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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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terça-feira, maio 31, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] CARCIMONAS

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Homenagem aos chargistas brasileiros.
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ALEMANHA-ENERGIA NUCLEAR [In:] ''DAS KAPITAL''

PIONEIRA, ALEMANHA FECHARÁ TODAS AS USINAS NUCLEARES

RECUO NUCLEAR


O Globo - 31/05/2011

Alemanha divide opiniões ao anunciar plano para desativar as 17 usinas do país até 2022


A manobra é ousada - transformar-se na primeira grande potência industrial a renunciar à energia nuclear - e causou divergências não só na União Europeia, como dentro da Alemanha, onde críticos a acusam de ter caráter eleitoreiro. Apesar das opiniões contrárias, o governo da chanceler federal Angela Merkel anunciou ontem que todas as 17 usinas nucleares da Alemanha - país onde foi realizada a primeira fissão do átomo em 1939 - serão desativadas até 2022. Dizendo-se movida pelo drama do acidente nuclear de Fukushima, no Japão, Merkel seguiu o parecer de uma comissão de ética, prometendo investir em fontes de energia renováveis.

- Respeitamos a decisão, mas isso não vai nos fazer mudar nossa política nuclear - reagiu o primeiro-ministro da França, François Fillon, cujo país depende da produção nuclear para suprir 76% de sua demanda energética.

Os franceses advertiram que será impossível para a UE atingir suas metas de reduzir as emissões de gases-estufa sem o uso de "alguma energia nuclear". O ministro do Meio Ambiente da Suécia, Andreas Carlgren, também criticou a iniciativa alemã, deixando escapar uma preocupação de cunho econômico.

- Em vez de usinas nucleares, eles vão construir novas usinas de carvão e gás, e importar energia da França - disparou o sueco.

Merkel anunciou o fim da era nuclear alemã após um encontro de mais de 13 horas que reuniu, além de integrantes do Gabinete, representantes dos partidos do governo e também da oposição - e sob forte pressão de cerca de 160 mil manifestantes que foram às ruas em 21 cidades do país no último fim de semana, exigindo que o governo acelerasse o processo de desnuclearização da Alemanha. O projeto, agora, será submetido ao Parlamento, onde deverá ser aprovado, pois Merkel conta com apoio da oposição na decisão.

- Acreditamos que podemos mostrar aos países que querem abandonar a energia nuclear que é possível crescer, criar empregos e prosperidade econômica optando por fontes renováveis de energia - declarou a chanceler federal, dona de um PhD em Física.

Governo diz que não há volta na decisão

Apesar do discurso em defesa de energia limpa, o governo não detalhou de que maneira vai substituir a energia nuclear - apenas citou metas gerais de aumentar dos atuais 17% para 35% a participação das fontes renováveis na matriz energética nacional, além de diminuir em 10% o consumo de energia em seu território. Até março passado - quando oito das usinas mais antigas foram desligadas em caráter provisório - 23% da energia usada na Alemanha vinham dos complexos nucleares do país. Segundo o ministro alemão de Meio Ambiente, Norbert Röttgen, essas instalações tiveram as atividades suspensas logo após o acidente nuclear no complexo japonês de Fukushima e já não vão mais retomar as atividades.

De acordo com o cronograma do governo, as outras centrais atômicas deverão continuar operando até 2021 - sendo que as três unidades mais modernas poderão, eventualmente, seguir produzindo energia até 2022 caso haja problemas de abastecimento elétrico durante a transição. O fim da era nuclear, no entanto, é irreversível, afirmou Röttgen.

- Foi um debate político. Não houve discussão com representantes do setor econômico ou empresas fornecedoras de energia, e não haverá cláusulas de revisão - garantiu, enfático.

Ele lembrou que a medida também faz parte do projeto de reduzir as emissões de gases-estufa da Alemanha em até 40%. Analistas, porém, alertam que usinas termelétricas a carvão terão de aumentar sua atividade e, provavelmente, crescerá a demanda pela energia de usinas nucleares nas vizinhas República Tcheca e França.

A mudança súbita de postura ocorre apenas nove meses depois de o governo de Berlim anunciar a ampliação do prazo de funcionamento das usinas nucleares do país por pelo menos 12 anos. Mas, o acidente provocado pelo terremoto seguido de tsunami no Japão, em março, segundo Merkel, influenciou na decisão alemã de rever sua matriz energética.

A decisão remete à proposta semelhante feita há 11 anos pela coalizão verde e social-democrata do então chanceler federal Gerhard Schroeder - que aprovara, à época, o fim da era nuclear até 2021. Muitos veem na mudança de Merkel, cuja popularidade vem caindo, uma manobra para conquistar votos de opositores, sobretudo no Partido Verde, que lhe impôs uma das mais duras derrotas ao vencer as eleições regionais, em março, em Baden-Wurtemberg, reduto eleitoral conservador há 50 anos.

- Não acho que ela vá arrebatar muitos votos dos verdes, que vinham promovendo essa ideia há décadas. Mas com seus aliados Democratas Livres (FDP) tão fracos e Merkel procurando novos parceiros, a questão atômica era um obstáculo importante a ser removido - observa o cientista político Carsten Koschmieder, da Universidade Livre de Berlim.

Ativistas comemoraram o fim da era nuclear, mas Merkel não escapou de críticas. Classificando a liderança da chanceler federal de confusa e oportunista, a revista "Die Zeit" lamentou a "falta de direção" do partido governista, a União Democrata Cristã (CDU). Já o diário "Financial Times Deutschland" destacou líderes regionais criticando a CDU por acreditarem que o partido deveria "seguir suas ideias e não pesquisas de opinião".

