A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br
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quarta-feira, julho 18, 2012
XÔ! ESTRESSE [In:] COMÉDIA HUMANA (não-divina)
... INCOMPETÊNCIA, MESMO !!!
Filme velho, final infeliz
Autor(es): Pedro Ferreira e Renato Fragelli |
Valor Econômico - 18/07/2012 |
Ao se estudar as causas da pobreza em muitos países identificam-se dois grandes grupos: insuficiência de fatores de produção e incapacidade de utilizá-los para gerar produção. No primeiro caso, diante da penúria de capital físico (infraestrutura, máquinas) e/ou de capital humano (nível médio de educação), a receita para o crescimento é o investimento. No segundo, sendo o problema a falta de eficiência - ou produtividade total dos fatores (PTF), no jargão dos economistas - a receita é mais complexa, pois exige reformas institucionais e/ou políticas, redução de barreiras ao fluxo de produtos e à absorção de tecnologias, melhoria do ambiente de negócios, entre outras medidas.
De acordo com a evidência atualmente disponível, a eficiência produtiva é tão ou mais importante que a disponibilidade de fatores para se explicar a diferença de renda per capita entre países e também o ritmo de sua evolução. Comparando-se o produto por trabalhador no Brasil com o observado nos EUA, embora o resultado mude um pouco dependendo da metodologia adotada, calcula-se que pelo menos 50% da diferença seja causada por baixa eficiência. Verifica-se, adicionalmente, que os períodos de crescimento acelerado são também aqueles em que a produtividade total dos fatores cresceu rapidamente; e os períodos de estagnação ocorrem quando ela estabilizou-se.
O gráfico descreve o comportamento recente da PTF no Brasil, calculado pelo IBRE-FGV. A linha mais grossa representa a PTF trimestral, e a mais fina sua média móvel em quatro trimestres.
Até meados de 2005, a eficiência produtiva estava estagnada. Apesar de existir forte evidência estatística de que a PTF da indústria tenha aumentado muito após a abertura econômica promovida de 1988-1990, os ganhos não se estenderam para o resto da economia. A partir de 2005, a PTF passa a crescer de forma acelerada. No começo de 2010, ela estanca. Desde junho de 2011, passa a cair.
O que explica a trajetória acima? Entre 1995 e 2005, período que engloba os dois governos FHC e os três primeiros anos do governo Lula, um grande número de reformas econômicas e institucionais modernizantes foram implantadas no país. Além da estabilização de preços, promoveu-se a privatização de vários serviços públicos, criaram-se as agência reguladoras, adotou-se a Lei de Responsabilidade Fiscal, implantou-se o sistema de metas de inflação, aprovou-se a nova legislação de falências e do crédito, para citar apenas as mudanças principais. Além disso, reduziu-se o uso político das empresas e bancos estatais, e o BNDES, depois de cuidar das privatizações no governo FHC, teve um comportamento mais passivo na era Palocci. Essas mudanças aperfeiçoaram os incentivos econômicos, reduziram as distorções e melhoraram o ambiente de negócios.
Não é coincidência que, decorrido um período de maturação desse conjunto de medidas, a partir de 2005 se observe um aumento generalizado da eficiência da economia brasileira, algo antes restrito a alguns setores. É verdade que, a partir daquele ano, a economia nacional foi ajudada pelo o crescimento vertiginoso da China e uma situação internacional favorável. Mas, como em outros momentos da história do país, o crescimento da PTF explica muito do crescimento do produto observado a partir de 2005. Lula surfou a onda em prancha herdada de FHC.
A crise do subprime serviu de justificativa para a adoção de medidas que reduziram a produtividade
Mas, com a saída de Palocci em 2005, as reformas estruturais foram interrompidas e, sobretudo após a crise de 2008, muitas delas acabaram parcialmente revertidas pelo retorno do ativismo nacional-desenvolvimentista à cena econômica. O diagnóstico de que o modelo liberal havia sido desmascarado pela crise dos subprime serviu de justificativa para a adoção de um conjunto de medidas que parecia seguir um manual de como diminuir a PTF: a política industrial financiada por enormes transferências do Tesouro para o BNDES - a um custo de oportunidade estimado de R$ 15 bilhões por ano - distribui generosos subsídios a grupos específicos de empresas vencedoras escolhidas sem qualquer critério racional ou metas de desempenho; a passional exigência de conteúdo nacional em compras de empresas públicas e financiadas pelo BNDES, também sem metas de desempenho e cronogramas, desconsidera vantagens comparativas; o uso da Petrobras como instrumentos de política econômica e combate à inflação solapa-lhe a produtividade; barreiras ao comércio internacional desestimulam a competição, etc.
