PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quarta-feira, outubro 26, 2011

XÔ! ESTRESSE [in:] ALPINISMO SOCIAL

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BRASIL/INOVAÇÕES [In:] INTEGRAR PARA INOVAR

Integrar instituições e criar caminhos para a inovação

Autor(es): Vanderléia Radaelli e Hérica Morais Righi
Valor Econômico - 26/10/2011

Poucos são os termos capazes de sintetizar de forma simultânea o abstrato e o concreto para dar fuga ao que foi feito ou ao que deveria ter sido como o da inovação. Não há um único jornal diário ou revista de negócios que não traga diariamente o mantra da necessidade de inovar para melhorar o que se faz ou para justificar o que foi feito e cujos resultados não foram tão bons assim. Esse artigo não vai fugir a essa regra.

Na indústria, a inovação passou a ser fim e meio na incessante busca por melhores condições competitivas. O Brasil tem mostrado um protagonismo importante na América Latina, desde o começo dos anos 2000, ao criar e aperfeiçoar ações em prol da incorporação das atividades de inovação entre os principais atores do chamado sistema nacional de inovação.

Todo o arsenal disponibilizado nas economias avançadas foi criado aqui tais como as leis de inovação e de incentivos fiscais, instrumentos de apoio e fomento a empresas, universidades e centros de pesquisas a partir de recursos públicos ou de iniciativas público-privadas. Do lado do governo, o reconhecimento público da importância do tema vem sendo confirmado pelas sucessivas edições da Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia. A indústria, por sua vez, firmou publicamente em 2009 o seu compromisso com o lançamento do Manifesto pela Inovação nas Empresas liderado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) em associação com empresários industriais.

As condições institucionais, pelo menos em teoria, estão dadas, ainda que ajustes pontuais sejam necessários como o número de empresas beneficiadas pela Lei do Bem ou maior clareza e ciência dos instrumentos já existentes. No entanto, a complexidade da economia brasileira aliada às incertezas, custos e riscos em torno da inovação, que exigem a priori uma mudança cultural no empresário e no empreendedor, tem levantado dúvidas com relação à incorporação do tema na prática. Informações da Pintec (Pesquisa de Inovação Tecnológica) mostram que a maioria das empresas inovou internamente e não para o mercado nacional, ressaltando pequeno esforço voltado para a geração de tecnologias inéditas e a incessante corrida para alcançar os líderes do mercado.

Esse resultado é preocupante, e em certa medida desanimador. Mostra que parte da indústria brasileira ainda elege como estratégia competitiva a busca por conhecimentos e tecnologias produzidos por outros agentes, negligenciando seu próprio papel na obtenção de vantagens competitivas oriundas da capacidade de mesclar conhecimentos complementares: aqueles gerados internamente, no âmbito da própria empresa, com aqueles disponíveis no mercado e de apropriação econômica.

A persistência desse cenário se deve em parte à falta de um sistema integrado que torne o ambiente mais favorável à inovação. Ainda que a indústria se configure como o principal agente do processo inovativo, este não é exequível sem o apoio de outras instituições que constituam um sistema formado por produção de conhecimento, incentivos institucionais e financiamento às atividades de pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Dentre os atores desse sistema destaca-se a universidade, responsável pela produção de conhecimento científico e formação profissional. Em países desenvolvidos como os Estados Unidos e Alemanha, observa-se uma cumplicidade entre a esfera científica e a tecnológica. Grande parte das universidades, desde sua fundação, prioriza em suas atividades a economia local e atendem à necessidade do meio em que está inserida. Desenvolveu-se um relacionamento de apoio mútuo entre universidade e indústria que assegura a competitividade e forma grandes pólos de produção de tecnologia, como o tão conhecido Silicon Valley na Califórnia (berço da Apple, Google, Hewlett-Packard, Intel, dentre outras).

No Brasil, por sua vez, ainda não há um relacionamento estreito entre essas duas esferas institucionais. As relações existentes se mostram imediatistas e esporádicas e não possuem lastro em um processo de retroalimentação. A Pintec mostra que 10,4% das empresas que implementaram inovações o fizeram em projetos cooperativos e 36,3% desses foram com universidades e/ou institutos de pesquisa. A fragilidade dessas conexões prejudica a consolidação do sistema e por extensão compromete o desenvolvimento econômico e social, como já se observa em algumas cidades que até poucos anos eram símbolo da exuberância empresarial e hoje estão tentando encontrar sua identidade frente à dinâmica imposta pelo vigor da concorrência global.

A grande lição é que o termo inovação, assim como sua própria execução prática, pode traduzir fragilidades estruturais e uma infinidade de relações indiretas que vão muito além da criação de políticas e incentivos institucionais. A criação de ferramentas que viabilizem na prática o diálogo entre as universidades e a indústria tem se mostrado o pilar central do perfil e dos condicionantes do esforço brasileiro numa perspectiva já no médio prazo. E, nesse contexto, evitar a descontinuidade de políticas, que impedem o investimento contínuo e deixam as empresas à mercê de interesses não econômicos, deve ser a diretriz orientadora para os membros desse sistema.

A cooperação entre universidade e indústria não acontece repentinamente, nem é imposta, é preciso criar uma relação de confiança, formar competências, concentrar esforços em aprendizado nos agentes, e acima de tudo, entender as necessidades e interesses de cada uma das partes envolvidas nesse relacionamento. É um trabalho intenso, penoso e de longo prazo!

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Vanderléia Radaelli é especialista em Ciência e Tecnologia do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), economista e doutoranda em Política Científica e Tecnológica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Hérica Morais Righi é professora assistente da Fundação Dom Cabral, economista e doutoranda em Política Científica e Tecnológica pela Unicamp.

BRASIL/ARGENTINA [In:] EFEITO CRISTINA ?

Cristina e Dilma

Marcos Coimbra - Marcos Coimbra
Correio Braziliense - 26/10/2011

O que diriam nossos conservadores se Dilma fizesse como Cristina? Se levasse o Congresso, onde tem maioria, a aprovar uma "Ley de Medio" para evitar a concentração do poder de mídia em poucas empresas? Se usasse recursos orçamentários para comprar os direitos de transmissão dos campeonatos de futebol?

Sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

Embora sem deixar de registrar a vitória que Cristina Kirchner obteve domingo, nossa imprensa economizou no espaço e no destaque que deu à matéria. Foi manchete em alguns dos maiores jornais, em outros apenas título secundário na primeira página, mas recebeu tratamento discreto de todos.

O mesmo ocorreu no noticiário das principais emissoras de televisão e nos grandes portais de internet. Frente, por exemplo, ao tema do momento, os escândalos no Ministério do Esporte, ficou quase apagada.

Pode ser que esse comedimento decorra da certeza de que Cristina se reelegeria. Havia muitas pesquisas que apontavam para o que acabou acontecendo: a conquista de um novo mandato, bem à frente de seus oponentes, já no primeiro turno.

Foi o que ocorreu e a vitória terminou sendo ainda maior. Ela não só definiu a eleição presidencial com votação recorde na história argentina recente, chegando a 54% dos votos (apenas Perón teve mais do que isso, nas eleições de 1951 e de 1973), mas levou sua coligação à maioria nas duas Casas do Congresso e ao governo de oito das nove províncias em disputa.

Embora esperado, o resultado merecia ser discutido com mais atenção. E não apenas pela importância que tem a Argentina para o Brasil, como nosso maior parceiro comercial na América do Sul, superada somente pela China e os Estados Unidos como destino de nossas exportações e origem do que compramos no resto do mundo.

As trajetórias dos dois países sempre foram próximas, apesar das grandes diferenças existentes. Tivemos ditadores populistas na mesma época, experimentamos ditaduras militares simultâneas, saímos delas quase juntos (sem contar o breve interregno que houve por lá entre 1973 e 1976, sem paralelo aqui).

Depois das redemocratizações, as semelhanças permaneceram, mas era como se o relógio da história andasse mais depressa na Argentina. Foi o período em que se brincava dizendo que, entre os países, havia um "efeito Orloff" ("Eu sou você amanhã!"), em que eles sinalizavam a cada dia o que seríamos no dia seguinte.

Aconteceu assim com o neoliberalismo, com a adoção do receituário preconizado pelo chamado Consenso de Washington (liberalização, integração internacional, privatização, entre outras medidas), primeiro na Argentina, em 1991, e depois no Brasil, em 1995. Para sublinhar nossos paralelismos, tivemos um paradoxo semelhante: lá, foi Carlos Menem, um peronista, e aqui Fernando Henrique, um socialdemocrata com formação de esquerda, que implantaram essas políticas.

No ocaso do neoliberalismo, o Brasil assumiu a dianteira e inverteu o "efeito Orloff". Kirchner tomou posse quase ao mesmo tempo que Lula, mas demorou mais que o brasileiro a por em prática programas de ampliação do consumo, através de políticas sociais e da valorização de salários e de aposentadorias.

Os observadores da política argentina são unânimes ao considerar que Kirchner teria sido reeleito se tivesse participado da eleição em 2007, ao invés de ceder a vaga a Cristina. O fato é que não o fez e ela ganhou. Se o desejo de Néstor era voltar à Presidência, importa pouco. Ele morreu, foi Cristina quem disputou e venceu.

(Será que haverá uma analogia brasileira para a contradança que os Kirchner pareciam encenar e que foi interrompida pela morte de Néstor? Néstor, depois Cristina, depois ...? Lula, depois Dilma, depois....?)

Hoje, as similaridades entre as agendas de Cristina e Dilma são visíveis. Mas elas as encaminham de maneiras diferentes.

As duas governam com alta popularidade. Cristina acabou de obter uma vitória consagradora e só um desinformado imagina que Dilma não se reelegeria (com folga) se disputasse hoje. A oposição a ambas se enfraqueceu, e atravessa dificuldades para encontrar um discurso e definir lideranças.

Os grandes conglomerados da indústria de comunicação não gostam de seus governos, coisa que Dilma trata com naturalidade. Cristina, de seu lado, é adepta do "bateu, levou".

O que diriam nossos conservadores se Dilma fizesse como Cristina? Se levasse o Congresso, onde tem maioria, a aprovar uma "Ley de Medios" para evitar a concentração do poder de mídia em poucas empresas? Se usasse recursos orçamentários para comprar os direitos de transmissão dos campeonatos de futebol de todas as divisões, cedendo sua veiculação à emissora pública (e a qualquer outra), assim permitindo que todos possam ver as partidas sem pagar? Se estendesse a iniciativa para o vôlei, o basquete, o rúgbi, o tênis e os Jogos Olímpicos? Se impedisse que os dois maiores jornais do país continuassem a usufruir vantagens de monopolista na indústria de papel-jornal?


Reeleita e mais forte, Cristina pode radicalizar (algo nada surpreendente em seu país). De domingo para cá, seus adversários não estarão dormindo tranquilos.
Enquanto isso, a direita brasileira deveria soltar foguetes por alguém como Dilma ser nossa presidente.

GOVERNO DILMA [In:] OUSAR É PRECISO...

Uma ousadia de Dilma

Autor(es): Rolf Kuntz
O Estado de S. Paulo - 26/10/2011

A demissão do ministro do Esporte, Orlando Silva, poderá ser um passo para a presidente Dilma Rousseff cumprir a mais audaciosa promessa de seu discurso de posse: "melhoria dos serviços públicos" e um trabalho "permanente e continuado" para elevar a qualidade do gasto. Até agora, ela pouco fez para cumprir esse compromisso. O afastamento de vários ministros acusados de envolvimento em bandalheiras serviu, por algum tempo, para purificar o ambiente. Mas não produziu resultados de maior alcance. Os padrões da administração federal e do uso de recursos pouco ou nada mudaram, nem mudarão sem o abandono de costumes enraizados. O desafio é muito mais político do que administrativo. Até a incompetência gerencial, notória nos últimos anos, reflete uma concepção de poder e um estilo de ocupação da máquina pública. As irregularidades no Ministério do Esporte ilustram de maneira quase didática esses padrões. Isso talvez estimule a presidente a ir além da vassourada, agora, e começar um trabalho mais ambicioso de renovação de práticas e costumes.

