A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br
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sexta-feira, julho 25, 2008
REPORTAGEM ESPECIAL: REVISTA ''VEJA'' (parte final)
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Jaraguá do Sul/SC
Figurino de desenvolvimento
Descendentes de europeus usam parte do lucro de suas confecções para erguer uma cidade-modelo no Sul
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Jaraguá do Sul fica no nordeste de Santa Catarina, mas poderia estar na Europa. Na cidade, o índice de mortalidade infantil, 80% menor do que o brasileiro, é semelhante ao da Inglaterra. A taxa de analfabetismo beira zero, como na Suíça. A proporção de homicídios por habitante, um sexto da nacional, é parecida com a espanhola. As semelhanças não se restringem aos números. A influência européia é visível nos rostos brancos, nos cabelos loiros, na arquitetura, nas festas populares, nos pratos típicos e no motor de sua economia: a indústria têxtil. Imigrantes europeus, em especial os alemães, trouxeram os primeiros teares para Santa Catarina no fim do século XIX. No entorno de Jaraguá do Sul, pelo menos doze outras cidades dependem das tecelagens e confecções. A região é um exemplo acabado da capacidade do setor têxtil de melhorar o padrão de vida de uma comunidade, e nenhum caso é tão emblemático quanto o de Jaraguá do Sul.
Antes de ser um pólo têxtil, a cidade era um imenso arrozal. Jaraguá só se industrializou nos anos 60. Então, teares de fundo de quintal foram substituídos pelos maquinários de tecelagem e por confecções. A indústria nascente de Jaraguá se beneficiou do conhecimento técnico herdado dos europeus e da presença de uma ferrovia que liga a cidade ao porto de São Francisco do Sul e a importantes centros consumidores. Muitos agricultores migraram para a cidade a fim de trabalhar nas tecelagens. Para eles, as fábricas serviram como porta de entrada na classe média, processo semelhante ao que ocorreu em outros lugares do mundo nos quais a indústria têxtil prosperou. Os antigos arrozeiros passaram a ganhar mais, dispensaram seus filhos do trabalho e os mantiveram por mais tempo na escola. O equilíbrio econômico de Jaraguá foi abalado nos anos 90, quando o país abriu o mercado para os produtos estrangeiros. Para sobreviver, as tecelagens precisaram se modernizar. Desde 2000, as empresas locais se reorganizaram, cada uma a seu modo. Hoje, esse setor responde por 22% do PIB da cidade e ajuda a fazer de Jaraguá uma das cinqüenta cidades brasileiras com maior oferta de emprego. Um levantamento feito por VEJA mostra que, nesta década, o município foi o que melhor conseguiu combinar os desenvolvimentos econômico, populacional e social.
A Malwee sobressai entre as indústrias que melhor se reciclaram. A empresa foi fundada em 1906 como uma fábrica de laticínios. Carregava, então, o nome da família de alemães que a criou, Weege, que só descobriu sua vocação têxtil há quarenta anos. Mudou o nome para Malwee, contração de Malharias Weege. Depois que a concorrência chinesa nocauteou seu negócio, o grupo passou a investir no mercado interno e em produtos para as classes C e D. Hoje, a Malwee produz 36 milhões de peças ao ano e emprega 6 000 pessoas. O grupo passou a investir na qualificação de seus funcionários. Pagou, por exemplo, parte do curso de administração e do MBA da ex-bordadeira Deise Kotchella. Depois de formada, ela foi promovida ao setor de marketing. "Como esses cursos são caros, eu jamais teria condições de fazê-los sem a ajuda da Malwee", diz. A relação secular da empresa com Jaraguá produziu bons dividendos para a cidade. Há trinta anos, a companhia transformou uma área de 1,5 milhão de metros quadrados em parque, equipou-o com dezessete lagos artificiais, museu, churrasqueiras e quadras esportivas e abriu seu acesso ao público. Desde o ano passado, a Malwee passou a patrocinar um festival de música clássica e doou quatro harpas e um piano de cauda para um evento.