Não é por acaso que a eficiência da economia brasileira tenha estagnado desde o início de 2010. E, em que pese a conjuntura desfavorável internacional, não surpreende também o baixo crescimento do produto. Assiste-se à repetição de um filme sem final feliz. O acelerado crescimento dos anos 1968-1973, período conhecido como o do "Milagre Brasileiro", decorreu das reformas econômicas e institucionais implantadas entre 1965-1967 pelo Plano de Ação Econômica do Governo (Paeg) durante o governo Castello Branco. A estagnação dos anos 80, por sua vez, deve muito às distorções do II PND da era Geisel que introduziu barreiras comerciais, favorecimento de conteúdo doméstico, crédito subsidiado e direcionado, aumento da presença estatal na indústria, desmontando parcialmente as reformas do Paeg.
Diferentemente do passado, a atual situação fiscal brasileira é relativamente sólida. É improvável a volta da inflação, mas as distorções introduzidas após 2008 devem levar o país à estagnação, apesar dos juros baixos. Como se dizia no passado, "prá frente Brasil!", mas agora bem lentamente.
Pedro Cavalcanti Ferreira e Renato Fragelli Cardoso são professores do pós graduação da Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas (EPGE-FGV)
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OPERAÇÃO ''MORTE'' CARLO
A MORTE DO AGENTE QUE SABIA DEMAIS
CRIME BÁRBARO E COM SINAIS DE EXECUÇÃO |
Correio Braziliense - 18/07/2012 |
Policial federal que investigou esquema Cachoeira, participou da CPI da Pedofilia e combateu o tráfico é executado com dois tiros na cabeça quando visitava túmulo dos pais no Campo da Esperança
"Eu quero meu marido!" Em estado de choque, diante do corpo, Marian desmaiou (E). Pai de sete filhos, sindicalista, aspirante a político, Wilton Tapajós Macedo, 54 anos, era um agente experiente e participou de investigações perigosas. Teve atuação destacada em uma de suas missões mais recentes, a Operação Monte Carlo, que levou à prisão o bicheiro Carlinhos Cachoeira, executivos e até colegas da própria PF. Sua carreira foi interrompida a tiros, no cemitério, a menos de 2km do Núcleo de Inteligência da Superintendência da Polícia Federal, onde trabalhava. Fontes ouvidas pelo Correio acreditam em execução — e não em assalto, já que não foram levadas nem a carteira nem a arma da vítima. Até a noite de ontem, a polícia não sabia se mais de uma pessoa havia participado do crime.
Policial federal de 54 anos é morto com dois tiros, um deles na nuca, diante do túmulo dos pais, no Cemitério Campo da Esperança. A vítima atuava na investigação da Operação Monte Carlo, responsável pela apuração de esquema de contravenção em Goiás
O policial federal Wilton Tapajós Macedo, 54 anos, estava ajoelhado em frente ao jazigo dos pais, no Cemitério Campo da Esperança, no fim da Asa Sul, quando foi assassinado com dois tiros, um na altura de um dos ouvidos e outro na nuca. O crime ocorreu por volta das 15h de ontem. Tapajós, como era conhecido, morreu a menos de 2km do Núcleo de Inteligência da Superintendência da Polícia Federal, onde trabalhava.
O agente participou de linhas de investigações perigosas, como a Operação Monte Carlo e a CPI da Pedofilia, além de proteção de testemunhas e de repressão a entorpecentes. As polícias Civil e Federal apuram o crime. Pelo perfil da vítima e as características do crime, fontes ouvidas pelo Correio acreditam na hipótese de execução, com indícios de ação de grupo de extermínio. Até a noite de ontem, não estava esclarecido quantas pessoas participaram do crime. Ninguém havia sido preso. Tapajós chegou ao cemitério em um Gol branco, registrado no nome do filho, Renato Alves Tapajós. O policial levava flores ao túmulo de familiares na Quadra 606, Sepultura 108, Setor C, como fazia todas as semanas. O assassino teria aproveitado o momento para disparar contra o agente. O local é ermo, distante das capelas, mas coveiros e jardineiros que trabalhavam nas proximidades ouviram os tiros e chamaram a polícia às 15h15.
