PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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terça-feira, fevereiro 23, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] REI LUIS LI (hic!)

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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BRASIL/PARAGUAI [In:] TERRORISMO (''PONTE DA AMIZADE'')

Internacional

As Farc paraguaias

Um genérico dos terroristas colombianos mata, sequestra, assalta e tenta explodir prédios públicos no Paraguai. Três líderes do bando se escondem no Paraná e, para indignação do presidente Fernando Lugo, o Brasil lhes concede o status de refugiados


Igor Paulin, de Assunção
Fotos La Nacion/AFP
CRIME SEM CASTIGO
Anuncio Martí, Juan Arrom e Victor Colmán (em sentido horário, da esquerda para a direita). Ligados às Farc, eles fundaram o bando terrorista EPP, são acusados de sequestro no Paraguai e se esconderam no Brasil. O governo Fernando Lugo cobra a extradição deles

Ainda nos anos 70, o Paraguai se tornou um porto seguro para o narcotráfico e o contrabando de armas. Agora, o país é assolado também por uma filial das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A sucursal guarani se autointitula Exército do Povo Paraguaio (EPP) e, tal como sua matriz andina, recorre ao terrorismo para tentar implantar o comunismo. O EPP já instalou bombas em prédios públicos, atacou bancos, invadiu fazendas, assassinou policiais e civis. Sua principal atividade, no entanto, são os sequestros, que já lhe renderam 5 milhões de dólares em resgates. Quando são encurralados pelas autoridades, seus líderes fogem para a Argentina ou para o Brasil. A Argentina os devolve ao país de origem. Mas quem chega aqui consegue que o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) lhes dê a condição de refugiado, o que impede que sejam extraditados e processados em seu país natal. Foi isso que ocorreu com Juan Arrom, Anuncio Martí e Victor Colmán. Desde 2004, o Paraguai tenta repatriá-los e julgá-los pelo sequestro de Maria Edith Debernardi, nora de um ex-ministro da Economia e mulher de um dos empresários mais ricos daquele país. Neste mês, a chancelaria paraguaia fez um novo apelo para a extradição dos acusados.

Em carta ao Itamaraty, o Paraguai relaciona 37 provas de que o trio é culpado pelo rapto e que comanda o EPP a partir do Paraná, onde está morando. Entre elas, estão 188 e-mails que detalham as relações das Farc com o EPP e a atuação da quadrilha paraguaia no Brasil. Essas mensagens foram encontradas no notebook do número 2 das Farc, Raúl Reyes, morto há dois anos pelo Exército colombiano. Uma delas revela como foi planejado o crime mais cruel do EPP: o sequestro e execução de Cecilia Cubas, filha do ex-presidente Raúl Cubas. Na correspondência, o "chanceler" das Farc, Rodrigo Granda, relata uma conversa com um dos líderes do EPP, a quem se refere como "Cuenta Chiste", apelido que pode ser traduzido por contador de piadas. "Eles têm inteligência, armas, carros, casas e o grupo que faria a operação. Querem sacar 5 milhões ‘de los verdes’ e têm capacidade para guardar o touro por seis meses", reporta Granda, antecipando o valor do resgate que o EPP pediria por Cecilia Cubas e o prazo em que ela poderia ser mantida em cativeiro. No mesmo e-mail, Granda diz que o EPP pede a assessoria de Hermes, um integrante das Farc cujo verdadeiro nome seria Orlay Palomino.

REFÚGIO CONTESTADO
Neste mês, o Ministério das Relações Exteriores paraguaio enviou uma carta ao Itamaraty exigindo a repatriação de Arrom, Martí e Colmán (acima). O trio comanda o terror no Paraguai a partir de suas bases no Paraná

Em outra mensagem, o representante das Farc no Brasil, o ex-padre Olivério Medina, informa a Reyes que se reuniu em Brasília com os três homens que estão hoje refugiados no Paraná e acertou a viagem do tal Hermes ao Paraguai. As investigações das polícias paraguaia e colombiana confirmam que o integrante das Farc participou do sequestro de Cecilia Cubas. A correspondência de Medina para Reyes traz outra revelação surpreendente. O EPP planejava abrir um negócio no Brasil e oferecia sociedade às Farc. "Eles se puseram a organizar uma empresa de importação e exportação (Brasil-Paraguai), inicialmente de têxteis, e, mais adiante, pretendem ampliá-la. Vão investir 30.000 dólares e querem que façamos companhia", escreve Medina a Reyes. Em uma carta posterior, Medina expõe o que seria o business plan da futura companhia, com previsão de faturamento de 50.000 dólares por mês e lucros de 20% sobre cada venda. As autoridades paraguaias não sabem se o EPP realmente se referia ao comércio de tecidos ou a uma atividade criminosa. Descobriu apenas que as Farc desistiram do negócio porque identificaram um racha entre os terroristas paraguaios radicados no Brasil e os que estão presos em seu país.

MUY AMIGOS
Acima, um cartão-postal de 1996 prova como são antigas as relações entre o EPP e as Farc. Abaixo, um e-mail revela a participação das Farc no sequestro e morte de Cecilia Cubas

Os documentos enviados pelo Paraguai mostram que, ao conceder o status de refugiados aos três paraguaios, o Conare ignorou provas contundentes da participação dos meliantes no sequestro de Maria Edith Debernardi. Um deles, Juan Arrom, repassou a um amigo 350 000 dólares obtidos com o pagamento do resgate. A polícia paraguaia confirmou que o dinheiro era o mesmo, porque as cédulas estavam marcadas. Outros 50 000 dólares marcados foram encontrados com Victor Colmán. Na casa de Anuncio Martí, a polícia achou manuais de sequestro. Maria Edith identificou Martí e Arrom como seus algozes. Os três alegam inocência e dizem que foram torturados para confessar o crime. Criado em 2002, o Partido Patria Libre, de extrema esquerda, que funciona como braço político do EPP, afirma que os três são vítimas de perseguição política. O presidente Fernando Lugo converteu a extradição do trio em uma das metas de seu governo. Em guerra com o EPP, a quem chama de Enemigo del Pueblo Paraguayo, ofereceu 100 000 dólares a quem der informações sobre o paradeiro exato dos três refugiados e de outros líderes da quadrilha terrorista. "Eles são criminosos comuns com discurso de esquerda. Nós também somos de esquerda, mas bandido é bandido", diz o ministro do Interior do Paraguai, Rafael Filizzola. Até agora, o governo brasileiro não deu sinais de entender isso, agindo da mesma forma que no caso do terrorista e assassino italiano Cesare Battisti.


