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terça-feira, abril 24, 2012
EDUCAÇÃO [In:] NINGUÉM VAI AO MERCADO SEM ELA (*)
Sem educação não há salvação
Autor(es): José Pastore |
O Estado de S. Paulo - 24/04/2012 |
A depressão de 1929 teve efeitos devastadores nos Estados Unidos. Da noite para o dia boa parte da riqueza virou pó. A produção industrial caiu 50% e o comércio internacional encolheu 70%. Mais de 5 mil bancos faliram. Agravadas por uma impiedosa seca, as safras fracassaram por completo. O desemprego disparou, chegando à casa dos 25%.
Para dar uma ocupação a milhões de pessoas que estavam sem ter o que fazer, o governo americano, em meio de tantos cortes nos orçamentos, decidiu expandir as bibliotecas públicas para ali acomodar os que estavam desempregados. Assim foi feito. Os acervos aumentaram, os espaços e os horários de funcionamento se ampliaram. Surgiram nessa época as bibliotecas circulantes para atender os leitores das pequenas cidades e da zona rural.
Qual foi a consequência daquela iniciativa? Importantíssima. Durante quase dez anos, milhões de desempregados se ocuparam com a leitura. O resultado foi o previsível: no meio de tantos desastres, o país enriqueceu o seu mais precioso ativo - o capital humano - e com isso enfrentou os desafios da retomada do crescimento.
A história está repleta de exemplos desse tipo. O Plano Marshall teve sucesso na Europa porque, mesmo durante a guerra, a educação foi preservada. Muitas escolas funcionaram até mesmo em dias de bombardeio.
Depois da terrível devastação nuclear de Hiroshima e Nagasaki (agosto de 1945), o Japão se levantou com base no bom preparo da sua gente. A Coreia do Sul ressurgiu das cinzas após o conflito dos anos 50 e renasceu novamente depois da crise de 1998 - nos dois casos, com base na educação do seu povo.
Li com muita atenção a matéria da revista The Economist (10/3/2012) que revelou uma interessante recorrência nos Estados Unidos: neste ano de 2012, no meio da recessão que ainda assola aquele país, 60% dos americanos de 16 a 24 anos - um recorde histórico! - estão matriculados nas universidades americanas. Mais fantástico é verificar que, entre 2005 e 2011, as bolsas de estudo passaram de 5,5 milhões para 9,6 milhões. O crédito para pagar as matrículas também aumentou de forma expressiva.
Nos Estados Unidos, 50% dos jovens entre 18 e 19 anos estão matriculados nas universidades. E mais: 16% dos que têm mais de 35 anos estudam em escolas de nível superior, ainda que em tempo parcial.
Como se vê, no momento em que faltam empregos, os jovens decidiram sentar nos bancos escolares. Tudo indica que a história vai se repetir. Os Estados Unidos sairão da recessão atual com mais capital humano. Tenho dúvidas de que isso venha a acontecer com os países mais afetados pela crise na Europa (Portugal, Espanha, Itália, França e Grécia), que estão cortando fundo os orçamentos da educação.
No Brasil, por sua vez, estamos desperdiçando a oportunidade dos bons ventos da economia. Sim, porque, mesmo com todos os incentivos do Pro-Uni, menos de 15% dos jovens cursam as escolas de nível superior. A taxa média de evasão é de 22% e, nas escolas particulares, onde está a maioria dos alunos, chega a 26%. Nessas escolas, a ociosidade atinge 52% das vagas existentes.
Esse quadro precisa mudar não apenas no aspecto quantitativo, mas, sobretudo, no qualitativo. A julgar pelo desempenho dos estudantes nas provas de avaliação, verifica-se que a qualidade do ensino da grande maioria de nossas faculdades está fortemente comprometida pelo conluio entre escolas que fingem que ensinam e alunos que fingem que aprendem. Uma farsa.
A melhoria da educação, além dos visíveis impactos nos campos da cidadania e da democracia, é crucial para elevar a produtividade do trabalho e a competitividade das empresas e da economia como um todo. Para os trabalhadores, é essencial para a elevação da renda e o progresso na carreira. No mundo competitivo, sem educação, não há salvação.
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(*) ... só Carolina não viu (Carolina. Chico Buarque).
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS
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A Comissão de Reforma do Código Penal aprovou ontem proposta que pune pelo crime de enriquecimento ilícito o político, juiz ou servidor público que obtiver patrimônio incompatível com a renda declarada por ele. Pelo projeto, que deve ser encaminhado à presidência do Senado até junho, agentes públicos com patrimônio a descoberto poderão receber pena de até 8,5 anos de prisão. Se o texto for aprovado, o Código deixará de exigir provas do crime que levou à obtenção dos bens. “Talvez seja o tipo penal mais abrangente contra a corrupção na administração pública”, disse o presidente da comissão, Gilson Dipp, ministro do STJ. (Págs. 1 e 3)
A retirada do apoio do Partido para a Liberdade, de extrema-direita, por críticas ao ajuste proposto pela União Européia, derrubou o governo holandês. Além da Holanda, incertezas políticas na França, recessão na Espanha e dados mais fracos da zona do euro e da China provocaram perdas nas Bolsas mundiais. No Brasil, a queda foi de 1,53%. Já o dólar fechou em alta de 0,69%, a R$ 1,8830, a maior cotação desde 25 de novembro. (Págs. 1, 19 e 25)
O empresário Carlinhos Cachoeira, preso sob acusação de corrupção, usou o vínculo com o senador Demóstenes Torres (ex-DEM) para tentar anular na Justiça a validade da investigação da PF, relatam Leandro Colon e Fernando Mello.
