PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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sábado, março 27, 2010

EDITORIAL [In:] ELEIÇÕES/2010. QUEM ''PAGA'' ESSA CONTA?

Brasil

O kit da candidata e um luxo

Jatinho, mansões, assessores e salário, tudo pago pelo PT, esperam Dilma Rousseff quando a campanha decolar.
Partido rico é outra coisa...


Diego Escosteguy
Dida Sampaio/AR
LOGÍSTICA
A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, viajará de jatinho e ganhará salário: quem assina o cheque é Vaccari.

A petista Dilma Rousseff sairá a pé do Palácio do Planalto nesta quarta-feira para percorrer a jornada eleitoral que, daqui a nove meses, poderá conduzi-la de volta ao poder pelo elevador privativo que leva ao gabinete do presidente da República. Dilma deixará o cargo de ministra da Casa Civil para se consagrar exclusivamente à pré-campanha, que dura até o fim de junho, quando a lei eleitoral estabelece o início oficial do pleito presidencial. O PT montou uma estrutura de primeira linha para a ministra. Ela receberá salário, contará com cinco assessores, voará de jatinho e vai se hospedar em uma confortável casa em Brasília (veja o quadro). Quem fechará esses contratos e pagará todas as despesas? Ele, o novo e já notório tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o homem que, segundo depoimentos em poder da Procuradoria-Geral da República colhidos durante o mensalão, cobrava propina de quem quisesse fechar negócios com os fundos de pensão das estatais – e que, de acordo com o promotor José Carlos Blat, participou dos desvios na Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo. À frente dos gastos com a pré-campanha petista, Vaccari por enquanto é o Delúbio Soares de Dilma. Pelo menos na prática.

Na semana passada, o tesoureiro deveria ter comparecido ao Congresso para prestar esclarecimentos sobre as acusações. Mas escapuliu. Argumentando que seu advogado estava em viagem ao exterior, Vaccari pediu que seu depoimento fosse adiado por duas semanas. Os senadores toparam. Na terça-feira, porém, os parlamentares da oposição puderam confirmar que a justificativa de Vaccari era apenas o que parecia ser mesmo – um álibi para tentar escapar da CPI. Coube ao líder do governo no Senado, o peemedebista Romero Jucá, investigado no Supremo Tribunal Federal por compra de votos, a tarefa de mostrar os dentes. Ele correu à comissão para levar recados ameaçadores. Jucá ensaiou apresentar requerimentos para convocar promotores que investigam ilegalidades cometidas por tucanos no Rio Grande do Sul e no Paraná – e também por democratas em Brasília. "Por mim, podem chamar quem eles quiserem", respondeu o senador tucano Alvaro Dias, autor da convocação de Vaccari. A tentativa de intimidação de Jucá falhou – por enquanto. O tesoureiro terá de depor.

Pressionado por colegas do PT, Vaccari admitiu a pelo menos três deles que realmente recebeu o corretor Lúcio Bolonha Funaro e o deputado Valdemar Costa Neto, réu no STF por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, para uma "conversa rápida", no fim de 2004 – conforme relatado pelo corretor ao Ministério Público Federal e revelado por VEJA. A esses interlocutores, contudo, Vaccari assegurou que, ao contrário do que afirmou Funaro, ali não se discutiram negociatas com os fundos de pensão nem se mencionou a necessidade de pagamento de propina para que as tratativas prosseguissem. O tesoureiro disse que deu detalhes da montagem de um fundo de pensão para os trabalhadores filiados à CUT, a Central Única dos Trabalhadores, aliada do PT, projeto que estaria sendo articulado por ele. Na conversa, jurou Vaccari, Valdemar apresentou Funaro e disse que ambos poderiam "trabalhar juntos" na captação de investimentos para esse fundo. Na versão dele, os três nunca mais se viram.

EXPLICAÇÕES
O tesoureiro do PT, João Vaccari: ele admitiu aos colegas que se encontrou com o corretor e o deputado mensaleiro.


