PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quarta-feira, maio 28, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] CSS [C$$]


















[Homenagem aos chargistas brasileiros].

LULA/HAITI: VISITA RELÂMPAGO

No Haiti, Lula defenderá ampliação de missão brasileira

Porto Príncipe, Haiti - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega à capital haitiana, Porto Princípe, nesta quarta-feira, onde irá se encontar com o presidente do país, René Preval, e com membros do governo interino do Haiti.

Durante sua visita, Lula deverá reforçar o papel dos militares brasileiros que comandam as forças de paz da ONU (Minustah, na sigla em francês) e defender a ampliação do número de soldados do Brasil na nação caribenha. Na terça-feira, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu o aumento do número de tropas brasileiras em mais cem soldados, todos eles pertencentes ao Batalhão de Engenharia, que atuariam em obras de infra-estrutura. De acordo com o ministro, a vinda de Lula ao Haiti é ''uma visita de vistoria'', porque o país deve preparar o terreno para a "visita de mais cem militares". O projeto de ampliação do número de soldados está atualmente parado na Câmara dos Deputados. Jobim defendeu a aprovação o quanto antes, argumentando que, assim que a Câmara aprovar o envio de militares, ''em 30 dias eles poderão se deslocar, estarão prontos, estarão preparados''. ''Basta andar pelas ruas para saber que isso (a presença dos engenheiros militares) é preciso'', afirmou o ministro. Durante sua estadia no país, o presidente irá visitar a sede do Batalhão Brasileiro da Minustah e as instalações da Companhia de Engenheiros do Exército, que vem realizando obras de reconstrução na nação caribenha.

Segunda visita
Esta será a segunda visita do presidente ao Haiti. A primeira delas se deu em agosto de 2004, quando a Seleção Brasileira realizou um amistoso contra a equipe haitiana. Naquele ano, teve início a missão militar brasileira no país. Lula deve desembarcar em Porto Príncipe pela manhã e pouco depois seguirá para o Palácio Nacional, onde irá se encontrar com o presidente René Preval. O presidente deverá participar de um almoço com o líder haitiano e assinar acordos de projetos de cooperação no setor agrícola e no combate à violência contra a mulher. De acordo com um relatório divulgado pela Anistia Internacional nesta quarta-feira, a violência contra as mulheres e a falta de acesso à Justiça no Haiti são motivo de ''grande preocupação'' para a entidade. A ONG afirmou ainda que denúncias de agressões sexuais registraram um aumento em relação aos anos anteriores e que as mais sujeitas à violência sexual no país são as jovens, com mais da metade dos incidentes atingindo menores de 17 anos. Na terça-feira, a ONG britânica Save The Children acusou as forças de paz presentes no Haiti de praticarem abusos sexuais contra menores. O comandante das forças de paz da ONU no país, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, pediu que a entidade forneça casos concretos de abusos cometidos por militares, para que possam ser abertos inquéritos sobre as supostas denúncias.
BBC Brasil - Estadão. 2805.

