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domingo, julho 11, 2010

A HORA DO ''ÂNGELUS'' [In:] O CASO BRUNO/ELIZA. NEM ''FREUD'' EXPLICA !!! (4)

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Crime

As confusões de Bruno fora do campo


Orgias, agressões e confusões até dentro do Flamengo estão na lista de polêmicas que cercam o goleiro, tratado como suspeito do desaparecimento de sua ex-amante.




Bruno, goleiro do Flamengo, em entrevista coletiva

Bruno, goleiro do Flamengo, em entrevista coletiva (AE)

Jogadores que acompanharam de perto a trajetória de Bruno o descrevem como alguém “explosivo”

Paralelamente às investigações sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, a jovem de 25 anos que tentava provar na Justiça que tem um filho com o goleiro Bruno, do Flamengo, vêm à tona passagens nada edificantes da vida particular do atleta. E é melhor tirar as crianças da sala. A postura fora do campo e os hábitos - principalmente os noturnos - do suspeito número 1 do sumiço de Eliza deixam os fã do esporte, no mínimo, decepcionados. E, infelizmente, como atesta quem acompanha de perto o mundo do futebol, Bruno está longe de ser uma exceção.

Como descreve o próprio goleiro, em entrevista a VEJA desta semana, ele e Eliza se conheceram em uma festa que era “uma orgia só”. “Essas festas são comuns no nosso meio”, garante, para deixar claro que o que fazia naquela noite não está fora dos padrões para jogadores. O churrasco, ou “orgia”, foi promovido na casa de outro jogador, o também goleiro Paulo Victor.

Quase um ano antes de conhecer Eliza, Bruno tinha se envolvido em outra confusão, em uma festa regada a muita bebida e repleta de mulheres, organizada por ele próprio no sítio que, agora, é apontado como local onde a jovem teria sido espancada e morta. A festa tornou-se pública depois que duas garotas registraram queixa por agressão contra os jogadores Marcinho, Diego Tardelli e... Paulo Victor.

Jogadores que acompanharam de perto a trajetória de Bruno o descrevem como alguém “explosivo”. O histórico dessas explosões inclui uma discussão com um torcedor do Cruzeiro, em 2006, quando o atleta ainda buscava afirmação no Atlético-MG. Dois anos depois, já consagrado no Flamengo, bateu boca com outro torcedor do time rival - desta vez, do Fluminense - num McDonald’s.

Em 14 de abril deste ano, sobrou para um colega de equipe: no intervalo do jogo entre Flamengo e Universidad Católica do Chile - vencido por 2 a 0 pelo time chileno - pela Libertadores, o goleiro e capitão rubro-negro deu um empurrão em Petkovic, cobrando empenho do meia sérvio. As confusões dentro do clube também incluem um atrito com um dos maiores ídolos da torcida rubro-negra, o ex-jogador Andrade. Na época, Andrade era auxiliar-técnico do time, e o goleiro se irritou com sua atuação como árbitro de um rachão. Os dois trocaram palavras duras, Andrade acabou chorando e, no jogo seguinte, a torcida vaiou Bruno e gritou o nome do velho ídolo. Irritado, Bruno chegou a declarar: “Se eu sou o problema, a janela do meio do ano está aí. É só me mandar embora. Não quero atrapalhar o Flamengo” _ disse, referindo-se ao período em que geralmente são negociadas contratações e a venda de passes de jogadores com times da Europa.

“Ele tem um temperamento forte, é explosivo, às vezes fala antes de pensar”, ameniza Andrade. Falar sem pensar, no entanto, pode sair caro para uma figura pública. Há cerca de dois meses, quando o atacante Adriano, ainda no Flamengo, e sua ex-noiva, Joana Machado, brigaram na Favela da Chatuba, na zona norte do Rio, Bruno defendeu o amigo e perguntou: “Quem nunca saiu na mão com a mulher?”. Arrependido, foi à sala da presidente do clube, Patrícia Amorim, e beijou sua mão, afirmando que não era bem aquilo que queria dizer.

Na semana passada, a frase foi lembrada pelo chefe do Departamento de Investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, Edson Moreira, que comanda as investigações sobre o sumiço de Eliza. “Ainda não chegou o momento de chamar o Bruno para depor. No momento, estamos reunindo indícios. Que ele bate em mulher nós já sabemos. Queremos agora saber mais”, disse Moreira.

