PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quarta-feira, junho 23, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] IMPRENSA... ORA ''JABULANIS''!!! (Ora bolas!!!)

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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BRASIL/IBGE [iN:] POF. PESQUISA DE ORÇAMENTOS FAMILIARES 2008/2009

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POF 2008/09 mostra desigualdades e transformações no orçamento das famílias brasileiras

A família brasileira gasta, em média, R$ 2.626,31 por mês, e as do Sudeste gastam mais (R$ 3.135,80), quase o dobro das famílias do Nordeste (R$ 1.700,26) que têm a menor despesa. Desigualdade semelhante é encontrada entre a despesa média nas áreas urbana (R$ 2.853,13) e rural (R$1.397,29). Já o rendimento médio mensal do País alcançou R$ 2.763,47, a as desigualdades regionais permanecem: o menor rendimento (Nordeste, R$ 1.764,62) é quase a metade do mais alto (Sudeste, R$ 3.348,44).

Essas são algumas informações da primeira divulgação da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008/09, que visitou cerca de 60 mil domicílios urbanos e rurais, entre maio de 2008 e maio de 2009. Há dados sobre despesas, rendimentos (monetários ou não) e variação patrimonial, além da avaliação das famílias sobre as próprias condições de vida. São detalhados, ainda, os gastos com Habitação, Alimentação, Transporte, Saúde, Educação, Impostos, Contribuições trabalhistas, Pagamento de dívidas etc., segundo diferentes faixas de rendimento das famílias. Há comparações com a POF 2002/03 e o Estudo Nacional da Despesa Familiar (ENDEF) 1974/75

O peso dos principais grupos de consumo nas despesas familiares mudou bastante desde os anos de 1970.

A Alimentação, por exemplo, teve queda acentuada entre o ENDEF 1974/75 (33,9%) e a POF 2002/03 (20,8%), mantendo a redução até 2008/09 (19,8%). Na área rural, as participações da Alimentação tambémforam se reduzindo, respectivamente, de 53,2% para 34,1% e, depois, para 27,6%. Nos mesmos períodos, o peso da Habitação cresceu de 30,4% para 35,5% e, depois, para 35,9%. Sua evolução rural foi mais significativa: de 17,8% (ENDEF 1974/75) para 28,7% (POF 2002/03) e 30,6% (POF 2008/09).

Em seis anos, a participação urbana da alimentação fora do domicílio nos gastos com alimentação subiu de um quarto (25,7%) para um terço (33,1%), e a rural subiu de 13,1% para 17,5%.

No Brasil, a despesa média per capita dos 10% das famílias com os maiores rendimentos (R$ 2.844,56) era 9,6 vezes a dos 40 % com menores rendimentos (R$ 296,35). Essa disparidade constatada pela POF 2008/09 está menor que seis anos antes, quando era de 10,1 vezes. Ainda em relação a essas duas classes de rendimentos, a região mais desigual foi a Nordeste (11,3 vezes), e a menos desigual a Sul (6,9 vezes).

A pesquisa também constatou uma melhoria na relação entre as despesas e o rendimento das famílias. Em 2002/03, os 85,3% das famílias com os menores rendimentos tinham, em média, despesas superiores ao que recebiam mensalmente. Já em 2008/09, eram os 68,4% com os menores rendimentos que estavam nessa situação.

Era de quase 207% a diferença entre a despesa média mensal de famílias em que a pessoa de referência possuía menos de um ano de estudo, para aquelas com a pessoa de referência tendo 11 anos ou mais de estudo. Mas houve expressiva redução dessa disparidade: na POF 2002/03 ela era cerca de 400%.

A despesa de famílias com a pessoa de referência de cor branca estava 89% acima das despesas das famílias com pessoa de referência de cor preta, e 79% acima daquelas com pessoa de referência de cor parda. Nesses casos, em seis anos houve movimentos opostos: em relação à POF 2002/03, essas diferenças eram de 82% e de 84%, respectivamente.

Pela segunda vez, a POF investigou a percepção subjetiva da população sobre alguns aspectos da sua qualidade de vida. Em 2008/09, cerca de 75,2% das famílias declararam algum grau de dificuldade para chegar ao final do mês com o rendimento que recebiam. Em 2002-2003 esse percentual foi de 85,0%.

Mesmo na percepção subjetiva há desigualdades segundo as classes de rendimento: na classe com rendimentos até R$ 830, cerca de 88% indicaram algum grau de dificuldade; na classe com rendimento acima de R$10.375, somente 28% informaram ter algum grau de dificuldade. A seguir, as principais informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008/09.

Família brasileira gasta, em média, R$ 2.626,31 por mês

Segundo a POF 2008/ 2009, a família brasileira gastava, em média, R$ 2.626,31 por mês. As do Sudeste são as que gastam mais (R$ 3.135,80), perto do dobro do valor médio dos gastos mensais do Nordeste, onde as famílias gastam menos (R$ 1.700,00).

No Sul e no Sudeste, as famílias de menor rendimento mensal (até R$ 830) gastam em média mais do que recebem (R$ 929,75 e R$ 831,67, respectivamente).

Entre as unidades da federação, o Distrito Federal tinha a maior despesa média total, R$ 3.963,99, cerca de 50,9% acima da média nacional (R$ 2.626,31). Em seguida, vinham Santa Catarina (R$ 3.509,58) e Rio de Janeiro (R$ 3.386,78). Alagoas (R$ 1.223,94), Ceará (R$ 1.431,96) e Maranhão (R$ 1.466,96) tinham as menores despesas.

Além das desigualdades regionais, há também uma grande diferença entre a despesa média mensal familiar nas áreas urbanas (R$ 2.303,56 e 8,6% maior que a média), e a das rurais (R$ 1.220,14 e 46,8% inferior à média).

Em seis anos, melhora a relação entre despesas e rendimentos das famílias

A pesquisa também constatou uma melhoria na relação entre as despesas e o rendimento das famílias. Em 2002/03, os 85,3% das famílias com os menores rendimentos tinham, em média, despesas superiores ao que recebiam mensalmente. Já em 2008/09, eram os 68,4% com os menores rendimentos estavam nessa situação (tabela abaixo).

A tabela acima mostra as despesas e os rendimentos totais segundo vários grupos de rendimento, além da distribuição acumulada das famílias entre esses grupos. Até o grupo com rendimentos entre R$ 1.245 e R$ 2.490, as despesas médias totais superavam os rendimentos médios. Nos grupos seguintes, ocorria o inverso.

Gastos cotidianos são 92,1% das despesas; aumento de patrimônio, 5,8%

Em 2008/ 2009, as despesas correntes, que são os gastos cotidianos das famílias, representavam 92,1% da despesa total média mensal, ou o equivalente a R$ 2.419,77. A maior parte desse valor se referia às despesas de consumo - com alimentação, moradia, educação, transportes, entre outros -, que somavam em média R$ 2.134,77 (81,3% da despesa total). As outras despesas correntes (impostos, contribuições trabalhistas, pensões, mesadas, doações etc.) consumiam em média, por mês, R$ 285 (10,9% do total).

Com o aumento de ativos (compra de imóveis, construção e melhoramento de imóveis próprios e outros investimentos como títulos de capitalização, títulos de clube, aquisição de terrenos para jazigo, ou seja, o aumento do patrimônio familiar), as famílias gastavam em média, por mês, R$ 152,09 (ou 5,8% da despesa total). O valor gasto com diminuição do passivo (pagamento de dívidas) ficava numa média mensal de R$ 54,45 (2,1% do total).

O Sul tinha a maior participação do aumento de ativos no orçamento das famílias (8,3% frente à média de 5,8%).

Nas áreas rurais, trocas, pagamentos em bens e benefícios da casa própria são 20,8% do total das despesas

No que diz respeito à divisão das despesas em monetárias e não monetárias1 (84,8% e 15,2% do total na média do país), há uma diferença significativa na comparação urbano/ rural. Na área urbana, a despesa não monetária tinha participação média de 14,7%, enquanto na área rural representava 20,8% do total dos gastos familiares mensais.