LULA & MINC: "SPLISH, SPLASH!!!" *

Minc promete obras e áreas de preservação em ritmo semelhante
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Empossado ontem no cargo de ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc (PT-RJ), 56, afirmou que licenças ambientais e unidades de conservação na Amazônia deverão ter ritmo semelhante, "dois pra lá, dois pra cá", como nos boleros.
Foi a primeira indicação de que pretende liberar obras no mesmo compasso em que cobrará a criação de unidades de conservação na Amazônia. "Tive longas conversas com a ministra Dilma Rousseff [Casa Civil], nos entendemos muito bem, e a nossa música é dois pra lá, dois pra cá. Duas licenças, dois parques ambientais", afirmou Minc na primeira entrevista após a posse, no Planalto. "O desenvolvimento vai andar e a preservação, também." A demora na concessão de licenças é uma das principais queixas dos críticos, dentro e fora do governo, da gestão da ex-ministra Marina Silva, apesar das cerca de 300 licenças liberadas em média pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) desde 2003. A queda na criação de unidades de conservação no segundo mandato do presidente Lula foi um dos sinais apontados por Marina das resistências crescentes à defesa da floresta. Nove novas áreas de conservação apresentadas pelo Ministério do Meio Ambiente à Casa Civil foram engavetadas. A mais importante é a proposta de reserva extrativista do Xingu. Das principais obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o próximo empreendimento que terá licença analisada é a usina nuclear de Angra 3. A obra foi paralisada em 1986 e depende de autorização do Ibama para ser retomada, a um custo estimado em R$ 7,3 bilhões. Segundo a Folha apurou, a licença dependia da solução de problema com índios de Angra dos Reis (RJ). Após ser indicado para o cargo, Minc chegou a defender mudança nas regras de licenciamento, mas recuou. "Não serei o carimbador maluco. Podemos dar licenças mais ágeis e com mais rigor", disse, em referência à música "Carimbador Maluco", de Raul Seixas. Minc viaja amanhã para Bonn, na Alemanha, para representar o Brasil na conferência mundial sobre diversidade biológica. Ontem, afirmou que pretende avançar na proposta de criar um fundo internacional para preservar a Amazônia. "Vamos trazer recursos para manter a floresta em pé." Ele disse que um decreto de Lula vai regulamentar a criação do fundo em junho. "Só da Noruega, vamos ganhar US$ 100 milhões para preservar [a Amazônia]." Segundo Minc, trata-se de um fundo privado, com dinheiro nacional e internacional, a ser gerido pelo BNDES. Um conselho, formado por representantes do governo federal, dos Estados e da sociedade civil, é que irá definir onde os recursos do fundo serão investidos, sempre em ações de preservação da Amazônia. A idéia é captar cerca de US$ 1 bilhão no primeiro ano. As doações serão voluntárias. Os dados do monitoramento do desmatamento da Amazônia em tempo real referentes a abril deverão ser divulgados até o fim da semana pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), mas não indicará nenhum "estouro" no ritmo de devastação, segundo Gilberto Câmara, diretor do instituto. Minc defendeu os dados, sob ataque do governador Blairo Maggi (MT) e do agronegócio: "Acho muito estranho algumas pessoas que aplaudem o Inpe quando alguns resultados acontecem e, quando os resultados são diferentes, resolvem que o Inpe não é qualificado".
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MARTA SALOMON; EDUARDO SCOLESE; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA. Folha. 28.05. Foto matéria: Alan Marques, Folha Imagem. Foto2: Dida Sampaio/AE.
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(*) Splish, Splash. (B. Darin - J. Murray - Erasmo Carlos). "Splish, Splash, fez o beijo que eu dei (...)". [www.vagalume.com.br].

GOVERNO LULA/PACOTE AGRÍCOLA: "ADUBANDO DÁ..."

Pacote agrícola dá alívio de R$ 75 bilhões

Depois de um primeiro mandato praticamente em pé de guerra com o setor agrícola, o governo Lula anunciou a maior ajuda financeira a agricultores endividados em toda a história.
O pacote envolve R$ 75 bilhões em dívidas que poderão ser renegociadas -com descontos do saldo devedor, redução dos juros, ampliação de prazos- e quitadas com abatimento de até 80% dos débitos. No total, os agricultores poderão ter um desconto de até R$ 9 bilhões nas dívidas, segundo o ministro Guido Mantega (Fazenda), beneficiando 2,8 milhões de produtores -dos quais 1,8 milhão de agricultores familiares e assentados da reforma agrária. O impacto nas contas do governo, porém, será bem menor: cerca de R$ 1,2 bilhão, diluído nos próximos anos. Em 2008, serão R$ 250 milhões apenas. Como boa parte das dívidas abrangidas no pacote já tinha sido lançada como prejuízo na contabilidade pública, o que o governo conseguir receber de volta, agora, será registrado como receita e servirá para cobrir os gastos com as medidas, minimizando o custo fiscal do pacote. Segundo os dados da Fazenda, o governo tem cerca de R$ 12 bilhões em débitos antigos, que já haviam sido provisionados (considerados perdidos), e a maior parte desses débitos entrou no novo pacote. A última grande renegociação do setor, de acordo com a assessoria técnica da Fazenda, foi em 2001 e envolveu algo próximo a R$ 15 bilhões. Atualmente, o total da dívida do setor é de R$ 130 bilhões, mas parte está em dia.

