PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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segunda-feira, outubro 11, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] DEBATE ("Once a time...")

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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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NOBEL DE ECONOMIA: REGULAÇÃO E MERCADOS

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Norte-americanos e britânico-cipriota ganham Nobel de Economia

Trabalho explica como as políticas regulatórias afetam o desemprego, vagas de emprego e salários



11 de outubro de 2010 | 8h 34

Reuters


ESTOCOLMO - Dois norte-americanos e um cipriota-britânico ganharam o Prêmio Nobel de Economia 2010 por um trabalho que explica como as políticas e normas regulatórias afetam o desemprego, vagas de emprego e salários, anunciou nesta segunda-feira o comitê encarregado da premiação.

A Real Academia Sueca de Ciências informou que o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (US$ 1,5 milhão) vai para Peter Diamond, Dale Mortensen e Christopher Pissarides "por suas análises de mercados".

O Nobel de Economia, cujo nome oficial é Prêmio Sveriges Riksbank em Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, foi criado em 1968. Ele não é parte do grupo original de prêmios criado pela vontade de Nobel, magnata da dinamite, em 1895.

Com o anúncio do Nobel de Economia, foram finalizadas as nomeações dos prêmios de mais prestígio. Todos serão entregues em 10 de dezembro, em cerimônias paralelas em Estocolmo - para os correspondentes ao âmbito cientista, econômico e de Literatura - e em Oslo - Nobel da Paz.

Na última segunda-feira, 4, o britânico Robert G. Edwards foi agraciado com o prêmio de Medicina. Na terça-feira, os russos Andre Geim e Konstantin Novoselov ficaram com o prêmio de Física. Na quarta-feira, o Nobel de Química foi anunciado para o americano Richard Heck e os japoneses Ei-ichi Negishi e Akira Suzuki. Um dia depois, o peruano Mario Vargas Llosa foi nomeado para o prêmio de Literatura. O Nobel da Paz ficará a cargo do dissidente chinês Liu Xiobo, que está preso.

(Com Efe)

ESTADÃO.

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ELEIÇÕES 2O1O [In:] ''TIRO'' GOMES

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10/10/2010

Operador de Dilma, Ciro vai à web em versão ‘tóxica’

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Depois de ter sido empurrado para fora do tabuleiro presidencial, Ciro Gomes (PSB) levou os lábios ao trombone. Alvejou PT, PMDB e a própria Dilma Rousseff. Depois, submergiu.

Ao longo do primeiro turno da eleição, Ciro ausentou-se da cena nacional. Cuidou da reeleição do irmão, Cid Gomes (PSB), ao governo do Ceará.

Na semana passada, Ciro reapareceu em Brasília. Reuniu-se com Lula. E foi alçado à coordenação do comitê eleitoral de Dilma.

Para infortúnio do neo-coordenador, as palavras ditas não podem ser desditas. Assim, Ciro foi à web como estrela de um vídeo "tóxico" (assista lá no alto). Tornou-se vítima da própria língua.

- Siga o blog no twitter.

Escrito por Josias de Souza às 20h45/FOLHA.

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Ciro Gomes vai participar de coordenação de campanha, diz Dilma


Candidata do PT se reuniu com lideranças do Nordeste nesta terça.
Ela destacou o acesso à cultura como política para a classe média.


Eduardo Bresciani

Do G1, em Brasília

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candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, cumprimenta o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), na saída do comitê central de campanha, em Brasília, nesta terça-feira (05)
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candidata do PT à presidência da República, Dilma
Rousseff, e o deputado federal Ciro Gomes (PSB),
na saída do comitê central de campanha da petista
nesta terça-feira (05).
(Foto: Celso Júnior / AE)

A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, anunciou nesta terça-feira (5) que o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) vai participar da coordenação da sua campanha no segundo turno. A integração de Ciro à campanha aconteceu depois de uma reunião com líderes políticos do Nordeste.

Ciro tentou ser candidato à Presidência, mas não conseguiu apoio dentro do PSB, que decidiu apoiar Dilma. No primeiro turno, Ciro se dedicou à reeleição de seu irmão, Cid, ao governo do Ceará, ficando distante da campanha presidencial.

Na reunião desta tarde, estiveram presentes os governadores Cid Gomes (PSB-CE), Eduardo Campos (PSB-PE) e Marcelo Déda (PT-SE) e o senador eleito Wellington Dias (PT-PI), além de Ciro.

Dilma destacou o fato de contar com a colaboração de Ciro no núcleo central de sua campanha. “Passa a integrar a coordenação da minha campanha o deputado Ciro Gomes, que é uma pessoa que eu considero e admiro muito e que tenho certeza que tem uma grande contribuição a dar”, afirmou.

Ela disse ainda que terá o “reforço” na sua campanha de candidatos ao governo e ao Senado que foram eleitos no domingo. Ela destacou o evento realizado na segunda-feira (4) em Brasília que reuniu dezenas de governadores e senadores eleitos.

Passa a integrar a coordenação da minha campanha o deputado Ciro Gomes, que é uma pessoa que eu considero e admiro muito e que tenho certeza que tem uma grande contribuição a dar"
Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência

Após a reunião, Dilma destacou a importância do Nordeste para sua candidatura. Na região, ela teve votação superior ao candidato do PSDB à Presidência, José Serra. Dilma destacou que a região cresce acima da média nacional e se tornou "parte da solução".

“O Nordeste está crescendo a taxas asiáticas e não tirou crescimento de outras regiões. O Nordeste se aproveitou que o Brasil está fortalecendo o mercado interno e fortaleceu o seu também e teve políticas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, teve o Luz Para Todos, e recebeu muitos investimentos. Antes o Nordeste era parte do problema, agora é parte da solução”, afirmou a petista.

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Classe média
A candidata comentou na entrevista a necessidade de aumentar seu percentual de votos na classe média. Ela afirmou que esse segmento da sociedade já vem obtendo avanços no governo Lula. “Todo o processo de crescimento do Brasil foi de aumento da classe média.”

Dilma destacou que, com a chegada de mais pessoas na classe média, cresceu a demanda por temas como o acesso à cultura, por exemplo. “Temos a preocupação de acesso à cultura, e temos o vale-cultura para auxiliar nisso”, disse.

A candidata observou ainda que com o crescimento da economia, surgem novas necessidades da população, como o acesso à casa própria e a automóveis. Segundo ela, seu objetivo é fazer com que todas as pessoas no Brasil sejam “no mínimo” de classe média.

A petista disse que o segundo turno vai permitir que ela detalhe mais suas propostas e se diferencie de seu oponente, José Serra (PSDB). Ela afirmou que caberá ao eleitor escolher entre seu projeto, “que é o do governo do presidente Lula”, e o de Serra, “que é de volta ao passado”.

