PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quarta-feira, abril 30, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] "A QUATRO BOLAS..." [QUE "DUREZA" !!!]
















ELEIÇÕES 2008-2010: PT, LULA & LULISMO







Lula tornou-se, nas últimas semanas, um dos mais vigorosos críticos do PT. Acha que o partido vem cometendo uma série de equívocos na condução das alianças para a eleição municipal de 2008. “Erros” que, na sua opinião, terão reflexos negativos na costura da estratégia que idealizou para a sucessão presidencial de 2010.

O repórter conversou com dois personagens que privam da intimidade do presidente. Um ministro e um congressista. Ambos tiveram a oportunidade de dividir com Lula impressões sobre o desenrolar das articulações que precedem o fechamento de coligações e a escolha dos candidatos a prefeito.

Vão abaixo algumas das preocupações de Lula, segundo o relato dos dois interlocutores:

PMDB: Para Lula, o PT afasta-se perigosamente daquele que poderia ser o grande aliado do governo no projeto de 2010. Diz que, nos três maiores colégios eleitorais do país –São Paulo, Minas e Rio—o petismo só conseguiu juntar-se ao PMDB na capital fluminense. Credita o feito não ao PT, mas ao governador Sérgio Cabral (PMDB), que “teve a grandeza” de sacrificar uma opção pessoal (Eduardo Paes), para prestigiar um candidato petista (Luiz Molon) que, a julgar pelas pesquisas, não chega a ser um portento eleitoral;

São Paulo: Lula não se conforma com o fato de o PT ter deixado escapar a aliança com o PMDB de Orestes Quércia. Algo que dava como favas contadas. Acha que o partido foi claudicante com Quércia. O que facilitou, a seu juízo, o acerto do ex-governador com Gilberto Kassab (DEM) e dificultou o desafio de Marta Suplicy (PT). De todas as disputas municipais, a paulistana é a que tem maiores reflexos na eleição presidencial, acredita o presidente. “Ali, nós não podíamos ter cometido erros”, disse. Lamenta que o pé atrás do petismo em relação a Quércia tenha impedido o partido de enxergar a “importância estratégica” do PMDB de São Paulo, agora submetido á área de influência do governador tucano José Serra, o rival oposicionista mais bem-posto nas pesquisas;
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Minas: na opinião de Lula, o PT comete em Belo Horizonte pecado inverso ao que foi cometido na capital paulista. Em São Paulo, diz ele, o partido subestimou Serra. Em Minas, estaria superestimando Aécio Neves. Lula acha que, na hipótese de Aécio migrar para o PMDB, que considera “remota”, seria um aliado, não um inimigo. De resto, acredita que, ainda que permaneça no PSDB, vai infernizar a vida de Serra. O que já justificaria um tratamento diferenciado do PT;

Minas 2: O presidente avalia que, a pretexto de prejudicar a estratégia presidencial de Aécio, a direção nacional do PT adiciona veneno às já intoxicadas relações com o PSB de Ciro Gomes, outro potencial aliado de 2010. Mercê de conversas que teve com os “amigos” do PSB, Lula parece convencido de que a intransigência do PT fará com que o partido de Ciro opte por Aécio. Na prática, diz ele, a candidatura mineira de Márcio Lacerda (PSB) só existe se atrelada ao prestígio de Aécio. Para complicar, Lula diz que o PT terminará empurrando também o PMDB mineiro para o colo de Aécio. O PMDB do ministro Hélio Costa (Comunicações) enxergaria nas desavenças do PT com Aécio uma vereda de oportunidades. Trilha que poderia levar um peemedebista à posição de vice na chapa idealizada pelo governador tucano. Sob aplausos do PSB;

Salvador: Lula enxerga na capital baiana um outro “erro” do PT. Não compreende a aversão do partido à composição com João Henrique, o candidato do PMDB do ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) à prefeitura de Salvador. Diz que entenderia o gesto do partido se houvesse na cidade um petista com chances de vitória. Algo que, segundo diz, “não existe.” Neste caso, afirma Lula, seu partido deveria tratar a questão local com olhos de quem tem a ambição de construir com o PMDB um plano de dimensão nacional. Vê no episódio a reiteração de um antigo "vício": a dificuldade atávica do PT de aceitar alianças que nao tragam na cabeça da chapa um petista;

Fator Dilma: um grupo de petistas, entre eles o prefeito Fernando Pimentel, de Belo Horizonte, buzina nos ouvidos do presidente a seguinte tese: por trás da movimentação do PT, estaria uma suposta resistência à candidatura presidencial da ministra Dilma Rousseff. Abespinhada com a preferência de Lula pela chefe da Casa Civil, o partido estaria privilegiando em 2008 o projeto de sua direção nacional em detrimento dos interesses do Planalto. A reação de Lula é de descrédito. “Parece tão absurdo, que prefiro não acreditar.”
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 3004. Fotos-matéria.

INDÚSTRIA/INFLAÇÃO: REAJUSTE DE PREÇOS vs. NEGOCIAÇÕES

Negociação de reajustes é intensa nas indústrias

A indústria enfrenta pressão crescente de custos, o que tem levado a negociações intensas entre fabricantes de bens finais e fornecedores. Parte dos reajustes deve chegar ao consumidor nos próximos meses. A diferença entre a inflação acumulada no atacado e no varejo aumentou de 2,7 pontos em abril de 2007 para 7,4 pontos (ver gráfico) neste mês, considerando os dados do IGP-M.
A pressão ficou evidente no Índice de Preços Industriais no Atacado (IPA-Industrial), que subiu 1,37% em abril, variação mais alta desde novembro de 2004, quando o avanço foi de 1,87%. Em abril, 49% dos itens industriais registraram aumentos de preços, mas as maiores altas estão concentradas em alimentos elaborados, derivados de petróleo, produtos químicos e bens metalúrgicos. As usinas siderúrgicas de aços planos - entre elas ArcelorMittal Tubarão, CSN e Usiminas-Cosipa - preparam novos aumentos para maio e junho, depois de terem aplicado, em março, reajustes entre 3,6% e 13,5%. No próximo bimestre, os reajustes já comunicados às distribuidoras variam de 5,26% até 15,98%. Na lista estão aços usados tanto na construção civil como em automóveis e linha branca. Cristiano Freire, presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, diz que ainda há espaço para um terceiro reajuste no mercado doméstico no terceiro trimestre. Pressionados pelos reajustes no aço, os setores automotivo e eletroeletrônico atravessam um momento delicado de renegociação de preços com fornecedores. "Estamos em processo de discussão com os clientes. Temos motivação inclusive para pleitear reajustes no mercado externo, porque o aumento do aço é um fenômeno internacional", diz André Bevilácqua, supervisor de controladoria da fabricante de autopeças Fupresa. As pressões também estão presentes nos derivados de petróleo. Até março, a nafta petroquímica subiu 14,7% em dólar. "As negociações de preços estão duríssimas", diz José Ricardo Roriz Coelho, presidente da fabricante de embalagens plásticas Vitopel. (Valor Econômico, págs. 1 e A6).

MEC/MEDICINA-UFBA: "COORDENADOR & BAIANIDADE"

Na Bahia, coordenador atribui resultado a "baixo QI dos baianos"

O Ministério da Educação divulgou ontem a lista dos 17 cursos de medicina que serão supervisionados por causa das baixas notas dos seus alunos no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes).
Para o coordenador do curso de medicina da UFBA (Universidade Federal da Bahia), Antônio Dantas, 69, o baixo rendimento dos alunos da faculdade no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) se deve ao "baixo QI [quociente de inteligência] dos baianos".
Os alunos de medicina da UFBA obtiveram conceito dois no exame. "Se não houve boicote dos estudantes, o que não acredito, o resultado mostra a baixa inteligência dos alunos." Para Dantas, que é baiano, o corpo docente da faculdade é qualificado e não seria justificativa para o mau resultado no exame. O coordenador disse que o suposto baixo QI dos baianos é hereditário e verificado "por quem convive [com pessoas nascidas na Bahia]".
"O baiano toca berimbau porque só tem uma corda. Se tivesse mais [cordas], não conseguiria", afirmou, ressalvando que há exceções a sua regra. Questionado se já foi alvo de críticas, Dantas disse que é "franco" e que "reconhece a limitação dos que o cercam". Ele afirmou que não foi notificado pelo MEC sobre os resultados e que vai analisar os erros dos alunos assim que recebê-los. A diretora da Faculdade de Medicina da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), Rosana Vilela, disse que uma possível explicação para o baixo rendimento dos alunos de medicina (conceito dois) foi a mudança no currículo em 2006. "A nota [do Enade] é construída basicamente em cima da nota do concluinte, que é o aluno do currículo antigo, sendo que a prova é feita baseada nas novas diretrizes que norteiam o currículo novo", disse. A UFPA (Universidade Federal do Pará) --que recebeu conceito dois- informou, em nota, que só se pronunciará sobre a avaliação quando for notificada. Na UFAM (Universidade Federal do Amazonas), ninguém foi localizado para comentar a nota do Enade.
Boicote
Para Arquimedes Ciloni, presidente da Andifes (associação que representa os reitores das universidades federais), é provável que o desempenho ruim de quatro cursos de medicina de universidades federais no Enade seja resultado de um boicote dos estudantes. "Chama a minha atenção a situação da UFBA, que tem condições de oferta de ótima qualidade", afirmou. Ele citou ainda o fato de a universidade ser considerada tradicional --ela abriga o primeiro curso de medicina criado no Brasil, no ano de 1808. Para Ciloni, embora não seja um fator decisivo para o desempenho dos estudantes, um dos maiores problemas dos cursos de medicina das instituições federais hoje é a dívida dos hospitais universitários. O débito --que, segundo ele, já soma R$ 450 milhões-- dificulta a modernização dos equipamentos, disse. A Folha procurou a Anup (Associação Nacional das Universidades Particulares), mas ninguém ligou de volta até o fechamento desta edição.
RENATA BAPTISTA, da Agência Folha, da Folha de S.Paulo, em Brasília. Colaboraram SÍLVIA FREIRE, da Agência Folha, e KÁTIA BRASIL, da Agência Folha, em Manaus.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

