PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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quarta-feira, setembro 26, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] FARINHA DO MESMO SACO































O CÉU É O LIMITE

...

26/09/2012 - 07h00

PRB quer Lula, Dilma e PT no palanque de Russomanno no 2º turno


FERNANDO RODRIGUES
DE BRASÍLIA


O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, disse considerar "natural" que o PT, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apoiem o candidato Celso Russomanno num eventual segundo turno pela Prefeitura de São Paulo se o adversário for José Serra (PSDB).
Em entrevista ao Poder e Política, projeto da Folha e do UOL, ele disse: "Nós temos essa expectativa. Acho que é muito mais do que justo, porque o PRB já nasceu aliado com o presidente Lula, com o PT, elegendo o José Alencar vice-presidente no segundo mandato do presidente Lula".

Licenciado de suas funções de pastor (desde 1994) e de bispo (desde 1999) da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcos Pereira é o principal operador político do Partido Republicano Brasileiro.
O "bispo licenciado" é uma categoria de religiosos da Iurd para trabalhos externos em áreas de interesse da organização. De licença, Marcos Pereira não exerce atividades religiosas em tempo integral, mas mantém o vínculo com a igreja.
No caso de Fernando Haddad (PT) passar ao segundo turno na eleição paulistana, o dirigente do PRB dá um sorriso. Sugere uma fórmula para a presidente Dilma:
"Eu imagino que ela deverá, obviamente, apoiar o Fernando Haddad. Mas sem críticas e sem tons agressivos ao outro candidato, que a apoiou na sua eleição em 2010 e o partido que a apoiou e hoje faz base do governo dela".

Marcos Pereira relatou também como foi o processo que levou o PRB a assinar um manifesto de partidos governistas em defesa de Lula, insinuando que a oposição estaria preparando um golpe.

Segundo o dirigente do PRB, coube ao ministro Marcelo Crivella (Pesca), que é do seu partido, analisar o documento a pedido do presidente do PT, Rui Falcão. "Eu não tive participação nenhuma na construção do texto, nem sequer li o texto", afirma Pereira.
Ele não diz que discorda, mas faz uma ressalva sobre o trecho que fala em golpe: "Eu teria discutido um pouco mais com eles o conteúdo da carta. Não há que se falar em golpe, na minha opinião".

Conciliador, Marcos Pereira retirou nesta semana de seu blog um texto escrito há um ano e meio e considerado ofensivo pela Igreja Católica. O líder do PRB sugeria ligação de católicos à proposta de distribuir um kit anti-homofobia em escolas. O caso agora ficou para trás: "Eu não estou aqui para julgar o que a Igreja Católica faz e deixa de fazer. Nós não devemos ficar discutindo religião [na campanha] porque isso é muito ruim para o fortalecimento e amadurecimento da democracia brasileira".

PERFIL

O advogado Marcos Antonio Pereira, de 40 anos, pode ser encaixado dentro do grupo de brasileiros emergentes dos quais tanto se fala neste início de século 21. De origem humilde, ascendeu a postos de direção na Igreja Universal do Reino de Deus e na TV Record. Hoje, é o presidente nacional do PRB (Partido Republicano Brasileiro).

Logo ao nascer, Marcos conta ter sido entregue para uma família de um mecânico de automóveis em Linhares, no interior do Espírito Santo. Nunca conheceu a mãe biológica. "Procurei, mas não achei. Agora, só se eu fosse no Programa do Ratinho, mas não acho que seja o caso", diz, bem humorado. Ele se diz resolvido sobre esse assunto e mostra, espontaneamente, um documento no qual só aparece o nome da mãe e não o do pai.
"Minha mãe era empregada doméstica em São Paulo. A história que me contam é que ela engravidou do patrão. Voltou para o Espírito Santo. Depois que eu nasci, foi embora e ninguém mais teve contato com ela".
Aos cinco anos, Marcos Pereira foi morar com a mãe de seu padrasto, em São Mateus, outra cidade do interior capixaba. Estudou em escolas públicas. Formou-se em 1989 como técnico em contabilidade após ter cursado o antigo segundo grau (hoje ensino médio) profissionalizante.
Tinha 17 anos e havia sido educado na fé católica. Chegou a pensar em ser padre. Mas acabou mesmo entrando para a Igreja Universal do Reino de Deus, em São Mateus. O templo funcionava na casa de sua futura (e até hoje) mulher. Aos 20 anos, já era pastor e tinha um escritório próprio de contabilidade.
Loquaz e com raciocínio organizado em suas apresentações, passou dois anos em Colatina, uma cidade média do Espírito Santo. Em 1994, a Universal o chamou para o Rio, onde passou a desempenhar funções administrativas na organização religiosa.
Em 1999, foi promovido a bispo. Em outubro do mesmo ano, foi transferido para São Paulo para ser o segundo homem na hierarquia administrativa da igreja no Brasil.
Sua capacidade organizacional o catapultou em 2002 para a TV Record, emissora ligada à Igreja Universal. Lá, foi diretor de rede, vice-presidente ("quando só havia um vice-presidente"), vice-presidente executivo e de relações institucionais.
Todas essas atribuições fizeram com que Marcos Pereira atrasasse suas pretensões acadêmicas e políticas. Só em 2005 formou-se em direito pela Unip. No ano seguinte, matriculou-se num mestrado na PUC, mas cursou só um semestre.
Preferiu se dedicar a uma maratona de aulas diárias no Instituto Berlitz em 2006. Hoje, é fluente em inglês. "Falo inclusive inglês jurídico. Falo com advogados internacionais em inglês", afirma. Em 2009, fez uma especialização em direito e processo penal no Mackenzie.
O curso no Mackenzie o animou a fazer carreira fora da Igreja Universal e fora da Record. Ele havia montado LM Consultoria em 2003, para prestar assessoria contábil e jurídica. Resolveu então deixar em 2010 o cargo de direção que ocupava na emissora de TV do bispo Edir Macedo.
Durou pouco tempo esse afastamento. Em 9 de maio de 2011, Marcos Pereira foi aclamado presidente nacional do PRB. Ele nem havia participado da montagem da legenda nos anos de 2004 e 2005. Mas o partido que passou a ser o braço político da Universal e da TV Record precisava dele para uma nova fase de crescimento.
"Quando eu tinha 18 anos, cheguei a pensar em me candidatar a vereador em São Mateus. Mas não deu. Eu passei muitos anos filiado ao PT do B. Depois, no início dos anos 2000, estive no PSB", relata.
Com 1m62 de altura e 60 quilos, o presidente do PRB é crítico com sua forma: "Estou precisando emagrecer. Mas de esporte eu não gosto muito. Torço para o Vasco, só que acompanho futebol mesmo durante a Copa do Mundo", diz. Vai se candidatar? "Não posso descartar. Só que 2014 talvez ainda seja cedo para mim".






