da agropecuária, constitui 58% do total das nossas emissões, mas nosso governo igualmente deixou de apontar os valores anuais das ações indispensáveis ao cumprimento dessas obrigações. É, pois, duvidoso que esses compromissos sejam cumpridos, tanto mais que o seu cumprimento envolverá profunda reestruturação do sistema agropecuário nacional, bem como intenso reflorestamento compensatório do desmatamento decorrente tanto da expansão da infraestrutura na região amazônica (usinas hidrelétricas, linhas de transmissão e estradas) quanto das demandas de madeira para a construção civil e outras obras pelo País afora. De fato, a correlação entre o aumento do PIB nacional e o desmatamento é hoje bem conhecida, e o "sucesso" alardeado para sua redução seria, pois, devido antes à recente crise econômica do que às medidas adotadas pelo governo. Da mesma lavra surgiria projeto de lei sobre direitos humanos, enviado ao Congresso Nacional "sem ler", justificou-se a atual candidata oficial. Diante dos protestos da opinião pública em defesa das liberdades democráticas, esse projeto foi retirado. Entretanto, renasceu das cinzas, reapareceu no programa para o futuro governo petista e teve - talvez provisoriamente - o mesmo destino da iniciativa anterior, também lançado no limbo por falta de leitura... Hábito que parece ser a marca deste governo. Registre-se que o mesmo governo do qual se tornou figura central a digna candidata se alinha também com um acordo sobre direitos humanos estabelecido entre o Brasil... Cuba e China! A tanto vai o nosso amor pela justiça. Vamos, assim, manter relações mais do que amistosas com governos apontados pela comunidade internacional como criminosos. Finalmente, o apoio dado à candidatura de um assumido queimador de livros ao alto cargo de diretor da Unesco, organização das Nações Unidas dedicada à promoção da educação, da cultura, da ciência, da informação e da comunicação, bem ilustra que essas atividades são cada vez mais estranhas ao atual governo brasileiro. ------------- PH.D. PELA UNIVERSIDADE DE CAMBRIDGE, PROFESSOR EMÉRITO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS E DO CENTRO BRASILEIRO DE PESQUISAS FÍSICAS, FOI MINISTRO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA; ----- |
ECONOMI [In:] TEMPOS DE ANALISAR...
A importância do setor externo na evolução do IPCA
Autor(es): André de Melo Modenesi e Eliane Cristina de Araújo |
Valor Econômico - 14/10/2010 |
Em uma economia aberta e com elevada mobilidade de capitais, como a brasileira, a inflação depende, fundamentalmente, de três fatores macroeconômicos: a demanda agregada (ou o nível de atividade econômica), a oferta agregada e a taxa de câmbio. Partindo dessa premissa, analisamos empiricamente o processo de formação de preços na economia brasileira, durante o regime de metas de inflação. Foram utilizadas as seguintes variáveis: 1) Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE; 2) taxa de câmbio média real/dólar, fornecida pelo Banco Central; 3) índice da produção física (quantum) da indústria, calculado pelo IBGE e usado como indicador do comportamento da demanda agregada; e 4) índice de preço das commodities, formulado pelo Ipea e utilizado como indicador das condições de oferta (este índice refere-se a uma cesta de commodities, divididas em três grupos: metálicas; não metálicas; e energéticas. Ele reflete a estrutura de custos do setor produtivo. Isto é, uma elevação dos preços das commodities constitui um choque negativo de oferta, com impactos inflacionários inequívocos. Seu uso justifica-se especialmente em face da internacionalização dos processos produtivos, verificada após meados dos anos 1990). Com isso, podem-se separar os condicionantes macroeconômicos do IPCA em dois: 1) domésticos, que se refletem na demanda agregada; e 2) externos, que se expressam nas condições de oferta agregada e a taxa de câmbio. O câmbio é, isoladamente, o componente mais relevante na determinação do IPCA, seguido pelas condições de oferta e, finalmente, pelo nível de atividade econômica. Isso robustece um fato estilizado da economia brasileira após o Plano Real: a importância do câmbio na determinação dos preços. O coeficiente de repasse cambial estimado (da ordem de 