Desde o início do programa Segundo Tempo, em 2004, entidades "sem fins lucrativos" foram beneficiadas com R$ 345,7 milhões, quase metade dos R$ 782,3 milhões aplicados pelo Ministério do Esporte. Uma fatia muito menor, R$ 270,6 milhões, foi destinada a municípios, segundo informações coletadas e analisadas pela organização Contas Abertas, uma das principais fontes de informação para quem quer saber como se usa o dinheiro público no Brasil.

Nem toda entidade "sem fins lucrativos" é criminosa, mas boa parte das malandragens com verbas públicas envolve organizações desse tipo. Os escândalos na área do Esporte não deixam dúvida quanto a isso. Além do mais, bandalheiras semelhantes têm ocorrido, de forma rotineira, em outros setores do governo. Nos 20 meses terminados em agosto, o Ministério do Turismo destinou R$ 120,5 milhões à qualificação de profissionais. Boa parte desse dinheiro foi entregue a ONGs - um número espantoso de entidades capacitadas, pelo menos do ponto de vista do Ministério, para ministrar cursos especializados.

A imprensa divulgou, na ocasião, algumas histórias notáveis de safadezas com dinheiro federal. A cúpula do Ministério caiu, foi substituída, e mais uma vez foi observado o critério de controle partidário. O enfeudamento da administração federal tem sido preservado pela presidente Dilma Rousseff, como se os partidos tivessem de fato direito sobre certas áreas do Executivo. No caso do Ministério do Esporte, o padrão aparentemente se mantém. Nos últimos dois dias, o noticiário sobre a possível demissão do ministro Orlando Silva incluiu referências a eventuais substitutos - todos vinculados ao PC do B.

Os escândalos têm sido acompanhados, com frequência, por informações sobre falhas no sistema de prestação de contas. ONGs e outras entidades, incluídas muitas prefeituras, demoram a apresentar relatórios sobre a aplicação do dinheiro recebido. Muitas nem sequer prestam contas. Além disso, os Ministérios nem sempre examinam as contas num prazo razoável.

Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), estavam acumuladas no Ministério do Esporte, no ano passado, 1.493 contas sem análise. Os atrasos, no entanto, são comuns na maior parte dos Ministérios e isso tem sido apontado com frequência pelo TCU. A fiscalização de fato acaba dependendo, enfim, do próprio Tribunal e da Controladoria-Geral da União, já que os Ministérios falham, muitas vezes, tanto nos critérios de distribuição de verbas quanto na cobrança de relatórios das entidades financiadas com dinheiro público.

O primeiro desafio da presidente Dilma Rousseff, se ela quiser cumprir a promessa de mexer na administração pública, será a reforma de certos costumes políticos. Não haverá mudança relevante na gestão federal enquanto Ministérios forem considerados feudos partidários. Isso vale, naturalmente, para autarquias e empresas. Em outros países a administração é muito mais profissional e os postos preenchidos politicamente são muito menos numerosos. Nenhuma lei divina condena o Brasil a continuar preso aos padrões atuais.

Mexer na administração será muito mais que uma tarefa moralizadora. Será uma forma de reforçar a democracia e, ao mesmo tempo, elevar a eficiência do governo. Nenhum dos grandes investimentos prometidos para os próximos anos será completado em prazo razoável sem uma boa chacoalhada na máquina federal. Centralizar os grandes programas no gabinete presidencial será apenas uma forma de remover os sofás e de contornar os problemas - com resultados obviamente duvidosos. Juscelino Kubitschek criou uma administração paralela, os Grupos Executivos, para implantar seu plano de metas. Seria loucura, hoje, tentar uma solução semelhante.

STF/FICHA LIMPA [In:] ''LAVANDO, LAVANDO, ...."

STF diz que decidirá logo se Ficha Limpa valerá para 2012

STF apressa decisão sobre Lei da Ficha Limpa

Autor(es): agência o globo:Carolina Brígido
O Globo - 26/10/2011

Presidente da Corte diz que não vai esperar mais nomeação de 11º ministro e julgará validade da norma para 2012


BRASÍLIA. O Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir em breve se a Lei da Ficha Limpa poderá ser aplicada integralmente nas eleições de 2012. Ontem, o relator da ação sobre o assunto, ministro Luiz Fux, concluiu seu voto. O presidente da Corte, ministro Cezar Peluso, disse que vai marcar o julgamento do caso "o mais rápido possível". Há duas semanas, ele havia dito que esperaria a nomeação do 11º integrante do tribunal, para evitar um possível empate. Diante da proximidade das eleições, que ocorrerão a menos de um ano, Peluso desistiu de aguardar a escolha da presidente Dilma Rousseff.

A vaga está aberta desde agosto, com a aposentadoria de Ellen Gracie. No ano passado, também com uma vaga aberta, a votação da validade da lei para 2010 terminou com placar de 5 votos a 5. O desempate veio apenas em março deste ano, com a nomeação de Luiz Fux para a vaga deixada por Eros Grau. Na ocasião, o tribunal decidiu apenas que a lei não poderia ser aplicada para as eleições de 2010, porque não fora aprovada um ano antes do pleito, como determina a Constituição Federal. Os ministros não declararam nada sobre a validade da norma para 2012.

Essa decisão será tomada no julgamento de duas ações propostas pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pelo PPS. As ações pedem que a lei seja declarada constitucional. Para tanto, os ministros precisarão examiná-la ponto a ponto. Apenas após definida essa situação, os partidos terão segurança para definir os nomes nos quais apostarão para as eleições do ano que vem.

A votação deve ser apertada, mas a tendência da maioria dos ministros é declarar a norma constitucional. A expectativa é que seis ministros votem pela validade da lei: Luiz Fux, Carlos Ayres Britto, Joaquim Barbosa, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e José Antonio Toffoli.

Os outros quatro ministros devem considerar pelo menos uma parte da lei inconstitucional. No julgamento de março, os ministros Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Cezar Peluso alertaram para o problema de declarar alguém inelegível por ato praticado antes da edição da lei - caso de renúncia, por exemplo.

