PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

quarta-feira, março 26, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] CHUMBO TROCADO...










[Chargistas: Junião, Dálcio, Amorim, Lane, Sponholz].

ELEIÇÕES 2010: O SUCESSOR DE LULA TEM NOME?

Lula: Podem tirar o 'cavalo da chuva' porque farei sucessor

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, 26, no bairro do Jordão, no Recife (PE), que fará o seu sucessor. Em um discurso inflamado, Lula atacou a oposição, que acusa o seu governo de usar irregularmente o cartão corporativo. "A oposição pensa que vai eleger o sucessor. Pode tirar o cavalinho da chuva, porque nós vamos fazer a sucessão, para continuar governando este País", afirmou. Ao lado da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, citada por três ministros, pelo prefeito de Recife e pelo governador de Pernambuco, em seus respectivos discursos, Lula ponderou que a eleição ainda está muito longe, mas que os adversários não vão atrapalhar o seu projeto de desenvolvimento. "Eles vão ter que lutar muito e trabalhar muito. Apenas fazendo discurso não vão nos derrotar, não", afirmou. "É preciso trabalhar mais do que nós e dizer ao povo o que fizeram antes de nós", acrescentou. Lula voltou a dizer que é preciso comparar o governo dele com o anterior e avisou que até o final do seu mandato pretende voltar outras vezes a Pernambuco e visitar todos os estados brasileiros. "Meus adversários vão dizer: está em campanha, está em campanha. Eu não estou em campanha, porque nem posso concorrer". Lula disse que vai fazer ainda muitas viagens. "Se eles acham que eu vou ficar lá em Brasília ouvindo discursos, eles podem fazer quantos discursos quiserem, porque eu vou para a rua ouvir o discurso do povo, que eu ganho muito mais". Dirigindo-se ao ex-deputado Severino Cavalcanti do PP, que estava na platéia e que teve que deixar a presidência da Câmara sob acusação de corrupção, Lula disse que foram as elites paulista e paranaense que o afastaram do poder. Em seguida, Lula disse que tinha muito respeito pelo deputado e que muitos políticos são hipócritas. Leonencio Nossa e Angela Lacerda, de O Estado de S.Paulo. 2603. Foto Ed Ferreira/AE.

>

CPI DOS CARTÕES CORPORATIVO: LEIA-SE: CORPORATIVISTA

CPI dos cartões blinda Dilma, mas convoca outro ministro

BRASÍLIA - A CPI dos Cartões corporativos rejeitou nesta quarta-feira, 26, a convocação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff,para explicar o dossiê que teria sido levantado sobre os gastos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de dona Ruth Cardoso, conforme denúncia da revista Veja. A rejeição foi por 14 votos contra sete. No entanto, a presidente da CPI, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), pediu a convocação do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Jorge Félix. Convidado a comparecer na terça-feira à comissão, o ministro avisou por telefone que não iria, por ter uma viagem de férias marcada para o exterior. "O convite dessa CPI deveria se sobrepor a qualquer férias de qualquer servidor", disse Marisa. "Não vamos fechar a Comissão esperando que alguém volte do exterior. Senão, ficamos desmoralizados."Nesta quarta, quase duas horas após a abertura da reunião da CPI, os parlamentares não haviam começado a discutir a pauta do dia, por conta da discussão em torno dos pedidos de convocação do ministro Jorge Félix e da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef. Havia ao menos 35 requerimentos de convocações e quebras de sigilo sobre a mesa da presidência da CPI ainda a serem analisados.
Mais requerimentos
Durante a reunião, Marisa disse que apresentou requerimento de transferência de todos os dados relativos a despesas feitas com cartão corporativo ou contas tipo B durante os governos Lula e FHC.O requerimento, segundo ela, foi apresentado na terça no fim da tarde. "O requerimento é motivado pela notícia de que esses documentos estão sendo trabalhados por funcionários do Palácio do Planalto", disse a senadora. Ela afirmou que funcionários do Tribunal de Contas da União (TCU) têm conhecimento desses dados. "Se o TCU tem conhecimento, é inadmissível que deputados e senadores de uma CPI não possam ter", completou. O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), disse que o partido requereu o acesso aos dados também da atual primeira-dama, Marisa Letícia, e da ex-primeira dama, Ruth Cardoso. "Há funcionários que têm acesso a dados que nós da CPMI não temos. Precisamos até saber quem são esses funcionários e, quem sabe, convocá-los", disse. Arthur Virgílio disse ainda esperar que Lula, assim como Fernando Henrique, autorize o acesso aos dados de seus gastos na Presidência. "O fato é que, dos gastos de Ruth e FHC, não tem um que seja com segurança nacional. Não acredito que os do Lula sejam. Era hora de o Lula ter o mesmo gesto de grandeza e dar o mesmo exemplo. Temos dados que não são de segurança nacional que podem até ser extravagantes aqui e ali, mas não são sigilosos". Eugênia Lopes, de O Estado de S.Paulo(Com Carolina Freitas, da AE e Agência Brasil). 2603. Foto Wilton Junior/AE.