Enquanto a Malwee apostou nas classes emergentes, a Marisol, outra importante empresa têxtil local, resolveu focar a clientela mais rica. Nos anos 90, seu negócio produzia peças de baixo valor agregado. Desde 2000, passou a investir em design e em grifes renomadas. Para coordenar essa guinada, o grupo até trocou de comando. Filho de Vicente Donini, o fundador da empresa, o arquiteto Giuliano Donini, de 33 anos, assumiu o comando. Em 2005, a Marisol comprou a grife Pakalolo e, no ano seguinte, a Rosa Chá. No mesmo ano, inaugurou uma loja em Milão, vizinha à da Prada e à da Dolce&Gabbana. Melhor das pernas, a empresa passou a investir em um programa de reintegração social de ex-presidiários, fornecendo emprego a eles. Experiências assim já são uma tradição em Jaraguá. Há vinte anos suas escolas públicas mantêm um educador para cada grupo de oito crianças. O programa foi custeado, em parte, pelas empresas locais. No fim dos anos 90, as tecelagens instalaram uma UTI infantil e um banco de sangue no hospital municipal. Iniciativas como essas mostram o empenho do empresariado local em constituir um tecido social mais homogêneo e resistente.
REPORTAGEM ESPECIAL: REVISTA VEJA"
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Ipojuca/PE
De Pernambuco para o mundo
O Porto de Suape inaugura um novo ciclo de riqueza na economia nordestina.
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Inaugurado em 1984, Suape foi planejado para operar em associação com um complexo industrial, concepção idêntica à dos terminais de Marselha, na França, e de Kashima, no Japão. O potencial logístico, as vantagens fiscais e a mão-de-obra barata atraíram setenta empresas nos primeiros anos de funcionamento do porto. Para o fabricante de veludos Corduroy, o terceiro maior do mundo, foi fundamental instalar uma fábrica na área industrial de Suape. Mais perto da Europa e dos Estados Unidos, ela entrega uma encomenda à clientela em vinte dias, quarenta a menos que seus concorrentes asiáticos. Ainda assim, o potencial do terminal foi subaproveitado. Em 2005, o governo iniciou dois grandes projetos que lhe deram mais consistência econômica. Um deles é a refinaria Abreu e Lima, da Petrobras, que dará auto-suficiência em diesel ao Brasil.
Também determinante para o sucesso de Suape foi sua escolha para sede do maior estaleiro do Hemisfério Sul, das empreiteiras Camargo Corrêa e Queiroz Galvão. O Atlântico Sul já tem encomendas de doze petroleiros, que só serão concluídos em 2014. Para atender a sua demanda e à de outras fábricas, a CSN construirá no local uma siderúrgica de 6 bilhões de dólares. A industrialização está mudando as relações de trabalho e a sorte de uma população. O destino das vizinhas de Masilda de Souza, de 36 anos, foi o canavial. Ela só escapou dele porque seu pai tinha uma venda. Adulta, sobreviveu vendendo roupa de cama de porta em porta. Carregava diariamente um fardo de 15 quilos. "Sofria com o sol e dores nos braços, mas dizia: ainda vou trabalhar em Suape." Há sete meses, o Atlântico Sul a contratou porque ela obteve um dos primeiros lugares num concurso com 5 000 candidatos. Antes chamada de Masilda do Lençol, ela é, agora, "a mulher do estaleiro".
Casos como o de Masilda mostram que Suape está fazendo em Pernambuco uma revolução comparável à produzida pela cana-de-açúcar no século XVII. Até os anos 90, pensava-se que o futuro do porto estava atrelado apenas ao desenvolvimento industrial. Ele está se convertendo em escoadouro de soja. A ferrovia Transnordestina o conectará às regiões produtoras do grão no Nordeste. "Suape mudará a matriz econômica de Pernambuco", diz o economista Osmil Galindo, da Fundação Joaquim Nabuco. Os investimentos desembocam no porto de Ipojuca por causa de sua situação privilegiada. Seus 15 metros de calado e seu canal de 300 metros de largura comportam a maioria dos grandes cargueiros do mundo. Bem abrigados, os cais permitem a atracação sob quaisquer condições de tempo. Por causa dessas características, além da ampla área de retroporto e dos equipamentos modernos de que dispõe, Suape é considerado o melhor terminal público do país.
