PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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segunda-feira, maio 28, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] "FIO MARAVILHA..."




[Chargistas: Mangabeira, César, Sinfrônio].

OPERAÇÃO NAVALHA: ESTAMOS FAZENDO "ESCOLA"!

Ministro da Agricultura japonês morre depois de se enforcar.

Tóquio, 28 mai (EFE).- O ministro da Agricultura, Florestas e Pesca japonês, Toshikatsu Matsuoka, morreu hoje após se enforcar em um edifício residencial para parlamentares em Tóquio, informou a agência local "Kyodo". Segundo fontes policiais, o ministro japonês, imerso em um escândalo por suposta malversação de fundos públicos, foi encontrado enforcado e encaminhado a um centro hospitalar, onde foi internado desacordado e com parada cardíaca. A divulgação de falecimento ocorreu momentos depois da internação no hospital da capital japonesa. Toshikatsu Matsuoka, nascido em 1945, faz parte do Governo do atual primeiro-ministro, Shinzo Abe, desde sua constituição, em setembro de 2006, posto que chegou após uma longa trajetória no Ministério da Agricultura. Matsuoka compareceu na quarta-feira passada ao comitê orçamentário do Parlamento japonês por causa da polêmica gerada pela publicação do elevado orçamento de seu escritório e as denúncias por uma suposta malversação de fundos públicos. Em seu discurso, o ministro da Agricultura assegurou que não revelaria os detalhes dos orçamentos de seu Ministério e que o tempo todo tinha agido "de acordo com a lei". Segundo a "Kyodo", Matsuoka pode estar ainda envolvido em doações a seu partido de entidades com interesses nos recursos florestais. O primeiro-ministro e o governamental Partido Liberal Democrático (PLD) foram acusados repetidamente pela oposição de "proteger" Matsuoka neste escândalo. EFE, br.yahoo.noticias.

RENAN CALHEIROS: DE EMPREITEIRAS E EMPREITEIRAS... [DE-VERAS?]



