PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quarta-feira, outubro 31, 2007

XÔ! ESTRESSE: A PÁTRIA DA CHUTEIRA



[Chargista: JoãoBosco]

ZECA DO PT: ZECA, MA$ NÃO, "JECA"

Zeca do PT desviou R$ 1 de cada R$ 2 aplicados em publicidade, diz promotoria

O ex-governador Zeca do PT pagou R$ 56,8 milhões a 13 agências de publicidade em apenas dois anos, 2005 e 2006, os últimos de seu governo em Mato Grosso do Sul.
Ele autorizou desembolso de R$ 33,54 milhões em 2005 e de R$ 23,26 milhões em 2006. O Ministério Público Estadual suspeita que R$ 30 milhões desse montante teriam sido desviados por meio de "grandioso esquema" de peculato e atribui a Zeca o papel mais importante no organograma da organização que teria sido montada para tal fim.
Formalmente, a promotoria acusa Zeca do PT por suposto desvio de recursos do Tesouro do Estado e uso de documento falso. A fraude era realizada por meio do uso de notas fiscais frias, sustentam os seis promotores de Justiça que compõem a força-tarefa que o Ministério Público criou para esmiuçar os dois governos de José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, entre 1999 e 2006. Os promotores argumentam que os contratos de publicidade teriam sido eleitos para fraudes porque os serviços de propaganda são de difícil aferição ou comparação. Isso, segundo eles, dificulta uma eventual constatação de superfaturamento. A investigação levou a promotoria a uma gráfica, com sede declarada em Uberaba (MG), por onde eram emitidas as notas inidôneas para cobrir despesas que, de fato, não existiram. Os documentos fiscais, acusam os promotores, eram arrumados pela Sergraph - Gráfica e Editora Quatro Cores Ltda., do empresário Hugo Sérgio Siqueira Borges. O Ministério Público alega que Borges vendia notas fiscais de serviços fictícios ou realizados, porém superfaturados. A parte destinada à Sergraph, estima a promotoria, girava em torno de 17% do valor da nota. "A agência ganhava de graça, já que não prestava qualquer serviço, tendo apenas o seu contrato utilizado para maquiagem da operação publicitária", afirmam os promotores.
SAQUE. Eles calculam que cada agência ficava com 15% de comissão. "Para atingir o objetivo final, qual seja, o saque dos recursos do erário, a agência apresentava orçamentos falsos para cumprir item contratual que exigia a apresentação de pelo menos três propostas dos serviços que seriam, em tese, prestados."A promotoria já apresentou à Justiça de Campo Grande duas denúncias criminais contra Zeca do PT, assessores do ex-governador e duas agências, a 2000 Publicidade e Comunicação e a Agilitá Propaganda. A 2000 Publicidade faturou R$ 5,083 milhões entre 2005 e 2006. A Agilitá recebeu no mesmo período R$ 11,446 milhões. O Ministério Público argumenta que Zeca integrava a "cúpula do esquema" e indica que ele e os outros denunciados "agiram em unidade de desígnios". Geraldo Palhano Maiolino, dono da 2000 Publicidade, e Hugo Borges, da Sergraph, foram denunciados pela promotoria. "Mesmo não sendo funcionários públicos, tinham conhecimento do ardil montado para desvio de dinheiro público, participavam ativamente do esquema, além de também serem dele beneficiários", afirma o Ministério Público. Mapa obtido pela promotoria revela que Zeca liberou recursos para outras 11 agências - Art & Traço, BW 3, Cabral Comunicação, Compettence, Futura Comunicação, NDEC, Novagência Comunicação, Qualitas, RPS, Slogan e ZN Marketing. Todos os contratos estão sob investigação, mas contra essas 11 agências o Ministério Público ainda não encontrou provas de irregularidades.
TESTEMUNHA. Os inquéritos foram abertos com base na denúncia feita por Ivanete Leite Martins, ex-assessora da Coordenação-Geral do governo. Ela declarou que inicialmente as agências de propaganda tinham que pagar comissão de 10%. Sentindo-se explorados, empresários do setor teriam exigido um desconto. A testemunha-chave do Ministério Público afirmou que o ex-governador sabia das operações. Segundo ela, Zeca do PT teria participado de reunião com dirigentes do Sindicato das Agências de Propaganda de Mato Grosso do Sul para tratar da redução da comissão para 5%. Newley Amarilla, advogado de Zeca do PT, diz que ele não cometeu peculato nem nenhum outro crime, muito menos desvio de verba de publicidade em sua gestão. No Tribunal de Justiça o ex-governador já conseguiu suspender, até o julgamento de mérito, uma das denúncias. O advogado protesta contra o fato de seu cliente "jamais ter sido convidado, notificado, ou de qualquer modo comunicado pelo Ministério Público para apresentar-se e dar a sua versão dos fatos". Para Newley, o ex-governador "é alvo de um processo espetáculo e midiático patrocinado pelo Ministério Público". Ele argumenta ainda que a promotoria não tem atribuição constitucional para fazer investigação de ordem criminal.
Estadão, Fausto Macedo.3110.

