PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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terça-feira, junho 23, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] DESNECESSÁRIOS (2009, 2010, ...,)



...















[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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SENADO: ATOS SECRETOS III

Escalada do segredo


Painel
Folha de S. Paulo - 23/06/2009

O exame dos atos secretos do Senado revela que esse expediente ganhou força em 2003, quando José Sarney (PMDB-AP) assumiu a presidência pela segunda vez e Agaciel Maia acumulava oito anos na direção geral. Foram 24 boletins engavetados. Um novo salto se deu em 2006 (53 boletins escondidos), durante a presidência de Renan Calheiros (PMDB-AL).

Desde então, o número de boletins mantidos em segredo se multiplicou: foram 65 em 2007 e 96 (muitos deles com mais de um ato) em 2008, já na gestão de Garibaldi Alves (PMDB-RN). A explosão no ano passado coincide com o surgimento das primeiras revelações sobre o modus operandi de Agaciel.



Vapt-vupt. A comissão de sindicância encarregada de apontar responsabilidades pelos atos secretos terá quatro dias para ouvir funcionários, analisar mais de 600 decisões sigilosas e indicar quem deverá responder a inquérito administrativo.

Eu não. Por meio de seu advogado, Antonio Carlos de Almeida Castro, o ex-diretor de RH João Carlos Zoghbi diz que nunca assinou atos secretos, limitando-se a cumprir ordens de Agaciel sobre o que deveria ou não ser publicado.

Bolsa de apostas. Dois nomes na mesa de Sarney para substituir Alexandre Gazineo na direção geral: Armando Rollemberg, antigo colaborador do peemedebista, e Sérgio Penna, atual chefe de gabinete do presidente do Senado.

Afinidades 1. A discriminação das despesas com a verba indenizatória revelou pagamento de R$ 8 mil de ACM Júnior (DEM-BA) à Abaeté Aerotáxi. Nas campanhas de 2002 e de 2006, a empresa fez doações para o filho do senador, o deputado ACM Neto.

Afinidades 2. Sob o título "A maior festa popular do Brasil", o Blog da Petrobras destaca que a estatal patrocina neste ano o São João em 81 cidades do Nordeste. São 55 na Bahia e 20 em Sergipe, Estados governados, respectivamente, pelos petistas Jaques Wagner e Marcelo Déda.

Fogo no ninho. A denúncia de caixa dois na campanha de Beto Richa expôs o racha do PSDB no Paraná. O ex-coordenador financeiro da campanha do prefeito de Curitiba exibiu ontem um vídeo no qual um dos denunciantes insinua que o senador Álvaro Dias, também tucano, estaria por trás da revelação. Richa e Dias postulam a candidatura ao governo em 2010.

Sabe com quem... Monica Monteiro, ex-namorada do ministro José Múcio (Relações Institucionais) que trabalha com produção de vídeos, vai se tornando lenda entre as agências publicitárias com contas na Esplanada.

...está falando? Um vencedor de licitação define o método de Monica para oferecer às agências os serviços de sua empresa como "pé na porta". Se necessário, avoca o nome do ex-namorado. O estilo gerou atrito recente com a número dois do Ministério da Saúde, Márcia Bassit.

Vai que é tua. Lula levou Dilma Rousseff a tiracolo ao dar entrevista para emissora de rádio do Paraná. Quando o apresentador lhe perguntou sobre o PAC, o presidente aproveitou a deixa e passou a palavra à ministra-candidata.

Mão do gato 1. No mesmo dia em que José Genoino deu parecer contrário ao terceiro mandato, petistas pressionaram a Força Sindical, ligada ao PDT, a defender a tese no documento do congresso dos metalúrgicos de SP.

Mão do gato 2. A Força registrou que, "se for válido constitucionalmente, se for viável politicamente e se for aceito pelo presidente, os metalúrgicos apoiariam". Depois do monte de "se", o texto fala em "alternância de governo". No congresso da CUT, central petista, a proposta do terceiro mandato foi a plenário. Recebeu um único voto favorável.

SENADO, SARNEY, ATOS SECRETOS

Senadores pedem em plenário que Sarney se afaste


Folha de S. Paulo - 23/06/2009

O tucano Arthur Virgílio cobra em discurso o combate à corrupção no Senado em sessão presidida pelo peemedebista José Sarney

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
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Enfrentando uma das piores crises desde sua eleição para a presidência do Senado, José Sarney (PMDB-AP) foi pressionado ontem no plenário por senadores que exigiram que ele tome atitudes, rompa com a "camarilha" e, pela primeira vez, sugeriram em público que ele se licencie do cargo.
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), foi o primeiro a se manifestar no plenário. "Vossa Excelência precisa romper qualquer laço com essa camarilha. Se disser que não tem condições de romper, não terá condições de continuar à frente desta Casa", disse.
Quando falou dos ex-diretores João Carlos Zoghbi (Recursos Humanos) e de Agaciel Maia (Direção Geral), ele chegou a chamá-los de "ladrões".
Os dois são acusados de serem os responsáveis por uma série de medidas irregulares, como o pagamento de horas extras no recesso de janeiro e a elaboração de atos secretos.
Sarney estava presidindo a sessão quando os discursos foram feitos. "Nunca fui acusado de acobertar quem quer que seja, por maior ligação que tenha. E até na minha posse tive a oportunidade de dizer que tinha amigos que eram partidários, mas que nunca colocaria o Senado acima, ou melhor, abaixo desses amigos e dos correligionários que pudesse ter", disse o presidente do Senado.