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http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/as-confusoes-de-bruno-fora-do-campo
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A HORA DO ''ÂNGELUS'' [In:] O CASO BRUNO/ELIZA. NEM ''FREUD'' EXPLICA !!! (3)

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Crime

Os personagens do Caso Bruno

A polícia afirma que, para levar à frente o plano de eliminar a ex-amante, Eliza Samudio, o goleiro Bruno recorreu a dois primos, à ex-mulher e a uma série de amigos. O grupo, que constumava se reunir em confraternizações no sítio do jogagor, em Esmeraldas, confiava na impunidade e não hesitou em, nos primeiros dias de investigação, dar informações desencontradas com a finalidade de prejudicar o trabalho da polícia e proteger o jogador.

Não deu certo. A turma andava de carona nas extravagâncias do jogador agora se vê enredada em uma lista de delitos que inclui cárcere privado, ocultação de cadáver, lesão corporal, corrupção de menor, sequestro e formação de quadrilha.

Versões - A história contada à polícia depois das denúncias que trouxeram à tona o desaparecimento de Eliza Samudio era de que a jovem, para resolver problemas pessoais, deixou o filho, Bruninho, com dois amigos do jogador em um ponto da BR-040. Flavinho e Coxinha sustentaram esta versão para a polícia, assim como Dayanne, ex-mulher do jogador com quem ele ainda é casado oficialmente.

Desde o início, soava estranho para o delegado que comanda o caso, Edson Moreira, a possibilidade de abandono da criança. Afinal, Bruninho era a razão da disputa judicial travada entre Eliza e Bruno, pelo reconhecimento da paternidade do garoto.

O que a polícia de Minas Gerais afirma ter descoberto é algo bem diferente da simplificada hipótese de abandono do menino Bruninho pela ex-amante do goleiro. Atraída por uma proposta de acordo, que incluía teste de DNA, aluguel de um apartamento para ela e o filho, plano de saúde e pensão, Eliza foi de São Paulo para o Rio de Janeiro, com objetivo de negociar diretamente com o ex-amante. na cidade, foi sequestrada, agredida e levada para Minas Gerais. No município de Esmeraldas, foi mantida em cativeiro até ser levada para uma execução macabra em Vespasiano, na casa de um ex-policial civil adestrador de cães.

Quem é quem

Bruno, o craque e líder do grupo

AE

O goleiro Bruno

Bruno Fernandes é o principal suspeito da morte de Eliza Samudio para a polícia mineira. O goleiro afastado do Flamengo teve um caso com Eliza Samudio no ano passado e teria tido um filho com a jovem, o menino Bruninho. Eliza tentava obter na Justiça o reconhecimento de paternidade e pensão alimentícia do jogador, que ganhava cerca de 200 000 reais no clube. É réu por sequestro, junto com Macarrão, em ação originada pela denúncia de Eliza em outubro do ano passado.

Bola, o ex-policial

Marcos Aparecido dos Santos, o  Bola

Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Neném, é apontado pela polícia mineira como o executor de Eliza. O Delegado Edson Moreira afirma que ele recebeu Eliza de Bruno, Macarrão e do primo adolescente do jogador, amarrou e estrangulou a jovem com uma gravata. Moreira, com base no depoimento de Sérgio Rosa Sales, afirma que Marcos, ao encontrar Eliza, cheirou as mãos da jovem e disse "você vai morrer".

Macarrão, o braço direito

AE

Luiz Henrique Ferreira Romão, o  Macarrão

Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, é amigo e funcionário de Bruno. Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, participou do transporte de Eliza do sítio do jogador até a casa em Vespasiano, onde ela foi assassinada. Além de acusado de participar do assassinato da jovem em Minas, foi denunciado pelo Ministério Público do Rio pelo sequestro da jovem, em outubro do ano passado.

Dayanne, a esposa

FolhaPress

Dayanne Soyza, mulher de  Bruno

Oficialmente casada com o goleiro, Dayanne, que não mora mais com Bruno, foi a primeira a ser presa na quarta-feira, 7 de julho. Ela já havia sido presa também no dia 25, por "subtração de incapaz", quando foi responsabilizada por esconder o menino Bruninho, filho de Eliza.Ela teria deixado o bebê com uma mulher em Ribeirão das Neves quando foi avisada, por amigos do jogador, que a polícia iria ao sítio. Para a polícia, Dayanne mentiu.