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http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/10/ciro-gomes-vai-participar-de-coordenacao-de-campanha-diz-dilma.html

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ELEIÇÕES 2O1O [In:] 2o. TURNO/DEBATE

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Rodrigo Alvares e Jair Stangler

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Dilma surpreendeu no debate e partiu para o ataque, colocando a questão do aborto logo no primeiro bloco.

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No primeiro debate direto do segundo turno, promovido pela TV Bandeirantes, os candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) partiram para o confronto aberto. Antes do debate, esperava-se que os candidatos adotassem uma postura “paz e amor”. Mas a candidata petista sepultou essa possibilidade já no primeiro bloco, partindo para o ataque e abordando de imediato o tema que vem sendo apontado como responsável por a campanha ter ido ao segundo turno, a polêmica sobre o aborto.

Em suas primeiras falas, Dilma afirmou que foi Serra quem regulamentou a prática do aborto em casos específicos quando era ministro da Saúde. Disse ainda que concorda com a regulamentação, porque “não pode deixar de atender a mulher” que aborta. E reclamou também de declarações da mulher de José Serra, Monica Serra, que declarou ainda no primeiro turno, que Dilma era a favor de “matar criancinhas”. Serra rebateu dizendo nunca ter defendido a legalização do aborto. “Você defendeu e de repente passa e dizer outra coisa”, acusou.

A petista ainda acusou o tucano de realizar sua campanha fazendo calúnias contra Dilma. “Essa forma de fazer campanha, que usa o submundo, é correta?” Serra respondeu que se solidariza com quem recebe ataques pessoais. “Eu tenho recebido muitos ataques por toda a campanha, como nos blogs que levam o seu nome. Nós somos responsáveis por aquilo que pensamos. A população quer saber o que a pessoa fez na vida pública. Vocês confundem matérias de jornais com ataques”, declarou, citando o escândalo da Casa Civil e a polêmica sobre o aborto.

A troca de acusações permeou todo o debate. Enquanto Serra acusava Dilma de ser “duas caras”, a petista respondia afirmando que o tucano “realmente não é o cara, é o mil caras”.

A segurança foi outro tema bastante abordado no debate. Serra exibiu números de redução de homicídios, prometeu criar o Ministério da Segurança e acusou o governo federal de se omitir na questão. Já Dilma respondeu citando a criação da Força Nacional de Segurança Pública e o aumento da integração entre as polícias que, segundo ela, o governo vem promovendo.

O tema das privatizações também voltou ao centro do debate, com Dilma tentando repetir tática que deu certo no segundo turno eleição de 2006, quando o então candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva passou a acusar o tucano Geraldo Alckmin, seu oponente, de planejar retomar as privatizações. A petista citou um assessor de Serra que, de acordo com ela, defendeu a privatização do pré-sal. O tucano rebateu afirmando que a acusação de privatizante aparece sempre no período eleitoral mas, segundo ele, o PT também fez privatizações. Ele diz ainda que vai “reestatizar” empresas públicas loteadas politicamente.

Veja os principais momentos do debate:

23h55 – Com a fala de Serra, termina o debate da Band.

23h49 – Serra conclui que o debate foi muito importante para iluminar as mentes dos eleitores. “Quem já vai votar em mim, consiga um voto a mais.” Relembra sua trajetória, UNE, exílio. “Eu vou, no governo, eliminar os atrasos que aconteceram. Na saúde, na segurança e na educação. Vou me esforçar para construir no Brasil uma economia forte, com crescimento sustentado. Os programas sociais eu não só vou manter, como fortalecer. O Bolsa Família começou no governo Fernando Henrique.”

23h49 – Começa o último bloco. Dilma, em suas considerações finais, diz que quer campanha de alto nível no segundo turno, sem ódio. “Queria dizer a vocês que lamento muito os momentos em que essa campanha baixou o nível.” Cita desemprego, submissão e falta de crescimento e compara com a criação de empregos do governo Lula. “Eu vou ser uma presidenta com olhar social. Para as mães, para os jovens, para as crianças. Quero pedir de forma humilde o seu. Estou preparada para ser presidente da República.”

23h40 - Serra: “O Alckmin é meu amigo e quero alguém pergunte a ele quem ele acha que deve ser presidente. Eu não falei mal, falei que não foi feito. Essa estratégia é se vitimar e tirar proveito disso”. “Quando assumo um governo, não destruo o que os outros fizeram”.

23h39 – Dilma, na réplica: Ele se sentiu agredido, mas acaba de dizer que o ‘Minha Casa, Minha Vida’ não existe. Nós já contratamos 700 mil moradias. O programa se concentra naquela faixa de renda de quem ganha até seis salários mínimos.” Dilma lembra o episódio em que Serra assumiu o compromisso de não deixar a prefeitura de São Paulo para disputar o governo do Estado e diz que Serra parou os bons programas sociais do governo de Alckmin em SP.

23h35 – “Eu devo confessar que estou surpreso com essa agressividade e com esse treinamento da candidata Dilma Rousseff”, responde Serra, que nega ter sido contra o Minha casa, minha vida. “Eu tive experiência na área da habitação porque ela vinha da baderna do governo Collor, que hoje está do lado dela. Ele e o Sarney. O fato é que é muito simples ficar fazendo acusações”.

23h35 – Dilma: “Qual a garantia que os eleitores têm de que o candidato Serra vai continuar os programas sociais do governo Lula?”

23h33 – “Os aeroportos estão movimentados porque agora o povo tem dinheiro para viajar de avião”, replica Dilma. É possível ouvir aplausos à resposta do lado de fora do estúdio. “Acho estarrecedor a falta de senso crítico do candidato Serra. Sabe porque eles não investiam? Porque eles não tinham dinheiro”.

23h33 – Serra, na réplica: “Pode estar desagradada, Dilma Rousseff, mas o fato é que tiveram oito anos para continuar expandindo aeroportos. Quando eu era ministro, nós criamos o Pronetur, com dinheiro do BID, para estimular o turismo. Fizemos oito ou nove aeroportos no Nordeste. O relatório do Ipea, órgão do governo, mostra que os investimentos programados são insuficientes. Vale para as estradas também, as estradas federais são rodovias da morte.”

23h29 - Dilma responde que “a pergunta é muito importante, porque o Brasil no período em o senhor foi ministro do Planejamento parou de investir”. “Para resolver isso, criamos o PAC. Eles não investiam porque o FMI dizia o que fazer com o dinheiro”, afirma. “Nós tivemos de criar toda uma regulamentação de portos no Brasil para que eles fossem desburocratizados”.