"Eu julguei que, quando fui eleito presidente, era para presidir politicamente a Casa e não para ficar submetido a procurar a dispensa ou limpar o lixo das cozinhas da Casa", afirmou.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) foi quem defendeu abertamente que Sarney deixe a presidência por 60 dias até que haja soluções para os problemas no Senado. "Que ele sente junto conosco na planície do Senado. Que ele peça uma licença de dois meses."
Virgílio também disse que Agaciel tentou chantageá-lo ao espalhar que ele pediu ao Senado para pagar o tratamento de sua mãe, que ele teria funcionário que mora no Rio e que estaria contratando seu professor de jiu-jítsu no gabinete. Virgílio disse que o Senado pagou parte dos gastos com o tratamento de sua mãe, o que é permitido por ato administrativo, e negou as outras duas informações.
Há duas semanas, Sarney tem sido constrangido com a divulgação de contratações de parentes e afilhados políticos por meio de atos secretos.
Sarney também negou que a Casa tenha pago salário ao mordomo de sua filha, a governadora Roseana Sarney (MA). Conforme reportagem do jornal "Estado de S. Paulo", a Casa pagava o salário de R$ 12 mil de Amaury de Jesus Machado. "O Senado nunca pagou nenhum mordomo. Todos os senadores são alvo de insultos, calúnias. A senadora Roseana nem tem mordomo. O Amaury é chofer do Senado há 20 anos."
"A opinião pública tem uma impressão horrível de nós. Estamos no fundo do poço", disse Pedro Simon (PMDB-RS).
Hoje deve ser divulgado o relatório da comissão de sindicância que apurou a existência de atos secretos da Casa.

BRAS-ILHA: ATOS E FATOS ''EXPOSTOS''

O poder que atrai catadores
Nos rastros do poder


Autor(es): Lilian Tahan e
Edson Luiz
Correio Braziliense - 23/06/2009


Na segunda reportagem da série, a história de famílias inteiras que sobrevivem catando os restos da burocracia

Cadu Gomes/CB/D.A Press - 10/6/09
Oito famílias, incluindo idosos e crianças, retiram seu sustento catando e separando papel e plástico do lixo que vem da Esplanada e da sede provisória da Presidência, no CCBB

Zuleika de Souza/CB/D.A Press - 11/6/09
Meninos, como J., de 7 anos, “lancham” o que acham entre os detritos

Pelo menos 200 quilos das sobras da burocracia são descarregados todos os dias no lixão vizinho ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), endereço provisório da Presidência da República. O depósito fica a 50 passos da grade que delimita o Palácio do Jaburu, sede oficial da Vice-Presidência, ou a dois minutos de carro do Palácio da Alvorada, onde mora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar de tão próximas, as famílias que colocam a mão nos restos do que a Esplanada produz diariamente para sobreviver são invisíveis aos olhos do poder público.

O rastro de papel deixado pelas carroças que têm como destino o lixão do CCBB segue trilha paralela ao asfalto por onde passa o comboio presidencial. O cerrado, como é chamado o lugar pelos catadores, é o endereço comercial de oito famílias que tiram o sustento organizando os detritos que vêm dos ministérios, seus anexos, Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal. Uma parte do grupo que trabalha com o material mora em barracos de lona dispostos a poucos metros das pilhas de sujeira.

O tratamento de parte do lixo produzido na Esplanada é artesanal e não segue nenhuma precaução de higiene. O trabalho é assim dividido: os homens, alguns com menos de 18 anos, ficam responsáveis pela coleta do lixo dos contêineres dispostos em frente aos órgãos da Esplanada. Eles fazem o percurso duas vezes ao dia. Uma no fim da manhã e a outra por volta das 16h, horário em que as caçambas estão cheias. Os catadores mais novos guiam carroças e os mais velhos dirigem um triciclo doado por uma associação de trabalhadores do setor.

Acostumados a encontrar lixo seco com molhado, mesmo nos casos dos ministérios que deveriam dar o exemplo, como o do Meio Ambiente, segundo revelou reportagem publicada na edição de ontem do Correio, os catadores fazem uma pré-seleção do material desprezado. Dão preferência aos sacos mais leves e menos úmidos, sinal da ausência de restos de comida. A prática, no entanto, não evita a mistura de garrafas, latas, vidro e objetos de toda sorte embalados nos pacotes pretos deixados nos contêineres.

O material coletado nas caçambas da Esplanada segue para o cerrado. Lá, começa o trabalho das mulheres, rodeadas de filhos de todas as idades. São elas que separam os papéis, dos jornais, das revistas, do vidro, do plástico, das garrafas, do papel higiênico, dos restos de comida, e, eventualmente, de roupas ou objetos descartados mesmo que ainda pareçam “novinhos” para quem tem quase nada. Essa é a rotina de Maria Amélia, matriarca de uma das famílias que vivem do lixo.