As vítimas do EPP

O Exército do Povo Paraguaio (EPP) debutou no ramo dos sequestros no fim de 2001. Desde então, os bandidos já faturaram 5 milhões de dólares em resgates, de acordo com o Ministério Público do Paraguai

Fotos La Nacion/AFP
Maria Edith Debernardi
Casada com um dos homens mais ricos do Paraguai, Maria Edith foi a primeira refém dos terroristas, que cobraram 1 milhão de reais para libertá-la depois de 64 dias de cativeiro


Luis Lindstrom
Foi durante o seu sequestro, em julho de 2008, que o bando passou a se apresentar como EPP. Fazendeiro, Lindstrom, de 59 anos, permaneceu 44 dias como refém dos facínoras


Cecília Cubas
Em setembro de 2004, uma das filhas do ex-pre-sidente Raúl Cubas se tornou a primeira vítima fatal do EPP. A quadrilha cobrou 5 milhões de dóla-res para devolver Cecilia, de 31 anos. Não recebeu a quantia pedida e asfixiou-a


Fidel Zavala
Uma das maiores lideranças ruralistas no Paraguai, Zavala sofreu o sequestro mais longevo já realizado pelo EPP: 94 dias. O pecuarista, de 46 anos, só foi solto no início deste ano.














http://veja.abril.com.br/240210/farc-paraguaia-p-080.shtml
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SÃO PAULO/KASSAB [In:] NÃO-CASSADO

Justiça aceita recurso e Kassab fica no cargo

Tenso, Kassab nega que caso crie repercussão negativa
Autor(es): Rodrigo Burgarelli e
Christiane Samarco, BRASÍLIA
O Estado de S. Paulo - 23/02/2010


Decisão ocorreu após os advogados de defesa terem entrado com recurso contra sentença de juiz da 1ª Zona Eleitoral

Em Brasília, DEM declara guerra de retaliação contra o governo federal

Apesar de toda movimentação jurídica que culminou no efeito suspensivo da cassação, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) continuou seguindo sua agenda ontem. Pela manhã, inaugurou um Centro de Referência e Assistência Social (CRAS) em Aricanduva, zona leste de São Paulo. Acompanhado da vice-prefeita Alda Marco Antônio (PMDB), que também havia sido cassada, e de um séquito de assessores e políticos aliados - como os vereadores Carlos Alberto Bezerra Junior (PSDB) e Gilson Barreto (PSDB) e os deputados federais Jorge Tadeu Mudalen (DEM) e Ricardo Tripoli (PSDB) -, Kassab estava tenso no evento de inauguração, desviando o olhar para baixo e para os lados enquanto não chegava sua vez de discursar.


Assim como fez no domingo, o prefeito saiu logo após se pronunciar sobre a cassação. Indagado sobre as repercussões políticas do caso na provável campanha presidencial de José Serra (PSDB), o prefeito disse não acreditar em consequências negativas para o governador (de quem foi vice-prefeito em 2005 e 2006). "José Serra tem uma folha de serviços prestados que poucos têm no Brasil. A sua carreira e a sua vinculação a eventuais campanhas que surjam pela frente está desvinculada de qualquer ação, de qualquer outra pessoa."

Alda disse não crer que a decisão do juiz Aloísio Silveira seja fruto de perseguição política, como disse anteontem o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO). "Acho que tem uma questão técnica que está sendo discutida e confio na Justiça que essa questão será esclarecida o mais depressa possível."

BRASÍLIA

A suspensão da cassação do mandato de Kassab não acalmou o DEM. Certa de que o fato não é isolado, a cúpula do partido pretende dar o troco ao governo no Congresso. "Não se vota mais nada por acordo, porque não dá para negociar com quem nos jurou de morte", afirma o líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC). "Por que vamos aprovar os projetos do pré-sal?", indaga Bornhausen, que diz já estar articulando a obstrução com o PSDB. "Se querem radicalização, vamos entregar o produto, e que aprovem o que quiserem com os votos deles; não com os nossos."

"A Câmara pode ser usada como instrumento eleitoral contra o nosso partido, e isso nós não vamos permitir", concorda o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ).

O líder acusa o PT de mobilizar "células autônomas para destruir a oposição" e de fazer uma "pajelança" com o mesmo objetivo, durante o congresso do partido no fim de semana. "Nos tiraram da categoria de adversários, para inimigos. Isso é prática stalinista, de quem não quer adversário na eleição", diz Bornhausen.

Maia lembra que o discurso dos petistas no congresso partidário no fim de semana remeteu a uma frase de Bornhausen em 2006 - "a gente vai se ver livre dessa raça por pelo menos uns 30 anos". Diz que o PT tentou atualizar a frase antes qualificada como preconceituosa, na base do "tentaram acabar com nossa raça, agora vamos acabar com a raça deles". Depois disso, conclui Maia, "ficou claro que o ambiente é de confronto".

A cúpula do DEM está convencida de que a oportunidade de o partido crescer é agora. "Oposição cresce em período eleitoral e o PT é a prova disso. Vão ter de nos aturar", disse Bornhausen.

ELEIÇÕES 2010: ''... NUM INSTANTE IMAGINO UMA LINDA GAIVOTA A VOAR NO CÉU..." (*)

Dilma redesenhada

Eliane Cantanhede

Folha de S. Paulo - 23/02/2010


BRASÍLIA - Lula aproveitou o congresso do PT para desenhar, linha por linha, o perfil da candidata Dilma Rousseff. Potencializou suas qualidades, transformou eventuais desvantagens em virtudes e voltou para o Alvorada sabendo que a militância iria decorar a lição para a campanha.
Se a direita, principalmente a direita militar, não cansa de chamar Dilma pela internet de "guerrilheira", Lula foi carinhoso ao falar da "menina que arriscou a própria vida" em defesa da democracia.
Se prevalece a percepção de que Dilma não foi uma opção, mas escolhida por exclusão (depois da queda da cúpula e dos presidenciáveis naturais do PT), Lula tratou de dizer que estava de olho nela havia muito tempo, desde quando discutia a questão energética e via aquela mulher ali, aplicada, competente, agarrada ao seu laptop.
Se a oposição, tucanos e democratas à frente, não cansam de bater na tecla de que ela mente, citando os casos da ex-secretária da Receita, do dossiê contra FHC e do diploma inflado, Lula tratou de corrigir: ela é um poço de sinceridade.
E se os próprios governistas consideram, por baixo e às vezes por cima dos panos, que Dilma é arrogante e mandona, a ponto de gritar com ministros, presidentes de estatais e assessores em reuniões, Lula transformou esse, digamos, probleminha, numa grande qualidade: é que ela é perfeccionista em tudo o que faz, aprende tudo em uma semana e exige dos outros o que exige dela mesma para bons resultados.


Desenhada a candidata, Lula pôs-se a ditar também a política de alianças. Com ele ali, do alto de sua imensa liderança e popularidade, quem iria vaiar o PMDB, representado por Michel Temer, Edison Lobão e Hélio Costa?


Sarney e Henrique Meirelles, porém, não foram. É que a turma petista digeriu bem a nova Dilma e tinha de engolir o PMDB, mas pedir para não vaiar Sarney e o BC seria um pouco demais, não é?

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(*) AQUARELA. Toquinho.

Composição: Toquinho / Vinicius de Moraes / G.Morra / M.Fabrizio

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo...

Corro o lápis em torno
Da mão e me dou uma luva
E se faço chover
Com dois riscos
Tenho um guarda-chuva...

Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...

Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Branco navegando
É tanto céu e mar
Num beijo azul...

Entre as nuvens
Vem surgindo um lindo
Avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo
Com suas luzes a piscar...

Basta imaginar e ele está
Partindo,
sereno e lindo
Se a gente quiser
Ele vai pousar...

Numa folha qualquer
Eu desenho um navio
De partida
Com alguns bons amigos
Bebendo de bem com a vida...

De uma América a outra
Eu consigo passar num segundo
Giro um simples compasso
E num círculo eu faço o mundo...

Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...

E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...

Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...

