PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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sábado, outubro 31, 2009

EDITORIAL: ''A PAZ INVADIU O MEU CORAÇÃO..." *

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Do que é feito o Nobel da Paz?


A eleição do presidente Barack Obama ao prêmio Nobel da Paz, anunciada nesta sexta-feira, é um prêmio às boas intenções. Porque essas são, por enquanto, as credenciais de seu governo. Cabe analisar do que é feito, afinal o prêmio Nobel da Paz, a mais simpática e política das seis premiações da Real Academia de Ciências da Suécia. É de ações individuais ou das de governo? No caso de Obama, seu principal gesto individual será a doação do dinheiro do prêmio a instituições de caridade.

Como governante, sim, ele tem o que mostrar. Sua recente proposta de desarmamento nuclear tem um peso extraordinário. Aponta uma mudança importante na posição do governo americano. Sua disposição ao diálogo com os países islâmicos, sem perder a firmeza na condenação ao avanço iraniano na área nuclear, também. A recente crítica ao governo de Israel pelas ocupações em território palestino é outra guinada admirável.
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Mas são ações motivadas pela necessidade de uma correção de rumos inescapável. Deveriam resultar, no máximo, em um prêmio Nobel do Bom Senso. Ele percebeu a rejeição internacional às posições assumidas pelo governo americano nos últimos anos e deu um rumo à diplomacia de seu país. Ou está tentando dar, porque a diplomacia americana é coisa para profissionais. Por lá não tem essa história vergonhosa de filiação partidária como acaba de fazer a cúpula do Itamaraty.
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O reposicionamento da política externa americana é resultado do deslocamento do eixo político global com entrada da China e dos outros emergentes no jogo. É resultado também da absurda situação de endividamento legada por George W. Bush, que ele precisa contornar se quiser manter a capacidade de intervenção em conflitos regionais ao redor do mundo. Não se pode dizer que seja uma propensão do presidente à bondade.
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O líder político que, durante sua campanha, encantou multidões com a perspectiva de uma nova Era de Aquarius, é pragmático a ponto de manter a posição americana em relação às guerras e adiar a retirada de tropas do Iraque. Da mesma forma, adotou medidas para redução das emissões de gases de efeito estufa muitíssimo mais modestas do que prometeu na campanha.

O prêmio que acaba de ganhar criou a suspeita de que os senhores da Nobel Foundation, na Suécia, estão de birra com George W. Bush. Durante o governo do ex-presidente americano, concederam a honraria a alguns de seus principais desafetos ou concorrentes. Assim, como quem não quer nada, em 2002, premiaram Jimmy Carter, que de fato liderou a luta mundial pelos direitos humanos, mas é um integrante do Partido Democrata; o presidente da Agência Internacional de Energia Atômica, Mohamed ElBaradei ganhou em 2005. Seu feito notável foi bater de frente com o governo americano por conta da falsa acusação da existência de armas nucleares no Iraque. Era um opositor de Bush, portanto. Em 2007, o ex-vice presidente Al Gore foi o escolhido, no momento em que se tornou o maior crítico da política ambiental americana.

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Premiar Obama agora, com apenas nove meses de governo, parece um recado claro de contestação ao governo Bush — que diga-se de passagem, lutou com afinco contra a paz mundial. Talvez o maior feito de Obama seja não ser Bush.

09 de outubro de 2009



Por Ronaldo França - 22:12


Um passo para um acordo do clima



Todos os envolvidos na negociação do acordo de Copenhagen, a reunião de cúpula sobre mudanças climáticas que acontecerá em dezembro, na Dinamarca, estavam esperando um sinal do governo americano. Ele veio finalmente ontem , na reunião da ONU. O presidente americano Barack Obama reconheceu que os países desenvolvidos têm maior responsabilidade na elevação da temperatura global do que os pobres e emergentes.
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Parece óbvio, mas no complexo mundo das negociações internacionais, esse reconhecimento muda o patamar das conversas. Principalmente porque a posição dos Estados Unidos, verificada em suas ações internas, não é nas mais promissoras para o bom termo do acordo climático. O Governo Obama adotou metas de redução de emissões de gases de efeito estufa mais tímidas do fazia prever a disposição inicial do novo presidente. A meta anunciada pelo governo americano é de redução de 17% sobre as emissões registradas em 2007, e não sobre as reduções de 1990, como se esperava.
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O reconhecimento da responsabilidade dos países desenvolvidos abre caminho para que os países em desenvolvimento tenham metas diferenciadas (aviso que os encarregados dessa negociação no governo brasileiro não gostam da palavra meta) e possam se remunerar pelas emissões evitadas, como no caso do mecanismo de REDD.
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A negociação em Copenhagen é uma das mais complexas que já se fez até hoje. Ela engloba discussões comerciais, científicas, de soberania sobre o uso de territórios, energia e por aí vai. É mais difícil que as negociações de comércio, em que a lógica é basicamente econômica — o que já não é pouco.
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Por isso o mundo inteiro está se mobilizando para a reunião da Dinamarca. O que sair dali terá profundo impacto no desenvolvimento das nações.
24 de setembro de 2009.

Foto: AFP.
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Blog: Ambiente
Ronaldo França
Coordenador do painel de Ambiente de Veja 40 anos - o Brasil que queremos ser, o editor Ronaldo França destaca aqui assuntos referentes ao tema e discute os conteúdos apresentados pelos leitores.
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(*) A PAZ. Gilberto Gil (Gilberto Gil e João Donato).
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