Em menos de um minuto, as mãos ligeiras da mulher, catadora há 16 anos, esvaziam um saco preto cheio de restos. Com o braço esquerdo, Maria Amélia, de 60 anos, que não lê nem escreve, separa os relatórios, despachos, ordens de pagamento, extratos bancários, e os despeja em um cercado com 30 metros quadrados a sua frente. Com o outro braço — defeituoso em razão de fratura não medicada —, ela tira os copinhos de café, os sacos plásticos, as cascas de banana, o bagaço da laranja, as latinhas de refrigerante, e metros de papel higiênico misturados à pilha de documentos descartados. Não usa luvas nem máscara.

Além disso, acostumadas a tirar o sustento das sobras, as crianças não são detidas quando encontram restos de refrigerante ou sacos de pipoca em meio aos dejetos que atraem ratos, baratas e insetos para a região. “Se o pacote estiver fechado, que problema tem?”, diz L., que segurava um pacote de pipoca doce na mão, reservado do lixo. Enquanto isso, Carlos, de 6 anos, e J., de 7, corriam segurando duas garrafas com sobras de refrigerante encontradas no lixo dos ministérios. Foi o lanche dos vizinhos invisíveis da Esplanada tornando atual a poesia Bicho(1) de Manuel Bandeira, publicada em 1947.


1-Bicho

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus,
era um homem.
...
Manuel Bandeira

Carnaval de bacana
Zuleika de Souza/CB/D.A Press - 11/6/09

José Eudo (foto) não é propriamente um homem de sorte. Teve poucas oportunidades na vida. Não estudou e não consegue emprego formal. Vive de vender a papelada oficial. Mas o baiano de 30 anos teve um dia especial. Passou o carnaval de 2008 em Barreiras, na Bahia junto com a mulher, depois de ter achado R$ 600 entre montanhas de papéis oficiais estocados no cerrado, ou oito semanas e meia de trabalho no lixo. O dinheiro estava entre milhares de envelopes bancários jogados fora. Depois da bolada, os catadores criaram o hábito de vasculhar minuciosamente os documentos vindo dos bancos na esperança de ter a mesma sorte que Eudo. Sorte que Evécio José Vitorino, de 46 anos, também teve ao se depararar entre centenas de papéis com uma joia. “Achei um colar de prata”, conta Vitorino. “Só o fecho estava quebrado”, lembra o catador. Depois de mandar consertar o colar, ele presenteou a mulher com quem era, então, casado. “Hoje, eu estou largado, mas na época fiz um sucesso danado.”
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SENADO: ATOS SECRETOS II

ATOS SECRETOS ENVOLVEM 37 SENADORES
ATOS SECRETOS ENVOLVERAM 37 SENADORES DOS PRINCIPAIS PARTIDOS


Autor(es): Leandro Colon e
Rosa Costa
O Estado de S. Paulo - 23/06/2009


Prática também aparece associada a 24 ex-parlamentares desde 1995, evidenciando que era bem conhecida

A edição de atos secretos beneficiou ou obteve a chancela de pelo menos 37 senadores e 24 ex-parlamentares desde 1995. Não há distinção partidária - PT, DEM, PMDB, PSDB, PDT, PSB, PRB, PTB e PR têm representantes na lista. São senadores que aparecem como beneficiários de nomeações em seus gabinetes ou que assinaram atos secretos da Mesa Diretora criando cargos e privilégios. A existência de tantos nomes indica que a prática dos boletins reservados era bem conhecida.

Os nomes dos parlamentares surgiram nos atos publicados nos últimos 30 dias, mas com data da época a que se referem. A quantidade pode ser ainda maior, com a evolução das investigações na Casa. A Mesa Diretora receberá hoje o relatório final da comissão que descobriu cerca de 650 boletins secretos. O documento apontará indícios de sigilo intencional em boa parte dessas medidas.

A investigação revela que a prática de esconder decisões envolveu todos os presidentes e primeiros-secretários que passaram pelo Senado desde 1995. O corregedor Romeu Tuma (PTB-SP) aparece na relação. O atual primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), responsável pela comissão que levantou os atos, também está no grupo dos parlamentares com cargo na Mesa que referendaram parte dos atos secretos.

A publicação dos boletins revela como os cargos nos gabinetes eram usados pelos ex-diretores Agaciel Maia (Diretoria-Geral) e João Carlos Zoghbi (Recursos Humanos). Em março de 2007, um ato secreto transferiu Lia Raquel Vaz de Souza do gabinete de Demóstenes Torres (DEM-GO) para o de Delcídio Amaral (PT-MS). Ela é parente de Valdeque Vaz de Souza, um dos principais assessores de Agaciel. Delcídio e Demóstenes informaram ontem desconhecer essa funcionária.

Outro ato, este com data de 6 de dezembro de 1996, foi publicado somente no último dia 1º . Trata do controle de frequência dos servidores dos gabinetes. É assinado pelo então presidente, José Sarney (PMDB-AP), e integrantes da Mesa Diretora da época, entre eles Renan Calheiros (PMDB-AL) e Ney Suassuna (PMDB-PB). Em 1998, a Mesa comanda pelo então por Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) - morto em 2007 - assinou, em sigilo, a criação de oito cargos de confiança. Cinco anos depois, novamente com Sarney, outros 25 cargos foram criados sigilosamente.

Sob o comando de Renan Calheiros (PMDB-AL), cada um dos 81 gabinetes ganhou, em 21 de fevereiro de 2005, mais sete cargos de confiança com um salário de R$ 9,9 mil. Em 2003, a Mesa presidida pelo falecido senador Ramez Tebet (PMDB-MS) aprovou, também por meio de ato secreto, a criação de 42 cargos de confiança para a Diretoria-Geral, então nas mãos de Agaciel Maia. Dois atuais senadores assinam o documento: Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). "Não publicou, não vale. Não me recordo de todos os atos. Mas, se assinei, era para ser publicado", argumentou Valadares.