A tabela abaixo resume as principais informações sobre a composição das despesas familiares.

Em 34 anos, percentual gasto com aumento de patrimônio cai a menos da metade

Entre 2002/03 e 2008/09, a POF mostra mudanças nas participações dos grandes grupos no total das despesas (tabela abaixo), assim como algumas reversões de comportamento. Em relação ao Endef 1974/ 1975 (Estudo Nacional da Despesa Familiar) as alterações muito expressivas também estão relacionadas ao longo intervalo de tempo decorrido (mais de 30 anos) e às muitas mudanças de hábitos das famílias no período.

Para o grande grupo das despesas correntes, entre 2002/03 e 2008/09 verifica-se redução de participação na estrutura de despesa total, de 93,3% para 92,1%. Em relação ao Endef, quando a participação era de 79,9%, deu-se o inverso: aumento de 12,2 pontos percentuais. Movimento parecido ocorreu com as despesas de consumo - 81,3% do total de gastos em 2008/09; 82,4% em 2002/03; e 74,6% em 1974/75. Para as outras despesas correntes (10,9%), entre as duas POFs houve estabilidade, e forte crescimento em relação a 1974/75 (5,3%).

O aumento do ativo tinha participação de 5,8% em 2008/09 e reverteu movimento anterior, crescendo em relação a 2002/03 (4,7%). Em relação ao Endef (16,5%), foi o grupo com a maior queda entre as despesas das famílias. Já a diminuição do passivo mostrou-se estável em relação a 2008/09 (2,1%) e 2002/03 (2,0%), mas reduziu-se em relação ao Endef (3,6%), houve redução em torno de 42%. Nos recortes urbano e rural, a situação se repete.

Consumo representa 81,3% das despesas das famílias

As despesas de consumo são o mais importante componente das despesas das famílias e representam 81,3% do total (ou R$ 2 134,77) nacional. O valor médio das despesas de consumo na área rural (R$ 1.220,14) correspondeu a 57,2% da média nacional e a 53% da urbana (R$ 2.303,56).

As despesas de alimentação, habitação e transporte corresponderam a 75,3% da despesa de consumo média mensal das famílias brasileiras, ou a 61,3% da despesa total. Na Alimentação (19,8%) a proporção rural (27,6%) superou a urbana (19%). Na Habitação (35,9%) deu-se o inverso: urbana (36,4%) e rural (30,6%).

Na tabela abaixo, comparações entre as despesas das famílias das classes de rendimentos de até R$ 830,00 e de R$ 10.375,00. Destacam-se as despesas com Assistência à Saúde: para classe até R$ 830,00, os remédios pesam 4,2%, ou 76,4% do dispêndio com saúde, contra 1,9% na classe oposta. Já a participação de plano/seguro de saúde foi de 2,4% na classe com os maiores rendimentos, contra 0,3% na classe oposta.

Em seis anos, as despesas médias com Alimentação e Transportes se igualaram

As participações dos grupos de consumo (inclusive urbano e rural) tiveram alterações expressivas na série histórica. A Alimentação, por exemplo, teve queda acentuada entre o ENDEF (33,9%) e a POF 2002/03 (20,8%) e prosseguiu em redução até 2008/09 (19,8%). A Habitação teve crescimentos significativos entre o ENDEF (30,4%) e a POF 2002/03 (35,5%), mantendo o aumento até 2008/09 (35,9%), sendo que evolução rural foi mais significativa, desde o ENDEF (17,8%) às POF 2002/03 (28,66%) e 2008/09 (30,6%).

Cresce a participação da alimentação fora de casa no orçamento das famílias

A POF 2008/09 revelou que as famílias estão gastando bem mais com alimentação fora de casa do que gastavam em 2002/03. O percentual das despesas com alimentação fora de casa, no total das despesas das famílias, cresceu de 24,1% para 31,1%, nesse período, ou seja, já representa quase um terço dos gastos com alimentos. Na área urbana, passou de 25,7% para 33,1%, e na área rural de 13,1% para 17,5%. Em reais, a despesa com alimentação na área urbana em 2008-2009 foi 145,5% maior que o da área rural.

A análise regional aponta que o maior percentual com alimentação fora do domicílio ocorreu na Região Sudeste (37,2%), enquanto os menores percentuais ocorreram nas Regiões Norte (21,4%) e Nordeste (23,5%).

Em valores, a despesa média mensal familiar com alimentação foi de R$ 421,72, sendo R$ R$ 290,39 gastos com alimentação no domicílio e R$ 131,33, na alimentação fora do domicílio. Nas famílias com rendimentos mais altos (acima de R$ 10.375,00), a proporção da despesa com alimentação fora do domicílio (49,3%) é praticamente igual à despesa com alimentação no domicílio (50,7%).

Famílias com maiores rendimentos gastam quase dez vezes mais que as famílias com renda menor

No Brasil, os 40 % de famílias com menores rendimentos possuíam despesa total per capita de R$ 296,35, e os 10% com maiores rendimentos, de R$ 2 844,56. No País a distância média da despesa per capita desses dois grupos foi de 9,6 vezes. Na área rural, a disparidade foi de 10,3 vezes. Em 2002-2003, a disparidade no País era de 10,1 vezes e, portanto, reduziu-se em 0,5 pp.

Entre as regiões, a maior despesa média familiar per capita, tanto entre os 40% com menores rendimentos quanto entre os 10% com maiores rendimentos foi do Sul (R$ 406,00 e R$2.799,00, respectivamente) e a menor, no grupo com menores rendimentos, do Nordeste (R$233,00). Ainda no grupo com menores rendimentos, a despesa per capita do Sul era 74% maior que a do Nordeste.

Entre as famílias com maiores rendimentos, o Norte tinha a menor despesa média per capita (R$2.094,00) e o Sul, a maior (R$2.799,00). Nesse grupo, a despesa per capita do Sul era 33% maior que a do Norte.

A região mais desigual foi a Nordeste (distância de 11,3 vezes entre despesas médias per capita das duas classes de rendimento), enquanto a menos desigual foi a Sul (6,9 vezes). Entre as POF 2002/03 e 2008/09, essa desigualdade reduziu-se no Sul, Centro-Oeste e Nordeste, e ficou quase estável nas demais regiões.

Escolaridade também altera o padrão de consumo das famílias

Quanto mais anos de estudo tinha a pessoa de referência da família, maiores eram as despesas médias mensais. Para famílias em que a pessoa de referência possuía menos de um ano de estudo, a despesa média mensal foi de R$ 1.403,42. Nas famílias com pessoa de referência com 11 anos ou mais de estudo, esse total foi quase 207% maior (R$ 4 314,92). Em relação à POF 2002/03 houve expressiva redução dessa diferença, que era cerca de 400%.

A existência de pessoas com nível superior completo ou incompleto no interior da família, mesmo não sendo a pessoa de referência, produzia efeitos semelhantes: nas famílias em que não havia pessoa com nível superior completo ou incompleto, a despesa total média mensal era de R$ 1.659,99. Já naquelas com uma pessoa com nível superior completo ou incompleto, a despesa subia para R$ 4.296,05 (mais 160%); e nas famílias com mais de uma pessoa, subia para R$ 8.117,27 (390% maior que o primeiro extrato). Embora persistam, essas acentuadas diferenças estão menores, em relação a 2002/03 (190% e 430% respectivamente).

Na análise por cor ou raça, a diferença entre as despesas das famílias também era grande

A despesa de famílias com a pessoa de referência de cor branca estava 28% acima da média nacional, e 89% acima das despesas das famílias com a pessoa de referência de cor preta, além de 79% acima das famílias com pessoa de referência de cor parda. Em relação à POF 2002/03, as diferenças percentuais entre famílias com pessoa de referência branca e preta cresceram (de 82% para 89%). Já a diferença entre famílias com pessoa de referência branca e parda teve redução (de 84% para 79%).

