PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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segunda-feira, março 24, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] 'AEDES AEGYPTI' QUEM DIRIA; "DO LEME AO PONTAL"











[Chargistas: M.Aurélio, Waldez, Novaes, Passo Fundo, Tiago, Iotti, Bruno].

FRASE DO DIA


"Se alguém acha que, pelo fato de que não sou candidato, não vamos ganhar as eleições, pode começar a se preocupar. Eu estou trabalhando com muita vontade de fazer minha sucessão."

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Lula falou à jornalista Maria Lydia. A entrevista, gravada na semana passada, foi ao ar na noite deste domingo (23), na TV Gazeta, de São Paulo.

[Charge: Novaes].

RIO/DENGUE/SAÚDE PÚBLICA: "NADA DE NOVO NO 'FRONT' "

Temporão critica 'saúde precária' da Prefeitura do Rio

RIO - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, quer aumentar os pontos de atendimento à população no Rio, para evitar a espera de até seis horas por uma consulta médica pelos pacientes com dengue. Ele espera uma resposta do Ministério da Defesa sobre a abertura destes postos.
Temporão evitou usar o termo "hospital de campanha", mas a idéia é montar tendas onde a população possa receber atendimento médico, fazer exames laboratoriais e receber hidratação. Estes pontos poderiam ficar próximos a hospitais ou em bairros com maior incidência da doença. O ministro voltou a criticar o que chamou de precária atenção básica à saúde no Rio. Ele lembrou que Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, registrou uma epidemia maior que a do Rio, mas teve apenas um óbito. Na capital fluminense, o número de mortos já chega a 49, segundo o ministro, por causa da falta de atendimento primário. Temporão informou ainda que até o fim da semana chegarão ao Rio cartões de saúde para que o paciente tenha registrado todos os passos do seu tratamento. "A nossa preocupação é ampliarmos pontos de atendimento, para dar rapidez e melhor qualidade. O número de óbitos é completamente acima da expectativa daquilo que seria razoável", disse Temporão a jornalistas, em visita à capital fluminense. As 48 mortes por dengue confirmadas no Rio de Janeiro nos três primeiros meses de 2008 já superam os 31 óbitos ocorridos no Estado em todo o ano passado. Desde o início do ano, mais de 32 mil casos de dengue já foram registrados no Estado. Quase 100 mortes foram notificadas como suspeitas de dengue, 48 delas já confirmadas. A capital é o local com o maior número de óbitos, com 30. As medidas anunciadas por Temporão têm como prioridade melhorar e agilizar o atendimento aos doentes. O pacote prevê o treinamento de agentes de saúde, o envio de novos fumacês (carros usados no combate ao "Aedes aegypti", mosquito transmissor da dengue), e o deslocamento de funcionários de saúde de outros Estados para o Rio, além da contratação temporária de enfermeiros e técnicos. O Ministério da Saúde também vai disponibilizar 660 pontos de atendimento em todo o Estado, sendo 330 dentro dos próprios hospitais federais. Sobre a ajuda das Forças Armadas no combate à dengue com o uso de hospitais de campanha, como cogitado pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, na semana passada, Temporão afirmou que a eventual contribuição ainda não foi acertada. "O papel das Forças Armadas ainda não está definido. Esqueçam o título inicial de hospital de campanha. Nossa proposta é ver como as Forças Armadas poderão adotar tendas ambulatoriais no Rio de Janeiro. O ministro negou uma acusação feita pelo prefeito do Rio, Cesar Maia, de que o governo federal não teria feito o repasse prometido de verbas para a saúde do município. "Todos os recursos necessários, informação, treinamento, tudo que era possível foi feito. A única capital com epidemia é o Rio de Janeiro, no resto do país há um declínio da doença. Isso é ridículo", afirmou. Estadão, 2403. (Com Reuters).