23h27 – Começa o quarto bloco. Serra pergunta a Dilma sobre infraestrutura. “Portos e aeroportos. Estudo internacional mostra que o Brasil é um dos mais atrasados em matéria portuária. Porto e aeroporto estrangulado significa menos investimento.”

23h24 – Termina o terceiro bloco. Alguns tucanos no estúdio comentam que “calúnia é o que a Dilma está fazendo, porque ela aproveita que não vai ter resposta e acusa”.

23h19 - Dilma responde acusações de Serra com nomes de aliados do tucano que tiveram cargos na Petrobrás. “Quando que digo que o candidato privatizou, é um fato histórico. Eu quero dizer que respeito o eleitor. Eu vou falar o que eu sei e não nãop tenho mil caras. No que se refere à Erenice, sou completamente contra a indicação de parentes”. A petista recebe apupos do lado tucano da plateia.

23h17 – Na réplica, Serra diz que ouviu, na época da venda da Nossa Caixa, que Dilma teria dito que “isso é dinheiro para o Serra investir”. “Ainda bem que o Lula manteve sua posição, ganharam os dois lados. Com relação ao genérico, claro que a produção aumentou. Mas o que já estava liberado. Novos medicamentos é que estão demorando para ser aprovados. O povo brasileiro está perdendo R$ 2 bilhões com isso. Eu perguntei para Dilma e ela não respondeu.” Serra diz que o PT loteou a Anvisa e diz que é por isso que os genéricos demoram a ser liberados.

23h15 - Dilma: “O candidato Serra tem tergiversado sistematicamente. Os genéricos aumentaram no Brasil. É sem discussão que nós aumentamos a produção dos genéricos”. Teve uma época em que Serra esteve brigado com o Alckmin”. A petista menciona programas que Serra teria descontinuado.

23h13 – Serra cita a implementação dos genéricos no Brasil, que aconteceu em sua gestão na Saúde. “Estima-se que a população economizou R$ 15 bilhões com os genéricos. Agora, a Anvisa, politizada, passou a demorar 3, 4 vezes mais tempo, e isso causa prejuízo à população. Por que?”

23h12 - “A candidata diz uma coisa que é totalmente falsa, que SP tinha um banco chamado Nossa Caixa. Ele foi vendido para o Banco do Brasil e o dinheiro foi investido em metrô. Eu nunca considerei vender a Nossa Caixa para o setor privado porque ajudaria o Brasil”, responde Serra. Sobre as clínicas de tratamento para viciados, o tucano afirma que o PT critica a existência delas.

23h09 - Dilma diz que Serra não respondeu e diz que Serra “queria porque queria vender” a Nossa Caixa e o governo federal comprou para não privatizar. Cita também o caso da Cesp, que, segundo Dilma, Serra também queria vender. “A diferença entre nós no caso de financiamento. Nós financiamos empresas brasileiras. Vocês financiavam grupos estrangeiros para comprar patrimônio público brasileiro.”

23h08 - Serra: “Voltamos ao tema e não tenho como deixar de repetir. A Dilma elogiou a política de privatização do governo FHC. Nessa questão da telefonia, é importante dizer que ela não explica que o governo dela privatizou. Sobre a questão dos leitos para tratamento de crack, foram 300 leitos criados e não 90 como ela disse”. O lado governista da plateia ri da resposta do tucano.

23h07 – Começa o terceiro bloco. Dilma volta a questionar Serra sobre as privatizações e lembra que o tucano foi ministro do Planejamento durante o processo das privatizações.

23h02 – Termina o segundo bloco. Serra tenta devolver ataques de Dilma.

22h58 - Dilma: “É visível a tentativa de manipular os dados. Se não melhorarmos as polícias, não vamos melhorar a segurança. Tergiversa o candidato porque ele paga baixo os salários e os policiais sabem disso”. “O Serra fala muito que aqui tem clínicas de tratamento do crack, e aí eu descobri que é um programa piloto. Parece que o candidato gosta de programa piloto. São Paulo tem 300 mil drogados e sabe quantas vagas para tratamento? 95″.

22h56 – Na réplica, Serra diz que a rebelião nos presídios foi em 2006 e que essa rebelião foi controlada e que nunca mais aconteceu. Volta a citar a queda dos homicídios em SP e acusa o governo federal de não ter feito nada para diminuir homicídios. “Quando eu digo trololó é isso. Fala, fala, fala e na prática não acontece nada.” Volta a prometer que vai criar um sistema nacional de segurança e vai investir em tecnologia para resolver problema de inteligência no policiamento das fronteiras.

22h55 - “O candidato Serra tergiversa sobre a questão da segurança pública e da Força Nacional. Quem treina eles é a Polícia Federal”, responde Dilma. “Ele não coloca dinheiro no Samu. Todos os governadores colocam. O mesmo ocorre na segurança. O Serra vem aqui e promete, mas quando estava no governo o que ele fez? Eu me pergunto como ele quer dizer que vai investir na segurança criando um factoide“.

22h53 – Serra volta à segurança e diz que Dilma não respondeu. Diz que vai criar uma guarda nacional, que é diferente da Força Nacional de Segurança Pública. “É diferente, não é uma força permanente, como vai atuar nas fronteiras. Falaram também que a mortalidade ia diminuir de 26 por mil para 10 ou 12 por mil, e isso não aconteceu. Gostaria que a candidata explicasse isso.”

22h51 - Serra: “Ela faz um montão de acusações e posa de vítima. Não respondeu sobre a Erenice”. O tucano promete reestatizar empresas públicas e fala sobre nova denúncia contra a ex-ministra da Casa Civil. Para mim, as pessoas podem escrever o que quiserem”.

22h49 – Dilma: “O meu Brasil é o Brasil da banda larga. Mas banda larga para todos. O candidato não respondeu, mas o principal assessor econômico dele é a favor da privatização do pré-sal. Os recursos do pré-sal começam a entrar progressivamente. Defender a privatização do pré-sal é tirar dinheiro de investimento no meio ambiente, na educação, na Saúde.”

22h47 - Serra: “Essa questão de privatização volta sempre na época de eleição. O PT privatizou dois bancos durante a sua gestão. Privatizou o saneamento”. O tucano acusa petistas de terem comprado ações da Vale através dos fundos de pensão. “No caso da telefonia, o telefone valia uma fortuna e hoje todo mundo tem. Por vocês, o Brasil seria o País do orelhão”.

22h45 – Dilma cita entrevista de FHC à Veja. “O Serra foi um dos que mais lutaram pela privatização da Vale.” A petista diz que a Petrobrás estava numa situação bastante difícil quando o PT assumiu o governo e diz que fazia 25 anos que a Petrobrás não investia em refinarias até então. “Você acha correta essa política?”

