PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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terça-feira, maio 26, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] BLEFES...





ILHA DE VERA CRUZ [In:] 3o. MANDATO; "JEITINHO" LATINO

Acerca do 3º mandato
Política


Autor(es): Cláudio Gonçalves Couto
Valor Econômico - 26/05/2009

Os problemas de saúde da ministra Dilma Rousseff, preferida de Luiz Inácio Lula da Silva e seu partido à sucessão presidencial, reacenderam a discussão em torno do terceiro mandato presidencial. As razões para tanto são várias. Primeiramente, na conjuntura imediata, a carência no PT de uma candidatura alternativa à da ministra - caso seus problemas de saúde tornem pouco recomendável o enfrentamento das agruras de uma campanha eleitoral país afora e, mais ainda, quatro anos de Presidência. Em segundo lugar, o fantasma do chavismo (e sua ânsia de perpetuação no poder), cujo lençol já era brandido pelos opositores de Lula mesmo antes de sua primeira vitória eleitoral, em 2002. Em terceiro lugar, confundindo-se com o chavismo, mas podendo dele ser distinguida, a onda latino-americana de tentativas presidenciais de perpetuação no cargo, que embora tenha começado com o esquerdista Hugo Chávez, afeta também o direitista Alvaro Uribe. Por fim, as iniciativas de certos membros da base aliada do governo, que a despeito das muitas negativas do próprio Lula, insistem em propor mudanças constitucionais que permitam mais uma reeleição.

A falta de uma candidatura viável do PT que não seja nem a de Lula, nem a de Dilma, deve-se ao processo de decapitação coletiva pelo qual o partido passou pelo menos desde o início do episódio do "mensalão". Uma a uma, tiveram desgraçada sua imagem pública diversas lideranças petistas que poderiam ter sido catapultadas à condição de sucessores naturais do presidente. Todas elas tinham o perfil de serem figuras de projeção nacional, capacidade de liderança dentro e fora do partido, e comprometimento com o projeto governamental petista. José Dirceu não resistiu aos instintos primitivos de Roberto Jefferson; José Genoino foi abalroado pelas assinaturas nos contratos de empréstimo avalizados por Marcos Valério e pelos dólares na cueca do assessor de seu irmão; Antonio Palocci foi colhido pela onda de acusações de seu ex-amigo, Rogério Buratti, respaldadas pelo depoimento do caseiro Francenildo Costa, culminando sua desgraça na violação do sigilo bancário do delator.

O estrago feito naquele que era o mais popular dos ministros de Lua foi tal que hoje, mesmo que o Supremo Tribunal Federal (STF) não dê seguimento à denúncia contra o ex-ministro da Fazenda, será difícil para ele recuperar a capacidade de competidor temível em disputas eleitorais majoritárias. Os outros nomes que o PT poderia apresentar para a sucessão presidencial não empolgam o eleitor para além de seus redutos regionais: Tarso Genro já percebeu isto e se apressa em viabilizar sua candidatura no Rio Grande do Sul; Marta Suplicy mal consegue se viabilizar como nome competitivo em São Paulo; Fernando Haddad é uma boa aposta para o futuro, mas por ser ainda pouco conhecido do eleitor brasileiro, faria mais sentido lançá-lo em São Paulo, como hoje se cogita; Jaques Wagner dificilmente abriria mão de uma reeleição provável num Estado até há pouco tempo controlado pela direita para ingressar numa incerta aventura nacional. Sobraria para o PT a improvável possibilidade de apostar em algum nome aliado, como Ciro Gomes. Contudo, sabendo-se da propensão hegemonista do partido, o apoio petista a um membro de outra agremiação dificilmente se concretizará no plano nacional.

Quanto ao chavismo, a experiência governamental de Lula já deu seguidas mostras de que não é o figurino que apetece ao presidente. Lula é uma liderança de caráter eminentemente institucional, que atua por meio das instituições e de modo a reforçá-las. Um bom indicativo disto é o perfil de suas indicações para o STF, muito mais pautadas num perfil técnico do que aquelas feitas por seus antecessores, que indicaram para o cargo ex-ministros de perfil eminentemente político (como Nelson Jobim e Gilmar Mendes, por Fernando Henrique Cardoso, ou Maurício Correia, por Itamar Franco). Deste modo, supor que o esquerdismo do presidente e sua condição de líder carismático seriam fatores que o tornariam propenso ao chavismo é o mesmo que tentar identificar numa caricatura atributos de uma descrição anatômica.

É essa mesma condição de liderança que historicamente tem valorizado as instituições para além de seu carisma pessoal que torna pouco crível que Lula aposte numa aventura política como a do projeto do terceiro mandato. Diferentemente não só de Chávez, mas também de Uribe, que identificaram em sua continuidade no poder a condição para a preservação do sucesso de suas políticas, Lula pauta seu discurso pela defesa do projeto de seu governo como uma obra coletiva de sua equipe. Isto aparece não só no apoio à "mãe do PAC", mas nos frequentes elogios que costuma tecer a seus auxiliares no governo, sempre que se vê às voltas com a tentativa de capitalizar o sucesso de uma ou outra iniciativa de sua administração. Nisto, Lula se assemelha bastante a seu antecessor no cargo - com a diferença de dispor de muito mais carisma.

Contudo, ao que se nota pela atuação de alguns de seus aliados no Congresso - petistas e não petistas -, parecem ser insuficientes todas as evidências da improbabilidade de que o popular presidente embarque numa aventura populista. Para alguns deles, as propostas de um terceiro mandato parecem ser apenas uma forma de ganhar certo destaque no noticiário. Veja-se o caso do deputado do PMDB sergipano Jackson Barreto. Antes da proposta de um referendo acerca da possibilidade de uma nova reeleição presidencial, esse parlamentar se destacava no noticiário por razões bem menos honrosas, como a de ser o segundo deputado com mais ações na justiça, segundo noticiou a revista "Istoé" no fim de fevereiro deste ano. Também o deputado Devanir Ribeiro, amigo de Lula desde os tempos de sindicalismo, parece ter tido nessa iniciativa de adulação presidencial por meio de projeto de lei uma forma de ganhar destaque na mídia. Acabou sendo desautorizado pelo presidente.

O que tem faltado àqueles que dão muita importância à tese do terceiro mandato, contudo, é uma observação bem mais comezinha. Esta é uma mudança nas regras do jogo que apenas pode ser implementada por emenda constitucional, que requer o voto de 60% dos membros das duas Casas do Congresso, em duas votações. Mas se este governo não conseguiu sequer aprovar a emenda constitucional da prorrogação da CPMF, para o quê os votos oposicionistas eram indispensáveis, como conseguiria o apoio para uma mudança constitucional que daria ao popularíssimo Lula a chance de arrasar nas urnas o eventual candidato oposicionista à Presidência? Ora, políticos não têm vocação para o suicídio eleitoral.

Cláudio Gonçalves Couto é cientista político, professor da PUC-SP e da FGV-SP. O titular da coluna, Raymundo Costa, está em férias

SAÚDE PÚBLICA; PLANOS DE SAÚDE [In:] SAÚDE "para quem precisa"...

O câncer nosso de cada dia


Autor(es): Taís Braga
Correio Braziliense - 26/05/2009



Quem não tem um caso na família, um amigo ou conhecido que luta contra o câncer, pode se considerar privilegiado. A doença tem chamado a atenção pelo aumento da incidência em todos os países. No Brasil, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), até o fim de 2009 teremos quase 1 milhão de novos casos.

Neste momento em que as atenções do país estão voltadas para a doença diante da luta da ministra Dilma Rousseff contra um linfoma, devemos nos inspirar no exemplo dela e enfrentar com coragem, determinação e responsabilidade um mal semelhante que há muito atinge a saúde de milhões de brasileiros: a falta de acesso ao tratamento, as filas intermináveis, a insuficiência de equipamentos.