CARTÃO CORPORATIVO: MAIS ÓBVIO QUE O "CRIME DA MALA"

Procuradoria apura fraude fiscal em notas do Planalto

O Ministério Público Federal apura irregularidades de natureza fiscal nos comprovantes de despesas com o cartão corporativo da Presidência da República, como suposto crime de sonegação de impostos. Em auditoria preliminar, que deu origem à investigação em curso, o TCU (Tribunal de Contas da União) identificou irregularidades em 35% das notas fiscais analisadas, mantidas em sigilo por regra definida no início da administração Lula. O trabalho dos procuradores apura ainda se houve pagamentos indevidos em viagens do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou na segurança de seus familiares. O TCU alegou que não dispunha de instrumentos de fiscalização suficientes para eventualmente responsabilizar também a administração pública pelas irregularidades encontradas nas notas fiscais. Entre os problemas apontados pelo tribunal estão as chamadas "notas calçadas", em que a via do documento fiscal anexado à prestação de contas do Planalto registra um valor diferente da via do talonário do fornecedor de bem ou serviço, que serve de base à arrecadação de impostos. "A incompatibilidade entre os valores configura sonegação fiscal. Nesse caso, deve-se considerar também a possibilidade de haver conluio entre o fornecedor e o servidor responsável pelo pagamento com o objetivo de cobrar a maior da administração", pondera relatório aprovado pelo plenário do TCU no ano passado. Entre os casos que o Ministério Público investiga de um único fornecedor -uma empresa de locação de veículos com sede em Santana do Parnaíba (SP)- a diferença é de R$ 37,3 mil. As vias anexadas às prestações de contas já aprovadas no Planalto somam R$ 40,4 mil. Mas o valor no talonário é de apenas R$ 3,1 mil. Em serviços de locação de veículos, item que mais pesa nos gastos com cartão, a Procuradoria investiga outra empresa com sede em São Paulo, na qual teriam sido contratados serviços de mais de R$ 1 milhão no período de um ano e meio. A empresa não emitiu documento fiscal "hábil" e parte das notas apresenta endereço fictício.
Saques
A verificação da efetiva compra de bens ou prestação de serviços por parte do TCU a partir de notas fiscais irregulares foi considerada ainda mais difícil pelos auditores nos casos de uso do cartão corporativo para saque em dinheiro. Há pelo menos três casos desse tipo em análise no Ministério Público e que envolvem gastos com a limpeza de aparelhos de ar condicionado em empresa com sede no Rio de Janeiro, a compra de R$ 500 em medicamentos durante visita do presidente a Feira de Santana (BA) e gastos em uma padaria de Brasília. No caso da padaria, o Planalto computou gasto de R$ 99,44. Sem descrição da despesa, a via da nota que consta do talonário apresenta valor de apenas R$ 9,44. "Não é possível concluir quem procedeu a alteração", comentou o TCU, que investigou uma amostra de 648 notas fiscais e encontrou irregularidades em 226."Sem acesso ao sigilo fiscal e bancário, fica extremamente difícil apurar responsabilidades", disse o ministro Ubiratan Aguiar, relator do processo. Ele aguarda o resultado das investigações no Ministério Público. Marta Salomon. Folha, da sucursal de Brasília. 2403.

"FÉ CEGA, FACA AMOLADA" [In:] 'LA BELLE DE JOUR'