Cleiton, o motorista

Cleiton da  Silva Gonçalves

Amigo do jogador, Cleiton da Silva Gonçalves dirigia a Land Rover do atleta no dia 8, quando o veículo foi apreendido numa blitz em Contagem. No carro foram encontrados vestígios do sangue que a polícia compara com o DNA de Eliza. Também foi intimado a entregar um carro registrado em seu nome - uma Chevrolet Blazer - para ser periciada pela polícia mineira. Cleiton da Silva Gonçalves dirigia a Land Rover do atleta no dia 8, quando o veículo foi apreendido numa blitz em Contagem.

Sérgio, o primo

Reprodução de TV

Sérgio Rosa Sales,  primo do jogador

Primo do jogador, Sérgio Rosa Sales, de 22 anos, fez revelações importantes à polícia. Ele contou, em depoimento, detalhes do dia 9 de junho, quando Eliza teria sido levada por Macarrão e outro primo de Bruno, de 17 anos, para ser morta em Vespasiano, na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos.

Elenílson, o administrador

FolhaPress

Elenílson Vitor da Silva,  administrador do sítio


Elenílson Vitor da Silva é o administrador do sítio de Bruno em Esmeraldas. Cuida das contas e da manutenção do sítio do goleiro. Foi o autor do relato mais importante para confirmar a presença de Eliza e Bruninho no sítio do jogador entre os dias 8 e 9 de junho. Em seu primeiro depoimento, negou ter visto Eliza. Mas, em um segundo interrogatório, disse que a jovem e o bebê estiveram no sítio e permaneciam isolados em um quarto da casa. Elenílson chegou a afirmar que era ele o responsável por levar comida para a jovem.

Flávio, amigo

Flavinho é amigo de Macarrão e de Bruno. Ele é suspeito de ter ajudado a esconder o filho de Eliza. Contou à polícia que Eliza entrgou a criança na BR-040 para que resolver problemas pessoais. Foi preso no início da noite de sexta-feira.


Wemerson, amigo

Também conhecido como Coxinha, Wemerson esteve no sítio durante entre os dias 6 e 9. Supostamente, estava com Flavinho quando este recebeu o menino Bruninho de Eliza.
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http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/os-personagens-do-caso-bruno
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A HORA DO ''ÂNGELUS'' [In:] O CASO BRUNO/ELIZA. NEM ''FREUD'' EXPLICA !!! (2)

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Crime

A festa acabou para o goleiro Bruno


Polícia pede prisão temporária do jogador e de seu amigo Macarrão. Menor afirmou, em depoimento, que Eliza Samudio foi sequestrada e morta


João Marcello Erthal e Andréa Silva, de Contagem (MG)

Coberto por um casaco, primo do goleiro Bruno deixa Delegacia de Homicídios, no Rio, após prestar depoimento sobre o caso. (Wagner Meier/Agência Estado)

Coberto por um casaco, primo do goleiro Bruno deixa Delegacia de Homicídios, no Rio, após prestar depoimento sobre o caso. (Wagner Meier/Agência Estado)

"É comum que, em casos de homicídio, o criminoso tente atribuir a culpa a um menor de idade", adverte o delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações da polícia mineira

A Polícia Civil do Rio pediu à Justiça, no fim da noite de terça-feira, a prisão temporária - por cinco dias - do goleiro Bruno, do Flamengo, e de seu amigo e funcionário, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão. Os dois são suspeitos da morte da jovem Eliza Samudio. A situação do jogador se complicou a partir do depoimento de um menor de 17 anos que afirmou, na Delegacia de Homicídios do Rio, que Eliza está morta. O jovem confessou ter participado do sequestro e assumiu ter dado uma coronhada, com uma pistola, que fez Eliza sangrar e ficar desacordada. Elenegou, no entanto, que tenha matado a ex-amante do jogador.