MST/DANIEL DANTAS [In:] DITADO POPULAR: ''L.Q.R.L. TEM CEM ANOS DE PERDÃO''
De acordo com o MST, cerca de 1.000 manifestantes participaram da invasão. Eles chegaram por volta das 5h desta sexta-feira ao local.
A ocupação é um protesto contra a compra da área pela Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, pertencente ao grupo Opportunity. O MST informa que a área não poderia ser vendida, pois se trata de terra pública.
"No dia 25 de julho, dia nacional do trabalhador rural, resolvemos ocupar uma das fazendas até então tidas como do grupo Santa Bárbara, por entendermos que as terras públicas são para a reforma agrária", afirma Ulisses Manaças, integrante da direção do MST no Pará.
Dantas --que chegou a ser preso pela Polícia Federal durante a Operação Satiagraha, mas foi solto depois por liminar do STF (Supremo Tribunal Federal)-- é investigado por suposta tentativa de suborno e prática de crimes financeiros.
Multa
Três lideranças do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e do MTM (Movimento dos Trabalhadores e Garimpeiros na Mineração) foram condenadas pela Justiça Federal em Marabá (PA) a pagar, juntas, R$ 5,2 milhões por descumprirem uma ordem judicial e invadirem em abril a Estrada de Ferro Carajás, da Vale, no sudeste do Pará.
Luís Salomé de França e Raimundo Benigno, do MTM, e Erival Carvalho, do MST, foram as únicas pessoas responsabilizadas pela invasão, que lembrou os 12 anos do massacre de Eldorado do Carajás, quando 19 sem-terra foram mortos por policiais militares.
Com Agência Folha - 2507.

HUGO CHÁVEZ & REI JUAN CARLOS I: CARAS & BOCAS
Após 'Por que no te callas?', Chávez convida: 'Vamos a la playa?'

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Chávez foi ao Palácio Marivent, residência de verão dos reis da Espanha em Palma de Mallorca, pouco antes das 11h30 (6h30 de Brasília), uma hora depois do previsto, para se reunir com o monarca. A recepção durou quatro minutos, em um ambiente relaxado no qual o rei Juan Carlos agradeceu a Chávez por ir a Mallorca. O presidente venezuelano perguntou ao rei: "por que não vamos à praia?", após comentar o calor na ilha mediterrânea, que comparou ao Caribe.
Após a troca de saudações, os dois mantiveram uma reunião acompanhados pelos ministros de Relações Exteriores da Espanha, Miguel Ángel Moratinos, e da Venezuela, Nicolás Maduro, além do ministro da Energia e Petróleo venezuelano, Rafael Ramírez Carreño.
O encontro simbolizou a normalização das relações entre os dois países. Em novembro do ano passado, o rei Juan Carlos gritou "por que não se cala?" para Chávez, quando o presidente venezuelano tentou interromper um discurso do premiê espanhol, José Luis Rodriguez Zapatero, na cúpula ibero-americana, no Chile. As relações entre os dois países melhoraram desde o ocorrido.
O destempero do rei foi manchete ao redor do mundo e deu origem a canções, piadas e até um toque de celular. Chávez ameaçou rever suas relações comerciais e diplomáticas com o país do qual a Venezuela é ex-colônia - a Espanha investe bastante na região. Após meses de tensão, nos quais a Venezuela ameaçou nacionalizar bancos de propriedade de investidores espanhóis e vigiar outras empresas espanholas que operam no país de perto, Chávez e Zapatero se encontraram na Cúpula América Latina-União Européia em Lima, e mostraram a intenção de melhorar as relações entre os dois países. Após a reunião com o rei, Chávez volta para a capital espanhola, Madri, onde se reunirá com Zapatero.
http://www.estadao.com.br/internacional/not_int211747,0.htm
Foto: Efe. >

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KRUGMAN: ''WE ARE (ALL) KEYNESIANS''
Krugman diz que hoje somos todos keynesianos
Por isso o economista apóia a elevação dos juros pelo BC.