Cafetina recebe regalias na volta ao Brasil e negocia entrevistas

VITÓRIA - Condenada pela Justiça americana por explorar a prostituição e por porte de drogas, Andréia Schwartz viveu seus momentos de glória no retorno ao Brasil, sábado, 22. A viagem de Nova York a São Paulo, pela American Air Lines, foi na primeira classe, apesar da sua condição de deportada. O luxo, segundo ela, teve a ajuda inicial do "bispo Macedo", da Igreja Universal do Reino de Deus, dona da Rede Record.
Em retribuição, foi para este canal de TV sua primeira entrevista, por telefone, do aeroporto de Guarulhos. "Alguns veículos estão me levando a sério, como a Record. O bispo Macedo pagou minha passagem na classe executiva para eu voltar dos Estados Unidos", admitiu, neste domingo, 23, nas conversas com jornalistas. O "up grade" da classe executiva para a primeira classe - na qual viajou ao lado de Pelé, sem que este se desse conta de quem era a companheira de viagem - foi cortesia da companhia aérea. Não foi o único mimo prestado. Para preservá-la, o comandante insistiu diversas vezes ao microfone a proibição aos passageiros da classe comum de passearem pelas demais classes. Parecia um recado ao jornalista do The New York Post que tentava desesperadamente aproximar-se da brasileira. Andréia embarcou em Nova York com o brasileiro Dival Ramiro. Ele se apresenta para muitos como jornalista free lancer, que vende matérias para o Daily News e para o New York Times. Mas, usa também no bolso um cartão de visitas no qual aparece como diretor da fábrica de bebidas energéticas Flash Power. Na casa da mãe da cafetina, na semana passada, a identidade era outra: policial. O que Ramiro tenta mesmo é intermediar as entrevistas de Andréia com órgãos de imprensa. Já ofereceu as declarações dela pelo preço de R$ 15 mil dólares. Para que ela não falasse com os repórteres em Guarulhos, ele desviou sua saída pela sala de embarque e a conduziu a um shopping, onde ela cuidou dos cabelos e das unhas. Não é à toa que em Vila Velha até os amigos mais próximos da deportada torcem o nariz para ele. Também seus familiares confessam não estarem satisfeitos com esta aproximação. Maldosamente, foi apelidado por alguns repórteres como "cafetão da cafetina". Andréia domingo, 23, o classificou como um bobo, mas admitiu que irá contratar um assessor de imprensa. Ela pretende cobrar cachê pelas suas entrevistas a órgãos estrangeiros. Os momentos de glória da brasileira culminaram com sua chegada ao Espírito Santo. Para evitar a "ameaça" dos jornalistas que desde cedo se postaram no aeroporto de Vitória, a Infraero providenciou que ela descesse do avião direto em um carro, no qual foi levada ao estacionamento externo do aeroporto, sem passar pelo terminal de passageiros. "Sempre que solicitado, a Infraero dispensa tratamento especial a passageiros muito assediados. Foi uma decisão pontual para evitar o risco à integridade dela", justificou neste domingo, 23, o assessor de imprensa da Infraero em Vitória, Luiz Ximenes, sem explicar que risco era este já que apenas jornalistas a aguardavam às 22h30, quando o avião pousou. Marcelo Auler, especial para O Estado de S. Paulo. 2403.

CPI DOS CARTÕES CORPORATIVOS: 'TAMOS FORA!


O tucanato discute reservadamente a hipótese de abandonar a CPI dos Cartões. Aguarda apenas a concretização de um pretexto. Ele virá, imaginam os dirigentes do PSDB, na resistência dos parlamentares que integram o consórcio governista em permitir que as apurações avancem em direção aos gastos secretos do Planalto.
Há na comissão requerimentos que exigem da presidência da República a abertura das despesas relativas a Lula e aos familiares dele. São números que o governo classifica como “sigilosos”. E que o relator da CPI, o petista Luiz Sérgio (RJ), não parece interessado em perscrutar. Presidente da CPI, a senadora tucana Marisa Serrano (MS) adiou, propositadamente, a votação dos requerimentos controversos. O tema resurgiu, porém, com a veiculação de um dossiê supostamente organizado dentro do Planalto. Veio à luz nas páginas de Veja. Contém despesas de FHC, da ex-primeira dama Ruth Cardoso e de ex-ministros da era tucana. Em movimento já insinuado pelo líder Arthur Virgílio (AM), o tucanato exigirá nesta semana, agora com mais ênfase, a abertura dos extratos de Lula e sua equipe. Há no PSDB a convicção de que os parlamentares que sustentam as posições do governo na CPI cuidará para que os requerimentos não sejam aprovados. Será a senha para o desembarque do PSDB. Em conversa com o repórter, um dirigente tucano resumiu assim a estratégia do partido: “Devemos nos retirar logo que a gente possa explicitar para todo mundo que não é possível fazer a investigação. Temos que deixar claro para a opinião pública, de forma organizada e inquestionável, que não dá para investigar. Algo que, não tenho dúvidas, vai acontecer. Eles não desejam permitir que a apuração avance.”
Escrito por Josias de Souza. 2403.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Lula diz que a crise dos EUA não deve chegar ao Brasil. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ao longo de seu programa de rádio “Café com o presidente”, que foi ao ar na manhã desta segunda-feira (24), que a crise que vem atormentando os norte-americanos não deverá chegar ao Brasil. Lula deu a entender que o país está blindado o suficiente para suportar boa parte das turbulências do mercado internacional. “A crise não chegou ao Brasil e nós trabalhamos com a hipótese de que a crise não vai chegar ao Brasil”, disse Lula. E explicou os motivos de seu otimismo: “Primeiro porque o sistema brasileiro não está envolvido nos títulos imobiliários americanos; segundo porque o Brasil está com sua economia sólida, sustentada no seu crescimento interno, e numa política de exportação muito forte; terceiro coisa é que diversificamos nosso mercado importador. Nós, hoje, não dependemos de um ou de outro país. Temos uma grande exportação para toda América Latina, para Europa, para os EUA, Ásia, Oriente Médio. Portanto, essa diversificação dá ao Brasil uma certa garantia de que nós não temos problemas”. G1, SP, 2403.