O sumiço de Eliza Samudio passou a ser tratado oficialmente como assassinato pela polícia de Minas Gerais, que conduz o inquérito. Os investigadores mineiros encararam com cautela a versão apresentada pelo menor, mas admitem que não há mais razão para acreditar que seja possível dissociar Bruno dos crimes de sequestro, homicídio e ocultação de cadáver. O Ministério Público acolheu a solicitação da Divisão de Homicídios fluminense e o pedido, então, foi encaminhado ao plantão judiciário do Tribunal de Justiça do Rio. Ao deixar a delegacia, o promotor Homero Neves afirmou que o depoimento do menor é "crível, consistente".

O adolescente seria um primo de Bruno e foi detido na casa do jogador, no Recreio dos Bandeirantes. O depoimento foi encaminhado à Delegacia de Homicídios de Contagem, onde corre o inquérito sobre o sumiço de Eliza. O jovem teve apreensão pedida pela polícia à Justiça e deve ser encaminhado à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). A polícia chegou até ele a partir de indormações dadas por um parente à Rádio Tupi.

A história apresentada pelo adolescente é reveladora, mas não serve, ainda, para esclarecer a trajetória e o grau de envolvimento dos muitos personagens da trama - além do próprio Bruno e de seu braço-direito e amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão.

Para as polícias do Rio e de Minas, a versão segundo a qual o jovem teria agredido Eliza ainda é "cheia de contradições". O garoto conta que, junto com Macarrão, foi buscar Eliza em um hotel na Barra da Tijuca no dia 6. Armado, ele permaneceria atrás do banco da Land Rover de Bruno, enquanto Macarrão conduzia Eliza e o menino Bruninho, de quatro meses, até o sítio do jogador, em Esmeraldas. No meio do caminho, segundo relatou o menor, Eliza teria se assustado ao descobrir que o adolescente estava no carro. Houve discussão e o garoto, então, desferiu três coronhadas na cabeça da vítima. Eliza sangrou, ficou desacordada. “Mas não morreu ali”, disse à polícia.

O sítio de Bruno, no condomínio Turmalina, foi palco de inúmeras festas regadas a muita bebida e repleta de mulheres que, como Eliza, flertam com as extravagâncias e a falta de preocupação do mundo do futebol. Ali, Macarrão se encarregaria da outra parte do trabalho. Há duas versões: uma de que o próprio Macarrão levou o corpo de Eliza para traficantes da região de Ribeirão das Neves (MG) darem fim ao cadáver. A outra é de que Bruno teria pago 3 000 reais para o amigo Cleiton Magalhães levar o corpo para os mesmos bandidos. Em ambas as versões, os detalhes são macabros. O menor usou em seu depoimento a palavra "desossado" para descrever o que foi feito com o cadáver, que pode ter tido dois destinos, segundo ele: foi comido por cães da raça rottweiler ou "cimentado".

Motivação para o crime - Nos dois casos, ou em outros que porventura vierem a ser apresentados pelas mais de 30 testemunhas já ouvidas pela polícia, Bruno está enredado de forma irreversível. O carro, o funcionário (Macarrão), o sítio e, principalmente, a motivação, são do goleiro. E, se não prestou ainda depoimento, Bruno já deu motivos de sobra para a polícia não acreditar em suas explicações - entre elas a de que não via Eliza há dois meses e de que a jovem teria abandonado o bebê. O delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigações da polícia mineira, duvida da possibilidade de Bruninho ter sido abandonado por Eliza. “Sem a criança, ela não teria nada para cobrar de Bruno”, deduz o policial.

A polícia tem boas razões para estranhar a versão do menor e a forma em que o fato veio à tona - trazido por um parente do garoto. O adolescente tenta amenizar a situação do goleiro, atribuindo a Macarrão e a Cleiton as responsabilidades diretas pela morte. "É comum que, em casos de homicídio, o criminoso tente atribuir a culpa a um menor de idade”, destacou, horas depois do surgimento do adolescente, o delegado Edson Moreira. Nesses casos, se condenados, menores de 18 anos cumprem medidas socioeducativas até atingirem a maioridade e são liberados.

O momento em que surge uma confissão também deve ser observado. Na manhã de terça-feira, policiais afirmaram que as lagoas onde o corpo está sendo procurado - a Lagoa Suja, em Ribeirão das Neves (MG), e a Várzea das Flores, em Betim (MG) - “coincidem com o que apontam as investigações”. Os locais são próximos do local onde foi encontrado Bruninho e áreas conhecidas dos amigos do jogador.