A pressão virá, ainda, do poderoso lobby nuclear alemão, que não hesita em lembrar o fantasma de apagões, sobretudo no inverno. O presidente da Federação de Indústrias da Alemanha, Hans-Peter Keitel, foi um dos primeiros a se manifestar: pedindo ao governo que não crave a data definitiva para dar fim às usinas, mas que tenha flexibilidade para observar os problemas nos próximos anos - além, é claro, do aumento no preço da energia.

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KASSAB-PSD [IN:] OPOSIÇÃO. "brincô !!! "

PSD estará contra o PT na maioria das capitais

Autor(es): Cristian Klein | De São Paulo
Valor Econômico - 31/05/2011

Eleições: Sigla de Kassab será oposição a petistas em 14 cidades


Rota de fuga de políticos da oposição que querem se abrigar no governo federal, o PSD terá um comportamento distante do PT nas eleições de prefeituras-chave no ano que vem. Em apenas cinco das 26 capitais, o partido criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, figura num cenário mais claro de aliança com o PT ou com grupos políticos aos quais petistas estão alinhados.

Todas pertencem ao Nordeste: Aracaju, Fortaleza, Maceió, Salvador e São Luís. Em sete capitais, a situação está indefinida ou é de ambiguidade, entre as quais as três maiores: São Paulo, Rio e Belo Horizonte. Em mais da metade, 14 capitais, o PSD deverá marchar contra o PT. É o mesmo número de cidades em que a legenda surge com pré-candidatos.

Nas 14 capitais onde estão em lados opostos, a situação reflete a incompatibilidade entre petistas e adversários tradicionais de mudança para o PSD. São egressos de partidos como o PSDB e o DEM que, se no plano nacional podem mudar de posição sem muita turbulência, não tem como fazer com que o eleitor esqueça o histórico de rivalidade sem grande estranhamento.

Teresina, no Piauí, é um caso exemplar. Ali, a flexibilidade do PSD é grande. O futuro presidente estadual do partido, o deputado federal Júlio César Lima, tenta convencer o colega da Câmara Hugo Napoleão (ambos de saída do DEM) a concorrer à prefeitura. Como Napoleão está reticente, Lima afirma que o PSD pode compor com o PTB, do prefeito Elmano Férrer; com o PSB, que cogita lançar o vereador Rodrigo Martins, sobrinho do governador Wilson Martins; e com o PSDB, de Firmino Filho. "Em política tudo é dinâmico. Vamos ver quem tem mais aceitação popular", diz. Uma aliança com o PT, contudo, é praticamente descartada. "Até temos uma relação com o ex-governador e senador Wellington Dias, mas com o partido, o PT, fica mais difícil pela nossa história", afirma Lima, ao citar sua trajetória e a de Napoleão. Ambos pertenceram à Arena e a todas as siglas que dela descenderam: PDS, PFL e DEM.

Em Palmas, no Tocantins, a senadora Kátia Abreu deverá se lançar à prefeitura. Sua ida para o PSD foi marcada pelo anúncio surpreendente da adesão à base do governo federal, ao qual se opôs ferrenhamente durante os anos Lula. Mas, na capital, ela e o PT ainda se mantêm a léguas de distância. Sinal disso é o convite de Kátia Abreu para que o prefeito Raul Filho, expulso do PT, ingresse no PSD. O prefeito tornou-se persona non grata no partido depois que, no ano passado, apoiou a candidatura de João Ribeiro (PR) ao Senado em detrimento à do correligionário Paulo Mourão.

Nas três capitais do Sul, a relação também será de oposição entre PT e PSD. Fruto do modo como o partido de Kassab está entrando na região, pelas mãos de rivais tradicionais dos petistas.

Em Florianópolis, Santa Catarina, a chamada Tríplice Aliança (PSDB, PMDB e agora PSD no lugar do DEM), que sustenta o governador Raimundo Colombo, líder do PSD no Estado, tem os petistas como adversários históricos. Em Curitiba, o PSD fará uma composição com o PSDB e o PSB do prefeito Luciano Ducci, que busca a reeleição, ou terá candidatura própria, que pode ser a do ex-deputado federal tucano Gustavo Fruet, que se notabilizou nacionalmente como inimigo petista durante as investigações do escândalo do mensalão, em 2005. Em Porto Alegre, o PT não deve se aliar nem ao prefeito José Fortunati (PDT), que dirá ao PSD caso a legenda seja controlada pelo PP ou pelo ex-governador Germano Rigotto (PMDB).

A ambiguidade na relação entre PT e PSD prevalece em sete capitais, três das quais são as maiores. O prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, de casa, dá exemplo da estratégia camaleônica que delineou para o partido, que segundo ele é "independente", nem de esquerda, centro ou direita. Ao mesmo tempo em que se diz fiel a uma possível candidatura de seu aliado tucano, o ex-governador José Serra, Kassab constrói pontes que permitam uma aliança com o PT. Reflexo disso é o apoio ao nome do seu secretário do Verde, Eduardo Jorge (PV), ex-petista.

No Rio, a situação também é indefinida, mas por outras razões. O amplo bloco de apoio à reeleição de Eduardo Paes (PMDB) hoje inclui o PT. Mas a entrada do ex-candidato a vice-presidente de José Serra, Indio da Costa, como vice na chapa de Paes pode levar ao rompimento e a um voo solo dos petistas.

Nem tanto pela origem dos integrantes do PSD ou pelo histórico de rivalidade com o PT, a situação em Belo Horizonte é indefinida por natureza, para quase todos, dado o imbróglio decorrente da eleição de Márcio Lacerda (PSB), em 2008, apoiado tanto por petistas quanto por tucanos. A união improvável, que agora tende a se desfazer, torna o cenário incerto.