Trechos da entrevista com Marcos Pereira - 11 vídeos

Dilma apoia PRB contra Serra no 2º turno (3:26)
Se o adversário for Haddad (PT), presidente do PRB disse esperar poucas críticas por parte dos petistas. Ele falou ao UOL e à Folha em 25 de setembro de 2012.

... TEMPO DE [RE]COLHER


25/09/2012
 às 14:42 \ Direto ao Ponto

‘Adeus, Lula’, por Marco Antonio Villa

Transcrevo o esplêndido artigo de MARCO ANTONIO VILLA
publicado no Globo desta terça-feira. É um texto que eu gostaria de ter escrito: 

A presença constante no noticiário de Luís Inácio Lula da Silva impõe a discussão sobre o papel que deveriam desempenhar os ex-presidentes. A democracia brasileira é muito jovem. Ainda não sabemos o que fazer institucionalmente com um ex-presidente. Dos quatros que estão vivos, somente um não tem participação política mais ativa. O ideal seria que após o mandato cada um fosse cuidar do seu legado. Também poderia fazer parte do Conselho da República, que foi criado pela Constituição de 1988, mas que foi abandonado pelos governos ─ e, por estranho que pareça, sem que ninguém reclamasse.
Exercer tão alto cargo é o ápice da carreira de qualquer brasileiro. Continuar na arena política diminui a sua importância histórica ─ mesmo sabendo que alguns têm estatura bem diminuta, como José Ribamar da Costa, vulgo José Sarney, ou Fernando Collor. No caso de Lula, o que chama a atenção é que ele não deseja simplesmente estar participando da política, o que já seria ruim. Não. Ele quer ser o dirigente máximo, uma espécie de guia genial dos povos do século XXI. É um misto de Moisés e Stalin, sem que tenhamos nenhum Mar Vermelho para atravessar e muito menos vivamos sob um regime totalitário.
As reuniões nestes quase dois anos com a presidente Dilma Rousseff são, no mínimo, constrangedoras. Lula fez questão de publicizar ao máximo todos os encontros. É um claro sinal de interferência. E Dilma? Aceita passivamente o jugo do seu criador. Os últimos acontecimentos envolvendo as eleições municipais e o julgamento do mensalão reforçam a tese de que o PT criou a presidência dupla: um, fica no Palácio do Planalto para despachar o expediente e cuidar da máquina administrativa, funções que Dilma já desempenhava quando era responsável pela Casa Civil; outro, permanece em São Bernardo do Campo, onde passa os dias dedicado ao que gosta, às articulações políticas, e agindo como se ainda estivesse no pleno gozo do cargo de presidente da República.
Lula ainda não percebeu que a presença constante no cotidiano político está, rapidamente, desgastando o seu capital político. Até seus aliados já estão cansados. Deve ser duro ter de achar graça das mesmas metáforas, das piadas chulas, dos exemplos grotescos, da fala desconexa. A cada dia o seu auditório é menor. Os comícios de São Paulo, Salvador, São Bernardo e Santo André, somados, não reuniram mais que 6 mil pessoas. Foram demonstrações inequívocas de que ele não mais arrebata multidões. E, em especial, o comício de Salvador é bem ilustrativo. Foram arrebanhadas ─ como gado ─ algumas centenas de espectadores para demonstrar apoio. Ninguém estava interessado em ouvi-lo. A indiferença era evidente. Os “militantes” estavam com fome, queriam comer o lanche que ganharam e receber os 25 reais de remuneração para assistir o ato ─ uma espécie de bolsa-comício, mais uma criação do PT. Foi patético.
O ex-presidente deveria parar de usar a coação para impor a sua vontade. É feio. Não faça isso. Veja que não pegou bem coagir: 1. Cinco partidos para assinar uma nota defendendo-o das acusações de Marcos Valério; 2. A presidente para que fizesse uma nota oficial somente para defendê-lo de um simples artigo de jornal; 3. Ministros do STF antes do início do julgamento do mensalão. Só porque os nomeou? O senhor não sabe que quem os nomeou não foi o senhor, mas o presidente da República? O senhor já leu a Constituição?
O ex-presidente não quer admitir que seu tempo já passou. Não reconhece que, como tudo na vida, o encanto acabou. O cansaço é geral. O que ele fala, não mais se realiza. Perdeu os poderes que acreditava serem mágicos e não produto de uma sociedade despolitizada, invertebrada e de um fugaz crescimento econômico. Claro que, para uma pessoa como Lula, com um ego inflado durante décadas por pretensos intelectuais, que o transformaram no primeiro em tudo (primeiro autêntico líder operário, líder do primeiro partido de trabalhadores etc, etc), não deve ser nada fácil cair na real. Mas, como diria um velho locutor esportivo, “não adianta chorar”. Agora suas palavras são recebidas com desdém e um sorriso irônico.
Lula foi, recentemente, chamado de deus pela então senadora Marta Suplicy. Nem na ditadura do Estado Novo alguém teve a ousadia de dizer que Getúlio Vargas era um deus. É desta forma que agem os aduladores do ex-presidente. E ele deve adorar, não? Reforça o desprezo que sempre nutriu pela política. Pois, se é deus, para que fazer política? Neste caso, com o perdão da ousadia, se ele é deus não poderia saber das frequentes reuniões, no quarto andar do Palácio do Planalto, entre José Dirceu e Marcos Valério?
Mas, falando sério, o tempo urge, ex-presidente. Note: “ex-presidente”. Dê um tempo. Volte para São Bernardo e cumpra o que tinha prometido fazer e não fez. Lembra? O senhor disse que não via a hora de voltar para casa, descansar e organizar no domingo um churrasco reunindo os amigos. Faça isso. Deixe de se meter em questões que não são afeitas a um ex-presidente. Dê um bom exemplo. Pense em cuidar do seu legado, que, infelizmente para o senhor, deverá ficar maculado para sempre pelo mensalão. E lá, do alto do seu apartamento de cobertura, na Avenida Prestes Maia, poderá observar a sede do Sindicato dos Metalúrgicos, onde sua história teve início. E, se o senhor me permitir um conselho, comece a fazer um balanço sincero da sua vida política. Esqueça os bajuladores. Coloque de lado a empáfia, a soberba. Pense em um encontro com a verdade. Fará bem ao senhor e ao Brasil.
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MEU ''PIBINHO'' AMARELINHO...