Todos acompanhamos e torcemos pelo restabelecimento da ministra, mas devemos ressaltar o pronto atendimento e as condições que a ela foram oferecidas. Dilma descobriu o tumor em um exame de rotina, quando fazia uma ecografia do coração. Fez a cirurgia de retirada no Hospital Sírio-Libanês, um dos melhores do país. E, dias depois, foi levada em um avião de um plano de saúde, que não é o dela, para ser atendida em sistema de urgência no mesmo hospital.

Quantos, dos cerca de 7,5 milhões de brasileiros que pagam plano de saúde, teriam atendimento com tal celeridade? E o que dizer dos restantes 175 milhões que não conseguem pagar pela medicina privada? A própria Dilma Rousseff, que ao longo da vida pagou por um seguro-saúde com a esperança de não precisar usá-lo, teria uma equipe de médicos tão capacitados se não ocupasse cargo importante?

Somente no ano passado, 130 mil brasileiros morreram vítimas da doença. O número será maior neste ano. De acordo com dados do Inca, a ocorrência e a letalidade estão aumentando no país, ao contrário do resto do planeta. O que é preciso para reduzir essa marcha? Uma decisão de governo. Não só deste governo, mas de todos que virão. A saúde é o maior bem de um país. Com saúde, temos disposição para o estudo, para o trabalho, caminhos certos para o crescimento. Devemos criar um ciclo de progresso, oferecendo condições de trabalho, equipamentos e acesso. As pessoas que lotam diariamente os hospitais não o fazem por prazer, não enfrentam fila por pura diversão. Estão doentes. E merecem tratamento digno, pois há uma população sadia que paga por isso.

CPI/PETROBRAS[In:] SOB RÉDEAS CURTAS

Lula exige aliados à frente da CPI
Lula não quer susto na comissão


Autor(es): Tiago Pariz e Edson Luiz
Correio Braziliense - 26/05/2009


Presidente articula para que presidência e relatoria do inquérito parlamentar sobre Petrobras sejam entregues a governistas.

Presidente exige que governistas ocupem a presidência e a relatoria da CPI da Petrobras. Para isso, teve conversa dura com Renan


Iano Andrade/CB/D.A Press - 13/4/09
Lula tentará não ficar à mercê de imprevistos durante as investigações

Por determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo descartou abrir espaço para a oposição no comando da CPI da Petrobras. Ficou acertada a indicação de aliados confiáveis aos cargos de relator e presidente. Lula decidiu tomar as rédeas das discussões sobre o quadro de integrantes da comissão parlamentar de inquérito para evitar que a investigação saia dos trilhos e fique refém da agenda eleitoral de seus adversários.

Lula dedicou o dia a reuniões sobre as perspectivas da CPI. Encontrou-se primeiro com o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, o chefe da BR Distribuidora, José Eduardo Dutra, e o ministro da Controladoria-Geral da União, Jorge Hage. Na sequência, fechou-se no gabinete reservadamente com o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL). Com o recado dado a Renan sobre a importância de saber todos os movimentos da comissão e não ficar à mercê de imprevistos, Lula abriu a porta para que o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, e o vice-líder do governo no Senado, Gim Argello (PTB-DF), participassem da conversa.

A ideia de colocar um oposicionista na presidência da CPI veio do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Pela proposta, o comando da CPI ficaria com o senador Antonio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA). Mas José Múcio deixou claro o desinteresse com a iniciativa. “A minoria tem direito a pedir a CPI e a maioria tem direito de eleger o presidente e o relator. É o que sempre aconteceu no Senado”, afirmou o ministro. Os nomes dos integrantes ainda devem ser indicados. Lula não quer que os escolhidos do PMDB sejam passíveis de uma eventual composição com a oposição.

Pressões
O presidente está descontente com a atuação dos peemedebistas. Primeiro pelo desinteresse de Jucá quando a CPI estava ainda sendo gestada pela oposição. Segundo, por pressões do partido para trocar o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrela, por Paulo Roberto Costa, nome de confiança do partido, lotado na Diretoria de Abastecimento.

Para traçar o real cenário da ambição peemedebista por trás da CPI, Lula dedicou 40 minutos só a Renan. Múcio garantiu que não houve nenhuma cobrança pela mudança na direção da Petrobras. “Há uma preocupação para não haver nenhum embaraço para os investidores da Petrobras, porque não pode haver inibição dos investimentos. Esta é uma CPI importante, talvez a maior neste um ano e meio de governo que resta, por se tratar de uma das maiores empresas do Brasil”, disse o ministro.

A preocupação é tanta que Lula quis discutir a motivação da criação da CPI, por isso convocou Hage. O ministro da CGU informou que não há nenhum problema por trás da estatal. “Na avaliação feita na reunião, se reafirmou que a Petrobras e o governo responderão a todos os questionamentos sobre os fatos determinados, até porque nada tem a esconder”, disse Hage, lembrando que contratos da empresa vinham sendo acompanhados por CGU, Tribunal de Contas da União, além de auditorias internas da estatal. “As providências que tinham que ser tomadas já estão sendo encaminhadas”, afirmou.

A minoria tem direito a pedir a CPI e a maioria tem direito de eleger o presidente e o relator. É o que sempre aconteceu no Senado

José Múcio Monteiro, ministro de Relações Institucionais


Análise da notícia
Jogo bruto e eleitoral

A CPI da Petrobras virou uma espécie de tribuna eleitoral. Preocupada com o peso das relações entre o governo Lula, o setor produtivo estatal e grandes empresas de infraestrutura, investidores e fundos de pensão na sucessão de 2010, a oposição resolveu atirar na Petrobras. Mirou no que seria uma possível fonte de financiamento de campanha do PT nas eleições de 2010.

Há um eterno ambiente de tensão no mundo do petróleo. O jogo bruto entre as grandes petroleiras não é novidade. Basta ver o atoleiro em que os Estados Unidos se meteram no Iraque durante o governo Bush. Aqui no Brasil, a tensão é grande por duas razões: primeiro, a renegociação dos contratos da Petrobras com seus parceiros comerciais por causa da queda do preço do barril de petróleo; segundo, devido à revisão do marco regulatório de exploração de petróleo, os chamados contratos de risco, que agora são contratos de lucro garantido por causa do óleo da camada de pré-sal.

A aposta da oposição é descobrir um escândalo na Petrobras capaz de abalar a popularidade do presidente Lula e liquidar a candidatura da ministra Dilma Rousseff. A do governo, controlar a CPI e carimbar a oposição como “entreguista” e “privatizante”, como fez no segundo turno da reeleição de Lula, em 2006. (LCA)

Dúvidas dentro do PMDB


Luiz Carlos Azedo


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer o controle absoluto sobre a CPI da Petrobras, mas ainda não tem nenhuma garantia de que isso ocorrerá. O líder da bancada do PMDB, Renan Calheiros (AL), alçado à condição de fiador de uma CPI chapa-branca, saiu do encontro com Lula, ontem, sem anunciar os nomes do partido que farão parte da comissão, nem se pretende quebrar a tradição e impedir a oposição de indicar o presidente da CPI. O Palácio do Planalto deseja que o relator da comissão seja o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR), mas Renan está relutante em aceitar a indicação porque foi atropelado pelo líder do PT, Alozio Mercadante (SP), que tornou pública a preferência do presidente Lula por seu líder no Senado.

Lula disse a Renan que o governo enfrentará o debate com a oposição sobre a atuação da Petrobras e que há forças interessadas em impedir as mudanças no marco regulatório do petróleo, pois o seu governo pretende restringir a exploração do pré-sal, que caberia exclusivamente à Petrobras. O Palácio do Planalto tem maioria para impedir a pirotecnia da oposição durante os trabalhos da CPI, mas isso depende bastante da composição da Comissão. Renan saiu do encontro com Lula direto para um almoço com presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e o senador Gim Argello (PTB-DF), no qual foi traçada a estratégia para formação da CPI. Depois do encontro, “mergulhou”.