Se forem confirmadads as suspeitas da polícia mineira, carreira e vida pessoal do goleiro titular do Flamengo terão sido implodidas pelos personagens - e nos cenários - onde ele próprio cultivava todo tipo de inconsequências e exageros permitidos a quem, muito jovem, passa a ter acesso a dinheiro e algum poder. Os frequentadores das "orgias" - segundo ele próprio, comuns "nesse meio" - do sítio em Esmeraldas acabaram fornecendo, para a polícia, os relatos desencontrados que, agora, cheios de contradições, tornam a situação do arqueiro ainda mais indefensável.

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Crime

Depoimento com detalhes macabros ainda tenta livrar Bruno


Menor disse à polícia que Eliza foi estrangulada e teve o corpo jogado aos cães




Primo do jogador, o adolescente que confirmou a morte de Eliza e assumiu participação no crime levou policiais ao provável local da ocultação do cadáver.

Primo do jogador, o adolescente que confirmou a morte de Eliza e assumiu participação no crime levou policiais ao provável local da ocultação do cadáver. (FolhaPress)

O relato de quase sete horas feito pelo adolescente de 17 anos que afirma ter participado do sequestro e de agressões a Eliza Samudio surpreende pela brutalidade e pela frieza dos envolvidos no crime. E, ainda que o relato tenha nítidas intenções de preservar o jogador, dificilmente o goleiro Bruno, de quem Eliza foi amante, pode escapar da responsabilidade pelo assassinato. O menor, que é primo de Bruno, contou aos policiais da Divisão de Homicídios do Rio de Janeiro que Eliza foi estrangulada com uma corda e que seu corpo foi levado para um canil. Ali, o rapaz diz ter visto o momento em que o homem identificado como “Neném” arrancou a mão de Eliza e jogou-a aos cães.

Reprodução

Trecho do depoimento

Detalhe macabro da execução, levada a cabo por um homem chamado "Neném"

O rapaz informou que foi procurado por Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, para ajudá-lo a levar Eliza para o sítio de Bruno, em Minas Gerais. Ele diz ter ficado escondido na mala do carro com uma arma. Eles passaram no flat onde Eliza estava hospedada, na Barra da Tijuca, pegaram a moça e o bebê e seguiram viagem. Pouco tempo depois, o rapaz saiu da mala do veículo e pulou para o banco de trás, dizendo “Perdeu, Eliza”. Neste momento, ela teria reagido, tomado a arma e tentado atirar. Como a munição havia sido retirada, o adolescente acabou recuperando a arma e desferiu coronhadas na cabeça da moça, que sangrou muito mas permaneceu lúcida durante toda a viagem, e não esboçou mais nenhuma reação até a chegada ao sítio do jogador, num condomínio em Contagem, próximo a Belo Horizonte .


Um dado importante, que se for confirmado pode ajudar a esclarecer a confusa cronologia do crime é a informação de que Eliza ficou sob a guarda de Sérgio Rosa Sales Camilo, e não podia usar seu telefone celular ou qualquer outro. A ligação para uma amiga em São Paulo, feita em 9 de junho e amplamente divulgada pela imprensa na semana passada, teria sido feita sob coação. Segundo o menor, foi sob ameaça de morte que Eliza disse à amiga que estava tudo bem e que Bruno lhe daria dinheiro e um apartamento em Belo Horizonte.


Daí por diante, até o desfecho macabro, o depoimento tem claramente a intenção de livrar Bruno de participação direta na morte de Eliza. Ele afirma que o jogador chegou no dia seguinte ao sítio e ficou surpreso ao ver Eliza assistindo televisão na sala. O goleiro teria perguntado a Macarrão o que estava acontecendo e dito a ele e a Sergio que resolvessem “o problema”. Depois, Bruno teria voltado para o Rio. Para finalizar, o rapaz diz que, na volta para o Rio, não contou ao goleiro nada do que havia acontecido.

Essa preocupação em não incriminar o primo não se sustenta. O menor diz que, embora não tenha contado nada do que aconteceu em Minas ao goleiro, acredita que Macarrão tenha feito isso. Ou seja, quando Bruno disse em sua primeira entrevista que um dia ainda riria de tudo isso, já sabia do que acontecera a Eliza.