6% a 7%) é expressivamente maior do que o impacto da demanda agregada sobre o IPCA (entre 2% a 5%, dependendo da metodologia empregada). Essa constatação também se verifica quando se decompõe a variância do IPCA (veja quadro). A maior parcela da variância do IPCA (12%) é explicada pela variância do câmbio (ao final de 12 meses). Já a variância da oferta, contribui para 2,5% da variação da inflação. A demanda agregada, por sua vez, explica apenas 1% da variância do IPCA. É possível comparar e até mesmo estabelecer uma hierarquia entre os condicionantes domésticos e externos da inflação. Em conjunto, a taxa de câmbio e as condições de oferta explicam mais de 14% da variância da inflação. O nível de atividade responde por somente 1% da variância do IPCA. Vale dizer, a evolução dos preços é substancialmente mais sensível aos fatores externos do que aos condicionantes domésticos. A evidência empírica indica, portanto, a existência de forte e patente assimetria entre a relevância dos fatores de ordem doméstica e os de caráter externo na determinação do IPCA. Por um lado, é muito alto o peso dos condicionantes externos (taxa de câmbio e preço das commodities) na evolução da inflação. Por outro lado, os condicionantes internos (nível de atividade econômica) explicam parcela reduzida da inflação. Em poucas palavras, os fatores externos se sobrepõem largamente ao comportamento da demanda agregada na determinação dos preços. Esse resultado traz relevantes implicações de política econômica. Ele reforça a tese de que há problemas no mecanismo de transmissão da política monetária: uma contração da demanda agregada tem reduzido impacto deflacionário. A existência de problemas na transmissão da política monetária implica que, em última instância, a taxa básica de juros (Selic) é pouco potente para conter os preços. Ou seja, o BC, ao aumentar os juros, pode até contrair a demanda agregada; entretanto, o desaquecimento da economia não se transmite "integralmente" para os preços. Como os condicionantes externos são preponderantes na evolução dos preços, a política monetária - que, por sua natureza, atua sobre os fatores domésticos - torna-se pouco eficaz para combater a inflação no Brasil. Esta é uma das principais razões para explicar o excesso de rigidez que tem marcado a política monetária: como o BC utiliza um instrumento pouco potente, ele se vê "forçado" a exagerar na dose. É por isso que, apesar de praticarmos a maior taxa de juros (real) do mundo, a inflação resiste a cair abaixo de 5% ao ano. (no período 1999-2009, o IPCA ficou abaixo desse patamar em apenas duas ocasiões, e sua média aproximou-se de 7%). É verdade que, ao aumentar a taxa Selic, o BC torna os ativos financeiros domésticos mais rentáveis estimulando a entrada de capitais externos e, assim, contribuindo para valorizar o real. Como o repasse cambial é alto, os efeitos da política monetária se transmitem para os preços pelo canal do câmbio. O problema é que a autoridade monetária não pode contar apenas com esse canal por uma razão muito simples: a política monetária, por si só, não é capaz de determinar a taxa de câmbio. Essa variável depende de uma gama de outros fatores, além da taxa de juros, que estão completamente fora do controle do BC. O câmbio é influenciado, por exemplo, por: 1) termos de troca; 2) demanda por exportações, intimamente relacionada com o nível de renda dos nossos parceiros comerciais; 3) aversão a risco dos investidores internacionais; e 4) condições internacionais de liquidez. Consequentemente, o BC acaba se tornando refém das condições externas. Quando os ventos vindos do exterior são favoráveis, a política monetária é potencializada e, portanto, as metas de inflação são cumpridas com maior facilidade. Quando a situação externa é desfavorável, a política monetária tem sua eficácia comprometida e, assim, o BC tem dificuldade para atingir seu objetivo primordial, a estabilidade de preços. André de Melo Modenesi é professor do Instituto de Economia da UFRJ e autor do livro "Regimes monetários: teoria e a experiência do real" Eliane Cristina de Araújo é professora do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Maringá. |
ECONOMIA/AGRONEGÓCIO [In:] TEMPOS DE VENDER...