>



RIO DE JANEIRO/DENGUE: EPIDEMIA CONFIRMADA

Forças Armadas prometem ajudar no combate à dengue

RIO DE JANEIRO – Durante o feriadão de Páscoa, o avanço da epidemia de dengue no Rio de Janeiro atingiu a tenebrosa marca de uma ocorrência da doença registrada por minuto. Na Semana Santa, as mortes de uma menina de 14 anos e de um bebê de sete meses elevaram para 49 o número de vítimas fatais no estado este ano, sendo 25 crianças. Diante desse quadro desolador, antes tarde do que nunca, as autoridades públicas parecem ter despertado para a necessidade de combater urgentemente o mosquito transmissor e prestar atendimento à população carioca de baixa renda, que sofre por falta de atendimento nos hospitais públicos. Após alguns dias de um constrangedor empurra-empurra entre os poderes municipal, estadual e federal, o Ministério da Defesa anunciou na sexta-feira (21) que as Forças Armadas montarão, a partir da semana que vem, hospitais de campanha para ajudar os hospitais da rede pública do Rio no atendimento às vítimas do Aedes aegypti. A situação é grave, pois a dengue já ocorre em todas as regiões da cidade do Rio de Janeiro e em diversos municípios do interior fluminense. Na capital, já foram registrados 23.555 casos da doença em 2008 e, levando-se em conta todo o estado, o número de casos registrados sobe para 32.615. A ajuda das Forças Armadas no combate à dengue no Rio de Janeiro foi confirmada pelo ministro Nélson Jobim, que se encontra em visita oficial aos Estados Unidos: “Estamos preparados para ajudar, pois esse problema está sério lá no Rio”, disse. Para definir os detalhes da participação militar, Jobim tem uma reunião agendada para terça-feira (25) com o chefe do Estado-Maior de Defesa, almirante Marcos Martins Torres, e com os comandantes Enzo Peri (Exército), Júlio Moura Neto (Marinha) e Juniti Saito (Aeronáutica). Após a definição com o comando militar, o ministro se reunirá com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Ministério da Saúde, por sua vez, anunciou que vai montar no Rio um gabinete de crise que contará com as participações do comando das Forças Armadas e das autoridades públicas estaduais. As primeiras tarefas do gabinete, segundo o ministério, serão a realização de um levantamento, em todo o estado, da necessidade de contratação de pessoal para trabalhar em caráter emergencial e também um mapeamento das populações com maior risco de contato com o mosquito transmissor. O pedido de ajuda federal havia sido feito no dia 17 de março pelo secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, durante uma reunião com o secretário nacional de Vigilância e Saúde, Gérson Penna, e com representantes das Forças Armadas. Curiosamente, Côrtes afirmou ter sido pego de surpresa pelo anúncio do envio de militares ao estado: “Não me comunicaram nada, mas, em todo caso, a ajuda é extremamente bem-vinda. A maior necessidade é material humano para fazer o atendimento aos doentes e também intensificar o combate aos focos do mosquito”, disse o secretário.
Empurra-empurra