Preconceito
Defensor de uma "solução definitiva" para o endividamento do setor agrícola, o ministro Reinhold Stephanes (Agricultura) disse que é "preconceito achar que os agricultores são caloteiros". "Mais de 90% dos que não pagam não têm condições de pagar. O desvio é pequeno", afirmou. "O pequeno e o médio produtor rural têm inadimplência de 3%, mas carregam dívidas antigas. Fica, você, um ano sem receber salário que verá como vai ter dificuldade para equacionar suas dívidas", defendeu. Segundo o ministro, apesar da recuperação da renda no campo com o crescimento da economia e o aumento do preço das commodities agrícolas no mercado internacional, houve alta de custo de produção e valorização do real, que comem parte da rentabilidade. "Os fertilizantes triplicaram", disse. A maior parte das dívidas está nas mãos do setor público, mas uma parcela, que o governo não precisou, diz respeito a contratos privados. Nesse caso, segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Bernardo Appy, os benefícios serão só de redução dos juros, o que os bancos já teriam apoiado, disse Stephanes. As medidas incluem, ainda, a criação de um fundo de catástrofe rural, em que consórcios assumirão riscos maiores em casos de desastres naturais. Além de seguradoras privadas, o governo federal também vai participar, injetando recursos quando as empresas não conseguirem pagar sozinhas o custo. Também fez parte do pacote a criação de oito cargos de adidos agrícolas, que ficarão instalados em representações diplomáticas no exterior para auxiliar na abertura de novos mercado e em questões técnicas e negociações sanitárias, como o embargo da carne bovina pela União Européia. Após a edição da medida provisória de 37 páginas e 52 artigos, será preciso que o Conselho Monetário Nacional regulamente alguns pontos.
De acordo com Stephanes, o governo também pretende obter em cinco a dez anos a auto-suficiência na produção de fósforo e nitrogenados, utilizados como base para adubos e fertilizantes. Para isso, a participação da Petrobras será decisiva.
IURI DANTAS - SHEILA D'AMORIM - DA SUCURSAL DE BRASÍLIA. Folha. 2805.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

28-maio-2008

JORNAL DO BRASIL

-Juro do cheque especial sufoca a classe média
- Os bancos elevariam a taxa de juro do cheque especial de 149,8% ao ano, em março, para 152,7% em abril. O crescimento de 2,9 pontos percentuais nesta modalidade de crédito foi divulgado ontem pelo Banco Central. Especialistas consideram de baixa qualidade essa linha de financiamento, usada principalmente pala classe média endividada. O cheque especial só é considerado interessante para cobrir dívidas pessoais de um ou dois dias, no máximo. Para usar R$500,00 por 12 meses, por exemplo, o correntista pagará R$759 de juros. Na modalidade de crédito pessoal consignado, esse valor cai para R$300,52. (págs. 1 e A17)
- O presidente Lula aproveitou a chegada de Carlos Minc como ministro do Meio Ambiente para reaproximar-se da ex-ministra Marina Silva. Minc lembrou Raul Seixas e advertiu: "Não sou o carimbador maluco". (págs.1 e A5)
- A Câmara voltou a proibir a venda de bebidas alcoólicas em rodovias federais, mas só em zonas rurais. Pelo texto, que irá a sanção presidencial, o motorista pego com qualquer teor de álcool no sangue terá a carteira suspensa por um ano, e a infração será considerada gravíssima. (págs. 1 e A4)
- A Anistia Internacional divulgou as zonas de maior desrespeito aos direitos humanos: Darfur, no Sudão, Gaza e Mianmar. Para a entidade, o ocidente não cumpriu a declaração Universal dos Direitos Humanos. Ao Brasil, pede esforços na segurança. (págs 1 e A20)

FOLHA DE SÃO PAULO
-Lula dá alívio recorde a agricultores
-O governo Lula anunciou ajuda financeira recorde a agricultores endividados. O pacote envolve R$75 bilhões em dívidas que poderão ser negociadas com descontos do saldo devedor, juros menores, ampliação de prazos e abatimento de até 80% dos débitos antigos. No total, os agricultores poderão ter um desconto de até R$9 bilhões nas suas dívidas, disse o ministro Guido Mantega (Fazenda). A renegociação deverá beneficiar 2,8 milhões de produtores, sendo 1,8 milhão de agricultores familiares e assentados da reforma agrária. A última grande renegociação, segundo a Fazenda, foi em 2001 e envolveu R$15 bilhões. Hoje, a dívida do setor agrícola é de R$130 bilhões, mas parte está em dia. Para representantes dos produtores, o pacote é um avanço, mas é insuficiente. Eles cobraram investimentos em outras áreas. (págs. 1 e B3)
-A base governista no Congresso decidiu apresentar hoje a proposta de criação da CSS (Contribuição Social para a Saúde), nos moldes da CPMF, mas com alíquota de 0,1% ante 0,38% do antigo tributo. Os R$10 bilhões anuais esperados iriam integralmente para saúde. A proposta por projeto de lei complementar, é juridicamente polêmica: a Constituição só permite criar por esse instrumento tributos não-cumulativos. (pág 1 e A9)
-O corregedor-geral da Câmara, Inocêncio de Oliveira (PR-PE), recomendou a cassação do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, e encaminhou relatório ao Conselho de Ética. Paulinho é suspeito de participar do desvio de recursos públicos. O procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, também decidiu dar início a uma investigação para analisar as denúncias feitas contra o sindicalista. Paulinho negou ter cometido irregularidades e disse que é "vítima de perseguição política implacável". (págs 1 e A4)