22h44 – “As pessoas no Brasil sabem que eu tenho cabeça própria. Não fico na sombra dos outros nem fui pinçado por ninguém”, diz Serra. Na vida minha política, nunca escondi minhas convicções. Quando fui ministro, lutei muito para fortalecer a Petrobrás”, responde Serra.

22h44 – Certamente você não é o cara, você tem mil caras. Agora veio o cara que cuidava da Agência Nacional do Petróleo defender a privatização do pré-sal. Minha dúvida é se vocês querem privatizar a Petrobrás ou o pré-sal. O pré-sal vai servir para a gente diminuir a pobreza e ter uma educação de qualidade.

22h40 - Serra: “É só chegar a campanha eleitoral e o PT vem sempre com essa história. No caso de venda de empresas públicas, eles reclama que venderam ações no governo passado, mas não falam do Banco do Brasil, que colocaram em Nova York. Quanto à Petrobrás, é lembrar que o José Eduardo Dutra elogiou a lei aprovada pelo FHC”. Da mesma maneira que o Antonio Palocci se derramou em elogios para a política econômica”

22h38 – Dilma cita a capitalização da Petrobrás. Diz que o governo tucano perdeu participação na Petrobrás e levantou apenas R$ 7 bilhões em capitalização.

22h36 - Dilma: “Eu lamento as suas mil caras. Vou começar pelas Santas Casas. Eu não vou falar e não fazer. Vou resolver o problema das Santas Casas”, responde Dilma. “Regulamentação técnica é regulamentação sim. Agora o que a mulher falou: “A Dilma é a favor da morte de criancinhas”. É isso que a sua campanha tem. Nossa campanha não tem ódio, como o Brasil não tem ódio. Aqui, israelenses e palestinos sentam à mesma mesa”.

22h34 – Serra acusa governo Lula de ter acabado com o “Proer das Santas Casas”, que iria melhorar a situação das entidades. Diz ter proposto isso a ministros e ao próprio Lula. “A questão da tabela do SUS é mais importante para os hospitais, independente do valor que tenha as cirurgias.” Quanto à questão do aborto, diz que Dilma vai ficar se enrolando porque “não mantém a mesma cara”.

22h33 - Dilma: “Eu queria dizer para o Serra que eu já assumi o compromisso de equacionar a dívida das Santas Casas. Tem de ser solucionado esse problema, que não vem do nosso governo, sobretudo no do Fernando Henrique Cardoso”.

22h30 – Começa o segundo bloco. Serra diz que as Santas Casas do País estão em situação gravíssima, “à beira da falência”, com quase R$ 6 bilhões de dívidas, e que as Santas Casas são prejudicadas pela tabela do SUS. Pergunta o que Dilma pretende fazer para resolver o problema.

22h27 - O clima é tenso no estúdio para o início do segundo bloco.

22h25 – Na plateia, o governador de SP, Alberto Goldman, critica os ataques de Dilma: “Isso é suicídio”, diz.

22h24 - A petista é muito aplaudida por essa resposta ao fim do primeiro bloco.

22h24 – Termina o primeiro bloco. Dilma surpreende e parte para o ataque contra Serra.

22h22 – Dilma, na tréplica: ”A primeira experiência bem sucedida, e você deveria se informar, foi entre o governo federal e os estaduais. Você também precisa se informar de que já existe a Força de Segurança Nacional”, responde Dilma. “Acredito nas ações afirmativas onde o tráfico domina. É bom você lembrar da questão da Erenice, mas você também devia responder sobre a questão do Paulo Vieira de Souza, o seu assessor que sumiu com R$ 4 mi da sua campanha”.

22h20 – Serra diz que candidata não respondeu e diz que “nos últimos anos não houve nada de rebelião.” Tucano cita a queda no índice de homicídios e diz que vários governadores poderiam tirar lições de São Paulo. Diz que fará o Ministério da Segurança para ocupar as fronteiras e promete criar um cadastro nacional para criminosos.

22h18 - Dilma responde que “em SP, houve uma rebelião que tomou as ruas e os paulistas sabem disso. O candidato Serra gosta muito de pregar, mas não segue sua receita, pois não sabia quando haveria rebeliões”. Segundo a petista, “o RJ tá fazendo um grande esforço com as UPPs”. “Temos policiado as fronteiras”.

22h16 – Serra cita violência nos Estados e pergunta: “Por que a candidata é contra a criação do Ministério da Segurança e qual a sua proposta para a área?”

22h14 - Serra: “Dilma, a lei existente no Brasil a respeito do aborto é de 1940. Eu nem estava aqui. A lei não libera o aborto. Ela até foi implantada pela prefeita do PT, a Luiza Erundina. O que nós propomos foi que isso não precisasse ser regulamentado. Eu nunca defendi a liberalização do aborto. Você defendeu e de repente passa e dizer outra coisa. Quanto a Deus, a mesma coisa”.

22h12 – Dilma, na réplica, diz que Serra deve ter cuidado para não ter mil caras. Afirmou que Serra é réu por acusação feita contra ela. Lembrou que foi Serra quem regulamentou a prática do aborto em casos específicos quando era ministro da Saúde. Disse que concorda com a regulamentação, porque “não pode deixar de atender a mulher.” E reclamou ainda da “fala da sua senhora” (Mônica Serra afirmou no primeiro turno que Dilma era a favor de ”matar criancinhas”).

22h10 - O tucano responde: “Dilma, primeiro eu quero dizer que me solidarizo com quem recebe ataques pessoais. Eu tenho recebido muitos ataques por toda a campanha, como nos blogs que levam o seu nome. Nós somos responsáveis por aquilo que pensamos. A população quer saber o que a pessoa fez na vida pública, etc. Vocês confundem matérias de jornais com ataques”. Serra fala do escândalo da Casa Civil e da polêmica do aborto. “Isso se trata de ter duas caras”.

22h09 – Dilma diz que Serra tem feito sua campanha fazendo calúnias contra Dilma. Acusa Índio da Costa, vice de Serra, de fazer ataques pessoais contra ela. “Essa forma de fazer campanha, que usa o submundo, é correta?”

22h06 – Dilma afirma que o mais importante para ela é garantir que o Brasil continue mudando, que continue distribuindo renda. “Quero um País de classe média. Para isso é preciso educação de qualidade. E para isso é preciso valorizar o professor, não tratá-lo com cassetete.”

22h04 – Serra é o primeiro a falar e escolhe o tema. “Espero que esse debate ajude a iluminar as mentes para a votação”. O tucano fala sobre deus projetos para a área de educação. “Em todo o País, ela é insatisfatória. O ensino técnico precisa expandir bastante”.