As famílias com pessoas de referência do sexo masculino tinham despesa média mensal (R$ 2.800,16) em torno de 7% acima da média nacional (R$ 2.626,31) enquanto a despesa média das famílias com pessoa de referência do sexo feminino (R$ 2 237,14) era 15% menor. A diferença entre os dois estratos aumentou: era de 15% na POF 2002-2003 e foi para 20% na POF 2008-2009.

Famílias com altos rendimentos gastam com alimentos três vezes mais que a média nacional

As despesas com alimentação representam 16,1 % da despesa total e 19,8% das despesas de consumo das famílias brasileiras. Os resultados da POF 2008/09 para o grupo alimentação no domicílio confirmaram as desigualdades no perfil de consumo das famílias. O valor em reais dos gastos com alimentação das famílias com maiores rendimentos (R$ 1.198,14) é quase o triplo da média nacional e quase seis vezes o das famílias com menores rendimentos (R$ 207,15).

Famílias de todas as regiões gastam mais com carnes, vísceras e pescados

O grupo de alimentos carnes, vísceras e pescados lidera os gastos com alimentação, tanto na média do País (21,9%) quanto nas áreas urbana (21,3%) e rural (25,2%). A seguir, na área urbana, vêm Leites e derivados (11,9%), Panificados (11,0%) e Bebidas e infusões (10,0%). Na área rural, vêm Cereais, leguminosas e oleaginosas (13,1%), Leites e derivados (8,7%) e Aves e ovos (8,5%).

Entre 2002/03 e 2008/09, o percentual de gastos das famílias com carnes, vísceras e pescados cresceu de 18,3% para 21,9%, no total de gastos com alimentação no domicílio, enquanto o de leite e derivados caiu de 11,9% para 11,5%, bem como o de panificados, que passou de 10,9% para 10,4%. Caíram, também, os gastos com cereais, leguminosas e oleaginosas (10,4% para 8,0%); açúcares e derivados (5,9% para 4,6%) e aves e ovos (7,1% para 6,9%). Cresceram os gastos com frutas (4,2% para 4,6%) e bebidas e infusões (8,5% para 9,7%).

Rendimento médio mensal estava em R$ 2763,47

Segundo a POF, o rendimento total e a variação patrimonial das famílias brasileiras foi de R$ 2.763,47. O rendimento proveniente do trabalho era responsável pela maior parte desses valores (61% do rendimento total e R$ 1.688,00 da variação patrimonial). Do rendimento do trabalho, 70,7% pertenciam a recebimentos provenientes de empregados, fossem eles públicos, privados ou domésticos, e 20,2% dos que trabalhavam por conta própria.

Em relação a 2002/03, não ocorreram transformações significativas na composição do rendimento de trabalho familiar dos brasileiros – exceto quando consideramos a participação do rendimento dos empregadores, que foi reduzida em mais de dois pontos percentuais (de 11,7% em 2002/03 para 9,1% em 2008-2009) no período.

A segunda maior participação no rendimento médio familiar provinha das transferências2 (18,5%), com destaque para as aposentadorias e pensões governamentais. Em 2008/09, elas representaram mais de 80% das transferências, dos quais 55% foram provenientes do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS). No outro extremo estavam os programas sociais federais, que representaram apenas cerca de 3% das transferências. Essas últimas são destaque dentre as transferências das famílias com rendimentos mais baixos.

O rendimento não-monetário detinha a terceira participação (12,8%) na composição registrada pela POF, sendo mais significativo entre as famílias com menor rendimento3. Para estas, correspondia a 25,8% do rendimento total médio. Já para as famílias com os rendimentos mais altos, representavam apenas 6,7%.

Os rendimentos de aluguel (de bens móveis e imóveis) e as outras rendas apresentaram as menores contribuições na composição do rendimento total e da variação patrimonial (1,7% e 1,6%, respectivamente).

Composição das transferências é diferenciada entre famílias com mais baixos e mais altos rendimentos

Cerca de 12,5 milhões de famílias brasileiras tinham recebimentos de até R$ 830. Para elas, o rendimento do trabalho era o principal componente (46,3%). As transferências vieram logo em seguida, com 26,7%. No que se refere às transferências recebidas, as aposentadorias e pensões do INSS (58%) e os programas sociais federais (23%) responderam pelas maiores parcelas. Ressalte-se que o rendimento não-monetário tinha quase a mesma participação (25,8%) que as transferências.

Em 2008/09, cerca de 4% das famílias brasileiras possuíam recebimentos superiores a R$ 10.375. Entre elas, a maior participação dos rendimentos também era proveniente do trabalho (60,5%), com o recebimento de transferências em segundo lugar (com destaque para as aposentadorias e pensões da previdência pública). Diferentemente das demais classes de rendimento, a variação patrimonial foi a terceira fonte de recursos (9,9%) mais importante para essas famílias, e não os rendimentos não-monetários.

Rendimento das famílias urbanas é duas vezes maior que o das rurais

O rendimento total somado á variação patrimonial das famílias urbanas (R$ 2.999,98) é praticamente duas vezes maior que o das famílias rurais (R$ 1.481,91). Na tabela abaixo, os detalhes do rendimento.

As famílias com recebimentos mensais de até R$ 830,00, urbanas ou rurais, tiveram como principais componentes o rendimento do trabalho, as transferências e o rendimento não-monetário. Nas áreas rurais, os programas sociais federais foram responsáveis por 33% das transferências. Nas áreas urbanas, por 20%.

Já para as famílias com recebimentos superiores a R$ 10.375, a variação patrimonial possuiu participações significativas tanto na área urbana (9,9%) quanto na rural (11,6%), ficando acima dos rendimentos não-monetários.

Famílias do Sudeste e Sul têm rendimentos acima da média

Os maiores rendimento total e variação patrimonial médio, na comparação entre as grandes regiões, ocorreram no Sudeste, seguido pelo Sul – as duas únicas regiões a terem registrado percentuais acima da média nacional (cerca de 21% e 10,3%, respectivamente). No entanto, apenas o Sul apresentou valores superiores à média brasileira em todas as categorias de origem de recebimentos. Por outro lado, a região com menores rendimento total e variação patrimonial foi o Nordeste (R$ 1.764, cerca de 63,5 % da média nacional), seguido pelo Norte (76% da média).

A participação dos rendimentos provenientes do trabalho foi maior que 60% em quatro das cinco regiões. A única exceção era o Nordeste (57,8%). Já a maior participação ocorreu no Centro-Oeste (66,4%) e no Norte (65,5%). As transferências, por sua vez, tiveram maior participação no rendimento das famílias nordestinas (22,5%), percentual acima do verificado nas áreas rurais (20,5%). Em termos da distribuição do rendimento não-monetário, Norte (16,6%) e Nordeste (15,5%) superaram o peso do componente na média nacional (14,6%).

Em relação a 2002/03, a POF 2008/09 revela alterações nas participações de dois componentes: transferências e rendimentos não-monetários. Nas cinco regiões houve aumento das proporções de transferências e diminuição da parcela não-monetária do rendimento, o que indica maior número de famílias incluídas no mercado monetário.

Melhora a percepção subjetiva das famílias sobre seus rendimentos a alimentação

A Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 investigou a percepção da população sobre alguns aspectos da qualidade de vida através de um questionário específico e com respostas subjetivas aplicado no último dia de entrevista em cada domicílio. As famílias indicaram um de seus membros para responder as perguntas subjetivas sobre a facilidade para chegar ao final do mês com os rendimentos familiares e a avaliação da suficiência e do tipo do alimento consumido. Esta foi a segunda vez em que o questionário subjetivo foi apresentado, a primeira foi na POF 2002/03.