A seguir, trechos da entrevista que concedeu ontem à Folha, por telefone, do Rio. Ele esteve no Brasil por dois dias participando de seminários.
Folha - Qual é a sua análise da atuação dos bancos centrais dos emergentes, como o brasileiro, que acaba de elevar os juros?
Paul Krugman - Eu diria que faz sentido, mas não posso julgar se o tamanho e o ritmo do aumento de juros estão certos.
Nos países avançados, o problema é a deflação e uma ameaça de colapso no mercado financeiro. Na maior parte do mundo emergente, as pressões são inflacionárias.
Folha - Aumentar os juros é a melhor alternativa no caso de uma inflação causada primeiramente pela alta dos preços das commodities?
Krugman - A minha avaliação é de que, nos EUA, não é desejável usar a política monetária para lutar contra a inflação de commodities. No Brasil, muito do que está acontecendo é explicado pelos alimentos, mas não tudo. Olhando para os EUA, temos um mercado de trabalho muito fraco. No Brasil, é o contrário.
Folha - É possível combater a inflação sem desistir totalmente de crescer?
Krugman - Sim. Entretanto, se os indicadores dizem que o país está crescendo acima do potencial, é preciso fazer alguma coisa para segurar a inflação. Não tenho provas convincentes de que o Brasil possui uma taxa de crescimento potencial de mais de 5% [ao ano]. Não se pode ter uma política que leve o crescimento a um ritmo superior ao seu potencial.
Folha - Como vê o novo cenário mundial, em que EUA e Europa continuam sendo as economias mais importantes, porém surgem novos grandes atores, como China e Índia?
Krugman - Ninguém sabe realmente como esse novo mundo vai se desenvolver, se será preciso um poder hegemônico ou não. Esperamos que não, porque não temos um.
Folha - E qual é o papel do Brasil nesse mundo?
Krugman - O Brasil está em uma posição bastante interessante porque é o maior país em desenvolvimento que não é a China nem a Índia. A China e a Índia têm as suas especificidades, e é difícil colocar qualquer uma delas no papel de líder para os outros emergentes, porque, de certa forma, elas são grandes demais para fazer parte de alianças. Então, é o Brasil que está rumando para a função de líder dos emergentes.
Folha - Nas comparações com o crescimento da Índia e da China, o Brasil fica em desvantagem. O senhor está dizendo, então, que essa comparação não é justa?
Krugman - Apesar de tudo, o Brasil é um país muito mais rico. Não é razoável esperar que o Brasil cresça tão rápido como a China. A China partiu de uma pobreza tão grande que um mínimo de modernidade é um avanço notável. Comparar com o crescimento da China é injusto, mas o Brasil está crescendo menos do que poderia.
Folha - A que se deve isso?
Krugman - As explicações usuais dizem respeito à educação, que não é boa como deveria ser. Nos países asiáticos de elevado crescimento, a educação é surpreendentemente melhor do que se esperaria, mesmo o país tendo muita pobreza. Se esse é o motivo? Não sei.
Folha - Os EUA já se encontram mergulhados em uma recessão?
Krugman - A definição oficial de recessão nos EUA é dada por um comitê. Não temos uma definição formal, então fica difícil. Independentemente da palavra, a situação que temos claramente nos últimos seis meses é a economia crescendo, mas devagar demais. A questão é se o comitê vai decidir chamar isso de recessão, porque a maior parte de nós sente como uma recessão, com certeza.