22h02 – Band abre a transmissão com João Carlos Martins regendo a Orquestra Bachiana do Sesi.

21h58 - Heráclito Fortes (DEM-PI) cumprimenta Michel Temer ao entrar no estúdio.

21h55 - Sobre a discussão em torno das polêmicas, o deputado federal José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP) disse que “o Brasil sempre foi um País que conviveu com a pluralidade de ideias. E, de repente, nossos adversários tentam disseminar o ódio”.

21h53 – Serra e Dilma já estão no estúdio.

21h36 – Dilma acaba de chegar para o debate.

21h24 - Fora dos microfones, o assessor especial de Lula Marco Aurélio Garcia afirmou para Moreira Franco (PMDB-RJ), que Dilma vai esquentar o debate.

21h18 - Kassab: “pela primeira vez, vamos ter um debate para discutir programa. Hoje não vai ser tão engessado quanto nos outros.”

21h16 - Alckmin, ao chegar, afirmou que o PSDB não está pressionado o PV para obter seu apoio no segundo. Mesma colocação feita por Aloysio, que declarou que o partido não irá assediar o PV. Aloysio também comentou a polêmica sobre o aborto, dizendo que não foi o PSDB que colocou essa questão. “O problema é a volubilidade da Dilma”, acusou.

21h11 - Entre os aliados de Serra, destacam-se o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o senador eleito por São Paulo Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia, e o presidente de honra do Partido, Jorge Bornhausen

21h07 - Do lado petista, estão presentes também o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, Rui Falcão, coordenador de campanha da Dilma, o governador eleito do Acre, Tião Viana, e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

21h06 - O governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT) chegou e afirmou que espera que “um debate progressista e democrático, e não um debate obscurantista, do retrocesso e da TFP”.

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http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/2010/10/10/dilma-e-serra-fazem-primeiro-debate-do-segundo-turno-acompanhe/
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ELEIÇÕES 2O1O [In:] ''A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR'' e também a ITAMAR

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Itamar sobre Lula: ‘Os mitos também são derrubados’

Alan Marques/Folha
Eleito à sombra do prestígio de Aécio Neves, Itamar Franco será o terceiro ex-presidente da República com assento no Senado a partir de 2011.

Além dele, já frequentam a Casa José Sarney e o desafeto Fernando Collor. Entre os ex-presidentes vivos, só FHC ficou de fora.

Em 2002, Itamar foi de Lula, contra José Serra. Hoje, vai de Serra, contra Lula.

Em entrevista à repórter Eliane Cantanhêde, Itamar explicou por que refuga Dilma Rousseff:

“Ela tem um discurso monotemático. Se fosse uma estudante, seria uma aluna boa para decorar as lições, não para fazer cálculos...”

“...Ela vem com um discurso preparadinho que o presidente ensinou. Já o Serra tem pensamento próprio. Mas, se não mudar o discurso, vai perder”.

Como assim? Serra “tem de parar de elogiar ou de ser condescendente com o Lula...”

“...Imagine o cidadão que está em casa ouvindo isso: ‘Puxa, se o candidato da oposição elogia tanto o presidente, para que mudar?’.

Ante o argumento de que a megapopularidade de Lula o converteu em muro contra o qual não convém bater, Itamar pespegou:

O Lula “tornou-se um mito, mas mitos e muros também são derrubados”.

Ex-mandatário de um Brasil pós-impeachment, Itamar restituiu ao seu tempo a estética que a falta de ética da era Collor roubara da Presiedência.

Afora a honestidade pessoal, teve a coragem de acomodar FHC na pasta da Fazenda. Um sociólogo que recrutou os técnicos que deram à luz o Plano Real.

Ao olhar para trás, Itamar inquieta-se com o bordão de Lula: “Nunca antes na história desse país”. Acha que Serra tem de se insurgiu contra a falácia.

“Ele tem de mostrar que o Lula não é dono do Brasil e não inventou o Brasil. Do jeito que as coisas vão, o Lula vai dizer que quem abriu os portos foi ele, não d. João 6º...”

“...Tudo é ele, é ele. Por que não dizer o que o Real fez pelo país? Por que não dizer que o pãozinho custava um preço de manhã, outro preço à tarde, outro preço à noite?”

Como está a sua relação com Fernando Henrique Cardoso? “Não está. Mas se eu defendo escondê-lo? Não defendo...”

“...Apesar das minhas desavenças com ele, acho um absurdo escondê-lo. Se não aparece, batem nele de qualquer jeito. Então ele deve aparecer, rebater, xingar”.

E a relação com Collor, como anda? “Prefiro falar da chuva”. Como imagina o Senado com três ex-presidentes?

“Eu fico olhando o Sarney dizer que o melhor presidente que ele já teve foi o Lula, e penso: sim, senhor, hein, presidente Sarney!”

Para Itamar, o grão-tucano Aécio Neves, patrono de seu retorno, “é a maior liderança nacional”.

Mais do que o Lula? “Mais do que o Lula, porque o Aécio é democrata”. E Lula não é democrata? “Não”, diz Itamar, categórico.

Por que não? “Um presidente que vai a Minas dizer que não pode ter senador de oposição, que zomba da imprensa, que zomba da Constituição, não é democrata”.

Como se vê, do alto de seus 80 anos de idade, Itamar está de volta à liça. Cumpre o destino dos ex-presidentes no Brasil.

Tomado por sua biografia, Itamar tem muitos ensinamentos a ministrar. Sobretudo numa quadra em que a ética é espancada diuturnamente. Porém...

Porém, o ideal seria que gente como Itamar, no estágio mais maduro de sua existência, não precisasse retornar aos baixios da política para se fazer ouvir.

O Brasil parece ter reservado aos seus ex-presidentes dois tipos de papel, ambos constrangedores.

Alguns, como Itamar e FHC, incomodados com Lula 'Nunca Antes' da Silva, viraram cultores de amarguras e ciúmes.

Outros, como Sarney e Collor, aderem a um Lula que antes os chamava de “ladrões”.

Perguntou-se a Itamar que sugestão daria a Lula, na bica de se tornar, também ele, um ex-presidente zumbi.

E Itamar, fugindo dos conselhos: ”O Lula gostou do poder, mas ele vai ver o que é bom depois, quando deixar o poder...”

“...Não se pode acostumar com os palácios, os aviões, os helicópteros, com o sujeito que carrega a sua mala, porque isso não é o dia a dia do homem simples, que nós todos somos...”

“...O Lula deve saber que, um dia, tudo isso acaba. O poder não é eterno. Nós já tivemos no Brasil um grande presidente [Getúlio Vargas] que era também o ‘pai dos pobres’ e que depois foi derrubado, não é?”