Reprodução

Trechos do depoimento

O telefonema sob coação pode ajudar a compor a cronologia do crime. A surpresa de Bruno não se encaixa bem na história.

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http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/um-depoimento-cheio-de-detalhes-macabros-que-tenta-livrar-bruno

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A HORA DO ''ÂNGELUS'' [In:] O CASO BRUNO/ELIZA. NEM ''FREUD'' EXPLICA !!!

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Crime

A turma do churrasco se transformou em quadrilha

Crimes orquestrados pelo goleiro Bruno e executados com ajuda dos amigos incluem assassinato, sequestro, ocultação de cadáver e corrupção de menor

João Marcello Erthal

Bruno
O goleiro Bruno, do Flamengo, denunciado como mandante do sequestro da ex-amante: amigos podem responder por uma série de crimes, entre eles formação de quadrilha. (AE)

“Vamos nos dedicar, agora, a tomar novos depoimentos e determinar as participações de cada um dos envolvidos”, diz o delegado Edson Moreira

O goleiro Bruno não vai “rir de tudo no final”, Eliza Samudio não vai aparecer com vida e briga de marido e mulher, ‘xará’, nem sempre fica impune. A confissão de um adolescente serviu de prova para que, em menos de 24 horas, os principais envolvidos no sequestro e na morte da ex-amante do jogador dormissem atrás das grades nesta quarta-feira. Mas entender como a turma do churrasco do sítio se transformou em uma quadrilha é tão complexo quanto decifrar o mosaico de versões desencontradas sobre a trajetória da jovem, com um bebê de quatro meses, até a morte macabra em Minas Gerais.

Bruno, o único interessado diretamente no sumiço de Eliza, e seu braço direito, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, são, até o momento, os mais enrolados. Estão denunciados pelo Ministério Público do Rio por sequestro. Mas não demora para os outros cinco suspeitos e o adolescente começarem, no esquema “salve-se quem puder”, a tentar escapar de uma lista de acusações que inclui subtração de incapaz, agressão, seqüestro, cárcere privado, homicídio, ocultação de cadáver, corrupção de menor e, consequentemente, formação de quadrilha.

O chefe do setor de investigação de Crimes contra a Vida da Polícia Civil mineira, delegado Wagner Pinto teve suas férias interrompidas depois das revelações bombásticas feitas pelo primo menor de idade de Bruno. Ele acredita que todas estas modalidades de crime sejam imputáveis aos amigos que, em diferentes momentos, assumiram as consequências de, pelo menos, atrapalhar a ação da polícia para proteger o goleiro.

Desde ontem o caso passou a ser tratado oficialmente como homicídio, o que aumentou o prazo do inquérito em 30 dias e garantiu tem tempo suficiente para apurar as responsabilidades individuais da turma do goleiro. “Vamos nos dedicar, agora, a tomar novos depoimentos e determinar as participações de cada um desses envolvidos”, adiantou o chefe do Departamento de Investigações da polícia mineira, Edson Moreira.

O que os investigadores já sabem, e não é difícil deduzir, é que o plano arquitetado beneficiaria diretamente o jogador – com quem Eliza tinha uma disputa na Justiça. E, além disso, era no jogador, único endinheirado do grupo, que todos se fiavam para levar adiante o plano de tirar de campo, definitivamente, a constrangedora presença da ex-amante.

Se tivesse corrido como imaginado pelos mentores, a versão do sumiço de Eliza seria a seguinte: a jovem de comportamento inconseqüente, que chegou a fazer um filme pornográfico e vivia atrás de jogadores de futebol, caiu no mundo e deixou para trás, de forma irresponsável, o filho de quatro meses. Bruno, que tem condições financeiras, assumiria de bom grado o bebê.

O plano, porém, padeceu por incompetência e alguma falta de sorte. Eliza foi vista no sítio, assim como Bruno, no período em que o jogador dizia não ter contato com ela. Um dos homens acusados de participar da ocultação de cadáver, Cleiton da Silva Gonçalves, foi parado em uma blitz com o Land Rover onde, em um exame posterior, foram descobertas manchas de sangue. E, para desespero do chefe da quadrilha, a atriz pornô revelou-se uma mãe dedicada.