O senador licenciado e ministro de Minas Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), aparece em documentos com nomeação de parentes. Outro ministro e senador licenciado usou o ato secreto para dar emprego. Hélio Costa (Comunicações) abrigou por cinco anos um repórter de uma rádio de Minas em seu gabinete.

LISTA

Senadores beneficiados por atos secretos


Aldemir Santana (DEM-DF)
Antonio Carlos Júnior (DEM-BA)
Augusto Botelho (PT-RR)
Cristovam Buarque (PDT-DF)
Delcídio Amaral (PT-MS)
Demóstenes Torres (DEM-GO)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Efraim Moraes (DEM-PB)
Epitácio Cafeteira (PTB-MA)
Fernando Collor (PTB-AL)
Geraldo Mesquita (PMDB-AC)
Gilvam Borges (PMDB-AP)
Hélio Costa (PMDB-MG) licenciado (ministro)
João Tenório (PSDB-AL)
José Sarney (PMDB-AP)
Lobão Filho (PMDB-MA)
Lúcia Vania (PSDB-GO)
Magno Malta (PR-ES)
Marcelo Crivella (PRB-RJ)
Maria do Carmo (DEM-SE)
Papaléo Paes (PSDB-AP)
Pedro Simon (PMDB-RS)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Roseana Sarney (PMDB-MA) renunciou para assumir o governo do MA
Sérgio Zambiasi (PTB-RS)
Serys Slhessarenko (PT-MT)
Valdir Raupp (PMDB-RO)licenciado (ministro)
Wellington Salgado (PMDB-MG)

Senadores que assinaram atos secretos quando integravam a Mesa Diretora da Casa

Antonio C. Valadares (PSB-SE)
César Borges (PR-BA)
Eduardo Suplicy (PT-SP)
Garibaldi Alves (PMDB-RN)
Heráclito Fortes (DEM-PI)
Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR)
Paulo Paim (PT-RS)
Romeu Tuma (PTB-SP)
Tião Viana (PT-AC)

SENADO: ATOS SECRETOS

ATO SECRETO ELEVOU VERBA DE SENADORES
ATO QUE AUMENTOU VERBA PARA SENADORES FOI SECRETO


Autor(es): ADRIANO CEOLIN
Folha de S. Paulo - 23/06/2009

Decisão de 2005 com reajuste de R$ 12 mil para R$ 15 mil só foi publicada neste ano

O então diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, não soube explicar por que o ato não foi publicado em 2005, quando a medida foi tomada


O Senado aumentou o valor da verba indenizatória a que seus integrantes têm direito de R$ 12 mil para R$ 15 mil por meio de ato secreto. Trata-se de uma decisão assinada em junho de 2005 pelos sete senadores que integravam, na época, a Mesa Diretora. A medida, no entanto, só foi tornada pública no dia 14 de maio deste ano.
O ato previu ainda o pagamento do valor reajustado de forma retroativa, com validade a partir de janeiro de 2005. Em março daquele ano, o então diretor-geral do Senado, Agaciel da Silva Maia, chegou a anunciar que a Casa havia voltado atrás na intenção de aumentar o valor da verba indenizatória de R$ 12 mil para R$ 15 mil.
O procurador do Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União), Marinus Marsico, e o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, consideram que os atos não publicados não têm validade. Com isso, os pagamentos feitos aos senadores desde 2005 que ultrapassaram os R$ 12 mil podem ser considerados irregulares.
O benefício exclusivo dos senadores foi criado em janeiro de 2003 depois que a Câmara tomou a mesma medida em dezembro de 2002. A verba indenizatória é usada para reembolsar despesas como aluguel de escritórios nos Estados, combustível e divulgação da atividade parlamentar. O dinheiro só pode ser pago mediante a apresentação de nota fiscal.
Em 2005, o aumento da verba veio a público após a divulgação de um e-mail enviado aos chefes de gabinetes pela Secretaria de Fiscalização e Controle. "Conforme deliberação da Comissão Diretora do Senado Federal, nos autos do processo administrativo 002.438/05-4, informo a Vossas Senhorias que o valor mensal da verba indenizatória pelo exercício da atividade parlamentar foi alterado de R$ 12 mil para R$ 15 mil, com efeito retroativo a partir do mês de janeiro de 2005", diz a nota. Mesmo assim, o ato em si continuou sigiloso.
Em 2005, Renan Calheiros (PMDB-AL) havia acabado de chegar à presidência do Senado. Na oportunidade, ele anunciou um corte de R$ 30 milhões nas despesas da Casa. Depois, assinou o reajuste da verba indenizatória. Pressionado pela imprensa, Renan escalou Agaciel para dar explicações.
O então diretor respondeu: "Foi um engano. Para sair o aumento, tem que haver um ato da Mesa, o que não foi feito. Agora, mais cedo ou mais tarde, isso tem que acontecer, porque a Câmara já deu esse aumento", disse Agaciel. Ao longo de 2005, a Casa passou a informar que a verba indenizatória era de R$ 15 mil, mas o ato que autorizou o reajuste só veio a público em maio deste ano.
Primeiro vice-presidente em 2005, Tião Viana (PT-AC) classificou de "bandidagem" a não publicação do ato, mas se eximiu de responsabilidade. "Se alguém fez isso, a culpa não é minha." Suplente da Mesa que assinou o ato do aumento, Serys Slhessarenko (PT-MT) afirmou, por meio de assessoria, que hoje deverá anunciar medidas contra atos secretos.
Os outros cinco integrantes da Mesa -Renan Calheiros, Efraim Morais (DEM-PB), Siqueira Campos (PSDB-TO) e Aelton Freitas (PR-MG)- não foram localizados ontem.
Agaciel Maia não soube explicar por que o ato não foi publicado na data em que a medida foi tomada. "Se não colocou na rede [de intranet], a responsabilidade não é minha", disse.