O deputado federal Geraldo Thadeu (ex-PPS) resume o farto cardápio do PSD. A sigla pode lançar seu colega Alexandre Silveira (também de saída do PPS). Pode apoiar o prefeito caso ele fique com o PSDB. Pode também com o PT. E o nome da oposição, o deputado Leonardo Quintão (PMDB), estaria descartado? "Por que não?", pergunta Thadeu, para acrescentar. "Eleição municipal tem características próprias. O próprio Aécio não apoiou o Márcio Lacerda sendo o vice do PT?"

Em Campo Grande, o PSD está nas mãos de Antônio João Hugo Rodrigues, dono do maior grupo de comunicação do Mato Grosso do Sul, que quer realizar o sonho de ser prefeito. Devido a atritos, uma aliança com o bloco capitaneado pelo governador André Puccinelli (PMDB), em torno da sucessão do prefeito Nelsinho Trad, é inviável. A aproximação com o PT é antiga. Antônio João foi suplente e exerceu o mandato de senador por quatro meses em substituição a Delcídio Amaral. Mas uma coligação com o partido no Estado passa pelas pretensões de outro cacique, o ex-governador Zeca do PT, com quem também já teve desavenças.

Diante desse quadro, o empresário neófito na política mostra suas preocupações. "Pretendo disputar com coligação. Meu problema não é dinheiro. É que não tenho tempo de TV", diz.

Como dois terços do tempo de propaganda gratuita no rádio e na TV são baseados na bancada eleita para a Câmara dos Deputados na eleição anterior, o PSD em 2012 terá direito a apenas o tempo mínimo: um terço dividido igualmente entre todos os partidos ou coligações que apresentarem candidatos.

A dificuldade não impede, pelo menos por enquanto, que em 14 capitais haja pretensões de candidatura própria do PSD.

Isso não ocorre, contudo, nas cinco cidades em que a sigla está afinada com o grupo do PT. Nestes casos, o PSD sabe que irá na esteira dos petistas ou de seus aliados.

Na Bahia, por exemplo, o deputado federal José Carlos Araújo (ex-DEM) afirma que o partido está apenas começando e não há condições para lançar um nome. No máximo, tentar emplacar o vice na chapa petista, que seria o deputado estadual Alan Sanches, de saída do PMDB. "O partido é novo. Não dá para ter pretensões na capital. Mas, no interior, vamos ter candidatos próprios com o apoio do PT", afirma.

PT-PMDB/FRITADAS PALACIANAS [In:] ''POBRE MENINO, RICO"

COM PALOCCI FRACO, PMDB QUER NOVA ARTICULAÇÃO POLÍTICA

PMDB VÊ ENFRAQUECIMENTO DE PALOCCI E COBRA MUDANÇA NA ARTICULAÇÃO POLÍTICA


Autor(es): Christiane Samarco
O Estado de S. Paulo - 31/05/2011

Episódios da semana passada, sobretudo o aviso do chefe da Casa Civil de que ministros peemedebistas seriam demitidos, abalaram relação de confiança com o governo; Temer recebeu ontem correligionários na residência oficial e aguarda gestos de Dilma

O PMDB quer mudanças na articulação política do Palácio do Planalto e duvida da sobrevivência no cargo do chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. O diagnóstico, que atinge em cheio o núcleo político do governo, começou a ser propalado ontem por líderes do partido como efeito colateral do desgaste provocado pelas cobranças ásperas do Planalto ao partido depois da derrota na votação do Código Florestal. A cúpula peemedebista avalia que houve quebra de confiança na relação com o PT e a presidente Dilma Rousseff.

Foi neste clima que Michel Temer reuniu ontem a bancada do PMDB no Senado para um jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência. Dos 18 senadores do partido, apenas Jarbas Vasconcelos (PE) avisou que não compareceria. Pela manhã, a presidente entregou o cargo interinamente a Temer antes de viajar para o Uruguai.

Havia sido combinado que os dois fariam da ocasião um momento de armistício entre o PMDB e o governo após os sucessivos desencontros de articulação política da semana passada, mas a foto oficial divulgada pela Presidência mostra uma tentativa de um abraço distante.

Apesar dos esforços de reconciliação desencadeados, peemedebistas já começam a discutir como será o reforço na interlocução política do governo. O partido entende que o rearranjo interno já está em curso e que, por isso mesmo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, ampliou seu raio de ação e ganhou mais peso na interlocução do Planalto.

Personagem. Dirigentes do partido apostam que o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, entrará em campo nos próximos dias para reforçar o time da interlocução com o Congresso. Será uma solução ad hoc, que vai durar enquanto Palocci estiver "mergulhado".

A própria viagem de Cardozo na comitiva oficial de Dilma ao Uruguai foi considerada um sintoma dessa atribuição informal. Não apenas por conversar bem com o vice Temer, mas pelo conhecimento que tem do Congresso (ele foi deputado) e pelo trânsito fácil junto aos líderes da base aliada, conquistado nos tempos de atuação parlamentar.

É neste cenário que se apresenta ao PT e ao governo o desafio de administrar a indignação dos peemedebistas por conta do telefonema de Palocci a Temer na semana passada. O ministro ameaçou demitir ministros do PMDB, depois da derrota do Executivo na votação do Código Florestal.

O script do PMDB está montado. Temer aguarda um chamado de Dilma, hoje, para uma conversa definitiva sobre a crise.

Foto. Ontem, na Base Aérea de Brasília, a presidente e seu vice conversaram por menos de cinco minutos. A assessoria palaciana, de Dilma e Temer, chegou a ventilar que ambos posariam para uma foto para demonstrar a pacificação na base e com o PMDB. Não foi o que se viu. A impressão geral, após divulgada a foto, foi de uma cena protocolar, e não da aliança pacificada.