Gilmar Mendes também reclamou do tempo de inelegibilidade previsto para condenados por improbidade administrativa. Na Lei da Ficha Limpa, a perda dos direitos políticos é contada a partir da condenação, ainda que seja possível recorrer da sentença. Mas a Lei de Improbidade Administrativa prevê a aplicação da pena apenas depois do julgamento final. Se somadas as duas penalidades, seria possível um político ficar inelegível por mais de 30 anos.

MINISTÉRIO DOS ESPORTES/ORLANDO SILVA [In:] ''DANCING IN THE RAIN"

STF DEIXA MINISTRO POR UM FIO

INQUÉRITO ABERTO NO SUPREMO

Autor(es): » DIEGO ABREU » LUCAS TOLENTINO
Correio Braziliense - 26/10/2011

Logo após a ministra Carmem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, determinar a abertura de inquérito para investigar as denúncias de desvio de dinheiro do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, o Palácio do Planalto convocou o presidente do PCdoB – partido ao qual Orlando é filiado – para uma reunião. No encontro, avaliou-se que, a partir de agora, a situação política dele se tornou insustentável e ficou praticamente acertada a saída do ministro. Como demonstração de prestígio, os próprios comunistas devem indicar um nome para substituí-lo. Além de Orlando, o inquérito vai apurar o suposto envolvimento do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, no escândalo


Ministra Cármen Lúcia acata pedido da Procuradoria-Geral da República e autoriza a investigação contra o ministro Orlando Silva, em relação às denúncias de desvio de verbas do Programa Segundo Tempo

Alvo de acusações de que teria recebido dinheiro desviado de programas do Ministério do Esporte, Orlando Silva passou à condição de primeiro ministro do governo da presidente Dilma Rousseff a ser investigado em inquérito aberto durante o exercício do cargo. A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ontem a abertura de investigação na qual a Procuradoria-Geral da República (PGR) irá apurar o suposto envolvimento de Orlando Silva e do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, com desvios no Programa Segundo Tempo.

O pedido de investigação havia sido protocolado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, na última sexta-feira. Na petição, ele solicitava a realização de seis diligências. A ministra acatou somente três pontos. Ela negou, inicialmente, que a PGR interrogue Orlando Silva e Agnelo, além de pessoas ligadas às entidades que firmaram convênios com o ministério, e o dirigente do PCdoB Fredo Ebling. A relatora do inquérito afirmou que avaliará esses pedidos em um segundo momento.

No despacho, Cármen Lúcia determinou que o ministério envie ao Supremo em até 10 dias a relação de convênios firmados com o Programa Segundo Tempo e, ainda, os documentos relativos aos acordos com três entidades suspeitas de desvio de verbas. A ministra concedeu o mesmo prazo para que o Tribunal de Contas da União e a Controladoria-Geral da União (CGU) comuniquem se estão investigando irregularidades na pasta e, caso estejam, que encaminhem os processos ao STF.

Já o Superior Tribunal de Justiça (STJ) terá 48 horas para remeter ao Supremo o inquérito no qual Agnelo é citado como beneficiário de um suposto esquema de desvio de recursos públicos no ministério. O governador do DF comandou a pasta do Esporte entre 2003 e 2006, sendo sucedido por Orlando Silva.

Na investigação que tramita no STJ, a Federação Brasiliense de Kung-Fu (Febrak) é apontada como responsável pelo desvio de dinheiro público. A entidade é presidida pelo policial militar João Dias Ferreira, o autor das denúncias contra o ministro.

Cármen Lúcia avisou que depois que receber toda a documentação requisitada, ela enviará os autos para a PGR. Caberá a Gurgel especificar "dentre as diligências ainda não deferidas quais persistem como necessárias". O procurador também avaliará se há conexão entre as investigações que tramitam no STJ e as acusações contra o ministro, "Não autorizei os depoimentos requisitados, uma vez que essas pessoas já podem ter sido ouvidas", afirmou a ministra.

"Recortes de jornal"
Somente após o procurador-geral da República emitir parecer sobre o caso, o que deve demorar pelo menos 15 dias, devido aos prazos, é que a relatora decidirá entre concentrar ou não no Supremo as investigações relativas ao ministro e ao governador. "O fato de começar as investigações não significa que vão ter prosseguimento. Depende do que a Procuradoria-Geral da República vai encontrar a partir de agora", ponderou Cármen Lúcia. "Não dá para dizer ainda que o Agnelo será investigado aqui (no STF)", acrescentou.

Ontem à tarde, o advogado de Orlando Silva, Antonio Carlos de Almeida Castro, se encontrou com a ministra Cármen Lúcia. "Fui dizer para a ministra, em nome do ministro (Orlando), que ele é o maior interessado na investigação", disse. Segundo o advogado, nenhuma prova foi apresentada até agora. "Para a minha surpresa, o procurador juntou apenas quatro representações de deputados da oposição e recortes de jornal."

Em entrevista após a audiência da Lei da Geral da Copa na Câmara, Orlando Silva ressaltou que partiu dele próprio o pedido de investigação. "Quem pediu que fosse feita a apuração de todos os fatos registrados naquela reportagem fui eu. Eu propus. Com toda a responsabilidade que tenho, para mim não há nenhum fato que altere a minha condição de inocente", frisou. A reportagem citada é da revista Veja, na qual o PM João Dias faz acusações contra o ministro.

O governador Agnelo Queiroz disse concordar com a decisão do Supremo de abrir o inquérito. "Ela (Cármen Lúcia) está separando os inquéritos e tomando algumas informações do STJ e do Ministério Público. Esse é o procedimento correto e muito importante para fazer a investigação com tranquilidade", afirmou, durante cerimônia de assinatura de protocolo de procedimentos no Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT).

Agnelo ressaltou, no entanto, que se tratam de casos distintos. "São dois inquéritos de natureza completamente diferente. O que gerou o nosso foi uma investigação feita pela Polícia Civil, que não tinha competência e passou para o âmbito federal. Foi uma denúncia que um mercenário fez na época e estourou na campanha", declarou o governador. "A natureza do inquérito daqui não tem nada a ver com a natureza do que está sendo instalado no Ministério do Esporte."