PIB e preços em 2012 e 2013

Autor(es): Armando Castelar
Correio Braziliense - 26/09/2012
 

Pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Na última edição, o Boletim Focus, que resume as previsões do mercado para a economia brasileira, projeta para este ano alta de 1,57% no PIB. Se confirmada, a taxa marcará o terceiro ano, em quatro, de fraco desempenho da economia, com expansão média no quadriênio 2009-12 de apenas 2,9% ao ano.
Os números são, porém, menos terríveis do que podem parecer à primeira vista. Dado o fraco desempenho do primeiro semestre, para crescer 1,57% em 2012, o PIB terá de se expandir a uma taxa anualizada no segundo semestre de 5,3%, três vezes mais rápido do que na média dos últimos sete trimestres.
Há sinais de que a atividade está se acelerando, a partir dos estímulos monetário, tributário, cambial e de crédito dados pelo governo. Além dos bons números do setor automobilístico, são evidência da aceleração as altas nas vendas de papel ondulado, utilizado para embalar produtos manufaturados, e no tráfego de caminhões em estradas. Outros fatores, como o bom momento do mercado de trabalho e das vendas do comércio varejista, não são novidade, mas formam terreno fértil para a retomada.
Ainda assim, é difícil crer numa aceleração dessa ordem na economia: seria talvez mais plausível trabalhar com a expansão média trimestral de 1% no segundo semestre, consistente com a projeção do mercado de alta de 4% no PIB em 2013. Essa taxa traria a expansão do PIB em 2012 para 1,37%.
Minha visão, porém, é que, mesmo essa projeção mais moderada, pode ser otimista por dois motivos. Primeiro, porque a economia e o comércio mundiais estarão operando em ritmo lento até meados de 2013 pelo menos. Isso significa que o investimento e as exportações andarão em ritmo fraco e é difícil que o consumo doméstico avance rápido o suficiente a ponto de compensar, inclusive porque haverá mais pressão para que mais da demanda interna seja suprida por importações.
Segundo, porque a abertura do PIB no segundo trimestre indica expansão mais fraca da economia do que sugere o número cheio. Assim, mais da metade do crescimento do PIB nesse trimestre decorreu da espetacular alta na agropecuária, de mais de 20% em termos anualizados. Excluído esse setor, o PIB cresceu menos no segundo trimestre do que no primeiro. Isso porque outros setores que vinham bem, como extrativa mineral, comércio, transporte e construção, apresentaram contração.
Por esses fatores, um ritmo anualizado de expansão de 3,2% no segundo semestre, trazendo a alta do PIB em 2012 para 1,2%, parece mais realista. E 2013? É razoável que os estímulos dados à economia continuem operando ano que vem, podendo acelerar o crescimento para algo mais próximo a 4%.
Mas, nesse caso, e a inflação? No já citado Boletim Focus, a previsão do mercado para o IPCA é de alta de 5,35% em 2012, próxima dos 5,32% previstos pelo mercado ao final de 2011. Naquela ocasião, porém, acreditava-se que o PIB cresceria 3,3%, mais do que o dobro, portanto, da projeção atual.
Isso ilustra o fato de que a capacidade de o Brasil crescer sem gerar inflação parece ter diminuído. A principal razão é que a taxa de desemprego está no mais baixo nível da série histórica. Assim, apesar de o PIB ter aumentado apenas 0,6% entre os primeiros semestres de 2011 e 2012, nesse período o emprego subiu 2% e o rendimento real 4,8%.
A curto prazo, há espaço para aumentar a produtividade do trabalho, pois há indicações de que as empresas estão retendo trabalhadores a despeito da fraca produção, mas o fôlego disso será curto se a aceleração do crescimento for forte. Além disso, a pressão sobre os salários será inexorável.
O governo deve reagir com novas isenções tributárias. É provável que também permita a apreciação do real. A queda do preço de eletricidade e a menor alta do salário mínimo também vão ajudar. Ainda assim, haverá pressões inflacionárias de várias fontes: em especial, os preços administrados devem subir mais do que em 2011, com a alta nas tarifas municipais, e as empresas devem buscar recompor as margens, aproveitando o aumento das tarifas de importação e do consumo doméstico.
Nesse quadro, talvez fosse mais sensato começar a desfazer alguns dos incentivos que estão sendo dados, buscando crescimento em 2013 mais próximo de 3%, que parece ser o limite de crescimento sem aceleração inflacionária do país. A alternativa é ir introduzindo distorções na economia, que vão continuar trazendo o potencial de expansão para baixo.