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?..."

23 de junho de 2009

O Globo

Manchete: Senadores denunciam chantagem de ex-diretor

Parlamentares pressionam Sarney e cobram punição para atos secretos

Pelo menos dois senadores acusaram ontem o ex-diretor da Casa Agaciel Maia de chantagear parlamentares com os atos secretos. "O senhor Agaciel Maia, que é formado, tem doutorado e mestrado em chantagem, transformou em secretos atos que não tinham por que ser secretos, para acumular poder. É a lógica do chantagista", afirmou Arthur Virgílio (PSDB- AM), que chamou Agaciel de Gonococo - (bactéria da gonorreia). O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) confirmou tentativas de intimidação contra parlamentares e sugeriu que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), se licencie do cargo. Com apoio de colegas, Virgílio e Cristovam defenderam, a demissão de Agaciel e do ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi. Alvo de pressões, Sarney disse que não foi eleito para limpar as lixeiras da cozinha do Senado". O corregedor da Casa, Romeu Tuma (PTB-SP), afirmou não ver motivo para abrir investigação contra Sarney. (págs. 1, 3, Merval Pereira, editorial "Abrir os arquivos" e Cartas dos Leitores)

Descoberto o 11º protegido de Sarney com cargo no Senado (págs. 1 e 3)

Câmara arquiva caso de deputado que deu passagem a Galisteu (págs. 1 e 3)

Charge Chico: Só falta essa

- Mas esse bigode não é meu!

Garotinho está de volta à base de Lula

O ex-governador Anthony Garotinho filiou-se ontem ao PR, o quinto partido de sua carreira política e pelo qual tentará voltar ao Palácio Guanabara, em 2010. Ele esqueceu antigas críticas ao presidente Lula - de quem já foi aliado e contra quem disputou a Presidência, em 2002. Disse que, "desde que ela deseje", abrirá seu palanque para a ministra Dilma Rousseff, na campanha dela à Presidência. (págs. 1 e 5)

PAC da Rocinha sofre pressões, diz arquiteto

Responsável pelo projeto do PAC na Rocinha, o arquiteto Luiz Carlos Toledo afirmou que a planta que fez para um hospital da comunidade foi bastante modificada. Ele disse suspeitar que a alteração tenha ocorrido para permitir que o governo inaugure a obra já em 2010, ano de eleição. (págs. 1 e 12)

Neda, a mártir da rebelião no Irã

Conselho dos Guardiães admite fraude, mas não altera resultado

Neda Agha-Soltan, a jovem iraniana que teve morte rápida e brutal provocada por um tiro da milícia Basij, na manifestação de sábado, acabou imortalizada como o primeiro símbolo do levante das ruas contra a reeleição do presidente Ahmadinejad. Ontem, as várias versões do vídeo tremido no YouTube, que a mostram agonizante, já tinham sido vistas por mais de 500 mil pessoas. Enquanto vigílias em sua memória eram realizadas fora do Irã, o Conselho dos Guardiães reconhecia pela primeira vez que houve "problemas" em 50 distritos, que registraram mais votos do que eleitores. A oposição alega que há fraudes do mesmo tipo em 170 cidades. Mas, segundo o porta-voz do Conselho, as irregularidades afetam três milhões de votos e não terão impacto no resultado. Ainda assim, manifestantes desafiaram ameaças das forças de segurança, prisões e assassinatos, e voltaram às ruas. Foram violentamente reprimidos por paramilitares e policiais, que tomaram a capital Teerã. (págs. 1, 26 e 27, Míriam Leitão e editorial "Aiatolás divididos")

Foto legenda: Iranianos fazem em Dubai vigília pela iraniana Neda, morta com um tiro durante a manifestação de sábado: 500 mil visitas no Youtube

Bird prevê Brasil pior e derruba bolsa

O Banco Mundial prevê queda maior para a economia brasileira este ano. Em março, esperava expansão de 0,5% e agora aponta recuo de 1,1%. O banco só melhorou projeções para China e Índia. A Bovespa caiu 3,66% e o dólar subiu 2,58%, voltando a fechar acima de R$ 2. (págs. 1 e 21)

Sarkozy defende proibição da burca na França

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciou que o Parlamento francês discutirá a proibição do uso da burca nas ruas do país. "Não é um símbolo religioso, é um símbolo da submissão das mulheres. Por isso não é bem-vinda na França", argumentou, diante de deputados e senadores em Versalhes. (págs. 1 e 27)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Ato secreto elevou verba de senadores

Senado subiu valor pago de R$ 12 mil para R$ 15 mil em 2005; Sarney usou dinheiro para montar biblioteca

O Senado usou um ato secreto para aumentar, de R$ 12 mil para R$ 15 mil, a verba indenizatória a que os senadores têm direito. A medida, tornada pública em maio, é de junho de 2005.