O bandido escapou com o carro da vítima, estacionado bem perto de onde o investigador federal acabou morto (leia arte). A PM foi a primeira força de segurança a chegar ao local, que reunia curiosos e funcionários do cemitério. Os militares encontraram Tapajós caído ao lado do jazigo.
Segundo uma análise preliminar, os tiros podem ter sido efetuados de cima para baixo, disparados por alguém que chegou bem perto de Tapajós.
Ele ainda portava na cintura a arma da Polícia Federal, uma pistola calibre .9mm, o que pode indicar que a vítima foi surpreendida e não teve tempo de se defender. Exceto o carro, o autor dos tiros nada roubou da vítima. Os policiais encontraram a carteira dele com R$ 135, cartões de crédito e a identificação de agente da PF. Nem o documento do veículo foi levado.
Em pouco tempo, o local do crime estava isolado e passou por perícia das polícias Civil e Federal. Além disso, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) se mobilizou para tentar encontrar o veículo, o que não aconteceu até o fechamento desta edição. No fim da tarde, familiares e amigos de Tapajós começaram a chegar ao Campo da Esperança. A mulher dele, identificada apenas como Marian, passou mal e precisou ser atendida pelo Corpo de Bombeiros. O Instituto de Medicina Legal (IML) retirou o corpo às 17h50. Até a noite, as cápsulas dos projéteis que atingiram Tapajós não haviam sido localizadas.
Os trabalhos da perícia tiveram de ser interrompidos por volta das 20h devido à baixa luminosidade. O local do assassinato continuou preservado e com acesso restrito durante toda a noite. Os peritos retornam ao local nas primeiras horas de hoje.
Filmagens
As principais testemunhas do caso — coveiros e jardineiros — deram os primeiros relatos dos acontecimentos aos investigadores ainda no cemitério. O depoimento formal será colhido na 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul). A Polícia Civil, por meio de nota, limitou-se a informar "que mais informações serão prestadas somente no momento oportuno". Enquanto isso, a Polícia Federal anunciou que vai requisitar as imagens das câmeras de segurança do Campo da Esperança para tentar identificar a quantidade de pessoas que participaram do assassinato. Fonte ouvida pelo Correio revelou que parte do vídeo mostra um veículo escuro entrando no cemitério próximo ao Gol da vítima.
Ao todo, o local com 1,2 milhão de metros quadrados conta com oito equipamentos de monitoramento. Todos funcionavam no momento dos disparos. As gravações podem elucidar como o autor do crime chegou ao local, se estava a pé ou em um carro. O cemitério tem quatro entradas: uma para veículos e pedestres e três só para pessoas a pé. Há uma câmera na passagem de carros, mas ainda não é possível dizer se as entradas de pedestres estavam no foco das câmeras laterais.
Segundo a assessoria de Comunicação do Campo da Esperança, os frequentadores não são submetidos a qualquer tipo de revista porque o local é uma concessão de área pública. Toda o perímetro do cemitério é vigiado por 16 seguranças armados, divididos em grupos de quatro homens, que trabalham por escalas. A empresa informou que não há assassinatos no local desde que assumiu a concessão do serviço, em 2002.
Participaram da cobertura: Ariadne Sakkis, Josie Jerônimo, Kelly Almeida, Lilian Tahan, Manoela Alcântara, Roberta Abreu, Saulo Araújo, Thaís Paranhos, Thalita Lins
A vítima
Wilton Tapajós Macedo
» 54 anos
» Nasceu em Manaus (AM) » Era policial federal havia 24 anos » Estava casado pela terceira vez » Tinha sete filhos » Morava no Guará » Lançou-se candidato a deputado distrital nas últimas eleições pelo PTdoB » Atuou como dirigente no Sindicato dos Policiais Federais no DF (Sindipol-DF) |
(...) A PROPÓSITO ! [By the way...]