Numa folha qualquer
Eu desenho um sol amarelo
(Que descolorirá!)
E com cinco ou seis retas
É fácil fazer um castelo
(Que descolorirá!)
Giro um simples compasso
Num círculo eu faço
O mundo
(Que descolorirá!)...
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http://letras.terra.com.br/toquinho/49095/
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BRASÍLIA/PF [In:] RORIZ (OPERAÇÃO AQUARELA) ''versus" ARRUDA (OPERAÇÃO CAIXA DE PANDORA)

Roriz reaparece no horário eleitoral para falar do escândalo

Roriz quebra o silêncio no PSC

Autor(es): # Helena Mader
Correio Braziliense - 23/02/2010



Durante o horário eleitoral gratuito no rádio e na TV, ex-governador comenta hoje, pela primeira vez, a crise política no Distrito Federal


Cadu Gomes/CB/D.A Press - 30/9/09
Roriz deixou o PMDB e se filiou ao PSC em setembro de 2009


De olho nas eleições de outubro, o ex-governador Joaquim Roriz fará seu primeiro pronunciamento público depois do início da crise política. Roriz será o protagonista do programa eleitoral do Partido Social Cristão (PSC), que vai ao ar hoje, na quinta-feira e no sábado. O discurso será transmitido por todas as redes abertas de televisão e rádio, e foi gravado na casa do ex-governador, no Park Way, no último domingo. Sem citar o nome do governador afastado José Roberto Arruda, Roriz classifica o escândalo político como “vergonhoso” e “escandaloso” e afirma ser contra a intervenção federal em Brasília. Ao todo, serão 30 inserções, com 30 segundos cada.

Os assessores optaram por gravar o programa sem teleprompter — equipamento acoplado à câmara que exibe o texto a ser lido. “A ideia era deixar a gravação com um clima de informalidade, como se ele estivesse conversando com os telespectadores”, revela o assessor de imprensa de Roriz, Paulo Fona. O ex-governador foi orientado a não comentar em público as denúncias de corrupção no governo e os desdobramentos da Operação Caixa de Pandora. O objetivo principal foi atrair ainda mais atenção para o seu pronunciamento partidário na televisão e no rádio.

Em seu discurso, Joaquim Roriz diz que vê com “indignação” as denúncias de corrupção, mas afirma acreditar em uma decisão do Judiciário para solucionar a crise política da cidade. “Eu vejo firmeza na Justiça. A Justiça vai punir, vai fazer como ela está fazendo. Por um lado, eu fico com uma profunda decepção. Por outro, cheio de esperança de que a Justiça cumpra seu dever”, diz o texto gravado pelo ex-governador. Dos quatro textos escritos pela assessoria de Roriz, dois falam exclusivamente sobre a possibilidade de intervenção federal. “Intervenção não é a solução. Ela é traumática. Por outro lado, eu acho que quem tem que resolver isso é a Assembleia Legislativa (Câmara Legislativa)”, critica o ex-governador.

Rapidez

No pronunciamento, Roriz vai dizer ainda que os deputados distritais precisam ser mais ágeis na busca por soluções. “Brasília não pode perder a sua autonomia política, ela é a hospedeira dos três poderes da República”, justifica Roriz, em seu discurso. “Eu acho que precisa nós discutirmos e buscarmos a unidade da sociedade. Nós estamos apoiando é o soerguimento de uma cidade que nós todos aprendemos a admirar e amar, que é a capital do meu país”, dirá o ex-governador durante o pronunciamento.

Acusado pelos partidários de Arruda de ter orquestrado a divulgação dos vídeos em que políticos aparecem recebendo dinheiro, Roriz nega qualquer envolvimento com as denúncias. “Não existe nenhuma possibilidade de isso ter acontecido. Ele soube das denúncias pela televisão, depois que estourou a operação Caixa de Pandora. Foi pego de surpresa como todos os brasilienses”, afirma o assessor do ex-governador, Paulo Fona.

Além de ser a estrela do programa local do PSC, Roriz também gravou uma inserção para a transmissão nacional da legenda. Vai falar de suas realizações na área de meio ambiente, quando era governador. Ele vai citar a despoluição do Lago Paranoá e a criação da primeira secretaria de meio ambiente do Brasil.

Joaquim Roriz é filiado ao nanico PSC desde 30 de setembro do ano passado. Pouco mais de dois anos depois de renunciar à vaga no Senado acusado de participar de um negócio nebuloso com o empresário Nenê Constantino, ele deixou o PMDB alegando falta de apoio político para viabilizar sua candidatura ao GDF. No dia da assinatura de sua filiação, o Correio perguntou a Roriz se Arruda seria seu principal adversário em 2010. A resposta foi: “Hoje pode ser. Amanhã não saberei”. Eu vejo firmeza na Justiça. A Justiça vai punir, vai fazer como ela está fazendo. Por um lado, eu fico com uma profunda decepção. Por outro, cheio de esperança de que a Justiça cumpra seu dever”

Joaquim Roriz, ex-governador

PF/CAIXA DE PANDORA: A ABERTURA DA ''CAIXA-PRETA'' ?

Eurides, Brunelli e Prudente já admitem renunciar ao mandato

A renúncia como estratégia

Autor(es): # Ana Maria Campos
Correio Braziliense - 23/02/2010

Eurides Brito, Leonardo Prudente e Júnior Brunelli já admitem a aliados que abrir mão do mandato é a única saída para evitar a cassação. Outros seis distritais respondem a processos na Comissão de Ética

Carlos Silva/Esp. CB/D.A Press - 10/12/09
Ribeiro prepara os relatórios dos processos apresentados pela OAB-DF contra os deputados distritais: indícios para abertura de investigação

Aliados políticos revelam que os três deputados filmados por Durval Barbosa com dinheiro nas mãos, Eurides Brito (PMDB), Júnior Brunelli (PSC) e Leonardo Prudente (sem partido), já admitiram em conversas reservadas que não encontram outro caminho político a não ser renunciar ao mandato para evitar a cassação. A decisão é difícil porque os distritais ainda buscam apoio, mas a prisão do governador afastado José Roberto Arruda (sem partido) deteriorou as chances de encontrar uma saída para a abertura de investigação por quebra de decoro parlamentar. Enfrentar o processo significa um risco de inelegibilidade por oito anos, em caso de condenação em plenário.

Eurides conversou com peemedebistas sobre a situação e concluiu que não conseguirá apoio para evitar a cassação. Disse a pessoas próximas que nenhuma de suas explicações surte efeito e ela já estaria condenada pela opinião pública por ter sido filmada guardando dinheiro na bolsa. Brunelli ainda tenta convencer deputados de que sua situação é menos complicada do que a de Eurides e Prudente, que tiveram os sigilos bancário e fiscal quebrados, além de terem sido alvo de mandados de busca e apreensão em sua casa e no gabinete. Mas sua imagem conduzindo o que ficou conhecido como “oração da propina” é considerada devastadora. Brunelli também recebe um maço de dinheiro. Prudente, que já não tem partido, é um dos que pensa com mais frieza, segundo pessoas próximas, embora esteja abatido pela repetição da cena em que guarda dinheiro na meia. De acordo com a assessoria de imprensa de Prudente, ele nunca falou em renúncia.

...
Mas as renúncias podem ocorrer nos próximos dias, no intervalo entre a apresentação do relatório do deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), designado corregedor para o caso, e a reunião da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar que vai deliberar pela abertura dos processos. Depois que a comissão tomar uma decisão, a renúncia não tem mais efeito prático como estratégia para parar a investigação e consequentemente evitar a pena de inelegibilidade. Até a noite de ontem, Ribeiro trabalhava em seu relatório sobre os pedidos feitos pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF). No fim de semana, o tucano conversou com vários distritais e também buscou conselhos com juristas, magistrados e advogados de sua confiança.