O ato contradiz Agaciel Maia, então diretor-geral do Senado, segundo o qual a Casa desistira de elevar a verba, usada para reembolsar despesas como combustível e aluguel de escritórios.

O presidente do Senado na época, Renan Calheiros (PMDB-AP), anunciara corte de despesas, mas assinou a medida. Para o Ministério Público e a OAB, atos não publicados são inválidos.

O senador José Sarney (PMDB-AL), atual presidente da Casa, usou
R$ 8.600 da verba para pagar a organização de sua biblioteca doméstica. O acervo, alega ele, serve à atividade parlamentar.

Uma manobra do Senado permitiu ainda que a verba indenizatória fosse usada para elevar os salários de 350 funcionários da Casa (10% do total) acima do teto mensal de R$ 24,5 mil. (págs. 1 e Brasil)

Janio de Freitas:
Devassidão vista no Senado é mais grave que mensalão (págs. 1 e A7)

Geração de empregos é a maior desde setembro

A geração de empregos em maio foi a maior desde setembro, quando a crise global se agravou. No mês, foram criadas 131,6 mil vagas com carteira assinada, disse o Ministério do Trabalho.

Apesar de a criação de postos ter crescido pelo quarto mês seguido, ela não é suficiente para compensar as demissões de novembro a janeiro, quando 797,5 mil vagas foram fechadas. (págs. 1 e B1)

Fernando Sampaio:
Recuperação na indústria é mais lenta (págs. 1 e B1)

Telefônica mantém a venda do Speedy, proibida pela Anatel

Operadora alegou não ter recebido notificação antes das 18h de ontem e promete suspender a venda nas centrais de atendimento hoje. (págs. 1 e C11)

Cinco europeus são presos no Irã sob acusação de incitar protestos

O Irã anunciou a detenção de cinco europeus (dois alemães, dois franceses e um britânico) acusados de incentivar os protestos da oposição contra o resultado do pleito que reelegeu o presidente ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad.

Nenhum dos três países confirmou as prisões. O Reino Unido começou a retirar familiares de diplomatas em missão no Irã. (págs. 1 e A14)

Foto legenda: Em Dubai, iranianas homenageiam Neda Soltan, que seria a jovem cuja morte durante protesto é mostrada em vídeo na internet

Mundo: Obama sanciona lei para restringir cigarro rejeitada por 52% (págs. 1 e A19)

João Pereira Coutinho

Obama crê em um regime que mente, prende e espanca (págs. 1 e E8)

Gilmar Mendes pede abertura dos arquivos do Araguaia

O presidente do STF, Gilmar Mendes, defendeu abrir arquivos da ditadura (1964-85) e da guerrilha do Araguaia (1972-75). "Se esses documentos existem, devem ser mostrados", disse, citando o direito à verdade.

A questão voltou ao debate com a revelação de que 41 guerrilheiros foram executados por militares. O Exército deve iniciar em julho a busca dos corpos. (págs. 1 e A9)

Reunião na USP acaba sem acordo; PM deixa campus

Reunião dos reitores com funcionários, professores e estudantes da USP, da Unesp e da Unicamp terminou ontem sem acordo para pôr fim à greve iniciada em 5 de maio. Para os reitores, que propõem aumento de 6,05%, é inviável a exigência dos grevistas, de 16%.

A PM deixou o campus da USP, e não houve piquete dos funcionários. (págs. 1 e C1)

Editoriais

Leia "Minipacotes", que trata de incentivos a setores ainda afetados pela crise; e "Sem alarme", sobre gripe suína. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Atos secretos envolvem 35 senadores

Parlamentares de vários partidos aparecem como avalistas ou beneficiários de privilégios

A edição de atos secretos beneficiou ou obteve a chancela de ao menos 35 senadores e 22 ex-parlamentares desde 1995. Não há distinção partidária - PT, DEM, PMDB, PSDB, PDT, PSB, PRB, PTB e PR têm nomes na lista. São senadores que aparecem como beneficiários de nomeações em seus gabinetes ou que assinaram atos secretos da Mesa Diretora criando cargos e privilégios. A existência de tantos nomes indica que a prática dos boletins reservados era bem conhecida. A investigação mostra que ela envolveu todos os presidentes e primeiros-secretários que passaram pelo Senado desde 1995. O corregedor Romeu Tuma (PTB-SP) aparece na relação; o atual primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), responsável pela comissão que levantou os atos, também. Tuma atribui a crise a uma "briga interna de funcionários" e à disputa política pela presidência do Senado. Tanto senadores da base aliada quanto de oposição criticaram ontem abertamente o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e propuseram o seu afastamento do cargo, entre outras cobranças feitas no plenário. Para Arthur Virgilio (PSDB), importa mais que "o Senado sobreviva à crise" do que “Sarney na presidência". (págs. 1 e A4)

Salários na Fundação Sarney

Dois funcionários que trabalham na Fundação José Sarney em São Luís são oficialmente assessores do Senado, que paga seus salários. Eles recebem R$ 7,6 mil e R$ 2,5 mil por mês. A fundação funciona num prédio histórico, o Convento das Mercês, e se dedica a preservar a memória do atual presidente do Senado. (págs. 1 e A6)