Na defesa apresentada em Goiás, seus advogados alegam que o caso, por envolver um parlamentar, deveria ter sido remetido ao Supremo Tribunal Federal e que, portanto, as provas obtidas por decisão judicial de primeira instância são ilegais. (Págs. 1 e Poder A4, A6 e A7)
Governista, o Partido da Liberdade foi contra elevar a idade de aposentadoria de 65 para 66 anos. (Págs. 1 e Mundo A15)
As companhias aéreas negociam com o governo pacote de ajuda que permita a queda dos custos. (Págs. 1 e Mercado B1)
A crise da dívida levou ontem à queda do governo da Holanda, o décimo da União Europeia a cair em apenas dois anos. Além disso, a Espanha anunciou nova recessão. Os problemas derrubaram as bolsas de valores. No Brasil, o dólar subiu 0,43% e fechou a R$ 1,881. Na Holanda, não houve acordo político para aprovar medidas de austeridade que resultariam em corte de € 16 bilhões. Entre as ações estava o aumento da idade mínima para aposentadoria, de 65 para 66 anos. Agora, os holandeses precisam apresentar em menos de dez dias seu novo orçamento à UE, com o compromisso de reduzir o déficit de 4,3% do PIB para 3%. “Há uma nuvem negra sobre a Holanda”, declarou um ministro. A situação é vista como possível precedente contra o pacto fiscal. O socialista François Hollande, que liderou o primeiro turno presidencial francês, também quer rever o acordo. (Págs. 1 e Economia B1 e B3)
Geert Wilders
Líder da extrema direita holandesa
“Não queremos que os nossos aposentados sofram por conta dos ditadores de Bruxelas”
A guerra contra as drogas no México está levando os traficantes a usar a Argentina como centro de refino e rota de envio para a Europa. (Págs. 1 e Visão Global A12)
A redução da Selic serviu como maré vazante que, na visão do governo, deixou a descoberto pedras e siris malandros que dificultam cortar o juro. (Págs. 1 e Economia B6)
A maioria parece mais irada com o comportamento pessoal de Sarkozy do que com suas políticas. (Págs. 1 e A3)
A proposta foi aprovada pela comissão de juristas que trabalha a serviço do Senado no anteprojeto de reforma do Código Penal. Hoje, para aplicar sanções legais a um agente público desonesto, a Justiça ou a investigação policial precisam provar que ele enriqueceu de forma irregular. Com a mudança, será possível presumir o enriquecimento ilícito. Basta que o aumento do patrimônio seja incompatível com a renda do acusado, e ele não consiga comprovar a origem legal dos recursos. Os juristas devem concluir esse trabalho até o fim de maio. A partir daí, começa a tramitar no Senado na forma de projeto de lei e poderá sofrer alterações. (Págs. 1 e 7)
A Receita recebe as declarações só até 30 de abril. O Correio responde hoje perguntas de leitores sobre questões como planos de saúde e compra de imóveis. (Págs. 1 e 13)
Esse diagnóstico consta da Proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2013, encaminhada em meados do mês ao Congresso Nacional. Nela, o governo faz uma avaliação detalhada da situação financeira do FAT até 2015 e prevê a continuidade dos déficits nos próximos anos. (Págs. 1 e A3)
Na primeira fase do programa, quase a totalidade das bolsas se concentrou nos EUA e não permitiu que os alunos escolhessem a universidade de preferência, tarefa executada por uma agência de colocação contratada pelos executores da política governamental. (Págs. 1 e A14)
Luis Curi, vice-presidente da Chery no Brasil, vê grande potencial nos vizinhos latino-americanos. Apenas para Chile e Argentina, a Chery envia da China em torno de 22 mil veículos por ano. "Como a Argentina impõe restrições aos carros importados fora do Mercosul é certo que poderíamos vender mais se a exportação for feita pela fábrica brasileira", disse. Para a Venezuela, são mais 20 mil veículos. (Págs. 1 e B8)
Mais do que as criticadas estatizações e o alegado autoritarismo do presidente, a explosão da violência é hoje a questão que mais preocupa os venezuelanos. Outro problema é a inflação de dois dígitos. (Págs. 1 e A10)
Os números mostram que não há nada que possa nos incriminar como “poderosos destruidores do equilíbrio mundial”. (Págs. 1 e A2)
Em tempos de nova classe média e de inevitável mexida na caderneta, é preciso inovar nas políticas pró-poupança. (Págs. 1 e A13)