Ribeiro analisa representações contra Eurides, Prudente e Brunelli, que são considerados em situação mais crítica, além de denúncias contra os deputados Rôney Nemer (PMDB), Benedito Domingos (PP), Rogério Ulysses (sem partido), Aylton Gomes (PR) e Benício Tavares (PMDB). O corregedor não antecipa o teor de seu relatório, mas há uma sinalização de que não entrará no mérito das acusações. Ele deverá se limitar a avaliar que há indícios mínimos para a abertura de processo por quebra de decoro, sem apontar pena de cassação de mandato.

Coleta de lixo
Além dos deputados enrolados na Operação Caixa de Pandora, Cabo Patrício (PT) também é alvo de representação por ser autor de projeto de lei que beneficiaria uma empresa do ramo de coleta e tratamento de lixo hospitalar, para favorecer Prudente. Assim que entregar o relatório ao presidente da Comissão de Ética, deputado Bispo Renato (PR), este deverá marcar uma reunião para votar o texto. Caso o corregedor apresente mesmo um texto que despache para a Comissão de Ética todas as representações, Bispo Renato deverá sortear relatores para o caso. Se isso ocorrer, poderá ser dado um prazo para novas negociações e os investigados poderão ganhar uma sobrevida.

Durante o fim de semana, Raimundo Ribeiro sofreu muita pressão. Os três mais enrolados reclamam de que não podem ser o bode expiatório da Câmara Legislativa. Os demais defendem a tese de que contra eles não há provas tão evidentes. Em conversa interceptada por escuta da Polícia Federal instalada no corpo de Durval Barbosa, em 21 de outubro do ano passado, Arruda tratou com o então chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, sobre pagamentos a distritais que seriam feitos pelo ex-assessor de imprensa Omézio Pontes e pelo conselheiro do Tribunal de Contas do DF Domingos Lamoglia. Os deputados Rôney Nemer, Benedito Domingos, Aylton Gomes e Rogério Ulysses, além dos suplentes Pedro do Ovo (PMN) e Berinaldo Pontes (PP), são citados.

Naves na cadeia
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, negou o pedido de liberdade apresentado pela defesa do jornalista e suplente de deputado distrital Geraldo Naves. Ele está preso no Complexo Penitenciário da Papuda desde o último dia 12, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob acusação de obstrução das investigações, por tentativa de suborno do jornalista Edmilson Edson dos Santos, o Sombra, testemunha no inquérito que investiga denúncias de desvios e apropriação de dinheiro público no Governo do Distrito Federal. O ministro considerou presentes os requisitos legais que justificam a prisão.

Opinião do internauta

Leitores comentaram no site do Correio os desdobramentos da Operação Caixa de Pandora. Veja algumas opiniões:

  • Eron Pessoa
    “Diagnóstico clínico para a atual situação política do DF: falência de múltiplos órgãos levou a óbito a gestão atual do GDF. Não há nem o que discutir em relação à urgente intervenção no DF. O melhor seria um plebiscito quanto à necessidade da Câmara Legislativa do DF.”
  • Marcos Melo
    “Muito tem-se falado em limpar Brasília dos corruptos: prender Arruda e Paulo Octávio, fechar a Câmara, decretar a intervenção. Contudo, esquecemos que o mais pernicioso de todos os políticos locais está à margem de toda essa discussão e, provavelmente, será eleito o próximo governador: Roriz.”
  • Vasco Vasconcelos
    “A intervenção no DF se faz medida imperiosa para banir de vez centenas de figuras pálidas e peçonhentas que estão mamando nas tetas do GDF/CLDF.”
  • Evanildo Santos
    “Estou ficando muito preocupado com a situação da nossa capital. Estou vendo que tem muitos interesses políticos em uma intervenção no DF. Alguém quer ver a esquerda no poder.”
  • Paulo Freitas
    “Salvem o futuro de Brasília. Fechem a Câmara Legislativa do DF.”
  • Éder Aquino
    “A novela ainda vai continuar. Cada dia, um novo suspense. Não perco um capítulo.”
  • Lupicínio Sousa
    “Que Deus tenha misericórdia de todos nós!”
  • Neide Aguiar
    “A falta de mobilização na capital é grande. Parece que a população perdeu a capacidade de se indignar.
    Vamos acreditar que o povo desta cidade vai usar a sua força nas próximas eleições: o voto.”
  • Francisco Amaral
    “Me preocupa a participação de parlamentares ligados ao Arruda em comissões, e principalmente na Corregedoria da Câmara Legislativa do DF. O quanto de isenção pode ter um ‘amigo’ do Arruda em relatar e se posicionar ética e moralmente em julgamentos? A Câmara está contaminada, não adianta a Justiça esperar mais.”
  • Luiz Marques
    A todos esses ladrões que estão no poder são dadas inúmeras oportunidades de defesa, porém, se algum coitado rouba um pão que seja, vai para a cadeia sem apelação. Nunca o Judiciário teve tanta oportunidade de retomar seu rumo.”
  • Laécio Alencar
    “O futuro de Brasília está nas mãos de seu povo, que deve ir às ruas para pedir a saída destes larápios do poder.”
  • Renato Santos
    “Ainda tenho fé no Judiciário, espero que não esteja corrompido pelo câncer que assola a cidade e o país. A esperança é a última que morre!”
  • Joaquim Rabelo
    Acorda, Brasil! Vamos votar direito, gente!”
  • GOVERNO LULA: NOVA TELEBRÁS (Um novo ELEFANTE BRANCO)

    .....

    'NOVA' TELEBRÁS BENEFICIA CLIENTE DE DIRCEU

    DIRCEU RECEBE DE EMPRESA POR TRÁS DA TELEBRÁS

    Autor(es): MARCIO AITH e
    JULIO WIZIACK
    Folha de S. Paulo - 23/02/2010

    O ex-ministro e deputado cassado José Dirceu (PT) recebeu ao menos R$ 620 mil do principal grupo empresarial que será beneficiado caso a Telebrás seja reativada, como promete o governo.
    O dinheiro foi pago entre 2007 e 2009 pelo empresário Nelson dos Santos, dono da Star Overseas, companhia sediada nas Ilhas Virgens Britânicas.


    Petista foi contratado por ao menos R$ 620 mil por empresa beneficiada com reativação da estatal de telecomunicações

    Empresa nas Ilhas Virgens Britânicas comprou por R$ 1 rede de fibras ópticas que será usada por Telebrás e pode ficar com R$ 200 mi

    Lula Marques - 18.fev.10/Folha Imagem
    O líder petista e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu participa do congresso do PT ocorrido no último final de semana em Brasília


    O ex-ministro José Dirceu recebeu pelo menos R$ 620 mil do principal grupo empresarial privado que será beneficiado caso a Telebrás seja reativada, como promete o governo.


    O dinheiro foi pago entre 2007 e 2009 por Nelson dos Santos, dono da Star Overseas Ventures, companhia sediada nas Ilhas Virgens Britânicas, paraíso fiscal no Caribe. Dirceu não quis comentar, e Santos declarou que o dinheiro pago não foi para "lobby".


    Tanto a trajetória da Star Overseas quanto a decisão de Santos de contratar Dirceu, deputado cassado e réu no processo que investiga o mensalão, expõem a atuação de uma rede de interesses privados junto ao governo paralelamente ao discurso oficial do fortalecimento estatal do setor.