A explicação do tesoureiro é tão real quanto os prédios que a Bancoop deveria ter construído. Se Vaccari não tinha nada a ver com o caixa clandestino do PT, o que ele teria a tratar com um deputado poderoso como Valdemar e um corretor especializado em operações heterodoxas, ambos envolvidos com o mensalão? Funaro confessou aos procuradores sua participação no esquema entre 2005 e 2006 e incluiu Vaccari na lista de operadores do PT quando nem sequer havia motivos eleitorais para atingi-lo. O corretor só virou o único réu-colaborador no caso do mensalão porque produziu provas. Flagrado em qualquer mentira, perderia automaticamente os benefícios advindos da colaboração. Em 2006, o ministro Joaquim Barbosa, relator do caso no STF, determinou que as denúncias apresentadas por Funaro fossem compartilhadas com procuradores que investigavam a ramificação do mensalão nos fundos de pensão. A Procuradoria da República em Brasília ainda não revelou qual foi o desdobramento da acusação de que o novo tesoureiro petista cobrava 12% de propina para o caixa do partido. A acusação foi registrada em depoimento oficial. Não vai desaparecer.

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http://veja.abril.com.br/310310/kit-canditada-luxo-p-062.shtml


CIRO, O ÚLTIMO A SABER

sábado, 27 de março de 2010 | 6:35

Ciro Gomes diz ter “99,47%” de chance de ser candidato. Mas está 99,99% descartado. Falta decidir quem lhe dará a notícia.


Por Otávio Cabral, na VEJA:
Fotos Andre Dusek/AE; Paulo Liebert/AE
LULA E O DILEMA
O presidente já acertou com o PSB que Ciro Gomes não disputará a Presidência da República: a queda livre nas intenções de voto será usada para convencê-lo a sair de cena sem traumas.

O deputado federal Ciro Gomes é um político transparente, que não costuma esconder de ninguém suas convicções. Ciro já acreditou que poderia ser o candidato do presidente Lula nas eleições de outubro - e anunciou isso em alto e bom som. Depois, convencido pelo presidente de que talvez fosse melhor disputar o governo de São Paulo, topou o papel de títere e transferiu seu domicílio eleitoral do Ceará para a capital paulista. Agora, Ciro se diz novamente convencido de que será candidato à Presidência, mesmo sem o apoio do PT. “Tenho 99,47% de chance de ser candidato”, diz. “Só quem pode me tirar da disputa é o PSB, que é o meu partido, e mamãe.” Dona Maria José não faria uma maldade dessas. Já o PSB… Ciro ainda não sabe, mas, ao contrário do que imagina, há, sim, uma probabilidade realmente quase absoluta, mas de ele não ser candidato a nada. Avalizado pelo governo, o partido já decidiu que não dará a legenda ao deputado - discute tão somente a hora apropriada e a melhor maneira de lhe dar a notícia.

A candidatura Ciro Gomes foi uma experiência oficial que tinha tudo para dar errado. Na semana passada, o presidente Lula e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que preside o PSB, se reuniram para sepultá-la de vez. O presidente reclamou das declarações recentes de Ciro contra o governo e das críticas que ele tem feito à aliança do partido com o PMDB. "O que o Ciro está fazendo é inaceitável", disse Lula. Dado o veredicto, a estratégia inicial era tentar convencer o deputado, que já teve 21% das intenções de voto e hoje tem apenas a metade, de que suas chances minguaram e o melhor a fazer é uma republicana batida em retirada. Os conselheiros do governo, porém, temem que, informado do plano de naufrágio, Ciro possa apontar sua metralhadora oral na direção de Dilma Rousseff. Para evitar que isso aconteça, o melhor, decidiu-se, é afastar Lula do processo. A missão de contar a Ciro o que só ele ainda não sabe ficará por conta – e risco – do PSB.

Apesar do constrangimento de ser obrigado a assistir passivamente à decisão sobre seu futuro político, Ciro Gomes sabia desde o início que sua candidatura era teoricamente descartável e dependia exclusivamente da bússola de Lula. Sem nomes relevantes no PT, o presidente acreditava que ter dois candidatos oficiais era a melhor maneira de chegar ao segundo turno. Mudou de estratégia quando concluiu que Dilma pode ser uma candidata competitiva. Emparedado, Ciro topou até avaliar uma participação na disputa pelo governo de São Paulo, o que hoje também parece inviável. O fim de sua candidatura, por tudo isso, era previsível. A dúvida – e o receio de alguns – é saber se ele vai representar até o fim o papel que lhe reservaram.


http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/

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