Em 2008/09, 64,5% das famílias declararam ter alimentos em quantidade suficiente para chegar ao fim do mês, contra 53% em 2002/03. A POF também investigou se as famílias consumiam (sempre, nem sempre ou raramente) seu alimento preferido: em 2002/03, 73,2% declararam alguma insatisfação, contra 65% em 2008/09.

75% das famílias declararam algum grau dificuldade para chegar ao fim do mês com seus rendimentos. Na classe com rendimentos até R$ 830, cerca de 88% indicaram algum grau de dificuldade e 31,1%, muita dificuldade. Na classe com mais de R$ 10.375, 28% tinham algum grau de dificuldade e 2,6%, muita dificuldade.

As percepções da quantidade de alimentos são mais favoráveis que em 2002/03, mas as desigualdades regionais são marcantes. No Norte e Nordeste, cerca de 50% das famílias referiram insuficiência na quantidade de alimentos consumidos, contra cerca de 60% em 2002/03.

Para 64,8% das famílias do país e 74% das rurais, o tipo de alimento consumido nem sempre ou raramente era o preferido. Declararam sempre consumir alimentos do tipo preferido 27,7% das famílias do Norte, 25,7% do Nordeste, 44% do Sul, 37,9%, do Sudeste e 40,6% do Centro-Oeste. Maranhão e Piauí (21%) tinham os menores percentuais, e Santa Catarina (47%) o maior.

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1 Tudo o que é produzido, pescado, caçado, coletado ou recebido em bens (troca, doação, retirada do negócio e salário em bens). Inclui também o aluguel estimado pelo proprietário do domicílio. As valorações das despesas não monetárias foram realizadas pelos próprios informantes, considerando os preços no mercado local.

2 aposentadorias e pensões públicas e privadas, bolsas de estudos e programas sociais de transferência de renda.

3 A construção das classes levou em conta o rendimento monetário e não-monetário e a variação patrimonial.

Comunicação Social
23 de junho de 2010

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http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1648&id_pagina=1

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COLÔMBIA [In:] NOVO GOVERNO. O QUE É BOM PARA A COLÔMIBIA É (SERÁ) BOM PARA O BRASIL?

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O novo líder da Colômbia

O Estado de S. Paulo - 23/06/2010

Um telefonema do dirigente equatoriano Rafael Correa e uma nota da chancelaria venezuelana deram ao presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, a base sobre a qual o sucessor e afilhado de Álvaro Uribe poderá normalizar as relações do país com os vizinhos bolivarianos, como prometeu durante a campanha. Ele obteve no segundo turno realizado domingo uma vitória consagradora. Recebeu 9 milhões de sufrágios - mais do que qualquer outro candidato ao governo nacional na história colombiana. Sete em cada 10 votantes marcaram o seu nome. O adversário Antanas Mockus, do Partido Verde, mal chegou aos 30%.

Equador e Colômbia estão praticamente rompidos desde março de 2008, quando Santos, então ministro da Defesa, ordenou um ataque aéreo a um acampamento das Farc, do lado equatoriano da fronteira entre os dois países. Mais do que depressa, Hugo Chávez mobilizou tropas e fechou a embaixada venezuelana em Bogotá. A hostilidade a Uribe chegou ao auge no ano passado quando ele autorizou a presença de militares americanos em bases colombianas de combate ao narcotráfico. O comércio entre os dois países despencou.

Na manhã seguinte ao pleito, Correa e Santos tiveram uma conversa "muy amable", no dizer do colombiano, sobre os passos a serem dados para a reconstrução das relações bilaterais. A rigor, a iniciativa de estender a mão foi de Santos. Na campanha, ele se comprometeu a entregar ao Equador cópias dos arquivos do computador do número dois das Farc, Raúl Reyes, morto no ataque. Pouco depois, Bogotá difundiu a versão de que os dados capturados indicavam que a narcoguerrilha tinha vínculos com os governos de Quito e Caracas.

Já a nota de felicitações do Ministério do Exterior da Venezuela contrasta com uma declaração de Chávez às vésperas do primeiro turno do pleito colombiano. O caudilho, bem ao seu estilo, disse que não receberia Santos jamais. Agora, a mensagem de Caracas representa um aceno contido. Afirma que a Venezuela estará "atenta" não apenas às manifestações do novo governo, mas às suas ações que possam levar a "relações de sinceridade e respeito". Vindas de quem vêm, essas palavras podem significar hoje uma coisa e amanhã o contrário. Do lado colombiano, de todo modo, não parece haver motivo para eternizar a animosidade com o vizinho.

Em comparação com o presidente que lhe transferirá o cargo em 7 de agosto, Santos é menos propenso a atitudes belicosas. Isso não o impediu de conduzir com invariável firmeza a política de "seguridad democrática" de Uribe, que tirou o gás das Farc e devolveu ao povo colombiano, em quase todo o país, o direito elementar de ir e vir sem o risco de sequestros e atentados. Também a criminalidade das quadrilhas da droga diminuiu acentuadamente, embora a Colômbia continue a ser o primeiro produtor mundial de cocaína. Esses avanços, associados a um crescimento econômico médio acima de 4% nos anos Uribe, premiaram o presidente com índices lulistas de popularidade.

Isso foi crucial para o triunfo de Santos, mas seria equivocado ver nele apenas a sombra do padrinho - ou crer que este continuará dando as cartas na Casa de Nariño. Por maior que seja a dívida do primeiro com o segundo e ainda que não devam mudar nem as linhas mestras da sólida política econômica do país, nem a determinação de perseverar no combate sem tréguas à narcoguerrilha, nada mais natural que Santos procure dar à sua gestão uma fisionomia própria. Tem condições para tanto - desde o fato de pertencer a uma tradicional família política (seu tio-avô foi presidente e seu primo é vice de Uribe) até a ampliação da maioria parlamentar governista que acompanhou a sua vitória.

Acrescida de novos parceiros, a base de Santos ocupará nada menos de 86% das 268 cadeiras da Câmara dos Deputados. O ponto de partida para a construção da identidade de seu governo é o apelo à "unidade nacional" em que tem insistido. Para isso, as urnas deram ao presidente eleito toda a legitimidade a que poderia aspirar.

FICHAS LIMPAS [In:] ELEIÇOS 2O1O/SANEAMENTO BÁSICO...

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A conta dos fichas sujas

Correio Braziliense - 23/06/2010

Visão do Correio :: A conta dos fichas sujas

A primeira fornada de candidatos a cargos eletivos em outubro a sentir os efeitos saneadores da Lei da Ficha Limpa pode estar nascendo da lista de 4.922 gestores públicos da União, estados e municípios que tiveram suas contas de 2009 rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Não é atribuição legal do TCU declarar essas pessoas inelegíveis, por mais escabrosos que tenham sido os desvios e a malversação das verbas detectadas pela auditoria. Cabe-lhe apenas a rotina de encaminhar a lista dos reprovados, com a indicação das irregularidades apuradas, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até agora, era apenas uma informação a mais, uma colaboração da corte de contas à Justiça Eleitoral, a quem sempre competiu conceder ou negar registro às candidaturas. A novidade é que essa é a primeira lista de gestores condenados pelo TCU depois da vigência da Lei da Ficha Limpa.

Com 7.854 condenações, a relação mostra que o número de gestores reprovados pelo tribunal praticamente triplicou em comparação com os listados nas últimas eleições majoritárias, em 2006, quando 2,9 mil se encontravam nessa situação. Entre 2006 e 2008, a variação havia sido menor, com 3 mil gestores públicos apresentando problemas em suas contas. Na lista atual, o Maranhão é o campeão, com 728 reprovações, seguido da Bahia, com 700. O Distrito Federal não está bem na foto e vem em terceiro lugar, com 614, seguido de Minas Gerais, com 575. A maioria dos listados é de ex-prefeitos e, segundo especialistas, parte dos problemas filtrados pelo TCU decorre de ineficiência técnica, já que as pequenas prefeituras quase nunca contam com pessoal qualificado para executar as tarefas da contabilidade pública atualizada.

