PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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sábado, setembro 15, 2007

EDITORIAL: "A VITÓRIA DA DEMOCRACIA" ['SIC']

EDITORIAL – 15 de setembro de 2007.

12 DE SETEMBRO DE 2007: um dia para se guardar na memória (“In Memoriam”).


O dia 11 de setembro de 2007 foi lembrado ao mundo, pelo jornal “New York Times”, pela mídia internacional e nacional, como uma data em que o horror, há 6 anos, se fez presente com a derrubada das torres [gêmeas] do edifício “World Trade Center” [WTC], em Manhattan, distrito da cidade de Nova Iorque.
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O dia 12 de setembro de 2007 também foi lembrado pela imprensa internacional, principalmente pelos jornais latino-americanos. Neles, em destaque, a notícia da absolvição do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), das acusações por quebra de decoro parlamentar. Na sessão secreta que decidiria sobre a cassação ou não de seu mandato, Renan foi absolvido por 40 votos a 35 e contou com seis abstenções que garantiram sua permanência à frente do Senado. Segundo o jornal argentino 'Página 12': “A absolvição do legislador do PMDB, principal aliado do governo, deu um descanso para [o presidente Luiz] Lula [Inácio da Silva], depois de presenciar durante o último mês o julgamento de importantes figuras do seu partido e de sua gestão” (grifamos). Ainda segundo a matéria, Lula "pode conservar seu apoio [no Legislativo], apesar das graves acusações de corrupção contra Renan” e, completou: “A oposição ficou decepcionada”. Outro jornal argentino, o 'Clarin', disse que “esta vitória de Renan, que goza do posto estratégico de chefe do Congresso, se deve em grande parte a que muitos na oposição votaram a favor do senador” (grifamos). Ainda, segundo o jornal, havia temor “havia temor de revelações que ‘o poderoso homem do Congresso’ poderia fazer se fosse expulso do Senado” (grifamos) e finaliza perguntando: “Se isto for verdade, então, será que na política vale qualquer coisa, mesmo que seja sob o signo da esquerda?” (grifamos). Por sua vez, outro jornal argentino, o 'La Nación', destacou que “o país acompanhou a votação com atenção pela televisão, e o sentimento de indignação pela absolvição se mostrou em evidência imediatamente nos sites de notícias a internet em que muita gente deixou mensagens de decepção” (grifamos).
Nos Estados Unidos, o jornal 'International Herald Tribune' reproduziu em seu ‘site’ um despacho da agência de notícias 'Associated Press' em que vários analistas ouvidos "manifestaram opiniões variadas" sobre o impacto da votação de terça [12] sobre o presidente Lula. Entre eles, David Fleischer, um analista político da Universidade de Brasília, disse que os opositores do governo podem usar a votação contra Lula: “Eu não acho que a decisão foi boa para o governo, os partidos de oposição vão culpar o governo por trabalhar nos bastidores para salvar Renan”. Já o jornal espanhol 'El Pais' usando um artigo da agência de notícias da Espanha 'Efe', lembrou que “Renan Calheiros foi o primeiro presidente do Senado a ser submetido no Brasil a um julgamento para destituição”.
O jornal britânico ‘The Financial Times’ destacou: “Chefe do Senado brasileiro sobrevive a escândalo”, onde o jornalista Jonathan Wheatleyin relata para o público inglês como se deu a vitória do senador Renan Calheiros na votação em plenário e registra que as denúncias “paralisavam” a Casa desde o mês de maio.