"Trabalho com muita vontade para fazer sucessor", diz Lula. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que trabalha com muita vontade para fazer sua sucessão na Presidência nas eleições de 2010. "Se alguém acha que, pelo fato de que não sou candidato, não vamos ganhar as eleições, pode começar a se preocupar. Eu estou trabalhando com muita vontade de fazer minha sucessão." (...) "Sou contra o terceiro mandato. Mais do que ético, é um valor democrático. A gente não pode brincar com a democracia. [Em 2006], fui candidato porque a lei [que permitiu a reeleição] foi aprovada. Mas não fui eu quem aprovei", disse. "Eu não tenho candidato porque eu trabalho com a seguinte idéia: acho que a base que sustenta o governo hoje tem que lançar uma candidatura", completou. Lula aproveitou para negar uma aliança com o PSDB na eleição de 2008. Folha Online, 2403.

Disputa por prefeituras atrai 127 deputados e é prévia para 2010. Um quarto dos deputados é pré-candidato nas eleições municipais de 5 de outubro. A maioria das 127 candidaturas da Câmara é de parlamentares da base aliada: 89 contra 38 oposicionistas. No Senado, apenas 3 dos 81 senadores lançaram seus nomes para as eleições deste ano. Apesar de um em cada quatro deputados se posicionar como pré-candidato, a expectativa é que somente metade desses parlamentares entrará na corrida municipal. Na prática, dos 127, somente 60 ou 70 devem realmente disputar as eleições. Sem chances de vitória, mas com a certeza de que continuarão com o mandato quer de deputado quer de senador, alguns vão participar da disputa apenas para firmar seus nomes para as eleições de 2010. No mundo político é o chamado "recall" para as próximas eleições. Mesmo sendo uma prática comum entre os parlamentares, raramente alguém assume publicamente que a candidatura a uma das mais de cinco mil prefeituras brasileiras funciona, na prática, como espécie de campanha antecipada para renovar o mandato de deputado dois anos depois. Eugênia Lopes, BRASÍLIA, Estadão. 2403.

Lula se diz "indignado" com insinuações de que PAC seja eleitoreiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou hoje (24) que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) tenha caráter eleitoreiro. Após enumerar algumas das conquistas atribuídas às ações do governo, ele rebateu mais uma vez matérias publicadas recentemente pela imprensa que relacionam a iniciativa e a proximidade das eleições. "Ora, é no mínimo uma coisa que me deixa indignado. Ou seja, o governo não está disputando nenhuma eleição. Não tem eleição para presidente da República e não tem eleição para governador. O programa é um programa que o governo federal anunciou com dois anos de antecedência e esse dinheiro agora está gerando aquilo que nós queríamos que ele gerasse: emprego e melhoria na vida das pessoas", afirmou em seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente". Folha, Ag.Brasil, 2403.