Em discurso marcado para as 15h30 desta segunda-feira (28), o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), tentará jogar água na fervura que derrete sua autoridade há três dias. Ele planeja uma inversão de papéis. Quer passar de vilão a vítima. Dirá que episódios de sua vida pessoal foram distorcidos e transformados em munição política contra ele. São duas as principais suspeitas que assediam o mandato de Renam: o relacionamento de três décadas que o une a Zuleido Veras, o chefão da encrencada Gautama; e a denúncia de que parte de suas despesas privadas foi bancada por Carlos Gontijo, lobista a serviço da empreiteira Mendes Júnior. Recolhido à mansão que serve de residência oficial aos presidentes do Congresso, Renan dividiu-se neste domingo entre a preparação de seu discurso e o telefone. Fez questão de ligar para os outros 80 senadores. Instou-os a comparecer à sessão desta segunda, um dia em que o plenário costuma ficar às moscas. Espera receber o apoio de colegas, por meio de apartes ao seu discurso. As palavras do discurso foram medidas com régua jurídica. Renan foi assessorado por três advogados. Avaliou-se que um deslize técnico poderia lhe custar o cargo e até o mandato. Deu-se prioridade à elucidação do elo financeiro entre o senador e o lobista da Mendes Júnior. Para tentar demonstrar que não haveria razão para se servir de verbas alheias, Renan vai exibir dados retirados de suas declarações de Imposto de Renda. Reportagem de Veja, veiculada na sexta-feira (25), informou que o lobista Gontijo pagou, entre janeiro de 2004 e dezembro de 2006, R$ 16.500 por mês à jornalista Mônica Veloso, com quem Renan tem uma filha de três anos. Em dois anos, repassaram-se à jornalista, a título de aluguel de um apartamento e pensão para a filha, R$ 396 mil. Para tentar demonstrar que não precisaria recorrer a terceiros, Renan dirá que sua renda não se limita ao salário de senador: R$ 12.700. Afirmará que possui ganhos com a atividade agropecuária. De acordo com as declarações de rendimentos que entregou à Receita Federal em 2005 e 2006, amealhou no setor R$ 201 mil num ano e R$ 435 mil no outro, num total de R$ 636 mil. A versão de Renan tem, em sua face fiscal, pelo menos um ponto fraco: nas declarações de IR, o senador anotou repasses a Mônica Veloso em importância muito inferior aos R$ 198 mil anuais (R$ 16.500 por mês) que admite ter pagado à mãe de sua filha. Na declaração de 2005, Renan informou ao fisco que pagou à jornalista R$ 3 mil. Na de 2006, R$ 36.900. Por que o senador se eximiria de informar os valores reais se tinha rendimentos para tanto? Mais: por que se valer da intermediação de Carlos Gontijo? Renan dirá se trata de um amigo de mais de mais de duas décadas. Informará que recorreu a ele porque desejava manter discrição sobre o relacionamento com a jornalista e porque ele também conhece Mônica Veloso. Curioso que o senador não tenha optado por realizar as transferências bancárias à jornalista via internet. O computador pessoal decerto teria sido bem mais discreto do que um lobista de empreiteira. Curioso também que não tenha preferido utilizar os bons préstimos de um dos tantos assessores de confiança que o rodeiam em seu gabinete. Renan tornaria mais densa sua peça de defesa se a ela anexasse, além do IR, extratos ou boletos bancárias que registrassem a retirada mensal da mesada à jornalista. O dinheiro, a julgar pelo que diz, há de ter saído de uma de suas contas bancárias. São esses documentos que os senadores esperam ver exibidos na defesa desta segunda-feira. A alguns dos colegas com os quais conversou pelo telefone, Renan afirmou que vai mostrar. A outros, não mencionou o assunto. Inicialmente, Renan tinha dúvidas quanto à inclusão de Zuleido Veras no discurso. Foi convencido por assessores de que a menção ao empreiteiro seria vital. O nome do senador é mencionado num sem-número de conversas telefônicas grampeadas pela PF. Renan reconhecerá que intermediou a liberação de verbas para obras tocadas pela Gautama, em Alagoas. Mas repetirá que agiu a pedido dos governadores de seu Estado. De resto, para evitar que a preocupação jurídica emprestasse ao seu discurso um timbre excessivamente técnico, Renan temperou-o com pitadas de políticas. Insinuará que adversários tentam se valer de fatos pessoais distorcidos para desprestigiá-lo. No discurso, no deve dar nome aos bois. Em privado, acusa o PT. Menciona também o DEM, cujo líder, Agripino Maia (RN), perdeu para ele a disputa pela presidência do Senado e estaria interessado num "terceiro turno". Sobre a revista Veja, dirá que a liberdade de imprensa precisa ser exercida com responsabilidade. Escrito por Josias de Souza, Folha Online. Foto Sérgio Lima-Folha.

MINISTRO DA JUSTIÇA: EM DEFESA DA PF OU DA ELITE?


Governo cogita mudar os métodos de prisão da PF.