A falta de sintonia entre os três níveis de poder público é mais clara do que as águas onde o Aedes costuma depositar seus ovos. Após ter anunciado inicialmente que “não tomaria medidas específicas em relação à dengue no Rio”, o Ministério da Saúde voltou atrás e decidiu instalar o gabinete de crise, mas não deixou de apontar a Prefeitura do Rio como principal responsável pelo combate à doença: “Consideramos que um dos problemas enfrentados no Rio é a baixa implementação das equipes de saúde da família e a desestruturação da atenção básica. Atualmente, as equipes de saúde da família cobrem apenas 8% da população do município”, afirma uma nota divulgada pelo ministério. Em outro trecho da nota, o Ministério da Saúde lembra que, em outubro do ano passado, alertou o governo estadual e a prefeitura da capital sobre a possibilidade de ocorrência de uma epidemia de dengue durante o verão: “No mês seguinte, um levantamento da infestação dos mosquitos transmissores na cidade mostrou que ações mais objetivas deveriam ser realizadas pelo gestor local, pois o quadro era alarmante”, diz o documento. O prefeito Cesar Maia, no entanto, prefere negar que esteja ocorrendo uma epidemia de dengue no Rio: “Já houve uma epidemia, mas o momento atual é de declínio”, garante, dizendo embasar sua afirmação nas correções por amostra feitas pela Secretaria Municipal de Saúde: “Sabemos que o pico da doença ocorreu entre o fim de janeiro e o início de fevereiro. Nesse momento, estamos em curva declinante, mas só poderemos confirmar isso dentro de alguns dias”, disse. Quando o assunto é assumir responsabilidades pelo avanço da doença, Cesar opta por jogar a batata quente em outras mãos: “A maior parte dos óbitos ocorreu em hospitais da rede estadual”.
OMS aponta epidemia
A postura da Prefeitura é criticada pelo epidemiologista Roberto Medronho, que tem especialização no estudo da dengue e é professor do Núcleo de Saúde Coletiva da UFRJ. Segundo Medronho, a Secretaria Municipal de Saúde está equivocada ao considerar que, para ser classificada como epidemia, a incidência da dengue deva ser ao menos de 470 para cada cem mil habitantes. O especialista afirma que o governo municipal utiliza como parâmetro para seus cálculos o ano de 2002, quando foram registrados 138.027 casos de dengue no Rio: “Isso contraria uma determinação da Organização Mundial de Saúde (OMS), que afirma que o cálculo deve ser feito com base numa série histórica, excluindo os anos em que ocorreram epidemias”. Medronho afirma que, de acordo com os parâmetros de cálculo estabelecidos pela OMS, o máximo de casos esperados para janeiro no Rio seria de 23,3 por cada cem mil habitantes quando, na realidade, foi de 144,5 por cem mil. Em fevereiro, o máximo esperado era de 42,95 casos por cada cem mil habitantes, mas ocorreram 158,2 casos para cada cem mil. Em março, a taxa de infecção esperada é de 75 habitantes para cada cem mil, mas atingiu a marca de 43,3 para cada cem mil apenas nas primeiras duas semanas do mês. Maurício Thuswohl - Carta Maior, 2603.