Folha - O presidente George W. Bush e o presidente do Fed (banco central americano), Ben Bernanke, poderiam ter feito alguma coisa diferente para evitar que a situação chegasse ao ponto em que está?
Krugman - O melhor teria sido tomar uma posição [quanto às operações com hipotecas de alto risco] entre o final de 2004 e o começo de 2005. Se o Fed tivesse começado a cortar os juros no começo de 2007, talvez pudesse ter evitado isso tudo. A redução da taxa só veio em agosto de 2007, pois antes não estava óbvio para todo mundo que havia um problema. No entanto, acho que Bernanke tem o crédito de estar agindo com a agressividade que um banco central nunca teve.
Folha - Quais são os principais desafios para o próximo presidente?
Krugman - Ele vai ter que mostrar trabalho imediatamente. Em um ano os resultados precisam aparecer, senão terá que assumir a recessão como sua.
Ademais, será necessário fazer a reforma do sistema de saúde.
Folha - Em termos de projetos, dá para saber para qual direção Barack Obama e John McCain (candidatos à Presidência dos EUA) estão caminhando?
Krugman - McCain quer fazer o que Bush fez, só que melhor, e isso é o máximo que é possível dizer. Sobre Obama, não sabemos ainda. Ele claramente é um democrata liberal, mas não sabemos se é um reformador modesto ou se é alguém que vai realizar grandes mudanças.
Folha - Alguma esperança em relação a ele?
Krugman - Eu tenho esperança. Se bem que, falando de Obama, não se pode usar a palavra "esperança" [risos]. Sempre que uso o termo "esperança" na minha coluna. recebo dezenas de cartas perguntando se estou tirando sarro de Obama [o candidato utiliza a palavra nos seus slogans]. Estou preocupado, acho que ele tem uma tendência de ser cauteloso demais, de correr para o que as pessoas chamam de centro. Espero que se mostre mais determinado.
Folha - Para os que reclamam do protecionismo dos EUA, quem, entre Obama e Mccain, seria mais liberal em termos de comércio?
Krugman - Nenhum dos dois. Não vamos ter novamente um grande apoio dos EUA à globalização. Mas provavelmente também não teremos um período de grande protecionismo.
É provável que McCain seja mais protecionista. Para Obama, se existem acordos [multilaterais], os EUA devem obedecer a eles, enquanto McCain pode dizer que os tratados existem mas o país mudou de idéia.
Folha - Algum dos dois poderia ser mais simpático ao álcool de cana-de-açúcar, considerando que o biocombustível de milho não parece ser uma boa idéia e o preço do petróleo está nas alturas?
Krugman - Os 5% da população dos EUA a quem interessa que o país mantenha essas medidas malucas [de incentivo ao álcool de milho] são os que têm poder de decisão política. A resposta é não, nada vai acontecer.
"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA"?
O Globo
Ata do tráfico prova imposição de candidato único na Rocinha
OMC causa bate-boca de ministros
Estado quer desarmar bombeiros
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Folha de S. Paulo
Marta e Alckmin polarizam disputa
Tarso diz que idéia de sofrer grampo tem de virar costume
Delegado acusa chefe na PF de pedir relação de nomes de presos
Invasão de ferrovia dá multa a líderes de garimpo e MST
Dólar cai para menos de R$1,58 após alta de juro
No Rio, Paes sobe e empata em 2º, Crivella lidera
Em Porto Alegre, Fogaça é líder em intenções de voto
O Estado de S. Paulo
Juiz manda MST pagar R$5,2 milhões à Vale
Lei que blinda advogado pode ser vetada, afirma Tarso
Pacote reduz burocracia em pesquisas de biodiversidade
Índia rejeita concessões aos países ricos na OMC
Jornal do Brasil
Opressão eleitoral em ata do tráfico
Juro amplia dívida em R$ 3,22 bilhões
Angra e Paraty já temem nova usina
"O Messias traz más notícias"
Justiça pune líderes dos sem-terra
Um país de jovens religiosos
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Correio Braziliense
Tiro na inflação atinge casa própria
Pausa no PAC
É coisa nossa
Atendimento em hospitais já caiu 30% desde início da Lei Seca
Promotora impõe cotas na campanha
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Valor Econômico
Após atingir pico, preço commodities começa a cair
Governo dará mais reajustes aos servidores
Supremo decide quem paga contas da Varig
Ação para controlar a PF fica para 2009
Dúvidas sobre os planos da Eletrobrás
Provedores criticam projeto sobre os crimes na internet
Renda do trabalho cai
Montadoras investem
Reação do Copom
Bolsa em queda
Gazeta Mercantil
Juro alto leva Bovespa para o menor nível desde janeiro
Tarso admite blindar advogados
Receita perde R$242 milhões com eleição
Tesouro
Poucas esperanças para Doha
Vinho chileno pode ficar mais caro e ter cotas
Krugman diz que hoje somos todos Keynesianos
Queda dos preços ameaça a soja
Ford perde nos EUA e ganha aqui
PF/OPERAÇÃO SATIAGRAHA: FATOS & VERSÕES...