... PRATICAMENTE UMA ''SENA DA CEF''



SENADORES DÃO CALOTE E QUEM VAI PAGAR É VOCÊ

DRIBLE NO LEÃO SERÁ PAGO POR CONTRIBUINTE
Autor(es): JOÃO VALADARES
Correio Braziliense - 26/09/2012
 

A Receita Federal decidiu cobrar dos parlamentares o Imposto de Renda devido sobre os 14º e 15º salários recebidos nos últimos cinco anos. Mas eles já manobraram e empurraram a dívida para o Senado. Ou seja: é o contribuinte, que nunca viu a cor de um 14º e de um 15º, quem pagará outra vez a conta. A decisão do Fisco de intimá-los ocorreu depois de o Correio Braziliense denunciar que, além de embolsar os salários extras — privilégio não pago aos brasileiros que os sustentam —, eles ainda davam calote no Leão. Expostos a um vexame nacional, senadores votaram o fim dos salários extras. Mas, na prática, continuarão a pôr a mão nesse dinheiro. Isso porque a mordomia só deixará de existir se o projeto também for aprovado na Câmara, o que não aconteceu até agora.

Senado vai arcar com o Imposto de Renda devido pelos parlamentares nos últimos cinco anos referente ao 14º e ao 15º salários. Vice-presidente admite que colegas pressionaram a Mesa Diretora para, mais uma vez, escapar do Fisco
O calote histórico aplicado na Receita Federal por senadores e ex-senadores ao receber 14º e 15º salários e não pagar Imposto de Renda, revelado pelo Correio no início de março, vai ser coberto integralmente pelo Senado. Na prática, os valores que não foram descontados caíram direto no bolso dos senadores e vão ser pagos com o dinheiro do contribuinte. Após a denúncia, os parlamentares foram intimados em casa pelo Fisco. A intimação em massa causou grande constrangimento e repercutiu no Palácio do Planalto. O vice-presidente da Casa, senador Aníbal Diniz (PT-AC), afirmou ontem que, depois da notificação, os senadores pressionaram a Mesa Diretora. Venceram. Na tarde de ontem, ficou acertado que, até 3 de outubro, o Senado começa a pagar ao Leão toda a dívida dos parlamentares entre 2007 e 2011 — a Receita Federal só pode cobrar tributos devidos nos últimos cinco anos.
O Senado avisou que vai entrar na Justiça para tentar reaver o montante. Os valores que serão devolvidos à Receita não foram informados oficialmente, mas o Correio fez um cálculo aproximado. Considerando o período retroativo de alcance da cobrança devida, os parlamentares, juntos, deixaram de repassar ao Fisco aproximadamente R$ 10,8 milhões, incluindo as multas por imposto devido. Ao não pagar o IR referente aos salários extras, cada senador deixa de contribuir, por ano, com R$ 12.948. Durante um mandato inteiro, o parlamentar embolsa R$ 103.584.
O diretor da Secretaria Especial de Comunicação do Senado (Secs), Fernando César Mesquita, informou que está sendo elaborado um projeto de resolução sobre o tema. A expectativa é de que a proposta seja publicada hoje no Diário do Senado e, em seguida, deve entrar na ordem do dia.
Tributação

Logo após as primeiras denúncias do Correio, o Senado rebateu as reportagens em nota oficial, alegando que os rendimentos adicionais não seriam tributáveis "por terem caráter indenizatório". Logo em seguida, a Receita Federal alertou que os vencimentos eram tributáveis, sim, por apresentarem natureza remuneratória. O discurso oficial caiu por terra quando os próprios senadores, pressionados após as reportagens, aprovaram em plenário projeto que acaba com a regalia.
"Na medida em que a ajuda de custo foi abolida, o Senado se acusou e a Receita começou a exigir o pagamento. Então, os senadores pressionaram a Mesa para não serem punidos", Aníbal Diniz (PT-AC), vice-presidente do Senado
"O Senado percebeu que os senadores não poderiam ser responsabilizados simplesmente porque eles não tiveram culpa. O Senado só mudou de opinião agora. Na medida em que a ajuda de custo foi abolida, o Senado se acusou e a Receita começou a exigir o pagamento. Então, os senadores pressionaram a Mesa para não serem punidos", afirmou Aníbal Diniz.
Hoje, a versão oficial aponta que o erro que beneficiou os parlamentares teria sido ocasionado por uma falha administrativa do Senado. No entanto, o próprio presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), após a divulgação das reportagens, negou o equívoco e disse que um decreto do próprio Senado isentava o pagamento sobre os salários extras, considerados ajuda de custo. Na ocasião, ele acrescentou que cada senador deveria responder individualmente à intimação do Fisco.
Auditores da Receita Federal ouvidos pelo Correio durante a série de reportagens tinham assegurado reservadamente que, no caso específico dos senadores, todo o ônus financeiro iria recair nas costas dos parlamentares, enquanto pessoas físicas, e não do Senado. Prova maior é que a intimação não foi encaminhada aos gabinetes, e sim à residência dos políticos. A justificativa era simples: "A Receita é credora e o Senado é devedor. No entanto, a União não pode cobrar da própria União. Nesse caso, o empregador é a própria União. Por isso, todo o ônus financeiro vai ser lançado nos próprios senadores", alegou, na época, um auditor.
Nos estados, por exemplo, a Receita utilizou outra fórmula. Institucionalmente, as assembleias legislativas e os tribunais de contas que não descontaram o IR na fonte foram multados em R$ 67,9 milhões. Mesmo assim, além de pagar os atrasados com juros, cada político também foi taxado em 75% do valor da contribuição devida. O cálculo da quantia aplica o percentual de desconto referente ao IR nos rendimentos extras recebidos nos últimos cinco anos. Ainda há cinco assembleias legislativas espalhadas pelo país com contas em aberto.
Intocado desde a Constituição de 1946, o pagamento do 14º e do 15º salários a deputados federais e a senadores foi extinto, por unanimidade, em votação no plenário do Senado em maio deste ano. O projeto, que previa o fim da farra com dinheiro do contribuinte, dormia na gaveta da Casa havia mais de um ano. Só saiu da fila após as denúncias.
R$ 10,8 milhões
Valor estimado da dívida dos senadores com a Receita
Memória
Projeto adormecido na gaveta