Agronegócio bate recorde
Agronegócio bate recorde |
Autor(es): Eliane Oliveira |
O Globo - 14/10/2010 |
Em 12 meses, exportações chegam a US$ 72,3 bilhões Impulsionadas pelas elevadas cotações das commodities no mercado internacional, as exportações do agronegócio realizadas nos últimos 12 meses bateram recorde histórico, informou ontem o Ministério da Agricultura. Os embarques contabilizados entre outubro de 2009 e setembro de 2010 somaram US$ 72,3 bilhões, montante que supera em US$ 550 milhões o maior valor registrado, em 2008, de US$ 71,8 bilhões. |
''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
14 de outubro de 2010
O Globo
'Não mandarei ao Congresso nenhuma legislação que impacte na religião’
Em encontro com pastores e parlamentares evangélicos, do qual participou Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, confirmou que assinará carta-compromisso contra o aborto e o casamento gay. Alegando que o Estado é laico, Dilma se comprometeu a não enviar ao Congresso projetos de impacto na religião: "Essa legislação não enviarei ao Congresso. Tanto a legalização da lei do aborto como todas as outras." Sobre o projeto de lei que pune a homofobia, Dilma condenou o preconceito, mas disse que não se pode criminalizar as igrejas e seus preceitos religiosos. (Págs. 1, 3 e editorial "Munição anti-Dilma e do próprio lulismo")
Ibope: diferença é de 6 pontos
Pesquisa do Ibope mostra disputa acirrada pela Presidência, com a petista Dilma Rousseff com seis pontos de vantagem sobre o tucano José Serra. Dilma tem hoje 49% dos votos, contra 43% de Serra. A margem de erro é de dois pontos. (Págs. 1 e 10)
PF pede mais prazo para investigar caso Erenice Guerra. (Págs. 1 e 13)
Merval Pereira
A julgar pela primeira pesquisa após-debate, o tom mais agressivo de Dilma não surtiu efeito. (Págs. 1 e 4)
PV e Marina devem optar por neutralidade. (Págs. 1 e 14)
Foto legenda: Dilma e Crivella no encontro de evangélicos: "O Estado será laico e não vai interferir nas questões religiosas". (Pág. 1)
Resgate rápido encerra pesadelo de 70 dias
Numa explosão de alegria, com buzinaço, aplausos e gritos, chilenos receberam um a um os 33 mineiros que emergiam bem-dispostos de uma estreita cápsula, em viagens cada vez mais rápidas, encerrando um pesadelo de 70 dias a 622 metros de profundidade. A bem-sucedida operação levou 22 horas, menos tempo do que o previsto. Alçados à condição de heróis, os mineiros tiveram a privacidade exposta e dramas familiares vieram à tona, como o caso de Yonny Barrios, o enfermeiro improvisado no subterrâneo, que deixara duas mulheres na superfície. Foi recebido pela amante, depois de a mulher se recusar a acompanhar o resgate. Já a mulher de Ariel Ticona deu à luz uma menina, batizada de Esperanza. Esteban Rojas, o 18º a ser resgatado, foi pedido em casamento pela mulher, Yessica com quem já vive há 25 anos. Houve quem, já na superfície se ajoelhasse em agradecimento ou festejasse - com embaixadinhas. 0 chefe do grupo, Luis Urzua, foi o último a deixar a mina e comparado a um capitão pelo presidente Sebastian Piñera, que não arredou pé do resgate. (Págs. 1 e 32 a 35)
Miriam Leitão
Com o espetacular e bem-sucedido resgate dos 33 mineiros, o Chile prova, mais uma vez, que é um país que sabe administrar riscos. (Págs. 1 e 26)
Foto legenda: Luis Uurzua, chefe do grupo, o último mineiro a ser resgatado, numa operação acompanhada durante 22 horas por parentes dos 33 e muito festejada pelos chilenos: explosão de alegria põe fim a um drama com final feliz. (Pág. 1)
Foto Legenda: Luis Urzua, chefe do grupo, o último mineiro a ser resgatado, numa operação acompanhada durante 22 horas por parentes dos 33 e muito festejada pelos chilenos: explosão de alegria põe fim a um drama com final feliz
Dólar: governo quer conter especulação
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Folha de S. Paulo
Manchete: Presidente 40 Eleições 2010: Governo revê plano de Marina para AmazôniaO PAS (Plano Amazônia Sustentável), maior legado de Marina Silva no Ministério do Meio Ambiente, será revisto, relata Cláudio Angelo. A nova versão deverá incluir projetos de mineração, defesa e hidrelétricas.