Mas essa não é a regra geral. A maioria dos incluídos na lista do TCU têm folha corrida pouco recomendável. Muitos estiveram na mira de operações da Polícia Federal ou foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por fraudes em licitações e em emendas parlamentares, desvio de verbas federais para obras sanitárias, quadras esportivas, postos de saúde e realização de festas típicas.

O presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, promete encaminhar a relação aos 27 tribunais regionais eleitorais (TREs) o mais rapidamente possível, para que a inelegibilidade dos gestores listados seja julgada caso a caso, com o propósito de fazer prevalecer a moralidade e o princípio da probidade administrativa. Fechar as portas aos que deixaram digitais em desvio de dinheiro público não é outra coisa senão aquilo que pretenderam os 1,6 milhão de brasileiros que apoiaram com assinaturas a iniciativa popular do Projeto Ficha Limpa e pressionaram o Congresso Nacional a aprová-lo. Os tribunais regionais terão trabalho, mas, ao final, terá valido a pena.

NOTÍCIAS DA CORTE II. ELEIÇÕES 2O1O[In:] FICHA LIMPA. ESSA ''MODA'' PEGARÁ ?

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Efeito Ficha Limpa

Brasília-DF
Autor(es): Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense - 23/06/2010

Efeito Ficha Limpa

Além de complicar a montagem do palanque da oposição no Distrito Federal, a nova Lei da Ficha Limpa abalroou os palanques tucanos na Paraíba e no Maranhão, estados onde os ex-governadores Cássio Cunha Lima (PSDB) e Jackson Lago (PDT), com grande força eleitoral, estão correndo o risco de serem impedidos de disputar a eleição. Ambos foram cassados por abuso econômico na campanha eleitoral passada. Cássio é candidato ao Senado; Jackson pretende disputar novamente o governo maranhense.


Os dois estiveram ontem no comitê central da campanha do tucano José Serra, onde se reuniram com o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ). A posição adotada foi a de não cair com o barulho da bala, mas se preparar juridicamente para uma batalha no Supremo Tribunal Federal (STF). Essa estratégia, porém, é como falar de corda em casa de enforcado. São dois derrotados no TSE e no STF.


Essa situação gera grande instabilidade no palanque oposicionista nos dois estados do Norte e do Nordeste, onde Serra teria boas possibilidades eleitorais, repetindo o que ocorre em Brasília, onde as negociações com o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) ganharam uma complicação a mais: a provável cassação do registro de sua candidatura com base na nova Lei da Ficha Limpa.

GELO

O candidato do PMDB ao governo de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (foto), principal aliado de José Serra no Nordeste, não atende as ligações do presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). “Há 20 anos que eu converso com o Jarbas. Nunca deixei de falar com ele nem quando éramos adversários. Semana passada, liguei cinco vezes. Não consegui falar com ele, mas falei com o pessoal dele”, queixa-se Guerra. A bronca é por causa da chapa de senadores da oposição, incompleta desde a desistência de Guerra, agora cotado para a vice de José Serra.

CHOVEU

Dilma Rousseff cancelou a visita a Caruaru (PE) por causa das fortes chuvas em Pernambuco. Poderia parecer exploração política numa hora em que o governador Eduardo Campos (PSB), candidato à reeleição, contabiliza 17 mil desabrigados



Fora - O deputado João Maia (PR) caiu fora da chapa majoritária do governador do Rio Grande do Norte, Iberê Ferreira de Souza (PSB), e vai concorrer a deputado federal. A decisão facilita a vida do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves, e do ex-presidente do Senado Garibaldi Alves (PMDB), candidatos à reeleição.

Cidades - Amanhã, a Câmara dos Deputados promoverá o Seminário Construções Sustentáveis. Entre os presentes, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

ADIANTAMENTO

Está nas mãos do presidente Lula a sanção de um projeto de lei aprovado no Congresso que obriga o depósito de 50% do valor das causas trabalhistas em recursos judiciais. O projeto foi apresentado pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Milton Moura França, para tentar reduzir a quantidade de processos dessa natureza no TST. Hoje, cerca de 75% das ações no tribunal são de recursos contra condenações trabalhistas. O ministro também espera reduzir o tempo de cumprimento das decisões judiciais com a sanção da nova lei.

EU TOPO

A cúpula do PMDB está se convencendo de que o senador Osmar Dias (PDT) não quer ser candidato ao governo do Paraná. No fundo, quereria mesmo é se reeleger senador pelo caminho mais confortável, no caso, uma aliança com o ex-prefeito de Curitiba Beto Richa, candidato do PSDB ao governo do Paraná. Ontem, o PMDB fez mais uma reunião infrutífera com Osmar. Agora, quem entrou em campo para costurar a aliança foi Dilma Rousseff (PT). Osmar exige a petista Gleisi Hoffmann (foto) na vice, mas a esposa do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, não abre mão de se candidatar ao Senado. A propósito, a petista aceita concorrer ao governo do estado com o apoio do PMDB e do PDT se Osmar desistir.

CALOURO

O cantor Kiko, da banda KLB, arrancou suspiros de fãs ontem nos corredores do Congresso. O artista aderiu ao terno e gravata, sem perder o estilo casual, para conhecer os caminhos da Casa que ele quer frequentar nos próximos quatro anos. Candidato a deputado pelo DEM-SP, Kiko disse que vai se engajar de vez no projeto Brasil de Cara Limpa, que luta contra o consumo de crack no país, e no combate à pedofilia.

OUTRO LADO

Em resposta à nota intitulada “Bombado”, publicada ontem, sobre o Arroz Liberty Link LL 601, transgênico resistente ao herbicida glufosinato de amônio, a Bayer CropScience esclarece que seus produtos fitossanitários, como o herbicida citado, seguem as normativas de segurança estipuladas em lei. “Todas as análises de risco mostraram que o glufosinato é seguro quando utilizado dentro das prescrições de bula.” A nota se refere aos herbicidas Basta e Finale, à base de glufosinato, mas nada diz sobre o arroz transgênico.

NEUTRALIDADE

A cúpula do PMDB pretende voltar atrás na intervenção em Santa Catarina. Mas a condição é a neutralidade da legenda na disputa pelo governo local. Com isso, o tempo de televisão da sigla não irá para o candidato de oposição, Raimundo Colombo (DEM). A proposta foi feita ao ex-governador Eduardo Moreira (PMDB), que desistiu de concorrer ao governo estadual para apoiar o bloco oposicionista.

NOTÍCIAS DA CORTE [In:] ''A BOLSA OU A VIDA?" (Já não é uma prerrogativa nos becos...)

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A bolsa que custou um mandato

A bolsa que custou um mandato
Correio Braziliense - 23/06/2010

A bolsa que custou um mandato

Por 16 votos a 3, a Câmara Legislativa cassou o mandato de Eurides Brito (PMDB). Os parlamentares entenderam que ela cometeu os crimes de formação de quadrilha, lesão ao erário e improbidade administrativa. Flagrada escondendo dinheiro na bolsa pela Operação Caixa de Pandora, Eurides está inelegível até 2022.

A degola de Eurides

caixa de pandora


Por 16 votos, distritais cassam o mandato da peemedebista que ficou conhecida como a deputada da bolsa

  • Lilian Tahan e Luísa Medeiros

    Eurides Brito (PMDB) incorreu nos crimes de formação de quadrilha, lesão ao erário e improbidade administrativa. É a convicção de 16 deputados distritais, que às 16h25 de ontem cassaram o mandato da parlamentar apontada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal como integrante do esquema de corrupção revelado nas investigações da Caixa de Pandora. Eles aceitaram os argumentos do relatório que indicou a quebra de decoro de Eurides, flagrada enchendo a bolsa de maços de dinheiro entregues pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa. Com a punição, a ex-deputada ficará inelegível por oito anos e, no DF, só poderá se candidatar a cargos eletivos em 2022, aos 85 anos de idade.