    De sucata a ouro
    Em 2005, a "offshore" de Santos comprou, por R$ 1, participação em uma empresa brasileira praticamente falida chamada Eletronet. Com a reativação da Telebrás, Santos poderá sair do negócio com cerca de R$ 200 milhões.


    Constituída como estatal, no início da decada de 90, a Eletronet ganhou sócio privado em março de 1999, quando 51% de seu capital passou para a americana AES. Os 49% restantes ficaram nas mãos do governo. Em 2003, a Eletronet pediu autofalência porque seu modelo de negócio não resistiu à competição das teles privatizadas.


    Resultado: o valor de seu principal ativo, uma rede de 16 mil quilômetros de cabos de fibra óptica interligando 18 Estados, não cobria as dívidas, estimadas em R$ 800 milhões.


    Diante da falência, a AES vendeu sua participação para uma empresa canadense, a Contem Canada, que, por sua vez, revendeu metade desse ativo para Nelson dos Santos, da Star Overseas, transformando-o em sócio do Estado dentro da empresa falida.


    A princípio, o negócio de Santos não fez sentido aos integrantes do setor. Afinal, ele pagou R$ 1 para supostamente assumir, ao lado do Estado, R$ 800 milhões em dívidas.


    Em novembro de 2007, oito meses depois da contratação de Dirceu por Santos, o governo passou a fazer anúncios e a tomar decisões que transformaram a sucata falimentar da Eletronet em ouro. Isso porque, pelo plano do governo, a reativação da Telebrás deverá ser feita justamente por meio da estrutura de fibras ópticas da Eletronet.


    Outro ponto que espanta os observadores desse processo é que o governo decidiu arcar sozinho, sem nenhuma contrapartida de Santos, com a caução judicial necessária para resgatar a rede de fibras ópticas, hoje em poder dos credores.


    Até o momento, Santos entrou com R$ 1 na companhia e pretende sair dela com a parte boa, sem as dívidas. Advogados envolvidos nesse processo estimam que, com a recuperação da Telebrás, ele ganhe cerca de R$ 200 milhões.


    Um sinal disso aparece no blog de José Dirceu: "Do ponto de vista econômico, faz sentido o governo defender a reincorporação, pela Eletrobrás, dos ativos da Eletronet, uma rede de 16 mil quilômetros de fibras ópticas, joint venture entre a norte-americana AES e a Lightpar, uma associação de empresas elétricas da Eletrobrás".


    O ex-ministro não mencionou o nome de seu cliente nem sua ligação comercial com o caso. O primeiro post de Dirceu no blog se deu no mês de sua contratação por Santos, março de 2007. O texto mais recente do ex-ministro sobre o assunto saiu no jornal "Brasil Econômico", do qual é colunista, em 4 de fevereiro passado.


    O presidente Lula manifestou-se publicamente sobre o caso em discurso no Rio de Janeiro, em julho de 2009: "Nós estamos brigando há cinco anos para tomar conta da Eletronet, que é uma empresa pública que foi privatizada, que faliu, e que estamos querendo pegar de volta", disse na ocasião.


    Lula não mencionou que, para isso, terá de entrar em acordo com as sócias privadas da Eletronet, entre elas a Star Overseas, de Nelson dos Santos, que contratou os serviços de Dirceu.


    Enquanto o governo não define de que forma a Eletronet será utilizada pela Telebrás, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) conduz uma investigação para apurar se investidores tiveram acesso a informações privilegiadas.


    Como a Folha revelou, entre 31 de dezembro de 2002 e 8 de fevereiro de 2010, as ações da Telebrás foram as que mais subiram, 35.000%, contando juros e dividendos, segundo a consultoria Economática.




    BRASÍLIA: ARRUDA ''versus'' PAULO OCTÁVIO (a força contratual)

    A HORA DO IMPEACHMENT PARA ARRUDA

    TRATAMENTO DIFERENTE

    Autor(es): # Lilian Tahan e Luísa Medeiros
    Correio Braziliense - 23/02/2010


    Wilson Dias/ABr.
    Gustavo Moreno/CB/D.A Press
    O relógio começou a correr. O processo de impeachment contra José Roberto Arruda teve início ontem na Câmara Legislativa, com a definição de Chico Leite (PT) e Cristiano Araújo (PTB) como respectivos relator e presidente da comissão especial que avalia os pedidos de cassação. A escolha de um representante da oposição para a relatoria é vista como mais um sinal de que os antigos aliados de Arruda lançaram-no à própria sorte. O mesmo não se pode dizer em relação a Paulo Octávio. O relator das ações contra ele é Batista das Cooperativas (PRP), que ontem mesmo se apressou em elogiar a atuação do GDF no combate às invasões. A nomeação de um aliado representa um avanço na estratégia de Paulo Octávio de estabelecer um pacto de governabilidade com a Câmara Legislativa. A situação de Arruda, por outro lado, se deteriora. Chico Leite, que já manifestou em público a necessidade de afastamento do governador, pretende entregar seu relatório antes do prazo máximo de dez dias. “Se os fatos continuam os mesmos, a conclusão não pode se modificar”, disse.

    CENAS DE UMA CRISE NO DF
    Durante o lançamento de programa de segurança pública, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, ressaltaram a gravidade da crise, observados pelo presidente do STF, Gilmar Mendes. Na Câmara local, Chico Leite (ao fundo) será o relator dos pedidos de impeachment contra Arruda. Já o titular da Procuradoria-Geral do DF, Marcelo Galvão, declarou ao STF não haver necessidade de intervenção.




    Comissão Especial da Câmara Legislativa dá sinais de que pretende salvar o mandato de Paulo Octávio, ao indicar um distrital da base aliada para analisar os processos de impeachment do governador em exercício. No caso de Arruda, o relator é da oposição


    Breno Fortes/CB/D.A Press
    Cristiano Araújo, presidente da Comissão Especial: contratos com o governo do DF na área de segurança

    Com a definição do presidente e do relator da Comissão Especial que analisará as ações contra o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido) e o chefe do Executivo em exercício Paulo Octávio (DEM) foi virada a ampulheta que passará a contar os prazos de votação dos processos de impeachment (1)capazes de afastar definitivamente do GDF os dois políticos acusados no escândalo revelado com a Operação Caixa de Pandora. O prazo de Arruda para renunciar e evitar uma eventual cassação de mandato é de, no máximo, 50 dias. Durante a escolha dos nomes que vão protagonizar o andamento dos pedidos de impedimento contra Arruda e Paulo Octávio, no entanto, os distritais deram a senha de que os dois governantes devem receber tratamento diferenciado.

    A comissão especial será a mesma. Mas os distritais à frente dos processos têm perfis diferentes, que indicam que a estratégia de governabilidade de Paulo Octávio pode ter avançado alguns passos de ontem para hoje. Para relatar o caso de Arruda foi escolhido um petista declaradamente contrário à permanência do governador afastado no cargo (leia abaixo). No caso de Paulo Octávio, o relator será um aliado de última hora, Batista das Cooperativas (PRP). Em plenário, na tarde de ontem, Batista chegou a defender entusiasmadamente a gestão Paulo Octávio. “Quero parabenizar o governo Paulo Octávio porque foi enérgico, porque desenvolveu todas as ações para coibir a invasão de terra que aconteceu no Itapoã”, disse

    Batista. Sábado passado, ele foi um dos poucos que deu as caras numa reunião convocada por Paulo Octávio para costurar sua permanência na chefia do Executivo. E falou que não se furtaria a ouvir o governador em exercício.