TVE vs TV PÚBLICA: 'QUE QUÉ ISSO COMPANHEIRO'?

Prestes a ser "engolida" por TV de Lula, TVE vive apreensão

A TVE vive momentos de apreensão devido ao projeto que cria a nova TV pública do Brasil, a ser dirigida pela Empresa Pública de Comunicações.
Funcionários e diretores da TVE ainda desconhecem como será a transição do órgão atual para a TV pública nacional anunciada pelo governo Lula. A diretoria do novo órgão toma posse amanhã (31) no Rio de Janeiro. Orlando Senna, que deixa o Ministério da Cultura, será diretor da Empresa Pública de Comunicações. A medida provisória que criou a nova rede pública de TV permitirá a contratação de servidores sem concurso público, com a análise do currículo do profissional, por um período de 36 meses. Isso poderá ser feito durante 90 dias a partir da constituição da nova empresa que vai gerir a TV. A nova empresa foi constituída por um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última semana. Também amanhã (31), está prevista a reunião do conselho da Acerp (Associação de Comunicação Educativa Roquette-Pinto), entidade que atualmente dirige a TVE.
Noticiário
Beth Carmona
, presidente da Acerp, fundadora da ONG Midiativa, e que já passou pela direção de emissoras como TV Cultura e Disney Channel, disse à Folha Online que o projeto atual da TVE morreu. "Eu participei, fiz perguntas, os funcionários fizeram muitas perguntas e a única coisa que o ministro tem garantido é que não haverá demissão em massa", disse Carmona. "O projeto da TVE, como existe atualmente, morreu, já que a medida provisória extingue a Acerp", afirmou Carmona. Ela também disse que o foco da nova TV é em um noticiário muito mais "hardnews" (pautado pelos fatos do momento) do que a proposta da emissora que dirige, que foca em um noticiário mais analítico. O novo diretor da empresa recém-criada, Orlando Senna, confirmou, na última semana, em entrevista coletiva em São Paulo, que o jornalismo diário é um dos pilares da nova TV. Neste quesito, Carmona levanta a dificuldade em se concorrer com as TVs comerciais, bem constituídas no Brasil. Por outro lado, as emissoras comerciais tentam fazer frente ao projeto da nova TV, que pode até mesmo servir de barganha política para a aprovação da CPMF.
Medo
Além das diferenças de programação, Carmona que participou da organização do livro "TV Pública no Brasil: um Sonho Possível", afirmou que há apreensão nos corredores da TVE. "Em Brasília, você tem a Radiobrás, que continuará fazendo seu trabalho e [os funcionários], por serem concursados, porque a Radiobrás é uma estatal, devem ser automaticamente da nova empresa", disse Carmona. "Já no caso da TVE, que desde 1998 foi transformada em uma organização social (Oscip), esses novos funcionários serão aproveitados no ano a seguir, mas provavelmente terão de fazer concurso público. Esse concurso vai ter que ocontecer e essas pessoas que já vêm realizando um trabalho, estavam com moral lá em cima, vão ter que concorrer com outras pessoas. Acho bom você falar com funcionários, as pessoas estão confusas...", disse a pesquisadora. Senna, em sua passagem por São Paulo, disse que a nova TV aproveitará conteúdos da TVE, mas não foi claro se eles continuarão a ser produzidos até que a haja a definição da grade da nova emissora. O diretor da nova empresa, que deixa a Secretaria do Audiovisual, disse que muitos filmes e produtos com incentivo de leis federais e de produtores independentes em geral devem ganhar espaço de exibição na nova TV. Ele também afirmou que a grade da emissora ocorrerá de seis meses a um ano após sua estréia, no dia 2 de dezembro. Ao ser questionado sobre a aparente pressa em se lançar a iniciativa antes da programação definitiva, Senna disse que as discussões sobre a nova TV pública começaram há dois anos, com fóruns em Salvador e Brasília. Já Carmona não concorda que tenha ocorrido um debate tão intenso sobre a TV pública. "Acho que enfim, é muito difícil construir uma imagem, levantar uma emissora, uma equipe e de repente essa imagem da vitória, ela se perde, porque, apesar de ser o mesmo governo, se decide outra televisão, com outro nome, vai ter outros programas, outra qualidade, enfim, vamos ter que esperar par ver", disse a presidente da Acerp.
Descontinuidade
"É uma descontinuidade. E é um pouco isso o que a gente vê no histórico destas emissoras educativas. Na verdade, nem sempre ela é tocada por profissionais, nem sempre ela está livre de interferências e por isso que o trabalho de TV pública no Brasil é uma eterna construção. Eu não me arrependo de ter feito esse trabalho. Eu não me sinto envolvida nesse projeto, eu não fui envolvida nesse projeto", afirmou Carmona. "É engraçado porque é um projeto que fala de TV pública como se fosse alguma coisa que pela primeira vez estamos vendo isso, quando na verdade a TV que chamamos de TV pública já existe, algumas melhores ou piores, com bons momentos ou maus momentos, mas essa prática já existe há alguns anos e a introdução deste conceito já está entre nós há mais de 30, 20 anos", disse Carmona.
DAYANNE MIKEVIS,da Folha Online. 3110.