O ESTADO DE SÃO PAULO
- Diante da ameaça de redução da safra de grãos, o governo prepara mudanças na portaria que limitou a concessão de crédito agrícola na Amazônia. Editado pela ex-ministra Marina Silva, o texto em vigor inclui 106 municípios que ficam em região de cerrado e não de floresta. Esses municípios agora deverão ser retirados da área de restrição. O presidente Lula empossou ontem Carlos Minc no Ministério do Meio Ambiente, em substituição a Marina. Em solenidade realizada no Planalto, Lula admitiu divergências com a ex-ministra, mas a comparou a Pelé. (págs. 1, A15 e A16)
- Imagens do horror nos maços de cigarro. Objetivo do Ministério é desestimular iniciação dos jovens no tabagismo. (págs. 1 e A17)
- A Companhia Energética de São Paulo entrou nas negociações para a venda da Nossa Caixa ao Banco do Brasil (BB). A intenção do governador José Serra (PSDB-SP) é vender a instituição em uma operação que entre outros fatores, mantenha os bancários como funcionários públicos para evitar prejuízo nas eleições deste ano e de 2010. Ao governo federal o negócio interessa por expandir o alcance do BB. A boa vontade de lado a lado já mudou o discurso de Brasília sobre a renovação das concessões para geradoras de energia como a Cesp. (págs. 1 e B3)
- O novo líder das Farc deseja negociar a legalização do bando como partido político. As Farc estão debilitadas, mas não o suficiente para que o governo colombiano reduza sua intransigência. (págs. 1 e A3)
- O Supremo Tribunal Federal retoma hoje o julgamento sobre o uso de células-tronco embrionárias em pesquisas. A expectativa é de que a discussão entre os ministros não se restringirá à liberação ou não de estudos. (págs. 1 e A17)

O GLOBO
- Um feto morto, dedos com gangrena e um rosto envelhecido são algumas das novas imagens selecionadas pelo Ministério da Saúde para impressão obrigatória nos maços de cigarro. O objetivo é provocar a repulsa entre jovens, alvo da campanha. (págs. 1 e 10)
- A empresa Energia Sustentável do Brasil, vencedora da licitação da hidroelétrica de Jirau (RO), disse que não vai erguer a usina, se não for aprovado projeto que desloca em 9km a obra, o que resultou em economia de R$ 1 bi. (págs. 1 e 23)