A reforma do plano começou a ser debatida em seminário da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) justamente quando o PT tenta atrair os 20 milhões de eleitores da candidata do PV para o segundo turno.
O PAS foi elaborado por Marina por três anos. Ela costumava se referir ao plano como "filho". Quando decidiu lançá-lo, em 2008, o presidente Lula delegou a execução à SAE, e Marina decidiu deixar o ministério.
A ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) criticou o excesso de "preservacionismo" na política ambiental. Segundo o ministro Samuel Pinheiro Guimarães, da SAE, faltam ao PAS metas concretas. (Págs. 1 e A4)
Lei florestal trava acordo PSDB-PV. (Págs. 1 e A6)
Chile conclui antes do previsto resgate dos 33 mineiros presos
Eles passaram 69 dias a 622 metros abaixo do solo, sob temperaturas acima de 38ºC e forte umidade.
O último resgatado foi Luis Urzúa, 54, chefe de turno dos operários. Exames mostram que todos saíram da mina em condições relativamente boas de saúde.
Foram detectados um caso de pneumonia, outros de problemas de pele e algumas infecções dentárias. Os mineiros foram removidos para o Hospital Regional de Copiapó, onde devem ficar até este sábado. (Págs. 1 e Mundo)
Marion Minerbo
Apesar da alegria, o mais difícil será voltar para casa (Págs. 1 e A20)
Lista de presentes para resgatados inclui viagens, vinho e striptease (Págs. 1 e A20)
Foto legenda: Luis Urzua, o último mineiro a sair, festeja o resgate ao lado do presidente chileno, Sebastián Piñera. (Pág. 1)
Foto legenda: Peixe na água
Evangélico cobra que Dilma faça 'carta à nação'
Contardo Calligaris: Eleição é pior momento para debater aborto
Serra afirma que mídia reproduz 'pauta petista'
Taxa para emissão de passaporte deve ter reajuste de 21% no ano que vem (Págs. 1 e C5)
Editoriais
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Dilma tem 6 pontos à frente de SerraPesquisa do Ibope para o Estado e a TV Globo, a primeira após o debate entre as presidenciáveis e a volta do horário eleitoral, mostra Dilma Rousseff (PT) com 49% das intenções de voto e José Serra com 43%. A petista aparece em primeiro graças aos eleitores do sexo masculino e de baixa renda e escolaridade, sobretudo os que vivem no Nordeste e no Norte/Centro-Oeste. Os indecisos são 3%. Levando-se em conta apenas as votos válidos (excluídos nulos, brancos e eleitores indecisos), Dilma lidera com 53%, contra 47% de Serra. No primeiro turno, a petista teve 46,9% dos votos válidos, contra 32,6% do tucano.