Desde que foi aprovado no Senado em maio, o projeto de decreto legislativo que acaba com o 14º e o 15º salários está na Câmara dos Deputados e, por enquanto, deu um único e tímido passo. Apesar de existir um pedido para que tramite com urgência, o presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), afirmou, ainda no semestre passado, que deixaria a proposta seguir a tramitação normal e, consequentemente, mais lenta, passando pelas comissões. Dessa maneira, há o risco de os parlamentares receberam os extras no fim deste ano e no início do próximo.
O projeto chegou à Comissão de Finanças e Tributação (CFT) em 18 de maio e recebeu parecer favorável do relator, Afonso Florence (PT-BA), em 17 de julho, dia em que a Casa entrou em recesso. A atividade na Câmara foi retomada, mas as quatro reuniões da comissão marcadas para o período foram canceladas por falta de quórum. O projeto que extingue o 14º e o 15º salários foi colocado na pauta de votação da CFT, mas as eleições municipais serviram como desculpa para a ausência dos deputados.
Na Câmara, havia sete projetos em tramitação sobre o tema, sendo o mais antigo de 2006. Todos estavam engavetados e encontravam resistência dos parlamentares, mesmo após a decisão da Câmara Legislativa de, no início deste ano, abolir a regalia paga aos distritais. No Senado, havia uma proposta semelhante apresentada em fevereiro de 2011 pela então senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Os senadores só resolveram apreciar o tema em março, quando o Correio revelou que não havia desconto do Imposto de Renda do 14º e do 15º salários pagos aos senadores. Após a reportagem, o projeto que extingue o benefício foi aprovado em dois meses no Senado e seguiu para a Câmara. Os deputados recebem os adicionais, no entanto, segundo a Casa, há desconto normal do Imposto de Renda. (JV)
Um longo caminho
Veja o que falta para a proposta que acaba com a regalia do 14º e do 15º salários de deputados e senadores ser aprovada na Câmara
Após passar pela CAE e a CCJ, o projeto, que adormecia havia mais de dois anos na gaveta do Senado, foi aprovado em plenário, em 9 de maio passado.
Uma semana depois, a matéria chegou à Câmara dos Deputados.
Atualmente, o Projeto de Decreto Legislativo n° 569/2012 está na pauta da Comissão de Finanças e Tributação (CFT), que ainda analisa a questão.
Quando for aprovado na CFT, o texto segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que observará a legalidade jurídica da proposta e terá 10 sessões ordinárias para emitir um parecer sobre o texto.
Assim que passar pela CCJ, a matéria estará pronta para entrar na ordem do dia.
A decisão de colocar o projeto na pauta é tomada pelo presidente da Casa — deputado Marco Maia (PT-RS) —, ouvindo os líderes dos partidos. O texto só poderá ser votado em sessão ordinária deliberativa quando a pauta estiver destrancada.
Se aprovada a urgência, o texto pode entrar na pauta de uma sessão extraordinária a qualquer momento, dependendo somente da ordem do presidente ou do pedido dos líderes
Por tratar-se de projeto de decreto legislativo vindo do Senado, se for aprovado sem alteração, será promulgado imediatamente, sem a necessidade de ser sancionado pela presidente da República.

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

26 de setembro de 2012
O Globo

Manchete: Hora do mensalão - Supremo só terá novo ministro após eleições
Oposição temia que pedido de vista de Zavascki suspendesse julgamento

Em sabatina na CCJ do Senado, indicado por Dilma diz que decisão sobre sua participação no mensalão deve caber ao plenário do STF

Ao ser sabatinado na CCJ do Senado, o ministro do STJ Teori Zavascki, indicado pela presidente Dilma para o Supremo, evitou dar a certeza de que não participará do julgamento do mensalão, como queriam a oposição e parlamentares independentes da base aliada. Disse que a decisão deve caber ao colegiado do STF e comprometeu-se apenas a não pedir vista. Às vésperas do julgamento de José Dirceu, ex-chefe da Casa Civil, a resposta não convenceu os senadores: a sabatina foi suspensa e só será retomada depois das eleições de 7 de outubro. No Planalto, assessores disseram que Dilma não se incomodou, pois só teve pressa em indicar Zavascki para conter pressões do PT. (Págs. 1, 3 a 6 e editorial “A crise embutida num indulto a mensaleiros”)
Ibope: Haddad tem 18% e Serra, 17% em SP
Pesquisa divulgada ontem aponta Fernando Haddad (PT) pela primeira vez à frente de José Serra (PSDB) na disputa por uma vaga no segundo turno. O petista ultrapassou o tucano depois que Lula, sob ataques que o associam ao mensalão, perdeu força na campanha. No Rio, Eduardo Paes (PMDB) lidera, com folga. Em Minas, Márcio Lacerda (PSB) venceria no 1º turno. (Págs. 1, 7 e 9)
Obama: liberdade combate radicais
Em discurso na Assembleia Geral da ONU, o presidente dos EUA, Barack Obama, criticou ofensas ao Islã, mas defendeu a liberdade de expressão como arma eficaz contra o extremismo. Em São Paulo, um juiz determinou ao YouTube tirar do ar o vídeo ofensivo a Maomé. (Págs. 1 e 31)
Dilma quer pacto anticrise
Na ONU, Dilma pediu ação global pelo crescimento e criticou o protecionismo dos países ricos. (Págs. 1, 23 e 24)
Senado aprova texto criticado por Dilma (Págs 1 e 11)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Dilma ataca os EUA e diz que defesa da indústria é legítima
Na ONU, presidente critica o aumento da circulação de dólar na economia, que prejudica exportações do Brasil

Em discurso na ONU, a presidente Dilma criticou a política dos EUA de injetar mais dinheiro na economia, o que prejudica as exportações brasileiras, e defendeu sua política de proteção da indústria. “Não podemos aceitar que iniciativas legítimas de defesa comercial sejam injustamente classificadas como protecionismo.”


Na semana passada, o governo dos EUA acusou 0 Brasil de protecionismo pela alta de tarifas de importação.