"Está descartada a possibilidade de ela ter abandonado o bebê”, diz Edson Moreira, com base em depoimentos de várias testemunhas que conheciam Eliza e em uma evidência óbvia: ainda que ela só estivesse interessada em dinheiro, o que ganharia deixando para trás o pequeno Bruninho?

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Foto Macarrão, Bruno e Marcos Paulista (in:) http://veja.abril.com.br/tema/caso-bruno
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Crime

E ele ainda pensa na Copa...

Bruno lamenta não poder "participar da Copa de 2014" e diz que iria jogar na Europa. No momento, nem com o Flamengo ele tem contrato

Rafael Lemos, do Rio de Janeiro

Bruno e Macarrão no camburão
O goleiro Bruno e seu funcionário Macarrão deixam a Divisão de Homicídios em um camburão rumo ao presídio em Bangu (AE)

Diretoria do Flamengo divulgou nota oficial comunicando decisão unânime do conselho do clube de suspender o contrato de trabalho do atleta “até que os fatos sejam inteiramente apurados”

Dentro da sala de espera da Delegacia de Homicídios, enquanto aguardava para prestar depoimento na noite de quarta-feira, o goleiro Bruno ainda não tinha dimensão do quanto sua carreira e sua vida pessoal já estavam enterradas. Na condição de acusado de ser o mandante do seqüestro e morte de sua ex-amante Eliza Samudio, o atleta ainda lamentava o fim do sonho de jogar na Europa e disputar a Copa de 2014, como se já não estivesse definitivamente fora dos gramados. “Eu ia para o Milan agora. Estava com o contrato nas minhas mãos”, contou o jogador, desolado, aos policiais que o acompanhavam.

Se os investigadores da polícia mineira estiverem certos, na próxima Copa, daqui a quatro anos, o ex-goleiro titular do Flamengo estará cumprindo pena por seqüestro, homicídio e uma lista de outros delitos.

Afastado do time principal do Flamengo desde o início da semana passada, o goleiro parecia confiante na possibilidade de o caso, contra todas as evidências – e subestimando a competência da polícia mineira –, desse em nada.

O primeiro golpe na vida profissional de Bruno veio com a decisão do Flamengo de afastá-lo das atividades com o resto do elenco. Até então, o jogador transbordava confiança e não economizava nas risadas nos treinos no Ninho do Urubu. Já o posterior pedido de prisão temporária atingiu em cheio o bolso do atleta, quando o patrocinador Olympikus suspendeu o contrato individual com o goleiro. As camisas com o nome e autógrafo de Bruno começaram a ser retiradas das vitrines pelos lojistas. Sendo um dos jogadores mais caros do Flamengo – com salário em torno de 200 mil reais –, Bruno contava com a defesa do advogado do clube, Michel Assef Filho.

Mas, conforme o barco do jogador naufragava, os cartolas da Gávea se apressavam em salvar a imagem do clube. Uma “comissão de notáveis” foi escalada para decidir o futuro de Bruno. Desde o primeiro momento, a comissão concordou que deveria se livrar do jogador o mais rápido possível. A questão era encontrar uma estratégia para minimizar o prejuízo. Um dos membros da comissão pressionava Michel Assef Filho a abandonar o caso, mas o advogado resistia, argumentando que estava defendendo um patrimônio do Flamengo.

Na manhã desta quinta-feira, o advogado anunciou que estava deixando o caso para evitar conflito de interesses com o clube. Pouco depois, a diretoria divulgou nota oficial comunicando decisão unânime do conselho de suspender o contrato de trabalho do atleta, “até que os fatos sejam inteiramente apurados”.

A derrocada de Bruno teve início em outubro de 2009. Na época, segundo denúncia do Ministério Público do Rio, ele e Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, sequestraram Eliza, que estava grávida, e a obrigaram a tomar uma substância abortiva. Por este episódio, ele e Macarrão foram denunciados e respondem, na Justiça, por sequestro e lesão corporal contra a jovem.

Para a carreira de Bruno, o saldo da crise foi trágico. Sem clube, patrocinador e com novo advogado, o agora ex-goleiro do Flamengo segue seu caminho por conta própria.

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VEJA.
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