PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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segunda-feira, setembro 06, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] É NO GRITO

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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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RECEITA FEDERAL/DOSSIÊs [In:] QUE LEÃO É ESSE??? II

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Errei. Perdão


Autor(es): Ricardo Noblat
O Globo - 06/09/2010

Cadê esse tal de sigilo, que não apareceu até agora? Cadê o vazamento das informações? (Lula, empenhado em confundir)

Na última sexta-feira de manhã, ao gravar comentário para o site deste jornal, eu disse que o governo fora lerdo, irresponsável e incompetente no trato da violação do sigilo fiscal de Verônica Serra.

Podendo, lá atrás, abortar o escândalo, não o fez.

Mea culpa! O certo seria ter dito simplesmente que o governo preferiu esconder o caso.

No dia 20 de agosto último, o secretário da Receita Federal foi informado sobre a quebra do sigilo de Verônica.

Perguntei no comentário: O que você teria feito no lugar dele? E disse como teria agido para evitar a eclosão de um escândalo capaz de embaraçar o governo, assustar o seu partido e manchar a provável eleição de Dilma Roussef.

Eu encomendaria de imediato uma cópia da procuração assinada por Verônica, e que permitira ao procurador dela acessar suas declarações de Imposto de Renda de 2007 a 2009. Consta da procuração o nome do cartório onde fora reconhecida a firma. Passo seguinte: telefona aí para o cartório e vê se Verônica tem firma por lá.

Descobriria que ela jamais teve. Logo, a procuração era falsa. Em seguida, destacaria um assessor para reunir as informações disponíveis nos arquivos da Receita sobre o falso procurador Antônio Carlos Telles. Estava lá: no passado, ele chegara a operar com cinco CPFs ao mesmo tempo. Era processado em vários estados.

A oposição celebraria se soubesse do caso antes de o governo se mexer. Quebra de sigilo fiscal é crime. Quebra de sigilo fiscal da filha do candidato da oposição à Presidência seria um crime, digamos, triplamente qualificado contra ela, o pai e o propósito do governo de eleger Dilma. Então, levaria o assunto ao conhecimento do meu superior o ministro da Fazenda.

Nada mais razoável que ele conversasse com o presidente a respeito. E que o presidente, um sujeito esperto, dotado de rara sensibilidade política, reagisse assim: Telefonem para Serra. Oi, Serra, acabei de saber que violaram o sigilo fiscal da Verônica.

Pois é, sei... Eu lembro que você tinha me alertado para essa possibilidade. Mas já tomei providências.

E enumeraria todas: Chamei o ministro da Justiça. Ele acionou a Polícia Federal, que abriu inquérito. Espero esclarecer tudo em curto prazo. O ministro da Comunicação Social dará uma entrevista coletiva daqui a pouco. E eu soltarei uma nota condenando com veemência o que ocorreu.

Somos adversários, mas jamais jogaria sujo.

Concordam que, agindo dessa forma, o governo se sairia bem? E que a oposição talvez se visse forçada até a elogiá-lo pela rapidez e transparência? Foi o que imaginei na sexta-feira de manhã. Mas aí, à noite, o Jornal Nacional revelou que o falso procurador de Verônica fora filiado ao PT entre 2003 e 2009. E que cometera o crime ainda na condição de filiado.

Olha aí, gente, formou! O governo escolheu esconder a quebra de sigilo de Verônica.

E quando, para seu desgosto, ela se tornou pública, escolheu mentir ao dizer que Verônica assinara uma procuração, e que era preciso investigar o caso para saber de fato o que acontecera.


Se a imprensa tivesse decidido esperar, é bem possível que nada ficasse esclarecido até o dia da eleição.

Pois menos de uma hora antes de sites e de blogs divulgarem que a procuração era falsa e que Antonio Carlos era um homem de cinco CPFs e de passado obscuro, a Receita ainda teimava em vender a história de que existia uma procuração assinada por Verônica. E que o mais sensato seria transferir para a Polícia Federal a tarefa de apurar tudo com o devido rigor e cuidado.

A verdade é que o governo usou a máquina pública no caso, a Receita para proteger sua candidata, o que configura crime eleitoral.

E fez uma aposta errada.

Não foi lerdo. Nem mesmo incompetente porque poderia ter ganhado a aposta.

Foi irresponsável. E, por omissão, palavras e obras, acabou sendo conivente com o que Dilma chamou de malfeito. Um crime malfeito, digo eu.

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RECEITA FEDERAL/SINDICATOS [In:] EIS A RECEITA!

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Sindicato indica lista tríplice


O Globo - 06/09/2010

Em agosto, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) anunciou uma lista tríplice com indicações de substitutos para o cargo de Otacílio Cartaxo, atual secretário da instituição. A ideia é sugerir os três escolhidos para o próximo presidente da República, que define quem deve comandar a Receita.

Os nomes foram definidos por votação pela própria categoria explica Pedro Delarue, presidente do Sindifisco.

Os três nomes são: Dão Real Pereira dos Santos, Luiz Sérgio Fonseca e Henrique Jorge Freitas da Silva.

Todos ocuparam funções de destaque nos onze meses da gestão de Lina Vieira. O sindicalista reconhece que, durante o período, a arrecadação diminuiu: Algumas pessoas assumiram cargos-chaves sem experiência administrativa, apesar de serem excelentes auditores.


Delarue ressalta que o aprendizado adquirido na gestão de Lina será suficiente para credenciar os nomes da lista tríplice ao cargo mais importante da Receita: Depois de um ano sob fogo cerrado, eles estão mais experientes.

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RECEITA FEDERAL/DOSSIÊs [In:] QUE LEÃO É ESSE???

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'Facção sindical ocupou cargos na Receita'


Autor(es): Fabio Brisolla
O Globo - 06/09/2010

Everardo Maciel, ex-secretário da Receita, afirma que violação de sigilo é plataforma para outros crimes.

