PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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segunda-feira, maio 31, 2010

Xô! ESTRESSE[In:] ''PHALLACIAS ...''

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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ELEIÇÕES 2O1O [In:] ''COISAS DE LAURINHA..." *

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Que transformação radical no visual em apenas três anos – e o objetivo maior da maquiagem de Dilma Rousseff é, segundo os estilistas que cuidam dela, a HDTV: a televisão digital de alta definição, implacável em sua precisão, que mostra até os sinais da alma… A imagem na TV, justa ou injustamente, faz um candidato ganhar ou perder votos. Na campanha estética, Dilma tem muito mais truques e recursos do que o tucano Serra.

Acima, a candidata do PT e do presidente Lula à Presidência da República em quatro momentos. O rejuvenescimento de 2007 a 2010 teve uma decisiva contribuição da ciência.

1) como ministra, chefe da Casa Civil, de óculos, semblante duro, franzindo o cenho, aprofundando as rugas da preocupação ou do jeito mandão de ser – tão criticado pelos companheiros. (em 2007)

2) já sem óculos de professora ou titia, depois da plástica (lifting no rosto, pálpebra, e botox), mas um pouco inchada devido ao tratamento de câncer linfático , e usando peruca – foi um período duro que a ministra, já considerada pré-candidata e mãe do PAC, enfrentou com a energia que a caracteriza. (em 2009)

3) sem a peruca que a incomodava muito, finda a quimioterapia, e os cabelos crescendo, encaracolados, a ministra ainda tinha dificuldade de sorrir e se mostrar simpática, acolhedora, em busca dos votos de seu mentor. (início de 2010)

4) na foto maior, Dilma hoje, sorridente, com cabelos e maquiagem modernos – mesmo que ironizem, comparando-a a Marta Suplicy e dona Marisa (mulher do Lula) porque todas se submeteram a intervenções estéticas semelhantes (algumas com os mesmos médicos), a candidata do PT está mais feminina, e se mostra mais suave, esbanjando sorrisos e autoconfiança, com a ajuda de pesquisas estimulantes neste período que antecede o início oficial da campanha. (agora, maio de 2010)

Eis os segredos na mudança do visual de Dilma, apurados pelo blog 7×7 com a ajuda de nossa colaboradora especial de Brasília, Naiara Lemos, que conversou com o cabeleireiro (ou “hair stylist”) Celso Kamura. Celso foi convocado por João Santana (marqueteiro de Marta Suplicy). Foi com Marta que Dilma passeou e fez compras recentemente em Nova York. A maquiagem e a manutenção do novo corte de cabelo ficam sob responsabilidade da “make-up artist” Rose Paz, com quem eu conversei ontem e revelou todas os pequenos detalhes que dão luz e leveza aos traços de Dilma.

O look se chama “new generation” e é inspirado em Carolina Herrera – a “fashion-designer” venezuelana que se tornou uma celebridade internacional e que vive em Nova York desde 1981. Como vocês podem perceber, é tudo em inglês nessa área de estética, cosmetologia e visual. Há duas semanas (dia 14), o cabeleireiro foi a Brasília apresentar a proposta de revolução estética para Dilma.

“O visual antigo não combinava com ela, dava uma aparência ultrapassada, não tinha a cara da mulher atual. Quando eu a via por foto, geralmente naquele plano americano, eu tinha a impressão de que ela era baixinha e gordinha. Mas, não! Ela é alta! Está um pouco acima do peso, mas nada demais”, disse Celso Kamura.

CABELOS

“Dilma tem muito cabelo, o que é bom. Mas, quando está meio grande é um problema, tem que fazer escova. Pensei: ‘Essa mulher precisa de um cabelo prático, que levante a expressão, não dê problemas e ela consiga ajeitar em qualquer lugar’”.

O novo corte tirou o volume das laterais e na parte de trás da cabeça. “O volume para cima alonga a silhueta”.

Kamura queria escurecer o cabelo da candidata, mas Dilma não aceitou. “Ela disse que ia dar trabalho para manter. O problema é que ela tem muitos brancos. Eles crescem e já denunciam.”

A solução foi manter a cor de cabelo que Dilma usava – “marrom dourado” – e fazer algumas luzes finas em dourado claro da linha Matrix. “Como ela tira muita foto precisava de algo que iluminasse”.

PRÉ-BASE

“Uso uma pré-base chamada Prime no rosto da candidata. Essa pré-base segura qualquer suor”, diz Rose Paz, a maquiadora de 40 anos, 22 de experiência na profissão, e que já passou por várias televisões, cuidando de artistas como Ivete Sangalo. No calor do Nordeste e dos comícios Brasil afora, essa pré-base não deixa a maquiagem desabar durante o dia.

BASE

Antes, Dilma usava uma base mais clara que o tom de pele dela. “Parecia que a pele era falsa, sugeri mudar o tom”, disse Kamura. A maquiadora Rose revela que a base é francesa e nao está à venda no Brasil: Make-Up Forever. “Tem a virtude de, mesmo sendo liquida, ser mais sequinha e cremosa, sem deixar a pele craquelar”.

Algumas bases, as mulheres sabem muito bem, acentuam as rugas e deixam o rosto como se fosse uma estátua do Museu de Cera.

“Aplico a maquiagem com uma pistola, Air Brush, que é uma maquininha para espalhar bem pela face e homogeneizar a pele”. Mas, segundo Rose, “a pele da ministra é muito boa, hidratada e conservada”.

SOBRANCELHAS

“Ela tem sobrancelhas naturalmente arqueadas e às vezes, parece brava, arrogante”, disse Kamura. Ele tirou um pouco dos arcos na parte de cima, para suavizar, porque ficavam muito pontudas. O resultado foi um visual mais sereno, menos altivo.

“Eu só afinei um pouco para que se descobrissem mais os olhos”, disse Rose.

OLHAR

“Para a personalidade forte de Dilma, um olhar expressivo”, recomendou Kamura. Contorno sempre preto, “esfumaçando um pouquinho a sombra escura no canto externo para fechar, fixar o olhar”.

“Uso delineador pretinho”, disse Rose, “e o truque de fechar os lados externos dos olhos é para destacar a íris cor de mel de Dilma, muito expressiva”. A sombra, segundo a maquiadora, precisa ser quase invisível, branquinha, apenas para acentuar e iluminar o olhar.

BATOM

“Percebi que ela não passava batom na boca inteira”. Kamura sugeriu usar um batom levemente acobreado e não economizar na hora de passar.

Durante algum tempo, as estilistas sempre recomendaram publicamente à ministra que ela abandonasse o batom vermelho, que envelhece mulheres de meia idade.

“A ministra é muito obediente”, disse Rose. “Faz o que a gente sugere. Sabe que é para melhorar e confia nos especialistas. Mudamos o vermelho por um batom terroso, de tom alaranjado”.

CERA AZUL

“Ela não conhecia. Isso foi uma novidade para ela! A cera serve para dar um style no cabelo, um brilho”, disse Kamura.

“O corte do cabelo e mudança do visual são assinados pelo Kamura, e eu mantenho tudo, porque os cabelos cortados assim exigem cuidados diários. Não uma escova por dia, mas quase”, disse Rose.

Aqui estão os produtos principais usados por Dilma:

- Pó compacto Cover Up CK 062 de C. Kamura

- Base HD (high definition) da Sephora – linha Make Up Forever

- Batom CK 112 de C. Kamura – linha Colour Perfect

- Cera azul modeladora de C. Kamura

E você, o que achou da nova Dilma? Dê aqui a sua opinião. Não precisa ser eleitora ou eleitor. Nem petista nem tucano. Não estamos falando aqui de programa de ideias, mas de imagem.

Como dizia o autor irlandês, gênio maldito e homossexual da literatura Oscar Wilde (1854-1900), “só as pessoas fúteis não fazem julgamentos baseados na aparência”.

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REVISTA ÉPOCA.

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(*) expressão televisiva em uma novela.
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JORNAIS E COLUNISTAS [In:] ''O TEMPO E O VENTO..."