30/abril/2008
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CET prevê saída de 1,6 milhão de veículos de São Paulo no feriado do Dia do Trabalho
Aproximadamente 1,6 milhão de veículos devem deixar a cidade de São Paulo a partir desta quarta-feira devido ao feriado prolongado do Dia do Trabalho, lembrado amanhã, de acordo com estimativa da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
A expectativa é de movimento intenso em direção às estradas até as 22h de hoje e das 6h às 13h de amanhã. A recomendação da CET é para que o motorista programe a viagem para a madrugada. Folha Online.
Polícia pede prisão preventiva de pai e madrasta de Isabella
SÃO PAULO - A polícia pediu nesta quarta-feira, 30, a prisão preventiva de Alexandre Alves Nardoni e Anna Carolina Trotta Jatobá, pai e madrasta da menina Isabella Nardoni, morta em 29 de março. O pedido foi encaminhado à Justiça pela polícia, junto ao inquérito que reúne os resultados das investigações do caso. O pedido de prisão preventiva será analisado pelo promotor Francisco Cembranelli. O inquérito policial do caso Isabella chegou nesta quarta, ao Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo, trazido por dois policiais do 9º DP, em carro do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap). São cerca de 1.100 páginas do inquérito e o relatório final das investigações. A polícia também pode, eventualmente, pedir a prisão preventiva do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, indiciados pelo homicídio. Da Redação - estadao.com.br
JORNAL DO BRASIL
- Rio tem 6 das 17 piores escolas de medicina do país
Um levantamento do MEC, feito com 103 escolas de medicina do país, apontou 17 como as piores no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD). Destas, seis são do Rio: Centro Universitário Serra dos Órgãos, Universidade Severino Sombra, Centro de Ensino Superior de Valença, entro Universitário de Volta Redonda e Universidade de Iguaçu - unidades de Itaperuna e Nova Iguaçu. Todas serão fiscalizadas. Em contrapartida, a Uerj recebeu nota máxima no Enade. (Págs. 1 e A5).
FOLHA DE SÃO PAULO
- Piores em medicina incluem 4 federais
- O Ministério da Educação divulgou uma lista de 17 cursos de medicina que serão supervisionados devido às notas baixas de seus alunos no Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes). Entre eles estão os oferecidos por quatro universidades federais (Bahia, Alagoas, Amazonas e Pará). Notificados, os cursos terão dez dias para explicar o mau desempenho. (Pág. 1).
O ESTADO DE SÃO PAULO
- Área de devastação dispara em 2 Estados
O desmatamento cresceu em Mato Grosso e no Pará nos três primeiros meses de 2008, revela levantamento feito pela organização não-governamental Imazon com base em dados oficiais. Na comparação com o mesmo período do ano passado, mais do que dobrou o ritmo da devastação nos dois Estados. Em Mato Grosso, 149 km² de floresta foram derrubados de janeiro a março de 2008, ante 49 km² no primeiro trimestre de 2007. No Pará, o desmatamento total foi de 65 km² neste ano, ante 28 km² no ano passado. O crescimento ocorreu após o anúncio de medidas do governo federal e das administrações estaduais para tentar conter o desmatamento da Amazônia. Os dados são ainda mais preocupantes porque a derrubada de árvores costuma ser menos intensa no início de ano, período de chuvas. (Págs. 1 e A16).
O GLOBO
- Medo de inflação faz governo adiar o aumento da gasolina
Após três horas de reunião entre o presidente Lula, ministros e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, o governo decidiu ontem à noite adiar o reajuste dos preços dos combustíveis, congelados desde outubro de 2005, apesar das pressões da estatal. Para evitar aumentos ainda maiores na inflação, já afetada pela disparada dos preços dos alimentos, o plano do governo é fazer novas simulações, tendo como base uma faixa entre 3% e 5% de reajuste na refinaria, para que o impacto sobre o consumidor seja o menor possível. Com a alta de 100% nos preços no exterior nos últimos dois anos, a Petrobras pede, no entanto, um reajuste de 10% nas refinarias. Mais cedo, o ministro Mantega minimizou a alta da inflação e disse, sem o "feijãozinho", o IPCA cairia para 4,4%. (Págs. 1, 25 e 26).
GAZETA MERCANTIL
- Sindicalistas buscam novas bandeiras para velhas lutas
Os movimentos sindicais devem mobilizar milhões de pessoas na comemoração do 1ode maio, mas sem terem definidas bandeiras que aglutinem as bases, que mudaram de perfil depois de 20 anos de regime democrático. A atual conjuntura econômica, de crescimento, é ideal para discutir temas como a redução da jornada de trabalho, diz Marcos Verlaine, assessor parlamentar do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Uma das mudanças das ações organizadas dos trabalhadores refere-se ao papel das centrais sindicais. Antes eram responsáveis só por alinhamentos políticos. Mas a marcação política foi afrouxada para atrair sindicatos e as centrais participam agora, formalmente, das negociações de benefícios dos trabalhadores, afirma o professor Arnaldo Mazzei Nogueira, da FEAUSP e PUC-SP. Há hoje seis centrais organizadas. Luis Eulalio de Bueno Vidigal Filho, ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), diz que o "sindicato puro parou no tempo". Não há números sobre sindicalização, segundo o Ministério do Trabalho e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese). (Págs. 1, A8, A9, A10 e A11).
CORREIO BRAZILIENSE
- SÓ PARTE DOS SERVIDORES TEM AUMENTO GARANTIDO
A proposta orçamentária que o governo mandará ao Congresso Nacional reserva R$ 3,4 bilhões para bancar reajustes salariais do funcionalismo. Desse total, R$ 2,1 bilhões já têm destino certo: vão reforçar o contracheque de cerca de 800 mil servidores civis de 17 categorias que integram o Executivo. Mas não são suficientes para cobrir o aumento prometido aos militares. Para cumprir o acordo com as Forças Armadas, a folha terá de chegar a R$ 4,2 bilhões - um salto que, segundo o ministro Paulo Bernardo, está dentro das expectativas do Planalto. O que ainda não está na contabilidade são os possíveis aumentos que podem sair das negociações com auditores fiscais da Receita, funcionários do Tesouro Nacional, defensores e advogados da União. Esses, afirmou o ministro, ainda dependem de verba extra. (Págs. 1 , Tema do Dia e 14).
http://www.radiobras.gov.br/sinopses.htm
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Lula entrega uma comenda ao verdadeiro ‘Mão Santa’
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O senador Mão Santa (PMDB-PI) é o mais barulhento adversário de Lula. Não há dia que não discurse. Da tribuna, os ataques ao presidente saem-lhe em catadupas. Assim, não é difícil imaginar o prazer que sentiu Lula ao condecorar, nesta terça-feira (29) um outro Mão Santa. O verdadeiro, o autêntico, o Mão Santa escocês, diria Nelson Rodrigues. A santidade das mãos do senador, médico obstetra, é algo de que todo brasileiro não-piauiense desconfia. A divindade das mãos de Oscar Schmidt é coisa de que ninguém duvida. Foi provada dentro de quadra, aos olhos de multidões. Só nas 326 partidas em que vestiu a camiseta da seleção brasileira de basquete, Oscar encestou 7.693 pontos. Um espanto! Daí o apelido. Daí também o mérito que o levou a receber, das mãos do presidente da República, uma comenda do Itamaraty. Com a Ordem de Rio Branco (grau de Oficial) já espetada no paletó, o Mão Santa amistoso retribuiu o reconhecimento com um presente. Deu a Lula uma bola. Bola de basquete. Blog do Josias, Folha Online. Foto: Paulo Geovane/CBB/Divulgação; http://www.esportesterra.com.br/
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Noiva termina com Ronaldo
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O escândalo de Ronaldo na última segunda-feira, no qual foi flagrado com travestis em motel na Zona Oeste da Barra da Tijuca, custou muito caro ao Fenômeno. De acordo com o jornal “Extra”, a noiva do jogador, Maria Beatriz, terminou o relacionamento com ele. Segundo a publicação, Ronaldo, que está deprimido e passa a semana na casa da mãe (Dona Sônia), ainda pode ter mais prejuízos. Só que financeiros. A empresa de material esportivo que patrocina o craque pode romper o contrato vitalício que tem com ele. No acordo entre as partes, é prevista a quebra do compromisso em situações que afetem a imagem da marca. Procurada pelo GLOBOESPORTE.COM, a empresa mandou uma nota oficial avisando que não vai comentar sobre o caso. [foto matéria.
http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Futebol/Campeonatos/0,,MUL448954-1306,00.html
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Lula na Nova Zelândia tem maior olho do mundo, dizem cientistas
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Cientistas da Nova Zelândia que estão estudando o esqueleto de uma lula gigante e rara disseram nesta quarta-feira (30) que o animal tem um olho de cerca de 27 centímetros de diâmetro --maior que um prato comum. Isso pode torná-lo o bicho com maior olho na Terra. Um dos olhos da lula, com o cristalino do tamanho de uma laranja, foi encontrado intacto pelos cientistas, enquanto o animal era descongelado no museu nacional Te Papa Tongarewa. O animal estava sendo preservado no local após ser capturado no ano passado nas águas do país. (...) A lula é o maior exemplar já encontrado da espécie Mesonychoteuthis hamiltoni. Folha Online, Associated Press.
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A Presidência da República oferece àquele que a ocupa uma tribuna de alta ressonância. Algo que Theodore Roosevelt chamou de "bully pulpit" (púlpito formidável). Amplificado pelo eco que produz na TV, no rádio e nos jornais o verbo presidencial costuma alçar às alturas. Nesta quarta-feira, Lula armou seu púlpito em Maceió. Discursou na reunião do conselho deliberativo da Sudene. O auditório estava pleno de convidados. A platéia incluía quatro ministros e onze governadores de Estado. Em meio ao anúncio de créditos para o Nordeste, o presidente, como que movido pela aura de santidade que lhe conferem as pesquisas, sentiu-se à vontade para distribuir uma indulgência. São Lula remiu os pecados de Cid Gomes (PSB), o governador do Ceará. Para Sua Santidade o presidente, a imprensa peca ao explorar a caravana aérea patrocinada por El Cid. "Certamente, se ao invés da sua sogra você tivesse levado um empresário no avião, não teria tido problemas", disse Lula, sob aplausos. "Não estou dizendo que é certo levar sogra ou não. O que estou dizendo é que as pessoas [os jornalistas] precisam dar a informação e deixar o povo julgar." São Lula desperdiçou boa parte de sua fala para esmiuçar o caso da sogra. Disse coisas assim: "Tem coisa muito mais importante –não que a sogra não seja importante— que você [Cid Gomes] faz e que nunca apareceu nacionalmente"; (...) Quando cunhou a expressão "bully pulpit", Theodore Roosevelt quis dizer que o presidente da República deve vigiar o que diz. Suas palavras precisam irradiar a luz do bom exemplo. Não é a primeira vez que Lula passa a mão na cabeça de políticos e gestores públicos pilhados em práticas ruinosas. Nada parece abalar, porém, a popularidade de São Lula. A devoção é mesmo algo sublime. Não há sentimento mais belo. Quando dedicada a um santo fictício, aí mesmo é que ela se torna comovente. Reverenciemos, pois, os que, mãos postas, cultuam incondicionalmente o presidente. Escrito por Josias de Souza; Folha Online.
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Brasil foi considerado país sério, diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (30) que o Brasil foi considerado um "país sério" por investidores estrangeiros. "Nós acabamos de ter a notícia de que o Brasil passou a ser 'investment grade'. Não sei nem falar direito a palavra, mas se formos traduzir para uma linguagem que todos os brasileiros entendam poderia dizer que o Brasil foi declarado um país sério, que tem políticas sérias, que cuida das suas finanças com seriedade e que por isso passamos a ser merecedores de uma confiança internacional que há muito tempo necessitava", disse o presidente. Nesta quarta, a agência de classificação de risco Standard and Poor's concedeu ao Brasil o patamar de grau de investimento. A decisão representa uma melhora na recomendação do Brasil, que passa a ser considerado investimento seguro para investidores estrangeiros. G1, SP.
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Avaliação do MEC reprova 4 cursos federais de medicina
SÃO PAULO - Dezessete cursos de medicina com conceitos 1 ou 2, simultaneamente, no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) serão supervisionados pelo Ministério da Educação. Foram avaliados 103 cursos em instituições públicas e privadas. Dos cursos com conceitos fracos, quatro são de instituições federais: as de Pará, Bahia, Alagoas e Amazonas.
Lista as instituições sob supervisão
Lista de todas as instituições avaliadas
O MEC exigirá das instituições com resultado insatisfatório um diagnóstico sobre o desempenho, com medidas para sanar as deficiências identificadas. O diagnóstico deve abordar a organização didático-pedagógica; a integração do curso com os sistemas local e regional de saúde; o perfil do quadro discente; a oferta de vagas nos processos seletivos de 2008, com especificação daquelas ocupadas nos referidos processos e o número de concluintes em 2007; o perfil do quadro docente, incluindo titulação e regime de trabalho, composição e atuação do núcleo docente estruturante, colegiado e coordenação de curso; a infra-estrutura, com identificação das condições de oferta das disciplinas de práticas médicas, em especial o estágio curricular, condições da biblioteca e produção científica.
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COMBUSTIVEIS: FERIADÃO COM INFLAÇÃO