Das medidas anticongestionamento, apenas uma entra em vigor. SÃO PAULO - No dia em que pelo menos quatro das 19 intervenções prometidas pela Prefeitura de São Paulo para reduzir os problemas de trânsito que assolam a capital deveriam ser tomadas, apenas a interveção que cria o corredor virtual de ônibus na Rua Clélia, na Lapa, zona oeste da cidade, foi efetivamente adotada. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) não sabe explicar porque as outras medidas ainda não foram adotadas já nesta segunda-feira, 24. (...) Na quarta-feira, 19, o secretário municipal de Transportes de São Paulo, Alexandre de Moraes, apresentou em entrevista coletiva, um plano de ações para melhorar a fluidez do trânsito na capital paulista. Entre as ações estão 19 obras viárias, a recuperação de 7 corredores de ônibus, proibição de estacionamento e carga e descarga de caminhões em 17 vias, criação de 175 rotas alternativas e remoção de 167 lombadas. (...) A prefeitura prevê mudanças no acesso ao Terminal Bandeira, no centro da capital, ajuste nos semáforos da esquina da Avenida Ipiranga com a rua da Consolação e intervenções nas paradas de ônibus na avenida Teotônio Vilela, próximo às avenidas Rodrigues Villares e Paulo Guilger. Paulo R. Zulino - estadao.com.br. 2403.


MST e MAB ocupam usina no PR contra a privatização da Cesp. SÃO PAULO - Cerca de 500 ativistas ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e ao Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), dos Estados de São Paulo e Paraná, ocuparam nesta segunda-feira, 24, a Usina Hidrelétrica Sérgio Mota, em Porto Primavera, região do Pontal do Paranapanema, no extremo Oeste do Estado paulista. Eles protestam contra a privatização da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), cujo leilão está marcado para a próxima quarta-feira, 26, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A Cesp é responsável por 60% da energia gerada no Estado de São Paulo e é a terceira maior do País. A empresa possui seis usinas hidrelétricas nos Rios Paraná, Tietê, Paraíba do Sul, Paraibuna e Jaguari. O valor estimado da companhia é de R$ 12 bilhões, no entanto, o valor mínimo no leilão será de R$ 6 bilhões. Milton F.da Rocha Filho, da Agência Estado.

Integrantes do MST e do MAB bloqueiam rodovia contra privatização da Cesp e contra o governador José Serra. Folha Online. 2403. Foto Cristiano Machado/Folha.


Depois da dengue, Huck volta a gravar. No início da semana passada, o apresentador Luciano Huck descobriu que o que pensava ser uma virose era, na verdade, dengue. O resultado foi uma Semana Santa de repouso para ele, que preferiu deixar a Barra da Tijuca, um dos bairros mais afetados na Zona Oeste do Rio, onde mora e descansar com a família em Angra dos Reis. G1, RJ.
Censura bloqueia blog mais lido de Cuba. Autoridades cubanas bloquearam o acesso a partir de Cuba ao blog mais lido do país, disse sua autora, Yoani Sánchez, nesta segunda-feira (24). Sánchez, cujo blog crítico "geração Y" recebeu 1,2 milhão de visitas em fevereiro, disse que os cubanos não podem mais visitar a página dela (www.desdecuba.com/geraciony) e a de outros dois blogueiros do país hospedados em um servidor alemão. Os internautas vêem apenas um mensagem de "erro no download". "Os censores anônimos do nosso famélico ciberespaço tentaram me trancar em um quarto, apagar a luz e não deixar meus amigos entrarem", escreveu ela em seu blog nesta segunda-feira. Reuters, G1.