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Celso Arnaldo detona Sarney: ‘A Folha navega com um rato’

28 de maio de 2010

As recentes mudanças gráficas e editoriais ocorridas na Folha de S. Paulo incluíram o sumiço dos colunistas “mais longevos”, menos do campeão de longevidade que atormenta os leitores desde 1983: José Sarney continua por lá. Pior para ele e pior para a Folha: ambos poderiam ter-se livrado deste texto arrasador do jornalista Celso Arnaldo. Confira:

Na reforma gráfica e editorial da Folha, espirraram os colunistas mais “longevos”, no dizer do secretário do jornal. Mas sobrou José Sarney, o mais “longevo” de todos, para revolta dos leitores, que encheram o painel da Folha de protestos indignados.

Especulo a manutenção de Sarney com pelo menos três motivos: 1) virou atração turística do jornal como o pior escritor do mundo; 2) como a Folha tem obsessão pelo tal “pluralismo”, mantém Sarney como representante do estrato social mais atrasado do país – embora a famiglia entenda muito mais de extrato com números estratosféricos nas Ilhas Cayman do que de estrato social; 3) bem ou mal, o homem é presidente do Senado. Seria um tiro no pé demiti-lo agora, ano de eleição.

Imune a uma reforma que lança as bases da “Folha do futuro”, o pretérito passado José Sarney comemora hoje, em sua coluna salva dos escombros, esse verdadeiro milagre de sobrevivência. E qual é o assunto da coluna? A reforma da Folha

Sarney está vibrando, nem tanto pelas novidades, como por ter tido a vida poupada, mais uma vez:

“Volto do exterior. Encontro a Folha de S.Paulo de roupa e alma novas. Obriga a habituar os olhos e a ver o futuro no e do jornal. É uma desafiadora ousadia.”

Frases fora do contexto podem ficar piores do que realmente são. Mas “o futuro no e do jornal”, Sarney típico, é ruim sozinha ou em grupo. Só ele escreve assim – mal e pretensamente “muderno”.

A seguir, faz um balanço de sua bem-sucedida parceria com a Folha:

“Comecei a escrever aqui em 1983, logo após entrar para a Academia Brasileira de Letras. Parei para ser vice e presidente.”

O jornal perdeu então seu pior colaborador – o país ganhou seu pior presidente.

“Em 1991, na Cidade do México, recebo um telefonema. Era Octavio Frias de Oliveira. Convidava-me para assumir esta coluna às sextas-feiras. Não faltei uma só vez, com paixão.”

Essa assiduidade, motivo de orgulho para Sarney, levou centenas de leitores da Folha a cancelarem suas assinaturas ou deixarem de comprar o jornal – incomodados pelo impulso de desviar os olhos da coluna da direita da página 2, às sextas-feiras.

“O texto deve ser leve, os adjetivos, ques e porques são inimigos e só devem entrar em caso de absoluta necessidade. É preciso segurar o leitor com o tema, nunca afastado do dia a dia, e brincar com as palavras, para enganar o que é sério com capa de burlesco ou cômico, ferino ou inútil. E haja tantos gêneros de crônicas!”

Sarney, leve? Adjetivos, quês e porquês (ele ainda não entendeu bem o “chapeuzinho”) são inimigos do texto de Sarney, como qualquer palavra é inimiga de um texto de Sarney. Segurar o leitor não é bem sua especialidade. E, brincar com as palavras, francamente: Sarney brinca é com as palavras erradas, o tempo todo.

Sarney aplaude a Folha:

“No testemunho destes anos, algo nunca mudou com as mudanças: os valores do pluralismo, o dever com o leitor e a notícia, o respeito ao direito de dizer e a resistência a patrulhas organizadas, hoje fáceis no mundo da internet, querendo cabeças.”

“Querendo cabeças” só faz sentido se for a cabeça de Sarney: nenhum leitor o quer no jornal.

“A Folha ousa adiantar-se e faz um jornal de como navegar com os olhos, sem mouse, integrando meio, forma e conteúdo. Haja coragem e criatividade.”

“Um jornal de como navegar com os olhos” – eis aí um lema perfeito que a agência que cuida da conta da Folha recebe de graça de Sarney. E olha que ele não faz nada de graça.

A coluna de hoje tem o título de “Navegar sem mouse”.

Com a manutenção de Sarney, a Folha navega com um rato.

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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

31 de maio de 2010

O Globo

Manchete: Candidato de Uribe surpreende na Colômbia

Santos tem o dobro dos votos de Mockus, mas eleição terá 2º- turno

O candidato do presidente Álvaro Uribe surpreendeu ontem ao conseguir ampla vitória sobre a oposição no primeiro turno das eleições presidenciais na Colômbia. Contrariando as últimas pesquisas, divulgadas uma semana antes com os dois candidatos em empate técnico, o ex-ministro Juan Manuel Santos obteve 46,6% dos votos, contra 21,5% do ex-prefeito de Bogotá Antanas Mockus. Por pouco, Santos não foi eleito presidente ontem. Eles se enfrentarão agora no segundo turno, no dia 20 de junho. Santos, segundo analistas, deve herdar os votos do terceiro colocado, Germán Vargas Lleras, que obteve 10% ontem. No interior do país, combates entre as Farc e o Exército deixaram cinco mortos. (Págs. 1 e 21)

Foto legenda: Santos comemora logo depois de votar, em Bogotá

Desmilitarização da aviação em estudo

Levantamento do governo recomenda que setor passe do Ministério da Defesa para os Transportes

Um estudo sobre o setor aéreo, encomendado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao BNDES, recomenda que a aviação civil seja subordinada ao Ministério dos Transportes, e não mais à Defesa. Propõe ainda uma nova agência, civil, para o controle do tráfego. E a Infraero perderia o monopólio na administração dos aeroportos. As medidas visam melhorar a infraestrutura e atrair mais 200 milhões de passageiros, o que exigiria investimentos de R$ 25 bilhões a R$ 34 bilhões em 20 anos. (Págs. 1 e 17)

Pais bandidos, estudantes assustados

Professores de escolas em áreas de risco contam como lidam com crianças vítimas da violência e com pais que integram milícias ou quadrilhas de tráfico. Em seu segundo dia, a série "O X da questão: rascunhos do futuro” mostra como o poder paralelo interfere na rotina das escolas. (Págs. 1 e 10)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Quase metade dos médicos receita o que indústria quer

Pesquisa mostra que 93% dos profissionais da saúde em SP ganharam de laboratórios benefícios e valores de até R$ 500

Dos médicos que recebem visitas de propagandistas de laboratórios no Estado de São Paulo, 48% prescrevem medicamentos sugeridos pelos fabricantes, informa Cláudia Collucci.

Na área de equipamentos médico-hospitalares, o percentual de profissionais da saúde que acatam as recomendações feitas por fabricantes é ainda maior: 71%.

Os dados são de pesquisa inédita do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), que avaliou o comportamento dos médicos perante as indústrias.

Realizado pelo Datafolha, o levantamento do Cremesp envolveu 600 médicos de várias especialidades, que representam o universo de 100 mil profissionais hoje atuantes em todo o Estado.

Segundo a pesquisa, 80% dos médicos recebem visitas dos propagandistas, e 93% obtiveram da indústria produtos, benefícios ou pagamento em valores até R$ 500 nos últimos 12 meses. (Págs. 1 e C1)

Petroleira não dá prazo para deter vazamento

A petroleira BP (British Petroleum) reconheceu que não teve sucesso na operação para conter o vazamento de ao menos 80 milhões de litros de óleo no golfo do México e admitiu que não conseguirá estancá-la nas próximas semanas.

A empresa anunciou ontem seu novo plano: instalar uma cúpula de contenção no local, o que falhou antes. Para o diretor-geral da BP, Bob Dudley, conter o fluxo até agosto será "positivo". A Casa Branca afirma se preparar "para o pior". (Págs. 1 e A13)

SNI espionou críticos do governo após a ditadura

Na gestão do ex-presidente José Sarney (1985-1990), o SNI (Serviço Nacional de Informações) espionou protagonistas da oposição, informa Rubens Valente.