Lula quer solução para preço da gasolina ainda nesta quarta

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que quer uma definição ainda nesta quarta-feira, 30, sobre o aumento ou não do preço do combustível. "Não pode passar de hoje", afirmou. Ele disse que se é para dar aumento, que seja dado logo. Se não, que se diga que não vai dar para acabar com as "especulações".
Isto porque, segundo o presidente, daqui a pouco os preços dos alimentos começarão a subir por causa da especulação. Lula afirmou que leu quatro notícias diferentes sobre o assunto e que isso não é possível. "Daqui a pouco, o povo está pagando na comida o preço de um combustível que não foi aumentado, porque a especulação contribui para que as coisas aconteçam. Daqui a pouco, aparece alguém com expectativa de inflação por conta de boato e não é possível trabalhar assim", enfatizou. Lula reconheceu que o governo está preocupado com o impacto do aumento dos combustíveis no comportamento da inflação. "A inflação é minha preocupação cotidiana", destacou, acrescentando que a alta de preços causada pela demanda de alimentos é contornável. "Esse é um desafio fácil de responder. É só produzir mais arroz, feijão. Esse é um problema sazonal", comentou. Ele informou que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, está discutindo esse assunto, vai definir e vai comunicar a ele a decisão, por telefone, ainda nesta quarta. "Eu vou estar em Maceió e ele vai me ligar para decidir isso ainda hoje", afirmou o presidente. O presidente disse ainda que a inflação está sob controle e que a meta de inflação está sendo cumprida. Advertiu, porém: "só precisamos tomar cuidado; não podemos relaxar". Diante da insistência dos jornalistas sobre se haveria ou não aumento dos combustíveis, respondeu que não trabalha sobre hipóteses. "Não posso dizer se vai ter ou não aumento; não posso trabalhar com hipóteses". O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo afirmou que não é política do governo fazer controle de preços para combater a inflação. "Não é nossa política fazer controle de preços quando a análise técnica evidencia que temos de tomar outra atitude", disse Bernardo. Ele disse ainda que o governo quer tomar uma decisão rápida para evitar especulações. Segundo o ministro, o governo não é necessariamente contra o aumento dos combustíveis, mas quer ver o embasamento técnico para que essa decisão seja tomada.
(Tânia Monteiro, de O Estado de S. Paulo com Fabio Graner, da Agência Estado). 3004.

terça-feira, abril 29, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] "BOLAS"? "ORA BOLAS!!!"











STF: AOS AMIGOS...

Presidente do STF arquiva ações contra ex-ministros

BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, determinou o arquivamento de duas ações de improbidade administrativa contra ex-ministros do governo Fernando Henrique Cardoso. Nas ações, os ex-ministros da Fazenda Pedro Malan, do Planejamento José Serra e da Casa Civil Pedro Parente eram acusados de prejudicar os cofres públicos no processo em que o Banco Central auxiliou os bancos Econômico e Bamerindus, através do Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer). Segundo o Ministério Público Federal, a assistência financeira feita para evitar a falência do Econômico teria custado R$ 2,975 bilhões. Além dos ministros de Estado, o MPF contestou ainda a suposta participação de ex-presidentes do Banco Central, como Gustavo Loyola, Francisco Lopes e Gustavo Franco no auxílio aos bancos. Gilmar Mendes teve participação ativa no governo FHC e sempre foi um crítico contumaz das ações movidas por procuradores da República contra autoridades do governo. Ele foi subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil entre 1996 e 2000 e advogado-geral da União, entre 2000 e 2002. A gestão de Mendes na AGU foi tão importante estrategicamente para o governo FHC, que na época combatia uma profusão de ações de improbidade movidas por procuradores, que o então presidente promoveu Mendes ao cargo de ministro de Estado. Depois, ao assumir o cargo de ministro do STF, Mendes sempre criticou essas ações, chegando a ironizar, durante outros julgamentos, o fato de procuradores da República pedirem na Justiça que Malan e outros ministros de FHC fossem condenados a ressarcir os cofres públicos em mais de R$ 1 bilhão. A decisão de arquivar essas duas ações foi tomada por Mendes no dia 22, véspera de ele assumir a presidência do STF. O ministro argumentou que, por serem ministros de Estado, Malan, Parente e Serra, não deveriam responder por improbidade administrativa, mas apenas por crime de responsabilidade. As ações tramitavam na 20ª e na 22ª Vara Federal de Brasília. Na primeira, o juiz chegou a condenar os ex-ministros a devolverem " verbas alocadas para o pagamento dos correntistas dos bancos sob intervenção " . Mendes argumentou que, em se tratando de ministros, " é necessário enfatizar que os efeitos de tais sanções em muito ultrapassam o interesse individual dos ministros envolvidos " . Ele ressaltou que a condenação de R$ 3 bilhões dividida entre os 10 réus " faz presumir condenação individual de quase R$ 300 milhões " . " Estes dados, demonstram o absurdo do que se está a discutir " . (Juliano Basile Valor Econômico). 2904.

REMESSA DE LUCROS: QUE BOM SER CAPITALISTA NUM "DISCURSO SOCIALISTA"...