Nem mesmo o ex-líder do PMDB no Senado Valdir Raupp (RO) sabe quais serão os nomes indicados por Renan para compor a CPI. “Me coloquei à disposição de Renan para a tarefa, mas ele não me deu resposta até agora”, explica Raupp. No PMDB, a disputa para ocupar as três vagas de titular da CPI que cabem ao partido é grande, principalmente pela relatoria. Seria essa a grande dificuldade de Renan. Os quatro senadores do PMDB que subscreveram o pedido de CPI estão fora de cogitação. Os senadores Jarbas Vasconcelos (PE), Pedro Simon (RS), Geraldo Mesquita Junior (AC) e Mão Santa (PI), por isso mesmo, estão vetados.


Atuação agressiva

O líder do PMDB também quer evitar a indicação de aliados que estejam em confronto com o PT em seus respectivos estados. Tradicional aliado do governo, com atuação agressiva contra a oposição em comissões de inquérito, o senador Almeida Lima (SE) teria indicação quase certa para a CPI, mas hoje ocupa a relatoria da Comissão de Orçamento. Nomes que surgem como prováveis indicados são dos senadores Gilvam Borges (AP), Paulo Duque (RJ), Lobão Filho (MA), Wellington Salgado (MG), Neuto De Conto (SC) e Leomar Quintanilha (TO).


Na oposição, a situação é confusa. O PSDB indicou o senador Álvaro Dias (PR) para presidir a comissão, mas não conseguiu entrar em acordo com o DEM, que também quer a presidência para o senador ACM Junior (BA). “O combinado é o partido que ocupar a presidência abrir mão das duas vagas restantes”, explica Dias. A oposição tem direito a três titulares das 11 vagas que compõem a CPI. Já estão indicados os representantes do PTB, Fernando Collor de Mello (AL), e do PDT, Jefferson Praia (AM), sobre os quais o Palácio do Planalto não tem o menor controle.

VENEZUELA: A TRUCULÊNCIA TAMBÉM É UMA BOMBA

Recrudesce a truculência chavista


O Estado de S. Paulo - 26/05/2009
Diante do impacto da queda abrupta das cotações do petróleo sobre as finanças venezuelanas e a capacidade do presidente Hugo Chávez de influenciar governos latino-americanos a peso de petrodólares, a sua reação tem sido a de ampliar o controle do Estado sobre a economia nacional - agora com repercussões na região - e intensificar a repressão ao que resta no país de instituições e forças sociais independentes, como imprensa e os sindicatos (ele pretende substituí-los por conselhos de trabalhadores que se reportariam ao partido chavista). Mais do mesmo, portanto.

Segundo dados oficiais, nos dois últimos anos a participação estatal na economia aumentou de pouco mais de 25% para perto de 30%. O setor privado, que soma hoje cerca de 7 mil indústrias, tinha 11 mil quando Chávez chegou ao poder, em 1999. Nesse período, o número de empregados da área pública saltou de 1,2 milhão para 2,1 milhões. Há pouco ele resolveu à sua maneira o problema dos mais de US$ 10 bilhões em dívidas do governo com dezenas de empresas prestadoras de serviços petrolíferos: expropriou-as.

Na semana passada, o chavismo atravessou a campanha para as eleições de 28 de junho na Argentina, quando serão renovados 1/3 do Senado e metade da Câmara dos Deputados. A disputa antecipa a sucessão presidencial de 2011 e ameaça privar o governo de Cristina Kirchner, com a popularidade em baixa, da maioria no Congresso. Na última sexta-feira, um dia depois de Chávez anunciar de inopino a estatização de três siderúrgicas da multinacional portenha Technit instaladas na Venezuela, as seis maiores entidades empresariais argentinas exigiram da presidente providências para reaver as empresas. Até mesmo a peronista Confederação Geral do Trabalho (CGT) condenou as encampações.

Autoridades do governo prometeram "proteger os interesses nacionais" respeitando embora as "decisões soberanas" da Venezuela. A Casa Rosada teve ainda de adotar uma posição defensiva diante dos crescentes rumores de que estaria planejando a "chavização" da economia argentina. Um dos principais nomes da oposição, a ex-candidata presidencial Elisa Carrió, da Coalizão Cívica, denunciou "o modelo de populismo confiscatório" de Chávez que o governo estaria se preparando para adotar. "Acreditamos em um capitalismo nacional, mas não vamos sair estatizando empresas", desmentiu um ministro.

O caudilho venezuelano deixou Cristina numa situação difícil. Ou ele a teria avisado da iminente nacionalização - o que o governo desmente, para não ser acusado de omisso - ou ela foi colhida de surpresa, numa evidente falta de consideração. O problema de fundo é a dependência argentina, inaugurada pelo então presidente Néstor Kirchner, do muy amigo venezuelano. Chávez comprou US$ 9,2 bilhões em títulos da dívida pública portenha, cobrando juros de 14%. (Imediatamente os repassou para a banca local, deteriorando o valor dos papéis no mercado secundário.)

A soberba, a rigor, é a marca da ação política do coronel Chávez. No plano interno, é sinônimo de truculência, como a exibida na sua sistemática perseguição à imprensa. A TV Globovisión, que se opõe à tirania que ele vem erguendo passo a passo, foi acusada de "terrorismo midiático" pouco depois de Chávez ameaçar as estações opositoras com "uma surpresinha". Ele costuma cumprir as ameaças que faz. No ano passado, uma sequência de intimidações contra a RCTV, a mais popular do país, no ar desde 1955, culminou com a sua recusa de renovar a concessão da emissora.

Na quinta-feira passada, a polícia fez uma razzia na casa do proprietário da Globovisión, que também é sócio de uma concessionária de veículos, apreendendo "uma grande quantidade" de carros que não teriam os documentos em ordem. A Organização dos Estados Americanos (OEA) e um relator da ONU acusaram Caracas de promover um ambiente em que "o direito à liberdade de expressão é seriamente limitado". É o ambiente que ele fomenta na região. Chávez e o equatoriano Rafael Correa propuseram à União das Nações Sul-Americanas (Unasul) a criação de um organismo que "defenda os governos locais dos abusos da imprensa". A história mostra que, na América Latina, a imprensa é que tem sido obrigada a se defender dos governos cujos abusos denuncia. É o que acontece sempre onde a democracia não sucumbe aos seus inimigos.

COREIA DO NORTE: PAÍS-BOMBA ?

COREIA DO NORTE DESAFIA ONU COM POTENTE TESTE NUCLEAR
COREIA DO NORTE DESAFIA MUNDO E FAZ SEGUNDO ENSAIO ATÔMICO


Autor(es): Cláudia Trevisan
O Estado de S. Paulo - 26/05/2009
A Coreia do Norte desafiou ontem o Conselho de Segurança da ONU e realizou seu segundo teste nuclear em menos de três anos, condenado de maneira veemente e unânime pela comunidade internacional, incluindo a China, aliada mais próxima do regime de Pyongyang.

A explosão de ontem foi muito mais potente que a realizada em 9 de outubro de 2006. Ao mesmo tempo em que acentua o isolamento do mais fechado país do mundo, o anúncio do teste nuclear amplia o cacife do ditador Kim Jong-il.

O Conselho de Segurança da ONU, em uma reunião convocada pelo Japão, condenou o teste como uma clara violação da resolução aprovada em 2006, depois que Pyongyang realizou seu primeiro ensaio nuclear. Em uma nota, o Conselho de Segurança disse que seus membros decidiram trabalhar imediatamente em uma resolução.