    A decisão da Justiça que ordenou que a votação fosse secreta jogou ao chão às previsões de resultado. A expectativa sobre o desfecho da situação de Eurides aumentou com a possibilidade de, além do voto secreto, a sessão ser fechada. O formato gerou dúvida no Ministério Público, que consultou o Tribunal de Justiça do DF e Territórios para entender se a votação precisava ser reservada, o que caracterizaria sessão secreta. Mas antes mesmo de a resposta ser dada, a Mesa Diretora da Câmara se antecipou e resolveu permitir a entrada de jornalistas, assim como a transmissão da votação pela TV Legislativa.

    Às 15h20, foi aberta a sessão extraordinária. Como não se via há algum tempo, o plenário da Câmara Legislativa estava lotado. Vinte e três distritais em seus postos — o quorum mínimo era de 13 parlamentares. Wilson Lima, presidente da Casa, explicou as regras. Uma cédula com sim, outra com não e a terceira de abstenção. O sim para cassar. O não para poupar e a abstenção para não se envolver. Na prática, a última alternativa também beneficiaria Eurides. Uma sala reservada dentro do plenário foi usada para que os distritais fizessem suas opções. Antes do início, Lima mandou vasculhar o ambiente. Tudo pronto, um a um, os deputados foram chamados em ordem alfabética.

    Terminada a votação, o presidente do Legislativo contou as cédulas e Milton Barbosa (PSDB) conferiu. E, embora um ou outro deputado tivesse comentado algo sobre como era triste o dia de um julgamento de um colega, Wilson Lima fez uma contagem entusiasmada dos votos. Lia e apresentava para as câmaras cada cédula. De repente, Lima parou. Olhou por cima dos óculos e decretou: “É sim”. A cédula estava rasurada com um X. O advogado de Eurides foi até a bancada conferir. A votação prosseguiu para pouco depois ser interrompida pelo mesmo motivo. Mais um deputado havia rasurado o voto. Dessa vez, Lima considerou: “É não”.

    Ausentes
    Dos 24 deputados, 22 participaram do processo de cassação. Dezesseis votaram a favor da perda de mandato. Seis tentaram proteger a colega. Três se abstiveram e outros três votaram não para cassação de quebra de decoro. A única ausência foi a de Benício Tavares, do PMDB, que também é apontado como um dos envolvidos no escândalo da Caixa de Pandora. O deputado está de atestado médico. Eurides Brito, afastada do cargo por determinação judicial, não apareceu na Câmara. Foi representada por assessores e sua equipe de advogados. No lugar dela, tem atuado Roberto Lucena. O suplente se declarou impedido de votar. Alegou que é parte interessada no processo. Além de substituto de Eurides, Roberto é irmão de Gilberto Lucena, dono da Linknet, empresa citada no Inquérito nº 650 do Superior Tribunal de Justiça.

    A derradeira tentativa de defesa de Eurides foi feita pelo advogado Jackson Domenico. Ele insistiu na tese de que os fatos televisionados sobre o dinheiro embolsado por Eurides foram anteriores ao atual mandato da peemedebista. “Não há precedentes de cassação de deputado por acusações anteriores ao mandato”, argumentou. Mas Paulo Tadeu, do PT, bem lembrou ao antecipar o voto: “Será que ela teria sido eleita se as pessoas tivessem visto aquele vídeo?”. E o próprio petista corrigiu: “Se bem que nem eleita ela foi, ficou na primeira suplência”. Eurides era suplente de Pedro Passos, que em 2007 renunciou ao mandato para escapar, por coincidência, de um processo de cassação. Quem ocupa de vez a vaga que um dia foi de Passos e de Eurides é Lucena. O mandato está sub-júdice no Tribunal Regional Eleitoral. Ele é acusado de infidelidade partidária pelo PMDB por ter migrado para o PR.


    OUTROS PROCESSOS EM ANÁLISE
    A Comissão de Ética da Câmara Legislativa votará amanhã a continuidade ou não dos processos de quebra de decoro parlamentar contra Aylton Gomes (PR), Benício Tavares (PMDB), Benedito Domingos (PP), Rogério Ulysses (sem partido) e Rôney Nemer (PMDB), que estavam parados desde fevereiro. Os deputados são citados em conversa gravada com autorização da Justiça pela Polícia Federal, em outubro passado, entre o então governador do DF, José Roberto Arruda, o chefe da Casa Civil à época, José Geraldo Maciel, e Durval Barbosa, que ocupava o cargo de Secretário de Relações Institucionais do Executivo local. O diálogo revela um suposto esquema de despesa mensal com político e a degravação contra no inquérito da Operação Caixa de Pandora, que tramita do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Para Erika Kokay (PT), relatora na Comissão de Ética do processo contra Eurides, caso seja aprovado o prosseguimento das investigações, os processos podem ser concluídos antes das eleições.
    Memória

    PRIMEIRO A SAIR

    Antes de Eurides Brito, apenas um deputado havia sido cassado na história da Câmara Legislativa do Distrito Federal, fundada há 19 anos. Em 2004, o peemedebista Carlos Xavier (foto) foi acusado de ser o mandante do assassinato de um jovem de 16 anos, que teria sido amante de sua ex-mulher. O parlamentar também se tornou alvo de denúncias de tráfico de influência. Xavier sempre negou qualquer participação nos dois casos, mas acabou perdendo do mandato pelo voto de 13 dos 24 distritais — número mínimo para a condenação.

    opinião do internauta

    Confira o que os leitores escreveram no site do Correio sobre a cassação de Eurides Brito:

    João Antônio
    “Ainda bem que ela ganhou muito dinheiro e não precisa viver da profissão de professora. Já pensou quanto seria nefasto?”

    Mauro Sanches
    “Combinaram e escolheram uma para ter seu mandato cassado e parecerem corretos e esqueçam os outros envolvidos na corrupção. Vai ficar por aí, todos fingindo viverem uma vida digna.”

    Maria Silva
    “Demorou! E o Roriz?”

    João Aguilar
    “Até que enfim os nossos deputados acertaram uma, espero que seja o começo de uma tomada de vergonha na cara.”

    Diomedes de Albuquerque Melo
    “Cidadania, um time em campo sempre. Até dia 3 de outubro, vamos jogar contra os corruptos de Brasília. Temos condições de ganhar, sou um atleta permanente desse time e ele não tem limite de atletas em campo. Faça parte você também dessa equipe.”

    Jorge Antunes
    “A vida imita a arte! É por isso que faço arte engajada: para que minha música mude a realidade. A bruxa Ouvides Grito, em minha ópera de rua (Auto do pesadelo de Dom Bosco), foi condenada e levada à fogueira. Aguardem novas apresentações da ópera, em várias cidades do DF, a partir de agosto.”

    Helder Macedo
    “Todo distrital que rouba deveria lembrar a origem deste dinheiro, ou seja, do povo sofrido e carente do DF. Lembrem-se: toda riqueza mal adquirida é maldita e a única solução é devolver e pedir perdão, caso contrário, arquem com as consequências. Não se trata de praga e, sim, a ordem natural de tudo.”

  • "QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

    23 de junho de 2010

    O Globo

    Manchete: Aumenta a dependência do país ao capital especulativo

    BC reduz previsão de entrada de investimentos estrangeiros produtivos

    O Banco Central e o mercado reduziram a previsão de entrada de investimento estrangeiro direto - produtivo - no país para 2010. A estimativa para este ano era atrair US$ 45 bilhões, e o BC reviu a projeção para US$ 38 bilhões. O mercado aposta em US$ 35 bilhões, como consequência da crise na Europa Com isso, para fechar suas contas externas, o Brasil passa a depender do ingresso do capital financeiro, mais especulativo, que chega em busca de juros altos e ganhos com ações. É esse dinheiro que passa a financiar o déficit com o exterior, que só em maio ficou em US$ 2,02 bi, o pior desde 2001. (Págs. 1, 23, Elio Gaspari, Merval Pereira e editorial "Tucano se equivoca sobre papel do BC")

    Enquanto isso, na Inglaterra...