A evolução dos índices mostra que, desde o início do mês, Serra avançou mais, absorvendo a maior parte das eleitores de Marina Silva (PV), que teve 19,3% dos válidos. A pesquisa foi feita com 3.010 eleitores, e a margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. (Págs. 1 e Nacional A4)
Petista atrai evangélicos
Para atrair o voto evangélico, a candidata Dilma Rousseff (PT) prometeu vetar itens polêmicos do Programa Nacional de Direitos Humanos, montado pelo próprio governo. Ela citou direito ao aborto e casamento gay. Mas, para o ministro Paulo Vannuchi (Diretos Humanos), o programa não muda. (Págs. 1 e Nacional Al4)
Resgate de mineiros dura menos que o previsto
Vida nova: Após o drama, a recompensa
Os mineiros resgatados deixarão para trás a vida pobre. Se depender da solidariedade dos chilenos, o futuro deles e dos descendentes está garantido: além de ofertas de contratos, viagens e ajuda financeira, uma fundação foi aberta para financiar o estudo dos filhos. (Págs. 1 e Internacional A21)
Ação ajuda presidente
O presidente chileno, Sebastian Piñera, aproveitou cada segundo da bem-sucedida ação de resgate dos mineiros. Seu envolvimento no processo fez sua popularidade subir três pontos, para 57%, diz pesquisa. (Págs. 1 e Internacional A20)
Foto legenda: Salvo. Mario Gomez, de 63 anos, o mais velho dos mineiros isolados no Chile, festeja ao chegar a superfície. (Pág. 1)
Bancos que venderam ações da Petrobras são criticados
Decisão do STJ ameaça impedir prisão por lei seca
Anestesistas protestam por melhor remuneração (Págs. 1 e Vida A26)
Brasileira é encontrada esquartejada na Suíça (Págs. 1 e Cidades C4)
Dora Kramer: Maioria cativa
Notas & Informações
A Aliança Estratégica formalizada pelos presidentes Chávez e Lula combinou bolivarianismo e terceiro-mundismo requentado. Nada útil poderia resultar desse acasalamento. (Págs. 1 e A3)
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Valor EconômicoManchete: Guerra fiscal atinge também as importações
Levantamento da Secretaria de Comercio Exterior (Secex) mostra incentivos em 18 Estados. Alguns programas atingem somente a importação de bens de capital, mas outros beneficiam também o desembarque de insumos. Outro estudo, encomendado pelo Instituto Aço Brasil (IABr), mostra que as reduções ilegais de ICMS em 13 Estados usam desde postergação do imposto devido até financiamento de parte do tributo. (Págs. 1 e A3)
Foto legenda: Colheita de sinergias
Mercado, tranquilo, avalia prós e contras de candidatos
PMDB perde deputados e lideranças
O PMDB perdeu para o PT o status de maior partido da Câmara e não terá na bancada pelo menos cinco dos deputados que o comandaram nas últimas legislaturas - Eliseu Padilha (RS), Eunício Oliveira (CE), Geddel Lima (BA), Jader Barbalho (PA) e Michel Temer (SP). Criou-se um vácuo que terá de ser ocupado por novos quadros apoiados em padrinhos políticos.(Págs. 1 e A14)
Companhias retomam oferta de ações
EUA aumentam o uso de etanol em combustíveis
Protecionismo comercial pode trazer prejuízos duradouros aos EUA (Págs. 1 e B13)
Reservas chinesas atingem nível recorde de US$ 2,65 trilhões (Págs. 1 e C3)
Importação mudará siderurgia
Independência suspende abates
Subsídio deve adiar Rússia na OMC
Previdência privada
OAB reage à procuração pública
Ideias
Proposta orçamentária para 2011 reduz receita com royalties do petróleo e exploração de recursos minerais. (Págs. 1 e A2)
Ideias
DEM caminha para a fusão com um partido maior independentemente dos resultados das eleições presidenciais. (Págs. 1 e A8)
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radiobras.