Dilma criticou as políticas de austeridade sem estímulos ao investimento da Europa e voltou a defender o “reconhecimento do Estado palestino como membro pleno da ONU”. Ela também condenou o embargo a Cuba.

Ao falar da crise na Síria, a presidente disse que “recai sobre o governo de Damasco a maior parte da responsabilidade” e que só “diplomacia e diálogo” podem colocar fim à violência no país islâmico. (Págs. 1 e Mundo A14)

Análise

A presidente pôs no mesmo nível o ‘preconceito islamofóbico’ e a morte de diplomatas dos EUA na Líbia, escreve Patrícia Campos. (Págs. 1 e Mundo A15)

Fotolegenda: Logo após criticar os países ricos, Dilma teve encontro casual com Obama, em Nova York.
Indicado ao STF afirma que não vai paralisar mensalão
Indicado para o Supremo, Teori Zavascki afirmou em sabatina no Senado que caberá à corte decidir sobre a participação dele no julgamento do mensalão.

Ele disse, porém, que não pedirá vista do processo, caso seja aprovado como ministro e decida atuar no julgamento. Sua sabatina foi interrompida e será retomada após as eleições. (Págs. 1 e Poder A4)
Condenada pelo Supremo diz que a vida é ‘dura demais’
Kátia Rabello, principal acionista do Banco Rural, usado no mensalão, afirma em carta divulgada a amigos que convive com um sentimento de injustiça e que a vida é “dura demais”, relata Mario Cesar Carvalho. A banqueira, que pode ir para a prisão após condenação pelo STF, diz saber do risco que corre e ter medo. (Págs. 1 e Poder A6)
Antonio Delfim Netto
Tentam destruir a imagem de Lula com aleivosias. (Págs. 1 e Opinião A2)
Na briga pelo 2º turno, Haddad tem 18% e Serra, 17%, diz Ibope
Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) estão tecnicamente empatados, com 18% e 17% dos votos para prefeito de São Paulo, segundo pesquisa do Ibope.

Celso Russomanno lidera com 34%. É primeira vez que o petista aparece numericamente à frente do tucano. A margem de erro é de três pontos percentuais. (Págs. 1 e Poder A9)
Por tributo menor, carro precisará de mais peça nacional
Para as montadoras terem isenção da alíquota adicional de IPI, o governo Dilma vai exigir que elas passem a fabricar, em 2017, veículos que tenham, em média, 70% de peças produzidas no Brasil ou no Mercosul, informa Valdo Cruz. (Págs. 1 e Mercado B1)
Homicídios voltam a crescer no Estado e na capital de SP
Após queda em julho, o Estado de São Paulo teve em agosto aumento de 8,6% nos homicídios em comparação ao mesmo mês do ano passado. Na capital, o crescimento foi de 15,2%. (Págs. 1 e Cotidiano C1)
Editoriais
Leia “Receita na ofensiva”, sobre cobranças mais duras do fisco, e “Em memória de Herzog”, acerca dos primeiros resultados da Comissão da Verdade. (Págs. 1 e Opinião A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Dilma diz na ONU que ganho com protecionismo é espúrio
Diante de Barack Obama, presidente rebateu acusação de que o Brasil estaria adotando práticas protecionistas

Na presença do presidente dos EUA, Barack Obama, a presidente Dilma Rousseff rebateu na ONU as acusações de que o Brasil estaria adotando medidas protecionistas, informa o enviado especial Leonencio Nossa. Ela classificou de “espúria e fraudulenta” a vantagem comercial obtida por meio dessa e de “todas as formas de manipulação do comércio”. Pouco antes, Dilma havia atacado a forma como as nações ricas têm tentado enfrentar a crise, com prejuízo para as exportações de países como o Brasil pela fixação de uma taxa de câmbio artificial. A fala de Dilma se segue a dura troca de cartas entre Brasil e EUA. Na semana passada, o representante de comércio americano, Ron Kirk, escreveu criticando a decisão brasileira de elevar a tarifa de importação de cem produtos. (Págs. 1 e Economia B1 e B3)

Dilma Rousseff
Presidente da República

“Iniciativas legítimas dos países em desenvolvimento não são protecionismo”.
Síria expõe diferenças entre Brasil e EUA
Na ONU, Barack Obama atacou a intolerância e o extremismo, defendeu a Primavera Árabe e disse que não aceitará um Irã nuclear. Dilma Rousseff apontou “ilegalidade” nas coalizões lideradas pelos EUA e no apoio logístico e militar à oposição síria. (Págs. 1 e Internacional A13 e A14)

Fotolegenda: Frente a frente

Dilma encontra Obama após discurso na ONU: divergências na economia e na política externa.
Pesquisa aponta Haddad com 18% e Serra com 17%
Pesquisa Ibope/TV Globo divulgada ontem aponta os candidatos Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) empatados tecnicamente em segundo lugar, com 18% e 17%, respectivamente, das intenções de voto. Celso Russomanno (PRB) permanece na liderança, com 34%. Em relação à pesquisa feita há duas semanas, Haddad oscilou 3 pontos porcentuais para cima e Serra, 2 para baixo. A margem erro é de 3 pontos. (Págs. 1 e Nacional A10)
Teori mantém dúvida se julgará mensalão
Indicado ao STF na vaga aberta com a aposentadoria de Cezar Peluso, Teori Zavascki evitou responder, durante sabatina no Senado, se vai ou não participar do julgamento do mensalão. A sessão foi interrompida e só será retomada depois das eleições. (Págs. 1 e Nacional A4)
Homicídios crescem 15% em SP em agosto
Os homicídios cresceram 15,2% em agosto na capital e 8,6% no Estado ante agosto de 2011. No total, foram 106 mortes na capital. Nos oito primeiros meses, a alta é de 15,4% na capital e de 6,3% no Estado (391 casos). De março a agosto, só houve queda em julho. (Págs. 1 e Cidades C1)
Senado aprova MP do Código Florestal
O Senado aprovou ontem a medida provisória do Código Florestal, mantendo regras já vetadas pela presidente Dilma Rousseff. O texto segue para sanção. A principal discordância é a redução da faixa mínima de mata exigida nas margens dos rios para médios produtores. (Págs. 1 e Vida A17)
Fotolegenda: Contra o corte de gastos
Ao menos 64 ‘indignados’ ficaram feridos e 26 foram presos em protesto ontem em frente ao Parlamento em Madri. (Págs 1 e Economia B9)
Papéis da ONU ligam o Brasil a Operação Condor (Págs. 1 e Nacional A8)