GAZETA MERCANTIL
-Indústrias trocam produção nacional pela importada
- A queda nas vendas de papelão ondulado, tradicional termômetro da economia do País, mostra que o crescimento da antecipação dos importados começa a alterar o perfil da indústria nacional. De janeiro a abril, as vendas acumularam queda de 0,6%, traçando uma trajetória inversa em relação ao varejo, que continua crescendo. Isso significa que "o papelão já deixou de ser um medidor das condições do Produto Interno Bruto há algum tempo. Muita coisa é produzida lá fora e já vem embalada", afirma Ricardo Amoroso, presidente do Grupo Orsa, que produz papel para embalagem mas está diversificando sua linha em razão desse cenário.
-O câmbio explica em grande parte o descompasso entre produção e demanda neste início de ano. "O comércio mais forte que a indústria pode indicar que o País está importando mais para cobrir a demanda doméstica", diz o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale. Segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) , Welber Barral, a questão cambial afeta empresas que dependem de insumos e mão-de-obra locais, como as têxteis e de calçados. Na fabricante de brinquedos Grow, os importados passaram a responder por 20% da linha de produtos. A gaúcha West Coast deverá receber nos próximos dias botas da China. Fabricante de sandálias, botas e calçados masculinos, a empresa começa a se preparar para substituir parte de sua produção com produtos asiáticos, diz Sérgio Baccaro, gerente da empresa. Para ele, esta tendência deve ser mantida no setor. Segundo André Rebelo, do Departamento de Economia da Fiesp, pesquisa realizada pela Ipsos com 1,6 mil empresas paulistas revelou que 20% dos empresários substituíram produtos de seu portfólio por importados e 25% aumentaram a fatia de insumos comprados no mercado externo. Segundo José Velloso Dias Cardoso, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), vários associados se tornaram importadores de máquinas, se desligaram da entidade e passaram a utilizar toda a experiência e conhecimento para se dedicar à importação e comercialização de máquinas. (págs. 1, A6 E A7)
- O setor ferroviário colhe resultados da privatização pela qual passou. Depois da revitalização da fabricação de vagões, chegou a vez das locomotivas. Com a presença do presidente Lula, a General Electric apresentou ontem a primeira locomotiva de grande porte feita em Contagem (MG). (págs. 1 e C3)
- Os ADRs (American Depositary Receipts, recibos de ações) das companhias brasileiras são os mais valorizados na Bolsa de Nova York. Desde o começo do ano, o índice de ADRs do Brasil acumula alta de 17,6%, o maior entre os países do grupo Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), segundo o The Bank of New York. No levantamento do banco, que acompanha o desempenho dos ADRs de 38 países, o Brasil só perde para o índice da Noruega, que sobe 27,59% no ano. O desempenho mostra um descolamento da crise do crédito imobiliário norte-americano (subprime). Na opinião de Manoel Félix Cintra Neto, conselheiro da BM&F Bovespa, a América Latina é o novo centro de capital e de investimento global. Segundo ele, depois do subprime há investidores retomando os negócios ao lado dos novos vindos do Oriente Médio. "Se existe uma guerra hoje no mundo, essa guerra é por atração de capital. A China vinha vencendo as batalhas, mas agora é a vez da América Latina, onde o Brasil é o principal centro de atração da região", afirma. (págs. 1 e B1)
- A repressão à formação de cartéis tem sido a prioridade dos órgãos que formam o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC). Entre 2003 e 2005, a Secretaria de Direito Econômico (SDE) emitiu 11 mandados de busca e apreensão contra empresas acusadas de formação de cartel e duas prisões. Em 2006 foram 19 e no ano passado, 84 mandados, com 30 prisões. "Cerca de 75% dos recursos da SDE são voltados para a repressão de cartéis", disse Mauro Grinberg, ex-conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e advogado do escritório Barcellos Tucunduva Advogados, ao apresentar as medidas tomadas no Brasil para combate aos cartéis. Um dos instrumentos usados pelo Cade e pela SDE é a delação premiada. Isso acontece quando um empresário delata envolvidos em um cartel em troca de imunidade ou diminuição de pena. Até agora, dez delações premiadas já foram acordadas e assinadas. Somente o líder do cartel não tem direito ao instrumento. Em março, a secretaria divulgou os requisitos exigidos para aceitar o mecanismo, como a desistência de ações judiciais pelo delator. Na semana passada, o Cade aplicou, pela primeira vez, a maior condenação por formação de cartel: uma multa de 30% do faturamento da empresa. "Antes, a média era de 10% a 15% do faturamento anual. Agora a média é de 20%", diz o advogado. (págs. 1 e A12)
- Mais uma peripécia financeira pode ser adicionada, em breve, à lista do empresário Eike Batista. O volume de captação com a oferta pública de ações (IPO) da OGX Petróleo e Gás, companhia que criou e da qual é acionista controlador, pode bater o recorde na bolsa paulista. Se a ação for vendida pelo maior preço estimado, de R$ 1.131, com os lotes adicional e suplementar somará R$ 7,55 bilhões em captação. Até então, as maiores captações no País são da própria Bovespa, com R$ 6,62 bilhões, e da BM&F, que captou R$ 5,98 bilhões. Mesmo com a negociação ao preço mínimo, de R$ 883 a ação, a OGX fica bem posicionada como a terceira maior captação, de R$ 5,89 bilhões. O feito é relevante porque, ao contrário das antecessoras, a distribuição da OGX não incluirá investidores do varejo. Eike Batista quer apenas investidores qualificados, como fundos e entidades de previdência complementar. Por isso, a negociação será feita em lotes mínimos de 100 ações, sem opção de compra fracionada. O empresário ganhou destaque no início deste ano pela negociação de US$ 5 bilhões com a Anglo American, à qual vendeu o controle de sua mineradora MMX. Na época, gabou-se de ter multiplicado por cinco o valor para o acionista em um ano e meio, fórmula que pode atrair investidores para sua nova oferta. Mas também recebe críticas em relação à velocidade meteórica com que cria e se desfaz de companhias. (págs. 1 e B4)
- O Governo Central registrou superávit primário de R$ 48 bilhões no primeiro quadrimestre de 2008, cifra equivalente a 5,31% do PIB, mais que o dobro da meta de 2,2% estipulada para este ano. (págs. 1 e A5)
- A isenção do PIS/Cofins para o trigo, a farinha e o pão começa a valer a partir de hoje, quando será publicada no Diário Oficial a medida provisória enviada ontem ao Congresso pelo presidente Lula. (pág. 1)
- A alemã DVA, que atua no setor de defensivos agrícolas, investirá US$ 100 milhões em fábrica no Brasil. O potencial agrícola do País atraiu a empresa, que concentrará 50% da produção aqui. (págs. 1 e C8)
- A receita dos bancos com serviços saltou de R$ 9,1 bilhões para R$ 28 bilhões de 2000 a 2007, o que representa crescimento de 94,4%, informou o Banco Central. (págs. 1 e B2)