FILHO DE PAULINHO DA FORÇA DÁ EXPEDIENTE INFORMAL EM SP
FILHO DE PAULINHO DA FORÇA OPERA CENTRAL INFORMAL DENTRO DE SECRETARIA DE ALCKMIN |
Autor(es): JULIA DUAILIBI |
O Estado de S. Paulo - 18/07/2012 |
Aparelhamento. Com mesa e secretária na pasta do Trabalho, Alexandre Pereira da Silva coordena na prática projeto que dá benefícios à população do Estado; ele aparece em e-mails e materiais internos, mas não está oficialmente ligado ao posto que exerce
Alexandre Pereira da Silva, filho do candidato do PDT à Prefeitura de São Paulo, o deputado Paulo Pereira da Silva, conhecido como Paulinho da Força Sindical, comanda um escritório paralelo na Secretaria de Estado de Emprego e Relações do Trabalho, controlada por pedetistas, onde recebe prefeitos, decide sobre aplicação de recursos e toma decisões institucionais sem que tenha sido nomeado oficialmente para exercer a função.
Chefe informal da Coordenadoria de Operações desde março, quando o sindicalista Carlos Ortiz assumiu a secretaria por indicação de Paulinho, Alexandre, de 32 anos, é responsável por uma rede de 243 Postos de Atendimento ao Trabalhador, os PATs. Criados em parcerias com as prefeituras, esses postos são importantes vitrines eleitorais no interior. Oferecem serviços como habilitação ao seguro-desemprego, emissão de carteira de trabalho e qualificação profissional. Os PATs movimentaram cerca de R$ 10 milhões em 2011.
No papel, quem aparece como coordenador de Operações da pasta é Marcos Akamine Wolff, um funcionário de carreira sem ligações com o PDT. Questionado sobre a atuação de Alexandre, Marcos disse que "ele é um assessor do secretário" e que "presta assessoria à sua coordenadoria".
A secretaria negou ontem que Alexandre exerça o cargo na prática. Disse que ele é contratado da Fundação para o Desenvolvimento das Artes e da Comunicação (Fundac), com quem a pasta tem acordo para "prestar serviços de assistência técnica à coordenação de políticas de emprego e renda" (leia mais no texto abaixo).
Estrutura de chefe. O filho de Paulinho da Força, no entanto, tem um gabinete no segundo andar da secretaria, em prédio no centro da capital, e até secretária. O Estado ligou para a pasta e pediu para falar com o coordenador de Operações. A secretária afirmou que era Alexandre quem respondia pelo cargo.
A página da secretaria chegou a divulgar notícia em que Alexandre recebia, como o coordenador de Operações, um prefeito do interior a fim de "discutir ações realizadas no município".
No dia 27 de junho deste ano, às 16h07, a secretária de Alexandre, funcionária do governo, mandou um e-mail para colegas de trabalho no qual dizia: "Prezados Senhores, em nome do coordenador de Operações, sr. Alexandre, solicito que encaminhem até o dia 4 de julho de 2012 relatórios atualizados sobre o andamento dos seus PATs".
O PDT passou a controlar a Secretaria de Emprego após acordo costurado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) no qual Paulinho se comprometeu a apoiar sua reeleição em 2014. A nomeação faz parte da estratégia do PSDB de se aproximar do movimento sindical, historicamente ligado aos petistas. Alexandre, integrante do diretório estadual do PDT, que é presidido por seu pai, não é o único integrante do partido que passou a ocupar postos na hierarquia da pasta após a indicação de Ortiz.
O chefe de gabinete da secretaria, o advogado Cristiano Vilela de Pinho, é secretário de Assuntos Jurídicos da legenda.
Luciano Martins Lourenço, ex-assessor de Paulinho e também integrante dos quadros pedetistas no Estado, foi nomeado coordenador de Políticas de Inserção no Mercado de Trabalho.