Busca no Araguaia deve ser civil, pedem procuradores

Familiares também rejeitam comando militar da operação

Procuradores da República querem que autoridades civis comandem a busca pelos corpos dos guerrilheiros que lutaram no Araguaia. A informação está em ofício enviado ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. O eventual caráter militar das buscas foi rejeitado também pelas famílias dos guerrilheiros, que cobraram a abertura dos arquivos da repressão. No domingo, o Estado revelou que 41 deles foram executados quando já estavam detidos, conforme documentos do oficial da reserva Sebastião Curió. (págs. 1, A8 e A9)

Militares mataram presos em campos de execução

Militares que combateram a guerrilha do Araguaia usaram várias áreas como campos de execução de prisioneiros, relata o repórter Leonencio Nossa. Registro do ex-agente Sebastião Curió diz que um desses locais era a "Clareira do Cabo Rosa", para lembrar um cabo morto ali pelos guerrilheiros. Após interrogatório, os presos eram levados a esses campos - os militares lhes diziam que era para reconhecer áreas da guerrilha. A morte era registrada como "fuga". (págs. 1 e A8)

Foto legenda: Iraniana morta: Homenagem com velas

Ontem, no Irã, milhares de pessoas acenderam velas em praças e residências para lembrar Neda Agha Soltani, morta em manifestações de protesto. Em Teerã, cerca de mil manifestantes de oposição voltaram às ruas, desafiando ameaça de violenta repressão do governo. (págs. 1 e A11 a A13)

Bovespa cai, dólar volta a subir e supera R$ 2

Uma onda de pessimismo dominou as negociações nos mercados financeiros, derrubando as principais bolsas de valores pelo mundo. Analistas afirmam que o movimento representa um ajuste natural que começou na semana passada, depois de um período de otimismo. A Bovespa fechou ontem com queda de 3,66% e volume inferior a 50 mil pontos. A cotação do dólar subiu 2,58% e atingiu R$ 2,024. (págs. 1 e B1)

Anvisa vai reforçar a fiscalização da gripe suína

A Anvisa anunciou ontem reforço na vigilância sanitária em portos e aeroportos do País. Agora, para entrar no Brasil, viajantes do Chile e da Argentina terão de exibir declaração de saúde. Já chega a 240 o número de casos confirmados e a presença da doença entre alunos, fez três escolas e uma universidade (São Paulo, Assis, Porto Alegre e Belo Horizonte), cancelarem aulas. (págs. 1 e A18)

Anatel proíbe Telefônica de vender acesso ao Speedy

Decisão da Anatel publicada no Diário Oficial da União determina que a Telefônica suspenda a venda de assinaturas do serviço de banda larga Speedy. A empresa manteve ontem as vendas, sob o argumento de que ainda não havia sido notificada. Se descumprir a determinação, a Telefônica pagará multa de R$ 15 milhões, mais R$ 1 mil por acesso vendido. A empresa vai recorrer. (págs. 1 e B22)

Ensino superior: Mestrado passa a ter novas regras

Meta é elevar oferta de vagas em cursos voltados a profissionais. (págs. 1 e A16)

Notas & Informações: A crise e a folha salarial

Está em debate a conveniência de se adiar o reajuste do funcionalismo. Falta saber se o presidente está disposto. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: Fogo no Senado

Senadores pedem afastamento do presidente da Casa, José Sarney

Maranhense diz não ter sido eleito para "limpar lixeira da cozinha" da instituição

Tucano acusa ex-diretores do Senado de chantagearem parlamentares

Foi o dia dos mais contundentes discursos desde o início das denúncias de irregularidades no Senado. Senadores como Cristovam Buarque (PDT-DF) e Arthur Virgilio (PSDB-AM) defenderam o afastamento do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e disseram que alguns de seus colegas foram chantageados pelo ex-diretor Agaciel Maia. O tucano classificou de "criminosos" os ex-dirigentes da instituição. Mas o corregedor Romeu Tuma (PTB-SP) afirmou que não há elementos para abrir investigação contra Sarney, que insistiu não ter sido eleito para "limpar a lixeira da cozinha". A divulgação do relatório da primeira comissão de sindicância criada para analisar os atos secretos, prometida para hoje, deve aumentar ainda mais a temperatura. (págs. 1 e País A10 e A11, Coisas da Política A2)

Denúncia recorde de violência infantil

A morte da menina Sóphie, de 4 anos, por maus-tratos, encorpa a estatística da violência infantil: o número de denúncias diárias deste ano, 92, já é o maior desde maio de 2003, quando foi criado o Disque Denúncia de Proteção contra Abuso e Exploração contra Crianças e Adolescentes. (págs. 1 e Tema do dia A2 a A4)

Mais verba para a agricultura

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou ontem o Plano Agrícola e Pecuário, que vai liberar cerca de R$ 107 bilhões para a safra 2009-2010, 37% a mais de recursos em relação à safra anterior. (págs. 1 e Economia A20)

Irã endurece repressão a opositores

A unidade de elite da Guarda Revolucionária do Irã foi usada para impedir protestos da oposição. Com bombas de gás lacrimogêneo e tiros ao ar, dispersou manifestantes vestidos de preto. (págs. 1 e Internacional A21 e A22)