Documentos liberados à Folha após 25 anos de sigilo revelam que o órgão investigou, com ajuda da Policia Federal, partidos de esquerda e movimentos dos sem-terra, entre outros. (Págs. 1 e A4)

Aliado de Uribe vence 1º turno na Colômbia

O candidato governista à Presidência da Colômbia, Juan Manuel Santos, obteve 46,6% dos votos válidos no primeiro turno das eleições.

O ex-ministro de Álvaro Uribe teve mais que o dobro da votação do rival Antanas Mockus. Pesquisas davam empate técnico entre os dois, que farão segundo turno em 20 de junho. (Págs. 1 e A10)

Entrevista da 2ª: Marcio Thomaz Bastos: 'Proibição de propaganda não abarca realidade'

Advogado do presidente Lula e da campanha de Dilma Rousseff (PT), Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça, diz que o veto à propaganda eleitoral antes de julho não "abarca a realidade" e nega uso da máquina pelo governo. (Págs. 1 e A14)

Editoriais

Leia "Voto facultativo", que propõe a realização de um referendo sobre o tema; e "Incertezas", acerca da economia global e seus efeitos sobre o Brasil. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Vazamento pode durar até agosto, admitem EUA

British Petroleum fracassa ao tentar conter o maior desastre ambiental do país, e governo espera "o pior"

A nova operação para conter o vazamento de petróleo no Golfo do México fracassou, e as autoridades americanas já admitem que o óleo continuará fluindo pelo menos até agosto. O governo se diz
"preparado para o pior", no que é considerado o maior desastre ambiental da história dos EUA - e que arranha a imagem do presidente Barack Obama mesmo entre simpatizantes, informa o correspondente em Nova York, Gustavo Chacra. Estados da costa têm tentado evitar consequências ainda piores, construindo barreiras de areia próximo do litoral e queimando petróleo na superfície. Documentos da British Petroleum, responsável pela plataforma, mostram a existência de sérios problemas de segurança desde o ano passado. (Págs. 1 e Vida A12)

Até 19 mil barris é a quantidade de óleo que vaza por dia

PIB do Brasil cresce mais que o chinês

O Brasil deve ocupar o segundo lugar no ranking das maiores taxas de crescimento do mundo no primeiro trimestre, à frente até mesmo da China. O mercado estima uma expansão anualizada de até 12,6%, contra 11,2% dos chineses. O líder deve ser a Índia, com 13,4%. (Págs. 1 e Economia B1)

País suspende embarque de carne aos EUA

As exportações de carne bovina processada brasileira para os EUA estão suspensas. Na quinta-feira, o Ministério da Agricultura interrompeu os embarques após um recall de produtos do frigorífico JBS. Em junho, autoridades dos dois governos vão discutir o assunto. (Págs. 1 e Economia B10)

Candidato de Uribe vence, mas haverá segundo turno

Contrariando as pesquisas, que previam votação apertada, Juan Manuel Santos, candidato do presidente Alvaro Uribe, teve ampla vantagem na eleição presidencial colombiana. Ele obteve mais de 45% dos votos, contra cerca de 20% do verde Antanas Mockus, com quem disputará o segundo turno, dia 20 de junho. (Págs. 1 e Internacional A8)

Foto legenda: Negócios: Positivo mira mercado de TV s e smartphones

Líder do mercado de computadores, a Positivo, de Hélio Rotenberg, diversificará sua produção. Vai lançar TVs, smartphones, tablets e e-books, todos voltados para a classe C. (Pág. 1)

Sindicatos se digladiam por verba, filiados e 'território' (Págs. 1 e Nacional A4)

Por votos, Serra e Dilma buscam alianças incômodas (Págs. 1 e Nacional A8)

Carlos A. Sardenberg: A conta dos Impostos

Tudo somado e subtraído, o governo leva R$ 837 em cima de um salário hipotético de R$ 2 mil. Ou quase 33% do total pago pela empresa. (Págs. 1 e Economia B2)

Notas & Informações: Mais bondades no orçamento

A Câmara continua empenhada na concessão de bondades pagas com dinheiro do contribuinte. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Fisco leva 45% da 'riqueza' das S.A.

Da riqueza gerada pelas cem maiores companhias abertas do país por valor de mercado em 2009, que somou R$ 558 bilhões, as três esferas de governo abocanharam 45% na forma de impostos, contribuições e taxas. As empresas retiveram 13,5% do total para engordar seu patrimônio e distribuíram 9,5% aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio e dividendos. Os funcionários ficaram com 20% e os credores, com 12%.

Os dados foram coletados pelo Valor a partir da Demonstração do Valor Adicionado, peça que se tornou obrigatória nos balanços das companhias abertas com a edição da Lei nº 11.638/07, que mudou a contabilidade no país. (Págs. 1 e D1)

Ultrapar quer a operação de GLP da Shell

A Ultrapar deverá fazer amanhã uma oferta pelas operações de gás liquifeito de petróleo (GLP) da Shell na Europa, que a empresa pretende vender por até € 1 bilhão. O leilão também deverá atrair propostas de grupos de "private equity" e da companhia Zeta Gas, do México.

Se a Ultrapar tiver sucesso, essa será uma das maiores aquisições já feitas por uma companhia brasileira na Europa. A Shell enfrenta a oposição de sindicatos franceses à venda da divisão de GLP na Europa, que é dominada pela Butagaz, de Paris, a maior fornecedora de botijões de GLP da França, com um terço do mercado. A Ultrapar é a maior distribuidora de GLP do Brasil, através de sua subsidiária Ultragaz, com receitas equivalentes a US$ 20 bilhões. As partes envolvidas não quiseram fazer comentários. (Págs. 1 e B10)

Seguranças do Citi ajudam a prender sequestradores

A analista de fraudes liga para a casa de um cliente cujo cartão de crédito apresenta uma transação suspeita. Mas quem atende é a polícia. O dono do cartão foi sequestrado e investigadores estão na casa, em São Paulo, esperando um contato com a família. Em vez de bloquear o cartão roubado, a instituição passa a monitorar os gastos. Quando um pagamento é autorizado em uma boate de Campinas, a polícia prende os criminosos e resgata a vítima.

O episódio foi vivenciado pelas equipes de prevenção e de investigação do Citi. Quando algo errado é observado pelos analistas, é o laboratório forense que é acionado, divisão identificada pela sugestiva sigla CSIS (Citi Security and Investigative Service) e que, globalmente, é chefiada por um ex-funcionário da CIA. (Págs. 1 e C8)

Faculdades da Argentina atraem brasileiros

Estimativas do setor privado indicam que cerca de 15 mil brasileiros estudam medicina em países do Mercosul. Na Argentina, o número aumenta a cada ano, porque é possível entrar no curso sem vestibular e a mensalidade está em torno de R$ 800, em comparação com até R$ 5 mil nas faculdades privadas brasileiras.

A maioria dos estudantes recorre à ajuda de empresas que regularizam documentos. Dos 170 alunos do primeiro ano de medicina na Universidade de Morón, na periferia de Buenos Aires, 48 são brasileiros. Na próxima temporada, a universidade pretende destinar até cem vagas a estudantes do Brasil.