BRASIL/BOLSA DE VALORES: FUSÃO E MERCADOS

Bovespa e BM&F confirmam acordo de fusão; leia comunicado
A Bovespa Holding e a BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros) anunciaram no fim da noite desta terça-feira os termos do acordo para a fusão das suas atividades, o que cria a segunda maior Bolsa das Américas. Mais detalhes serão fornecidos nesta quarta-feira, em entrevista à imprensa.
Segundo comunicado enviado ao mercado, pelo acordo a companhia aberta formada pela integração das duas se chamará provisoriamente Nova Bolsa e terá ações negociadas no Novo Mercado --aquele reservado para empresas comprometidas com práticas diferenciadas de tratamento do acionista minoritário. Os termos do negócio ainda devem ser levados à aprovação dos respectivos acionistas, em assembléias, e estão sujeitos à autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), bem como à do BC (Banco Central) e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Na nota, a BM&F explicou que o modelo já foi aprovado pelos conselhos de administração de ambas. Após uma reorganização societária, serão emitidas ações da Nova Bolsa para os acionistas das duas empresas, na proporção de 50% para cada companhia. Além disso, os acionistas da Bovespa Holding receberão um adicional em dinheiro de R$ 1,24 bilhão. Até dezembro deste ano funcionará um comitê de transição, composto pelos presidentes e diretores gerais das duas companhias, que dividirão o comando. A expectativa é que a integração dos negócios gere uma economia de até 25% nas despesas operacionais anuais até 2010. A fusão cria a 10ª empresa em valor de mercado no país e a segunda maior Bolsa das Américas --a maior Bolsa ainda seria a Chicago Mercantile, nos Estados Unidos, segundo ranking preparado pela Economática. A Bovespa Holding abriu seu capital, passando a ter ações negociadas em pregão, no dia 26 de outubro passado. Com a operação, a companhia levantou R$ 6,625 bilhões. A BM&F fez o mesmo em 30 de novembro e captou R$ 5,984 bilhões. Folha Online, 2603.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Equador não deixará cair no esquecimento incursão da Colômbia. "No caso de que se verifique que há um equatoriano morto, cujo corpo foi levado para a Colômbia, isso seria extremamente grave e a Organização dos Estados Americanos (OEA) teria que agir de maneira contundente, porque se trataria do assassinato de um equatoriano em território pátrio", alertou o presidente do Equador, Rafael Correa. Em um comunicado publicado na página oficial da Presidência equatoriana, Correa disse que "quando for confirmado" que entre os assassinados no suposto acampamento das FARC - quando morreu o número dois da organização, Raúl Reyes - há um equatoriano, serão adotadas "as medidas pertinentes ao caso", porque o Executivo "não vai deixar que este caso caia no esquecimento". Suas palavras acrescentam mais um elemento à nova polêmica aberta pela possibilidade de que o equatoriano Franklin Aisalia tenha sido confundido com o chamado "ideólogo" das FARC, Julián Conrado, e que seu cadáver tenha sido levado para a Colômbia junto com o de Reyes. Carta Maior, 2603. http://www.agenciacartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=14881

"Mad" brasileira satiriza emos como "nova categoria de gays". A versão brasileira da "Mad" dedicou uma edição para satirizar os emos. A revista de humor ácido descreve a tribo como uma "nova categoria de gays" e uma "praga maldita" do século 21. A publicação ensina a virar emo e traz imagens para recortar, como uma franja e gotas de lágrimas. A "Mad" brinca também com o vocabulário dos emos, que costumam incluir a letra "x" nas palavras e adotam grafias erradas. O leitor é convidado a participar do teste "Voxê é um emo?". Um dos resultados diz: "Oiiiiiiii miguxooo voxê é emuuu! Qui linduuu! Palabéns! Podi xolar di aleglia!". A revista, editada no Brasil pela Mythos, também ridiculariza a maquiagem da tribo (como lápis de olho e unha pintada de preto), o vestuário (como cinto de rebite, camiseta com estampa de um gatinho e tênis All Star riscado) e acessórios (como iPod, máquina fotográfica digital, colar de bolinha, chaveirinho e munhequeira). Folha Online. 2603.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u65136.shtml

>


MINISTRO DA EDUCAÇÃO: UM DOM QUIXOTE?