No episódio da ameaça de demissão aos ministros do PMDB, o que mais indignou os peemedebistas foi o fato de Palocci ter acionado o viva-voz para que duas testemunhas petistas participassem da conversa com o vice: o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e o líder do governo na Câmara, Candido Vaccarezza (PT-SP). Este é mais um ingrediente no caldeirão da crise que, na avaliação geral, só será superada se houver empenho de ambas as partes.

Lenha na fogueira. Num momento em que o governo busca arrefecer os conflitos na base, o secretário-geral da Presidência,Gilberto Carvalho, foi questionado, em entrevista à rádio Estadão/ESPN, sobre a contaminação da crise envolvendo Palocci nas ações de governo e disse que o Executivo "não depende" do Congresso para trabalhar.

"Evidente que nas relações políticas há um problema. Isso é inegável, não vamos fechar os olhos a isso. Mas quero dizer que uma coisa são essas relações, outra coisa são as ações do governo. Nós não dependemos do Congresso para seguir trabalhando", disse o ministro.


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(*) Riquinho. Personagem de revista ''em quadrinhos''.
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GOVERNO DILMA/VICE TEMER [in:] ''APARÊNCIAS, NADA MAIS, SUSTENTARAM NOSSAS VIDAS..." *

As aparências enganam

Hora de rearticular


Autor(es): Denise Rothenburg
Correio Braziliense - 31/05/2011

A cordialidade entre Dilma e Temer esconde a tensão pela crise entre PT e PMDB e as mudanças na articulação política. Já Guido Mantega sorriu para Christine Lagarde, mas não garantiu o apoio do Brasil à candidatura dela ao FMI.

Planalto dará mais poder ao ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, nas negociações com aliados no Congresso

Diante da crise que levou o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, a cuidar de dar explicações ao Ministério Público e à base aliada sobre o faturamento de sua empresa, o governo se mostra disposto a reformular a articulação política do Congresso com o Planalto. O primeiro ensaio dessa reforma segue no sentido de dar mais poder ao ministro de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, que, até então, cuidava basicamente de receber e retornar as ligações telefônicas daqueles parlamentares que procuravam por Palocci e o ministro da Casa Civil não conseguia atender.

Ontem, por exemplo, Luiz Sérgio almoçou com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL). Foi o primeiro encontro mais reservado entre os dois desde a posse da presidente Dilma Rousseff. O PMDB, especialista em “mergulhos” — o que em política significa “sair de cena” —, acha que Palocci precisa se preservar mais, de forma a não deixar os parlamentares irritados com ele. Como o tempo do ministro da Casa Civil parece dedicado à sua defesa, o mais sensato na opinião de muitos é dar a Luiz Sérgio mais atribuições, como a questão de cargos de segundo escalão, a liberação de emendas ao orçamento que dizem respeito direto aos parlamentares e também mais acesso à presidente Dilma.

Ocorre que essas atribuições estão hoje mais afeitas à Casa Civil do que propriamente ao ministério de Relações Institucionais. Luiz Sérgio não tem tanto acesso direto à presidente Dilma como o ministro da Casa Civil, seu fiel escudeiro durante toda a campanha presidencial. A área de Luiz Sérgio é vista como aquela que só leva problemas, e não soluções, à presidente. Para completar, Luiz Sérgio não vai a jantares com a base aliada, enquanto alguns de seus antecessores, Alexandre Padilha e José Múcio Monteiro, tinham às vezes, uns três encontros a cada quarta-feira. Faziam périplos nos jantares promovidos pelos partidos e sempre levavam uma mensagem de apreço do presidente à base política. Como diz um alto comandante partidário, “nem José Múcio nem Padilha tinham poder de decisão sobre a liberação de verbas, mas o sujeito saía satisfeito da conversa com eles. Luiz Sérgio parece que não pegou essa manha”.

Diagnóstico
Os parlamentares avaliam que Dilma também não é lá muito paciente no quesito conversas políticas. Ela costuma dedicar horas a estudar um programa governamental, analisando dados e chances de sucesso. Mas não é do seu feitio ficar cinco horas discutindo assuntos políticos, como chamar um líder para conversar sobre cenários, a situação dos partidos da base, as perspectivas da oposição, o futuro político de alguns aliados, temas que Lula era capaz de discorrer por muito tempo, enquanto bebericava um bom destilado e fazia a discussão da relação de seu governo com a base aliada.

Dilma tentará exercer esse papel nos jantares e almoços que participará com os parlamentares daqui para frente, mas não dispensará a presença de Palocci, que aproveitará para se explicar. Luiz Sérgio também irá mais a jantares partidários sem a presidente. No almoço com Renan, por exemplo, os dois tentaram colocar os “pingos nos is”. Juntos, avaliaram que qualquer um no lugar de Luiz Sérgio teria as mesmas dificuldades, não tanto pela força de Palocci, mas pelo fato de o Ministério de Relações Institucionais cuidar de assuntos que dizem respeito a outras pastas como a liberação de verbas.

Luiz Sérgio e Renan fizeram ainda um diagnóstico do PMDB, que tem muito mais aliados hoje no governo do que no passado, daí o fato de Renan dizer ao ministro que não acredita na criação de uma CPI para investigar Palocci. Inclusive no G-8, o grupo dos oito senadores independentes, há quem tenha mais afinidades com o Planalto do que com a oposição, caso, por exemplo, do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), ex-ministro de Lula. “Crises são normais, fazem parte do processo político. Tem que se estar preparado para essas coisas”, disse Renan, que buscava uma “sintonia fina” dentro do PMDB, no jantar de ontem à noite na residência oficial do vice-presidente da República, Michel Temer, com 15 senadores.

