PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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segunda-feira, abril 09, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] OVO e POVO

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CARLINHOS CACHOEIRA [In:] ''CTRL S"


Bicheiro passou fazenda no DF para a mulher



Uma fazenda em nome da amada
Autor(es): » Vinicius Sassine » Edson Luiz
Correio Braziliense - 09/04/2012

O contrato de compra e venda do imóvel, avaliado em R$ 20 milhões, foi descoberto pela Polícia Federal na operação que culminou na prisão de Carlinhos Cachoeira. Era uma forma de despistar a Receita nas movimentações atípicas de dinheiro feitas pelo contraventor.


Investigação da Polícia Federal aponta que o empresário Carlinhos Cachoeira comprou um imóvel de R$ 20 milhões no Distrito Federal e repassou para a mulher

A prática de distribuir bens milionários entre laranjas, uma forma de driblar a Receita Federal nas movimentações atípicas de dinheiro, incluiu a atual mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Andressa Alves de Mendonça, de 30 anos. Ao cumprir os mandados de busca e apreensão expedidos para a Operação Monte Carlo, deflagrada em 29 de fevereiro, a Polícia Federal (PF) encontrou um contrato de compra e venda de uma fazenda no Distrito Federal, avaliada em
R$ 20 milhões, no nome de Andressa. Para "aprofundar os fatos investigados", a PF sugeriu que a Justiça Federal ouvisse a mulher do bicheiro, em razão da existência do contrato de compra da fazenda.

Ao Correio, Andressa disse inicialmente desconhecer a existência do imóvel. Depois, afirmou que "pode ser alguma coisa que estávamos olhando". "Era apenas uma intenção de compra. Não existe absolutamente nada em meu nome." Conversas telefônicas degravadas pela PF para a Monte Carlo detectaram diálogos do casal referentes a bens colocados no nome de laranjas. Nas ligações, Cachoeira consultava e informava a mulher sobre a prática. "Conversávamos sobre tudo, inclusive sobre isso."

A fazenda colocada em nome de Andressa é a Santa Maria, localizada no DF — o relatório de análise do material apreendido durante a operação não detalha exatamente onde fica o imóvel. A PF descreve Andressa como "atual companheira de Carlos Cachoeira e ex-esposa do suplente de senador Wilder Pedro de Morais". Wilder é o primeiro suplente do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO), flagrado em conversas telefônicas colocando o mandato a serviço do bicheiro. O contrato prevê ainda "outras obrigações pecuniárias", como entrega de carros de luxo e pagamentos mensais de R$ 65 mil. A compra equivale a 50% das terras da Santa Maria.

O documento foi encontrado na casa de Gleyb Ferreira da Cruz, em Anápolis (GO), preso na Operação Monte Carlo e considerado um dos principais integrantes da organização criminosa. Além do contrato da Fazenda Santa Maria, policiais federais apreenderam outro documento de compra e venda de uma área em Brasília. Trata-se da aquisição de 35% da Fazenda Gama, no valor de R$ 10,5 milhões. O grupo de Cachoeira tentou grilar essas áreas — próximas ao Aeroporto Internacional de Brasília, entre o Lago Sul e o Park Way — a partir do pagamento de propina a servidores de órgãos locais, como constatou a investigação da PF. O valor registrado no contrato é superior ao que já havia sido apurado pela PF: R$ 2 milhões.

Laranjal
A principal laranja de Cachoeira, segundo as investigações, é a ex-mulher do bicheiro Andrea Aprígio de Souza. A Vitapan Indústria Farmacêutica, sediada em Anápolis e avaliada em R$ 100 milhões, está no nome de Andrea, mas pertence de fato ao bicheiro, conforme a PF. A ex-mulher também é sócia do Instituto de Ciências Farmacêuticas de Estudos e Pesquisas (ICF), em Goiânia. Foi o ICF que deu emprego à filha do deputado federal Leonardo Vilela (PSDB-GO), depois de o parlamentar fazer o pedido diretamente a Cachoeira, como o Correio mostrou nos últimos dois dias. A PF quer que a Justiça Federal também ouça Andrea Aprígio, "acerca dos bens de Cachoeira e sobre atividades de jogo ilegal".