Em ofício entregue à Justiça Federal na última sexta-feira, o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, que naquele dia deixou o comando da Operação Satiagraha com outros dois delegados, apontou suposta "tentativa de obstrução à investigação" e citou alegadas pressões exercidas pelo delegado Paulo de Tarso Teixeira, diretor de Combate a Crimes Financeiros da direção geral da PF, em Brasília.
O delegado narrou, no documento de 16 páginas, que, um dia antes das prisões da Satiagraha, Teixeira e o superintendente da PF em São Paulo, Leandro Coimbra, lhe a entrega da lista dos investigados contra os quais haveria mandado de prisão expedido pela Justiça Federal no âmbito da operação. Segundo Queiroz, Teixeira lhe fez vários telefonemas com os mesmos pedidos e teria dito "palavras de baixo calão".
Numa das ligações, segundo Queiroz, Teixeira teria dito que, "do jeito que está sendo feito, o superintendente Leandro informou que não ocorrerá operação policial, bem como se ele [Teixeira] fosse superintendente em São Paulo, também procederia da mesma forma".
Os mandados de prisão temporária contra o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas e outras 20 pessoas haviam sido expedidos pelo juiz da 6ª Vara Federal Criminal Fausto De Sanctis no dia 4, sexta, três dias antes da reunião.
As prisões ocorreriam no dia 8, terça. Segundo o delegado, na noite anterior às prisões, por volta das 20h, ele foi chamado a uma reunião com Teixeira e Coimbra na sala do superintendente em São Paulo, quando lhe cobraram os nomes.
Queiroz escreveu que se recusou a entregar os nomes dos futuros presos, alegando que poderia haver vazamento e os investigados poderiam recorrer a um habeas corpus. A recusa gerou um bate-boca. O delegado disse que o pedido não seria um procedimento de rotina. A reunião que destituiu Queiroz do comando da operação ocorreu uma semana depois.
No ofício encaminhado à Justiça, o delegado apontou suposta falta de apoio à fase final da operação, principalmente a promessa não cumprida do envio de 50 agentes da PF para realizarem o trabalho de perícia do material coletado no dia 8 --o envio só foi confirmado depois da saída de Queiroz.
O delegado também afirmou, no ofício entregue à Justiça Federal, que sofreu "perseguição" em quadras de Brasília desde janeiro deste ano, assim como outros integrantes da operação, conforme revelou a Folha na edição do último domingo.
A assessoria de comunicação da direção geral da PF, em Brasília, procurada ontem às 22h, informou que a polícia não iria comentar os ofícios de Queiroz e que a direção da instituição já se colocou à disposição da Justiça "para prestar todos os esclarecimentos".
A assessoria de comunicação da superintendência da PF em São Paulo, procurada ontem por volta das 22h no telefone celular, não foi localizada.
RUBENS VALENTE,da Folha de S.Paulo - 2507.