O encontro entre Renan e Luiz Sérgio ocorreu menos de uma semana depois do café da manhã de Luiz Inácio Lula da Silva com os líderes no Senado. Naquela ocasião, um dos problemas apontados pelos líderes foi a falta de autonomia de Luiz Sérgio para atender os parlamentares. O próprio PT reclamou. Integrantes da tendência Construindo Um Novo Brasil (CNB) — o grupo mais alinhado a José Dirceu e do qual Luiz Sérgio e o líder no Senado, Humberto Costa, fazem parte — consideram que Luiz Sérgio tem um perfil para o cargo, mas não consegue exercer o seu papel porque está tudo centralizado nas mãos de Palocci. Luiz Sérgio não foi convidado para aquele café por puro esquecimento. Agora, ao que parece, todos se lembraram dele.


OAB defende licença de Palocci do cargo
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, defendeu ontem que o ministro Casa Civil, Antonio Palocci, se licencie de imediato do cargo até que explique de forma convincente o seu crescimento patrimonial em 20 vezes, nos últimos quatro anos. Ophir criticou a Controladoria-Geral da União (CGU) por não ter aberto investigação contra o ministro e disse ser favorável à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias. De acordo com o presidente da OAB, a entidade não tem poderes para interferir junto à Justiça na investigação do caso, mas, segundo ele, a Ordem tem o dever “cobrar posturas éticas” das autoridades públicas.


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(*) APARÊNCIAS. Márcio Greyck.

"Aparências, nada mais,
Sustentaram nossas vidas
Que apesar de mal vividas têm ainda
Uma esperança de poder viver
Quem sabe resbuscando essas mentiras
E vendo onde a verdade se escondeu...".

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TEMER/PALOCCI-GOVERNO DILMA [In:] ''MAS NÃO TEM NADA NÃO, VAI TUDO AZUL, N´AMÉRICA DO SUL ..." *

30/05/2011 - 12h19

Temer diz a ministros que atritos com Palocci 'ficaram no passado'




ANA FLOR
DE BRASÍLIA

Em reunião para discutir os conflitos agrários na região da Amazônia, o presidente em exercício Michel Temer afirmou que os atritos com o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) "ficaram no passado".

Temer, que está no exercício da Presidência em função da viagem de Dilma Rousseff ao Uruguai, falou aos ministros que a coordenação do governo está fluindo normalmente e que discussões de trabalho não deixam sequelas.

Temer afirma que elevou tom de voz com Palocci
Após assassinatos, governo faz reunião para discutir conflitos agrários

Ele evitou a imprensa após a reunião, que acabou há pouco na sede da Vice-Presidência.

Na semana passada, Temer e Palocci tiveram uma discussão por telefone. A razão foram as disputas entre PT e PMDB, exacerbadas durante a negociação e votação do Código Florestal na Câmara.

Na tentativa de garantir o apoio do PMDB, que acabou não ocorrendo, Palocci telefonou ao vice e transmitiu ameaça da presidente Dilma, de que demitiria todos os ministros da sigla.

Palocci é coordenador político do governo e pivô de uma crise no governo, depois que a Folha publicou que o seu patrimônio multiplicou por 20 em quatro anos e que sua empresa faturou R$ 20 milhões em 2010, ano eleitoral.

A presidente Dilma irá reunir a bancada do PMDB no Senado na quarta-feira.

Hoje pela manhã, Temer encontrou rapidamente Dilma na Base Aérea, antes de ela embarcar para Montevidéu. A presidente pediu ao vice que reunisse ministros, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e a Polícia Federal para tomar ações urgentes em relação aos conflitos agrários que levaram à morte de sindicalistas na região amazônica.

MORTES

José Claudio Ribeiro da Silva, 54, e Maria do Espírito Santo da Silva, 53, foram atingidos na última terça-feira por vários tiros quando passavam por uma ponte no caminho da comunidade rural onde moravam em Nova Ipixuna, no Pará.

O casal vivia no Assentamento Agroextrativista Praialta Piranheira, onde faziam artesanato a partir de recursos naturais e cultivavam frutas, como açaí.

Na sexta-feira, o agricultor Adelino Ramos, líder do MCC (Movimento Camponês Corumbiara), considerado um dos movimentos sociais agrários mais radicais do país, foi morto a tiros em Vista Alegre do Abunã, distrito de Porto Velho.

A Polícia Civil de Rondônia já identificou um dos suspeitos da morte do agricultor. Ele foi atingido por um motociclista enquanto vendia verduras produzidas no acampamento onde vivia.

Ramos era um dos sobreviventes do massacre de Corumbiara, em 1995, que ocorreu durante a desocupação da fazenda Santa Elina. Morreram no conflito dez sem-terra que estavam acampados na fazenda e dois policiais militares.


Roberto Stuckert Filho/PR
Presidente Dilma despede-se do vice Michel Temer antes de embarcar para Montevidéu, no Uruguai
Presidente Dilma despede-se do vice Michel Temer antes de embarcar para Montevidéu, no Uruguai

+ Canais

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Enviado por Jorge Bastos Moreno -
28.5.2011
|
7h00m
COLUNA

Abismo

— Você acha que eu vou brigar por um ministério de merda?!

— Mas acontece que...

— Exijo respeito! Já nem mais como vice-presidente da República, mas como pessoa mesmo!


De um lado, com viva-voz ligado, o ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Antonio Palocci, tendo como testemunhas o ministro da Articulação Política, Luiz Sérgio, e o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza.

O "ministério de merda" em questão é o ocupado pelo afilhado político de Temer Wagner Rossi, o primeiro do PMDB que Palocci ameaçou tirar, na conversa.

A briga terminou com um pedido formal de desculpas de Palocci e um convite para um café no dia seguinte.

No café, Palocci sugeriu a Temer uma conversa com a presidente Dilma Rousseff.

Mas, o vice-presidente recusou-se a encontrar com a presidente da República.