Para validar o diploma estrangeiro é preciso ser aprovado em uma prova no Brasil. Haverá uma em julho, com 632 inscritos. (Págs. 1 e A14)

Governo dos EUA admite que óleo pode vazar por meses no Golfo do México (Págs. 1 e A10)

Após ajuste fiscal, RS volta a investir (Págs. 1 e Valor Estados)

Desaceleração da Indústria

Após forte crescimento no primeiro trimestre, a indústria deve ter uma acomodação em abril e fechar em queda frente a março. Mas o resultado não deve comprometer o bom desempenho previsto para o ano. (Págs. 1 e A3)

A Copa da globalização

Operadoras móveis se preparam para o aumento de demanda provocado pela Copa do Mundo, a primeira em que o celular será usado intensivamente para transmissão de voz, dados e vídeo. (Págs. 1 e B2)

Investimentos do Algar

Com atuação nas áreas de turismo, serviços e agropecuária, mas principalmente em telecomunicações e tecnologia, o grupo Algar prepara investimentos de R$ 1,5 bilhão até 2014. (Págs. 1 e B3)

Otimismo no setor de plásticos

Aquecimento da economia traz boas perspectivas para a indústria de plásticos, que deve investir R$ 4,1 bilhões neste ano e crescer entre 8% e 10%. (Págs. 1 e B11)

RJ incentiva a agropecuária

Programa de incentivo do governo fluminense fez a produção leiteira no Estado aumentar de 470 milhões de litros em 2007 para 600 milhões. Próximo alvo deve ser a pecuária de corte. (Págs. 1 e B13)

Justiça ordena renegociação

A Justiça do Mato Grosso determinou aos bancos credores a renegociação de dívidas de seis produtores rurais na aquisição de máquinas e equipamentos. A apelação será analisada pelo Tribunal do Estado. (Págs. 1 e B14)

HSBC foca a alta renda

O HSBC aposta nos clientes de alta renda para reformular sua atuação no varejo brasileiro, que ficará a cargo do executivo argentino Sebastian Arcuri, até então responsável pela área de varejo do banco em Hong Kong. (Págs. 1 e C1)

Maio negro

Até sexta-feira, o Ibovespa acumulava queda de 8,27% em maio, o pior desempenho desde o auge da crise americana, em outubro de 2008. A expectativas dos analistas para junho é de melhora gradual. (Págs. 1 e D2)

CVM investiga 'Barretão'

O cineasta Luiz Carlos Barreto responde a processos na CVM e na Justiça por irregularidades na emissão de Certificados de Investimentos Audiovisuais para produção do filme "O casamento de Romeu e Julieta". (Págs. 1 e D4)

Ideias

Carlos Lessa
Ambientalismo míope brasileiro mutilou o projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte. (Págs. 1 e A12)

Ideias

Helzo Takenaka
Com dívida equivalente a 170% do PIB, Japão corre sério risco de enfrentar uma grave crise fiscal. (Págs. 1 e A13)
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domingo, maio 30, 2010

A HORA DO ''ÂNGELUS'' [In:] SANTÍSSIMA TRINDADE

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Santíssima Trindade

Só existe um Deus, mas n'Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo

O mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Deus se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo. Foi Nosso Senhor Jesus Cristo quem nos revelou este mistério. Ele falou do Pai, do Espírito Santo e d'Ele mesmo como Deus. Logo, não é uma verdade inventada pela Igreja, mas revelada por Jesus. Não a podemos compreender, porque o Mistério de Deus não cabe em nossa cabeça, mas é a verdade revelada.

Santo Agostinho (†430) dizia que: “O Espírito Santo procede do Pai enquanto fonte primeira e, pela doação eterna deste último ao Filho, do Pai e do Filho em comunhão” (A Trindade, 15,26,47).

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Só existe um Deus, mas n'Ele há três Pessoas divinas distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Não pode haver mais que um Deus, pois este é absoluto. Se houvesse dois deuses, um deles seria menor que o outro, e Deus não pode ser menor que outro, pois não seria Deus.

A Trindade é Una. “Não professamos três deuses, mas um só Deus em três pessoas: “a Trindade consubstancial” (II Conc. Constantinopla, DS 421). “O Pai é aquilo que é o Filho, o Filho é aquilo que é o Pai, o Espírito Santo é aquilo que são o Pai e o Filho, isto é, um só Deus por natureza” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). “Cada uma das três pessoas é esta realidade, isto é, a substância, a essência ou a natureza divina” (IV Conc. Latrão, em 1215, DS 804).

A Profissão de Fé do Papa Dâmaso, diz: “Deus é único, mas não solitário” (Fides Damasi, DS 71). “Pai”, “Filho”, “Espírito Santo” não são simplesmente nomes que designam modalidades do ser divino, pois são realmente distintos entre si: “Aquele que é Pai não é o Filho, e aquele que é o Filho não é o Pai, nem o Espírito Santo é aquele que é o Pai ou o Filho” (XI Conc. Toledo, em 675, DS 530). São distintos entre si por suas relações de origem: “É o Pai que gera, o Filho que é gerado, o Espírito Santo que procede” (IV Conc. Latrão, e, 1215, DS 804).

A Igreja ensina que as pessoas divinas são relativas umas às outras. Por não dividir a unidade divina, a distinção real das pessoas entre si reside unicamente nas relações que as referem umas às outras:

“Nos nomes relativos das pessoas, o Pai é referido ao Filho, o Filho ao Pai, o Espírito Santo aos dois; quando se fala destas três pessoas considerando as relações, crê-se todavia em uma só natureza ou substância” (XI Conc. Toledo, DS 675). “Tudo é uno [neles] lá onde não se encontra a oposição de relação” (Conc. Florença, em 1442, DS 1330). “Por causa desta unidade, o Pai está todo inteiro no Filho, todo inteiro no Espírito Santo; o Filho está todo inteiro no Pai, todo inteiro no Espírito Santo; o Espírito Santo, todo inteiro no Pai, todo inteiro no Filho” (Conc. Florença, em 1442, DS 1331).

Aos Catecúmenos de Constantinopla, S. Gregório Nazianzeno (330-379), “o Teólogo”, explicava:

“Antes de todas as coisas, conservai-me este bem depósito, pelo qual vivo e combato, com o qual quero morrer, que me faz suportar todos os males e desprezar todos os prazeres: refiro-me à profissão de fé no Pai e no Filho e no Espírito Santo. Eu vo-la confio hoje. É por ela que daqui a pouco vou mergulhar-vos na água e vos tirar dela. Eu vo-la dou como companheira e dona de toda a vossa vida. Dou-vos uma só Divindade e Poder, que existe Una nos Três, e que contém os três de maneira distinta. Divindade sem diferença de substância ou de natureza, sem grau superior que eleve ou grau inferior que rebaixe... A infinita conaturalidade é de três infinitos. Cada um considerado em si mesmo é Deus todo inteiro... Deus os Três considerados juntos. Nem comecei a pensar na Unidade, e a Trindade me banha em seu esplendor. Nem comecei a pensar na Trindade, e a unidade toma conta de mim (Or. 40,41).

O primeiro catecismo chamado Didaqué, do ano 90 dizia:

"No que diz respeito ao Batismo, batizai em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo em água corrente. Se não houver água corrente, batizai em outra água; se não puder batizar em água fria, façais com água quente. Na falta de uma ou outra, derramai três vezes água sobre a cabeça, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Didaqué 7,1-3).

São Clemente de Roma, papa no ano 96, ensinava: "Um Deus, um Cristo, um Espírito de graça" (Carta aos Coríntios 46,6). "Como Deus vive, assim vive o Senhor e o Espírito Santo" (Carta aos Coríntios 58,2).

Santo Inácio, bispo de Antioquia (†107), mártir em Roma, dizia: "Vós sois as pedras do templo do Pai, elevado para o alto pelo guindaste de Jesus Cristo, que é a sua cruz, com o Espírito Santo como corda" (Carta aos Efésios 9,1).

"Procurai manter-vos firmes nos ensinamentos do Senhor e dos Apóstolos, para que prospere tudo o que fizerdes na carne e no espírito, na fé e no amor, no Filho, no Pai e no Espírito, no princípio e no fim, unidos ao vosso digníssimo bispo e à preciosa coroa espiritual formada pelos vossos presbíteros e diáconos segundo Deus. Sejam submissos ao bispo e também uns aos outros, assim como Jesus Cristo se submeteu, na carne, ao Pai, e os apóstolos se submeteram a Cristo, ao Pai e ao Espírito, a fim de que haja união, tanto física como espiritual" (Carta aos Magnésios 13,1-2).

São Justino, mártir no ano 151, escreveu essas palavras ao imperador romano Antonino Pio: "Os que são batizados por nós são levados para um lugar onde haja água e são regenerados da mesma forma como nós o fomos. É em nome do Pai de todos e Senhor Deus, e de Nosso Senhor Jesus Cristo, e do Espírito Santo que recebem a loção na água. Este rito foi-nos entregue pelos apóstolos" (I Apologia 61).

São Policarpo de Esmirna, que foi discípulo de S. João evangelista, mártir no ano 156, disse: "Eu te louvo, Deus da Verdade, te bendigo, te glorifico por teu Filho Jesus Cristo, nosso eterno e Sumo Sacerdote no céu; por Ele, com Ele e o Espírito Santo, glória seja dada a ti, agora e nos séculos futuros! Amém." ( Martírio de Policarpo 14,1-3).