    Para conter seu déficit público, o Reino Unido lançou pacote de austeridade alimentando impostos sobre bancos e congelando até os gastos da rainha. O aperto fiscal é considerado o maior desde a era Margaret Thatcher, no início dos anos 80. (Págs. 1 e 24)

    Chuvas: AL e PE ficaram sem verba

    Com 29 pessoas mortas pelas chuvas, Alagoas não recebeu dinheiro do programa de prevenção de desastres do Ministério da Integração Nacional este ano. Pernambuco, onde morreram 12, ficou só com R$ 172,2 mil. O governo liberou R$ 50 milhões para os dois estados, onde vítimas sofrem com falta de água e comida (Págs. 1, 3 e 4)

    'Rolling Stone' pode derrubar general dos EUA

    O comandante militar dos EUA no Afeganistão, general Stanley McChrystal, pode perder o posto por críticas ao presidente Obama e a altos funcionários civis na "Rolling Stone". (Págs. 1 e 30)

    Lula se irrita com protesto em Belo Monte

    Presidente pede que manifestantes proponham alternativas à usina e sugere que o cineasta James Cameron proteste no Golfo do México, onde vaza óleo há dois meses. (Págs. 1 e 29)

    Petrobras adia capitalização para setembro

    Petrobras adiou para setembro sua capitalização, prevista para julho. A estatal precisa de US$ 58 bilhões. O governo pode mudar a lei ambiental para conter vazamentos. (Págs. 1 e 25)

    Mensalão do DEM: deputada do dinheiro na bolsa é cassada (Págs. 1 e 14)

    CVM pune Sérgio Andrade, ex-presidente do Conselho da Telemar (Págs. 1 e 24)

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    Folha de S. Paulo

    Manchete: General critica Obama e abre crise nos EUA

    Comandante no Afeganistão afirma que o presidente é despreparado e é convocado para reunião na Casa Branca

    O comandante dos EUA no Afeganistão, Stanley McChrystal, foi convocado para reunião na Casa Branca após ele e auxiliares chamarem Barack Obama de despreparado e insultarem assessores do presidente.

    Os comentários saíram em reportagem no site da revista "Rolling Stone".

    Segundo a mídia, o general pôs d seu cargo à disposição. Obama, descrito como "desconfortável e intimidado", não decidiu se aceitará o pedido de demissão.

    O total de americanos mortos no Afeganistão passou de mil na década. A retirada do país, marcada para 2011, pode demorar mais.

    Logo depois de assumir, Obama deslocou do Iraque para o Afeganistão o principal eixo da preocupação militar americana. (Págs. 1 e A12)

    Análise
    A falta de resultados no Afeganistão é o pano de fundo da crise, comenta o jornal "Financial Times". (Págs. 1 e A12)

    Cotado a vice de Serra nomeia 'fantasmas'

    O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, emprega nove de uma mesma família em escritório no Recife. Oito parentes do assessor Caio Oliveira não dão expediente nem são conhecidos por quem trabalha lá.

    A família recebe cerca de R$ 20 mil mensais, informa Breno Costa. Cotado para ser vice de José Serra, Guerra negou irregularidades. O senador disse que todos dão "suporte" para suas atividades no Estado. (Págs. 1, A4 e A6)

    Foto legenda: Por água abaixo

    Ponte em Palmares (PE) destruída pelas chuvas que mataram ao menos 41 em Alagoas e Pernambuco; cidade alagoana enfrenta saques nas ruínas (Págs. 1 e C4)

    Petrobras sofre revés e adia a oferta de ações

    Contrariada, pois queria se capitalizar até julho, a Petrobras adiou para setembro a oferta pública de ações necessária para o plano de investir R$ 224 bilhões até 2014. O governo achou melhor esperar avaliação sobre reservas do pré-sal. (Págs. 1 e A11)

    Arrecadação bate recorde pelo nono mês consecutivo

    A arrecadação de tributos federais em maio foi a melhor da história para o mês, R$ 61,1 bilhões. Em 2010, ela já totaliza R$ 318 bilhões. A trajetória de recordes mensais começou em setembro.

    Para analista, o governo deveria desonerar, não gastar mais, como faz. (Págs. 1 e B1)

    Editoriais

    Leia "Passo chinês", sobre mudanças no regime cambial do pais; e
    "Dúvidas sobre a Receita", acerca da montagem de dossiês pela campanha petista. (Págs. 1 e A2)

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    O Estado de S. Paulo

    Manchete: Chuva desabriga 115 mil no NE e ajuda federal deve levar 1 mês

    Mortos em Pernambuco e Alagoas chegam a 41; burocracia atrasará o anunciado socorro de R$ 100 milhões

    O número de mortos em Pernambuco e Alagoas em consequência de enchentes desde o dia 18 subiu para 41, e o de desabrigados passou de 115 mil. A Defesa Civil falava ontem em 607 pessoas desaparecidas, informam os enviados especiais Angela Lacerda e Edmar Melo. "Lembrei do tsunami e do terremoto no Haiti", disse o vendedor Ladjane Lopes, de Santana do Mundaú (AL), uma das cidades mais atingidas. O governo federal anunciou R$ 100 milhões para os municípios atingidos, mas a previsão é que a liberação da verba leve ao menos um mês, tempo necessário para analisar a documentação. Segundo o Ministério do Planejamento, a Defesa Civil dos dois Estados já recebeu R$ 50 milhões em caráter emergencial. A prefeita de Branquinha (AL), Ana Renata da Purificação Moraes, disse que quase tudo na cidade foi destruído - escolas, postos de saúde e a biblioteca. "Não tenho uma folha de papel para fazer uma ficha de doente." (Págs. 1 e Cidades C1 e C3)

    Governo só gastou 14% da verba de prevenção

    O Ministério da Integração Nacional gastou apenas 14% da verba destinada neste ano à prevenção de desastres climáticos. Alagoas nada recebeu. Já a Bahia, Estado do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), levou 57% de tudo o que foi liberado. (Págs. 1 e Cidades C3)

    Foto legenda: Escombros. Moradores caminham sobre trilhos destruídos em Branquinha, uma das cidades atingidas em AL

    Lei dificulta recurso de sentença trabalhista

    Uma lei à espera de sanção do presidente Lula exige depósito por parte de empregadores que, para ganhar tempo, entram com recurso na Justiça do Trabalho contra decisões favoráveis a funcionários. Cada recurso implicará depósito de R$ 5.622. Se a exigência já vigorasse, só a Caixa Econômica Federal teria de depositar R$ 13 milhões. Caso o depósito fosse aplicado sobre todos os agravos de instrumento no Tribunal Superior do Trabalho, o custo atingiria R$ 820,3 milhões. (Págs. 1 e Economia B1)

    112% foi o quanto cresceram os recursos trabalhistas

    Universitário é quem mais usa droga e álcool no País (Págs. 1 e Vida A15)

    ANS defende novo modelo para planos de idosos (Págs. 1 e Vida A17)

    General americano abre crise ao disparar críticas (Págs. 1 e Internacional A12)

    Capitalização da Petrobras corre risco (Págs. 1 e Economia B2 e B3)

    Notas & Informações: A Petrobras política

    A estatal se envolve cada vez mais nos objetivos políticos e eleitorais do grupo liderado por Lula. (Págs. 1 e A3)