Próximos passos
Confira como vai prosseguir a investigação conduzida pela Procuradoria-Geral da República no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem 48 horas para remeter ao STF o inquérito que investiga supostos desvios no Ministério do Esporte, no qual o policial militar João Dias, responsável pelas denúncias contra o ministro Orlando Silva, e o governador Agnelo Queiroz são citados como beneficiários do esquema.

O Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) têm 10 dias para informar ao STF se foram instaurados procedimentos relativos a desvios de recursos públicos do Programa Segundo Tempo. Em caso positivo, os órgãos terão que fornecer cópia integral dos processos.

O Ministério do Esporte terá também 10 dias para fornecer cópia ao Supremo dos procedimentos relativos aos convênios celebrados pela pasta com a Federação Brasiliense de Kung-Fu (Febrak), Instituto Contato e a ONG Pra Frente Brasil. Ministério também terá de enviar a relação dos convênios celebrados no âmbito do Segundo Tempo, com os nomes dos responsáveis, objetos, data de vigência e situação da prestação de contas.

Com as informações em mãos, a ministra Cármen Lúcia, relatora do inquérito, enviará a papelada ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para que ele especifique se são necessárias novas diligências.

Caberá à PGR investigar se o ministro cometeu irregularidades. Caso haja indícios suficientes de que Orlando Silva e Agnelo cometeram desvios, o procurador-geral pedirá abertura de ação penal. Caso não apareçam indícios contra ambos, o inquérito poderá ser arquivado.

Há o risco, porém, de as investigações serem remetidas para o STJ, caso o ministro seja demitido do cargo. Nesse caso, ele perderia o foro privilegiado de ser processado pela Suprema Corte.

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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


26 de outubro de 2011

O Globo


Manchete: Na marca do pênalti - STF abre inquérito e ministro perde apoio até de aliados

Mesmo entre integrantes do PCdoB, situação de Orlando Silva é insustentável

O ministro do Esporte, Orlando Silva, passou ontem a ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que abriu inquérito para apurar as denúncias de desvio de recursos do Programa Segundo Tempo. A decisão tornou insustentável a situação de Orlando, também para parlamentares do PCdoB, que estavam reunidos até o fim da noite de ontem para discutir a crise. Em entrevista ao GLOBO, o motorista Célio Soares, uma das principais testemunhas do escândalo, reafirmou ter entregado R$ 1 milhão ao ministro - que nega tudo - e disse ter recebido ameaças de agressão de duas pessoas ligadas a ONGs suspeitas. (Págs. 1 e 3 a 9)

Enquanto isso, na Saúde...

TCU mostra fracasso do SUS no tratamento contra câncer

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) mostra uma realidade desesperadora para pacientes que procuram o Sistema Único de Saúde para tratar o câncer. Dependendo do tipo de tratamento, nem a metade consegue assistência. A espera pela primeira sessão de radioterapia supera três meses. Em 2010, apenas 46% de 152 mil pessoas conseguiram ser operadas. (Págs. 1 e 14)

Foto-legenda

João Dias simula um golpe num segurança (Pág. 1)

STF diz que decidirá logo se Ficha Limpa valerá para 2012 (Págs. 1 e 9)


Rigor maior sobre lavagem de dinheiro

A Câmara aprovou ontem um projeto que amplia e fortalece as investigações sobre lavagem de dinheiro, passando a incluir, por exemplo, caça-níqueis e bingos. Serão monitorados negócios de empresários de jogadores de futebol e artistas. O projeto vai agora para o Senado. (Págs. 1 e 12)

Foto-legenda: Milagre turco

Uma menina nascida há 2 semanas e resgatada ilesa, 2 dias após o terremoto que matou pelo menos 450 pessoas na Turquia. Na Tailândia, as maiores inundações em 50 anos já deixaram 300 mortos e 113 mil desabrigados. (Págs. 1 e 33)


Primavera Árabe: que islamismo vem aí?

Para milhões de pessoas que se espelham no modelo ocidental de democracia, a vitória dos islâmicos moderados na Tunísia é vista com desconfiança, pela ameaça de uma perigosa interseção entre Estado e religião. Na nova Líbia, o governo de transição já disse que a sharia (lei islâmica) servirá de inspiração. No Egito, a Irmandade Muçulmana ganha força. Analistas preveem que o desafio dos islâmicos no poder será integrar a sharia à democracia. (Págs. 1 e 32)

Senado rejeita sigilo eterno de documentos

Numa decisão histórica, e apesar das manobras do senador Fernando Collor, o Senado rejeitou ontem o substitutivo dele e, em seguida, aprovou a Lei de Acesso à Informação, que acaba com o sigilo eterno de documentos públicos. "O texto, já aprovado na Câmara, vai agora para a sanção da presidente Dilma e estabelece prazo máximo de 50 anos para que um documento oficial seja mantido em sigilo. As novas normas valerão para Executivo, Legislativo e Judiciário. (Págs. 1 e 13)


STJ aprova casamento civil para gays (Págs. 1 e 13)


Governo pode rever restrição ao crédito

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que, com o agravamento da crise global, o governo brasileiro pode rever as medidas de restrição ao crédito, como o aumento do IOF, baixadas em fins do ano passado. O objetivo agora seria estimular a economia. (Págs. 1 e 25)


OIT: Bolsa Família não livra Brasil de trabalho escravo (Págs. 1 e 23)


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Folha de S. Paulo


Manchete: Senado aprova fim do sigilo eterno de dados

Boa notícia. Se for sancionada por Dilma, lei limitará a 50 anos segredo de papéis

O Senado aprovou projeto de lei que limita a 50 anos o prazo de sigilo de documentos dos três Poderes e em todos os níveis de governo - União, Estados, Distrito Federal e cidades. Já aprovado na Câmara, segue para a sanção presidencial.

Hoje, os papeis são mantidos em segredo por até 30 anos, prazo que pode ser renovado indefinidamente. (Págs. 1 e Poder A8)

Análise

Nada garante que o pais amanhecerá mais transparente; é preciso implantar uma nova cultura de armazenamento de dados, escreve Fernando Rodrigues. (Págs. 1 e Poder A9)

STF determina devassa nos convênios da pasta do Esporte

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou uma devassa nos convênios e programas do Ministério do Esporte e complicou mais a vida de Orlando Silva.