Haddad critica ensino superior privado e defende fechamento de vagas

Em sabatina realizada na tarde desta terça-feira no Teatro Folha, em São Paulo, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que partes do ensino superior privado cresceram de forma "abusiva"; defendeu que cursos mal-avaliados sejam fechados; e anunciou que, na semana que vem, irá enxugar mais cursos de direito. Em contrapartida, disse que o número de vagas nas universidades públicas vai crescer oito vezes.
"Houve um abuso desnecessário na expansão de parte do setor privado. Há vagas que foram abertas sem critério e processos seletivos com critério menor ainda. Não é razoável que uma faculdade não faça um processo seletivo para ver se o aluno tem condições de ingressar em um curso de direito." O MEC (Ministério da Educação) e o Ministério Público de Goiás investigam, atualmente, a Unip (Universidade Paulista) de Goiânia, que aprovou um menino de 8 anos em seu vestibular e chegou a matriculá-lo em seu curso de direito. Segundo Haddad, na semana que vem, a pasta irá anunciar um novo corte no número de vagas de cursos mal-avaliados. Somadas às mais de 6.000 vagas fechadas em janeiro passado, serão 20 mil. O ministro explica que preferiu começar a reavaliação do ensino superior pelo curso de direito porque precisava de jurisprudência favorável para enfrentar as instituições de ensino, e o direito é uma área da qual os juízes entendem. Na sabatina, Haddad ainda defendeu que o governo federal, a exemplo do que é feito hoje, assuma a regulação do ensino superior. "Nossa avaliação é a de que, se o Estado avalia e o mercado regula, a tendência é a de que a competição seja por preço. Agora, se o Estado avalia e regula, a tendência é a de que a competição seja por qualidade." Por isso, diz ele, a mudança que fará com que o Fies financie até 100% da mensalidade do aluno de baixa renda em uma instituição de ensino privada. "Isso é para que o aluno não tome a decisão de onde se educar a partir do preço, mas a partir da qualidade." Em contrapartida das críticas ao ensino superior privado, Haddad afirmou que o MEC irá elevar o número de vagas nas universidades públicas de 120 mil para 229 mil nos próximos oito anos. Ele ainda defendeu que o ensino público continue gratuito e disse que matricularia o filho em uma escola de ensino médio pública, se ela fosse boa. Disse ainda que, entre todos os estudantes brasileiros, só um sexto deve chegar ao ensino superior. "Um ano de escolaridade, no Brasil, pode significar um incremento de 15% na renda, o que é muito."
DRU
Um dos três principais objetivos de Haddad a frente do MEC é acabar com a DRU, um dispositivo que, segundo ele, nos últimos 14 anos, desviou quase R$ 1 bilhão do orçamento da pasta. "Um país que fala em priorizar a educação e corta verbas não deve estar falando sério." Haddad diz esperar convencer o Congresso a aprovar a emenda da reforma tributária que acabaria com a DRU, até 2010.
Professores
Quanto aos professores, Haddad afirmou que eles "ganham mal mesmo" e que só recebem aumento "em ano eleitoral". "É inadmissível que em um país como o Brasil, 50% dos professores ganhem menos que o piso em tramitação no Congresso Nacional, que é de apenas R$ 950. Estamos lutando para aprovar uma lei que fixa esse piso, e metade ganha menos que isso."
Educação a distância
O ministro defendeu que o MEC continue sendo rigoroso com a criação de cursos a distância e disse que as exigência de que os pólos mantenham bibliotecas e de que os programas tenham 20% da carga horária presencial são compatíveis com o modelo de educação a distância vigente no país. "Nosso modelo não é de educação 100% virtual". GABRIELA MANZINI. Folha Online, 2503.

CARTÕES CORPORATIVOS: SIGILOS QUEBRADOS?