O Ministério da Defesa da Rússia estimou que a explosão teve uma potência entre 10 e 20 quilotons. Se a estimativa mais alta for confirmada, a bomba teria poder comparável às que foram lançadas pelos EUA nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki, em 1945.

O primeiro teste nuclear de Pyongyang teve impacto inferior a 1 quiloton, o que indica uma dramática elevação do poderio nuclear norte-coreano - 1 quiloton tem potência equivalente a 1 mil toneladas de dinamite. Pyongyang também lançou ontem três mísseis de curto alcance (131 quilômetros) e se preparava para lançar outro hoje ou amanhã.

A agência oficial norte-coreana afirmou que o teste faz parte das medidas para aumentar o poder de dissuasão nuclear para autodefesa. "O atual teste nuclear foi conduzido de maneira segura em um nível mais alto em termos de poder explosivo e de tecnologia de controle, e os resultados ajudaram a resolver os problemas científicos e tecnológicos surgidos com o aumento da potência das armas nucleares e do progressivo desenvolvimento da tecnologia nuclear", dizia o texto. Pyongyang declarou ontem que o governo americano sob Barack Obama continua hostil e está preparado para enfrentar um ataque dos EUA.

Aliado histórico de Pyongyang, Pequim só se manifestou no fim da tarde e disse que se opunha de maneira "resoluta" ao teste. Segundo nota da chancelaria, a Coreia do Norte "ignorou a oposição universal da comunidade internacional e uma vez mais conduziu um teste nuclear". Pequim ressaltou seu "firme e consistente" compromisso com a busca da eliminação de armas nucleares da Península Coreana, com o objetivo de manter a "paz e a estabilidade" no nordeste da Ásia.

Japão e Coreia do Sul condenaram a explosão e defenderam uma resposta enfática do Conselho de Segurança. Seul divulgou uma nota criticando a decisão do país vizinho. "O teste nuclear é uma séria ameaça à paz e à estabilidade da Península Coreana e um grave desafio ao regime internacional de não-proliferação nuclear", afirma o texto. Tecnicamente, as Coreias continuam em guerra, pois o tratado que colocou fim à guerra em 1953 declarou uma trégua e não a paz.

A grande dúvida é saber o que mais a comunidade internacional pode fazer contra um regime já amplamente isolado. Em 13 de abril, o Conselho de Segurança já havia condenado o lançamento de um foguete por Pyongyang oito dias antes. A Coreia do Norte assegurou que o foguete colocou um satélite de comunicação em órbita. Mas a comunidade internacional teme que Pyongyang tenha testado um míssil. A resolução teve um tom mais ameno que o proposto por EUA e aliados, por causa da oposição de China e Rússia. Ainda assim, sua aprovação enfureceu Pyongyang.

Em 14 de abril, o ditador Kim Jong-il anunciou o abandono das negociações de desarmamento e a reativação de instalações nucleares que haviam sido desabilitadas. O Conselho de Segurança impôs sanções a três empresas norte-coreanas em resposta ao lançamento do foguete. Em 29 de abril, Pyongyang anunciou que realizaria testes nucleares e de mísseis intercontinentais a menos que o Conselho de Segurança se desculpasse pelas críticas e levantasse as sanções. A ameaça foi concretizada ontem, bem antes do que se esperava.

ILHA DE VERA CRUZ: STF vs. LULLISMO

Mendes diz que terceiro mandato não passa no STF
Mendes afirma que ''terceiro mandato'' não passa no STF


Autor(es): Mariângela Gallucci
O Estado de S. Paulo - 26/05/2009
Diante da disposição de aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de apresentarem uma proposta de emenda à Constituição para permitir um terceiro mandato, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, alertou ontem que dificilmente a corte chancelará a manobra.

Mendes afirmou que a aprovação de um terceiro mandato ou a ampliação do atual para seis anos seria um casuísmo. "As duas medidas (terceiro mandato e ampliação do atual mandato para 6 anos) têm muitas características de casuísmo. Vejo que dificilmente seria aprovado no STF", afirmou.

Para Mendes, essas propostas representariam um prejuízo aos princípios republicanos. Segundo ele, seria "extremamente difícil fazer a compatibilização com o princípio republicano". "A reeleição continuada certamente seria uma lesão ao princípio republicano", advertiu. Outros ministros do Supremo já se manifestaram contra a possibilidade.

Mendes falou que no regime democrático é preciso seguir o que está estabelecido pela Constituição. "Democracia constitucional é mais do que eleição. É eleição sob determinadas condições estabelecidas na Constituição, inclusive respeito às regras do jogo", disse Mendes.

Publicamente o presidente tem negado a intenção de disputar um terceiro mandato em 2010, apesar de aliados estarem articulando a apresentação de uma proposta de emenda constitucional que permitiria a ele disputar um novo governo. Uma proposta que poderá ser apresentada nesta semana prevê a realização de um referendo para consulta popular, o que garantiria maior legitimidade à mudança já em 2010.

Mas, conforme recente reportagem publicada pelo Estado, o projeto de Lula é voltar ao poder em 2015. Em 2010, a candidata do presidente continua sendo a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que atualmente enfrenta um tratamento para combater um câncer. Ele voltaria a disputar a Presidência apenas em 2014, com o apoio da população.

FHC

Ex-advogado-geral da União, no governo Fernando Henrique Cardoso, Mendes afirmou que a aprovação da emenda da reeleição durante o governo do tucano não foi um casuísmo. A emenda beneficiou Fernando Henrique, que já era presidente na época. Graças à aprovação da emenda da reeleição em 1997, Fernando Henrique conseguiu disputar um novo mandato em 1998.

"Reeleição é uma prática de vários países democráticos", disse o presidente do Supremo, que também foi subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil no governo tucano de 1996 a janeiro de 2000. "Esse tema (reeleição) nunca chegou, que me lembre, a ter alguma impugnação", afirmou.

BRASIL ('TERRA BRASILIS'): "YES, WE ARE BANANAS !!! "

República de bananas


Autor(es): Rubens Barbosa
O Estado de S. Paulo - 26/05/2009

Durante uma rápida passagem por Londres na semana passada, conversei com amigos, políticos e membros do governo britânico sobre a crise desencadeada pelas revelações de irregularidades no uso de verbas utilizadas para complementar os salários dos parlamentares no exercício de seus mandatos. Pude, assim, avaliar a gravidade da situação e verificar a extensão do estrago causado à classe política pela divulgação dos atos explícitos de liberalidades cometidas por alguns representantes de todos os partidos no Parlamento britânico.

Um informe a respeito dos abusos ocorridos desde 2004 deveria ser divulgado nos próximos meses, mas acabou vazando parcialmente quando o jornal Daily Telegraph obteve o relatório de forma controvertida. Nele constariam abusos cometidos por ministros (que, no caso da Inglaterra, por ser um regime parlamentarista, têm de ser necessariamente deputados); por membros do Partido Trabalhista, hoje no poder; e por representantes dos dois outros partidos, de oposição, o Conservador e o Liberal-Democrata. O mal que deveria ser feito de uma única vez, com a divulgação do relatório, vem sendo espalhado diariamente nos últimos 20 dias.

Houve, de início, tentativa de negar ou de minimizar os fatos. Depois a culpa foi jogada na imprensa, responsabilizada pelo vazamento das informações. Outros insistiram em que aquelas ações, tão controvertidas, estavam tecnicamente dentro dos regulamentos e, por não serem proibidas, não seriam irregulares.

A maior parte dos abusos no Legislativo inglês ocorreu em torno das verbas, de pouco mais de R$ 70 mil por ano, destinadas aos "benefícios para a segunda casa" - auxílio-moradia, em bom português -, distribuídas aos parlamentares que mantêm sua residência na cidade de origem, mas necessitam também de acomodações em Londres.