Obama assina lei contra o fumo

O presidente dos EUA, Barack Obama, assinou ontem lei que dá ao governo amplo poder regulatório sobre os cigarros e produtos oriundos do tabaco. Obama lembrou que sabe pessoalmente como é difícil largar o vício, e disse que a lei limitará a propaganda para as crianças. (págs. 1 e Internacional A23)

África do Sul quer o 'Bricsa'

Além de intensificar a ação do Ibas - bloco que une Índia, Brasil e África do Sul - os sul-africanos querem mais. Paul Bannister, CEO do International Marketing Council of South Africa, diz que seu país está pronto para entrar no Bric, transformando-o em "Bricsa". (págs. 1 e Economia A17)

Sociedade Aberta

José Augusto Messias
Médico

Informação é o melhor combate contra a violência infantil. (págs. 1 e A3)

Sociedade Aberta

Dalmo Dallari
Jurista

A punição dos torturadores será um ato de Justiça. (págs. 1 e A9)

Sociedade Aberta

João Pessoa de Albuquerque
Pedagogo

Quero legislativos higiênicos, ainda que custe dor. (págs. 1 e A11)

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Correio Braziliense

Manchete: A ofensiva evangélica no DF

As regiões mais carentes do Distrito Federal são o berço da palavra de Jesus. A supremacia dos evangélicos sobre os católicos se traduz em números: são 4,7 mil templos para 123 igrejas fiéis ao Vaticano. A atuação intensa de pastores atrai um grande número de pessoas em locais como Itapoã ou Condomínio Privê, em Ceilândia. Esse avanço provoca uma migração de católicos para os templos evangélicos. (págs. 1, 27 e 28)

Congresso: A política de favores no Senado

Dois peemedebistas do Senado mantêm relações suspeitas com auxiliares e apadrinhados. Valdir Raupp (RO) aprovou a concessão de uma rádio em Rondônia que tem como sócio um ex-assessor do parlamentar. Renan Calheiros, por sua vez, saca R$ 2,6 mil da verba indenizatória para pagar o aluguel de imóvel em Maceió pertencente ao apadrinhado Fábio de Farias. (págs. 1, 2 e 3)

Concurso: Planejamento e Polícia Civil abrem 157 vagas (págs. 1, 17 e 18)

Servidor: Sancionado aumento para funcionários do Legislativo do DF (págs. 1 e 39)

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Valor Econômico

Manchete: CEF atinge limite e busca aquisições

O Programa Minha Casa, Minha Vida e o aumento no financiamento às pequenas e médias empresas a ser anunciado nos próximos dias estão levando a Caixa Econômica Federal (CEF) a testar seus limites. Para ampliar sua atuação no mercado - como quer o governo -, a Caixa não tem problemas de funding, mas sim operacionais. A saída seria a compra de bancos. A Caixa já está negociando com várias instituições. Nenhum acordo foi fechado até agora porque a Caixa quer ter o controle dos negócios adquiridos. Esse é um dos temas da reunião de hoje da direção da Caixa com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Desde que o programa Minha Casa, Minha Vida foi lançado, a Caixa recebeu para análise 400 projetos, envolvendo 73 mil unidades habitacionais, das quais 6 mil já tiveram o contrato assinado. O programa será ainda mais incentivado pela redução à metade do seguro habitacional. O custo vai cair de 20% para 10% do valor da prestação, estima a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho. Hoje, a CEF tem um acordo operacional com a Caixa Seguros, controlada pela francesa CNP Assurances, que a impede de buscar alternativas mais baratas. (págs. 1, C1 e C2)

Preços em alta reanimam as siderúrgicas

A reação de preços dos produtos siderúrgicos indica uma retomada cautelosa da produção no Brasil. Eles subiram em média US$ 80 no mercado americano nas duas últimas semanas. Em menos de 15 dias, as placas subiram de US$ 300 para US$ 400 a tonelada.

Benjamin Baptista, presidente-executivo da ArcelorMittal Tubarão, que fabrica aços planos, avalia que a demanda vai aumentar lentamente, enquanto o preço retomará a níveis saudáveis. A produção da empresa encolheu 50% com a crise. Baptista espera que a partir de julho os retornará a níveis saudáveis. A produção I da empresa encolheu 50% com a crise. Baptista espera que a partir de julho os dois altos-fornos maiores, que hoje operam com 20% de ociosidade, voltem a 100% da capacidade. A expectativa é fechar o ano com uma produção de 5 milhões de toneladas de aço.

Para Marco Polo Mello Lopes, vice-presidente-executivo do Instituto Brasileiro de Siderurgia. O maior problema é a falta de mercado externo, que absorvia um terço da produção. "O consumo total do país no ano deverá cair 23%, para 18,7 milhões de toneladas, em linha com a previsão mundial da Worldsteel", disse. (págs. 1 e B8)

Governo tenta barrar acordos em licitações

O Ministério da Justiça pretende exigir dos participantes em licitações uma declaração de que suas propostas são independentes. O objetivo é evitar acerto prévio entre as companhias. O assunto preocupa o governo tanto em relação às grandes licitações, como a da usina de Belo Monte, quanto nas pequenas. A ideia é que a garantia seja dada por escrito. Se após a assinatura da declaração um dirigente de empresa for pego trocando informações com concorrentes poderá ser processado por informação falsa. (págs. 1 e A2)
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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