Videocassetada

Como consequência imediata dessa briga, veio o inflamado discurso do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves.

Dois governos

O milagre estava por vir.

Michel recebeu em café os senadores dissidentes do PMDB que não votaram na sua chapa com a Dilma.

Cena inédita, não?

Então vejam mais esta: todo o PMDB — dos dissidentes aos governistas, dos loucos aos fisiológicos — estará acampado no Jaburu, na segunda à noite.

Ferido no brio, o PMDB agora está pintado para a guerra!

Meus cabelos

Depois da passagem de Lula por aqui, o país mudou.

E radicalmente.

O governo Dilma é outro.

O PMDB é outro.

O PT é outro.

Mas eu continuo o mesmo.

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http://oglobo.globo.com/pais/moreno/

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(*) Tudo Azul N'América do Sul.

Composição : Abilio Manoel - Carvalho

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FHC/CONGRESSO NACIONAL [In:] SIM ou NÃO AS DROGAS ? (de que ''droga'' estamos falando???)

José Orenstein, do estadão.com.br

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o Congresso não está pronto para discutir e eventualmente aprovar a descriminalização das drogas no País. “Não está preparado para isso”, afirmou em entrevista sobre o filme “Quebrando Tabu”, documentário de Fernando Grostein Andrade, que entra em cartaz nos cinemas nesta semana.

Segundo o ex-presidente, a discussão sobre a implementação de formas alternativas de combate às drogas no Brasil – que deixe de considerar o usuário um criminoso – ainda é pouco conhecida da sociedade. “Primeiro a sociedade tem que se informar e discutir, só depois o Congresso deve tratar o tema”.

O ex-presidente evitou avaliar o Brasil como um País de perfil conservador, o que dependeria de momentos políticos e do grau de informação das pessoas. “Não é que a sociedade seja em si conservadora, mas é preciso provocá-la, senão ela fica conservadora”, analisou FHC.”É um processo, a sociedade muda, mas aos pouquinhos.”

Questionado ainda se uma flexibilização das regras sofreria forte rejeição dos parlamentares mais conservadores, FHC disse considerar o Congresso e o Brasil “bastante abertos” e lembrou que o deputado Paulo Teixeira, do PT, tem um projeto que revisa a política de drogas em discussão.

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FHC no lançamento do documentário ‘Quebrando o Tabu’. Foto: Tiago Queiroz/AE

Ao ser lembrado sobre a questão do controle da entrada de drogas nas fronteiras brasileiras – tema caro ao seu colega de PSDB, José Serra, durante a campanha eleitoral de 2010 -, FHC afirmou que a repressão é necessária, “mas não vai resolver, não é meu caminho”. Comentando a recente ação da polícia em São Paulo contra ativistas da Marcha da Maconha, que foram proibidos de se manifestar pela Justiça, o ex-presidente reiterou que a sua experiência na luta contra o regime militar nos anos 1960 e 1970 o inclinam a rejeitar tais medidas: “como eu venho de outra época, eu não gosto de repressão deste tipo.

No documentário, que tem o próprio FHC como um dos redatores do argumento, outros líderes pelo mundo são ouvidos sobre as experiências de seus países com as drogas e todos parecem convergir na afirmação de que a ideia de “guerra às drogas”, lançada em especial pelos Estados Unidos nos anos 1970, é fracassada. Os ex-presidentes americanos Bill Clinton e Jimmy Carter são alguns dos que fazem coro a FHC no questionamento à noção de tolerância zero ao se lidar com as drogas e seus usuários. Não são ouvidos ao longo dos 74 minutos de filme, no entanto, depoimentos favoráveis à criminalização das drogas.

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

Sinopses anteriores:

31 de maio de 2011

O Globo


Manchete: Pioneira, Alemanha fechará todas as usinas nucleares

País da primeira fissão atômica promete investir em energias renováveis

Fornecedora da tecnologia que serviu de base para os programas de Angra II e III, a Alemanha anunciou ontem que, até 2022, não terá mais usinas nucleares em funcionamento em seu território. Novas fontes de energia, incluindo renováveis, serão adotadas. A decisão foi tomada três meses deis do terremoto seguido de tsunami que abalou as usinas nucleares no Japão e 64 dias após derrota importante do governo de Angela Merkel para os verdes. O país, onde aconteceu a primeira fissão atômica da História, em 1939, torna-se assim a primeira potência industrial a prometer abrir mão da energia nuclear. O anúncio foi visto também como manobra eleitoral, e o governo da França – país que mais depende das usinas nucleares – advertiu que será impossível para a União Europeia atingir metas de redução de gases de efeito estufa sem este tipo de energia. O funcionamento dos reatores de Angra não deve ser afetado porque a empresa alemã vendeu sua participação no negócio a franceses. (Págs. 1 e 28)

Aumento recorde de emissão de gás-estufa

As emissões dos gases-estufa atingiram recorde no ano passado – 5% a mais que em 2008. Segundo especialistas, será impossível limitar aumento global da temperatura a 2 graus Celsius.(Págs. 1 e 30)


Sem proteção, 14 ameaçados morrem por ano no Pará

Parentes de casal de ambientalistas assassinado semana passada dizem que as denúncias foram ignoradas

Desde que foi palco do maior massacre de sem-terra no país – o de Eldorado do Carajás, com 19 mortos, em 1996 -, o Pará teve 212 pessoas assassinadas em conflitos agrários. A média é de 14 execuções por ano no estado. Os dados são da Comissão Pastoral da Terra, que contabiliza também mais 809 pessoas ameaçadas e reclama da falta de proteção. Parentes dos ambientalistas assassinados semana passada disseram que as ameaças recebidas por eles foram informadas à Polícia Civil e à PF, mas deixadas de lado. Em entrevista, Maria do Espírito Santo avisava: “A gente está correndo risco mesmo, em constante ameaça.” Depois de quatro mortes só na semana passada, o governo fez ontem uma reunião de emergência, comandada pelo presidente interino, Michel Temer, para conter a violência na Amazônia. (Págs. 1, 3 a 5 e Luiz Garcia)