Teófilo de Antioquia, ano 181: "Igualmente os três dias que precedem a criação dos luzeiros são símbolo da Trindade: de Deus [=Pai], de seu Verbo [=Filho] e de sua Sabedoria [=Espírito Santo]" (Segundo Livro a Autólico 15,3).

S. Irineu de Lião, ano 189: "Com efeito, a Igreja espalhada pelo mundo inteiro até os confins da terra recebeu dos apóstolos e seus discípulos a fé em um só Deus, Pai onipotente, que fez o céu e a terra, o mar e tudo quanto nele existe; em um só Jesus Cristo, Filho de Deus, encarnado para nossa salvação; e no Espírito Santo que, pelos profetas, anunciou a economia de Deus..." (Contra as Heresias I,10,1).

"Já temos mostrado que o Verbo, isto é, o Filho esteve sempre com o Pai. Mas também a Sabedoria, o Espírito estava igualmente junto dele antes de toda a criação" (Contra as Heresias IV,20,4).

Tertuliano, escritor romano cristão, no ano 210: "Foi estabelecida a lei de batizar e prescrita a fórmula: 'Ide, ensinai os povos batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo'" (Do Batismo 13).

E o Concílio de Nicéia, ano 325, confirmou toda essa verdade:

"Cremos... em um só Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, nascido do Pai como Unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não feito, consubstancial com o Pai, por quem foi feito tudo que há no céu e na terra. [...] Cremos no Espírito Santo, Senhor e fonte de vida, que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado e glorificado, o qual falou pelos Profetas" (Credo de Nicéia).

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Foto

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe
Site do autor: www.cleofas.com.br

29/05/2010 - 18h00

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(*) foto imagem (domínio público In:) www.google.com.br/imagem/

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sábado, maio 29, 2010

EDITORIAL II [In:] ELEIÇÕES, COPA e COCA...

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Serra: resposta da Bolívia vale uma nota de três reais

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José Serra parece mesmo convencido de que, sob Evo Morales, a Bolívia é uma fazenda de folhas de coca.

Nesta sexta (28), enquanto Lula festejava Evo no Rio, Serra respondia, em Recife, à nota da chancelaria boliviana.

Inescrupulosas”, eis o vocábulo que o governo boliviano usou para responder às acusações de Serra de que seria “cúmplice” de traficantes.

Em resposta à resposta, Serra disse: “Tem o valor de uma nota de três reais. Quanto vale uma nota de três reais?..."

"...Você acha que o governo boliviano, que coonesta a exportação de droga, cocaína ilegal para o Brasil, vai dar uma declaração: 'o José Serra tem razão'? É claro que ele só pode dizer o contrário".

Repisou a tecla de que o governo companheiro de Evo "tem feito corpo mole" no combate ao narcotráfico.

Acha que o Brasil deve pressionar "fortemente" a Bolívia. "Não pela força, mas pela pressão moral".

Ah, bom! Mais um pouco e a platéia imaginaria que, eleito, Serra, coberto de razão na crítica que faz, invadiria a Bolívia.

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Escrito por Josias de Souza às 22h25

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Lula cumprimenta Evo: ‘Vamos fazer inveja no Serra’


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Rafael Andrade/Folha
Depois de posar para a foto oficial com os chefes de Estado que vieram ao Rio para o 3º Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, Lula achegou-se a Evo Morales.

Segurou-o pelo braço e, diante dos fotógrafos, Lula fez graça: "Vamos posar aqui; vamos fazer inveja no Serra".

Ria-se muito. Evo também riu. Mas não disse palavra sobre a acusação de José Serra de que seu governo é “cúmplice” do tráfico de cocaína.

Evo daria uma entrevista coletiva às 16h. Foi inquirido mesmo assim. Mas preferiu falar de Copa, não de coca: “O Brasil será campeão”.

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Escrito por Josias de Souza às 21h35

FOLHA ONLINE.

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EDITORIAL [In:] ''ELES'' GASTAM e ''NÓS'' PAGAMOS !!! (Não reeleja ninguém...)

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Eleições 2010

No ano eleitoral, Congresso acelera votações de aumentos salariais e criação de cargos

Publicada em 28/05/2010 às 23h33m

Isabel Braga

BRASÍLIA - A menos de dois meses do recesso de julho e do início oficial das campanhas eleitorais, deputados e senadores aceleram a aprovação de projetos que beneficiam diversas categorias de servidores em todo o país. Só este ano, até agora, viraram leis projetos que criam 35.812 cargos e funções comissionadas nos três poderes da República, com impacto estimado de R$ 1,2 bilhão ao ano. Outros 26,6 mil cargos e funções, com impacto anual estimado em R$ 10 bilhões, aguardam aprovação. A pauta de bondades é extensa, com estimativas de custos anuais que podem passar dos R$ 50 bilhões - o equivalente a todo o orçamento do Ministério da Saúde para o ano inteiro ou mais de quatro vezes o do Bolsa Família -, se todos os projetos forem aprovados como estão.

Além da criação de cargos, há forte pressão sobre os parlamentares para que aprovem duas outras propostas de grande impacto financeiro: um projeto do Judiciário que concede reajuste médio de 56% para todos seus funcionários, que custará quase R$ 7 bilhões a mais por ano; e a polêmica PEC 300, a proposta de emenda constitucional que institui piso nacional provisório para policiais civis e militares e bombeiros. Essa é considerada o grande terror dos gestores públicos.

Impacto da PEC 300 é de R$ 30 bilhões

A PEC fixa em R$ 3,5 mil o piso salarial para soldados e em R$ 7 mil para os oficiais. Cálculos preliminares mostram que, se aprovada dessa forma, a proposta implicaria um impacto de cerca de R$ 30 bilhões nas contas dos governos estaduais e da União - o texto diz que, quando os estados não tiverem condições de pagar o valor, o governo federal banca a conta.

Semanalmente, a categoria faz mobilização no Congresso pela aprovação da PEC. Ela só não foi aprovada ainda porque também é forte o lobby contrário, do governo federal e dos governadores. A emenda começou a ser votada em março, mas, cientes do alto custo, líderes a retiraram de pauta.

O governo de São Paulo, por exemplo, é contrário ao projeto, mas o PPS e o DEM defendem sua aprovação. A tentativa do governo e de líderes partidários, nesta semana, foi de negociar um texto alternativo, que retiraria o valor do piso da emenda , remetendo essa decisão para lei complementar, a ser aprovada posteriormente.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), propôs aos representantes do movimento que a PEC seja aprovada apenas com a obrigatoriedade de se estabelecer um piso salarial, deixando o valor para ser definido em lei complementar, após ampla negociação entre trabalhadores, governo federal e governadores. Mas só depois das eleições.

Deputados criticaram a negociação, afirmando que o governo tenta enganar os policiais. E os líderes do movimento insistem na fixação do valor.

De acordo com levantamento feito pelo gabinete do deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) sobre criação de cargos no Executivo e no Judiciário, já passaram na Câmara e aguardam aprovação do Senado projetos que criam 6.197 cargos e geram impacto/ano de R$ 1 bilhão. E ainda estão em tramitação nas comissões da Câmara ou já aguardando inclusão na pauta outros que criam 20.550 cargos e funções, com impacto/ano de R$ 9 bilhões. Juntos, são os mais de 26 mil, com impacto de R$ 10 bilhões.

Só nesta semana, além da votação da MP que reestruturou 25 carreiras de servidores, comissões da Câmara e do Senado aprovaram a criação de pelo menos 1.800 cargos ou funções comissionadas. Entre eles, 1.024 cargos e funções no INSS. As despesas para criação desses cargos são normalmente previstas no Orçamento da União.

- Acho bom quando o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) alerta que é preciso conter gastos e contingenciar. Mas os projetos de criação de cargos e função que tramitam na Casa são enviados pelo governo - disse Madeira. - Neste governo não há uma atuação unificada, cada ministro defende seu pedaço. Esta semana, o ex-ministro (da Previdência) José Pimentel estava defendendo a votação do projeto que cria cargos para o INSS.