A crise na Receita Federal deflagrada pela violação de sigilos fiscais é resultado de um loteamento de cargos guiado por interesses políticos. A crítica partiu de Everardo Maciel, que comandou a Receita Federal nos dois mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002. Sócio de uma consultoria fiscal em Brasília, ele diz que os problemas começaram com as indicações de sindicalistas para posições estratégicas na gestão de Lina Vieira, que antecedeu o atual secretário Otacílio Cartaxo. Sobre as violações constatadas, Everardo critica o ministro da Fazenda, Guido Mantega, por afirmar que a Receita sempre foi vulnerável: "É uma maneira de encobrir o que vem sendo praticado."

Qual a sua avaliação sobre a violação do sigilo fiscal constatada dentro da Receita Federal?

O ministro Mantega afirmou que a Receita sempre foi vulnerável. O senhor concorda com essa afirmação?

EVERARDO: Vulnerabilidade existe em todos os sistemas de informação de qualquer órgão, em qualquer país que seja. Agora, é importante saber o grau de rigidez do sistema. Dizer que o sistema da Receita é vulnerável... Não é. Ou poderia dizer: é dos menos vulneráveis. Não significa que não pode acontecer. Mas também essa não pode ser a justificativa para as falhas que ocorreram. Isso é uma maneira de encobrir o que vem sendo praticado.

Qual seria a questão central a ser observada na investigação sobre a quebra de sigilo?

EVERARDO: É preciso olhar o aspecto mais importante nessa história toda. O problema não é vulnerabilidade da Receita. Essa é a ponta de um iceberg, um fragmento de uma questão mais ampla. Evidencia a existência de uma quadrilha que estava tentando obter informação cujas intenções eram as piores possíveis. Não estou fazendo acusações políticas. Mas as pessoas que fizeram tinham um interesse comercial, havia um negócio em andamento, com finalidade política.


Um dos suspeitos, o contador Antônio Carlos Atella Ferreira, segundo o TRE, era filiado ao PT...

EVERARDO: Existe essa pessoa, com uma biografia esquisita... Não consigo entender como não foi decretada prisão desse cidadão. Ele está obstruindo a Justiça e debochando do Estado brasileiro.

A atual administração da Receita Federal foi comprometida por causa das violações constatadas?

EVERARDO: O comando da Receita não pode ser responsabilizado pelo que está acontecendo. Seria injusto. O importante neste momento é identificar os responsáveis por essas violações. E agir de forma transparente, algo que infelizmente não vem ocorrendo. A cada minuto há uma explicação diferente para um fato. É preciso assumir o problema, de forma adulta.

O senhor acha que o atual secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, deve ser afastado do comando da instituição?

EVERARDO: Não. O que tem de haver é uma discussão clara. A Receita é assunto de Estado. Não pode ser tratada como questão política. Ele não pode ser tratado como bode expiatório nessa história. Sua nomeação foi o reconhecimento de que o modelo estabelecido anteriormente estava errado.

O senhor se refere à gestão de Lina Maria Vieira? A interferência política teria começado nesse período?

EVERARDO: Na administração anterior, cargos estratégicos foram ocupados por facção sindical da Receita. Isso não pode nem ser chamado de aparelhamento. É um subaparelhamento. Acho que o próprio governo reconheceu que cometeu um erro. E a indicação de Cartaxo foi uma forma de se corrigir isso.

Lina Vieira seria a responsável por esse aparelhamento ocorrido dentro da Receita?

EVERARDO: A Lina foi um mero instrumento. Não saberia identificar quem no governo definiu essa orientação.

Lina substituiu Jorge Rachid, que, antes de ser secretário da Receita Federal, foi seu braço direito no comando da instituição. O senhor acha que a demissão dele foi articulada por grupos políticos?

EVERARDO: Quando Rachid assumiu, houve uma campanha deliberada, política, pesada, que envolveu ações difamatórias, com objetivo de retirá-lo do comando. Ele não saiu de imediato por ter conduzido a receita de forma íntegra. Mas, em um dado momento, ele foi derrubado de maneira sórdida. E as pessoas que entraram atendiam a essa facção política. A consequência disso não terminou ainda. E, por incrível que pareça, essas pessoas não desistiram de tomar o poder. Os três candidatos do sindicato ao cargo de Secretário da Receita integravam a administração de Lina Vieira (em agosto, o sindicato dos auditores fiscais anunciou uma lista com três nomes para substituir Cartaxo, que será enviada ao próximo presidente da República). Eles não desistiram.

A crise atual na Receita estaria relacionada diretamente com essa "facção política" que tentou assumir o comando da instituição?

EVERARDO: O Rachid caiu em decorrência de um processo iniciado no dia em que ele tomou posse. E resultou num desastre. A Receita caiu, a estrutura foi desorganizada. A crise atual é consequência da politização da Receita. A saída de Rachid foi apenas um capítulo desse enredo. Mas o episódio atual (as violações de sigilos), lamentável, criminoso, ao menos serve para a sociedade perceber o que estava acontecendo lá dentro.

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BRASIL SINDICAL [In:] ARREIOS NOVOS, PELEGOS VELHOS

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Que social-democracia é esta?