O ministro é acusado pelo PM João Dias Ferreira de comandar esquema de corrupção na pasta - ele nega.

A presidente Dilma estuda suspender por 30 dias todos os convênios do governo com ONGs. (Págs. 1 e Poder A4 a A7)

STJ autoriza o casamento civil de duas mulheres no RS

O Superior Tribunal de Justiça autorizou, por 4 a 1, o casamento civil de duas mulheres do RS. Ainda cabe recurso. Inédita, a decisão cria jurisprudência e vai além do entendimento do Supremo, que em maio equiparou a união estável gay à heterossexual.

Há diferenças entre casamento civil e união estável, como o direito automático à herança. (Págs. 1 e Cotidiano C1 e C3)

Partido tunisiano promete garantir direitos femininos

Posta na ilegalidade pela ditadura, o Nahda (Partido do Renascimento Islâmico) foi o vencedor da eleição na Tunísia. Rachid Ghannouchi, seu líder, diz em entrevista a Marcelo Ninio que a sigla vai preservar o caráter civil do Estado, a liberdade de expressão e os direitos das mulheres. (Págs. 1 e Mundo A13)

BC bane 4 ligados ao PanAmericano por até 20 anos (Págs. 1 e Mercado B7)


Antonio Prata

Caso dos lençóis revelou os rincões do forro de bolso. (Págs. 1 e Cotidiano C2)

Foto Legenda: 14 dias de vida, 2 sob escombros

Equipe resgata a recém-nascida Azra, soterrada com a mãe e a avó no terremoto de domingo na Turquia; 459 pessoas morreram. (Págs. 1 e Mundo A15)

Corpo de Gaddafi e enterrado em local secreto no deserto (Págs. 1 e Mundo A14)


Alexandre Schwartsman: Falta alguém para tomar a decisão na crise da Europa

Todos sabem o que é preciso fazer para lidar com a crise que assola a Europa. Mas parece não haver ninguém preparado para tomar as decisões que podem estancar o processo que mina a arquitetura monetária e a união da região. (Págs. 1 e Mercado B19)

Sabatina: Luiz Felipe Pondé vê patrulha no politicamente correto (Págs. 1 e Cotidiano C4)


Editoriais

Leia "Mais com menos", sobre a versão do novo Código Florestal em debate no Senado, e "Cadeia de distorções", acerca do sistema prisional brasileiro. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: STF abre investigação sobre Orlando

Ministro do Esporte é o primeiro do governo Dilma a ser alvo de inquérito; a dirigentes do PC do B, ele se diz abandonado pelo Planalto

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, abriu inquérito para investigar o ministro Orlando Silva (Esporte) por suposto envolvimento em crimes contra a administração pública. Assim, Orlando passa a ser o primeiro ministro de Dilma Rousseff sob investigação. No pedido de abertura de inquérito, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse haver "fortes indícios" de desvios "em proveito de integrantes do PC do B", partido de Orlando. Cármen Lúcia também pediu ao Superior Tribunal de Justiça o inquérito que apura a suposta participação do antecessor de Orlando, o atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), no esquema, Em conversas com líderes do PC do B, Orlando disse que se sentia "fritado" pelo PT e seu sentimento era o de estar sendo abandonado pelo Planalto. A ordem de Dilma é que ele faça mudanças rápidas na cúpula do ministério. (Págs. 1 e Nacional A4 e A6 a A8)

Orlando Silva
Ministro do Esporte

“Quem solicitou apuração fui eu. Não há nenhum fato que altere minha condição de inocente"

Mulher e cunhado do ministro se beneficiaram

Convênios mostram que ONGs e o PC do B facilitaram o acesso de Ana Cristina e Gustavo Petta, mulher e cunhado do ministro Orlando Silva, a dinheiro público. (Págs. 1 e Nacional A8)

Análise: Dora Kramer
Mau conselho

Dilma perdeu o timing de demissão de Orlando Silva. Ficou a reboque da decisão do Supremo, que abriu inquérito. Mais uma vez tornou-se refém dos fatos consumados. (Págs. 1 e Nacional A6)

Senado põe fim a sigilo eterno de documentos

O Senado aprovou ontem o projeto de lei do Executivo que regulamenta o acesso às informações oficiais, com as modificações feitas pelos deputados. O texto fixa o prazo máximo de segredo dos documentos em 50 anos, eliminando a hipótese de sigilo eterno. Na mesma sessão, os senadores rejeitaram o voto em separado de Fernando Collor (PTB-AL), que mantinha o sigilo eterno desses documentos. A matéria segue para sanção presidencial. (Págs. 1 e Nacional A12)

Governo quer carros com mais peças nacionais

O governo vai ampliar a exigência de nacionalização dos automóveis fabricados no País, a partir de 2013, para além dos 65% hoje cobrados das montadoras que querem escapar do aumento do IPI. (Págs. 1 e Economia B1)

Recuo do Planalto

Governo tira elevação da carga tributária da MP da política industrial. (Págs. 1 e B4)


STJ autoriza o casamento civil entre homossexuais

Decisão da 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) garantiu a duas mulheres que vivem juntas há três anos o direito de se casarem. Até ontem, pessoas do mesmo sexo que quisessem se casar precisavam ter vivido sob o regime de união estável para então pedir à Justiça a conversão em casamento. Agora, além de mudar o estado civil, um dos cônjuges pode adotar o sobrenome do outro. (Págs. 1 e Vida A19)


Foto-legenda: Turquia resgata menina de 14 dias

Equipe de socorro resgata Azra, de apenas duas semanas de vida, quase 48 horas após o terremoto que atingiu a Turquia; a menina estava nos braços da mãe, que também sobreviveu. O número de mortos chegou a 459. (Págs. 1 e Internacional A17)

Homicídios voltam a crescer no Estado

Os homicídios, que vinham caindo desde 1999, cresceram 12% no trimestre em São Paulo, ante o mesmo período de 2010. A Região Metropolitana teve a maior alta: 36%. (Págs. 1 e Cidades C1)

SP vai investir R$ 2,3 bi em pacote viário na zona sul (Págs. 1 e Cidades C6)




Kadafi e seu filho são enterrados no deserto (Págs. 1 e Internacional A13)


Tutty Vasques

Ocupem a Bovespa!