Pimentel diz que os peritos vão trabalhar nas 720 agências da Previdência que estão sendo construídas:

- O objetivo é atender às demandas dos trabalhadores para que as agências fiquem mais próximas de seu local de moradia.

Após derrotas nos últimos meses em plenário, como em projetos do pré-sal e na medida provisória que ampliou o reajuste das aposentadorias acima do mínimo , Vaccarezza vem defendendo mudanças na lei eleitoral:

- Em 2011, se eu for reeleito, quero discutir uma lei eleitoral definitiva que estabeleça que nos seis meses antes da eleição não possamos votar matéria de natureza tributária ou que implique em aumento de gastos extraorçamentários. Porque neste período, é grande a facilidade de isso interferir na vontade de deputados e senadores.

A pressão de lobbies é forte e, às vésperas da eleição, sem conseguir conter o ímpeto dos parlamentares, o governo será obrigado a vetar parte de emendas incluídas nos textos originais das MPs, para evitar um rombo maior nas contas. É o caso da MP do reajuste dos aposentados, na qual também foi aprovado o fim do fator previdenciário.

Nas duas últimas MPs votadas na Câmara, o governo fez um acordo de procedimento para evitar que elas perdessem a validade, permitindo a inclusão de demandas consideradas impossíveis. Entre os absurdos, está uma emenda que equipara os planos de carreiras dos servidores de Rondônia aos de servidores a nível federal. Que certamente será vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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O GLOBO.
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sexta-feira, maio 28, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] ''QUE DUREZA..."

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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GARCIA vs. SERRA [In:] ''PERO QUE SI, PERO QUE NO..."

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Garcia reage a declarações de Serra

Autor(es): Francisco Góes, do Rio
Valor Econômico - 28/05/2010

O assessor-chefe da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, rebateu ontem as declarações feitas na véspera pelo pré-candidato do PSDB ao Planalto, José Serra, que, em declaração à Rádio Globo, considerou o governo boliviano de Evo Morales "cúmplice do tráfico de drogas".

"Serra está tentando ser o "Exterminador do Futuro" da política externa (brasileira)", comparou Garcia. E continuou com as críticas: "Ele (Serra) já destruiu o Mercosul e agora quer destruir nossas relações com a Bolívia. Ahmadinejad (presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad) já é um "Hitler" e eu acho que talvez ele (Serra) esteja pensando que, em uma (eventual) política de cortes de despesas, venha a fechar 20 a 30 embaixadas de países, os quais ele está insultando neste momento", disse Garcia após participar da abertura do III Fórum Brasil-União Europeia, no Rio de Janeiro.

Garcia disse que a conduta de Serra não lhe parece condizente com a de um candidato que tem a aspiração legítima de chegar à Presidência da República, embora considere que Serra pode não atingir seu objetivo eleitoral. Ele afirmou que o tucano deveria ser mais prudente no trato desses temas. Questionado se o suposto fechamento de embaixadas em um eventual governo Serra era uma suposição que estava fazendo, Garcia respondeu: "Não, ele está brigando com tanta gente que não vai sobrar outro caminho a não ser fechar embaixadas."

Garcia disse ainda ter ficado preocupado com as declarações de Serra porque qualquer funcionário, no entender dele, sobretudo quem aspira a ser o primeiro funcionário do governo, tem que ter muita serenidade na análise da situação internacional já que esse é um assunto que envolve o relacionamento com países vizinhos com os quais o Brasil tem "sólidas relações", disse o assessor de Lula.

GOVERNO LULA ''BY'' LULA [In:] APOSENTADOS, APOSENTADORIAS, VOTOS...

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Mais dias para Lula

Autor(es): Igor Silveira
Correio Braziliense - 28/05/2010

Pressionado para tomar uma decisão difícil, especialmente em ano eleitoral, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ganhou mais tempo para escolher se vai desagradar aos aposentados ou à cúpula da área econômica do governo. Diferentemente do que foi divulgado por integrantes do Planalto anteriormente, o chefe de Estado tem até 15 de junho para sancionar ou vetar o reajuste de 7,7% para os inativos que ganham acima de um salário mínimo. A justificativa para o novo prazo é de que o texto do projeto só chegou à Casa Civil na quarta-feira e, seguindo os trâmites legislativos, o mandatário brasileiro tem até 15 dias úteis para despachar o documento.

Lula esteve reunido durante toda a manhã de ontem com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no Centro Cultural Banco do Brasil. Os dois, inclusive, cancelaram a presença em um evento dentro da própria sede provisória do governo para continuarem as discussões. Mais tarde, o chefe da pasta econômica afirmou que, apesar de o superavit primário ter alcançado R$ 19,8 bilhões em abril, não há verba suficiente para conceder o reajuste aprovado pelo Congresso Nacional.

“O resultado do superavit não está acima do esperado. Não está sobrando dinheiro”, disse Mantega. “O presidente Lula tem mesmo uma decisão difícil pela frente, mas não temos condições de conceder mais benefícios além dos que já foram estabelecidos”, completou, reforçando a sugestão, para compensar um possível veto, de editar uma nova Medida Provisória concedendo abono de 6,14% aos aposentados — índice presente na proposta original do governo.

Se Lula resolver aprovar o aumento de 7,7%, como acreditam algumas pessoas próximas ao presidente, a equipe econômica pode optar por corte maior de verbas no Orçamento. Também ontem, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, adotou tom mais ameno sobre o assunto. “Caso isso (o reajuste acima do esperado) ocorra, o corte adicional no orçamento é uma ideia interessante”, ressaltou.

PF/BRASÍLIA/RORIZ [In:] A FARRA DO BOI...

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PARA AUDITORES, RORIZ DEU INÍCIO À FARRA DE CONTRATOS

Uma década de irregularidades


Autor(es): Samanta Sallum
Correio Braziliense - 28/05/2010

Auditoria do Tribunal de Contas do Distrito Federal mostra que o esquema para contratar empresas de informática a preços superfaturados, sem licitação, vem desde 1999, no governo Roriz

Wanderlei Pozzembom/CB/D.A Press - 18/12/02
Fachada do antigo Instituto Candango de Solidariedade: entidade era usada para contratação de pessoal comissionado e como intermediadora de empresas de informática

Auditores do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) apresentaram a engenharia de funcionamento do esquema que sangrava os cofres públicos desde 1999. Num retrospecto, revelaram as irregularidades que já eram identificadas antes do governo de José Roberto Arruda, alvo da Operação Caixa de Pandora. Apontam que as práticas da gestão de Joaquim Roriz, entre 1999 e 2006, eram semelhantes: burlar a licitação para contratar empresas de informática a preços superfaturados.

No balanço de trabalho das 48 auditorias (1)abertas em dezembro passado sobre contratos de 2009, os técnicos deram um histórico das irregularidades voltando uma década. Lembraram que, ao assumir o governo, em 1999, Joaquim Roriz usou o Instituto Candango de Solidariedade (ICS) para contratar pessoal em cargos comissionados sem concurso público e também como intermediador de empresas de informática. Saltou de R$ 70 milhões em 1999 para R$ 600 milhões, em 2005, o volume de recursos repassados do GDF ao ICS para pagamento de prestadoras de serviço escolhidas sem licitação.

Em apenas um contrato com a Linknet e a Prodata, gerido pelo então presidente da Codeplan, Durval Barbosa, o superfaturamento foi de R$ 24 milhões em 2005, segundo apurou auditoria do TCDF. Na exposição dos técnicos do Tribunal, em palestra interna que o Correio acompanhou, ressaltou-se que o órgão não esteve inerte nesse período todo até que o Ministério Público e Polícia Federal agissem na Operação Caixa de Pandora, ocorrida em novembro passado, que implodiu o governo Arruda.

Para os auditores, a diferença entre as irregularidades de Roriz e de Arruda na contratação de informática é apenas uma: na cadeia de subcontratação ilegal de Arruda foi suprimido o ICS (veja quadro). Mas a intenção e a prática continuavam a mesma: gastos volumosos com serviços de informática, burlando licitação. O que direcionava as contratações, beneficiando determinados empresários que, segundo as denúncias da Operação Caixa de Pandora, em troca, abasteciam com propina a suposta rede de corrupção de compra de apoio político para Arruda.