Por determinação do ministro Tarso Genro (Justiça), instituiu-se um grupo de trabalho para analisar se há ou não procedência nas críticas que vêm sendo feitas ao trabalho da Polícia Federal. “Estamos verificando se é necessário mudar algum procedimento formal, por meio de portarias. Em princípio, creio que certos procedimentos, dentro da lei, podem ter certa maleabilidade”, disse Tarso ao blog neste domingo. Num instante em que o noticiário está apinhado de presos ilustres -advogados, empresários, procuradores e políticos-, analisa-se a hipótese de atenuar a carga de humilhação embutida no ato de prisão. O ministro menciona algo que, na sua opinião, pode ser objeto de revisão: “Se a pessoa que está sendo presa pedir para não ser exposta publicamente, havendo como fazer isso, não vejo razões para não fazer”. Tarso lembra que o preso, na maior parte das vezes, não é um condenado. É recolhido pela polícia, mediante ordem judicial, para depor no inquérito. Só depois se decidirá se a denúncia vai ou não ser oferecida à Justiça, que fará o julgamento. “Acho que é possível, em determinadas circunstâncias, fazer esta maleabilidade”. Outra possibilidade em estudo é a de humanizar o transporte dos presos. Em vez de serem lançados na traseira dos tradicionais camburões, seriam conduzidos ao xadrez sentados, em veículos diferentes dos atuais. O uso de algemas também é objeto de análise. Mas neste caso, Tarso considera que são mais limitadas as possibilidades de mudança. Diz o ministro da Justiça: “Se uma pessoa que se entrega voluntariamente à polícia, minha opinião é a de que não precisa ser algemada. Mas se ela está sendo detida, seja uma pessoa de alta representação social ou uma pessoa que tenha um histórico violento, é preciso levar em conta que essa pessoa pode se desequilibrar na hora da prisão. Um pelo choque da sua situação social. Outro porque é violento. E o ato de prisão tem que gerar duas seguranças: a do aprisionado e a do agente”. “Qual é a mediação que vamos conseguir nisso?”, pergunta Tarso. Ele mesmo responde: “Não temos ainda uma saída. Já pedi para o delegado Paulo Lacerda [diretor-geral da PF] para estudar essa questão. Meu pessoal também está estudando”. Tarso faz duas ponderações: 1) qualquer tipo de alteração que vier a ser feita valerá tanto para presos ilustre quanto para detidos pobres. 2) “Não vamos fazer nenhuma mudança com a urgência da resposta às queixas que foram dirigidas às últimas operações da Polícia Federal”. De resto, o ministro defende enfaticamente a ação da PF: “O trabalho foi correto, não tem nenhum vício nos inquéritos. Os advogados tiveram rapidamente acesso aos acusados e aos processos. Os presos estão depondo sob a tutela do juiz. Todo o processo foi controlado pela procuradoria. Ou seja, essas queixas vão surtir efeitos para a gente estudar a existência de eventuais problemas e melhorá-los. Mas não vamos transformar isso em uma descaracterização dos inquéritos. Isso seria um desserviço ao interesse público”. Escrito por Josias de Souza, Folha Online. Foto Roosewelt Pinheiro-ABr,AB Radiobrás (Renan Calheiros, Teotônio Vilela Filho e Tarso Genro).

MINAS E ENERGIA: DEU "DOBRADINHA" NA FÓRMULA BRAS-ILHA N^2=F^2


Lula deve anunciar ministro amanhã.

O novo ministro de Minas e Energia deve ser nomeado amanhã pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com informação de auxiliares de Lula, o nome escolhido deve ser mesmo o do atual secretário de Planejamento Energético do ministério, Márcio Zimmermann. Nome com pouca ligação com o PMDB, apesar de indicado pelos caciques do partido, Zimmermann é um técnico que, pelo trabalho na Eletrosul, acabou sendo chamado para o Ministério de Minas e Energia em 2004 - pela então ministra Dilma Rousseff, hoje na Casa Civil. Continua ligado a ela até hoje. “Em princípio, é ele mesmo”, afirmou ontem um assessor próximo do presidente, assegurando que o nome só não foi confirmado ainda por precaução. Lula preferiu esperar até terça-feira para testar como repercutiria em público a escolha do substituto de Silas Rondeau. “Depois do episódio Balbinotti, aprendemos que sempre é bom ter prudência”, disse o auxiliar, referindo-se ao caso do deputado Odílio Balbinotti (PMDB-PR), que foi indicado para o Ministério de Agricultura e, poucos dias depois, acabou substituído por causa de denúncias de desvio de verbas. Ainda de acordo com essa fonte, a decisão de aguardar a reação é anterior às denúncias contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com quem Lula falou na sexta-feira. No telefonema, prestou “solidariedade humana”, independentemente de juízos. Segundo auxiliares próximos, o presidente teria lamentado o que ocorreu com Rondeau. O ex-ministro se demitiu, na semana passada, após denúncia de que teria recebido um envelope com R$ 100 mil de propinas da Construtora Gautama. A empreiteira estava no centro do esquema desmontado pela Operação Navalha, da Polícia Federal. “Foi um julgamento sem defesa”, teria dito Lula.Rondeau, segundo informou, deixou o cargo para não expor o governo e prejudicar o andamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Rondeau e a Gautama negam o pagamento de propina. Estadão, Gerusa Marques, BRASÍLIA. Foto: Gervásio Baptista/ABr.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"