Na ponta. Ortiz também nomeou integrantes do PDT para os Centros Regionais da secretaria, espalhados pelo interior. Levantamento feito pelo Estado mostra que, de 21 deles, em pelo menos 8 há relação com o PDT. É o caso de São José do Rio Preto, onde foi nomeado diretor Fabio Amaro da Silva, integrante do diretório municipal do PDT. Walkyria Andrades, mulher do presidente do PDT de Itapetininga, foi indicada para o centro de Sorocaba; Marcio Bento Villalva, secretário de Finanças do PDT paulistano, agora é diretor em Ribeirão Preto, e Paulo Alexandre Lopes, diretor do centro de Presidente Prudente, é líder do PDT no município.
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OS FILHOS ÍMPROBOS
Onda de greves preocupa Planalto
Greves preocupam Planalto |
Autor(es): agência o globo:Eliane Oliveira, Geralda Doca e |
O Globo - 18/07/2012 |
Para governo, ceder às demandas dos 135 mil servidores parados pode comprometer PIB
A onda de greves de servidores públicos tornou-se a principal preocupação da área econômica. Ceder às pressões, na visão de um interlocutor graduado do governo, colocará em risco o propósito da presidente Dilma Rousseff de crescer acima de 2% em 2012. Um aumento generalizado dos salários do funcionalismo tiraria espaço para novos investimentos e desonerações de tributos. A Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2013, aprovada ontem, não prevê reajuste para os servidores federais. Nos bastidores, o Palácio do Planalto só admite reajustes pontuais no ano que vem para a área militar e para funcionários civis de nível médio.
Para resumir a situação, um interlocutor da presidente repetiu a frase dita por Dilma em um discurso recente: "Não se deve, neste momento, brincar à beira do abismo".
Líderes das diversas categorias que aderiram à paralisação - em órgãos como IBGE, agências reguladoras, hospitais, universidades e ministérios - estimam que há mais de 135 mil servidores em greve, dos quais 105 mil são professores. Se todas as reivindicações dos servidores dos três poderes fossem atendidas, teriam de sair dos cofres públicos cerca de R$ 92 bilhões, segundo técnicos, dos quais R$ 60 bilhões atenderiam ao Executivo.
Petrobras faz contraproposta
Com receio de que a onda de greves chegue a suas unidades, a Petrobras, que já apresenta dificuldades em cumprir suas metas de produção, se antecipou e mostrou ontem aos representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e demais dirigentes sindicais nova proposta de pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2011. A companhia ofereceu aumento de 4,6%, que representa R$ 760. Além disso, ofereceu abono de 12% nos salários, ou R$ 1.296, o que for maior, antecipando-se às negociações salariais da categoria, com data-base de setembro. Os dirigentes sindicais avaliam hoje a proposta e a encaminham para a aprovação em assembleias.
Para o professor e pesquisador do Departamento de Administração da Universidade de Brasília José Matias-Pereira, esse movimento era previsível, pois o governo anterior deu concessões aos servidores que o atual não tem como honrar:
- Do ponto de vista das contas públicas, é uma situação bastante preocupante. Todos os institutos preveem baixo crescimento. Talvez caminhemos para um aumento de 1,5% do PIB.
O secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, disse que o governo Lula encontrou vários segmentos do funcionalismo com remuneração defasada, incluindo aposentados.
- O governo tem a tranquilidade de ter feito a lição de casa, valorizando as carreiras - afirmou.
No governo, a avaliação é que, em ano de eleições municipais, o movimento grevista ganha caráter extremamente político.
O Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindsep-DF) relatou que há 500 funcionários de 13 órgãos públicos paralisados há cerca de um mês, e outros dois ministérios deverão engrossar a lista (Cultura e Esporte). Hoje, será realizado um grande ato, em frente ao Ministério do Planejamento, informou o diretor da entidade, Carlos Henrique Ferreira.
O novo presidente da CUT, Vagner Freitas, pediu ajuda da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para destravar as negociações emperradas no Planejamento. A CUT quer ser recebida pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
Para o diretor do Sindicato dos Servidores das Agências Reguladoras (Sinagências), Ricardo Holanda, 60% do quadro, ou pouco mais de quatro mil funcionários, já pararam em todo o país. Até a Força Sindical decidiu apoiar a paralisação dos servidores públicos. Segundo o presidente da Força, Paulo Pereira da Silva (o Paulinho), o governo se comprometeu em dezembro a negociar com a categoria em fevereiro para facilitar a votação do orçamento, mas não cumpriu o combinado.