Para a Organização Não-Governamental ‘Transparência Internacional’, na América Latina, o caso Renan prejudica a imagem do Brasil uma vez que a decisão sinalizou um recuo no combate à corrupção (grifamos). Segundo um de seus analistas, Bruno Speck, residindo no Brasil há dez anos: “A decisão foi tomada e deve ser acatada, como disse o presidente Lula (em viagem ao exterior), mas não significa que não tenha impacto sobre a percepção da corrupção no Brasil”. Para ele, o caso vai no sentido contrário de fatos como a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de aceitar as denúncias contra os suspeitos de envolvimento no mensalão, que tiveram uma repercussão positiva na imprensa estrangeira, pois, “O Brasil tem sinais de transição: as investigações da Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União produz resultados no combate à corrupção, o STF deu um sinal importante, mas há infelizmente sinais no outro sentido” e que o caso Renan "certamente terá uma repercussão internacional negativa” (grifamos).
Outras alusões ao caso Renan foram destacadas. O jornal brasileiro ‘Jornal do Brasil’, em sua edição de quinta-feira [13], referiu-se ao mesmo como uma decisão do Senado “contra o povo” (grifamos). No ‘Jornal do Commercio’, a primeira página traz a manchete “Renan escapa - O Senado se curva”. Outras manchetes veiculadas, como as dos jornais ‘Correio Braziliense’ ["Vergonha nacional”], ‘Estado de Minas’ [“Senado zomba do país e livra Renan da degola”] e ‘A Tarde’ [“Cumplicidade: Senado livra Renan da cassação por 40 votos a 35”] também demonstram uma reação da imprensa contrária a permanência de Renan Calheiros no Senado. Reação que pôde ser percebida na quarta-feira [12], entre as vaias dos jornalistas para Renan Calheiros ao término da sessão do julgamento, segundo a página eletrônica do ‘portal da imprensa’ [http://portaldaimprensa.uol.com.br].
Alheio ao noticiário, Renan Calheiros disse que o resultado da votação, pela sua absolvição, foi uma “vitória da democracia”. Conforme declarou: “O resultado da votação de hoje é uma vitória da democracia, mas é também um momento de reflexão sobre as perdas que esse processo político provocou. Nestes mais de 100 dias, muitos perdemos algo e eu perdi mais”. Inebriado com o resultado, finalizou: “A partir da decisão madura e soberana do plenário do Senado, já comecei a buscar os líderes e presidentes de partidos para prosseguir com a agenda legislativa que interessa ao país e à população” (grifamos).
As palavras de Renan “ecoaram no Parlamento”: por 13 votos a 5, o Governo aprovou na
madrugada de sexta-feira [14] a prorrogação na CPMF na comissão especial da Câmara que trata do assunto. O relatório do deputado Antonio Palocci (PT-SP) foi aprovado à 1h29 da forma como queria o governo Lula, sem nenhuma alteração. Pelo parecer, a alíquota da CPMF continua em 0,38% até 2011. O mesmo ocorrendo com a Desvinculação das Receitas da União (DRU), que permite ao governo Lula gastar livremente 20% do que arrecada, e irá vigorar por mais quatro anos. Com isso, mantido o texto também nas votações no plenário da Câmara e no Senado, a prorrogação poderá entrar em vigor assim que promulgada sem a necessidade de uma noventena.
Paradoxalmente, nos tempos do governo militar, os compositores Chico Buarque e Gilberto Gil (o segundo, Ministro da Cultura do governo Lula desde 2003), em trincheiras contrárias ao “regime de exceção e anti-democrático” escreveram em uma de suas canções: “... Como é difícil acordar calado, se na calada da noite eu me dano (...) na arquibancada pra a qualquer momento ver emergir o monstro da lagoa[1]”, [Cálice, 1979, (grifamos)].
De fato, podemos lembrar o compositor Milton Nascimento em outra letra musicada: “O que foi feito de Vera (deveras)”.
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Iniciamos o Editorial da semana passada perguntando qual data deveríamos comemorar: se 7 ou 12 de setembro?
Hoje, encerramos nossos comentários com uma certeza: devemos lembrar, com pesar, duas datas: 11 e 12 de setembro.
A primeira, pelos mortos no WTC e a segunda, em luto pela “práxis” da política brasileira (em “minúsculo”).
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[1] ou do “Lago Paranoá”?