Ocupar a Avenida do Estado, como fizeram os camelôs, e apanhar da polícia nas madrugadas do Brás, francamente, não está com nada! (Págs. 1 e Cidades C6)

Michael Ellsberg

A salvação dos EUA?

Se quisermos sair da situação calamitosa do emprego, temos de apostar naqueles que largam os estudos para se dedicar a novos empreendimentos. (Págs. 1 e Visão Global, A16)


Notas & Informações

Uma zona risonha e franca

Não há uma só justificativa razoável para a concessão de mais 50 anos à Zona Franca de Manaus. (Págs. 1 e A3)

Na ponta do lápis

Novo mercado exige crescimento rápido das empresas. (Págs. 1 e Estadão PME)

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Correio Braziliense


Manchete: STF deixa ministro por um fio

Logo após a ministra Carmem Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, determinar a abertura de inquérito para investigar as denúncias de desvio de dinheiro do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, o Palácio do Planalto convocou o presidente do PCdoB – partido ao qual Orlando é filiado – para uma reunião. No encontro, avaliou-se que, a partir de agora, a situação política dele se tornou insustentável e ficou praticamente acertada a saída do ministro. Como demonstração de prestígio, os próprios comunistas devem indicar um nome para substituí-lo. Além de Orlando, o inquérito vai apurar o suposto envolvimento do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, no escândalo. (Págs. 1, 2 e 3)


Dia D para o Exame da Ordem

Supremo deve decidir hoje se acaba com prova da OAB que impede profissionais despreparados de exercer a advocacia. (Págs. 1 e 7)

Foto legenda: Milagre turco

Menina com 14 dias de vida é resgatada de escombros três dias após terremoto que sacudiu o país e matou mais de 400 pessoas. Estava no colo da mão, que também foi salva. (Págs. 1 e 15)

STJ diz sim a casamento entre duas mulheres

Decisão a favor de um casal de gaúchas abre caminho para que pessoas do mesmo sexo constituam famílias com direitos iguais aos de uniões estáveis heterossexuais, inclusive no que diz respeito a herança e adoção de sobrenome do parceiro ou parceira. (Págs. 1 e 6)

Clientes da Unimed buscam alternativas

Ameaçada por dívidas, a empresa tenta reverter a ordem de transferir os associados para outros planos. Alguns segurados já estudam mudar de seguradora. (Págs. 1 e 8)


Enem: Confira os gabaritos oficiais das provas do fim de semana (Págs. 1 e 26)


O deserto como túmulo

O ditador Muamar Kadafi foi enterrado em lugar secreto, para evitar peregrinações. Líbios pedem a permanência da Otan no país mais um mês. (Págs. 1 e 14)

Senado põe fim ao sigilo eterno

Derrota de Sarney e Collor abre acesso a informações oficiais em todos os níveis do governo. Documentos ultrassecretos ficarão inacessíveis por no máximo 50 anos. (Págs. 1 e 4)


Mais 1.853 vagas no serviço público

A Câmara aprovou a criação de 1.293 cargos para o Itamaraty e outos 560 para a Advocacia-Geral da União. Todos serão preenchidos por concurso. (Págs. 1 e 9)


Denúncia: “Trem da alegria" na estação da PM

A promoção de 237 subtenentes ao posto de segundo-tenente sem exigência de curso superior é questionada pela Associação dos Oficiais. Os militares da entidade afirmam que a medida vai beneficiar apadrinhados do presidente da Câmara, Patrício (PT). (Págs. 1 e 22)

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Valor Econômico


Manchete: Volkswagen vai abrir fábrica de US$ 2 bi em PE

O governo de Pernambuco e a Volkswagen acertam os últimos detalhes para a instalação da primeira fábrica da montadora alemã na Região Nordeste. A unidade, com investimentos de até US$ 2 bilhões, será erguida no município de Cabo de Santo Agostinho, 50 quilômetros ao sul do Recife, dentro do Complexo Industrial e Portuário de Suape. Trata-se do mesmo endereço escolhido pela Fiat antes de a empresa anunciar a mudança para o município de Goiana, na Zona da Mata pernambucana.

Com as negociações bastante avançadas, as duas partes trabalham agora na montagem da engenharia financeira que vai permitir o investimento. Nos últimos dias, a Volks apresentou novas exigências, entre elas um financiamento de R$ 2 bilhões, com prazo de 30 anos, que seria concedido pelo governo federal por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou por linhas específicas para a região, com recursos dos fundos constitucionais da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Caberá ao governo do Estado atuar com a União na modelagem da operação. (Págs. 1 e B10)

Falta de licenças põe em risco leilão de energia

A menos de 60 dias do leilão A-5 de geração de energia - para entrega em cinco anos -, só duas das dez hidrelétricas inscritas obtiveram licença prévia dos órgãos ambientais para participar da disputa. São justamente as menores usinas, com cerca de 6% da potência total das hidrelétricas cadastradas, de 2.160 megawatts (MW). O maior projeto - São Manoel, no rio Teles Pires, com 700 MW - teve o licenciamento adiado por decisão da Justiça Federal em Sinop (MT).

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) já considerava inviável a obtenção da licença prévia para as usinas de Riacho Seco, no rio São Francisco (BA/PE), e de Uruçuí, no rio Parnaíba (PI/MA), a tempo de incluí-las no leilão de 20 de dezembro. O Ministério Público Federal no Piauí ajuizou ação civil pública para impedir a participação das hidrelétricas de Cachoeira, Estreito e Castelhano, também no rio Parnaíba. As duas primeiras são as únicas das dez hidrelétricas que têm licença garantida. O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, ainda vê chances de ter a maioria das usinas no leilão, mas reconheceu, em seminário organizado pelo Valor, que o cenário requer "certo cuidado". (Págs. 1 e A3)

Previsões frustradas na indústria

O câmbio, o aumento das importações e o crescimento menor que o esperado nos Estados Unidos e na zona do euro frustraram as expectativas da indústria brasileira para 2011. Levantamento feito com 11 associações setoriais mostra que em nove segmentos o ano ficou muito aquém do esperado. No setor de máquinas, a projeção de um crescimento de 10% está agora reduzida a 5,5%, enquanto a já modesta estimativa de um aumento de 4% no setor têxtil se transformou em queda de 14% na produção até agosto, segundo dados do IBGE.