Manifestantes pró-Tibete fazem protesto em cerimônia olímpica na Grécia. Pelo menos quatro homens da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) conseguiram entrar no estádio de Antiga Olímpia durante o discurso de Liu Qi, presidente do Comitê Organizador dos Jogos, nesta segunda-feira (24) na Grécia. Os ativistas superaram as estritas medidas de segurança em Olímpia e conseguiu levantar brevemente um cartaz que convocava o boicote dos Jogos devido à repressão policial chinesa no Tibete. "Boicote ao país que pisa nos direitos humanos" eram os dizeres do cartaz e outro gritou "Liberdade, Liberdade" na tribuna oficial. A polícia agiu rapidamente e a televisão estatal da Grécia cortou a transmissão ao vivo para outra imagem. G1, com Agências. Foto: Mal Langsdon/Reuters.
Cesar Maia ironiza tendas estaduais e diz querer "eliminar óbitos". O prefeito do Rio, Cesar Maia, foi criticado hoje quanto à escalada da dengue na cidade tanto pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, quanto pelo governador Sérgio Cabral, os dois do PMDB. Em e-mail à Folha Online, ele afirmou que a prefeitura trabalha sozinha no combate do que chama de "novo surto" da doença desde novembro de 2007 e ironizou as três tendas de hidratação inauguradas hoje por Cabral. "Fico feliz em ver que o ministério e o Estado estão entrando em campo. Temos 123 pontos de hidratação. Mais dois ou três vão ajudar. Mas nosso foco são os óbitos, que praticamente zeramos, em março, em nossas unidades", escreveu Maia. GABRIELA MANZINI, RENATO SANTIAGO; da Folha Online.

CHAVES & LULA [In:] "QUERIDOS AMIGOS"

Chávez viaja ao Brasil para tratar de temas energéticos com Lula

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou neste domingo (23) que partirá na próxima terça-feira para o Brasil para um encontro com o presidente Luiz Inacio Lula da Silva. A reunião será voltada para questões sobre cooperação energética.
"Quarta-feira estaremos no Brasil, em Recife (...) vamos com Lula à refinaria que construímos em conjunto através (das estatais de petróleo) PDVSA e Petrobras, além de rever um conjunto de projetos sobre os quais falaremos nos próximos dias", disse Chávez. Em pronunciamento na televisão estatal, Chávez recordou que a Venezuela está em processo de se integrar ao Mercosul, para o que aguarda a aprovação pelos parlamentos do Brasil e do Paraguai do protocolo de adesão. "A Venezuela já é praticamente Mercosul", acrescentou Chávez. A empresa mista binacional que construirá a refinaria terá 60% de participação da Petrobrás e 40% do Estado venezuelano através da Petróleos de Venezuela (PDVSA). A companhia vai operar com pessoal de ambas as nações e uma vez terminada terá capacidade de processamento de 200 mil barris diários de petróleo. Da France Presse. G1, 2403.

SUCESSÃO PRESIDENCIAL: ATRÁS DE TODA MULHER BEM-SUCEDIDA...