Envio de lucros ao exterior atinge recorde

As remessas de lucros para o exterior voltaram a bater recorde no mês passado, chegando a US$ 4,345 bilhões e superando em 39% a marca anterior, que havia sido alcançada em dezembro do ano passado.
Isso fez com que as contas externas do Brasil atingissem seu pior resultado em quase dez anos, segundo o Banco Central.
No mês passado, a conta de transações correntes -que contabiliza a compra e a venda de bens e serviços com outros países- ficou negativa em US$ 4,429 bilhões, o maior déficit desde outubro de 1998. Foi o sexto mês consecutivo em que esse indicador ficou no vermelho, o que não acontecia desde 2002.
As transações correntes são formadas por balança comercial (exportações menos importações), balança de serviços (pagamento de juros da dívida externa, gastos com viagens internacionais, remessas de dividendos ao exterior, entre outros) e transferências unilaterais (dinheiro enviado ao Brasil por residentes no exterior, e vice-versa). O Brasil contabilizou um superávit nessa conta entre 2003 e 2007, graças ao desempenho da balança comercial. Mas o cenário mudou neste ano: no primeiro trimestre, essa conta teve um déficit recorde de US$ 10,757 bilhões, próximo do saldo negativo de US$ 12 bilhões que o Banco Central prevê para o ano todo. O mercado já trabalha com déficit de US$ 16,6 bilhões para o ano, segundo pesquisa feita pelo BC. O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, diz que a volta do déficit nas contas externas já era esperada. "Os números mostram uma certa deterioração no resultado de transações correntes neste início de ano. É um quadro de menor saldo comercial e remessas de lucros bem mais elevadas", afirma. Para Lopes, o crescimento no envio de dividendos ao exterior não preocupa, pois indica que as empresas que atuam no Brasil estão tendo ganhos também elevados. "Se não estivessem tendo lucro, não iriam remeter [para fora do país]."
Riscos
O economista José Luiz Rossi Júnior, professor do Ibmec São Paulo, diz que o saldo negativo nas contas externas não deve ser problema, desde que a economia continue crescendo para atrair capital estrangeiro suficiente para financiar esse desequilíbrio. "Um país que espera ter um crescimento alto normalmente apresenta déficit em transações correntes", diz, referindo-se à necessidade que um país em desenvolvimento costuma ter em importar máquinas e receber empréstimos para financiar sua expansão. Rossi também cita as elevadas reservas em moeda estrangeira que o Brasil possui atualmente -cerca de US$ 195 bilhões- como um seguro adicional que pode ajudar o país a enfrentar algum problema que surja para financiar seu déficit externo. Já a economista Adriana Dupita, da LCA Consultores, afirma que, caso o déficit em transações correntes fique insustentável, é possível contar também com um ajuste na taxa de câmbio. Ou seja, se o rombo for muito grande, uma desvalorização do real ajudaria a estimular exportações e, assim, equilibrar as contas externas. "Se vai ter superávit ou déficit [em transações correntes], não é o mais importante. Importante é se o Brasil vai continuar recebendo dólares para financiar isso", afirma Dupita. Segundo ela, mesmo num cenário externo mais incerto, os juros altos praticados no país e a expectativa de uma elevada taxa de crescimento econômico nos próximos anos devem continuar atraindo investimentos tanto financeiros quanto produtivos, ajudando a financiar o déficit externo que é esperado de agora em diante. NEY HAYASHI DA CRUZ. DA SUCURSAL DE BRASÍLIA, Folha. 2904.

MST: MOVIMENTO DOS TEMPORÁRIOS?

Movimentos inflam números de acampados com "sem-terra de fim de semana"

Na região de maior conflito agrário de São Paulo, o Pontal do Paranapanema (oeste do Estado), movimentos usam "sem-terra de fim de semana" para engrossar suas fileiras nas invasões de fazendas e protestos pela reforma agrária.
Muitos dos "acampados" vivem em casas (de aluguel ou até mesmo próprias) na zona urbana das cidades e visitam os barracos apenas nos finais de semana para participar de assembléias --nas quais a presença é obrigatória-- ou na data da distribuição de cestas básicas cedidas pelo governo federal.
Nos acampamentos, essas pessoas são chamadas de "andorinhas", porque, segundo alguns sem-terra ouvidos pela reportagem, surgem "como numa revoada" e pouco tempo depois deixam o local. Apesar de não existirem dados sobre a quantidade desse tipo de sem-terra, os próprios grupos admitem o fato e afirmam tolerar a prática. No último dia 2 de abril a Folha visitou três acampamentos em dois municípios do Pontal. São inúmeros os relatos sobre a atuação dos "andorinhas". Nessas cidades, a reportagem encontrou quatro pessoas que admitiram ser sem-terra por alguns dias --uma delas é coordenadora do MLST (Movimento pela Libertação dos Sem Terra) no Pontal. A Folha apurou que o sem-terra esporádico é aceito pelos movimentos para não evidenciar o esvaziamento dos grupos, afetados por dois motivos: adesão aos programas assistenciais do governo federal, como o Bolsa Família, e oferta de trabalho nos canaviais. Em novembro, a Folha publicou levantamento baseado em dados do Ministério do Desenvolvimento Social e da CPT (Comissão Pastoral da Terra) que apontou o Bolsa Família como determinante para o esvaziamento dos movimentos sem-terra durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesse período, o número de famílias acampadas sofreu redução de 82,6% _em 2003 eram 59.082; em 2006, 10.259. Já o corte da cana empregou só no ano passado, no Pontal, 3.000 trabalhadores, segundo o sindicato da categoria. Com mais gente recrutada, os grupos podem intensificar os protestos e a reivindicação de benefícios do governo, como cestas de alimentos.
Da casa para o barraco
Sob a condição de não ser identificado, um homem de 45 anos, morador na periferia de Presidente Epitácio (655 km de SP), disse possuir, há quatro anos, um barraco no acampamento Jahir Ribeiro, que foi criado em 2003 às margens de uma rodovia vicinal do município e que chegou a reunir até 4.000 famílias acampadas. Hoje o acampamento, propagado pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) como o maior do país e um dos maiores do mundo, é o retrato do abandono _apenas 22 famílias do MST e MLST vivem, de fato, na área. Nos finais de semana, a presença nas assembléias eleva o número de "moradores" para 70, dizem os próprios acampados. O "andorinha" ouvido pela reportagem afirma que viveu em barraco um ano e meio, até se mudar para uma "casinha de aluguel" de R$ 180 mensais. Ele disse que trabalha de "servente de pedreiro a piloteiro de barco", uma espécie de guia de pesca. Ainda em Presidente Epitácio, outro "andorinha" de 39 anos disse que trabalha num frigorífico, mora com a mãe e dois irmãos numa casa na zona urbana, mas também possui um barraco no Jahir Ribeiro. Ele afirmou que "marca presença" no acampamento quando não está trabalhando.
Outro "andorinha" foi localizado num acampamento do Mast (Movimento dos Agricultores Sem Terra) em Regente Feijó (556 km a oeste de SP). Aos 50 anos, o homem se identificou apenas como Airton e disse ser agricultor, estar cadastrado no movimento e possuir seu barraco, mas mora com a mulher e dois filhos na área urbana do município. "Saio cedo de casa para trabalhar e volto à noite, mas estou junto com o movimento na luta pela terra", disse ele. Como a organização dos acampamentos depende exclusivamente dos movimentos agrários, a questão dos "sem-terra de fim de semana" não é contemplada nas normas de seleção para assentamento dos governos federal e estadual.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