CORREIO BRAZILIENSE
-Uma segunda chance
- Esperança de vida para os portadores de doenças degenerativas, o artigo 5º da Lei de Biossegurança, que permite a utilização de células- tronco embrionárias em pesquisas científicas, volta a julgamento no Supremo Tribunal Federal sob forte pressão de grupos religiosos contrários à medida. Ação Direta de Inconstitucionalidade contra o artigo, apresentada há três anos, será derrubada hoje à tarde, por 6 votos a 5 ou por 7 a 4, prevêem ministros do STF. (pág. 12 a 14 e 24)

VALOR ECONÔMICO
-O efeito corrosivo da inflação dos alimentos sobre o poder de compra dos trabalhadores já aparece nos números relativos ao primeiro quadrimestre. Em abril, de acordo com o Dieese, comprar a cesta básica exigiu 52,8% do salário mínimo, percentual superior aos 50,5% gastos em março.Segundo previsões de consultores, a cesta básica comprometerá neste ano 10,1% da renda bruta das famílias, acima dos 9,2% de 2007. Já os gastos com energia elétrica, telefonia, gás e transportes terão aumentos mais modestos que os do ano passado. Em conseqüência, a parcela da renda familiar destinada a esses serviços deverá cair para 25,2%, frente a 26,2% em 2007. Um gasto compensará o outro. "Com isso, a renda disponível vai ficar praticamente estável em 62,8%", observa Fábio Silveira, sócio da RC Consultores. Em 2009 a situação se inverte. As altas da cesta básica deverão ser menores com o fim da escalada da inflação dos alimentos, que no mercado internacional já dá sinais de estabilização, ainda que em níveis elevados. Mas o aumento dos preços administrados deverá ser maior, com a expectativa de que o IGP-M supere os 10% no ano.(págs.1 e A3)
- Ataques aos biocombustíveis não afetarão os planos de investimentos da Brenco, estimados em R$5,5 bilhões até 2015, afirma Philippe Reichstul. "Diante dos preços do petróleo, é cada vez mais uma idéia acertada", diz o executivo.
- Com o petróleo ao preço recorde de US$ 130 o barril, mais 100% acima do valor de uma década atrás, os temores sobre o fim da era dos hidrocarbonetos se generalizam. O banqueiro de investimentos Mathew Simmons constatou que o mundo depende de apenas uns poucos gigantescos antigos e decaídos campos de petróleo - e quase nada que se iguale a eles foi descoberto desde a década de 70. Um em cada cinco barris de petróleo consumidos no mundo a cada dia é extraído de um campo com mais de 40 anos. Nenhum campo descoberto nos últimos 30 anos foi capaz de produzir mais de 1 milhão de barris/dia. Analistas e executivos da indústria consideram catastrófica a opinião de que a produção de óleo atingiu seu pico. (págs. 1 e A14)
- A operação que culminou na noite de 25 de abril com a assinatura dos mais de 40 contratos que envolveram a compra da Brasil Telecom pela Oi foi precedida de uma intensa movimentação em escritórios de advocacia do Rio de Janeiro, que teve início ainda no mês de dezembro. Mais de dez bancas foram envolvidas nas negociações e cerca de 60 advogados participaram diariamente de reuniões, algumas simultâneas, com o consumo de muitas xícaras de café e vidros de energéticos. Várias noites foram passadas em claro e até sem banho. O quartel-general do batalhão de advogados que atuou na criação da "supertele" foi o centro do Rio, onde estão dois dos escritórios que foram sede de reuniões- um deles considerado "território neutro", para receber representantes de lados opostos, como Citigroup, fundos de pensão e Opportunity. (págs. 1 e E1)