Autor(es): Luiz Werneck Vianna
Valor Econômico - 06/09/2010


A campanha corre o risco de acabar sem que se discuta que social-democracia é esta em que só há lugar para a ação paternal do Estado

Não é preciso recuar muito no tempo, pois são de ontem os debates, na França e nos Estados Unidos, que confrontaram os candidatos à presidência Nicolas Sarkozy e Ségolène Royal, no primeiro caso, e Barack Obama e John McCain, no segundo, quando, com audiência mundial, cada um dos oponentes apresentou seus diagnósticos sobre o estado de coisas reinante em seus países e os programas de ação em que iram se empenhar, caso vitoriosos. Evidente e natural que os temas selecionados e o tipo de desempenho adotado por eles estavam largamente informados por pesquisas de opinião e por especialistas em marketing eleitoral, mas também ficou evidente, nas intervenções espontâneas, no calor das controvérsias, a marca personalíssima de cada candidato nas questões mais sentidas de suas sociedades, como a emigração, a guerra, os rumos da economia e da administração da questão social. Sequer faltaram as que tinham por objeto a própria interpretação de suas histórias nacionais, como nas famosas interpelações de Barack Obama ao inventário das tradições americanas.

Ora, direis, ouvir estrelas... Não haveria termo de comparação entre essas duas sociedades, vanguardas do Ocidente desenvolvido, com a brasileira, e, assim, não se deveria esperar que a campanha presidencial em curso reeditasse o seu padrão de debates. Na velha pauta do nosso pensamento conservador, deveríamos admitir a natureza refratária da massa dos indivíduos subalternos aos temas abstratos e complexos, apenas capazes de dar ouvidos a quem deles se aproximar com um dom materialmente tangível. Seria deles, afinal, a responsabilidade pela pobreza dos debates, e, assim, mais uma vez, explica-se a falta de imaginação e o caráter personalista da nossa política como resposta funcional à rusticidade da nossa sociologia.

Dessa forma, a campanha presidencial quando se destina às massas deserdadas do Nordeste se torna refém das políticas de programas assistencialistas, a serem expandidos e aperfeiçoados na linguagem comum dos candidatos. Se o estado de emergência em que vivem justifica esse tipo de intervenção, não há razão alguma para que não se introduzam nos debates sucessórios a questão crucial da transposição do rio São Francisco, com os temas a ela correlatos, para a qual a população sertaneja, caso exposta às controvérsias nela presentes, saberia manifestar as suas preferências. Sobretudo no que dissesse respeito às novas oportunidades que se poderiam abrir para que, ela própria, viesse a reunir condições para reinventar a sua forma de inscrição no seu mundo. O mesmo em relação às populações a serem afetadas pelas intervenções nas bacias hidrográficas já em andamento ou em fase de planejamento no Norte do país.

Contudo, o modelo da social-democracia neocorporativa à brasileira, admitindo-se como adequada essa conceituação em voga sobre o que seria, de FHC a Lula, a caracterização do sistema de governo atual, demonstra confiar muito pouco na sociedade civil. Seu atraso constitutivo e sua tradicional fragmentação não favoreceriam a que a livre explicitação dos interesses conduzisse às soluções mais justas e racionais, que dependeriam - em um diagnóstico que nos devolve à demofobia de um Oliveira Vianna dos anos 1920/30 -, mais do que a arbitragem do Estado diante de interesses divergentes, da sua intervenção direta na qualidade de intérprete mais qualificado do interesse geral. Com essa prática, que tem prevalecido nestes anos do segundo mandato de Lula, felizmente ainda sem teoria que a escore, o melhor lugar para os movimentos sociais ou estaria nas adjacências do Estado ou no seu próprio interior.

Um exemplo significativo desse estado de coisas se encontra na vida sindical. A opção por um modelo de sistema de sindicalismo negociado, em oposição ao legislado, consistiu em uma das marcas de origem da formação do PT, presente desde os tempos em que Lula era um sindicalista metalúrgico do ABC. Ainda fiel a essa inspiração, o então ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, destacado sindicalista e prócer do PT, interpretando deliberações do Forum Nacional do Trabalho, convocado pelo próprio governo, encaminhou a PEC 369/05, dizendo, em sua declaração de motivos, reconhecer a necessidade de uma reforma que torne "a organização sindical livre e autônoma em relação ao Estado", vindo a fomentar "a negociação coletiva como instrumento fundamental para a solução de conflitos".

Nessa exposição de motivos, o ministro Berzoini identifica a existência de "obstáculos institucionais à modernização das relações sindicais", que estariam a impedir a ação de uma representação autêntica da vida associativa dos trabalhadores, e, entre outras medidas relevantes, propõe a desconstitucionalização do princípio da unicidade sindical, clara opção em favor da pluralidade sindical e da extinção da contribuição sindical. Como amplamente sabido, o governo recuou dessa proposta, mudando sua agenda sindical no sentido de destinar às centrais sindicais reconhecidas pela legislação um porcentual do arrecadado com a contribuição compulsória, com o que veio a propiciar o retorno a práticas do corporativismo de Estado, que sempre combateu.

A cara nova da social-democracia à brasileira, se o conceito se aplica, data daí, de 2005, quando se disparou o comando de meia-volta, volver, e, em marcha batida, redescobrimos o Estado dos anos 1950/60. De lá para cá, já se passou uma campanha presidencial e estamos quase ao término de outra, sem que se discuta que social-democracia é esta, em que só cabe lugar para o Estado e sua ação paternal sobre a sociedade.

ELEIÇÕES/BRASIL [In:] ''LIBERDADE! LIBERDADE! ABRE AS ASAS SOBRE NÓS!" (*)

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Ameaças à democracia


Autor(es): Carlos Alberto di Franco
O Estado de S. Paulo - 06/09/2010

Em 1964, sob o pretexto de preservar a democracia, ameaçada por um presidente da República manipulado pelo radicalismo das esquerdas, os militares tomaram o poder. E o que se anunciava como intervenção transitória, com ânimo de devolver o poder aos civis, se transformou no pesadelo da ditadura. A imprensa foi amordaçada. Lideranças foram suprimidas. Muitas injustiças foram cometidas em nome da democracia. Lembro-me da decepção de um primo-irmão de minha mãe, o professor Antônio Barros de Ulhôa Cintra, ex-reitor da Universidade de São Paulo e ex-secretário da Educação do Estado. Seu espírito liberal e independente, incompatível com a mentalidade de pensamento único que então prevalecia, provocou a ira dos donos do poder. Como ele, inúmeros brasileiros, cultos e intelectualmente inquietos escorregaram para o limbo do regime que via comunista em todo canto. Resistiram empunhando as armas da inteligência e da autoridade moral que não cede à sedução do poder.