Reconciliação chapa-branca

Após as ameaças do ministro Palocci ao vice-presidente Temer, que estremeceram as relações entre a presidente Dilma e o vice, os dois se reencontraram, na Base Aérea de Brasília. Mas a fotografia oficial, feita pelo Palácio à medida para a ocasião, não disfarçou o mal-estar, que continua. (Págs. 1, 10 e editorial “Governabilidade”)


Senado apaga impeachment de Collor

Exposição sobre os principais fatos da História do Senado suprimiu o impeachment de Collor. O presidente da Casa, José Sarney, classificou o impeachment de “um acidente”. (Págs. 1 e 11)


No Brasil, Lagarde pede apoio para comandar FMI. (Págs. 1 e 21)


‘Ex-favelas’ com velhos problemas

Comunidades beneficiadas com programas sem continuidade têm lixo e moradias insalubres

Comunidades agora consideradas bairros pela prefeitura como Pavão-Pavãozinho, Borel e Vidigal – beneficiadas nos últimos anos seja com obras de infraestrutura como Favela-Bairro e PAC, seja com investimentos em segurança como UPPs – ainda apresentam problemas comuns aos de qualquer favela, como lixo, esgoto a céu aberto, moradias insalubres e “gatos”, devido à falta de continuidade dos programas. Diante da crítica do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, à falta de investimentos sociais nas favelas com UPP, o Estado decidi antecipar em um mês a instalação do Comitê Executivo de Políticas Sociais nos Territórios Pacificados. (Págs. 1, 12 e Dos Leitores)

Editorial

Encruzilhada à qual se refere Beltrame é virtual. Cumpre evitar que vire um real beco sem saída. (Págs. 1 e 6)

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Folha de S. Paulo


Manchete: Alemanha recua e abre mão de energia nuclear

Acidente em Fukushima e eleições locais motivam fechamento de 17 usinas até 2022

O governo da Alemanha anunciou plano para desativar todas as 17 usinas nucleares do país até 2022. No que está sendo chamado de “virada energética”, é o primeiro país industrial a tomar essa decisão, afirmou a chanceler Ângela Merkel.

A medida deve ser formalizada na próxima semana. Em torno de 22% da energia produzida no país atualmente e de origem atômica. Fontes renováveis devem passar a 35%, o dobro de hoje. O restante virá sobretudo do carvão e do gás natural.

Em 2010, o governo Merkel decidira prolongar a atividade das usinas mais antigas. O acidente de Fukushima (Japão) e o receio de derrota nas eleições regionais deste ano levaram à mudança – 80% dos alemães são contra a energia atômica.

Analistas apontam ser preciso um outro plano, para mais impulso à energia obtida de fontes renováveis. Há o temor de danos ambientais pelo maior uso de carvão. O governo não decidiu o que fazer com os reatores desativados. (Págs. 1 e A12)

PMDB cobra mais poder de decisão no governo Dilma

O PMDB quer a retomada das nomeações para o segundo escalão e a presença do vice-presidente da República, Michel Temer, no centro das decisões do governo.

A presidente Dilma foi aconselhada por aliados a fazer concessões para tentar contornar a crise provocada pelo enfraquecimento de Antonio Palocci. (Págs. 1 e A6)

Fotolegenda: Cadê o sorriso? Dilma se despede de Michel Temer, antes de viajar para o Uruguai, em imagem oficial divulgada para mostrar entendimento entre PT e PMDB; o vice prometera tirar uma “foto sorridente” com a presidente. (Págs. 1 e A4)

Impeachment foi só ‘um acidente’, afirma Sarney

O Senado excluiu referências ao impeachment de Fernando Collor da sua galeria. O presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que o episódio foi “apenas um acidente”.

A declaração foi criticada. “Gostemos ou não, é um fato histórico”, disse Álvaro Dias (PSDB-PR). (Págs. 1 e A8)

Dirigente da Fifa diz que Qatar comprou copa

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, admitiu ter escrito e-mail com a afirmação de que o Qatar “comprou” a realização do Mundial de 2022. Valcke disse que não acusou o país de irregularidade: apenas usou uma linguagem mais leve, em tom informal. (Págs. 1, esporte e D2)

Eliane Cantanhêde

Episódio indica que os novos Collor podem ficar tranqüilos. (Págs. 1 e A2)

Foto legenda

Antes tarde... Máquinas iniciam terraplenagem no terreno do futuro estádio do Corinthians (SP); contrato entre clube e construtora ainda não foi assinado. (Págs. 1 e D4)

Instituto do Câncer é eleito melhor hospital público de SP

Pesquisa da Secretaria da Saúde sobre a satisfação do usuário apontou o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octávio Frias de Oliveira como o melhor hospital público do Estado.