FHC autoriza quebra de gastos sigilosos da sua gestão; PSDB quer dados de Marisa e Lula

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) autorizou hoje a quebra do sigilo de seus gastos com cartões corporativos e das chamadas "contas B" do governo federal no período em que esteve na Presidência da República. FHC encaminhou nesta terça-feira carta ao líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), com a autorização para que os seus gastos e da ex-primeira dama Ruth Cardoso sejam divulgados.
Virgílio prometeu ler a carta do ex-presidente no plenário do Senado, nesta terça-feira. Segundo o líder tucano, Fernando Henrique não vê motivos para que os seus gastos sejam mantidos em sigilo, como argumentam parlamentares da base aliada do governo em relação às contas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "O presidente Fernando Henrique respondeu a uma carta minha autorizando que divulguem os seus gastos. Queremos a quebra de sigilo das contas B e dos cartões corporativos para mostrar que ele e dona Ruth Cardoso são pessoas sérias. A CPI não pode dizer que não", afirmou. Virgílio disse que, com a abertura dos sigilos do ex-casal presidencial, será "difícil" para a base aliada do governo no Congresso manter em segredo os gastos do presidente Lula e da primeira-dama Marisa Letícia. O tucano afirmou que a disposição de FHC é revelar os gastos desde 1998, quando houve o início da transição das "contas B" para o modelo atual dos cartões corporativos. "Isso não é uma questão de segurança nacional, como argumentam os governistas. O pedido que faço é que não digam não a um pedido de dona Ruth e do ex-presidente Fernando Henrique." O líder do PSDB disse que vai apresentar requerimento à CPI dos Cartões, nesta quarta-feira, com o pedido de quebra dos sigilos dos gastos de Lula, Marisa Letícia, Fernando Henrique e Ruth Cardoso nas "contas B" e cartões corporativos.
Dossiê
Segundo Virgílio, a ex-primeira dama já havia informado a ministra Dilma Roussef (Casa Civil) sobre a decisão de abrir seus sigilos. Dilma conversou por telefone com Ruth Cardoso nesta segunda-feira para negar que a Casa Civil tenha elaborado dossiê com os gastos sigilosos do ex-casal presidencial, divulgado pela revista "Veja". Virgílio disse que vai se reunir amanhã com o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, para cobrar investigações sobre o suposto dossiê. "O governo diz que não têm dossiê, mas estão investigando o que seria esse dossiê. É muito estranho. Sabemos que esse dossiê é verdadeiro, vamos querer saber a origem de tudo isso", enfatizou o tucano. Segundo a revista, a Casa Civil teria preparado um dossiê sobre gastos efetuados nos anos de 1998, 2000 e 2001 pelo então presidente FHC, sua esposa e assessores nas contas tipo B --usadas para saque em dinheiro em conta administrada pelo servidor. O documento, de acordo com a revista, seria usado para chantagear parlamentares da oposição, a fim de evitar que as contas do presidente Lula fossem investigadas na CPI dos Cartões Corporativos. GABRIELA GUERREIRO; da Folha Online, em Brasília. 2503. Charge Sponholz.
>

HERÓIS & VILÕES: O BRASIL DO "REALITY SHOW"

"Não somos adeptos a divulgação de "correntes" ou de "denúncias" sobre roubos de rins em clínicas clandestinas ou mesmo de "criancinhas" raptadas em berçários, porém, na exceção, estamos postando a carta-desabafo de um funcionário público que, efetivamente, presta um serviço ao público".
-o0o-


"Prezado Senhor

Pedro Bial

Digníssimo Jornalista, apresentador da Rede Globo de Televisão.


Confesso Sr.Bial que não sou espectador do programa o qual o senhor
apresenta. Talvez para felicidade da minha cultura e para infelicidade do
índice de audiência, ao qual seu programa está atrelado. Mas, tive durante
um dia desses, num dos raros casos fortuitos que o destino apresenta, a
oportunidade de, por alguns minutos, apreciar o tão falado Big Brother
Brasil, o BBB.
Para minha surpresa, durante uma ou duas vezes o senhor, ao chamar os
participantes para aparecerem no vídeo o fez da seguinte maneira:

- Vamos agora falar com nossos heróis!