O que se viu no transe da ditadura foi o germinar de duas tendências opostas: liberdade versus autoritarismo. Os democratas, como Tancredo Neves e Ulysses Guimarães, entre outros, partiram para luta contra a ditadura, mas sempre apontando para o horizonte de um regime aberto. Outros, como Dilma Rousseff e Franklin Martins, partiram para a clandestinidade. Passaram-se muitos anos. A guerrilha foi substituída pelos ensinamentos de Gramsci, pela força do marketing político e pela manipulação populista das massas desvalidas. Mas a alma continua a mesma: autoritária. A hipótese de que caminhamos para uma aventura antidemocrática não se apoia apenas na intuição e na experiência da História. Ela está gritando na força inequívoca dos fatos. Vamos lá, caro leitor.

Em discurso, ao lado do presidente Lula, o ministro Franklin Martins criticou a imprensa e disse que os jornais e as emissoras de TV vão perder o controle sobre as notícias levadas à opinião pública. Eles participaram do lançamento da TVT, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Franklin disse que o canal ajudará a internet a quebrar o poder dos "aquários", jargão que identifica a chefia das redações dos grandes jornais. "Isso é uma revolução e incomoda muita gente que ficava no Olimpo. Mas é irreversível, e está apenas começando." O inimigo é claro e declarado: a imprensa independente. A mesma que combateu a ditadura militar e que se opõe, e se oporá sempre, aos novos ímpetos autoritários que se vislumbram no horizonte pós-eleitoral.

O projeto de controle das comunicações e das liberdades públicas não é uma possibilidade. É uma estratégia em clara implantação. O respeitado especialista Ethevaldo Siqueira, em artigo no jornal O Estado de S. Paulo, fez uma impressionante radiografia do avanço controlador. "O PT não quer simplesmente continuar, mas se prepara para aprofundar o aparelhamento do Estado na área das comunicações. Ao longo de quase oito anos, o partido ocupou quase todos os espaços de poder na área de comunicações", diz Siqueira. O governo Lula esvaziou e desprofissionalizou as agências reguladoras, concentrou seus esforços na formulação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) e na recriação da Telebrás. "Criou a Empresa Brasileira de Comunicações (TV Brasil) e passou a cuidar quase secretamente da questão da banda larga e da Telebrás." A estratégia petista de poder consiste em aprofundar o aparelhamento e a ocupação total do precioso território estatal das comunicações, conclui Siqueira.

A tomada das comunicações, clara, aberta e despudorada, é mais um capítulo, mas não encerra os procedimentos previstos no manual de instruções antidemocrático. Assistimos, atônitos, à transformação de instituições da República em autênticas estruturas de coordenação de ações criminosas. É o caso da violação do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB. Reportagem dos jornalistas Leandro Colon e Rui Nogueira, ambos da sucursal de Brasília do Estadão, revelou que, além de Eduardo Jorge Caldas Pereira, mais três pessoas ligadas ao PSDB tiveram seu sigilo fiscal violado. Parte dessas informações, aquela relativa a Eduardo Jorge, foi parar nas mãos de setores petistas e, de lá, na redação do jornal Folha de S.Paulo, que divulgou a história. Trata-se da instalação do clima de insegurança institucional. Ninguém está livre do assalto à cidadania.

Por incrível que pareça, Eduardo Jorge só teve acesso às investigações da Receita graças a uma decisão judicial. E aí ficou muito claro que as quebras de sigilo não foram fatos isolados, mas parte de um esquema. Com a bomba no colo, o governo partiu para um gesto teatral: a entrevista concedida às pressas pelo chefe da Receita Federal. Foi patética. Tudo não teria passado de um esquema de propina na delegacia da Receita em Mauá. É a versão atualizada do caso dos aloprados. A explicação da Receita, embora carregada de nonsense, só ocorreu por uma razão: a pressão incontornável da verdade informativa. É isso que incomoda. É isso que se quer controlar. Algemada a imprensa, sucumbe a liberdade e morre a cidadania. Controle das comunicações, cerco à imprensa independente, aparelhamento das instituições. Delírio persecutório? Não. Fatos. Só fatos.

É sombrio o horizonte da democracia brasileira. Agora, com a economia turbinada, tudo é festa e a capacidade crítica se esvai. Mas um país com imprensa ameaçada, oposição esfacelada, instituições aparelhadas, comunicação controlada e sob o efeito de um crescente populismo assistencialista é tudo menos uma democracia. Escarmentemos no exemplo venezuelano. Cabe-nos resistir, como no passado, com as armas do profissionalismo, da ética inegociável e da defesa da liberdade.

A democracia pode cambalear, mas sempre prevalece.

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(*) HINO DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA.

"(...) Eia, pois, brasileiros avante!".

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(Jovens, apreendam!!!).

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ELEIÇÕES 2O1O [In:] BRASÍLIA ESPELHO DO BRASIL ?

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METADE DOS BRASILIENSES NÃO ASSISTE AO HORÁRIO POLÍTICO


Horário eleitoral atrai só 53% dos brasilienses



Autor(es): Diego Amorim
Correio Braziliense - 06/09/2010

Pesquisa do CB Data mostra que pouco mais metade dos eleitores acompanham a propaganda política gratuita. Desses, 93% o fazem pela TV.