Vereador preso três vezes elogia PF. O vereador Sérgio Pereira Nunes (PR), do município de Guapó (GO), foi preso três vezes pela Polícia Federal, em 2002, 2004 e 2006. Em todos os casos, o motivo da prisão foi o mesmo: ter ajudado grupos de imigrantes ilegais a entrar nos Estados Unidos. Ele responde a dois processos por formação de quadrilha e falsificação de documentos. Nunes faz críticas às operações policiais: diz que delegados e agentes são jovens demais, inexperientes. Afirma que há exageros, poucos critérios e muitos holofotes. Mas acaba por elogiar o trabalho da PF. “A gente tem que ser sincero. O trabalho está sendo bom e, se continuar assim, logo logo nosso país vai estar bem endireitado”, diz. No total, o vereador passou 149 dias na prisão. Da experiência atrás das grades, reclama da exposição na mídia. G1.(Foto: Divulgação).
McLaren domina e Alonso vence em Mônaco. Em uma corrida sem surpresas, Fernando Alonso, da McLaren, conquistou seu segundo GP do ano, neste domingo, em Mônaco. O espanhol, que também venceu na Malásia, liderou a prova com tranqüilidade. Seu companheiro de equipe, o inglês Lewis Hamilton, manteve a regularidade e terminou em segundo. Felipe Massa, da Ferrari, completou o pódio. Ele chegou mais de um minuto atrás do bicampeão. G1 esportes.
São Paulo x Palmeiras: empate sem brilho. O clássico da monotonia. Assim pode ser analisado o empate sem gols entre São Paulo e Palmeiras, neste domingo, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. Quem apostou em um jogo repleto de belas jogadas, por causa de jogadores acima da média como Dagoberto, Edmundo e Valdívia, errou feito. A partida foi monótona, com raras chances de gols, muitas faltas, excesso de marcação e criatividade praticamente nula. G1 esportes.
STJ toma depoimento de filho do dono da Gautama e de mais quatro. Devem depor nesta segunda-feira Rodolpho de Albuquerque Soares de Veras, filho de Zuleido Veras --suspeito de de ser o chefe do suposto esquema--, além dos funcionários da Gautama Tereza Freire Lima e o administrador Henrique Garcia, e dos diretores da empresa Abelardo Sampaio Lopes Filho e Gil Jacó Carvalho Santos. Ela revogou anteontem a prisão de Dimas Soares de Veras, irmão do dono da Gautama, Zuleido Veras, depois dele prestar depoimento. Folha Online.
Renan vai ao Senado rebater acusação de ligação com lobista de empreiteira. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), vai hoje à tribuna da Casa para rebater as acusações de envolvimento com o lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Júnior. Ele vai se defender das acusações de que o lobista pagaria parte de suas despesas pessoais em pronunciamento marcado para as 15h30 desta segunda-feira. Folha Online.
Vietnã assina acordo com o Brasil para produzir etanol. O Vietnã aprovou um plano com o Brasil para produzir etanol no país asiático. O comunicado do governo do Vietnã não trouxe detalhes sobre o plano. O ministro da Indústria, Hoang Trung Hai, vai assinar um acordo com o Brasil, o maior exportador de etanol do mundo, para compartilhar tecnologias que permitam a produção do combustível. O governo brasileiro, por meio da Petrobras, já vem negociando há vários anos a venda de etanol para outro país da região, o Japão. O país planeja aumentar a produção de etanol fabricado a partir de biomassa para 6 bilhões de litros por ano até 2030, por meio da expansão do uso da cana-de-açúcar, do trigo e do desenvolvimento da tecnologia do etanol oriundo da celulose. G1, Agências, Reuters.
Anticoncepcional fica mais barato em farmácia popular. O Presidente Lula, acompanhado do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou, nesta segunda-feira (28), a inclusão de anticoncepcionais na lista de medicamentos disponibilizados por farmácias e drogarias privadas credenciadas ao programa Farmácia Popular do Brasil (FPB). A medida permite que as 3.416 drogarias e farmácias privadas credenciadas ao programa Farmácia Popular do Brasil, que exibem a marca "Aqui tem Farmácia Popular", passem a disponibilizar anticoncepcional injetável (dose mensal), pílula monofásica de baixa dosagem e minipílula com até 90% de desconto em relação ao preço de referência pesquisado pelo Ministério da Saúde. Bondenews.

CONGRESSO & GOVERNO [In:] MEDIDAS ANTI-CORRUPÇÃO: COMO? CORRUPÇÃO? ONDE???


Pressionados, Congresso e governo preparam pacote contra corrupção.