PERDIGÃO & ELEVA: NEGÓCIO DA CHINA

Perdigão anuncia a compra da Eleva Alimentos por R$ 1,35 bi

A Perdigão anunciou nesta terça-feira a aquisição de 77,31% do capital da Eleva Alimentos, pelo qual vai pagar cerca de R$ 1,342 bilhão.
O grupo controlador da Eleva --liderado pelo fundador da empresa, o chinês Shan Ban Shun--, receberá R$ 598,17 milhões em dinheiro e mais 15.463.349 ações da Perdigão, que pela cotação desta terça-feira da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) valem R$ 744,25 milhões.
O negócio faz com que a Perdigão passe a ser a maior empresa de alimentos com capital aberto no Brasil, ultrapassando a Sadia. Para poder realizar o pagamento da parte em dinheiro da negociação --que deve ser feita até o final do ano--, a Perdigão fará uma oferta de ações no mercado, em quantidade e condições ainda não especificadas. Após a conclusão da compra das ações do grupo controlador da Eleva, será realizada uma oferta de compra para os acionistas minoritários da empresa --onde uma parte será paga em dinheiro (pelo mesmo valor pago a Ban Shun) e outra parte em ações da Perdigão (na proporção de 1 ação da Perdigão para 1,74308855 ações da Eleva). As duas empresas já negociavam há mais de um mês. Porém, até o momento a expectativa era de que elas passariam por um processo de fusão, ao invés da Perdigão comprar a Eleva.
Nova gigante
A compra cria uma gigante do setor. A Perdigão passa a ser a líder na produção e comercialização de carnes de frango e suína, além de se consolidar no setor de lácteos. Ela passa também a ser a maior empresa alimentícia brasileira de capital aberto. O valor de mercado de Perdigão e Eleva juntos é de cerca de R$ 9,4 bilhões, passando a Sadia --que tem valor de mercado de aproximadamente R$ 8 bilhões. O faturamento de Perdigão e Eleva somados no primeiro semestre (cerca de R$ 8,7 bilhões) também passa o da principal concorrente (cerca de R$ 7,7 bilhões). A compra chega a ter tons de vingança, já que em meados do ano passado a Sadia tentou comprar a Perdigão. Porém, o bloco controlador da empresa --formado por fundos de pensão e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)-- recusou a proposta.
Folha Online, 3110.

' QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA? '

Brasil vê agora disputa interna para a definição das subsedes da Copa. Com o Brasil confirmado como sede da Copa do Mundo de 2014, começa agora uma disputa interna para a definição das subsedes do Mundial. O projeto da CBF incluiu 18 cidades e seus respectivos estádios como opção, mas no máximo 12 serão escolhidos. Segundo o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, vai ser necessário ter paciência, já que as cidades escolhidas só devem ser reveladas no final de 2008. bsedes da Copa. (...) As 18 cidades indicadas são Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Porto Alegre (RS), Recife/Olinda (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u341099.shtml

Fiscalização ineficiente atrapalha exportação de leite, diz fazendeiro. A fiscalização mais rigorosa do leite é apontada por fazendeiros como um dos fatores para que o produto consiga ampliar a participação no mercado fora do país, além de beneficiar os consumidores locais, que ficariam sujeitos a menos riscos. “A exportação é incipiente no Brasil. Se as produtoras passassem por um rigor maior na avaliação, acredito que teríamos chance de aumentar as vendas para os outros países”, afirma Aníbal Eugênio Vercesi Filho, um dos proprietários da Fazenda Morro D'Água e diretor técnico da Associação Brasileira de Criadores de Gir Leiteiro (Abcgil). G1, SP.

Na Itália, burro vira coletor de lixo. Palermo resolveu trocar caminhões por burros. Gari levam os bichos pelas ruas de cidade. Segundo informações das autoridades, os caminhões foram substituídos pelos burros porque emitem gás carbônico em excesso. Da AFP, G1.

PLANALTO/CPMF/RENAN CALHEIROS: ACORDO DE CAVALHEIRO$

Renan deve renovar licença e continuar longe

O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve renovar a licença médica de dez dias que o mantém afastado da Casa desde a semana passada. A conselho de amigos, ele está recolhido na residência oficial e não pisa no Congresso desde que o laudo médico que recomenda a realização de exames de rotina foi entregue à Mesa Diretora. O atestado justifica sua ausência só até sexta-feira, mas Renan foi alertado por companheiros de partido e líderes da base e da oposição de que o melhor é continuar longe do Senado mais uns dias, se quiser salvar seu mandato. Um dos amigos de Renan diz que a temperatura da crise baixou, mas o clima geral no plenário ainda lhe é hostil. Segundo um líder aliado, que prefere manter o anonimato, "a irritação do Senado com ele diminuiu bastante", mas não o suficiente para livrá-lo da cassação. Esse líder acredita que, se o julgamento fosse hoje, "o risco de condenação seria muito alto". Ele está convencido de que o tempo conspira a favor do peemedebista e a "submersão" é sua única alternativa.
PAUSA. Ao mesmo tempo, o PMDB suspendeu temporariamente as articulações sobre a sucessão de Renan. Em reunião com a bancada, o líder do partido, Valdir Raupp (RO), fez um apelo aos colegas, pedindo que adiassem a discussão do assunto enquanto o senador estiver licenciado. O temor de Raupp é que a legenda fique fragilizada com a exposição de candidatos e sujeita a uma guerra de dossiês. "Daqui a pouco ficamos sem nomes", advertiu o líder à bancada, manifestando a preocupação de que adversários iniciem uma campanha para "queimar" prováveis concorrentes ao cargo de Renan. Apesar dos apelos de Raupp, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) anunciou ao partido a intenção de disputar a presidência da Casa, caso Renan decida renunciar ao posto.Mesmo afastado do Senado, Renan tem mantido contatos freqüentes com senadores governistas e de oposição. O momento de maior tensão dos últimos dias foi na manhã de sábado, quando foi informado de que uma reportagem publicada pela revista Veja dava conta da existência de um dossiê contra o senador Jefferson Péres (PDT-AM) e insinuava que ele, Renan, era o responsável por sua "divulgação" aos senadores. Péres é o relator de um dos processos por quebra de decoro que tramitam no Conselho de Ética do Senado - aquele em que Renan é acusado de usar laranjas para comprar rádios e um jornal em Alagoas. Por isso mesmo, o senador peemedebista agiu rápido. Tratou de telefonar para Péres no sábado mesmo, negando ter relação com o dossiê. E não parou aí: encarregou seus advogados de preparar um documento, lido por Péres ontem da tribuna, em que se refere ao relator como "exemplo de coerência política, lisura e honradez".
Christiane Samarco e Cida Fontes, BRASÍLIA. 3010.