Quando a propaganda eleitoral gratuita interrompe a programação, começa a enxurrada de promessas e a repetição de clichês como “você me conhece”, “juntos, vamos mudar Brasília”, “preciso do seu apoio”, “com ética e transparência, construiremos uma nova história”. Para ajudar a definir voto ou por pura curiosidade, apenas metade dos brasilienses não desliga a televisão ou o rádio no momento do horário eleitoral gratuito. De acordo com pesquisa realizada pelo Instituto CB Data, as propagandas políticas têm sido acompanhadas por 53% do eleitorado. Outros 43% dos entrevistados afirmam não assistir ou ouvir os políticos na TV e no rádio.

Há exatas três semanas, postulantes a uma vaga no Legislativo ou no Executivo ocupam por dia e todo dia — a única exceção são os domingos —, uma hora e quarenta minutos do tempo de rádio e TV(1). Será assim até o último dia deste mês, quando restarão 72 horas para o primeiro turno das eleições. Entre os que afirmaram ao CB Data que, sim, acompanham a propaganda eleitoral, 93% o fazem pela televisão. Apenas 5% dos entrevistados disseram ouvir os candidatos pelo rádio. Mesmo em poucos segundos, candidatos aproveitam o espaço garantido por lei para tentar emplacar slogans e músicas de campanha — inéditas, reinventadas ou copiadas de hits de sucesso — e, principalmente, para falar o nome e o número da candidatura quantas vezes for possível.

Ataques
Na corrida ao Buriti, os concorrentes Agnelo Queiroz (PT) e Joaquim Roriz (PSC) têm subido o tom a cada programa. O palanque televisivo serve para atacar o adversário, além de exaltar a própria campanha. À medida que o clima esquenta, as produções partidárias tendem a atrair mais audiência. Para os 1,1 mil eleitores consultados entre 29 e 31 de agosto, os dois candidatos que ocupam a dianteira nas pesquisas de intenção de voto são os que melhor usam o tempo de propaganda. Agnelo, com 38% de aprovação de seu programa, apresentou leve vantagem em relação a Roriz, que obteve 37%.

O candidato petista usufrui de sete minutos e 27 segundos para “vender o peixe”. Roriz tem cinco minutos e 39 segundos. A troca de farpas entre eles rendeu, só na última semana, quatro intervenções do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF). As acusações mútuas também são armas usadas pelos presidenciáveis. A pesquisa do CB Data, realizada somente no Distrito Federal, indica que para 55% do eleitorado Dilma Rousseff (PT) é quem aproveita melhor o tempo de propaganda — no caso dela, 10 minutos e 38 segundos. Em seguida, com 20%, aparece José Serra (PSDB) — sete minutos e 18 segundos.

Em relação aos principais problemas do Brasil e do Distrito Federal, as 1,1 mil pessoas consultadas na pesquisa do CB Data elencaram, no topo do ranking, saúde, segurança, educação, desemprego e corrupção. O resultado confirma outra pesquisa, feita em parceria pelo Correio e pelo Instituto FSB de Pesquisa no início deste mês, que apontou os dois primeiros temas como maiores desafios dos próximos governos. Outros assuntos citados pelo levantamento do CB Data foram saneamento básico, fome, administração, transporte coletivo, drogas, habitação e economia (veja quadro a lado).

1 - Programa gratuito
Na televisão, a propaganda é transmitida das 13h às 13h50 e das 20h30 às 21h20. No rádio, das 7h às 7h50 e das 12h às 12h50. Os candidatos a governador, senador e deputado distrital aparecem às segundas, quartas e sextas-feiras. Os que querem ser presidente ou deputado federal têm espaço reservado às terças, quintas e sábados. Além desses horários, há diversas inserções durante a programação normal de rádio e TV.

O número
Faltam
27 dias
para o 1º turno






Rosso é aprovado

Rogério Rosso comanda um governo regular, na avaliação da maior parte dos brasilienses (31%) que participaram do levantamento do Instituto CB Data. Rosso assumiu o cargo no momento político mais difícil da história da capital do país. Ao fim do mandato, terá permanecido menos de nove meses à frente do Buriti. Classificam o governo dele como bom ou ótimo 29% do eleitorado. Ruim e péssimo, 22%. O restante não respondeu ou não soube responder ao questionamento.

Entre os que avaliaram como regular, a pesquisa perguntou se era “regular-positivo”, “regular-negativo” ou “regular-regular, nem positivo nem negativo”. Com o resultado, chegou-se ao índice de aprovação de 35%, que representa a soma das respostas “bom”, “ótimo” e “regular-positivo”. O índice de desaprovação atingiu 29%. Os pesquisadores apontam empate técnico entre as duas avaliações. Os que nem aprovam nem desaprovam o governo Rosso somaram 19%. Rosso tomou posse em 19 de abril, após vencer eleição indireta na Câmara Legislativa, com votos de 13 dos 24 deputados distritais.

No DF, também de acordo com a pesquisa, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é avaliado como bom ou ótimo por 71% do eleitorado. A soma de ruim ou péssimo não passa de 5%. O índice de aprovação salta para 78%, contra 8% de desaprovação. O PT, legenda do presidente, é o escolhido entre os brasilienses que dizem ter preferência partidária. Bem atrás, aparecem o PMDB e o PSDB. Seis em cada 10 eleitores, porém, afirmaram desconsiderar partidos. (DA)


O povo fala

Você assiste à propaganda eleitoral gratuita? Por quê?

Fotos: Leonardo Arruda/Esp. CB/D.A Press

Manoel Lima da Silva, 43 anos, comerciante, morador de Águas Claras

“Não tenho tempo, sou trabalhador. Mas mesmo se tivesse (tempo) não veria. Ver pra quê? Aquilo não serve pra nada. É perda de tempo. Eles (os políticos) são malandros, só roubam.”