http://www.radiobras.gov.br/sinopses.htm

PAULINHO/PF: "OLHA AÍ ! , AI O MEU GURI, OLHA AÍ ..." *

Corregedor pede cassação de Paulinho


Com uma rapidez pouco usual nesse tipo de procedimento, a Mesa da Câmara recebeu, aprovou por unanimidade e encaminhou ontem mesmo ao Conselho de Ética da Casa um pedido de cassação do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, por quebra de decoro parlamentar. Ele é acusado pela Polícia Federal de integrar uma "organização criminosa" supostamente criada para desvio de verbas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O corregedor da Casa, Inocêncio Oliveira (PR-PE), se disse tão convicto da participação de Paulinho que nem sequer criou uma comissão de sindicância para ampliar a investigação, alegando que seria "perda de tempo". Inocêncio tampouco esperou a convocação de uma reunião da Mesa Diretora. Em entrevista pela manhã, o corregedor anunciou a conclusão do seu parecer. Depois, junto com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), consultou os outros cinco membros titulares da Mesa para decidir pelo envio imediato da representação ao Conselho de Ética, a quem cabe instaurar processo. O colegiado elege hoje o seu presidente, em substituição ao deputado Ricardo Izar (PTB-SP), morto no início do mês. Entre os motivos listados para pedir a cassação, Inocêncio disse que Paulinho usou a verba indenizatória - R$ 15 mil mensais a que todo parlamentar tem direito para custear despesas fora de Brasília - para pagar pela assessoria de duas pessoas ligadas à Força: Luiz Fernando Emediato, presidente do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), e Antonio Diniz. O corregedor ainda associou esses personagens ao caso do BNDES. Inocêncio analisou as notas e os recibos apresentados por Paulinho para justificar os gastos com a verba e afirmou que o deputado pagou por mês, tanto para Emediato como para Diniz, valores de R$ 2.250 a R$ 4.250. "Emediato e Diniz receberam mensalmente como consultores", disse o corregedor. Ambos, segundo Inocêncio, usaram a empresa Paulo de Tarso Gracia Editorial, em operação triangular para receber os valores. Segundo o corregedor, eles são, também, ligados a João Pedro de Moura, acusado pela PF de ser um dos principais envolvidos no caso do BNDES. Ex-consultor do banco, Moura foi indicado por Paulinho. O deputado justificou ontem o uso da verba indenizatória para o pagamento aos dois: "Eles prestaram assessoria econômica e assessoria parlamentar."

GRAVAÇÕES
Inocêncio também levantou os registros das entradas do ex-consultor do BNDES na Câmara feitos pela Polícia Legislativa. São imagens captadas pelas câmeras internas e os registros nominais nas entradas na Casa. Nos 15 meses do mandato de Paulinho, Moura entrou por 39 vezes pelo anexo 4 da Câmara. Há imagens dele entrando no gabinete de Paulinho 12 vezes. "Não temos a menor dúvida da culpa do deputado Paulo Pereira da Silva. É caso para perda de mandato, tranqüilamente", alegou o corregedor. "A situação é gravíssima", acrescentou. "Não tenho dúvida de que os fatos são tão claros e fortes que mostram a participação dele no esquema."