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Escrito por Josias de Souza às 18h47

ELEIÇÕES 2010/CONGRESSO NACIONAL [In:] MUITO ALÉM DE UMA ERVA DANINHA

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Tiririca, populismo e despolitização


Autor(es): A. P. Quartim de Moraes
O Estado de S. Paulo - 11/10/2010

O desempenho eleitoral de Francisco Everardo Oliveira Silva, mais conhecido como o palhaço Tiririca, tem sido avaliado com certa indulgência por analistas e cientistas políticos. Seria apenas uma "manifestação de protesto" do eleitorado. Muitos desses analistas chegam a lembrar, numa comparação só aparentemente pertinente, que em São Paulo mesmo, nos anos 50, o rinoceronte Cacareco obteve votação maciça para vereador.

Manifestação de protesto, especialmente numa eleição, é ato eminentemente político. Pressupõe consciência da adequação do meio ao fim que se pretende alcançar.

O que pode existir de político no ato de votar num candidato que assumidamente não tem a menor ideia do que sua investidura poderá significar?

Numa pessoa visivelmente manipulada por dirigentes partidários espertalhões? Pode ser muito engraçado eleger um palhaço para esculhambar um Poder da República que cada vez menos se dá ele próprio ao respeito. Mas não é nada engraçado verificar que palhaçadas acabam resultando quase sempre em decisões parlamentares que pouco ou nada têm que ver com os verdadeiros interesses dos eleitores. Quando, nos anos 50, dezenas de milhares de votos foram dados ao Cacareco, o pior que aconteceu foi o desperdício desses votos, obviamente, anulados. Agora, a enorme votação do Tiririca acabou elegendo pelo menos mais três deputados da mesma coligação que por si sós não teriam chegado lá.

Não é impossível, claro, embora não pareça provável, que o futuro deputado em questão venha a revelar verdadeiro espírito público e se transformar em valoroso representante do povo. Mas o fato é que o voto em Tiririca nada teve que ver com protesto. De consciente pode ter tido, no máximo, a intenção do deboche. No resto, é pura despolitização, falta de informação, ignorância. É um tiro que o eleitor alienado deu no próprio pé.

Esse fenômeno é exemplar da grave despolitização que se alastra pelo País desde o advento do populismo lulista no poder.

Como nosso presidente tem origem humilde e está blindado pela cultuada imagem de "homem do povo", torna-se quase impossível criticá-lo sem cometer grave ofensa ao povo.

Convém começar, portanto, pelos elogios: o governo Lula, sem a menor sombra de dúvida, tem feito o País andar para a frente, tornar-se melhor, no sentido de mais próspero, durante os oito anos de seus dois mandatos. Para citar duas realizações mais relevantes, entre si fortemente relacionadas: a aceleração do desenvolvimento econômico, unanimemente confirmada por todos os indicadores disponíveis e, até mais importante, consequência da anterior, a incorporação de muitos milhões de brasileiros antes marginalizados ao mercado de consumo. Há, portanto, muito menos gente passando fome e muito mais desfrutando os benefícios do progresso no Brasil de hoje. É claro que isso tudo é o resultado de um trabalho que começou muito antes de Lula se tornar presidente - a tal "herança maldita" -, mas é inegável seu grande empenho e seu êxito na aceleração e no aprofundamento dessas realizações. Por esses feitos meritórios o Brasil e este escriba rendem justa homenagem à ilustre figura.

Mas o que não conseguem enxergar os adoradores de Lula encharcados do mais piedoso sentimento de amor aos pobres - com os cínicos e oportunistas nem adianta argumentar - é que indicadores econômicos positivos estão longe de ser suficientes para demonstrar desenvolvimento pleno, econômico e social.

Tão importante quanto dar de comer a quem tem fome é criar condições para que o faminto tome consciência de que tem o direito não apenas de receber a benesse de um prato de comida, mas de obter o próximo prato por seus próprios meios, como exige sua dignidade de ser humano.

Essa é a verdadeira conquista social, porque dela o homem é sujeito, não mero objeto, como não se cansava de repetir o mestre Franco Montoro. Esse é o verdadeiro progresso. O resto é assistencialismo inconsequente ou, pior, oportunista.

Consciência cívica se adquire não apenas pela educação - que mesmo no Brasil mais desenvolvido continua sendo um enorme problema -, mas também pelo exemplo que vem de cima. E é aí que a coisa pega. É aí que o governo Lula significa despolitização, retrocesso. Pois se o próprio presidente se acha no direito de desmoralizar as principais instituições republicanas ao tentar subjugar o Congresso Nacional e o Poder Judiciário, aparelhar partidariamente o Estado, ridicularizar a Justiça Eleitoral, tentar desmoralizar os tribunais de contas, ameaçar partidos oposicionistas de "dizimação", tratar com absoluta indulgência os companheiros notoriamente envolvidos em corrupção, atacar a imprensa porque denuncia essa corrupção, enfim, se o presidente pode - para usar um termo que ele aprecia - avacalhar tudo e todos os que o contrariam, por que não poderia o palhaço Tiririca avacalhar uma eleição se apresentando como "abestado" e fazendo piada com o exercício democrático do voto? Exemplos frutificam.

Civismo, princípios éticos, temperança, compostura por parte das autoridades - principalmente da mais alta de todas - não são "valores pequeno-burgueses" irrelevantes diante do enorme desafio de "governar para o povo". Governos não são abstrações, aparatos impessoais e ascéticos. Governos são os homens que o os dirigem. É a formação desses homens, seus valores, que qualifica os governos. Sem eles não existe verdadeiro desenvolvimento.

Certamente considerações dessa natureza, com todo o respeito humano que lhe é devido, são demais para a cabeça do campeão de votos Tiririca. Mas agora ele será governo, e também como tal deve ser respeitado. E os incomodados que afoguem o inevitável desalento no aforismo cínico de que cada povo tem o governo que merece.