A indústria têxtil, de calçados e vestuário enfrenta forte concorrência de importados. O volume trazido do exterior cresceu 12,6%, 26% e 50%, respectivamente, até setembro. Entre os setores que se salvaram estão o automotivo - único a elevar a previsão feita no fim de 2010 - e o de alimentos. (Págs. 1 e A12)

Projeto encerra vinculação de royalties a ministérios

A Marinha não terá mais recursos vinculados dos royalties do petróleo, de acordo com o projeto de lei aprovado na semana passada pelo Senado. Atualmente, a Marinha, responsável pela segurança e fiscalização das plataformas de petróleo, tem direito a parte dos royalties quando a lavra ocorrer na plataforma continental. Pelo projeto, a destinação dos recursos para os vários órgãos do governo será feita por ato do Poder Executivo.

A Marinha não foi exceção. O texto aprovado no Senado acabou com todas as vinculações de royalties a órgãos públicos. Pela Lei do Petróleo em vigor, além da Marinha, uma parcela deles vai para os ministérios da Ciência e Tecnologia, Minas e Energia e Meio Ambiente. As vinculações haviam acabado apenas para a produção em partilha do pré-sal. (Págs. 1 e A6)

Múltis fazem captações no mercado doméstico

O mercado de capitais brasileiro começa a se tornar uma fonte de recursos competitiva para financiar os planos de investimento de subsidiárias de multinacionais instaladas no país. Monsanto, State Grid, maior grupo chinês de transmissão de energia, e RCI - financeira das montadoras Renault-Nissan - já captaram recursos no mercado local. Operações de notas promissórias e letras financeiras envolvendo emissores de origem estrangeira também devem ser lançadas nas próximas semanas.

A queda no custo de captação de dívida no país deve ganhar força com novas reduções dos juros. A subsidiária da Monsanto estruturou um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) para financiar vendas a prazo de defensivos e sementes. Após captar R$ 280 milhões nas duas primeiras séries do fundo, prepara uma terceira emissão, que pode chegar a R$ 200 milhões. "Com a conquista do grau de investimento e o crescimento do mercado de renda fixa, é natural que mais empresas multinacionais passem a operar aqui", diz Cristiano Pinchetti, gerente de estratégia de crédito, tesouraria e barter. (Págs. 1 e C1)

Petrobras começa a modernizar Cubatão

A Petrobras iniciou as obras de modernização da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão (SP), que reduzirão em 90% o teor de enxofre do óleo diesel. O projeto integra um investimento de US$ 3 bilhões, que contempla também a redução do enxofre na gasolina, este em fase final. Só a operação diesel exige investimento de US$ 1,7 bilhão e os trabalhos, que envolvem 500 pessoas, vão durar três anos.

O diesel é o principal derivado do petróleo produzido pela refinaria e responde por 52,8% do volume de 172 mil barris por dia processados na instalação. A gasolina representa 18,5%. (Págs. 1 e B11)

MasterCard e Visa estudam a venda de informações sobre clientes (Págs. 1 e B4)


Eletrosul investe em geração com destaque para eólicas, diz Mescolotto (Págs. 1 e B9)


OCDE defende reforma fiscal

Relatório da OCDE recomenda ampla reforma fiscal ao Brasil, para mobilizar os recursos domésticos de modo mais eficiente. Para a entidade, o governo brasileiro cobra impostos de país rico e gasta com as deficiências de país pobre. (Págs. 1 e A2)

Pollo busca parceiros no Brasil

A rede americana de alimentação Pollo Tropical, especializada em frango grelhado, busca parceiros para abrir as primeiras lojas no Brasil. A meta são 30 restaurantes em no máximo quatro anos. (Págs. 1 e B8)

Internacionalização rodoviária

Enquanto se preparam para disputar as próximas concessões de rodovias federais no país, uma com edital já publicado, grupos brasileiros do setor estão estudando expandir sua atuação a outros países latinos, como Chile e Colômbia. (Págs. 1 e B9)

Demanda cai e derruba minério

O desaquecimento do setor imobiliário tem levado as siderúrgicas chinesas a reduzir a produção de aço, e o preço do minério de ferro no mercado à vista caiu ao menor nível em 15 meses. (Págs. 1 e B11)

Equador preocupa bananeiros

Depois de perder exportações para a Argentina por conta da concorrência equatoriana, produtores de banana de Santa Catarina temem a abertura do mercado brasileiro à fruta do Equador. (Págs. 1 e B13)

Microcrédito

Referenda em microcrédito produtivo orientado, o programa Crediamigo, do Banco do Nordeste, já realizou cerca de 10 milhões de operações desde 1998, no valor de quase R$ 9,5 bilhões. A meta para este ano é superar 1 milhão de clientes, com empréstimos de R$ 1 bilhão, diz Anadete Torres. (Págs. 1 e Especial)

Trigo brasileiro perde mercados

Maior produção de trigo na Rússia e Leste Europeu, atingidos por secas nos dois últimos anos, deve tirar mercados, principalmente na África, do trigo brasileiro. De má qualidade, o produto nacional é basicamente usado em rações. (Págs. 1 e B14)

Valor recebe Prêmio IBGC Itaú

O Valor venceu o Prêmio IBGC Itaú 2011, concedido pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, com a reportagem “Os bastidores da assembleia", de Ana Paula Ragazzi e Fernando Torres, publicada na edição de junho da revista "Valor Investe". (Pág. 1)

Ideias

Cristiano Romero

Há quem veja inspiração argentina nas mudanças em curso da política econômica brasileira. (Págs. 1 e A2)

Ideias

Martin Wolf

Mario Draghi terá de escolher entre agraciar os falcões monetaristas e salvar a economia da zona do euro. (Págs. 1 e A10)

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