Os parlamentares estão sendo denunciados por terem usado o auxílio-moradia para reformar suas próprias casas, pagar hipotecas, prestações de imóveis, comprar lâmpadas, biscoitos para cachorro, esterco de cavalo e até (o cúmulo do ridículo) filmes pornográficos e assento para privada. No meio do escândalo se descobriu que houve também fraude fiscal cometida por vários parlamentares.

Os políticos britânicos não são, certamente, os mais bem remunerados do mundo: ganham por ano cerca de R$185 mil. Nos últimos 12 meses eles tiveram direito a um auxílio adicional de mais de R$ 400 mil para cobrir gastos de gabinete - incluindo o salário de assessores e despesas de moradia.

A perda de confiança nos seus representantes explica a irritação e a forte reação dos eleitores contra essas liberalidades com o dinheiro público. Com mais de cem políticos envolvidos até aqui, o primeiro-ministro, Gordon Brown, foi forçado a pedir desculpas, em nome da classe política, e a anunciar uma reforma política, com regras mais rígidas e transparentes. O líder da oposição, David Cameron, pediu aos integrantes de seu partido que devolvam todo o dinheiro utilizado para cobrir despesas não autorizadas.

O presidente da Câmara dos Comuns renunciou, o que não ocorria desde 1695. Meia dúzia de parlamentares já anunciou que não vai mais se candidatar e dois membros da Câmara dos Lordes foram suspensos (o primeiros casos em mais de 350 anos).

O escândalo das mordomias parlamentares transformou-se numa grave crise de todo o sistema político britânico. O desgaste político do Partido Trabalhista, no poder há 12 anos (vários ministros deixaram de pagar impostos sobre ganhos de capital com a venda de suas casas em Londres), reflete-se nas pesquisas, que apontam para uma provável derrota nas próximas eleições.

Quando fazemos a comparação com outro país tão nosso conhecido, onde todos os dias os jornais também revelam novos e graves abusos com o dinheiro do contribuinte, o que impressiona são as reduzidas cifras envolvidas no escândalo na Inglaterra e a marcada diferença entre as atitudes e a reação da população e dos governantes dos dois países.

O salário anual dos deputados federais é de pouco mais de R$ 200 mil, não muito maior que os da Grã-Bretanha. Para gastos adicionais, contudo, os brasileiros dispõem de uma verba de cerca de R$ 1 milhão, mais que o dobro das recebidas pelos colegas britânicos, além daquele dinheiro extra para as passagens aéreas.

No Brasil a sociedade civil, desiludida, não reage, nenhum político pede demissão e a ninguém ocorre pedir desculpas à sociedade. Reforma política para valer, nem pensar. Ao contrário, a maioria está-se lixando, os corruptos são prestigiados, porque ninguém pode ser punido até ser condenado (o que raramente acontece), e as responsabilidades são diluídas. Como ninguém no alto escalão sabe de nada, tudo se desculpa ou se ignora e a divulgação dos fatos e sua crítica são vistas como hipocrisia.

A corrupção, na sociedade contemporânea, ocidental ou não, banalizou-se e se transformou numa forma de troca social, secreta, pela qual os detentores do poder (político ou administrativo) transformam em dinheiro, ou em outra benesse qualquer, o poder ou a influência que exercem em razão de seus mandatos e funções.

Simon Jenkins, que conheci quando servi em Londres, escreveu em sua coluna no The Guardian que esse escândalo, sem precedentes, das despesas dos parlamentos britânicos é digno de uma República de bananas (em que países estaria pensando?).

Como não se pode esperar que todos os homens sejam santos ou heróis, a solução tem de ser a definição de um conjunto de regras claras e rigorosas, a serem aplicadas com transparência e respeitadas. Como escreveu Albert Camus em A Queda, "quando as pessoas não têm caráter, é importante que haja um método".

USP E OS ANOS 60: "CAMINHANDO E CANTANDO..."

Reitores ficam quatro horas detidos por alunos da USP
Alunos invadem USP e reitores das 3 estaduais ficam detidos no local


Autor(es): Simone Iwasso, Élida de Oliveira e Mariana Mandelli
O Estado de S. Paulo - 26/05/2009


Ocupação de cerca de 4h da reitoria foi motivada por desentendimento antes de reunião; vidros foram quebrados

Um grupo de aproximadamente 40 alunos da Universidade de São Paulo (USP) manteve a reitoria da instituição ocupada por cerca de quatro horas no fim da tarde de ontem. Os reitores das três universidades estaduais - USP, Unesp e Unicamp - estavam no local e não puderam sair até as 19h30.


O motivo da ocupação foi um desentendimento entre alunos, funcionários e o conselho de reitores (Cruesp) antes da reunião de negociação salarial marcada para o início da tarde. Em 2007, alunos e funcionários ocuparam a reitoria por 50 dias em protesto contra decretos administrativos assinados pelo governador José Serra (PSDB). Desde então, a ameaça de invasão aparece em todas as rodadas de reivindicações na USP.

De acordo com o sindicato dos funcionários, que estão em greve desde o dia 5 deste mês, o Cruesp colocou imposições para a reunião de ontem, fazendo uma provocação aos alunos e funcionários. "Sempre entram dois representantes de cada categoria na reunião e os reitores dessa vez permitiram que houvesse apenas um representante dos alunos", afirmou Magno Carvalho, diretor do Sintusp.

Outra questão foi a proibição da entrada de Claudionor Brandão, funcionário demitido no ano passado, mas que continua na diretoria do sindicato. "Além disso, nos obrigaram a entrar pela porta dos fundos. Neste momento, houve confronto entre alunos e a guarda universitária, que fechou a porta na cara deles", conta ele.

Os funcionários permaneceram do lado de fora e parte dos alunos arrombou a porta dos fundos, entrando no hall. Vidros foram quebrados e câmeras de segurança foram cobertas com jornal. Sem apoio do Sintusp e do Diretório Central de Estudantes, o grupo, do qual faziam parte alunos da USP, Unesp e Unicamp, decidiu sair, após uma assembleia.

"Não foi uma ocupação planejada. Aconteceu no momento, pelo comportamento do Cruesp. Votamos pela saída e vamos discutir o tema em assembleia", afirma Débora Manzano, do DCE da universidade. Na quinta-feira haverá uma reunião geral dos estudantes, na qual será definida a pauta de reivindicações deles e uma possível greve de alunos.

O Cruesp divulgou sua versão em uma nota oficial. Os reitores dizem "lamentar que os representantes do Fórum das Seis tenham se recusado a participar da reunião agendada" e que também "lamentam a invasão ocorrida no prédio da reitoria, em que houve dano ao patrimônio público, além de suscitar tensão entre funcionários que ali trabalham". A reitora da USP, Suely Vilela, não se pronunciou. No início da noite, foi a vez de o Fórum das Seis, que representa os sindicatos e entidades estudantis das três universidades estaduais, pronunciar-se. Em nota, disse que, "apesar deste conjunto de provocações e dificuldades, a coordenação do Fórum das Seis, presente no interior da reitoria da USP para a negociação, tentou dialogar com o Cruesp, mas não obteve sucesso". Tradicionalmente, o mês de maio é tumultuado nessas instituições por ser o momento de debate dos reajustes salariais e outras reivindicações de sindicatos de alunos e professores.