De imediato tive uma surpresa que me fez trepidar na cadeira.

Heróis????

O senhor chama aqueles que passam alguns dias aboletados numa confortável
casa, participando de festas, alguns participando até de sessões de sexo
sob os edredons, falando palavras chulas e no fim podendo ganhar um milhão
de reais, de heróis?
Pois bem Sr. Pedro Bial, eu trabalho numa Plataforma Marítima que se
localiza a aproximadamente 180 km da costa brasileira e contribuimos, mesmo
modestamente, para que o nosso País alcançasse a auto-suficiência em
Petróleo e continuamos lutando, todos nós, para superar esse patamar.
Neste último dia 26 de Fevereiro presenciamos um acidente com um dos
Helicópteros que faz nosso transporte entre a cidade de Campos e a
Plataforma. As imagens que ficaram em nossa mente Sr. Bial, irão nos marcar
para o resto das nossas vidas. Os seus 'heróis' Sr Bial, são meros
coadjuvantes de filmes de segunda categoria comparados com os atos de
heroísmos que presenciamos naquele momento.
Certamente o Senhor como Jornalista que é, deve estar a par de todo o
acontecido. Mas sei que os detalhes o Sr. desconhece.
Pois bem, perdemos alguns colegas. Colegas esses, Sr Bial, que estavam indo
para casa após haver trabalhado 15 dias em regime de confinamento.
Não o confinamento a que estão sujeitos os seus 'heróis', pois eles têm
toda uma parafernália de conforto, segurança e bem estar, que difere um
pouco da nossa realidade. Durante esse período de quinze dias esses colegas
falaram com a família apenas por telefone. Não tiveram oportunidade de
abraçar seus filhos, de beijar suas esposas, de rever seus amigos e
parentes... Logo após decolar desta Plataforma com destino a suas casaso
Helicóptero caiu no mar ceifando suas vidas de modo trágico e desesperador.
E seus 'heróis' Sr Bial, a que tipo de risco eles estão expostos? Talvez
aos paredões das terças-feiras, a rejeição do público, a não ganhar o
premio milionário ou a não virar a celebridade da próxima novela das oito.
Os heróis daqui Sr Bial foram aqueles que desceram num bote de resgate,
mesmo com o mar apresentando um suel desafiador. Nossos heróis Sr. Bial
desceram numa baleeira, nossos heróis foram os mergulhadores, que de pronto
se colocaram à disposição para ajudar, mesmo que isso colocasse suas vidas
em risco. Nossos heróis Sr. Bial, não concorrem ao Premio de um Milhão de
reais, não aparecem na mídia, nem mesmo os nomes deles são divulgados. Mas
são heróis na verdadeira acepção da palavra. São de carne e osso e não
meros personagens manipulados pelos índices de audiência. Nossos heróis
convivem aqui no dia-a-dia, sem câmeras, sem aparecerem no Faustão ou no Jô
Soares.
Heróis, Sr Bial são todos aqueles que diariamente, saem das suas casas, nas
diversas cidades brasileiras, chegam à Macaé ou Campos e embarcam com
destino as Plataformas Marítimas, sem saber se regressarão as suas casas,
se ainda verão seus familiares, ou voltarão ilesos, pois tudo pode
acontecer: numa curva da estrada, num acidente de Helicóptero, no vôo
comercial de regresso a sua cidade de origem....
Não tenho autoridade suficiente para convidá-lo a conhecer nosso local de
trabalho e conseqüentemente esses nossos heróis, mas posso lhe garantir
Senhor Bial, que caso o Sr estivesse presente nesta plataforma durante
aquele fatídico acidente seu conceito de herói certamente seria outro".

Em memória dos colegas:
Durval Barros
Adinoelson Gomes
Guaraci Soares


Carlos Augusto Lordelo Almeida
Técnico de Segurança
Plataforma P-XVIII