    Interesses

    Para a presidência da Comissão Especial foi escalado Cristiano Araújo (PTB). O distrital que pode interferir diretamente no andamento dos processos que correm na Câmara Legislativa contra o governador em exercício e o afastado tem interesses empresariais vinculados ao governo do Distrito Federal. A família de Cristiano é dona de empresas, entre elas a Fiança Segurança e a Serviços Gerais que, durante os três primeiros anos de governo, faturaram R$ 294,6 milhões em contratos de prestação de serviço nas áreas de segurança e serviços gerais. Em 11 de fevereiro, dia em que Arruda foi preso e Paulo Octávio assumiu a administração local, houve um pagamento no valor de R$ 1,2 milhão. Cristiano passou toda a tarde de ontem reunido com Paulo Octávio. Ele tem defendido nos bastidores a permanência do governador em exercício no cargo. Diz a colegas que seria pouco produtivo trocar de governador no meio de uma crise com perigo de comprometer o ritmo de trabalho.

    Outra aliada de Paulo Octávio que deverá trabalhar nos bastidores pela permanência do governador em exercício é Eliana Pedrosa (DEM). Ela não faz parte da comissão especial, mas tem poder de articulação muito grande na Câmara. Também já defendeu publicamente a permanência de Paulo Octávio no cargo. Assim como Cristiano, a família da distrital tem empresas com contratos milionários no governo. Entre 2007 e 2009 recebeu R$ 105 milhões por prestação de serviço. Duas notas de empenho — compromisso de pagamento — também foram emitidas no dia da transição forçada do governo Arruda para Paulo Octávio.


    1 - Contagem
    Na quinta-feira passada, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara votou pela admissibilidade dos processos de impeachment de Arruda e Paulo Octávio. Como a CCJ analisa aspectos jurídicos e formais dos documentos, os prazos regimentais começam a contar de fato agora, a partir do momento em que a Comissão Especial distribui os pedidos para os respectivos relatores.


    Ordem de pagamento do GDF para a Fiança, da família de Cristiano Araújo

    Notas de empenho para empresa ligada a Eliana Pedrosa: aliada de peso

    Composição

  • Presidente da Comissão Especial: Cristiano Araújo (PTB)
  • Relator dos processos contra Arruda: Chico Leite (PT)
  • Relator dos processos contra Paulo Octávio: Batista das Cooperativas (PRP)
  • Demais integrantes: José Antônio Reguffe (PDT) e Paulo Roriz (DEM)



  • Parecer nesta semana

    Carlos Moura/CB/D.A Press
    Leite, Reguffe e Paulo Roriz: processos acelerados contra a intervenção

    Carlos Moura/CB/D.A Press
    Batista das Cooperativas fez elogios explícitos à gestão Paulo Octávio

    Os processos de impeachment contra o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido) caíram na mão do oposicionista Chico Leite (PT). Após uma reunião de duas horas na sala do cafezinho do plenário da Câmara Legislativa, os cinco integrantes da Comissão Especial decidiram ontem deixar a relatoria dos três pedidos de afastamento de Arruda para o petista. Leite afirmou que não usará o prazo de 10 dias e vai se esforçar para entregar o parecer ainda essa semana. O teor do parecer dele não deve trazer surpresas. Depois das denúncias de corrupção e pagamento de propina reveladas na Operação Caixa de Pandora, Chico Leite sempre se posicionou a favor da saída de Arruda do comando do Executivo local. “Se os fatos continuam os mesmos a conclusão não pode se modificar”, adiantou o distrital.

    A decisão de acelerar o andamento dos processos de impeachment na Casa — para mostrar que o Legislativo está cumprindo o seu papel diante do escândalo que assola o DF e afastar a ameaça da intervenção federal — não deve ser aplicada no caso do governador em exercício Paulo Octavio (DEM). Ele ganhou mais tempo para articular apoio político enquanto os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) apreciam, nesta quinta-feira, o mérito do pedido de habeas corpus de Arruda. Os três pedidos de impeachment protocolados contra Paulo Octávio só começarão a ser analisados pelo relator Batista das Cooperativas (PRP) na quinta-feira, às 18h, depois da sessão do STF. Ele também terá 10 dias corridos para entregar o parecer.

    Nos bastidores, circula a informação de que o governador em exercício teria pedido alguns dias para os deputados iniciarem as investigação das denúncias contra ele. Ao contrário de Arruda, Paulo Octávio não aparece em vídeo recebendo dinheiro de origem não conhecida das mãos do ex-secretário de Relações Institucionais do GDF, Durval Barbosa. Mas seu nome é citado nas gravações como um dos beneficiários do suposto esquema de corrupção. O cuidado com o caso dele mostra que Paulo Octávio ainda está vivo na esfera do Legislativo, apesar de distritais oposicionistas afirmarem que não há sustentação política para que fique no cargo. Se os ministros do STF votarem pela soltura de Arruda, Paulo Octávio retomaria o posto de vice-governador, que no contexto da legislação federal, não pode responder a processo de impeachment.

    Erro formal

    Na noite da última quinta-feira, 14 deputados votaram pela aceitação dos pedidos de impeachment contra Paulo Octávio no plenário da Casa. A decisão — ocorrida menos de duas após o governador em exercício desistir de renunciar — foi unânime. No mesmo dia, uma comissão formada por distritais da base aliada e da oposição deram a notícia pessoalmente ao governador afastado. No encontro, Paulo Octávio pediu ajuda para governar e, no sábado, voltou a conversar formalmente com os deputados sobre governabilidade e intervenção federal.

    A aceitação dos pedidos de impeachemnt contra o governador interino deveria ter sido publicada no Diário Oficial da Câmara, para só assim, o processo tramitar oficialmente na Comissão Especial. Mas o documento oficial só trouxe a aceitação dos pedidos contra Arruda. Segundo o presidente da Casa, Wilson Lima (PR), houve um “erro formal” que impossibilitou a publicação no diário de sexta-feira ou no de ontem. O problema não foi divulgado pelo presidente. Lima garantiu que hoje a decisão no caso de Paulo Octávio estará publicada.

    ''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

    23 de fevereiro de 2010

    O Globo


    Manchete: Vale entra em leilão e acirra megadisputa no setor elétrico

    Construção da hidrelétrica de Belo Monte custará até R$ 30 bilhões

    Previsto para abril, o leilão da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, ganhou um concorrente de peso: a Vale se aliou à construtora Andrade Gutierrez, à Votorantim Energia e à Neoenergia para disputar a construção da megausina, orçada em até R$ 30 bilhões. Outro grupo, formado por Camargo Corrêa e Odebrecht, já estava na disputa da usina, que será a terceira do mundo. O governo tenta ainda criar um terceiro consórcio e, para isso, poderá acionar a Eletrobrás e o BNDES. No mercado, a expectativa é de que as subsidiárias da Eletrobrás entrem em todos os consórcios, através de Furnas, Eletronorte ou Chesf. Para Nivalde de Castro, coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ, o leilão será muito competitivo e permitirá ao consumidor acesso a energia mais barata. (págs. 1 e 19)

    Foto legenda: Duplicação dobra mortes na BR-101

    Um carro troca irregularmente de pista na BR-101 Sul (Rio-Santos). A falta de muretas divisórias e passarelas ampliou a gravidade dos acidentes. Já houve, desde janeiro, aumento de 100% nas mortes no trânsito. Três anos após o início das obras, a duplicação ainda é uma promessa. (págs. 1 e 14)