29/abril/2008
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JORNAL DO BRASIL
Tráfico infiltra-se no PAC
- A incursão policial nos morros Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, e Cantagalo, em Ipanema, terminou com quatro bandidos presos. Um deles, Adauto do Nascimento Gonçalves, o Pitbull, 28 anos, chefiava o tráfico e fazia expediente nas obras do PAC. Para as autoridades, a captura comprova a infiltração no programa. A operação desmantelou uma minirrefinaria de cocaína. (págs. 1 e A10).
O GLOBO
Orçamento não permite dar a servidor o que Lula prometeu
-O governo vai mandar um projeto de lei para o Congresso prevendo mais recursos para cobrir as promessas de reajustes para servidores feitas pelo presidente Lula. A lei orçamentária aprovada pelo Congresso prevê R$ 3,4 bilhões para aumentos salariais este ano, mas só os concedidos aos militares consumirão R$ 4,2 bilhões do dinheiro do contribuinte. Em março, o governo havia comprometido R$ 2,1 bilhões com o reajuste dos salários de 808 mil servidores. O déficit, portanto, já chega a R$ 2,9 bilhões. A área técnica do governo ainda não fechou as contas, porque 11 categorias do funcionalismo ainda estão em negociação. Estima-se que o rombo poderá chegar a R$ 4 bilhões. O piso salarial dos auditores fiscais da Receita Federal, que estão em greve há mês, pode subir para R$ 14 mil. (págs. 1 e 3).
"Fiat lux"
- O presidente Lula disse ontem, durante ato do PAC em Guarulhos (SP), que "ninguém consegue fazer tudo em oito, ou nove ou dez anos". Lula também afirmou esperar ter um substituto "mais abençoado" que ele próprio. (págs. 1 e 8).
GAZETA MERCANTIL
Bradesco lucra R$ 2,1 bilhões no trimestre
- O Bradesco teve lucro líquido de R$ 2,1 bilhões no primeiro trimestre, 23,3% mais que em igual período de 2007. É o maior ganho de um banco privado num primeiro trimestre em 20 anos e o segundo maior incluídos os estatais, segundo a Economática. O resultado inclui os R$ 352 milhões da alienação parcial da rede de cartões Visa International. Sem eles, o lucro cresceu 11,8%, para R$ 1,9 bilhão. Para o presidente do banco, Márcio Cypriano, o desempenho foi muito favorável, pois o período foi de volatilidade. Do lucro, R$ 1,35 bilhão veio da atividade financeira e R$ 746 milhões de seguros. Ajudou no lucro o aumento de 38,5% da carteira de crédito, para R$ 169,4 bilhões. Os ativos subiram 26,1%, para R$ 355 bilhões, e o patrimônio líquido evoluiu 26,4%, a R$ 32,9 bilhões. O índice de eficiência do banco melhorou e ficou em 41,7%. Mas a rentabilidade sobre o patrimônio diminuiu de 32,6% para 28,7%, atribuída ao maior tamanho da instituição. (págs. 1 e B1).
CORREIO BRAZILIENSE
DF flagra 4 bêbados por dia ao volante
-O novo presidente do TJDF, Nívio Gonçalves, defendeu ontem pena mais rígida para quem provocar acidente de trânsito depois de ingerir bebida alcoólica em excesso. De 1º de janeiro até o dia 18 deste mês, o Detran flagrou e retirou das ruas 463 motoristas que dirigiam sob efeito do álcool. Em menos de quatro meses, o número já chega quase á metade das 1.008 autuações desse tipo registradas em 2007 inteiro. O suspeito de provocar a tragédia na qual morreram quatro pessoas domingo, em Taguatinga, estava alcoolizado e guiava em alta velocidade. É o que indicam laudo médico e exames preliminares. (págs. 1, 33 e 34).
VALOR ECONÔMICO
Lula aprova novo modelo para reforma trabalhista
-O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro extraordinário de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, bateram o martelo numa agenda mínima para promover "mudanças radicais" nas relações entre capital e trabalho no Brasil, após reunião de quase três horas, na noite de quinta-feira, com a participação dos dirigentes de seis centrais sindicais. Depois de oito meses de discussões e de negociações que ainda estão em curso com trabalhadores e empresários, Mangabeira produziu o documento intitulado "Diretrizes a respeito da reconstrução das relações entre o trabalho e o capital no Brasil", que será divulgado oficialmente hoje. As mudanças sugeridas pretendem reduzir drasticamente a informalidade no mercado de trabalho, reverter a queda da participação dos salários na renda nacional e reformar o regime sindical. Para isso, algumas das medidas propostas são: desonerar a folha de salários das empresas da contribuição patronal; tornar compulsória a participação dos empregados nos lucros e resultados, assegurando o acesso dos trabalhadores à contabilidade das empresas; e criar uma espécie de Consolidação das Leis do Trabalho para os trabalhadores temporários e terceirizados e instituir a representação sindical desses trabalhadores por meio dos empregados permanentes. O objetivo do governo é chegar a um conjunto de propostas previamente negociado para enviar os atos legais necessários ao Congresso Nacional até o fim do ano. "Não se trata de um amontoado de propostas, mas de um modelo institucional coerente. Houve um grau surpreendente de convergências", disse ao Valor o ministro Mangabeira Unger. Se a iniciativa for bem-sucedida, estará enterrado o regime trabalhista implantado nos anos 40 do século passado por Getúlio Vargas, que, embora tenha trazido avanços à sua época, tornou-se obsoleto ao deixar a maioria dos trabalhadores fora de sua rede de proteção.(págs. 1 e A6).
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Prefeito chileno vai distribuir Viagra grátis a homens de seu município
O prefeito chileno da cidade de Lo Prado, Gonzalo Navarrete, que também é médico, está preocupado com a satisfação sexual dos homens mais velho de sua comunidade. Ele pretende distribuir gratuitamente comprimidos de Viagra para que melhorem sua qualidade de vida, anunciou a imprensa local na segunda-feira (28). "Cada um receberá quatro comprimidos de 50 miligramas, ou seja, o suficiente para quatro relações sexuais ao mês", disse o prefeito. Os beneficiados serão todos os homens com mais de 60 anos que o solicitarem. Mas, antes de receberem o medicamento, eles deverão fazer um exame médico para descartar possíveis efeitos colaterais. A política de distribuição --inédita no país-- terá um custo inicial para a administração municipal de US$ 20 mil. (...) Apesar da ajuda do fármaco, o prefeito também aconselhou aos homens de Lo Prado para que desenvolvam seu lado amoroso. "O sildenafil (Viagra) nada produz sem uma estimulação efetiva", recomendou.
da France Presse, em Santiago (Chile). Folha Online.

COMBUSTÍVEIS: AUMENTO DE PREÇO/INFLAÇÃO

Lula deve definir reajuste de combustíveis hoje à noite

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se reunir nesta terça-feira, às 18h30, com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e de Minas e Energia, Edison Lobão. O tema do encontro deve ser o reajuste do preço dos combustíveis. Ainda não se sabe se o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, participará da reunião. No entanto, Gabrielli, que será condecorado pelo Ministério das Relações Exteriores, passará o dia em Brasília em "stand by", segundo assessores.
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, também deve participar, mas não consta da agenda do presidente. O despacho com a ministra, que retorna da viagem de trabalho de uma semana ao exterior, está previsto para as 15 horas. O presidente Lula já admitiu que o preço da gasolina está defasado, pois o combustível não é reajustado há 31 meses. Segundo assessores próximos ao presidente, ele está convencido de que o aumento do preço da gasolina é inevitável. No Palácio do Planalto, assessores do presidente lembram que o último reajuste dos combustíveis ocorreu quando o barril do petróleo estava na casa dos US$ 30. Hoje, já ultrapassa US$ 120 dólares. "Ninguém gosta de aumentar nada", comentou um ministro, justificando, em seguida, que também não se pode manter o preço defasado como está agora. A principal preocupação é com o impacto que o aumento terá na inflação. Afinal, a demanda está aquecida e já fez o Banco Central (BC) elevar a taxa básica de juros na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Impacto na inflação
Os dados recebidos pelo governo indicam que o impacto do reajuste da gasolina na inflação não será tão grande quanto se pensa. "É muito menos do que se fala", atestou um auxiliar do presidente. Ele reiterou que o que tiver de ser feito em relação a esse assunto será feito, porque o governo não poderá ficar represando um reajuste eternamente. Na opinião deste auxiliar, já que o reajuste é inevitável, é melhor que seja feito logo, para evitar maiores polêmicas e especulações. O ministro Edison Lobão disse na segunda-feira que, se a Petrobrás realmente decidir elevar o preço do petróleo nas refinarias "não haverá aumento perceptível no preço do combustível na bomba". O ministro não confirmou o reajuste, embora tenha dito que a Petrobras está perdendo fôlego no mercado interno, prejudicada pela constante alta do petróleo no mercado internacional. "Se houver reajuste, será estabelecido nesta semana", disse Lobão, sem se manifestar em relação aos 5% especulados. Rosana de Cássia, da Agência Estado. 2904.

PF/"OPERAÇÃO SANTA TEREZA" [In:] Santa ?

PF diz que Paulinho tramou "escândalo" contra Kassab

Relatórios da Polícia Federal na Operação Santa Tereza atribuem ao deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) um plano para criar "um escândalo" que pudesse atingir o prefeito Gilberto Kassab (DEM-SP) e o então secretário municipal do Trabalho, Geraldo Vinholi (PDT-SP). A estratégia culminou com a renúncia de Vinholi, no dia 7 de março. A operação da PF começou, em dezembro passado, a investigar uma casa de prostituição nos Jardins. Depois detectou um suposto esquema para desvio de recursos do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). Também interceptou diálogos telefônicos que indicariam uma trama de Paulinho para bombardear Kassab, o que abriria espaço para uma eventual candidatura do deputado a prefeito de São Paulo.
Segundo a PF, Paulinho encomendou ao coronel reformado da Polícia Militar Wilson de Barros Consani Júnior, 50, preso na última quinta-feira, a tarefa de colher subsídios para atingir Vinholi e Kassab. "Foi constatada a sua ligação [de Consani] com o deputado federal Paulinho, possível candidato à Prefeitura de São Paulo, para o qual, segundo diálogos de Consani com HNI [homem não identificado], Consani será responsável por criar um tumulto para atingir "GV", possivelmente Gilberto Kassab", apontou relatório do delegado Rodrigo Levin, que mais tarde corrigiu "GV" -as iniciais do secretário de Kassab. Levin escreveu em novo relatório: "Evidenciam-se também suas tratativas a fim de criar escândalo para denegrir a imagem do candidato à Prefeitura de São Paulo, possivelmente Gilberto Kassab, visando a valorizar a candidatura de" Paulinho. Um diálogo captado entre o coronel e Paulinho em 7 de fevereiro passado indica, segundo a PF, que o deputado cobrava resposta. Para a PF, Paulinho "queria saber do escândalo que Consani estaria preparando para possivelmente beneficiá-lo na eleição". "Paulinho pergunta para Consani sobre as coisas dele, se tem novidades. Consani disse que na semana que vem o menino da publicação chega para publicar", alusão a um jornalista que divulgaria a "denúncia". Consani respondeu que "os troços estão todos prontos". Entre fevereiro e março, novos nomes aparecem nas gravações como apoiadores da estratégia. Um deles, anônimo, seria funcionário da PF. Segundo a PF, Consani disse a um homem identificado como "Miguel" que já explicara a Paulinho "que precisa tomar muito cuidado para preservá-lo, não pode ser feito com pressa". O mesmo teria sido explicado "a Gaspar" (José Gaspar, vice-presidente municipal do PDT). Em outra ligação, "Miguel" disse que Paulinho expressou preocupação com a demora num resultado ("que estão muito moles as coisas").Consani respondeu que a operação demandaria tempo. "Os caras levam um ano, um ano e meio, para derrubar determinados castelos. (...) Para não envolver o nome de um amigo nosso", teria dito Consani, segundo o relatório da PF. No início de março, Consani descobriu, enfim, o que poderia ser usado contra Vinholi e Kassab. Consani contou que Vinholi teria sido suspeito de participação de três homicídios, no interior de São Paulo, e ainda fora alvo de denúncias de compra de votos. Vinholi disse ontem à Folha que é inocente no caso dos homicídios, que não foi denunciado no caso e que nunca foi intimado sobre possíveis fraudes eleitorais. Consani e outro homem fizeram contatos com jornalistas e agendaram um encontro entre um produtor de TV e Gaspar. Consani recomendou ao pedetista que desse a entender que a denúncia chegara por acaso ao PDT. A reportagem não foi divulgada. Um dia depois, Vinholi pediu demissão da secretaria.Ao mesmo tempo em que, segundo a PF, tramava contra Kassab e Vinholi, Paulinho gabava-se da atenção que Geraldo Alckmin (PSDB) lhe dava, em busca de uma aliança. Em conversa no dia 3 de março, Paulinho contou que o tucano estivera em sua casa no dia 2. Teria dito que Alckmin "está louco para fazer uma composição com nosso banco [BNDES] e com ele particularmente". RUBENS VALENTE. Folha. DA REPORTAGEM LOCAL. 2904.