REIVINDICAÇÕES

Funcionários: Pedem reajuste de R$ 200 mais 17% no salário; querem a readmissão de Claudionor Brandão, membro do sindicato demitido no ano passado; defendem a retirada de processos contra servidores

Professores: Pedem reposição salarial de 16,1%; reposição de 10% para os docentes do Centro Paula Souza e realização de concurso público

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

26 de maio de 2009

O Globo

Manchete: BB, enfim, reduz os juros. E dá mais crédito a cliente

Queda é de 6,19%, em média. Banco terá mais R$ 3 bi para emprestar

O Banco do Brasil (BB) anunciou ontem redução de suas taxas de juros e ampliação dos limites de empréstimo para 10 milhões de correntistas. Há uma semana, O GLOBO mostrou, com base em pesquisa feita pelo Banco Central, que os juros do BB haviam subido nas últimas semanas, apesar de a diretoria ter sido trocada em 23 de abril por determinação do presidente Lula para baixar as taxas. O corte nos juros mínimos e máximos será aplicado nas linhas de compra de bens (material de construção, veículos, eletrodomésticos) e no crédito consignado (com desconto em folha). O percentual médio das reduções chega a 6,19%. O banco vai oferecer mais R$ 3 bilhões em crédito. O Bradesco também anunciou prazo maior e juros menores para o Sistema Financeiro da Habitação (SFH). (págs. 1 e 15)

Até a China condena Coreia do Norte

Uma onda de condenações que incluiu até a China, maior aliado da Coreia do Norte, se seguiu ao anúncio de que o país havia realizado um teste nuclear subterrâneo. A explosão teria alcançado de 5 a 20 quilotons, o que equivaleria à potência da bomba lançada sobre Nagasaki na Segunda Guerra. O Conselho de Segurança da ONU condenou a explosão por unanimidade e começou a trabalhar em uma nova resolução. (págs. 1, 21 e 22)

Foto legenda: Sul-coreanos protestam contra o teste nuclear do país vizinho: condenação veio de todas as partes do globo

Cotas são suspensas no Estado do Rio

O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio suspendeu, por liminar, a lei 5.346, de 2008, que prevê cotas nas universidades estaduais para estudantes negros, índios, egressos da escola pública e filhos de policiais e bombeiros. A medida deve complicar os vestibulares do meio do ano. Mais 15 estudantes conseguiram liminar contra as cotas da Universidade Federal do Espírito Santo. (págs. 1 e 5)

Brasil perde vaga na OMC para o México

A ministra Ellen Gracie, do Supremo TrIbunal Federal (STF), foi rejeitada para assumir uma vaga na Organização Mundial do Comércio (OMC). Para o lugar, foi escolhido o mexicano Ricardo Ramirez. (págs. 1 e 20)

Gasolina pela metade do preço

Gasolina por R$ 1,27 o litro? A promoção, que rendeu longas filas no posto em Botafogo, fez parte de um ato de conscientização sobre o elevado peso dos tributos no Dia da Liberdade de Impostos. O movimento ocorreu também em outros estados. A diferença para o preço verdadeiro foi coberta pelo Instituto Millenium. Foram vendidos 4.700 litros. Amanhã, o brasileiro completa 147 dias trabalhando só para pagar impostos. (págs. 1 e 19)

Foto legenda: Em Botafogo, consumidores fazem fila para aproveitar venda de gasolina mais barata, no Dia da Liberdade de Impostos

Lula negocia CPI com Renan

O presidente Lula negociou com o senador Renan Calheiros (PMDB) para que a base aliada escolha o presidente e o relator da CPI da Petrobras. Renan não deve indicar nomes que disputarão eleições com o PT. (págs. 1, 3 e editorial "Sem Imunidades")

Governo Kirchner boicota debate sobre lei para TV

O governo de Cristina Kitchner descumpriu a promessa de fazer amplo debate sobre o polêmico projeto que substituirá a atual Lei de Radiodifusão. O tema vem sendo ignorado pelos governistas na campanha eleitoral para o Congresso. (págs. 1 e 23)

Planos não podem limitar custo e prazo de internação (págs. 1 e 17)

‘NYT’ engavetou furo de Watergate

O "New York Times" admitiu que perdeu o furo de Watergate quase dois meses antes do "Washington Post", em 1972. O jornal recebeu do então diretor-executivo do FBI, L. Patrick Gray, até indicação do envolvimento do presidente Richard Nixon no escândalo. O repórter deixou o jornal para estudar Direito. Seu editor saiu de férias para o Alasca e engavetou a apuração. (págs. 1 e 23)

Charge Chico: Logrotipo

CPI

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Folha de S. Paulo

Manchete: Mundo condena Coreia do Norte

Países como EUA e a aliada China atacam regime do ditador Kim Jong-il por teste nuclear; ONU estuda sanções

A Coreia do Norte foi alvo de forte condenação de lideres mundiais e do Conselho de Segurança das Nações Unidas pelo teste nuclear realizado anteontem à noite (manhã de ontem na Ásia).

A ONU trabalha numa nova resolução contra o país. Até os chineses, aliados dos norte-coreanos, exigiram que o regime do ditador Kim Jong-il cumpra ás suas promessas de desnuclearização.

Rússia, França e outros países também criticaram a ação de Pyongyang. Segundo o Conselho de Segurança, o novo teste viola resolução adotada após detonação em 2006, que vetava explosões.

Para os EUA, que pressionam por punição, o teste é motivo de "preocupação grave". "A Coreia do Norte desafia irresponsavelmente a comunidade internacional", disse Barack Obama.

Analistas veem a explosão como uma medida de Kim Jong-il para atrair a atenção dos EUA ou demonstrar força interna em um cenário de crise, com falta de alimentos e problemas de energia.

Em razão do teste, o Brasil decidiu adiar a data de chegada do embaixador brasileiro Arnaldo Carrilho à Coreia do Norte. O Itamaraty também divulgou nota condenando a explosão. (págs. 1 e Mundo)

BB amplia em R$ 13 bi oferta de crédito e diminui juros

O Banco do Brasil anunciou alta de R$ 13 bilhões no limite de crédito concedido a 10 milhões de clientes pessoas físicas, pouco mais de um terço dos correntistas.

Em média, é como se cada cliente beneficiado ganhasse R$ 1.300 a mais no limite de endividamento; o valor exato, porém, varia de pessoa para pessoa. O BB também baixou juros em nove modalidades de empréstimo, incluindo financiamento de carros e eletrodomésticos da linha branca. (págs. 1 e B1)

Foto legenda: Cabeça quente

Com monitores de computador, alunos da USP protestam contra projeto de ensino a distância; em ato que incluía funcionários, que estão em greve, cerca de 100 estudantes das universidades estaduais invadiram reitoria e quebraram portas de vidro (págs. 1 e C5)

Integrante do alto escalão da Al Qaeda está preso no Brasil

Está preso no Brasil, sob sigilo rigoroso, um integrante da alta hierarquia da Al Qaeda, identificado como responsável pelo setor de comunicações internacionais da organização.

A prisão foi feita pela Polícia Federal em São Paulo, onde o terrorista estava fixado. Não consta, porém, que desenvolvesse alguma atividade relacionada a ações de terror no Brasil. (págs. 1 e A7)

Justiça aceita denúncia contra delegado da PF

Juiz da 7ª Vara Federal de São Paulo, Ali Mazloum aceitou ontem denúncia do Ministério Público que transforma em réu o delegado afastado da Polícia Federal Protógenes Queiroz por supostos vazamento de informação sigilosa e fraude na Operação Satiagraha.

Protógenes afirmou que confia na absolvição. (págs. 1 e A4)

STJ proíbe plano de saúde de limitar valor

O Superior Tribunal de Justiça decidiu, em caso iniciado em 1996, que planos de saúde não podem limitar o valor do tratamento ou da internação dos segurados.

A decisão, contra a qual não cabe recurso, abre precedente e pode beneficiar os usuários dos chamados planos antigos, contratados antes de 10 de janeiro de 1999.

Até 1999, a lei não proibia a restrição de tempo ou de valor de tratamentos e internações. Estima-se que 11,7 milhões no país mantenham os contratos antigos.

Segundo Arlindo de Almeida, presidente da associação das operadoras, as empresas são orientadas a transferir seus segurados para os planos novos. (págs. 1 e C1)

Kassab aumenta em 134% verba para publicidade

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), elevou em 134% a verba par'd publicidade de seu governo em 2009. Dinheiro para isso virá de economia feita no ano passado, segundo decretos no "Diário Oficial".