    Doações que cassaram Kassab existem para muitos

    Empresas cujas doações levaram à cassação do prefeito Gilberto Kassab (SP) doaram pelo menos R$ 29,5 milhões a vários candidatos nas eleições de 2006 e 2008. No caso de Kassab, elas foram vedadas porque as doadoras são acionistas de concessionárias de serviços públicos. O juiz Aloisio Silveira suspendeu a cassação para aguardar a decisão do TRE. (págs. 1 e 3)

    O inferno astral de Serra

    Após as enchentes e a prisão de Arruda, o governador tucano vê Kassab, também do DEM, ameaçado de perder o mandato. Pela astrologia, o inferno de Serra vai até 19 de março, seu aniversário. (págs. 1 e 4)

    PT recua e retira apoio a novo tribunal

    O deputado Gilberto Palmares (PT) recuou e decidiu retirar a sua assinatura da emenda constitucional que cria um novo tribunal para analisar as contas de 91 municípios do Estado do Rio de Janeiro. (págs. 1 e 12)

    Lotérica deu bolo em bolão milionário

    Quarenta apostadores gaúchos participaram de bolão da Mega-Sena cujas dezenas foram sorteadas. Mas, após todos acharem que tinham ficado milionários, a decepção: o jogo não foi registrado. A CEF e a polícia investigam. (págs. 1 e 10)

    Desemprego e dívida derrubam sonho espanhol

    O estouro da bolha imobiliária levou a Espanha a um mergulho no abismo econômico pela segunda vez desde a entrada na EU. Os espanhóis perderam a confiança no país, que tem 20% de desempregados, relata Priscila Guilayn. (págs. 1 e 27)

    Arnaldo Jabor

    "Lula deu show de bola em entrevista. Teremos saudades." (págs. 1 e Segundo Caderno)

    Miriam Leitão

    Dilma critica Estado mínimo que nenhum adversário defende. (págs. 1 e 20)

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    Folha de S. Paulo


    Manchete: 'Nova' Telebrás beneficia cliente de Dirceu

    Governo usará rede de fibras ópticas pertencente a empresário que pagou pelo menos R$ 620 mil ao ex-ministro

    O ex-ministro e deputado cassado José Dirceu (PT) recebeu ao menos R$ 620 mil do principal grupo empresarial que será beneficiado caso a Telebrás seja reativada, como promete o governo.

    O dinheiro foi pago entre 2007 e 2009 pelo empresário Nelson dos Santos, dono da Star Overseas, companhia sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. Em 2005, Santos comprara pelo valor simbólico de R$ 1 participação na empresa Eletronet.

    Praticamente falida, a Eletronet era dona de 16.000 Ian de cabos de fibra óptica ligando 18 Estados, o que não cobria suas dividas, estimadas em R$ 800 milhões.

    Após Santos contratar Dirceu, o governo decidiu usar as fibras ópticas da Eletronet para reativar a Telebrás e arcar sozinho com a caução judicial necessária para resgatar a rede, hoje em poder dos credores. Estimase que o negócio renda ao empresário R$ 200 milhões.

    Segundo Santos, o dinheiro pago a Dirceu não se destinou a lobby. O ex-ministro não quis comentar. (págs. 1 e B1)

    Justiça mantém Kassab no cargo e cassa 8 vereadores

    A Justiça Eleitoral suspendeu a cassação do prefeito Gilberto Kassab (DEM) e da vice Alda Marco Antonio (PMDB). O recurso foi acolhido pelo mesmo juiz que determinou a perda de mandato. Oito vereadores foram cassados - do DEM, do PSDB e do PT. Cabe recurso.

    Kassab fica no cargo até que tribunal regional se pronuncie - o que pode levar três meses. Para a defesa do prefeito, o Tribunal Superior Eleitoral permitiu as doações consideradas ilícitas agora. O juiz Aloísio Silveira disse esperar que o caso sirva como alerta. (págs. 1 e A4)

    José Simão: Prefeito tem de ser pescado, não cassado!
    O Kassab não pode ser cassado. Tem que ser pescado. Aqui em São Paulo não é caça, é pesca! E com o fim do horário de verão o Arruda ficou mais uma hora preso. E a Dilma? A Dilma Rouchefe. Está em todas as revistas. Mais esticada que o mandato do Chávez! E com a mesma cor de cabelo do Silvio Santos! (págs. 1 e E11)

    Foto legenda: Gilberto Kassab em evento na prefeitura; prefeito disse que a questão da cassação é técnica

    Pane no sistema provoca atraso em processos na Justiça Federal

    O sistema de processos eletrônicos da Justiça Federal de São Paulo sofre "apagão" desde o início do ano. As panes deixam inacessíveis informações de mais de 200 mil ações em tramitação e 1,5 milhão no arquivo.

    O "apagão" afeta principalmente o Juizado Especial Federal, em que boa parte dos processos é de revisão de aposentadorias. Há casos de audiências remarcadas para 2011. A Justiça diz que o problema só deve se resolver em abril. (págs. 1 e C1)

    Bombardeio da Otan mata mais de 20 civis no Afeganistão

    Bombardeio da aliança militar Otan matou ao menos 21 civis ontem no Afeganistão, em mais um revés para a estratégia americana de conquistar apoio da população contra o Taleban.

    O general dos EUA Stanley McChrystal, comandante das forças militares, pediu desculpas ao governo afegão, que qualificou as mortes de "injustificáveis".

    Desde que a atual ofensiva começou, outras duas operações da Otan mataram ao menos 19 civis. (págs. 1 e A12)

    MEC quer evitar que estudante de seis anos seja reprovado

    O MEC e o Conselho Nacional de Educação divulgarão novas diretrizes para o ensino fundamental com a indicação de que não haja reprovação aos seis anos.

    "Antecipar o fracasso escolar é grave", diz a secretária de Educação Básica do MEC, Maria Pilar Lacerda.

    Dados inéditos, obtidos pela Folha, mostram que 79,3 mil alunos do novo primeiro ano foram reprovados em 2008. O número representa 3,5% das matriculas dessa série. (págs. 1 e C3)

    Editoriais

    Leia "O preço do gasto", acerca da economia global; e "Receita politizada", sobre ingerências no fisco. (págs. 1 e A2)

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    O Estado de S. Paulo


    Manchete: Cúpula apoia reivindicação argentina sobre Malvinas

    Em meio a reunião latino-americana, britânicos começam a explorar petróleo

    A presidente argentina, Cristina Kirchner, obteve da Cúpula de Cancún (México) o respaldo dos presidentes latino-americanos e do Caribe para pedir à Grã-Bretanha a devolução das Malvinas à Argentina. "Vamos insistir em nossa reivindicação", afirmou Cristina. No momento em que ela discursava, porém, funcionários de uma empresa petrolífera britânica começavam a exploração na região. Ali esperam encontrar petróleo, o pivô da nova crise entre Buenos Aires e Londres. Na abertura da cúpula, o presidente mexicano, Felipe Calderón, conclamou as nações a "construírem um espaço comum que agrupe ,todos os países da América Latina e Caribe", informam as enviadas especiais Patrícia Campos Mello e Tânia Monteiro. Essa nova entidade, já chamada informalmente de "OEA do B", não terá participação dos EUA. Segundo Washington, isso "não é um problema". (págs. 1, A12 e A13)

    Recorde, crédito imobiliário deve crescer

    O financiamento de unidades habitacionais com depósitos da poupança atingiu no ano passado 302,7 mil imóveis, totalizando R$ 34 bilhões. O número é recorde, e a marca deve ser batida neste ano. Para especialistas, a poupança deve se esgotar como fonte de financiamento, e os bancos começam a discutir alternativas. (págs. 1, B1 e B3)