A seqüência de escândalos com o dinheiro público, que em menos de dois anos apresentou ao País o mensalão, as Operações Vampiro e Sanguessuga e agora a Operação Navalha, convenceu os líderes do Congresso e o próprio governo federal de que é urgente partir para o contra-ataque. O primeiro passo será dado amanhã, pelos parlamentares, e o alvo é o Orçamento da União, que em 2006 chegou a R$ 1,53 trilhão, e a maneira como ele é negociado hoje. O colégio de líderes, comandado pelo presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), apresentará amanhã um pacote para acabar com as emendas das bancadas e transformar as individuais em impositivas. Na quarta-feira, o PSDB promete radicalizar o debate: em reunião mista do Congresso, o senador Sérgio Guerra apresentará em nome dos 13 senadores tucanos um projeto que propõe a extinção da Comissão do Orçamento. Por parte do governo federal, o presidente Lula determinou que os ministros discutam formas de tornar os processos de licitação mais transparentes. O objetivo é evitar as fraudes e o desvio de dinheiro em obras públicas (leia texto na página A5). Campanhas contra o modo de dividir os bilhões do Orçamento já existem há tempos, mas sem a urgência dos recentes escândalos. Basta lembrar que só as Operações Sanguessuga e Navalha revelaram que mais de R$ 280 milhões sumiram pelo ralo. O senador Paulo Paim (PT-RS) defende, em um desses projetos, a instituição de algo semelhante ao orçamento participativo já testado no Sul. “As necessidades têm de ser definidas de baixo para cima”, sustenta ele. “Primeiro em nível local, depois consolidadas num plano nacional, de acordo com os recursos disponíveis. E, aprovadas, elas têm de ser executadas automaticamente.” Outra idéia antiga é do deputado José Aníbal (PSDB-SP), que, na contramão do que querem os líderes, defende a extinção das emendas individuais. “Essas emendas dão espaço a uma grande promiscuidade”, alega o deputado tucano. Nesse debate, Chinaglia mostra-se prático: “Se acabarmos com as emendas de bancada, os interessados vão se entender com o Executivo. Seria uma maneira de tirar da Câmara a possibilidade de envolvimento num esquema que envolve muita gente.” Hoje, só uma pequena fração do Orçamento da União pode ser emendada pelo Legislativo. Individualmente, cada parlamentar tem direito a apresentar R$ 5 milhões para os investimentos que achar necessário. As bancadas têm direito a valores bem mais polpudos. Como o Orçamento da União é autorizativo, o governo pode ou não liberar o dinheiro destinado conforme seu interesse. Com a manutenção das emendas individuais num sistema de orçamento impositivo e o fim das emendas de bancada, os parlamentares dizem querer acabar com dois dos principais focos de corrupção no Congresso: o uso das liberações de verba para emendas como moeda de troca - parlamentares têm seus pedidos atendidos ou não conforme seus votos nos projetos de interesse do governo - e a presença de lobistas nas bancadas. Para o tucano Sérgio Guerra, está na hora de se aceitar, em definitivo, que esse é um trabalho técnico “e quem tem de avaliar onde e quanto o País deve gastar são os grupos técnicos responsáveis pelas políticas públicas”. São tão poucos os recursos, diz ele, e o Executivo já gasta tanto e exerce tamanha pressão, que o leilão e a decisão casuística não fazem nenhum sentido. “A comissão mista do Orçamento atua em uma cultura política que não existe mais”, diz ele. “Se o governo não se dispuser a negociar e ser democrático, as emendas continuarão sendo, de um jeito ou de outro, pura moeda eleitoral. Não há política de prioridades”. A saída, para ele, é eleger-se uma comissão de sistematização, no final do ano, para consolidar as propostas recebidas dos criadores de políticas públicas, em áreas determinadas. Outro avanço que o senador considera urgente, e que tem o apoio de líderes de outros partidos, é criar um sistema de preços justo e aceitável e estendê-lo a todo o País, o que poderia ser uma arma contra superfaturamentos. Mas o senador tucano é realista: a repartição do bolo empobreceu a imensa maioria dos municípios, e os parlamentares dessas regiões dificilmente abrirão mão da intermediação junto aos ministérios e ao Planalto, pois disso depende sua sobrevivência eleitoral. Estadão, Gabriel Manzano Filho e Ricardo Brandt. FotoSearch, royalty free.