Em nota, a prefeitura preferiu destacar que também aumentou recursos para programas sociais. (págs. 1 e C3)

Brasil: Ministra do Supremo perde vaga na OMC para rival mexicano (págs. 1 e A4)

Editoriais

Leia "O real e o dólar", que avalia alta da moeda nacional; e "O botão vermelho", sobre teste da Coreia do Norte. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Coreia do Norte desafia ONU com potente teste nuclear

Bomba tem força igual à de Hiroshima; Obama condena ameaça à paz mundial

A Coreia do Norte realizou ontem seu segundo teste nuclear em menos de três anos. A prova foi condenada de modo veemente e praticamente unânime pela comunidade internacional, até mesmo pela China, aliada do regime ditatorial norte-coreano. O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que o teste ameaça a paz mundial. Analistas consideram que o americano, defensor de um mundo livre de armas nucleares, pode aproveitar o teste norte-coreano para firmar essa prioridade. A explosão foi bem mais potente que a de outubro de 2006 e, para especialistas, pode ter atingido a mesma força nominal da bomba de Hiroshima, mas com um resultado efetivo maior: teria capacidade para destruir, por exemplo, a ilha de Manhattan. Com sua atitude, a Coreia do Norte violou resolução do Conselho de Segurança da ONU e deve gerar nova bateria de sanções, mas a dúvida é se esse tipo de punição terá algum efeito contra um país já tão isolado. (págs. 1 e A12 a A15)

Foto legenda: Tremor – Quadro mostra abalo causado pela bomba norte-coreana

Análise

Simon Tisdall
The Guardian

Atitude é sinal de tensão interna

A sucessão do presidente Kim Jong-il, doente, intensificou a retórica agressiva contra vizinhos e ocidentais. Os últimos atos de Pyongyang podem ser explicados por isso. (págs. 1 e A14)

Foto legenda: Rio Amazonas e afluentes formam mar de água doce

A cidade de Careiro da Várzea, no Amazonas, às margens do Rio Negro, exibe suas casas ilhadas: chuvas persistem, terra firme desaparece e doenças se multiplicam. (págs. 1 e C4)

Bancos baixam juro e ampliam crédito para o consumidor

Os bancos brasileiros começam a ampliar o crédito, depois das restrições impostas em meio à crise iniciada em setembro. O mais agressivo até agora tem sido o Banco do Brasil, que elevará a oferta a pessoas físicas em R$ 13 bilhões. O Bradesco, por sua vez, aumentou de 25 para 30 anos o prazo de financiamento habitacional e cortou o juro nesse segmento, de 10% para 8,9% ao ano. Para analistas, a retomada do crédito pode ser só um "soluço". (págs. 1, B1 e B3)

Colunista

Celso Ming
Ficando para depois

A demora para a formação das novas regras da caderneta de poupança mostra que o governo está atolado em dúvidas sobre o que fazer.(págs. 1 e B2)

STJ decide que plano não pode limitar tratamento

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu que os planos de saúde não podem estabelecer teto para o pagamento de despesas com internação e tratamento de associados. A decisão foi tomada no julgamento do recurso da família de um paciente que em 1996 ficou internado durante quase um mês na UTI do Hospital Samaritano, em São Paulo. O plano não queria cobrir os custos. (págs. 1 e A17)

Alunos da USP ocupam reitoria por quatro horas

Cerca de 40 estudantes ocuparam a reitoria da USP por quatro horas. O motivo foi um desentendimento entre alunos, funcionários e o conselho de reitores das universidades estaduais paulistas (Cruesp) antes de negociação salarial. Segundo os funcionários em greve, o Cruesp limitou a representação estudantil na reunião. Em 2007, estudantes ocuparam a reitoria por 50 dias. (págs. 1 e A19)

Mendes diz que terceiro mandato não passa no STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse que a corte deve rejeitar eventual mudança constitucional que permita ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva disputar um terceiro mandato consecutivo. "Vejo que dificilmente seria aprovado no STF", afirmou Mendes. "A reeleição continuada certamente seria uma lesão ao princípio republicano." (págs. 1 e A6)

OMC rejeita candidatura de Ellen Gracie a juíza

A Organização Mundial do Comércio (OMC) rejeitou a candidata brasileira Ellen Gracie Northfleet para o posto de juíza da entidade. O eleito foi o mexicano Ricardo Ramirez. A OMC informou ao Itamaraty ter avaliado que Ellen Gracie, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, não conhecia comércio, a matéria que teria de julgar. EUA e China não votaram na brasileira. (págs. 1 e A8)

Teoria matemática decifra o Enem

O segundo número do Estadão.edu ajuda a entender o cálculo das notas da prova.

Estadão.edu lança blog e twitter

Notas & Informações: Recrudesce a truculência chavista

Diante da queda abrupta do petróleo, a reação de Chávez é ampliar o controle do Estado sobre a economia. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: BB amplia crédito e reduz juros para pessoa física

Lula trocou o comando do Banco do Brasil em abril porque a instituição havia elevado as taxas

O Banco do Brasil reduziu em 6,19%, na média, os juros sobre nove linhas de crédito para pessoas físicas. As melhores taxas são destinadas à compra de material de construção, produtos de linha branca, automóveis e ao crédito consignado e automático. Valem para todos os 32 milhões de clientes da instituição. Foram aumentados em 5,25%, na média, os limites de empréstimo de 10 milhões dos clientes. A ampliação da oferta de crédito para pessoas físicas injeta R$ 13 bilhões no mercado. (págs. 1 e Economia A20)

Planos não podem limitar o valor das internações

O Superior Tribunal de Justiça reforçou decisão de que planos de saúde não podem limitar o valor do tratamento e das internações do associado. O procedimento é considerado mais lesivo do que restringir o tempo de permanência no hospital. (págs. 1 e Economia A17)

EUA em alerta com teste nuclear da Coreia

Diante do segundo teste com mísseis realizado ontem pela Coreia do Norte - o primeiro ocorreu em 2006 - os Estados Unidos vão recorrer à China para pressionar Pyongyang a desistir de seu programa nuclear. (págs. 1 e Internacional A21)

Célula-tronco para mal de Chagas

Pesquisa da FioCruz dá esperanças a quem sofre complicações cardíacas causadas pelo mal de Chagas. É a terapia com células-tronco dos pacientes infecetados. Já foi verificada diminuição da inflamação do coração, que passou a bombear sangue com mais força. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A24)

Sociedade Aberta

Gustavo Sinenbojm
Doutor em direito público

Limite da liberdade de expressão tem de ser o respeito. (págs. 1 e A13)

Sociedade Aberta

Ted Galen Carpenter
Analista de defesa

Opções dos EUA para a Coreia do Norte não excluem risco. (págs. 1 e A22)

Sociedade Aberta

Villas-Bôas Corrêa
Repórter político

Carlos Lacerda lançou o truque das CPIs. (págs. 1 e A9)

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Correio Braziliense

Manchete: Enfim, boas notícias para aposentado e consumidor

Bancos, como o Bradesco, reduzem juros dos empréstimos e ampliam crédito. Confiança do consumidor volta a subir

Aposentados vão à Câmara pressionar e obtêm promessa de votação do veto presidencial a reajuste nos benefícios e pensões

Superior Tribunal de Justiça decide que planos de saúde não podem limitar o valor dos tratamentos e internações dos clientes (págs. 1, 14 a 16 e 18)

Coreia do Norte detona crise

EUA, ONU e Brasil condenam teste nuclear feito pelo regime de Pyongyang, em explosão equivalente à bomba de Hiroshima (págs. 1 e 22)

365 vagas na Anac

Agência Nacional de Aviação Civil vai contratar profissionais nos níveis médio e superior, com salários de até R$ 9.552. (págs. 1 e 19)

Lula exige aliados à frente da CPI

Presidente articula para que presidência e relatoria do inquérito parlamentar sobre Petrobras sejam entregues a governistas. (págs. 1 e Tema do Dia, 2 a 5)

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Valor Econômico

Manchete: Importação cede espaço a matéria-prima nacional

A crise internacional abriu oportunidade de a indústria brasileira de matérias-primas recuperar parte do mercado perdido para os importados. Não há sinais de que a recuperação seja permanente, mas ela interrompeu um ciclo longo de crescimento na compra de insumos no exterior. No primeiro trimestre, a indústria produziu 14,6% menos em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a atividade em intermediários ficou 18,1% menor. O ritmo de redução no volume importado de bens intermediários foi mais intenso e chegou a 29,5% no mesmo período, segundo a Funcex.