Cleydy Mariana da Silva, 35 anos, motorista, moradora do Gama

“Às vezes escuto no rádio, mas não gosto de política. Não acredito em nada do que eles (candidatos) estão dizendo. Em época de eleição, todo mundo promete. Na hora da verdade, não fazem nada.”









Davi Oliveira, 18 anos, desempregado, morador de Luziânia (GO)

“Se eu estiver em casa, vejo na televisão. Mas aquilo é uma piada. Os caras são comédia, só fazem a gente rir. Falam muita besteira, a gente sabe que não é verdade.”










Serena Alves, 19 anos, estudante, moradora do Gama

“Escuto mais do que vejo. É bom pra gente ter ideia de quem é menos pior. Mas não é agradável. Ligo o rádio pra ouvir música, não pra aturar aquele tanto de mentira.”











Gaspar Pereira, 43 anos, vendedor, morador de Planaltina

“Geralmente, não assisto, porque não tem nada ali que me interessa. São um bando de mentirosos. É melhor desligar a TV e ir dormir. Falam uma coisa hoje e, quando ganham, mudam o discurso.”









Maria de Fátima Oliveira, 45 anos, auxiliar de serviços gerais, moradora de Ceilândia

“Não, porque não gosto de jeito nenhum. É um saco. Quando começa a passar, desligo logo a TV. Ficam só naquelas promessas, promessas e nada. Está difícil escolher meus candidatos.”

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ELEIÇÕES 2O1O [In:] ''NO ESTOY GARANTIZANDO"

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04/09/2010

às 1:39 \ Na revista

Dilma 1,99 Rousseff


“Depois de falir como comerciante, Dilma Rousseff voltou correndo para o aparelho estatal. A loja de produtos panamenhos e chineses foi expurgada de sua biografia oficial. O fracasso revela a verdadeira natureza de Dilma Rousseff: ela só existe como acessório do PT”

Dilma Rousseff era uma apaniguada do PDT. Quando saiu do PDT, ela virou uma apaniguada do PT. Desde seu primeiro trabalho, trinta anos atrás, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Dilma Rousseff sempre foi assalariada do setor estatal. E no setor estatal ela sempre foi apadrinhada por alguém. O PT loteou o estado. Nesse ponto, Dilma Rousseff é a mais petista dos petistas. Porque durante sua carreira todos os cargos que ela ocupou foram indicados por alguma autoridade partidária. Dilma Rousseff é o Agaciel Maia dos Pampas. Ambos pertencem à mesma categoria profissional. Tiveram até cargos análogos. Agaciel Maia, apaniguado de José Sarney, foi nomeado diretor-geral do Senado.

Dilma Rousseff, apaniguada de Carlos Araújo, foi nomeada diretora-geral da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Além de ser um dos mandatários da esquerda gaúcha, Carlos Araújo era também o marido de Dilma Rousseff, garantindo esse gostinho pitoresco de Velha República cartorial e nepotista.

A loja de produtos importados de Dilma Rousseff foi inaugurada em 1995. Fechou quinze meses depois. Foi o primeiro e último trabalho que ela teve fora do sistema de loteamento partidário. Deu errado. Carlos Araújo, seu financiador, acabou perdendo dinheiro. O dono de uma tabacaria localizada perto da loja de Dilma Rousseff contou o seguinte à Folha de S.Paulo: “A gente esperava uma loja com artigos diferenciados, mas quando ela abriu era tipo R$ 1,99”. A especialidade de Dilma Rousseff eram os brinquedos chineses importados da Zona Franca de Colón, no Panamá. Em particular, os bonecos dos “Cavaleiros do Zodíaco”, escolhidos pessoalmente por ela. O Brasil de Dilma Rousseff será assim: um entreposto de muambeiros panamenhos inteiramente tomado pela pirataria chinesa. É o Brasil a R$ 1,99. Dilma Rousseff, com seu mestrado galáctico, será nossa Saori Kido, a Deusa da Sabedoria dos “Cavaleiros do Zodíaco”. José Dirceu, com sua armadura vermelha, será nosso Dócrates mensaleiro.

Depois de falir como comerciante, Dilma Rousseff voltou correndo para o aparelho estatal, onde ninguém perde dinheiro e o único cliente é o partido. A loja de produtos panamenhos e chineses foi convenientemente expurgada de sua biografia oficial. O fracasso do empreendimento, porém, revela a verdadeira natureza de Dilma Rousseff: ela só existe como um acessório do PT, exatamente como os sabotadores da Receita Federal que violaram o imposto de renda da filha de José Serra e fraudaram seus documentos. O Brasil está à venda por R$ 1,99. Ou fechamos as portas de Dilma Rousseff, ou ela fechará as nossas portas.

Por Diogo Mainardi
VEJA
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA''

06 de setembro de 2010

O Globo

Sigilo de tucano foi quebrado em MG por outro filiado ao PT
Analista que acessou dados de Eduardo Jorge é do partido desde 2001

O analista tributário da Receita Federal, Gilberto Souza Amarante, que acessou dez vezes os dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, em Formiga (MG), é também filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), desde 2001, como comprova o cadastro do TSE. (Págs. 1 e 3 a 10)

Plínio: país vive pasmaceira

O candidato do PSOL à Presidência, Plínio Arruda de Sampaio, critica a despolitização do país, que, para ele, vive "uma pasmaceira". Plínio diz que não há diferença entre seus adversários. As declarações foram feitas ao GLOBO, que começa hoje uma série de entrevistas com os presidenciáveis. (Págs. 1 e 11)

Estudante é preso por atuar como médico

O estudante Silvino de Silva Magalhães, de 41 anos, do 9º período de medicina, foi preso ontem por uma policial civil que se disfarçou de paciente. Ele foi flagrado dando consultas como ginecologista no Hospital de Belford Roxo, na Baixada. (Págs. 1 e 13)