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BRASÍLIA [In:] O ÓBULO DE SÃO PEDRO


As viúvas de Demóstenes



Nas Entrelinhas
Autor(es): Leonardo Cavalcanti
Correio Braziliense - 09/04/2012

A imagem de desilusão de quem acreditou no senador aproxima-se à daquela mulher que descobriu a amante do marido no dia do enterro. Ao se envolver com o bicheiro Cachoeira, o político goiano está fora das referências positivas dos eleitores brasileiros. Melhor assim


Demóstenes Torres tinha lá seus fãs. Melhor, uma infinidade deles. E não só entre os goianos, que o reelegeram com mais de 2 milhões de votos em 2010. Sem exageros, o senador do DEM era um dos principais representantes de um grupo de pessoas cientes da necessidade do contraditório, das ações e denúncias contra os governos petistas de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

É impossível saber o universo de eleitores, mas eles bem ou mal repercutiam as declarações do goiano. Na prática, dependiam dele como arauto, afinal o camarada tinha currículo brilhante no Ministério Público. E o início da vida parlamentar contribuiu para reforçar a imagem positiva do político, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a mais importante da Casa.

Temos uma série de viúvas de Demóstenes espalhadas pelo país. Mas não aquelas que guardam respeito pelo companheiro ao longo da vida. Refiro-me à mulher que descobre a amante do marido no dia do enterro. A boa imagem do camarada acaba ali. Ao se envolver com o bicheiro Cachoeira, o senador agora está fora das referências positivas dos eleitores. Melhor assim. Toda desgraça é pouca para quem enganou o cidadão, mesmo que tal coisa sirva mais uma vez de lição: acreditar piamente em políticos com discursos moralistas ao extremo só pode dar nisso, desilusão. Já temos exemplos demais.

Denúncias
Mas há outro aspecto da queda de Demóstenes, talvez mais emblemático. Desde a chegada a Brasília, em 2003, ele sempre foi procurado por jornalistas para repercutir reportagens. As frases eram exatas, claras e contundentes contra a corrupção. E, além do mais, tinha vasto espaço na mídia para publicar artigos. Nas listas dos mais influentes, lá estava ele, independentemente da qualificação dos jurados.

O senador era um formador de opinião, na melhor acepção do termo. Aliás, os próprios admiradores do goiano poderiam receber tal alcunha. Repito: o fato — ou a existência — dessas pessoas é positivo, afinal a democracia precisa do contraditório, do grito de que algo está errado. Assim, Demóstenes se fez, e se transformou num dos principais quadros de uma debilitada oposição aos petistas.

E aí está a maior perdedora com a desgraça de Demóstenes: a oposição. A caixa de ressonância segura dos partidos adversários do Palácio do Planalto perdeu um dos melhores componentes. E aqui não estou a dar espaço a lamentos. Ao contrário. A dificuldade do DEM e das demais legendas é de ordem prática. A partir de agora, terão de jogar com menos um, desequilibrando ainda mais as partidas.

O problema é que — ao contrário de um atleta expulso, obrigado a abandonar o campo de imediato, depois de fazer uma jogada perigosa — Demóstenes parece querer insistir no mandato. Assim, permanecerá ali, sendo lembrado todos os dias. Para piorar as coisas, o início do seu esquisito nome próprio é igual ao do partido de que se desfilou na semana passada. Uma desassociação difícil.

Outra coisa
Por mais que o clima de cassação tenha invadido o Senado, o processo é longo. E encostará no período da campanha eleitoral, o que já interfere diretamente na disputa dos municípios goianos e deverá atrapalhar o discurso da oposição ao Palácio do Planalto pelo menos nas capitais. O único alento para os adversários dos petistas em outubro é que o Partido dos Trabalhadores não precisa de inimigos para se atrapalhar. Os camaradas se atrapalham sozinhos. É só assistir com mais cuidado às atuais negociações para os palanques nas principais cidades brasileiras. Não faltam exemplos.

"Sempre se pode formar a opinião pública num duplo processo, de baixo para cima e vice-versa, através dos líderes de opinião, tanto em nível local como nacional"

Trecho de Dicionário de Política, de Norberto Bobbio, Nicole Matteucci e Gianfranco Pasquino.

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