Demitida diz que dados não eram confidenciais (Págs. 1 e Esportes E3)

Celso Ming
Aperta que vai

É perda de tempo argumentar com bancos. Cedem só sob pressão ou quando concorrência para valer começa a desmanchar seu jogo oligopolista. (Págs. 1 e Economia B2)
Antero Greco
Medalha de lata

As cópias de arquivos da Olimpíada de Londres formaram episódio constrangedor e humilhante para os brasileiros, anfitriões da próxima festa. (Págs. 1 e Esportes E2)
Roberto DaMatta
Rezar?

Ando rezando às claras e às escuras. Vejo no Brasil que julga o mensalão um dado novo e alarmante para os poderosos de todos os matizes e estirpes. (Págs. 1 e Caderno 2, D12)
Notas & Informações
O discurso de Dilma

A crítica da presidente à política dos bancos centrais do mundo rico é um tanto superficial. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense

Manchete: Senadores dão calote e quem vai pagar é você
A Receita Federal decidiu cobrar dos parlamentares o Imposto de Renda devido sobre os 14º e 15º salários recebidos nos últimos cinco anos. Mas eles já manobraram e empurraram a dívida para o Senado. Ou seja: é o contribuinte, que nunca viu a cor de um 14º e de um 15º, quem pagará outra vez a conta. A decisão do Fisco de intimá-los ocorreu depois de o Correio Braziliense denunciar que, além de embolsar os salários extras — privilégio não pago aos brasileiros que os sustentam —, eles ainda davam calote no Leão. Expostos a um vexame nacional, senadores votaram o fim dos salários extras. Mas, na prática, continuarão a pôr a mão nesse dinheiro. Isso porque a mordomia só deixará de existir se o projeto também for aprovado na Câmara, o que não aconteceu até agora. (Págs. 1 e 2)
Candidata a vereadora de Valparaíso é fuzilada
Sandrimeire da Silva (PSDC) foi morta com 17 tiros dentro do carro, na frente da filha de 12 anos. O TRE de Goiás pediu reforço da PF para garantir a segurança no Entorno durante o primeiro turno das eleições, em 7 de outubro. (Págs. 1 e 23)
Congresso quer explicação de ministro sobre o espião preso na Abin (Págs. 1 e 5)

Dilma faz críticas a países ricos e condena islamofobia
Nova York — A presidente abriu a Assembleia Geral da ONU com um discurso contra a ditadura da austeridade e o protecionismo dos países desenvolvidos. E propôs um amplo pacto para que o mundo retome o crescimento. Ela foi aplaudida ao atacar a “escalada islamofóbica” no Ocidente. Já Obama, em campanha pela reeleição, foi duro com o Irã. Disse que os EUA farão de tudo para impedir Ahmadinejad de ter armas nucleares. (Págs. 1, 16 a 18 e Visão do Correio, 14)
Mensalão: O polêmico voto de Teori Zavascki
Em sabatina no Senado, indicado para o STF diz que Corte decidirá se ele pode julgar o caso, nega intenção de pedir vista e afirma: “11º voto só pode prejudicar o acusado”. (Págs. 1, 3 e 4)
Malha fina pega 3,6 mil servidores da Câmara (Págs. 1 e 10)

Outro livro de Lobato é tachado como racista (Págs. 1 e 8)

Agnelo escolhe Paulo Tadeu para o TCDF (Págs. 1 e 24)

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Valor Econômico

Manchete: Grandes bancos enfrentam desafio do ajuste de contas
As ações dos grandes bancos sofreram fortes quedas ontem na bolsa de São Paulo. Foi mais um sinal de que o mercado acredita que as instituições financeiras deverão enfrentar um duro processo de ajuste de contas nos próximos anos em função da mudança radical no cenário doméstico. Taxas de juros menores, achatamento dos spreads e expansão mais lenta das carteiras de crédito representam uma nova realidade para o setor.

Anteontem, o Bradesco surpreendeu o mercado ao cortar pela metade as taxas de juros dos cartões de crédito. Ontem, o Itaú Unibanco, que também já havia cortado suas taxas, anunciou que até o fim do ano vai reduzir os juros cobrados em todas as operações de cartão para um dígito. (Págs. 1, C2 e C3)
Governo vai agir para conter o dólar
O governo acredita que a nova rodada de expansão monetária promovida pelos principais bancos centrais terá impacto no mercado nacional, obrigando o Brasil a adotar novas medidas para impedir a apreciação do real. O Banco Central (BC) deve acelerar a compra de reservas.

Outras ações para controlar o fluxo de divisas não estão descartadas. "Há um risco de vazar [moeda] para cá. Temos que trabalhar isso", disse um integrante da equipe econômica. O BC vê pressão do aumento da liquidez internacional sobre os preços das commodities, mas aposta que isso será parcialmente neutralizado pela desaceleração da China. (Págs. 1 e A2)
Espanha lança novo pacote de austeridade
O governo espanhol vai impor restrições a esquemas que possibilitam que as pessoas se aposentem antes da idade obrigatória, aos 65 anos, como parte de um pacote de reformas que visa conter a dívida do país e reavivar a economia, disse o primeiro- ministro, Mariano Rajoy, ao "Wall Street Journal" e à agência Dow Jones Newswires. Segundo Rajoy, as reformas que serão anunciadas amanhã incluem a criação de um novo órgão de fiscalização tributária e programas de capacitação profissional.