MEU GURI
No relatório, Inocêncio relaciona também o repasse de R$ 1,3 milhão feito pelo BNDES para a organização não-governamental Meu Guri, presidida por Elza Pereira, mulher do deputado, como mostrou reportagem do Estado. A PF constatou que Moura figurou como testemunha do contrato não reembolsável entre o BNDES e a ONG, em 2001. Elza já foi intimada pela PF para prestar depoimento. Independentemente de ficar constatado que o parlamentar esteve envolvido nos desvios no BNDES, o corregedor entende que há base para o pedido de cassação. Na sua avaliação, Paulinho abusou das prerrogativas, em conversa telefônica interceptada pela PF com o ex-consultor do BNDES Ricardo Tosto, na qual afirma que iria "mexer os pauzinhos" para convocar à Câmara o ministro da Justiça, Tarso Genro.
Denise Madueño, BRASÍLIA. Estadão, 2805. Foto: Marcelo Justo, Folha Imagem.
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(*)O Meu Guri. Chico Buarque. Composição: Chico Buarque. "Quando, seu moço\ Nasceu meu rebento\ Não era o momento\ Dele rebentar\ Já foi nascendo\ Com cara de fome\ E eu não tinha nem nome\ Prá lhe dar\ Como fui levando\ Não sei lhe explicar\ Fui assim levando\ Ele a me levar \E na sua meninice\ Ele um dia me disse\ Que chegava lá\ Olha aí! Olha aí! Olha aí!\ Ai o meu guri, olha aí!\ Olha aí! \É o meu guri e ele chega!\ Chega suado\ E veloz do batente \Traz sempre um presente\ Prá me encabular\ Tanta corrente de ouro\ Seu moço!\ Que haja pescoço\ Prá enfiar\ Me trouxe uma bolsa\ Já com tudo dentro\ Chave, caderneta\ Terço e patuá\ Um lenço e uma penca\ De documentos\ Prá finalmente\ Eu me identificar Olha aí! (...)".

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SETOR CANAVIEIRO: CRITICA EXTERNA vs. REALIDADE

Relatório da Anistia destaca abusos no setor canavieiro

LONDRES - Preocupações com abusos de direitos humanos no setor de cana-de açúcar - base para a produção do etanol no Brasil - aparecem pela primeira vez em um relatório anual da Anistia Internacional. "Trabalho forçado e condições de trabalho exploradoras foram registrados em muitos Estados, inclusive no setor de cana-de açúcar, que cresce rapidamente", diz o relatório anual de 2008, com dados referentes a 2007, divulgado nesta quarta-feira, 28.
O documento cita casos de resgates feitos pelo Ministério do Trabalho no ano passado, como a retirada de 288 trabalhadores de seis plantações de cana-de açúcar em São Paulo, de 409 resgatados de uma destilaria de etanol no Mato Grosso do Sul e a libertação de mais de mil em condições "análogas à escravidão" em uma plantação da fabricante de etanol Pagrisa, no Pará. Tim Cahill, porta-voz da organização para o Brasil, diz reconhecer o "papel importante" que o setor tem no crescimento econômico do Brasil, mas que é fundamental que isso não aconteça às custas de violações de direitos humanos. "É importante que o governo brasileiro comece a regulamentar esse setor, a realmente policiar. Nós sabemos que existe algum policiamento por parte do Ministério Público e do Ministério do Trabalho, mas é preciso ser mais forte", afirmou Cahill. A organização prepara um estudo sobre o impacto do crescimento da agroindústria como um todo sobre a questão dos direitos humanos no Brasil. Além da cana-de açúcar, os setores madeireiro e de produção de laranja também são alvo da investigação. No relatório anual, a Anistia também afirma que o papel internacional do Brasil como defensor de direitos humanos pode perder credibilidade se o país não conseguir implementar medidas que produzam benefícios dentro de casa. "Países como o Brasil e o México têm tido posições fortes em defender direitos humanos internacionalmente e em apoiar o sistema da ONU. Mas, a não ser que a distância entre as políticas internacionais desses governos e o seu desempenho doméstico seja diminuída, a credibilidade desses países como defensores de direitos humanos será questionada", diz o documento. Tim Cahill lembra que o Brasil lutou, por exemplo, pela criação do Conselho de Direitos Humanos da ONU e foi um dos primeiros países a aceitar se submeter a um sistema de análise das condições internas pelo órgão. Por outro lado, segundo ele, o país teria continuado a não responder a questões importantes, como "por que que a polícia continua a matar e por que que continua a torturar". "Nós reconhecemos que o Brasil tem um papel importante a desempenhar a nível internacional em relação às reformas e aos avanços internacionais na luta pelos direitos humanos, mas nós continuamos a pressionar para que o país faça coisas concretas para seus próprios cidadãos", disse Cahill.
BBC Brasil - www.estadao.com.br - 2805.