    Justiça aceita recurso e Kassab fica no cargo

    A Justiça Eleitoral concedeu ontem efeito suspensivo à cassação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e da vice-prefeita, Alda Marco Antônio (PMDB). A decisão ocorreu após os advogados de defesa terem entrado com recurso contra sentença de juiz da 1ª Zona Eleitoral, que cassou o mandato de ambos por causa do recebimento de doações consideradas ilícitas em 2008. (págs. 1 e C1)

    Lista da cassação tem 5 petistas

    Entre os 8 vereadores paulistanos cassados por doação irregular, 5 são petistas. A Câmara já tem 24 cassados entre os 55 eleitos em 2008. (págs. 1 e C3)

    Foto legenda: Confusão - Kassab pede calma a jornalistas antes de conceder entrevista na qual comentou o processo de cassação de seu mandato

    Câmara do DF dá a relatoria da ação contra Arruda ao PT

    A relatoria do processo de impeachment contra o governador José Roberto Arruda na Câmara do DF foi entregue a um petista. Um governista relatará ação contra Paulo Octávio. A ideia é indicar a disposição de cassar Arruda e mostrar que há normalidade institucional, para evitar intervenção. (págs. 1 e A4)

    Grupo acerta a Mega-Sena, mas lotérica não fez aposta

    Um grupo de 40 apostadores gaúchos comprou cotas de um balão da Mega-Sena e acertou os números sorteados, mas não receberá os R$ 53,3 milhões - a lotérica não registrou a aposta. Funcionários admitiram a hipótese de erro humano. (págs. 1 e A16)

    Celso Ming: Provocação eleitoral

    Não são as elites que impedem a aprovação de um Imposto sobre Grandes Fortunas, tal como o PT decidiu defender como programa de governo. Há problemas técnicos. Quanto valem 2 mil cabeças de gado? Como cobrar o imposto da viúva que só tem imóveis e quase nenhum dinheiro em caixa? (págs. 1 e B2)

    Notas e Informações: As dúvidas depois da sagração

    O maior patrimônio eleitoral de Dilma é a popularidade de Lula. Seu fardo, o contraste entre o desempenho de cada um diante das multidões. (págs. 1 e A3)

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    Jornal do Brasil


    Manchete: Rio sem novos blocos em 2011

    Carnaval da Zona Sul vai mudar de rua e também de bairros

    O Carnaval de rua em alguns bairros mais concorridos da Zona Sul carioca será diferente em 2011. O grande volume de queixas de moradores e comerciantes, por causa do barulho e dos problemas causados no trânsito, vai levar a prefeitura a redistribuir vários dos 465 blocos para outros bairros ou até para outra região. Além disso, não serão autorizados novos desfiles e, em ruas como a Dias Ferreira, no Leblon, repleta de restaurantes, não haverá mais folia. A medida abrange também Ipanema, Gávea, Laranjeiras e Santa Teresa. Em Copacabana, moradores temem que a decisão sirva apenas para atrair os foliões. (págs. 1 e Tema do dia A2 a A3)

    Turismo de aventura, sim, mas sem riscos

    Empresas que oferecem atividades mais radicais de turismo de aventura, como rafting, rapel e bungee jumping, precisam seguir regras de controle de segurança para os clientes. Já os consumidores, alertam especialistas, devem buscar atrações compatíveis com suas condições físicas e optar por operadoras especializadas. (págs. 1 e Economia A17)

    Vídeo de anônimo no Irã ganha prêmio

    O vencedor do Prêmio George Polk de jornalismo foi a imagem da iraniana morta nos protestos de 2009. O médico que divulgou o vídeo -e talvez o anônimo que o produziu - só soube que participou do prêmio ao ler na internet. (págs. 1 e Internacional A20)

    Nota 10 para a velha 'siesta'

    Tirar um cochilo ao longo do dia, a tradicional siesta de países como México e Espanha, entre outros, estimula a aprendizagem. Cientistas da conceintuada Universidade da Califórnia, em Berkeley, garantem que uma hora de sono já é suficiente para ampliar os processos cognitivos de homens e mulheres. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A24)

    Um choque no sistema penal

    O governo federal lançou ontem a Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), para derrubar os índices de investigações sem conclusão, acabar com os homicídios insolúveis, as condenações não executadas, a superlotação dos presídios e as celas em delegacias. O Rio ainda tem 3.500 presos nessas carceragens. (págs. 1 e País A7)

    Coisas da política

    Tucanos assistem à estrela do PT brilhar. (págs. 1 e A2)

    Informe JB

    José Alencar, o trunfo do PT contra Hélio Costa. (págs. 1 e A4)

    Editorial

    Arruda e Kassab devem ser exemplos. (págs. 1 e A10)

    Sociedade Aberta

    Selvino Heck
    Assessor especial da Presidência da República

    Por uma economia a serviço da vida. (págs. 1 e A6)

    Sociedade Aberta

    João Francisco Salomão
    Presidente da FIEAC

    É hora de passar o país a limpo. (págs. 1 e A19)

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    Correio Braziliense


    Manchete: A hora do impeachment para Arruda

    O relógio começou a correr. O processo de impeachment contra José Roberto Arruda teve início ontem na Câmara Legislativa, com a definição de Chico Leite (PT) e Cristiano Araújo (PTB) como respectivos relator e presidente da comissão especial que avalia os pedidos de cassação. A escolha de um representante da oposição para a relatoria é vista como mais um sinal de que os antigos aliados de Arruda lançaram-no à própria sorte. O mesmo não se pode dizer em relação a Paulo Octávio. O relator das ações contra ele é Batista das Cooperativas (PRP), que ontem mesmo se apressou em elogiar a atuação do GDF no combate às invasões. A nomeação de um aliado representa um avanço na estratégia de Paulo Octávio de estabelecer um pacto de governabilidade com a Câmara Legislativa. A situação de Arruda, por outro lado, se deteriora. Chico Leite, que já manifestou em público a necessidade de afastamento do governador, pretende entregar seu relatório antes do prazo máximo de dez dias. “Se os fatos continuam os mesmos, a conclusão não pode se modificar”, disse. (págs. 1 e 23)

    Eurides, Brunelli e Prudente já admitem renunciar ao mandato (págs. 1 e 24)

    Intervenção seria inconstitucional, diz o procurador-geral do DF (págs. 1 e 25)

    Roriz reaparece no horário eleitoral para falar do escândalo (págs. 1 e 27)

    Dengue: Combate lento à epidemia

    Adenilton de Souza Lopes, 39 anos, está com dengue. O operador de máquinas é um dos 62 moradores do Itapoã que contraíram a doença neste ano — no DF foram 390. O governo quer contratar mais 500 agentes para combater o mal, mas não há previsão de quando eles poderão trabalhar. (págs. 1 e 29)

    Mega-sena: Gaúchos vão ficar sem os R$ 53 milhões

    O sonho de ficar milionário virou pesadelo para 40 moradores de Novo Hamburgo (RS). Eles compraram numa lotérica o bolão que acertou as seis dezenas sorteadas no sábado, mas o jogo não foi registrado na Caixa Econômica Federal. A polícia vê indícios de fraudes e estelionato. (págs. 1 e 11)

    Combustível mais barato nas satélites (págs. 1 e 33)


    Desconto menor no IR com educação (págs. 1 e 15)


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    http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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