No grupo Eletrobras, a greve está em seu segundo dia e manteve alto nível de adesão: 90%, segundo o presidente da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), Frankilim Moreira. A empresa diz que entre 75% e 90% aderiram. Tanto a Eletrobras como a FNU afirmam que a paralisação não prejudica o fornecimento de energia. Os funcionários do setor elétrico pedem aumento real de 5%. A Eletrobras ofereceu só a reposição da inflação.
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS
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Em contraste com a tendência de queda no número de óbitos por causas naturais na infância e adolescência, a violência — homicídios, acidentes ou suicídios — passou a responder sozinha por 26% de todas as mortes registradas na faixa etária de zero a 19 anos no país em 2010. Em 1980, esta proporção era de apenas 7%. Os números constam do estudo “Mapa da Violência — Crianças e Adolescentes do Brasil”, divulgado pelo pesquisador Julio Jacobo Waiselfisz, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso). Dentre o grupo de mortes violentas, o tipo que registrou maior aumento neste segmento populacional foram os homicídios. Em 1980, em cada 100 mil crianças e jovens, 3,1 morreram assassinados. Trinta anos depois, a taxa saltou para 13,8. O maior crescimento, no entanto, não aconteceu na década passada, mas, sim, entre 1980 e 2000. (Págs. 1 e 3)
No momento em que 135 mil servidores federais estão de braços cruzados, incluindo professores, funcionários de agências reguladoras, da Eletrobras, do IBGE e de diversos ministérios, o governo teme prejuízos para o PIB deste ano. Aumentos generalizados poderiam comprometer o esforço do governo de dar incentivos fiscais que estimulem a economia. A Petrobras se antecipou e propôs abono de 12% e aumento na participação de lucros. (Págs. 1 e 19)
As Olimpíadas de Londres só começam no dia 27, mas já têm o seu primeiro fiasco. A multinacional G4S, contratada para cuidar da segurança de atletas por R$ 886 milhões, reconheceu ontem no Parlamento britânico que fracassou e que está desistindo de disputar a concorrência para a Copa de 2014 e para os Jogos de 2016, no Rio. Além disso, o Comitê Organizador admitiu o encalhe de 1,2 milhão de ingressos, sendo 500 mil para a competição de futebol. A seleção brasileira de futebol chegou ontem. O técnico Mano Menezes, preocupado com as negociações de jogadores, como as de Oscar e Ganso, pediu que todos resolvam seus problemas até a estreia, no dia 26. (Págs. 1 e Caderno Esportes)
A Prefeitura de São Paulo constatou irregularidades em 28 dos 47 shoppings da cidade. Oito têm menos vagas em estacionamentos que o exigido, dez construíram sem autorização e 14 não têm a documentação necessária para funcionar.
Alguns empreendimentos têm mais de um problema. (Págs. 1 e Cotidiano C1)
O HSBC Brasil é citado por sugerir manobra para evitar o controle de operação com países “patrocinadores do terrorismo”. O banco não se pronunciou. (Págs. 1 Mundo A12)
A sigla do ex-prefeito Paulo Maluf foi, desde o dia 1º de junho, a segunda mais beneficiada pelo governo federal no atendimento de emendas. Perdeu apenas para o PMDB. (Págs 1 e Poder A4)
Em 1980, os assassinatos representavam 11% das mortes de jovens até 19 anos. Em 2010, o percentual subiu para 43%. Para Julio Waiselfisz, coordenador do estudo, os homicídios de jovens são o “calcanhar de aquiles” do governo. Alagoas, Espírito Santo e Bahia tiveram as maiores altas. (Págs. 1 e Cotidiano C5)
Alexandre Pereira da Silva, filho de Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, candidato do PDT à Prefeitura de São Paulo, comanda um escritório paralelo na Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho do governo do Estado, informa a repórter Julia Duailibi. Sem ter sido nomeado oficialmente, ele é desde março chefe informal da Coordenadoria de Operações. Nessa condição, recebe prefeitos, decide sobre aplicação de recursos e toma decisões institucionais referentes à pasta e coordena 243 Postos de Atendimento ao Trabalhador no Estado, criados em parceria com os municípios. Alexandre não poderia exercer cargo de comissão na pasta, já que seu cunhado, Cristiano Vilela de Pinho, genro de Paulinho, é chefe de gabinete da secretaria. Oficialmente, o cargo de Coordenador de Operações é do funcionário concursado Marcus Akamine Wolff. (Págs. 1 e Nacional A4)
Terceirizado
O governo do Estado informa que Alexandre é funcionário da Fundac, fundação que tem contrato de fiscalização com a Secretaria do Trabalho. (Págs. 1 e Nacional A4)
Fotolegenda: Documento
Mensagem em papel timbrado do Governo do Estado, com data de 27 de junho, faz convocação em nome de Alexandre Pereira da Silva.