Ralo
O ICS foi usado como ralo de escoamento de dinheiro para empresas de informática até o fim de 2006. Em acordo com o Ministério Público do DF, que tinha diversas investigações e ações judiciais contra o instituto, Arruda extinguiu a entidade, garantindo a aparência de medida saneadora. No entanto, segundo o TCDF, a prática de burla de licitação continuou. Segundo os auditores, as contratações eram realizadas diretamente pela Codeplan.

Entre 2007 e 2009, a empresa era presidida pelo atual governador Rogério Rosso (PMDB). Por meio da assessoria de imprensa, ele esclareceu que, quando assumiu o cargo na Companhia, em março de 2007, toda a parte de informática tinha sido transferida para a Secretaria de Planejamento. Rosso só teria aceitado o cargo com a condição de não ficar sob gestão da Codeplan tais contratos. O que na época era disputado pelo próprio Durval Barbosa, que se transformou no delator de todo o esquema.

Em 2003, na gestão de Roriz, o Tribunal de Contas determinou ao GDF a suspensão de repasses ao ICS. No entanto, o governo e a entidade conseguiram mandados de segurança no Tribunal de Justiça do DF, revertendo a decisão. Em 2004, o TCDF voltou a divergir e mandou Durval Barbosa, na condição de presidente da Codeplan, abster-se de realizar novos contratos por meio do ICS. Pouco adiantou.

Paulo Fona, assessor de imprensa de Roriz, comentou as conclusões do Tribunal de Contas. “Os responsáveis pelos contratos agiam com autonomia administrativa e seguiam o que as respectivas assessorias jurídicas autorizavam. Uma coisa é o Tribunal de Contas dizer agora que não podia ser feito na época tais procedimentos, o que é diferente de afirmar que houve desvio de dinheiro. E o Tribunal de Contas pode ter um entendimento, mas que nem sempre é palavra final. A Justiça autorizou os repasses de dinheiro ao ICS”, explica.


1 - Análise
Apuração da força-tarefa do TCDF referente aos contratos do GDF em 2009 se deparou com superfaturamentos, falsas pesquisas de mercado e desperdícios propositais para justificar gastos. Das 48 auditorias abertas, em dezembro passado, cerca de 70% foram concluídas e o resto está em fase final. O universo de gastos analisado chega a R$ 354 milhões em despesas em 2009, principalmente despesas na área de informática.


PREÇOS DO BRB
No pente-fino que realizou nos contratos do governo local em 2009, o TCDF identificou valor excessivo na locação de equipamentos de informática. Preços elevados comparados aos pagos em contratos da área federal e até de uma empresa ligada ao GDF: o Banco de Brasília. Enquanto a instituição contratou o mesmo serviço pelo custo de R$ 60 pelo aluguel de cada computador, o GDF aceitava pagar R$ 330. Segundo os auditores, o BRB é a referência correta de alta de preço, enquanto que o GDF estava pagando valores superfaturados.

Entenda o caso

Confira abaixo a cadeia de contratações, segundo o TCDF.

Entre 1999 e 2006 – governo Roriz //

GDF — Codeplan — Instituto Candango de Solidariedade (ICS) – empresas de Informática.


» Segundo o TCDF, a Codeplan e o ICS serviam apenas de intermediação para burlar licitação. O ICS, como uma organização social, podia ser contratado sem licitação, abrindo caminho para que se subcontratassem empresas a sua escolha. A Codeplan e o ICS eram remunerados pelo GDF sem na prática prestar serviço algum, apenas com a função de contratar outras empresas.

» Em 2003, o TCDF determinou ao GDF a suspensão dos repasses de recursos ao ICS por julgar ilegais os contratos. Mas o GDF e o ICS conseguiram mandado de segurança no Tribunal de Justiça do DF para manter os pagamentos.

» Em 2004, o TCDF mandou Durval Barbosa, na condição de presidente da Codeplan, se abster de contratar serviços de informática por meio do ICS.

» O Tribunal de Contas do DF identificou que somente em 2005 os contratos com a Linknet e a Prodata provocaram um prejuízo de R$ 24 milhões aos cofres públicos. Na época, o presidente da Codeplan era Durval Barbosa, hoje o delator do esquema que implodiu o governo de Arruda.

2007 – governo Arruda //

GDF — Codeplan — empresas de informática.


» Durval participou da gestão como secretário de Relações Institucionais. Arruda extinguiu o ICS, já que os contratos entre o GDF e a entidade eram alvo de investigações e ações judicais do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios e também do Ministério Público do Trabalho. No entanto, mesmo sem o ICS no esquema, as contratações irregulares permaneceram por meio de secretarias de governo e até de uma Agência de Informática, que foi criada e depois extinta.

Repasses

» Os repasses do GDF para o ICS saltaram de R$ 70 milhões, em 1999, para cerca de R$ 600 milhões em 2005.


Aprovada cassação de Eurides

Leilane Menezes

Valério Ayres/Esp. CB/D.A Press
Requerimento de Eurides pela suspensão do processo foi rejeitado

A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou por unanimidade o pedido de cassação do mandato da deputada afastada (1)Eurides Brito (PMDB), em uma reunião extraordinária na manhã de ontem. Os integrantes rejeitaram ainda o requerimento de Eurides com pedido de suspensão do processo de quebra de decoro parlamentar. Os deputados entenderam que ela deve continuar afastada enquanto a investigação é concluída.

Em seguida, cabe à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) avaliar a constitucionalidade da decisão e a legalidade das investigações feitas pela Comissão de Ética, sobre o envolvimento de Eurides Brito no suposto esquema de distribuição de proprina no GDF, denunciado pela Operação Caixa de Pandora.

O pedido de cassação poderá ser apreciado em até cinco sessões ordinárias na CCJ, assim como ficou estabelecido para as atividades da Comissão de Ética. Mas, segundo a assessoria de imprensa da deputada Érika Kokay (PT), relatora do processo, nada impede que o pedido seja analisado em apenas um encontro. Depois disso, se aceito, o processo segue para o plenário da Casa, que dará a decisão final, na forma de projeto de resolução. São necessários 13 votos para aprovar a cassação.

Entre os presentes na sessão de ontem estavam o deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) — ex-secretário de Justiça e Cidadania do governo Arruda — Batista das Cooperativas (PRP), Paulo Roriz (DEM) e o presidente da Comissão, Aguinaldo de Jesus (PRB). Ao fim da reunião, Érika ressaltou a incoerência dos depoimentos de Eurides. “Os fatos se sobrepõem: a deputada mentiu de forma evidente para esta comissão, nem as testemunhas indicadas por ela sustentaram seu depoimento.” A relatora se mostrou confiante da cassação.

Na terça-feira última, Érika Kokay entregou o relatório do processo de quebra de decoro contra Eurides Brito à Comissão de Ética. O documento tinha em torno de 200 páginas. Érika se baseou em nove depoimentos, no resultado das diligências e em laudos da Polícia Federal para fundamentar o parecer sobre o envolvimento de Eurides no suposto esquema de corrupção. O vídeo no qual a deputada aparece recebendo R$ 30 mil de Durval Barbosa e guardando o montante em uma bolsa trouxe respaldo para a decisão da CLDF.


1 - Decisão judicial
Em 15 de maio, o juiz Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal, decidiu afastar Eurides Brito imediatamente do mandato. O objetivo era evitar que ela se aproveitasse do cargo para se proteger e escapar de qualquer punição. Nessa ação, a distrital teve os bens bloqueados para garantir o ressarcimento de possível prejuízo de R$ 4,3 milhões aos cofres públicos, referentes à propina e a título de danos morais à população.


PRAZO É CONTESTADO
O procurador-geral de Justiça do DF, Leonardo Bandarra, ingressou ontem com Mandado de Segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) contra ato do corregedor nacional do Ministério Público, Sandro Neis, que estabelecia prazo até hoje para a apresentação de sua defesa na sindicância em curso no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Bandarra alega cerceamento de defesa. Há 15 dias, ele foi notificado a apresentar esclarecimentos aos pontos da conclusão de investigação da corregedora-geral do Ministério Público do DF, Lenir de Azevedo, segundo a qual há indícios de falta funcional cometida por Bandarra e a promotora Deborah Guerner. No STF, o caso será julgado pelo ministro Gilmar Mendes. Uma liminar pode alterar os prazos na sindicância que está sob a responsabilidade do corregedor nacional. A expectativa era de que na próxima semana o CNMP faria uma sessão para deliberar sobre o próximo passo da investigação contra os dois promotores.