A queda na demanda levou os fabricantes locais de insumos a operar com capacidade ociosa. Para reduzir perdas, eles elevaram a oferta de produtos no mercado interno a preços mais baixos. Além disso, a desvalorização cambial no início da crise encareceu os importados, fator que perdeu força recentemente. (págs. 1, A3 e B1)

Nestlé quer a maior fábrica da Parmalat

A Nestlé negocia a compra da maior fábrica no país da Parmalat, controlada pela Laep Investments, em Carazinho (RS), onde são produzidos leite longa vida, em pó e condensado, além de creme de leite. Estima-se que o negócio será fechado por R$ 100 milhões. Com a compra da unidade, a Nestlé avança em seu projeto de ampliar a participação no mercado brasileiro de lácteos. Neste ano, a empresa entrou no segmento de leite longa vida premium, com produção terceirizada, num investimento de R$ 100 milhões. Essa pode ser a segunda aquisição da empresa em cinco meses, após a compra, em dezembro, da Água Mineral Santa Bárbara. (págs. 1 e B12)

Licenciamento ambiental opõe Ibama e Dnit

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ibama trocam acusações sobre a demora no licenciamento ambiental de sete obras que integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Não queremos fugir de nenhuma responsabilidade", diz o diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, "mas os licenciadores não têm prazo para trabalhar". O presidente do Ibama, Roberto Messias, contesta. "Temos uma preocupação enorme, por determinação do presidente Lula e do ministro Minc, de fazer tudo o mais depresa possível, mas é difícil analisar projetos de engenharia que sequer foram apresentados".

Pagot e Messias também divergem sobre a polêmica MP 452, que isenta de licenciamento prévio obras em rodovias federais já existentes. (págs. 1 e A4)

Foto legenda: Psicologia da crise

Psicólogo que ganhou o Nobel de Economia, Daniel Kahneman diz que momento histórico da crise foi a "confissão de Greenspan" de que errou ao considerar racional a ação dos bancos. (págs. 1 e D1)

Bônus supre falta de crédito na Europa

Agora que os bancos, sentindo o aperto, cortam o crédito, os investidores estão vindo em socorro de empresas europeias com falta de caixa e aplicando até mesmo em papéis de alto risco, a um ritmo que surpreendeu alguns analistas. Neste ano os investidores europeus já compraram US$ 268 bilhões em títulos corporativos, o nível mais alto desde pelo menos 1995. O apetite dos investidores, que chega até a alguns papéis arriscados, desperta esperanças de que o fluxo de dinheiro consiga reacender o mercado, agora estagnado, de ofertas públicas iniciais de ações - uma fonte de capital que pode ser crucial para uma recuperação econômica. Esse degelo contrasta com a situação no segundo semestre de 2008, quando os mercados de capital da Europa se contraíram fortemente. (págs. 1 e C8)

Requião leva seu estilo polêmico à TV pública

A cena se repete há seis anos, sempre às terças-feiras. O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), lota os 372 lugares do auditório do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, para a reunião semanal de seu secretariado, transmitida ao vivo em rede estatal. A experiência é inédita no país, no formato e duração. É o governador, jornalista de formação, quem define a pauta. Mostra atos de governo, faz campanha contra transgênicos e até ensina a fritar ovos - recurso de protesto contra decisão da Justiça que o proibiu de criticar adversários no programa. Da primeira fila, reclama quando uma apresentação não está clara o suficiente para a população e não gosta de ver cochilos na plateia. (pág. A14)

Maquiagem mineral é nova aposta

Uma nova linha de cosméticos com apelo natural deve contribuir para aumentar ainda mais as vendas do setor, que cresceram 23% no ano passado. A chamada maquiagem mineral, que tomou primeiro o mercado internacional e agora chega ao Brasil, deve aguçar a sede de consumo do público feminino. O principal alvo são as mulheres com peles sensíveis, que costumam sofrer com os ativos químicos presentes na maquiagem tradicional. Mas o marketing feito pelas empresas de cosméticos está atirando para todos os lados.

Feita a partir de pigmentos minerais, e sem (ou com pouca) adição de componentes químicos, a maquiagem mineral é a aposta da Revlon, Artdeco e Contém 1g, que afirmam que a principal vantagem é ausência de talcos e fragrâncias. Já a Natura prefere manter a tendência pró-vegetal. (págs. 1 e B6)

Brasil perde disputa por vaga de Juiz no Órgão de Apelação da OMC (págs. 1 e A7)

A Nasa se lança nos sites de relacionamento para divulgar trabalhos e pesquisas, diz Jeanne (págs. 1 e B2)

Retração da economia

Pela terceira semana consecutiva, o mercado revisou para baixo suas estimativas para o desempenho da economia brasileira neste ano. A previsão para o PIB é de um recuo de 0,53%, segundo o boletim Focus, do Banco Central. A expectativa para o dólar é que a moeda encerre o ano cotada a R$ 2,10. (págs. 1 e A7)

Vigilância eletrônica

Fabricantes nacionais e estrangeiros de tornozeleiras e pulseiras eletrônicas aguardam aprovação do projeto de lei que autoriza a utilização do equipamento por detentos no país. Vários Estados já têm planos para adoção do aparelho. (págs. 1 e B3)

Delphi no varejo

Em setembro, a Delphi passará a vender equipamentos eletrônicos - rádios, DVDs e rastreadores - para automóveis no mercado de reposição da América Latina. A empresa assumiu 100% do fabricante argentino, do qual já era sócia. (págs. 1 e B7)

Reforço logístico

A Sat Log, empresa de logística com sede em São José dos Campos, vai investir R$ 20 milhões em dois novos centros de distribuição, de olho no aumento dos negócios no Vale do Paraíba com a futura duplicação da Tamoios e a expansão do porto de São Sebastião. (págs. 1 e B8)

Expectativa de queda

No ano passado, o Brasil consumiu 733,9 milhões de toneladas de defensivos agrícolas, superando os EUA como maior mercado global, com expansão de 25% sobre 2007. No total, as vendas alcançaram US$ 7,1 bilhões. Apesar do crescimento, a previsão para este ano é de queda entre 10% e 15%. (págs. 1 e B11)

Itambé em São Paulo

A cooperativa mineira Itambé vai construir uma usina para processamento de 300 mil litros de leite longa vida por dia em Brodowski, no interior de São Paulo. O investimento é de R$ 20 milhões. (págs. 1 e B12)

Recorde estrangeiro

No mês, até o dia 20, o saldo dos investimentos estrangeiros na Bovespa era positivo em R$ 4,6 bilhões, só inferior aos R$ 6 bilhões de abril de 2008, quando o país recebeu o grau de investimento. No ano, o saldo é de R$ 9,8 bilhões, melhor resultado da história. (págs. 1 e D2)

Ideias

Cláudio Couto: terceiro mandato seria "suicídio político" da oposição. (págs. 1 e A8)

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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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