Por que Lula quer Dilma

O projeto presidencial de Dilma Rousseff não é apenas um test-drive para a sucessão de 2010. É bem mais do que isso. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está disposto a investir pesado politicamente para bancar a candidatura da ministra da Casa Civil. Isso significa tentar persuadir aliados e o próprio PT de que Dilma é o caminho ideal a trilhar.
Um resumo das razões de Lula: Dilma seria a melhor candidata para ganhar ou para perder.
Na hipótese de vitória, Lula seria a âncora política de Dilma durante todo o governo dela. A ministra possui perfil administrativo, mas atua com pouca desenvoltura nas negociações partidárias devido à mistura de temperamento explosivo e inabilidade política. Lula, portanto, seria um tutor político da presidente Dilma.
Outro ponto que conta a favor dela aos olhos de Lula: o presidente costuma dizer que Dilma não tem projeto coletivo. Traduzindo: não é ligada a nenhuma corrente interna do PT, não tem facção política. A corrente de Dilma se chama Luiz Inácio Lula da Silva. O presidente tem extrema confiança em Dilma. Ela, por sua vez, dedica fidelidade canina ao chefe. Para algumas pessoas que já a ouviram falar de Lula na intimidade, ela coloca o presidente numa espécie de pedestal.
Por isso, no caso de Lula desejar ser candidato novamente ao Palácio do Planalto, Dilma seria a pessoa mais confiável para um acordo político nesse sentido.
Lula enxerga vantagens na escolha de Dilma até na hipótese de derrota. Em primeiro lugar e mais importante, a ministra faria uma campanha de defesa incisiva dos oito anos de Lula no poder. Ela própria é "a mãe do PAC", "a capitã do time", como disse o presidente em discursos públicos.
Se Dilma perder a eleição, Lula terá lançado uma nova e leal liderança política. No cenário de retirada da vida institucional brasileira para tentar uma carreira no exterior, saída que alguns ministros acham que Lula cogita seguir, ele deixaria uma mulher como herdeira política. E isso soa sempre inovador num país que teve apenas homens na Presidência da República.
Conjecturas eleitorais
Lula é sincero quando diz querer construir uma candidatura única de seu campo político em 2010. Se Dilma não for competitiva, haveria ainda a saída, complicada, de o presidente tentar fazer dela vice de Ciro Gomes (PSB), que tem cerca de 20% nas pesquisas sobre 2010. Ou até mesmo de Aécio Neves, se o tucano mineiro migrar para o PMDB e for candidato ao Planalto. Dilma está hoje na faixa dos 5% nas pesquisas. Lula acha que, em 2009, ela precisa estar na faixa dos 15% aos 20%.
Se for inevitável o PT lançar um candidato, como hoje parece que será, mais conveniente lançar um nome de confiança. Ou seja, ponto mais uma vez para Dilma.
No segundo turno da eleição, Lula poderia apoiar com ênfase o candidato de seu campo político que passar à etapa final. Aliados e petistas já ouviram Lula dizer que pretende eleger o "sucessor ou sucessora".
Se tudo isso falhar, Lula se empenha ainda para ter bom relacionamento com os tucanos Aécio e José Serra, presidenciáveis da oposição e respectivamente, governadores de Minas e de São Paulo.
Adrenalina
Lula elogia o perfil técnico de Dilma. No segundo mandato, essa característica da ministra deu segurança ao presidente, que tem o governo mais em suas mãos do que tinha na época da poderosa dupla José Dirceu (Casa Civil) e Antonio Palocci Filho (Fazenda). No entanto, o presidente já pediu a ela que tenha mais jogo de cintura para lidar com os políticos.
Além de maior maleabilidade para tratar com os partidos aliados, há outra preocupação do presidente: o temperamento explosivo de Dilma resistiria à tensão de uma campanha presidencial? Disputas por cargos majoritários, especialmente pela Presidência, são um misto de corredor polonês e de intensivo teste de paciência. Não faltarão ataques políticos e pessoais. A vida de um candidato que estréia na corrida presidencial é escarafunchada de cima a baixo.
Em 2002, por exemplo, Ciro Gomes inviabilizou sua candidatura por declarações e atitudes impensadas. Lula teme que Dilma siga o mesmo caminho. A ministra da Casa Civil não gosta de ser questionada, com exceção de Lula, obviamente. Tem intolerância a críticas. Já destratou ministros, secretários-executivos e presidentes de estatais. Reservadamente, alguns dizem que não votariam nela nem para síndica de condomínio.
Auxiliares da própria Dilma já pediram para deixar de trabalhar com ela por não aguentar a falta, digamos assim, de cortesia no relacionamento com subordinados. Dilma também já cultiva ódios na mídia e na política. A ministra tem lista de jornalistas dos quais não gosta e de políticos que detesta. Há risco dessa natureza autoritária estragar os planos do presidente.
Olho da rua
Reservadamente, um petista amigo de Dilma dá um exemplo do estilo da chefe da Casa Civil. Não faz muito tempo, ela teve uma reunião com diretores da BR Distribuidora no Palácio do Planalto. No meio da reunião, mandou que saíssem da sala. E telefonou para o presidente da BR Distribuidora, o ex-senador José Eduardo Dutra. Dilma disse a Dutra que seus diretores eram incompetentes e que não havia como lidar com eles.
Um dos diretores disse que nunca foi tão maltratado em sua carreira. Vai ser meio difícil esse diretor votar nela para presidente. Kennedy Alencar, 40, é colunista da Folha Online e repórter especial da Folha em Brasília (2103).