PF/OPERAÇÃO OURO BRANCO: LEITINHO 'MANSO'

Ministério Público investiga falhas na fiscalização do leite

A Procuradoria da República em Minas Gerais instaurou um inquérito civil público para investigar as falhas no sistema de fiscalização de leite no país, além de prováveis fraudes em laticínios no Estado. O inquérito será conduzido em conjunto pelos procuradores Carlos Henrique Dumont e Bruno Nominato de Oliveira, de Passos e Uberaba. Oliveira e Dumont conduziram junto à Polícia Federal as investigações da operação Ouro Branco, que prendeu 27 pessoas acusadas de fraudar leite de duas cooperativas --a Casmil e a Copervale. O inquérito vai avaliar quantas amostras de leite foram examinadas pelos Laboratórios Nacionais Agropecuários durante este ano e quantas delas apresentaram adulteração. Os procuradores já pediram informações ao Dipoa (Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal), do Ministério da Agricultura, sobre quais providências são tomadas pelo órgão quando amostras de leite analisadas não estão de acordo com os padrões. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também deverá informar a Procuradoria a quantidade de leite retirada do mercado em 2007 por não respeitar as determinações legais. "Fraudes como estas só se tornaram possíveis em decorrências de falhas no funcionamento do Sistema de Inspeção Federal, falhas essas que necessitam de correção sob pena de, após a passagem da comoção social causada pela constatação das mesmas, novas fraudes voltarem a ocorrer", dizem os promotores.
Fraude
Segundo as investigações, a Casmil e a Copervale adicionavam soro ao leite para aumentar o volume e substâncias como água oxigenada e soda caústica para disfarçar o sabor e aumentar o prazo de validade.
Folha Online. 3110.

CPMF: ENFIM, À SAÚDE???

Governo propõe mais R$23bi à saúde em 4 anos para aprovar CPMF

BRASÍLIA - O governo fechou na noite desta terça-feira a proposta de aumento de recursos para a saúde, que será oferecida na tentativa de convencer parlamentares de uma frente pelo setor a aprovarem a prorrogação da CPMF. A idéia do Planalto é acrescentar mais 23 bilhões de reais da arrecadação do imposto para a saúde, além de regulamentar a emenda 29, que define critérios e limites para os investimentos de União, Estados e municípios no setor, o que, nas contas do governo, acrescentaria outros 6 bilhões de reais para a área em quatro anos. A proposta, fechada em reunião entre os ministros José Gomes Temporão (Saúde), Guido Mantega (Fazenda) e Walfrido dos Mares Guia (Relações Institucionais), além do líder do governo na Câmara, José Múcio (PTB-PE), está aquém do reivindicado pela Frente Parlamentar da Saúde, que quer a vinculação de 10 por cento da receita bruta do governo com o setor. O governo rejeita a proposta e alega que a vinculação de parte de sua receita com a saúde engessaria o Orçamento. "Eles (os deputados da Frente) têm uma proposta, mas uma coisa é a vontade, o sonho, o desejo que todos nós desejamos; outra é a realidade, a possibilidade", disse Múcio a jornalistas após o encontro. "Os deputados que desejavam mais não vão poder abrir mão de 50 por cento de investimento a mais em valores reais", acrescentou. Não ficou definido o escalonamento dos 23 bilhões de reais adicionais ao longo dos quatro anos. Esse ponto deve ser discutido durante reunião de líderes na quarta-feira. Para Temporão, a proposta do governo é boa e deve ter um "grande impacto na política de saúde e a possibilidade de nós termos uma sustentabilidade econômica e financeira para o setor muito consistente". "O governo compreende que há sim um momento político muito propício e favorável de, numa mesma equação política, regulamentarmos a emenda 29 e garantirmos a continuidade da CPMF", disse o ministro.
Reuters/Estadão. 3110.