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    Valor Econômico

    Manchete: Déficit da indústria triplica e chega a US$ 18 bi até maio

    O déficit comercial da indústria de transformação triplicou nos primeiros cinco meses do ano e alcançou US$ 18,8 bilhões. O resultado, quando comparado aos indicadores industriais, sugere uma forte importação para complementar a oferta interna - e não substituí-la, na maioria dos casos, por enquanto. A importação da indústria aumentou 55% de janeiro a maio, em relação a igual período do ano passado, e a exportação cresceu 22% na mesma comparação, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

    Impulsionada pelo mercado interno aquecido, foi principalmente a importação de insumos que fez o déficit comercial da indústria sair de US$ 5,6 bilhões no ano passado para os quase US$ 19 bilhões nos cinco primeiros meses de 2010. O segmento metalúrgico foi o que apresentou maior deterioração, deixando um superávit de US$ 1,8 bilhão até maio de 2009 para um déficit de US$ 5,3 bilhões neste ano. O uso da capacidade instalada no segmento passou de 71,3% em maio do ano passado para 87,7% no mesmo mês deste ano, indicando que o déficit não veio acompanhado de uma perda de produção. As importações - que incluem aço, alumínio e ferro, entre outros insumos - saltaram de US$ 3,1 bilhões para US$ 10,8 bilhões. (Págs. 1 e A4)

    Conteúdo local na disputa por Belo Monte

    Os fabricantes de equipamentos que pretendem concorrer ao contrato bilionário de fornecimento para a hidrelétrica de Belo Monte reforçam seu caráter "nacional" para se credenciar à disputa. A argentina Impsa, por exemplo, rompeu acordo com a chinesa Harbin, fechado antes do leilão da usina, e agora garante que até 80% da produção das turbinas e geradores será feita no Brasil, na fábrica que a empresa possui em Pernambuco, que está sendo ampliada.
    "Brasileiros" também são os franceses da Alstom, como diz o diretor de energia da empresa no Brasil, Marcos Costa. "Nossa empresa é brasileira, com origem europeia". Sem Belo Monte, nossas fábricas em Taubaté e em Rondônia ficarão ociosas por alguns anos". Na segunda-feira, as duas empresas apresentaram propostas, a pedido da Eletrobras e Eletronorte. (Págs. 1 e B7)

    Atraso de voos cresce, mesmo com punições

    A entrada em vigor de regras mais severas que punem as companhias aéreas que atrasam ou cancelam voos coincidiu com um aumento desses problemas nos quatro principais aeroportos do país, como mostra levantamento da Infraero, feito a pedido do Valor. A pesquisa comparou os dias 13 a 19 deste mês com a semana anterior. Em alguns casos, quadruplicou a quantidade de voos com atraso superior a uma hora e praticamente dobrou o número de cancelamentos. A Agência Nacional de Aviação Civil enviou ofício a uma companhia aérea nacional e nove estrangeiras comunicando a falta de adequação às novas normas, como ausência de informação aos passageiros. (Págs. 1 e B4)

    Foto legenda: Aquisição e liderança

    A Drogaria São Paulo assumiu a liderança do setor de farmácias no país ao comprar a rede Drogão. A aquisição aumenta o número de pontos de venda para 326 e, segundo o presidente Gilberto Ferreira,
    "completa perfeitamente o mix de lojas, reforçando a presença da rede nos shoppings". (Págs. 1 e B1)

    Crise no DF apressa decisão sobre pedido de intervenção

    O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, decidiu marcar para o dia 30 o julgamento do pedido de intervenção no Distrito Federal. A decisão foi tomada ontem, em meio à crise que inviabiliza a prestação de serviços básicos na capital da República. O governador interino, Rogério Rosso (PMDB), enfrenta greves de policiais civis, que pedem reajuste de 33%, e motoristas de ônibus, por reajuste imediato na tarifa.

    Depois de assumir o compromisso de não concorrer à reeleição, Rosso lançou-se candidato, rompendo o acordo firmado pelo PMDB com o petista Agnelo Queiroz. A Lei Ficha Limpa deixou indefinida a candidatura do ex-governador Joaquim Roriz. (Págs. 1 e A9)

    Anunciante tem 6,5 segundos para passar sua mensagem

    As pessoas dispensam, em média, 6,5 segundos de atenção a um anúncio nos meios de comunicação em geral, com destaque para a televisão. É o tempo que o consumidor demora para entender a publicidade e rejeitar ou aceitar a mensagem - isso equivale a um terço do tempo que se gastava nos anos 80, revela pesquisa da agência Draftfcb, do grupo Interpublic, apresentada no festival de Cannes, o maior evento de publicidade no mundo.

    "O que existe nesses seis segundos e meio é uma única e curta janela de oportunidade para se mandar o recado", diz Michael Fassnach, diretor de estratégia global da agência. O debate enfocou as opções para a publicidade mais eficiente. O caminho é a inovação, afirma Malcolm Hunter, da Aegis Midia. (Págs. 1 e B6)

    Grandes bancos franceses começam a acumular prejuízos com a crise grega (Págs. 1 e C8)

    Comércio de diamantes continua envolto em guerra sangrenta (Págs. 1 e B9)

    Arrecadação bate novo recorde

    A arrecadação tributária federal somou R$ 61,1 bilhões no mês passado, resultado recorde para os meses de maio. No ano, a receita chegou a R$ 312,4 bilhões, um aumento real de 13,27%. (Págs. 1 e A3)

    Meta de inflação fica em 4,5%

    Pelo sexto ano consecutivo, o CMN manteve a meta de inflação em 4,5% para 2012, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou menos. A TJLP também foi mantida em 6% ao ano para o terceiro trimestre. (Págs. 1 e A6)

    Risco de recidiva

    As vendas de casas usadas nos EUA contrariaram as previsões e caíram em maio, após o fim do plano de estímulo do governo, e ampliaram os receios de uma "recaída recessiva". (Págs. 1 e A11)

    Calvário da Busscar

    Recusa dos bancos credores em financiar US$ 115 milhões para produção de um lote de ônibus que seria vendido à Guatemala agrava a crise da Busscar, paralisada desde o início do ano. (Págs. 1 e B8)

    'Private equity' na reciclagem

    O fundo de investimento em participações CleanTech, gerido pela Stratus, assumiu 8,5% do capital da Unnafibras, que transforma garrafas PET em fibras de poliéster para a indústria de tecidos. (Págs. 1 e B8)

    Retomada dos investimentos

    Governo cearense está investindo neste ano R$ 5,4 bilhões em vários projetos de infraestrutura, como o porto de Pecém, que vai receber R$ 590 milhões, diz Erasmo Pitombeira, da Ceará Portos. (Págs. 1 e Caderno especial)

    Chuva afeta usinas do NE

    As chuvas que atingiram o Nordeste inundaram plantações de cana e usinas. Em Pernambuco, a moagem deve ser 6% menor na temporada que começa em setembro e os prejuízos chegam a R$ 70 milhões. (Págs. 1 e B11)

    Ações multiplicam milionários

    Apesar da crise internacional, a reação do mercado de ações no ano passado fez o número de milionários no mundo aumentar 17%, para 10 milhões de pessoas. A riqueza nas mãos desses milionários cresceu 19%. (Págs. 1 e D2)

    Discurso ético

    Reflexo dos escândalos corparativos do início da década, a adoção de juramentos em defesa de padrões éticos se espalha nas escolas de negócios, mas adesão de alunos é pequena. (Págs. 1 e D10)

    Ideias

    Ana Cristina Barros

    Proposta de novo Código Florestal traz anistia ao desmatamento passado e liberação prévia para o desmatamento futuro. (Págs. 1 e A12)

    Ideias

    Martin Wolf

    É otimismo demais acreditar que, nas atuais circunstâncias, um aperto fiscal coordenado vai reforçar a recuperação. (Págs. 1 e A13)
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    RADIOBRAS.

    XÔ! ESTRESSE II [In:] A VERDADEIRA inVOLUÇÃO FRANCESA

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    [Homenagem aos chargistas brasileiros e ao Parreira (brasileiro)].
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