segunda-feira, abril 28, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] "IMUNIDADE vs. IMUNIZAÇÃO"









ELEIÇÕES 2010/ALIADOS: "VAMOS ORGANIZAR O PESQUEIRO..."

Aliados cobram critérios para sucessão presidencial

Surpreendidos pela afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o governo terá candidato único à sucessão presidencial em 2010, os aliados se preparam para cobrar um passo a mais: definir critérios para a escolha do nome. Em entrevista exclusiva aos Diários Associados publicada ontem, Lula deixou claro que gostaria de construir um candidatura de consenso dentro da base aliada. Avisou, contudo, que na inexistência de um acordo entre os partidos, um nome o terá como cabo eleitoral em 2010. “Pode ficar certo de que o governo terá candidato”, disse.
A partir da reeleição de Lula, em 2006, os partidos governistas se deram conta do quanto pesa o apoio do petista no desempenho de um candidato nas urnas. Fato é também que os principais partidos de sustentação do governo sonham ter um nome próprio vestindo a faixa presidencial. O maior deles, o PMDB, por exemplo, almeja ter nome próprio nas eleições presidenciais. “Vamos fazer força para que o candidato de Lula seja o nosso. Cada um vai fazer o possível para que seu candidato seja o de Lula”, resume o presidente do PMDB, Michel Temer.
No PSB de Ciro Gomes (CE), um dos nomes mais fortes entre os aliados, a expectativa é saber o que Lula procura num candidato para que conquiste seu apoio em 2010. “Está correto que ele, como meta, coloque o desejo de um candidato único e sinalize que vá trabalhar pela unidade, mesmo sabendo das dificuldades para que isso ocorra. Portanto, ele precisará ajudar a estabelecer critérios para a escolha desse candidato. O perfil, a condição de disputa, a capacidade de agregar politicamente”, diz o secretário-geral do PSB, senador Renato Casagrande (ES).
O que mais preocupa os aliados hoje é a dificuldade do PT em abrir mão de lançar o candidato à sucessão presidencial. Até porque o presidente petista, Ricardo Berzoini, já declarou por diversas oportunidades que o partido terá um nome para a disputa. Outros líderes partidários concordam que nada mais natural do que o partido do presidente apresentar um nome para sucedê-lo. “Essa é uma realidade que ninguém na base desconhece, temos que trabalhar com ela”, diz Casagrande.Cauteloso, Temer avalia que os potenciais candidatos de Lula só serão definidos a partir do ano que vem. O peemedebista teme que as disputas pelas principais prefeituras do país, nas eleições de outubro, contaminem as relações dos partidos aliados no plano nacional e, conseqüentemente, na formação de alianças futuras. “Ainda é muito cedo para se falar em definição de critérios. É preciso deixar que certas realidades se coloquem. Agora, é lógico que se houver um só candidato será melhor para todos”, avalia. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ameniza as cobranças sobre um candidato único da base aliada. “Não há uma receita pronta. Precisamos construir os caminhos”, afirma. Segundo Jucá, todos os partidos governistas possuem bons nomes, mas que eles só devem começar a discutir o assunto a partir do próximo ano, quando passar o processo eleitoral municipal. “O entendimento local não tem o alcance do nacional”, observa o senador. Para ele, o perfil ideal do postulante seria densidade eleitoral, visibilidade política e que tivesse respaldo da população.
Terceiro mandato
As declarações veementes de Lula contra a instituição de um terceiro mandato presidencial isolaram os entusiastas que se movimentam para reconduzi-lo ao Palácio do Planalto em 2010. Principal porta-voz da idéia, o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) faz ouvidos moucos à resistência e afirma que caberá ao PT, e não a Lula, lançar um nome à Presidência caso vingue o projeto da reeleição. “Eu respeito, mas não é ele (Lula) quem define. É o partido quem decide quem sai ou não candidato”, sentencia. Em decisão recente, a Executiva Nacional do PT se colocou contra a instituição de um terceiro mandato presidencial. A posição partidária levou o prefeito do Recife (PE), João Paulo Lima, um antigo defensor da idéia, a abandonar a militância por nova reeleição. “O partido está em consonância com a posição de Lula. Antes eu falava abertamente pelo terceiro mandato. Agora minha opinião é a opinião do partido”, esclarece o prefeito. “Descartar o terceiro mandato ele sempre descartou. Espero que, depois da entrevista, a oposição se acalme”, diz o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Denise Rothenburg - Correio Braziliense . 2804.

ELEIÇÕES & SUCESSÃO PRESIDENCIAL: "AQUELES QUE VIEREM DEPOIS DE MIM..." (profecia...)

Ninguém consegue fazer tudo em oito, nove ou dez anos, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que o período de dois mandatos é pouco para governar o país. Para o presidente, não dá para realizar as obras necessárias nesse espaço de tempo.
"Ninguém consegue fazer tudo em oito, nove ou dez anos. É preciso que a gente tenha um grupo de pessoas que assuma compromissos e que cada um faça mais do que o outro", disse Lula em Guarulhos (SP), onde assinou contratos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Se referindo ao prefeito de Guarulhos, Elói Pietá (PT), Lula afirmou que ele não conseguiria fazer tudo em seu mandato. "Nós agora temos que trabalhar para que quem vier no lugar do Elói faça mais que o Elói. Não pode fazer igual ou menos."
Lula disse ainda que espera que seu sucessor também seja melhor que ele. "Quem vier depois de mim... Só tenho que pedir a Deus para que seja uma pessoa mais abençoada que eu e faça mais que eu. Que olhe para os pobres mais que estou olhando." Ele afirmou que torcer para o sucessor fazer um mau governo é mesquinharia. "Seria mesquinharia torcer para que quem vier depois seja pior que a gente. Porque quem sofre não é quem está no governo, mas o povo pobre desse país." Lula repetiu ainda que tem governante que só gosta de pobre em período de eleição. "Está cheio de gente que só gosta de pobre na época da eleição. Aprendemos quem gosta de pobre antes, durante e depois das eleições. Não podemos permitir que esse país sofra um retrocesso." YGOR SALLESda Folha Online. 2804.

ENTREVISTA: GOVERNO LULA 'by' LULA [ELEIÇÕES/SUCESSÃO]