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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

11 de outubro de 2010

O Globo

Manchete: Dilma muda estratégia e parte para o ataque direto a Serra
No primeiro debate do segundo turno, um duelo sobre aborto e privatização

Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) partiram para o ataque no primeiro debate entre os candidatos à Presidência no segundo turno das eleições, realizado ontem à noite na TV Bandeirantes. Já na primeira pergunta, a petista acusou a campanha do tucano de tentar atingi-la com questões religiosas. Serra a acusou de ter dito que era a favor e depois mudado de opinião, e afirmou que ela tem duas caras, repetido por ele várias vezes, no que ela repetia que ele tem mil caras. Os dois também trocaram acusações sobre segurança e, principalmente, privatizações, voltando várias vezes à questão do aborto. O debate foi marcado, do começo ao fim, por troca de acusações, com os dois candidatos chegando a se exaltar em alguns momentos. (págs. 1 e 3)

China prende mulher do Nobel da Paz

A poetisa Liu Xia, mulher de Liu Xiaobo, foi colocada ontem em prisão domiciliar, logo após visitar o marido na penitenciária. Pelo Twitter, ela contou que ele chorou de emoção e dedicou o Prêmio Nobel aos dissidentes chineses. (págs. 1 e 22)

Mineiros brigam para ser o último

Com medo da subida de 700 metros num claustrofóbico tubo e querendo demonstrar solidariedade, os 33 homens presos numa mina no Chile agora disputam o último lugar na fila para a liberdade. O revestimento do duto por onde serão içados termina hoje. (págs. 1 e 21)

MEC gasta R$ 2 bilhões e não alfabetiza

Em seu oitavo ano, o programa Brasil Alfabetizado já gastou R$ 2 bilhões, mas teve impacto pequeno na redução do analfabetismo. O índice de iletrados, na faixa de 15 anos ou mais, só caiu de 11,6%, em 2003, para 9,7%, em 2009. (págs. 1 e 11)

Ex-corregedor vê corrupção no Judiciário

Ao encerrar seu período à frente da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça, o ministro Gilson Dipp se mostra surpreso com o grau de corrupção que descobriu em alguns setores do Judiciário. “Os casos não são tão pontuais quanto eu imaginava”, disse, revelando ter afastado inúmeros juizes por irregularidades. Dipp ressalva, no entanto, que a corrupção não é generalizada. (págs. 1 e 10)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Presidente 40 Eleições 2010: Caso Erenice tirou de Dilma mais votos do que as igrejas
Datafolha revela que 6% dos eleitores trocaram de candidato no final

As acusações que derrubaram Erenice Guerra da Casa Civil e a quebra de sigilo de tucanos tiveram o triplo do peso das questões religiosas na perda de votos que Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, sofreu no primeiro turno.

O dado consta da mais recente pesquisa Datafolha.

Os episódios na reta final da votação fizeram 6% dos eleitores mudarem seu voto, considerando tanto Dilma quanto José Serra (PSDB). (págs. 1 e A4)

Rejeição ao aborto chegou a 71%; é a maior desde 1993, quando o Datafolha iniciou a pesquisa do tema (Págs. 1 e A8)

Serra diz que rival tem duas caras; ela o acusa de espalhar calúnias

Os candidatos à Presidência Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) fizeram ontem à noite, na TV Bandeirantes, o debate mais agressivo da campanha eleitoral.

A troca de ataques envolveu temas como aborto, privatizações e acusações de corrupção na Casa Civil petista e na campanha tucana.

Citando dados positivos do governo Lula, Dilma acusou o tucano de lançar “calúnias” e de “tergiversar”. Serra chamou de “tró-ló-ló” falas da petista, disse que ela tem “duas caras” ao tratar do aborto e defendeu privatizações da gestão FHC. Ambos deixaram acusações sem resposta. (págs. 1 e A10)

Fernando Rodrigues: Candidata do PT tomou dianteira no ataque; tática é arriscada. (págs. 1 e A10)

Entrevista da 2ª: Sidnei Nehme: Só se equilibra o câmbio com a redução do gasto público

Para o economista, o dólar continuará em queda no Brasil e no mundo enquanto os EUA não se recuperarem. No front interno, ele aponta que o governo não fez a “lição de casa” e gasta mais do que pode. Nehme afirma ainda que o BC estimula a desvalorização para baratear importações. (págs. 1 e A18)

Em encontro do FMI, investidores sugerem que emergentes se acostumem copm sua moedas fortes. (Págs. 1 e A16)

Editoriais

Leia “Crédito imobiliário”, sobre obstáculos ao crescimento da construção civil; e “Monotrilho no Morumbi”, acerca da ampliação do metrô em SP. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: TCU vai investigar contrato superfaturado nos Correios
Para procurador, licitação deveria ter sido anulada depois que vencedor apresentou preço superior ao teto

O contrato superfaturado pelos Correios em R$ 2,8 milhões para favorecer a Total Linhas Aéreas, revelado ontem pelo Estado, será investigado pelo Tribunal de Contas da União. O procurador Marinus Marsico, representante do Ministério Público no tribunal, defendeu a anulação dessa licitação, formalizada em setembro mesmo depois que o vencedor apresentou proposta acima do preço máximo previsto. O processo foi aprovado pelo presidente da estatal, David José de Matos, nomeado pela então ministra Erenice Guerra (Casa Civil). Matos negou haver irregularidade e disse que variações no preço máximo são “comuns”. Para o procurador, porém, “o valor acima do estimado deveria resultar no fracasso da licitação, e não na contratação”. (pág. 1 e Nacional, pág. A4)

Empresa contratada nega irregularidade

A Total Linhas Aéreas argumentou que não há irregularidades na sua recente contratação pelos Correios. Em nota, afirmou que os Correios fixaram um preço de referência e que sua oferta, superior a esse teto, levou em conta “todos custos inerentes à operação” - que, segundo a empresa, não estavam Contemplados na planilha da licitação. (pág. 1 e Nacional, pág. A4)

Túnel para resgate de mineiros fica pronto hoje

Deve ser concluído hoje o revestimento do túnel pelo qual serão resgatados os 33 mineiros presos na mina San José, a 680 metros de profundidade, desde o dia 5 de agosto. “Será como subir em um elevador da base até o topo do Pão de Açúcar”, disse o ministro da Saúde chileno, Jaime Mañalich. (pág. 1 e Internacional, pág. A14)

Taxa sobre investimento asfixia indústria

A elevada carga tributária sobre o investimento produtivo tem asfixiado a indústria nacional. Segundo estudo da Fiesp, um projeto que custaria R$ 75,7 milhões caso não houvesse tributação sobe para R$ 100 milhões. A diferença refere-se a impostos pagos e juros de tributos recuperáveis. (pág. 1 e Economia, pág. B1)

Foto-legenda: Negócios

Nova presidente da GM no Brasil, Denise Johnson fala de sua difícil missão: aumentaras vendas em um mercado atacado pelos asiáticos. (pág. 1)

Belém: 2,2 milhões de fiéis no Círio de Nazaré (pág. 1 e Vida, pág. A18)

A. P. Quartim de Moraes: Não é nada engraçado
De consciente o voto em Tiririca pode ter tido, no máximo, a intenção do deboche. No resto, é pura despolitização e ignorância. (pág. 1 e Espaço Aberto, pág. A2)

Visão global: Nobel chinês

Premiação de Liu Xiaobo desafia Ocidente a repensar a ideia de que avanço econômico levaria à abertura democrática, escreve Fang Li-Zhi. (pág. 1 e Internacional, pág. Al6)

Raul Velloso: A pior solução

A manter-se a tradicional inércia da política fiscal, o ajuste do balanço de pagamentos com o exterior se dará via aumento da taxa básica de juros. (pág. 1 e Economia, pág. B2)

Notas & informações: A sucessão sequestrada

A sucessão presidencial foi sequestrada pelo ativismo de grupos conservadores cristãos. (págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: CVM nega acordo e vai julgar executivos de Sadia e Aracruz

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) recusou a proposta de termo de compromisso apresentada pelos administradores da Aracruz e da Sadia nos processos que apuram a responsabilidade pelas operações com derivativos que, em 2008, levaram as companhias a sérias dificuldades. A empresa de alimentos perdeu R$ 2,6 bilhões com contratos cambiais de alto risco e a de papel e celulose, R$ 4,5 bilhões.