Cessar-fogo do ETA deixa Espanha cética

O anúncio de um novo cessar-fogo - o 11º desde 1981 - pelo grupo terrorista basco ETA foi recebido com ceticismo pelas autoridades espanholas, que julgaram insuficiente a nova suspensão do uso de violência e exigiram o abandono definitivo da luta armada. (Págs. 1 e 21)

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Folha de S. Paulo

Dado de vice tucano foi aberto por petista em MG

Escândalo da Receita: Servidor do órgão é o segundo integrante do PT envolvido o caso

Gilberto Souza Amarante, servidor da Receita Federal de Formiga (MG) que em 2009 acessou dez vezes os dados pessoais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, é filiado do PT desde 2001.
(Págs. Eleições e 1)

Caseiro se nega a depor para Serra e grava para o PSOL

Francenildo Costa, o caseiro cujo sigilo bancário foi quebrado em 2006, negou-se a dar depoimento para o programa de José Serra (PSDB). Preferiu gravar para Plínio Sampaio, do PSOL, ao qual está filiado. Serra compara o caso do caseiro ao da quebra do sigilo fiscal de sua filha. (Págs. Eleições, 1 e 5)

Câncer faz Quércia desistir de eleição para o Senado (Pags. 1 e A7)

Brasil amplia sua fronteira marítima para exploração

O Brasil não esperou aval da ONU e publicou na sexta resolução que expande para além das 200 milhas náuticas (370 km) as fronteiras de sua soberania sobre recursos minerais como petróleo e gás no fundo do mar. (Págs. 1 e B1)

Duelo do sol eterno

Um bilhete manuscrito pelo empresário Eike Batista é usado em ação movida por Rodolfo Landim, ex-executivo da holding EBX, no valor de R$ 670 milhões, informa Verena Fornetti. (Págs. 1 e B3)

Grupo terrorista ETA anuncia cessar-fogo

Fragilizado, o grupo terrorista basco ETA anunciou um cessar-fogo. Em vídeo, três encapuzados dizem que a decisão foi tomada há vários meses e prometem "pôr em prática um processo democrático" pela independencia do País Basco. Os partidos espanhóis desconfiaram do anúncio. (Págs. 1 e A8)

Minha história: Juíza relata vida como prisioneira de Hugo Chávez

A juíza Maria de Lourdes Afiuni, 47, foi presa após libertar ex-aliado do presidente venezuelano. "Era um prisioneiro político e agora sou mais uma". (Págs. 1 e A10)

Editoriais

Leia "10% verde", sobre a candidatura de Marina Silva à Presidência; e "Faltam professores", acerca dea formação de docentes para o ensino médio. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Violador de IR de tucano em Minas também é filiado ao PT

Nome do analista Gilberto Souza Amarante aparece em lista do TSE entre os 276 petistas da cidade de Arcos

Funcionário da Receita Federal em Minas, o analista Gilberto Souza Amarante, que acessou os dados fiscais do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, é filiado ao PT desde 2001. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Amarante vota em Arcos, vizinha de Formiga, município onde o analista acessou o CPF do tucano em abril de 2009, por dez vezes em menos de um minuto. Os acessos aconteceram seis meses das violações no ABC paulista contra dirigentes tucanos e contra Verônica Serra, filha do candidato do PSDB à Presidência. Em entrevista ontem em Brasília, a candidata petista Dilma Rousseff, disse que a Receita precisa aprimorar controles, "pois não é possível conviver com vazamentos". Em São Paulo, José Serra afirmou não ter dúvidas do envolvimento do partido de Dilma nas violações.
"É do DNA do PT". (Págs. Nacional, 1, A4 e A6)

"Computador ligava sozinho"

A servidora de Mauá (SP) Adeildda Leão dos Santos disse que muitos usavam computador e várias vezes o encontrava ligado. "Diziam que ele ligava sozinho". (Pag. Nacional, 1 e A4)

ETA promete deixar a luta armada, mas gera dúvidas

Sem impor condições nem falar em processo de paz, o grupo radical Pátris Basca e Liberdade, o ETA, anunciou ontem um cessar-fogo que poderá ser o fim de 40 anos de lutas separatistas. O comunicado, gravado em vídeo e proferido por guerrilheiros encapuzados, foi enviado a jornais e recebido com cautela por autoridades espanholas e francesas. (Págs. Internacional, 1 e A10)

Negócios: A primeira crise longe de casa

A crise mundial pegou a Gerdau no auge de seu processo de internacionalização. Mas na visão do presidente do grupo, André Gerdau, a empresa reagiu rapidamente e aposta na recuperação da economia. "Saímos fortalecidos".(Pág. 1)

País tem quase 40 mil empresas importadoras

Pela primeira vez o número de empresas importadoras será mais que o dobro das exportadoras. De janeiro a julho, 3.883 novas companhias ingressaram no setor. Mercado interno aquecido e câmbio favorável explicam o fenômeno. (Págs. Economia, 1 e B1)

Estiagem já afeta a Amazônia e o Pantanal

A seca prolongada está afetando dois importantes biomas: a floresta amazônica e o Pantanal. No Amazônas, 4 municípios estão isolados por via fluvial e, em Mato Grosso, a Baía de Cancororé, um dos berçários do Pantanal, está ameaçada. (Págs. Vida, 1 e A13)

Tropas dos EUA ainda ajudam exército no Iraque (Págs. Internacional, 1 e A11)

'Estado' é premiado por série sobre os atos secretos (Págs. Nacional, 1 e A9)

Notas & Informações

Desaceleração moderada

A desacelaração do crescimento da economia não foi tão acentuada quanto muitos previam. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Varejo prevê alta de até 30% nas vendas de Natal