Ontem, manifestantes entraram em choque com a polícia em Madri em protesto contra as medidas de contenção de gastos do governo. Milhares se reuniram no centro da cidade. (Págs. 1 e A11)
Muda regra para preço de transferência
As operações de importação e exportação de insumos e commodities entre multinacionais brasileiras e coligadas no exterior terão de seguir novas regras de preço de transferência a partir de janeiro. O preço de transferência é uma forma de cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da CSLL que estabelece margens de lucro para insumos ou produtos em operações com coligadas no exterior. A intenção é evitar que empresas brasileiras façam remessas de lucro ao exterior para pagar menos tributos. Ao contrário do que queria o governo, a mudança pode levar a ações judiciais. (Págs. 1 e E1)
Dinheiro do petróleo não beneficia saúde
Campos dos Goytacazes e Macaé, no norte do Rio, são as duas cidades que mais se beneficiam com a exploração de petróleo no país. Entre 2000 e 2010, receberam R$ 9,7 bilhões e R$ 4,6 bilhões, respectivamente, em royalties. Mas como ocorre na maioria das "cidades do petróleo", a riqueza proporcionada por essa atividade não resultou em melhora significativa dos indicadores de saúde.

Por isso, a saúde pública é um dos temas dominantes da campanha eleitoral em Campos, cidade sob influência da família Garotinho, e Macaé, cuja administração é alinhada ao governador Sérgio Cabral (PMDB). A começar pelo fato de médicos estarem em quase todas as principais chapas. (Págs. 1 e A14)
Grupo de Eike tem 'fôlego' para dois anos
As empresas da holding EBX, controladas por Eike Batista, têm hoje um caixa consolidado de US$ 9 bilhões, suficiente para garantir as atividades das diferentes companhias por um período de dois anos, na avaliação de fontes próximas ao grupo. Os recursos não cobrem 100% das necessidades, mas asseguram uma situação confortável em "larga escala" até 2014. Entre analistas do mercado financeiro existe, porém, a avaliação de que várias empresas da EBX - a maioria delas em fase pré-operacional - precisarão buscar recursos no mercado de capitais para executar seus planos de negócios dentro dos prazos e custos previstos. A CCX, que tem ativos de carvão na Colômbia, precisaria de US$ 1,5 bilhão. Na mineradora MMX, analistas estimam que haveria necessidade de R$ 1,5 bilhão.

Mas o cenário atual é bem distinto dos anos anteriores, quando predominou alta liquidez nos mercados e interesse dos investidores tanto no crescimento brasileiro quanto no grupo EBX. Além disso, há uma tendência de queda dos preços das commodities, sobretudo do minério de ferro, muito importante para o grupo. Portanto, o momento é desfavorável para empresas que precisam se financiar. (Págs. 1 e B9)
Pesquisas confundem eleitor na Venezuela
A menos de duas semanas da eleição, os venezuelanos têm uma ideia muito vaga sobre quem está à frente da corrida presidencial. A incerteza é alimentada pelos institutos de pesquisa, que apontam resultados muito diferentes entre si.

"Efetivamente, diante de tantas pesquisas e tão diferentes resultados, cria-se um clima de confusão", diz Héctor Briceño, professor do Centro de Estudos de Desenvolvimento da Universidade Central da Venezuela. "Mesmo empresas de tradição, que acertaram o resultado de votações anteriores, apresentam números distintos". (Págs. 1 e A11)
’Pressa' na indicação de ministros ao Supremo é regra, e não exceção (Págs. 1 e A5)

Uruguai é o segundo país sul-americano a dar direito de aborto às mulheres (Págs. 1 e A11)

Dilma e Obama na ONU: ela rebate acusações de protecionismo (Págs. 1 e A3)

Americanas são as mais influentes
Pesquisa aponta que Google, Apple, Microsoft e Facebook são as empresas mais influentes com atuação no Brasil. Entre as 20 principais estão Petrobras, Banco do Brasil e os Correios. (Págs. 1 e B4)
IP entra na impressão digital
Maior fabricante mundial de papéis para imprimir e escrever, a americana International Paper (IP) estreia no segmento de papel em bobina para impressão digital (Chambril ImageLok) no Brasil. (Págs. 1 e B8)
Equatorial fica com a Celpa
A Equatorial Energia, controlada pela Vinci Partners, acertou a compra da Centrais Elétricas do Pará (Celpa), controlada pelo grupo Rede Energia. Em recuperação judicial, a distribuidora custou R$ 1. (Págs. 1 e B10)
Rússia barra milho transgênico
A Rússia suspendeu as importações do milho transgênico NK 603 desenvolvido pela Monsanto, após divulgação de estudo que apontou risco de câncer em ratos alimentados com o produto. (Págs. 1 e B13)
Sangue novo
As medidas já adotadas pelo governo federal para realavancar a economia neste ano e, principalmente, em 2013 e o pacote em preparação com novos produtos financeiros para estimular a dívida privada dão um novo impulso ao mercado de capitais como fonte de recursos para as empresas. (Págs. 1 e Especial)
Emak inicia operação própria
O grupo italiano Emak, fabricante de máquinas para os setores agrícola, florestal e industrial, que atuava no Brasil por meio de representantes, vai assumir a operação de seus negócios no país, com centro de distribuição em Curitiba. (Págs. 1 e B14)
Açúcar para a Índia
Usinas indianas assinaram acordos para comprar até 450 mil toneladas de açúcar bruto brasileiro para entrega até o fim do ano, devido à diferença entre os preços domésticos e internacionais. São as primeiras importações em mais de dois anos. (Págs. 1 e B14)
Reajuste polpudo em cargos técnicos
Mesmo com a desaceleração da economia, a escassez de mão de obra tem impulsionado os salários, inclusive em cargos de nível técnico. Em áreas como TI e construção civil, os salários para esses profissionais quase dobraram em 12 meses. (Págs. 1 e D3)
Ideias
Rosângela Bittar

Avaliações de técnicos que acompanham o julgamento do mensalão desautorizam o reconhecimento de inovações. (Págs. 1 e A8)

Martin Wolf

Alemanha pagou preço alto por sua estratégia mercantilista. Dentro ou fora do euro, essa estratégia não pode seguir. (Págs. 1 e A13)
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