O colegiado da CVM, instância máxima do órgão regulador do mercado de capitais, optou por levar os casos a julgamento. O da Aracruz já tem data: 7 de dezembro. O da Sadia ainda não está marcado. A assinatura de um termo de compromisso significaria o final dos processos contra os administradores sem a presunção de culpa dos acusados. (págs. 1 e D1)

Produtividade atenua pressão dos salários

Nos primeiros oito meses do ano, a produtividade da indústria aumentou 9,5% em relação ao mesmo período de 2009. Esse ganho de eficiência foi obtido porque a indústria conseguiu produzir 14% a mais com um volume. de horas extras apenas 4,1 % maior até agosto. Na mesma comparação, o salário médio real pago aos trabalhadores do setor subiu 2,8%, indicando que os salários, até agora, ainda não são uma fonte de pressão de custos no setor industrial.

Os dados, obtidos a partir do cruzamento de duas pesquisas do IBGE, ainda não refletem os acordos dos metalúrgicos em São Paulo, Curitiba e Camaçari (BA), que garantiram aumentos reais acima de 5% em algumas regiões. E também não refletem o peso dos salários quando convertidos em dólar. Em série do Banco Central, o custo unitário do salário em dólar está em um pico histórico, 12% acima do registrado em 2009. (págs. 1 e A3)

Consumo de frango é recorde

O consumo per capita de frango neste ano deve ser recorde no Brasil. Uma das principais razões para isso é a elevação dos preços da carne bovina, que chegou a 40% no atacado desde o início do ano em São Paulo, segundo a Scot Consultoria.

No primeiro semestre, o Brasil produziu 5,8 milhões de toneladas de carne de frango, 12,77% mais do que no mesmo período de 2009. O país exportou 1,8 milhão de toneladas, praticamente a mesma quantidade de um ano antes. Com isso, ficaram no mercado doméstico 4 milhões de toneladas, 19,7% mais do que em igual semestre de 2009. A Conab estima disponibilidade - produção menos exportação - de 41,5 quilos per capita em 2010. No caso da carne bovina, a previsão da estatal é de 35,4 quilos per capita. (págs. 1 e B12)

Foto-legenda: Sem trégua

Zhou Xiaochuan, do BC da China, discute com o direlor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Strauss-Kahn, em reunião que terminou sem acordo de ação contra desequilíbrios cambiais. (págs. 1 e C8)

Israel sob o domínio de 20 famílias

A economia de Israel é dominada por cerca de 20 famílias que controlam bancos, supermercados, telecomunicações, imóveis, postos de gasolina e concessionárias de serviços públicos. Segundo relatório do Banco de Israel, essas famílias detêm 25% das companhias registradas em bolsa e 50% do total de participação de mercado na Bolsa de Tel Aviv.

Essa participação é “grande demais” e pode minar o crescimento do país por enfraquecer a concorrência e representa um “risco sistêmico” para o sistema financeiro, segundo Stanley Fischer, economista renomado que está na presidência do banco central de Israel há cinco anos. (págs. 1 e A9)

Eleição também chancela clãs de esquerda

O PT e partidos de esquerda usualmente aliados a ele não conseguiram escapar de uma tradição brasileira e começam a também protagonizar a eleição de parentes de políticos. Um mapa do Diap, ainda preliminar, mostra as teias familiares dos congressistas eleitos e reeleitos nas e1eições de 3 de outubro.

No total são 80 deputados com vínculos familiares entre si ou com
“outros nomes que já figuraram na elite política nacional”. No Senado, o Diap encontrou pelo menos 13 “laços familiares confirmados entre os políticos”. O PMDB, com 18 deputados, é o partido com o maior número de presenças na lista. O DEM vem a seguir, com 12 deputados. Considerando-se PT (4), PSB (5), PDT (4) e PCdoB (1), os depurados à esquerda com laços familiares com outros políticos devem somar 14 na próxima legislatura. (págs. 1 e A6)

Fox News emprega cinco presidenciáveis nos EUA e lidera marcha à direita (págs. 1 e A9)

Upgrade na imagem
A Cromus, fabricante de antenas parabólicas e receptores via satélite, passa a produzir conversores de TV digital. Apesar do avanço dos aparelhos com conversor integrado, a empresa avalia que a demanda pelo equipamento nos mercados emergentes, como o Brasil, será ascendente por no mínimo cinco anos, prevê Reinaldo Romo. (págs. 1 e B5)

Crédito sim, mas só com garantia

Apesar do avanço dos grandes bancos no “middle market”, o acesso ao crédito pelas pequenas e médias empresas ainda tem grande dependência da apresentação de garantias. (págs. 1 e C1)

Mercado tenta restringir IOF

Entidades dos mercados financeiro e de capitais se mobilizam para tentar livrar alguns tipos de investimento da nova alíquota de 4% do IOF. (págs. 1 e C1)

Afluxo a ações emergentes

Busca por rendimento faz fundos de ações de mercados emergentes captarem US$ 6 bilhões na primeira semana de outubro, maior valor desde o fim de 2007 e o segundo mais alto na série da consultaria EPFR. (págs. 1 e D2)

Arbitragem na Santos Brasil

Um tribunal arbitral de São Paulo vai decidir o conflito societário entre o Opporttunity e a Multi STS, controladores da Santos Brasil, maior terminal de contêineres do país. (págs. 1 e D3)

Ideias

Mario Cordeiro de Carvalho Jr.

Conter especulação cambial exigirá mudar garantia de margem, elevar IR e instituir IOF nas operações do mercado futuro. (págs. 1 e A10)

Ideias

Dani Rodrik

Se o centro de gravidade da economia mundial mudar bastante para o lado dos países emergentes, o processo não será suave. (págs. 1 e A11)
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