Entrevista exclusiva: Luís Inácio Lula da Silva

O governo terá um único candidato à Presidência da República em 2010, mesmo que os partidos aliados apresentem mais de um concorrente na disputa. Quem avisa é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista exclusiva aos Diários Associados, na última quinta-feira, no terceiro andar do Palácio do Planalto, Lula não chegou a dizer o nome do escolhido, mas deixou claro que trabalhará por ele. “Obviamente, se não for possível construir uma candidatura única da base, pode ficar certo de que o governo terá candidato”, declarou o presidente. “Penso em fazer o sucessor à Presidência da República. Trabalho para isso.” Acompanhado de Franklin Martins, ministro de Comunicação Social, Lula negou que já tenha escalado a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para enfrentar a oposição, ao alegar que só a “fantástica” capacidade gerencial da auxiliar não basta para lhe garantir o posto. Afirmou ainda que os competidores governistas terão que sair a campo logo depois das eleições municipais, para não deixar os governadores tucanos José Serra (São Paulo) e Aécio Neves (Minas Gerais) “sozinhos na praia”. Em tom acima do habitual, o presidente garantiu que não há possibilidade de tentar um terceiro mandato consecutivo. “Isso é uma coisa obscena para a sustentabilidade da democracia no Brasil.” Bem disposto, apesar de reclamar do cansaço físico decorrente da sessão diária de exercícios, de pouco mais de uma hora de duração, Lula tachou de “pequena” a discussão sobre gastos com cartões corporativos. Informou que instituirá o valor de uma diária para viagens, em resposta à crise. Prometeu punir o responsável pelo vazamento de dados sigilosos do governo anterior. E rechaçou a acusação segundo a qual o governo forjou um dossiê para atingir o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a ex-primeira dama Ruth Cardoso. “Achar que este governo iria fazer um dossiê contra a dona Ruth é não ter a dimensão de que, se eu quisesse fazer dossiê, teria feito em 2005, quando fui triturado por adversários que vocês conhecem bem. Eu posso ter todos os defeitos, mas se tem uma coisa que aprendi na minha vida é ter relação política leal.” Lula mostrou-se confiante em relação aos desafios na área econômica. Voltou a considerar a pressão inflacionária sobre os alimentos, por exemplo, “um bom desafio” para o Brasil, que teria terra, tecnologia e condições climáticas favoráveis para plantar, ao contrário dos Estados Unidos e da Europa. Em recado ao Banco Central, declarou que o Brasil não precisa ter medo da inflação, porque os investimentos em curso serão capazes de sustentar o crescimento da demanda. “Nós não queremos truncar o crescimento. Daí, a minha preocupação com os juros”. Em cerca de uma hora e vinte minutos de entrevista, o presidente esbanjou bom humor. Como de costume, puxou conversa falando de futebol e lamentando o desempenho do Corinthians, seu time de coração. Antes de enfrentar a bateria de perguntas, ainda encontrou tempo para brincar com o hábito de fumar cigarrilhas. “Está na minha mesa, para eu sancionar, um projeto que proíbe fumar em lugares fechados. Que ironia do destino.” Confira, abaixo, a entrevista na íntegra.
Que medidas o governo vai adotar para evitar que a comida encareça e enfraqueça o apoio político que o senhor tem entre a população mais pobre?
É injustiça achar que o reconhecimento da população mais pobre se deve só à questão da comida. A comida é um fator preponderante. Agora, é importante ter noção do que foi feito para os setores excluídos da sociedade. Do Bolsa Família ao Programa Luz para Todos, do Pronaf ao crédito consignado, do ProJovem às escolas técnicas. O que permite que você tenha uma densidade de política social como poucas vezes ou nenhuma vez o Brasil teve. Eu fui um dirigente sindical razoavelmente importante no Brasil, fiz as greves mais importantes, era muito difícil conseguir 1% de aumento real de salário. Hoje, 90% dos sindicatos estão fazendo acordos ganhando aumento de salário. Tem um conjunto de fatores que permite que a sociedade viva um pouco melhor. E um deles é a comida. Estamos vivendo um momento sui generis no mundo. Milhões de seres humanos começaram a comer nos últimos 10 anos. E a agricultura não cresceu proporcionalmente à demanda. Por isso, eu disse que é um bom desafio. Porque ter mais gente comendo significa que a gente precisa produzir mais. Temos terra para produzir mais, temos tecnologia para produzir mais, temos sol para produzir mais, temos água para produzir mais. Produzir mais alimentos para manter o preço do alimento estável. Na semana passada, eu dizia para o ministro Guido Mantega que não é mais possível discutir inflação sem colocar na mesa o ministro da Agricultura e o ministro do Desenvolvimento Agrário. Porque tem que ter um jogo combinado. Precisamos aumentar nossa produção. Esse é um desafio que não me preocupa. É um desafio que me alenta a provocar os produtores brasileiros a produzirem muito mais.
Como o governo vai administrar dois projetos que parecem conflitantes, biocombustível e alimento? E como evitar que a cana-de-açúcar para o etanol reproduza o tradicional modelo concentrador de renda?
Primeiro, é inconcebível alguém dizer que a questão do biocombustível tem alguma coisa a ver com o preço dos alimentos, porque o mundo não produz biocombustível e tem 800 milhões de pessoas que vão dormir sem comer. Os que criticam o biocombustível nunca criticaram o preço do petróleo. O mundo desenvolvido importa petróleo sem tarifa e coloca uma tarifa absurda para importar o etanol do Brasil. No fundo, o Brasil está sendo vítima na medida em que virou artista principal do jogo. Não somos mais coadjuvantes. Somos o maior exportador de café, de suco de laranja, de soja, de carne. O que precisamos, e na política do biodiesel está correto, é o chamado selo social. O produtor que contratar a produção do biodiesel da agricultura familiar tem isenção de impostos, exatamente para a gente não repetir o erro da cana. Temos dito claramente que, se quisermos ter sucesso (na Rodada de Doha de liberalização do comércio), é preciso que os países ricos flexibilizem nos preços agrícolas para que os produtos dos países mais pobres entrem no mercado rico, senão não há estímulo para os países plantarem. Então, parem de hipocrisia e comecem a comprar os combustíveis que estamos vendendo. Ou façam parceria com terceiros países. A Europa poderia fazer convênio, como nós fizemos em Gana. Vamos produzir em Gana para vender para a Suécia. Quero dizer uma coisa de coração: se um dia eu chegar à conclusão de que, para encher o tanque de um carro, meu tanque (apontando para a barriga) terá de ficar vazio, vou encher meu tanque primeiro para depois encher o tanque do carro. Não podemos é aceitar a discussão que os países ricos querem nos impor. Desde pequeno eu ouvia dizer que o Brasil seria o celeiro do mundo. Pois bem, a oportunidade se apresenta agora. A Europa não tem mais condição de aumentar a produção agrícola, são poucos os países que têm terra para aumentar. Quem é que tem? O Brasil, a África e a América Latina.
O senhor tem dito que o biocombustível e a cana-de-açúcar não pressionam a produção de alimento porque o Brasil tem muita terra, especialmente pastos degradados que poderiam ser utilizados. Se está sobrando terra para plantar cana, por que está faltando para a reforma agrária?
Não está faltando terra para a reforma agrária. No governo passado, em oito anos, eles distribuíram 22 milhões de hectares de terra. Nós, em cinco anos, distribuímos 35 milhões de hectares de terra. Qual é a divergência que tenho com o movimento dos sem-terra? É que acho que o problema não é assentar mais gente. O problema é fazer as pessoas que já estão na terra se tornarem mais produtivas. O que não pode é ficar colocando gente num canto, e eles continuarem tão miseráveis quanto estavam ontem. Precisamos aperfeiçoar a produtividade, a assistência técnica, o equilíbrio dos preços para quem já tem terra. Desse drama eu não sofro. O dado concreto é que estamos vivendo um bom desafio, e o Brasil não pode ter medo do bom desafio. O ruim seria se o mundo estivesse precisando de alimento e o Brasil não tivesse terra, tecnologia e conhecimento.
Essa escalada no preço dos alimentos deu razão ao Banco Central, que aumentou em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros?
Olha, não me peça para discutir o Banco Central. Você pode discordar da visão que o Banco Central está tendo de que a inflação daqui a um ano será de 6% ou 7%, ou você pode concordar. Então, cabe ao governo, em vez de ficar choramingando, tomar atitudes para evitar que os preços da comida subam. Naquilo que são preços que dependem do governo as coisas estão mais ou menos controladas. Então, eu acho que não há necessidade de a gente ter medo da inflação. A inflação tem que ser controlada porque durante 27 anos da minha vida vivi de salário como trabalhador e sei que a inflação é uma desgraça na vida de um operário. Então, precisamos aumentar a produção. Uma economia saudável é aquela em que você tem um crescimento da demanda e um crescimento da oferta andando mais ou menos juntos. Se a oferta cresce mais, você expande suas exportações. À medida que a demanda cresce um pouco mais e a oferta não cresce, temos um problema de aumento de preço. Não está acontecendo isso no Brasil. Não está acontecendo. Porque tem muitos investimentos. Esses investimentos num primeiro momento são consumo, porque você tem que comprar as coisas para construir uma fábrica, mas num segundo momento se tornam oferta. E é com essa idéia que nós trabalhamos para 2009. Os investimentos já estão feitos, já estão acontecendo. Nós passamos 26 anos sem fazer uma fábrica de cimento no Brasil. De repente, fomos obrigados a fazer 10 fábricas de cimento, porque a construção civil foi destravada. E nós não queremos truncar o crescimento. Daí a minha preocupação com o aumento dos juros.
A ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, tem a liderança política e a capacidade necessárias para enfrentar os desafios colocados ao país?
Por que você pergunta da Dilma e não do Franklin (Martins, ministro da Comunicação Social)? Eu tenho tido todo o cuidado e tenho consciência de que não é o momento de o presidente da República estar em campanha. Tenho dois anos e oito meses de mandato ainda, tem muita coisa para se fazer neste país, e eu não posso perder tempo fazendo campanha. Tomei uma decisão de que nas eleições municipais, onde a base estiver com mais de um candidato, não pense que eu vou lá porque eu não vou. Agora, também não pensem ou2026. Outro dia não sei quem foi que achou absurdo eu dizer que queria fazer meu sucessor. Houve alguém que ficou estarrecido. Ele deveria ficar estarrecido se eu não quisesse fazer. Penso em fazer o sucessor à Presidência da República. Trabalho para isso. Agora, eu tenho uma base muito heterogênea. Com que o presidente precisa contar neste momento? Com a hipótese de que a gente consiga montar uma chapa única da base aliada.
Como fazer isso?
Nós temos candidato a presidente e a vice, 27 governadores e 54 senadores (nas eleições em 2010). Portanto, temos cargos para contemplar essa base heterogênea. O PSB, por exemplo, é um aliado histórico e tem candidato à Presidência, o deputado Ciro Gomes, um candidato forte porque já foi candidato duas vezes, é uma pessoa conhecida, basta ver nas pesquisas. Mas também é bem possível que outros partidos queiram lançar candidato. E vocês jamais me verão reclamar de um partido querer lançar candidato. Se o PCdoB quiser ter candidato, se o PDT quiser ter candidato, eu acho normal, porque é o momento de o partido colocar a cara na televisão, de dizer qual é o seu programa, a sua proposta. Então, vocês não me verão nervoso porque os partidos terão candidato próprio. Obviamente, se não for possível construir uma candidatura única da base, pode ficar certo de que o governo terá candidato.
Por que o senhor escolheu a ministra Dilma?
Eu não estou dizendo que será a Dilma. Não sei quem está dizendo que é a Dilma. É muito difícil a gente tentar lançar alguém candidato sem que tenha uma discussão com o partido ou com os aliados. Se você perguntar das qualidades da Dilma, vou dizer para você uma coisa: existem raríssimas pessoas no Brasil com a capacidade gerencial da companheira Dilma Rousseff. Rarísssimas. A Dilma é de uma capacidade de gerenciamento impecável. E, sobretudo, é aquilo que a gente gosta, caxias. Então, eu acho uma figura extraordinária. Agora, entre ser uma figura extraordinária para gerenciar e ser candidata à Presidência é uma outra conversa, porque aí entra um ingrediente chamado política, que exige outras credenciais. Eu não estou discutindo isso agora. No momento certo, provocarei a discussão. [Ontem, 27.04.2008].