De São Paulo, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba e do Rio

Grandes redes de varejo esperam um aumento de vendas de 20% a 30% no Natal deste ano em relação a 2009. O crescimento da massa salarial, o avanço ainda constante do emprego e a oferta de crédito explicam a forte aposta do comércio, junto com a própria expansão física das empresas, que abriram novas lojas ao longo deste ano. A confirmação dos pedidos junto à indústria começa em outubro, mas algumas redes estudam antecipar encomendas para evitar prateleiras vezias no fim do ano. (Págs. 1, A3 e A4)

BNDES planeja volta ao mercado

O BNDES se prepara para voltar ao mercado e se captalizar em 2011, já que, ao que tudo indica, não contará com novos aportes do tesouro. O banco planeja o lançamento de debêntures simples entre R$ 1 bilhão a R$ 3 bilhões no mercado doméstico, provavelmente até novembro, e inicia nesta semana um "road show" para investidores europeus, visando a colocação de papéis no exterior. Procurado o BNDES não quis comentar o assunto. (Págs. 1 e C6)

Capitalização da Petrobras reforça o real

O real, uma das moedas que mais avançaram frente ao dolar no ano, pode se valorizar ainda mais. A tendência deve ser reforçada pela captalização da Petrobras. Desde junho, a expectativa com a operação fez o dólar cair 4,05% - 1,25% só na semana passada - para R$ 1,731. (Págs. 1, C1 e C2)

Foto Legenda: Com sotaque brasileiro

O plano da Rolls-Royce para dobras as vendas na Amércia Latina em dez anos inclui aumentar o conteúdo nacional dos equipamentos fornecidos aos clientes no Brasil, diz Andrew Heath, presidente mundial da área de energia. Em 2009, os negócios na região somaram US$ 700 milhões. (Págs. 1 e B7)

TST multa empresas quer recorrem de suas decisões

Em três meses, entre abril e junho deste ano, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) aplicou multas a advogados que tentaram recorrer de decisões da Corte no Supremo Tribunal Federal. A medida, segundo o presidente do TST, Moura França, é padagógica e tem o objetivo desestimular somente os recursos protelatórios, que não tem chances de prosperar do STF. (Págs. 1 e E1)

Projetos no Congresso põem em risco áreas de conservação

A exuberante paisagem da Serra da Canastra (MG) corre riscos. Ela é um dos alvos de 11 projetos de lei que tramitam no Congresso para reduzir as áreas federais de preservação ambiental. Nela se encontra possivelmente a maior reserva de diamantes do Brasil. Em um cenário conservador, de extração de 550 mil quilates (0,2 grama por quilate) em cinco anos, a produção do país dobraria. (Págs. 1 e A12)

Mercado adotará documento unificado em aduanas (Págs. 1 e A2)

MP vai investigar desmatamento em fazenda do Opportunity (Págs. 1 e B11)

Greening avança em são Paulo

Pesquisa do Fundecitrus mostra que quase 40% dos talhões de laranja em São Paulo - grupos de aproximadamente 2 mil árvores - estão contaminados pela praga do greening. (Págs. 1 e B11)

Refis da crise

A Receita e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional prorrogaram até 30 de setembro o prazo para as empresas que aderiram ao Refis da Crise desistirem de processos judiciais e administrativos. (Págs. 1 e E1)

'Private equity' no sacolão

O fundo FIP Governança Corporativa, da BR Investimentos, que tem o Banco do Brasil entre seus cotistas, assumiu 30% do capital da rede Hortifruti, hoje com 21 lojas no Rio e Espírito Santo. (Págs. 1 e B1)


P&G aposta na lavagem a seco

Há dois anos, a Procter e Gable abriu três lavanderias em Kansas City para testar o mercado. Agora, o plano é levar a rede Tide Dry Cleaners a todo os EUA, por meio de franquias. (Págs. 1 e B5)

Marketing olímpico

A Rio 2016 contratou o ex-diretor da marketing do COI, Michel Payne, para assessorá-la nas negociações de patrocínios para a Olimpíada. Segundo o executivo, os preços das cotas estão cada vez mais altos e não há valores definidos. "Custarão quanto o mercado aceitar pagar". (Págs. 1 e B5)

Serviços de TI

Na esteira do avanço da Microsoft no mercado de software de gestão, a brasileira MSBS Tridea adota um plano agressivo de internacionalização. (Pag. 1 e B3)

Líder em catering amplia o foco

Maior empresa catering (refeição para aviões) do mundo, a LGS Skychefs, controlada pela Lufhtansa, passará a prestar serviço também para hospitais, escolas e lojas de conveniência no Brasil. (Págs. 1 e B5)

Preços da praticagem

O governo vai criar uma comissão para discutir os preços da praticagem nos portos. o grupo terá representantes da Marinha, Casa Civil, Fazenda, praticagens e armadores. (Págs. 1 e B7)

Chineses miram usinas no país

A estatal Cofco, empresa de alimentação da China, entrou na disputa pelas usinas da companhia Nacional de Açúcar e Álcool. Poderá ser o primeiro negócio da China no setor fora da Ásia. (Págs. 1 e B12)

Fibra reforça presença no varejo

As operações de varejo do banco Fibra, do grupo Vicunha, tradicionalmente voltado às emnpresas de médio porte, já somavam R$ 2 bilhões em junho, 28% da carteira de crédito. (Págs. 1 e C8)

Baixa produtividade

Estudo da London Scholl of Economics mostra que a produtividade das empresas brasileiras está entre as mais baixas do mundo. As companhias americanas e alemãs lideram o ranking. (Págs. 1 e D8)

Ideias

Gustavo Loyola

Restrição à compra de terras por estrangeiros é medida inadequada e funciona contra os interesses do próprio país. (Págs. 1 e A11)

Ideias
Luiz Werneck Vianna

Falta discutir que socialdemocracia é esta, em que só há lugar para o Estado e a sua ação paternal sobre a sociedade. (Págs. 1 e A6)
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