HUGO CHÁVEZ & RCTV: "SE NÃO ESTÁS COMIGO, ESTÁS CONTRA MIM"!


'RCTV' sai do ar um minuto antes da meia-noite na Venezuela.

A emissora privada de TV "Radio Caracas Televisión" (RCTV) deixou de transmitir sua programação em sinal aberto neste domingo às 23h59 (0h59 de segunda-feira em Brasília), por não ter sua concessão de freqüência estatal renovada pelo governo venezuelano. Como estava previsto, o canal mais antigo da televisão na Venezuela saiu do ar após 53 anos de exibição no canal 2, acusada pelo presidente Hugo Chávez de prejudicar o socialismo do século XXI. Na última hora de transmissão em sinal aberto, diretores e funcionários da "RCTV" se despediram de sua audiência com o slogan "Um amigo é para sempre" e a promessa de se reencontrarem no futuro. Com lágrimas nos olhos, artistas, jornalistas e outros funcionários da emissora privada agradeceram ao público pelo apoio e por todas as demonstrações de solidariedade manifestadas nos dias anteriores à interrupção do sinal aberto da "RCTV". A freqüência será utilizada a partir desta segunda-feira (26) pela emissora "TVes", criada pelo governo do presidente Hugo Chávez. A emissora venezuelana "TVes", criada pelo governo venezuelano como uma "televisão de serviço público", entrou no ar nesta madrugada à 0h20 (1h20 de Brasília). A rede "TVes" começou a funcionar poucos minutos depois que o sinal aberto da "Radio Caracas Televisión" ("RCTV") foi encerrado. A "TVes" estreou sua programação com uma versão do hino nacional interpretada pela orquestra e coros juvenis e infantis comandada pelo famoso maestro Gustavo Dudamel.Em seguida foram exibidos pequenos vídeos promocionais explicando como será sua programação. Por fim, começou a ser transmitida uma festa de gala especial que aconteceu no teatro Teresa Carreño, em Caracas. Lil Rodríguez, presidente da "TVes", pronunciou algumas palavras nas quais destacou que acima do valor do petróleo, a Venezuela conta com o valor de sua gente. Manifestantes em apoio à "RCTV" e membros da Polícia da Venezuela se enfrentaram neste domingo durante um protesto que acabou em violência diante da sede da Comissão Nacional de Telecomunicações, Conatel, em Caracas. Os distúrbios, com lançamento de garrafas e outros objetos por parte dos manifestantes, começaram pouco depois das 18h (19h de Brasília). Onze policiais ficaram feridos, quatro gravemente, ao serem atingidos por pedras durante a manifestação. Um grupo de pessoas, que participava da concentração contra a decisão do governo de não renovar a concessão da "RCTV", tentou forçar o cordão de segurança diante da sede da Conatel, no bairro de Mercedes, provocando a resposta das forças de segurança. As forças de segurança usaram jatos de água para dispersar os manifestantes e lançaram bombas de gás lacrimogêneo. Outras pessoas que participavam da concentração pediam calma e que a manifestação continuasse de forma pacífica, como as marchas que foram organizadas até agora para protestar contra a saída do ar da "RCTV". Aliados do presidente Hugo Chávez convocaram uma manifestação nas avenidas centrais de Caracas para demonstrar apoio ao fim da concessão do sinal aberto da emissora, que o governo chama de "golpista" e de favorecer a elite econômica. Já os opositores da decisão do governo, que a consideram uma retaliação política, fizeram um ato na véspera com buzinas e panelas, denunciando o que chamam de atropelo da liberdade de expressão. G1. [Funcionários da RCTV cantam o hino antes da emissora ser fechada (Foto: AFP)]

OPERAÇÃO NAVALHA: DE TANTA CARNE O "FIO" JÁ ESTÁ FICANDO "CEGO"!