ONU/BIOCOMBUSTÍVEIS: ALIMENTO vs. 'ENERGIA'

Relator da ONU culpa biocombustíveis e especulação pela crise dos alimentos

A transformação de alimentos em biocombustíveis e a especulação financeira são as principais causas da alta dos preços dos produtos alimentícios, denunciou hoje o relator da ONU (Organização das Nações Unidas) para o Direito à Alimentação, Jean Ziegler, que qualificou a crise de "verdadeira tragédia".
O relator, que deu uma entrevista em Genebra para fazer um balanço de seu mandato, que termina nesta semana, disse que os biocombustíveis são "um crime contra grande parte da humanidade, algo intolerável", pois a transformação em massa de alimentos em combustível provocou a escalada dos preços de produtos básicos. Ziegler qualificou de "histórica e essencial" a reunião que as agências e organismos da ONU --com a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon realizam hoje em Berna (Suíça) para enfrentar a crise alimentícia. O relator apelou aos doadores do Programa Mundial de Alimentos da ONU para que aumentem suas doações, porque a agência "perdeu 40% de seu poder aquisitivo em três meses" devido à alta dos preços. Ziegler lembrou que 75 milhões de pessoas no mundo "dependem para sua sobrevivência de receber as provisões do programa". Segundo dados da FAO (Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) citados por Ziegler, no último ano, o preço dos cereais --especialmente o trigo-- aumentou 130%; o do arroz, 74%; o da soja, 87%; e o do milho, 53%. Além disso, há os custos do transporte dos alimentos, lembrou o suíço. Por isso, o relator defendeu uma moratória imediata durante pelo menos cinco anos na produção de biocombustíveis. Ziegler ressaltou que o "massacre cotidiano da fome" é uma crise "antiga", mas que no último mês e meio, com a forte alta dos preços no mercado mundial, "novas classes sociais caíram, por milhões, no abismo da fome". Uma família européia destina de 10% a 12% de seu orçamento à alimentação. No mundo em desenvolvimento, onde 2,2 bilhões de pessoas vivem na extrema pobreza, segundo o Banco Mundial, a proporção é de 85% a 90% da renda gastos com os alimentos. Sobre os biocombustíveis, disse entender que é preciso combater a mudança climática, "mas sem matar as pessoas de fome", e defendeu potencializar o transporte público e outras fontes de energia, como a elétrica. "O direito à vida e à alimentação é o principal", disse.
O relator criticou os Estados Unidos, que destinou no ano passado um terço de sua colheita de milho à produção de álcool, e a União Européia, por sua diretiva segundo a qual 10% de seu consumo energético deve vir dos biocombustíveis em 2020. "Todo o mundo está de acordo em que a UE não pode proporcionar isso, portanto é a África, que já está atingida pela fome, que deverá fazê-lo", acrescentou. Sobre a especulação, disse que "é responsável por 30% da explosão dos preços", especialmente a Bolsa de Valores de Chicago, onde os fundos de produtos básicos dominam 40% dos contratos. Disse que as duas causas, os biocombustíveis e a especulação, "não são fatalidades", mas têm remédio, como a moratória e controles mais severos, respectivamente.
Por fim, culpou a política "aberrante" do FMI (Fundo Monetário Internacional) por desenvolver culturas de exportação para reduzir a dívida externa, em detrimento de agriculturas de subsistência, e defendeu o fim dos "cultivos coloniais". O relator também lembrou que o novo diretor do Fundo, Dominique Strauss Kahn, "se referiu à moratória dos biocombustíveis como uma possibilidade a levar em conta".
da Efe, em Genebra/ Estadão. 28.04.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

28.abril.2008
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- Dengue provoca protestos no Rio
- Moradores do Rio fizeram uma passeata de protesto Dengue Não! Ordem Urbana, Sim, ontem, no Recreio dos Bandeirantes. A manifestação teve adesão de representantes de associações de moradores e organizações de trabalhadores. A doença já matou 58 pessoas na cidade, entre os 62 mil casos registrados este ano. (pág. 1 e Cidade, pág. A13).
GAZETA MERCANTIL
- MEC descobre 3 milhões de fantasmas
- Depois de onze anos repassando recursos para estados e municípios com base no censo escolar, o Ministério da Educação descobriu, em 2007, que eram falsas mais de três milhões de matrículas de alunos na rede de educação básica do País. Com o desaparecimento dos fantasmas, o Ministério economizou mais de R$ 3 bilhões em repasses a estados e municípios, como parte do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). A descoberta dos fantasmas só foi possível com a mudança na metodologia de obtenção dos dados de mais de 198 mil estabelecimentos públicos e privados de ensino básico. O censo baliza o repasse de recursos do MEC para as mais diversas ações, incluindo a compra de merenda escolar, materiais didáticos, construção e reforma de escolas e até pagamento de cursos de aperfeiçoamento para professores, como mostra a quarta série de reportagens do projeto Lição de Casa que a Gazeta Mercantil está publicando. (págs. 1, C4 e C5).
CORREIO BRAZILIENSE
- Aliados pedem definição de Lula sobre candidato
- Diante da declaração de que o governo terá candidato único à sucessão em 2010, dada pelo presidente em entrevista exclusiva publicada ontem no Correio, governistas defendem critérios para escolha do nome. (pág. 1 e Tema do Dia, págs. 2 e 3).
VALOR ECONÔMICO
- Italianos e russos na disputa da FAB
- A italiana Agusta e a russa Rosoboronexport estão na fase final da disputa pelo fornecimento de até 12 helicópteros militares de ataque para a Força Aérea Brasileira (FAB). Para a operação, iniciada em outubro, estima-se um investimento de até US$ 500 milhões. A FAB realiza análises financeiras e técnicas das duas ofertas para eleger qual equipamento se encaixa melhor às necessidades brasileiras. Os modelos são o MI 35, da Rosoboronexport, e o AW-109, da Agusta. As amricanas Bell e Sikorsky e a francesa Eurocopter também apresentaram propostas, que foram descartadas. O processo, entretanto, pode sofrer interferência de uma proposta da Helibras, controlada da Eurocopter, que planeja instalar uma linha de montagem para o modelo Super Cougar. Para isso, quer que o governo se comprometa a comprar pelo menos 50 unidades da aeronave. (págs. 1 e B6).http://www.radiobras.gov.br/sinopses.htm
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Serra faz de conta que vacina Lula
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José Serra(PSDB), governador de São Paulo, brincou de vacinar Lula contra a gripe. Embora sejam adversários políticos, os dois são mais amigos do que parece. Quando Fernando Collor foi derrubado por corrupção e Itamar Franco, seu vice, assumiu a presidência da República, o então senador Fernando Henrique Cardoso (PSDB) procurou Lula e pediu que o PT topasse fazer parte do novo governo. O PT não topou. Mas Lula indicou o nome de Serra para ministro da Fazenda. Foi o próprio Lula que me contou isso uma vez. Serra me confirmou que Lula já contou essa história para mais de uma pessoa. O que Serra também me disse foi que Itamar o chamou para conversar por sugestão de Fernando Henrique. Por duas vezes conversaram a respeito dos problemas do país. Então Itamar procurou Fernando Henrique e decretou: "Serra seria bom para presidente da República, ministro da Fazenda é pouco para ele". [Foto Ag. O Globo].
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Ford investe R$ 600 mi para dobrar produção de motores no Brasil
A Ford anunciou nesta segunda-feira investimento de R$ 600 milhões no Brasil, no complexo industrial de Taubaté (a 130 km de São Paulo) para a fabricação de uma nova família de motores. O investimento, segundo a empresa, vai ampliar a capacidade de produção da unidade, que deverá passar de 280 mil para 500 mil unidades por ano. De acordo com a montadora, o aumento da capacidade faz parte da estratégia global de motores da Ford e a produção dos novos propulsores será destinada, principalmente, aos veículos fabricados pela empresa no Brasil, além de ser exportada para outros mercados. A nova geração receberá o nome Sigma e ampliará a oferta de motores da montadora no país, somando-se à linha Zetec RoCam --que já teve mais de 1,9 milhão de unidades produzidas ao longo dos últimos dez anos e continuará equipando os modelos da marca. Folha Online, 2804.