POLÍTICA INDUSTRIAL: POLÍTICA DE "SOMA ZERO"

Crise não vai afetar a política industrial, diz Miguel Jorge

Está difícil fechar as contas da nova política industrial e tecnológica do governo, que deverá ser anunciada até o início de abril. De um lado, a maior parte dos setores potencialmente beneficiados pede redução da carga tributária para ganhar mais competitividade. De outro, o governo tem de acomodar as demandas num orçamento apertado, cujo desempenho ficou ainda mais incerto com o agravamento da crise internacional. Se a economia brasileira desacelerar, as receitas ficarão menores do que o estimado e haverá menos espaço para novas "bondades" na forma de desoneração tributária. O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, porém, nega ser essa a equação. Na quarta-feira, ele assegurou ao Estado que a política não ficará maior ou menor em função da crise. No entanto, é evidente sua torcida para que a arrecadação federal repita, nos próximos meses, o desempenho surpreendente de janeiro, quando registrou um crescimento real de 20% na comparação com janeiro de 2007, mesmo sem a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, classificou o resultado de janeiro como "atípico". Miguel Jorge disse que Rachid terá de usar o termo "atípico" em outros meses. Os personagens mudam, mas a história é a mesma: o Ministério do Desenvolvimento pressiona por medidas de corte tributário, e a Receita resiste. "A Receita está criando as dificuldades que ela tem de criar", comentou o ministro. Na quarta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dedicou parte do dia a conversas com Miguel Jorge e com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, que chegou ao governo com a incumbência de implantar uma nova política industrial. "Temos uma lista de medidas de estímulo à formação de capital, à inovação e à competitividade que ajudam a exportar, e esse conjunto de medidas de estímulo levam a mudanças tributárias que precisam ser calculadas pela Receita Federal, para estarem compatíveis com o programa fiscal", disse Coutinho. "Temos ainda um trabalho de fazer as contas." Se a equipe econômica for ousada, há medidas de desoneração que podem ser adotadas sem provocar perda de arrecadação. São os benefícios a setores e atividades que hoje não têm peso na economia brasileira, mas cujo desenvolvimento interessa ao governo. Um exemplo são os semicondutores. A proposta da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) é que o setor seja isentado de impostos e contribuições, tal como ocorre nos países tecnologicamente mais avançados. Esse benefício não teria impacto negativo sobre as receitas, pois praticamente não se produzem semicondutores no Brasil. Outro setor que reivindica benefício semelhante é o de exportação de serviços de Tecnologia da Informação (TI). A Índia é o maior prestador de serviços de TI no mundo, e fatura perto de US$ 30 bilhões ao ano processando dados de empresas que estão do outro lado do globo. O Brasil, por sua vez, exportou perto de US$ 800 milhões em serviços de TI no ano passado. O empresário Marco Stefanini, presidente da Stefanini IT Solutions, acha que o Brasil deveria seguir o caminho da Índia. Porém, as empresas indianas que exportam TI não pagam impostos federais, estaduais ou municipais e lá a tributação sobre a folha salarial equivale a um terço da brasileira. Ou seja, além da desoneração tributária seria necessário criar um regime diferente de contratação de pessoal para o setor. Também nesse caso, a desoneração praticamente não traria perda de arrecadação. Existe, na área técnica do Ministério do Desenvolvimento, uma proposta que pretende desonerar a folha de todos os setores intensivos em mão-de-obra, como é o caso das empresas de TI. Porém, a avaliação no governo é que ela não será desengavetada, pois seria inconstitucional desonerar a folha apenas de alguns setores. Stefanini integrou um grupo de empresários que esteve recentemente com Mantega e Rachid. Na conversa, o empresário ouviu apenas que o governo pretende desonerar a folha salarial em 14%, conforme consta da proposta de reforma tributária enviada recentemente ao Congresso Nacional. Os semicondutores, por sua vez, são os principais responsáveis pelo déficit de US$ 20 bilhões que o setor de eletroeletrônicos estima registrar este ano em sua balança comercial. Por isso, o presidente da Abinee, Humberto Barbato, considera importante outra linha de ação da política industrial: a de atração de empresas para o País. Miguel Jorge já informou que haverá um esforço para trazer para o Brasil produtores de bens hoje importados que pesam na balança comercial. Além dos semicondutores, estão na mira os medicamentos.
Lu Aiko Otta, BRASÍLIA. 2403.