STF adia decisão sobre soltura de Zuleido.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), adiou a decisão sobre o pedido de habeas corpus a Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, empresa acusada pela Polícia Federal de fraudar licitações públicas. Ele solicitou mais informações ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) antes de analisar o pedido, o que adia a decisão. Segundo a assessoria do STF, o ministro considerou o pedido dos advogados de Zuleido "mal instruído". Zuleido está preso na carceragem da PF desde o último dia 17, quando a PF desmontou, numa operação batizada de "Navalha", o esquema para favorecer a Gautama. No sábado, Zuleido recusou-se a depor à ministra Eliana Calmon, do STJ, e voltou para a carceragem da PF. Neste domingo pela manhã, seus advogados pediram então habeas corpus ao empresário. Os mesmos advogados também pediram a soltura de Vicente Vasconcelos Coni e Maria de Fátima Palmeira, diretores da Gautama, mas o ministro ainda não analisou esses habeas corpus. No sábado, a ministra Eliana Calmon decidiu manter João Manoel Soares Barros, funcionário da Gautama, preso na PF após seu depoimento. Ainda no sábado, a ministra determinou a soltura de Dimas Soares Veras, irmão de Zuleido Veras. A prisão foi revogada depois do depoimento de Dimas à ministra neste sábado. Ele seria responsável pela atuação do grupo no Piauí. Dimas deixou o STJ acompanhado dos advogados logo após o depoimento. Com a liberdade de Dimas, sobe para 39 o número de libertados dentre os 48 que foram presos desde o início da Operação Navalha. A ministra pretendia ouvir outros cinco presos pela Operação Navalha ainda no sábado, mas transferiu os depoimentos para segunda-feira (28). Devem depor Abelardo Sampaio Lopes Filho, engenheiro e diretor da Gautama; Gil Jacó Carvalho Santos, diretor financeiro da construtora; Rodolpho de Albuquerque Soares de Veras, filho do dono da Gautama; a funcionária da construtora Tereza Freire Lima; e Henrique Garcia de Araújo, administrador de uma fazenda do Grupo Gautama. O outro preso, Vicente Vasconcelos Coni, já depôs durante a semana que passou. De acordo com a Polícia Federal, a Gautama atuaria infiltrada no governo federal e em governos estaduais e municipais mediante pagamento de propina a servidores e políticos. A PF apresentou gravações telefônicas em que o empresário estaria negociando supostas propinas com políticos e servidores públicos. Em uma das ligações, Zuleido estaria combinando o pagamento de propina com o deputado distrital Pedro Passos (PMDB), que consegiu a liberação de um crédito suplementar no valor de R$ 3,5 milhões destinado à Secretaria de Agricultura para pagamento da Gautama. A advogada Sonia Rao, que faz a defesa de Zuleido, nega que ele tenha comandado o esquema, dizendo que "há um certo folclore de que o poder público não pode entrar em contato com os empresários". Ela alega que as conversas gravadas pela Polícia Federal são "técnicas" e que é "normal o empresário pressionar para receber porque o governo geralmente demora a pagar". g1, Leandro Colon, Brasília.

OPERAÇÃO NAVALHA [In:] A PÁTRIA DOS "EX-" (APENAS ISSO???)

´Renan é inocente, até prova em contrário´, diz Lula.

SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira, em seu programa semanal de rádio Café com o Presidente, que "suspeita" não é prova de culpa. O presidente se referia à reportagem da revista Veja, em que coloca sob suspeita o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). "Até prova em contrário, ele (Renan) é inocente", alegou. A revista acusa o senador de receber recursos da construtora Mendes Júnior, que já negou o pagamento. Lula afirmou que a Polícia Federal tem liberdade para de investigar "quem quer que seja". "Todas as denúncias de corrupção, todas, sem distinção, contra quem quer que seja, serão investigadas." O presidente reclamou do vazamento de investigações para a imprensa antes do final dos processos, "porque senão nós cometemos o erro de condenar as pessoas" que depois, se provam inocentes. "Nós iremos investigar todas as denúncias que forem feitas, doa a quem doer, seja contra quem quer que seja", reafirmou. Lula contou também que foi a favor do afastamento do ex-ministro Silas Rondeau, de Minas e Energia - ele entregou a carta de demissão na terça-feira, 22, após ter sido acusado de receber R$ 100 mil de propina em troca de favorecimento da empreiteira Gautama, pivô do esquema de fraudes de licitações de obras. O presidente afirma ainda que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não será prejudicado pelas investigações da Operação Navalha. "As denúncias são indícios importantes de que nós precisamos melhorar o processo de licitação nesse País e o processo de concorrência de obras públicas", disse. Estadão.