David Steenson
Advogado de Paulo Maluf
“Não existem evidências documentais”
Mitt Romney, o personal trainer capaz de pôr na linha empresas gorduchas, não consegue traduzir suas virtudes em votos. (Págs. 1 e Visão Global A14)
A política para enfrentar a paradeira concentra-se no estímulo ao consumo e à indústria de bens finais, não às de base ou de matérias-primas. (Págs. 1 e Economia B2)
São Paulo dividirá as atenções nas eleições com Belo Horizonte e Recife, onde as disputas municipais têm fortes conexões nacionais. (Págs. 1 e Nacional A8)
O governo gastou mais, mas pouco cuidou da expansão e da modernização da capacidade produtiva. (Págs. 1 e A3)
“Eu quero meu marido!" Em estado de choque, diante do corpo, Marian desmaiou (E). Pai de sete filhos, sindicalista, aspirante a político, Wilton Tapajós Macedo, 54 anos, era um agente experiente e participou de investigações perigosas. Teve atuação destacada em uma de suas missões mais recentes, a Operação Monte Carlo, que levou à prisão o bicheiro Carlinhos Cachoeira, executivos e até colegas da própria PF. Sua carreira foi interrompida a tiros, no cemitério, a menos de 2km do Núcleo de Inteligência da Superintendência da Polícia Federal, onde trabalhava. Fontes ouvidas pelo Correio acreditam em execução — e não em assalto, já que não foram levadas nem a carteira nem a arma da vítima. Até a noite de ontem, a polícia não sabia se mais de uma pessoa havia participado do crime. (Págs. 1 e 21 a 23)
Esses setores aproveitaram-se do fato de serem as primeiras MPs de grande repercussão econômica cujos relatórios são resultados de comissões mistas de deputados e senadores, o que amplia a pressão dos lobbies. Antes, todo poder se concentrava nas mãos do relator, que modificava a MP a seu critério. Agora, o relator precisa submetê-lo à comissão e às pressões, sob pena de seu relatório não ser aprovado. (Págs. 1 e A8)
Segundo pesquisa feita pelo Instituto Fractal de Pesquisa de Mercado, que há 25 anos elabora estudos sobre o mercado financeiro, houve uma redução no nível de certeza dos clientes de "private banking" acerca da competência das instituições financeiras na orientação de investimentos, com aumento da procura por gestores independentes, entre outros. Além disso, os escritórios de advocacia alcançaram um inusitado prestígio na administração de fortunas.
(Págs. 1 e D1)
A construção dos BRTs, inspirados no modelo adotado por Curitiba nos anos 70, movimenta a indústria de carrocerias de ônibus e chama a atenção de empreiteiras. Além dos investimentos em obras, há desembolsos previstos de até R$ 8 bilhões em equipamentos. (Págs. 1 e A12)
Investidores, banqueiros e economistas têm muitas dificuldades para interpretar os números da Agência Nacional de Estatísticas da China. Se forem combinados os PIBs regionais anunciados oficialmente para o ano passado, o total vai superar o PIB nacional em 10%, afirmou em fevereiro Ma Jiantang, presidente da agência. Ele explicou que isso se deve em parte à dupla contagem de atividades industriais. (Págs. 1 e A9)
A presidente Dilma Rousseff estica a corda da intransigência até onde der, antes de ceder às aspirações parlamentares. (Págs. 1 e A6)
Pedro Ferreira e Renato Fragelli
Após crise de 2008, Brasil executa conjunto de medidas que parece um manual de como diminuir a produtividade. (Págs. 1 e A11)