ELEIÇÕES 2010 [In:] SAÚDE SIM, NOVO IMPOSTO NÃO!!! (promessas de campanha)

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A saúde por Serra e Dilma

Autor(es): Ivan Iunes
Correio Braziliense - 28/05/2010
Diante de público repleto de especialistas na área, presidenciáveis prometem ampliação de recursos, capacitação de agentes de saúde, apoio à Emenda nº 29 e trocam farpas em relação ao fim da CPMF

Enviado especial

Roberto Stuckert Filho/Divulgação
Dilma sustentou a tese de conectar o aumento nos investimentos para a saúde ao crescimento da economia

Porthus Junior/Agência RBS/AE
Serra prometeu regulamentar a Emenda nº 29, caso eleito, mas não indicou a fonte de recursos para bancar a medida

Gramado (RS) — Separados por uma diferença de duas horas, os pré-candidatos à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) defenderam a transferência de mais recursos para a saúde, sem apontar de forma clara de onde viria o aporte financeiro. Serra e Dilma falaram para uma plateia de duas mil pessoas, composta por secretários municipais de saúde, gestores e trabalhadores da área, ontem, durante o 26º Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, em Gramado (RS). Os dois presidenciáveis desviaram da ideia de criar um novo imposto para reforçar o caixa do setor. Hoje, será a vez da pré-candidata Marina Silva (PV) apresentar propostas para a saúde, no mesmo encontro.

Os dois favoritos na corrida pelo Planalto responderam a diversas questões postas pela direção do evento, como a criação de programas, a capacitação profissional dos agentes de saúde e a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29(1), que direciona um percentual mínimo das verbas da União, dos estados e dos municípios para a saúde. O tom utilizado pelos dois foi praticamente o mesmo, até no ataque à derrubada da CPMF (Contribuição Provisória por Movimentação Financeira), mas com uma diferença. Para Dilma, o fim do imposto foi responsabilidade da oposição. Serra apontou a base do governo como maior culpada pela perda dos recursos.

Compensação
A petista subiu ao palco no fim da manhã, para defender a compensação das perdas com o fim da CPMF, estimadas em R$ 40 bilhões. Dilma disse que o crescimento estimado do PIB de 6% seria suficiente para aprovar a regulamentação da Emenda nº 29, sem necessidade de um novo tributo. A fala foi um recuo da ex-ministra da Casa Civil, que já havia cogitado em público a criação de um novo imposto para a saúde. “Não vim fazer demagogia e dizer que podemos regulamentar a emenda sem criar uma receita para adotar esses índices, mas havendo crescimento, não haverá necessidade de aumento do imposto”, apontou Dilma.

Palestrante da tarde, o tucano José Serra também apontou o discurso para a necessidade de reforçar o caixa da saúde, mas responsabilizou o governo pelo fim da CPMF. “Não foi a oposição que derrubou a CPMF, mas a própria bancada do governo. O governo tem voto para aprovar o que quiser no Senado e na Câmara”, destacou. O pré-candidato prometeu regulamentar a Emenda nº 29 nos primeiros meses de governo, caso eleito, mas não indicou a fonte de recursos para bancar a medida. O tucano ainda acenou com a capacitação de 300 mil técnicos de saúde e criticou o aparelhamento político da saúde pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “A saúde não pode ficar no mercado de troca-troca”, atacou.

Serviço civil
Diante da proposta de Dilma, de escorar no crescimento da economia o aumento nos investimentos para a saúde, Serra disse que o Brasil não vem crescendo a taxas satisfatórias. Em contraponto, a pré-candidata petista afirmou que a fase do país é outra, em crítica indireta ao governo do antecessor, Fernando Henrique Cardoso. “Não somos mais o país da desigualdade, da estagnação, do desemprego. Deixamos essa era para trás”, defendeu Dilma Rousseff.

Se eleita, a ex-ministra da Casa Civil prometeu criar um complexo industrial de saúde, desonerar remédios de uso geral e adiantou que vai estudar uma possível adoção do serviço civil de saúde no país — sugestão feita pela direção do congresso. O programa estabeleceria um período em que formandos na área de saúde em universidades públicas prestassem serviço comunitário no Sistema Único de Saúde (SUS).


1 - Fixação de verbas
A Emenda Constitucional foi aprovada pelo Congresso no ano 2000 e obrigava a União a investir 5% a mais do que havia sido transferido no ano anterior para a área de saúde, valor corrigido pela variação nominal do PIB. Pela regra, os estados teriam de repassar 12% da arrecadação para o setor e os municípios, 15%. A regra, inicialmente transitória, deveria ter vigorado até 2004, limite para que uma Lei Complementar regulamentasse a medida. O projeto, contudo, está parado na Câmara dos Deputados há mais de dois anos.
Não vim fazer demagogia e dizer que podemos regulamentar a emenda sem criar receita para adotar esses índices, mas havendo crescimento, não haverá necessidade de aumento do imposto”
Dilma Rousseff

Não foi a oposição que derrubou a CPMF, mas a própria bancada do governo. A base do PT tem voto para aprovar o que quiser. A saúde não pode ficar no mercado de troca-troca”
José Serra

Um casal inelegível

Tasso Marcelo/AE - 30/4/06
TRE do Rio cassou o mandato de Rosinha e vetou a candidatura de Anthony Garotinho ao governo

Acusada de abuso de poder econômico durante a campanha nas eleições de 2008, a atual prefeita de Campos dos Goytacazes (RJ), Rosinha Garotinho (PMDB), teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ). A punição também atinge o marido de Rosinha, o pré-candidato do PR ao governo do estado, Anthony Garotinho. Ele ficou inelegível até 2012.

O TRE-RJ julgou que Rosinha foi beneficiada por práticas panfletárias da rádio e jornal O Diário. Na decisão, os radialistas Linda Mara da Silva, Patrícia Cordeiro Alves e Everton Fabio Nunes Paes também se tornaram inelegíveis. Como a ex-governadora do Rio obteve mais de 50% dos votos, o tribunal convocou novas eleições para o município, pois o segundo colocado não teria representatividade suficiente para ser empossado.

O julgamento chegou a ficar empatado em 3 x 3. Coube ao presidente do TRE-RJ, desembargador Nametala Jorge, o voto de desempate. “Os fatos foram inadmissíveis. O pleito eleitoral tem que ter uma lisura absoluta, trata-se de um direito da sociedade”, justificou o desembargador.

Os votos vencidos foram do relator do processo, juiz Célio Salim, e dos juízes Leonardo Antonelli e Luiz de Mello Serra. Os desembargadores Sérgio Lúcio de Oliveira e Raldênio Bonifácio acompanharam o voto divergente do revisor, juiz Luiz Márcio Pereira.

Impasse
De acordo com o TRE, houve ainda um impasse quanto ao início da contagem do prazo de inelegibilidade. O juiz Luiz Márcio Pereira defendeu a tese de que o prazo deveria contar a partir da decisão, no que foi acompanhado pelo desembargador Nametala Jorge. Mas os desembargadores Sérgio Lúcio de Oliveira e Cruz e Raldênio Bonifácio entenderam que deveria prevalecer a Súmula 19 do TSE, com a contagem a partir das eleições em que os fatos ocorreram, ou seja, em 2008. Para resolver o impasse, o juiz Luiz Márcio Pereira adotou o prazo da Súmula. Como a punição é de três anos, eles somente poderiam se candidatar novamente em 2012. A decisão, contudo, pode ser revertida em recurso com efeito suspensivo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Por meio da assessoria de imprensa, Antony Garotinho informou que ainda está analisando a decisão do TRE e avaliando com os seus advogados como deverá apresentar recurso ao TSE. A assessoria de imprensa da prefeitura de Campos disse que a prefeita ainda não se manifestou sobre o caso.