PENSAR "GRANDE":

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domingo, abril 01, 2007

A HORA DO "ÂNGELUS"

POLÊMICA

Ministro da Saúde sai em defesa do aborto

José Temporão sugeriu um plebiscito para discutir assunto

Brasília. Nem uma semana após a manifestação contra o aborto, promovida pelo Movimento em Defesa da Vida, na Praça da Sé, em São Paulo, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, defendeu ontem a legalização da prática. Para ele, o tema é uma “questão de saúde pública, porque milhares de mulheres morrem todos os anos submetendo-se a abortos inseguros”. Temporão voltou a defender a realização de um plebiscito no País para que a população decida o assunto, como ocorreu recentemente em Portugal. “Esta idéia do plebiscito é pessoal, mas está sendo amadurecida dentro do governo. Sei que é uma questão polêmica, que envolve aspectos morais, religiosos, psicológicos, mas diz respeito, fundamentalmente, à política de saúde”, complementou. O ministro está tão empenhado nesta discussão que se reuniu, esta semana, com a secretária especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire. No Rio de Janeiro, tratou do assunto com o governador Sérgio Cabral (PMDB) – também favorável à legalização do aborto, segundo sua assessoria. Temporão defende ainda outra reivindicação feminina: a ampliação da licença maternidade de quatro para seis meses. Em Santa Catarina, só no ano passado, foram feitas 5.627 curetagens, procedimento realizado após o aborto. Não se sabe, porém, o número de abortos provocados nem o de espontâneos. Caso haja um plebiscito a respeito da legalização da prática, como defende o ministro, a igreja católica se posicionará contra o que considera um atentado à vida. “Partimos do pressuposto de que o direito à vida é fundamental. Se, quando o assunto é aborto, as conseqüências de sua proibição são um desastre, é porque está na hora de repensar a educação que estamos dando para crianças e jovens”, observa o bispo auxiliar de Florianópolis, dom José Negri.
http://www.an.com.br/2007/mar/30/0ger.jsp



Fronteiras do racismo

Pesquisa realizada pelo Núcleo Interdisciplinar de Reflexão e Memória Afrodescendente, o Nirema, ligado ao departamento de Sociologia e Política na PUC-Rio, fez um levantamento das reportagens sobre racismo publicadas nos jornais do Rio nos últimos 20 anos, desde que, a partir da Lei Caó, tornou-se crime inafiançável.
A boa notícia é a pequena identificação de jovens como agressores, embora a juventude negra seja algo de muita discriminação. Um dos lugares de maior identificação de tensão entre negros e brancos foram os elevadores e áreas de acesso, como portarias de edifícios. A demarcação de áreas de brancos e negros, senhores e escravos, ainda é um problema na sociedade brasileira.
E continuará sendo, se depender de depoimentos como o da ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Política da Promoção da Igualdade Racial. Ela disse ontem que considera “natural” – êta palavrinha maldita! - a discriminação dos negros contra os brancos. Um país sem racismo supõe um tipo de convivência entre brancos e negros na qual não haja discriminação de parte a parte.
Matilde comete o erro de, ao invés de se pronunciar contra o racismo – que poderia ser definido como qualquer tentativa de exclusão de um determinado grupo, sejam os negros, os índios, os hispânicos, os imigrantes ou os brancos –, falar contra os brancos, numa demonstração inequívoca de que o movimento negro está metido num imenso problema.
Valorizar os negros não significa desvalorizar os brancos. Não se trata de negar o valor de um grupo para afirmar o valor de outro grupo. Trata-se, sim, de afirmar o direito da igualdade entre todos os grupos.
Parafraseando o texto sobre machismo, o problema não é o branco, mas a oposição radical entre brancos e negros. O que se quer combater é o racismo, não o branco, porque o racismo exercido pelo negro contra o branco também é racismo.
Um dos dados da pesquisa do Nirema mostra que negros também discriminam negros, situação que joga por terra a teoria da ministra. O debate que interessa à sociedade não é o da cor da pele que deve prevalecer, mas o da universalidade dos direitos. Negros, como brancos, devem ser sujeitos de direitos - jurídicos, sociais, políticos, econômicos, humanos.
Quando o jornalista Ali Kamel lançou “Não somos racistas”, foi duramente combatido pelo movimento negro. Um dos seus argumentos contra as cotas raciais nas universidades públicas é o risco de criar uma guerra racial no país. As declarações da ministra Matilde parecem reforçar - quando deveriam afastar - os temores de Kamel.
O combate a oposições radicais é o meu tema preferido – nada de novo virá enquanto estivermos, como sociedade, presos a essa idéia do bem contra o mal, o homem contra a mulher, o branco contra o negro.
E a realidade, ministra, é feita de matizes de cinza. (Carla Rodrigues).