Cerca de 204 mil pacientes do SUS responderam, entre outras questões, sobre tempo para internação, qualidade das instalações e acolhimento a pacientes e parentes (Págs. 1 e C10)

Alta do algodão encarece nova coleção de roupas

Pressionadas pelo custo do algodão, que subiu 248% de 30 de setembro de 2009 a 15 de março deste ano, as confecções estão reajustando pela segunda vez os preços das roupas de verão de 2012. A coleção chegará às lojas em agosto com preços entre 10% e 20% maiores que em 2010. (Págs. 1, Mercado e B1)

Editoriais

Leia “Pirueta nuclear”, sobre a decisão da Alemanha de desativar suas usinas até 2022, e “O arraial tucano”, que comenta a convenção do PSDB. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo


Manchete: Com Palocci fraco, PMDB quer nova articulação política

Após cobranças do governo, partido avalia que houve quebra de confiança com o PT e com Dilma

O PMDB quer mudanças na articulação política do Planalto e duvida da sobrevivência de Antonio Palocci na Casa civil. O diagnóstico começou a ser disseminado ontem por líderes do partido como efeito colateral do desgaste provocado pelas cobranças do governo depois da derrota na votação do Código Florestal. A cúpula peemedebista avalia que houve uma quebra de confiança na relação com o PT e a presidente Dilma Rousseff. Apesar dos esforços de reconciliação desencadeados, os peemedebistas já começam a discutir como será o reforço na interlocução política do governo. O partido entende que o rearranjo interno já está em curso e que, por isso mesmo, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, ampliou seu raio de ação e ganhou mais peso na intermediação do Planalto. Dirigentes do partido avaliam que o ministro José Eduardo Martins Cardozo (Justiça) também vai atuar, por causa de seu trânsito com o vice-presidente Michel Temer e com a base aliada do governo. (Págs. 1, e Nacional A4)


Sarney diz que impeachment de Collor foi ‘acidente’

O Senado tirou o impeachment de Fernando Collor de seu “túnel do tempo”, o corredor decorado com menções a fatos históricos da Casa. Para José Sarney, o impeachment “não devia ter acontecido”. (Págs. 1 e Nacional A7)


Foto legenda: Imagem protocolar

Dilma conversa com seu vice, Temer, antes de embarcar para o Uruguai; para assessores, a foto mostraria pacificação na base aliada, mas foi uma despedida protocolar. (Págs. 1 e Nacional A4)

Crédito cresce menos, mas ritmo ainda preocupa

O crédito ficou mais caro, com maior volume de calotes, e cresceu em ritmo considerado adequado pelo Banco Central de janeiro a abril. Mas a alta nos últimos 12 meses encerrados em abril no estoque de financiamento reforçou as dúvidas sobre se o governo conseguirá de fato desacelerar o crédito para uma faixa entre 10% e 15% de expansão em 2011, considerada ideal para colocar a inflação de volta na meta. Segundo o BC, o estoque de crédito cresceu 4,1% no ano, mas em 12 meses ainda tem forte expansão: 21%. (Págs. 1, Economia e B1)



FMI em campanha no Brasil

Candidata a diretor-gerente do FMI, a ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, prometeu, em Brasília, ampliar a representação dos emergentes no Fundo. (Págs. 1 e Economia B7)

Foto legenda: Estádio começa a sair do papel

Às 8h14 de ontem começou, em Itaquera, o serviço de terraplenagem da Arena do Corinthians, aposta da cidade de São Paulo para a abertura da Copa do Mundo de 2014. A empreiteira responsável pela obra informa que entre 1,5 mil e 2 mil operários serão mobilizados. A previsão é que o estádio fique pronto em dezembro de 2013. (Págs. 1 e Esportes E3)


Fifa atolada em escândalos
Catar teria pago US$ 20 milhões por votos para a Copa de 2022. (Págs. 1 e E1)

SP vai duplicar Tamoios com parceria privada

O novo cronograma para a duplicação da Rodovia dos Tamoios, principal ligação entre o Vale do Paraíba e o litoral norte, será divulgado na sexta-feira, em São José dos Campos. A obra deve custar R$ 4,5 bilhões e será executada por meio de Parceria Público-Privada (PPP). O governador Geraldo Alckmin (PSDB) fará o anúncio no programa de governo itinerante. (Págs. 1 e Cidades C1)

Alemães vão abandonar energia nuclear até 2022 (Págs. 1 e Vida A18)


Gilberto Kassab

Um planeta melhor para todos

Sem abrir mão da vocação para o desenvolvimento, adotamos em São Paulo medidas para reduzir os efeitos nocivos ao meio ambiente. (Págs. 1, Espaço Aberto A2)



José Paulo Kupfer

O longo prazo já era

É praticamente impossível saber quando uma empresa desvia Investimento Estrangeiro direto para aplicações financeiras de curto prazo. (Págs. 1, Economia B6)


Arnaldo Jabor

O ‘vírus da irrelevância’

O futuro era visto como um lugar que nos redimiria da falta de ‘Sentido’. Agora, no lugar do futuro, temos um presente incessante. (Págs. 1 e Caderno 2,D14)


Notas & Informações

A Grécia assusta de novo

O risco de uma moratória grega jamais pareceu tão próximo desde o começo do ano passado. (Págs. 1 e A3)


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Valor Econômico


Manchete: Custos em alta já influem no resultado das empresas

A alta dos custos já começou a cobrar seu preço das companhias de capital aberto do país, um sinal de que o crescimento acelerado dos últimos meses talvez tenha chegado ao fim. As vendas das cem maiores empresas não financeiras com ações em bolsa continuaram crescendo no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, mas o comportamento dos custos que incidem sobre essas vendas indica que não tem sido fácil a briga das empresas contra os aumentos das matérias-primas e mão de obra.

Os balanços compilados pelo Valor Data mostram uma receita líquida de R$ 259,7 bilhões, 18% acima do primeiro trimestre de 2010. No entanto, o efeito dos preços em alta fez com que a margem bruta - o quanto resta da receita após deduzidos os custos de produção - ficasse estagnada. (Págs. 1, D1 e D2)

Brasil vê ameaça no aumento do tráfico no Peru

O narcotráfico está em forte crescimento no Peru, mas o tema não está sendo debatido na campanha eleitoral. Em junho, a ONU deve apontar o país como o maior produtor mundial de cocaína, superando a Colômbia. Segundo fotos de satélite, a produção da folha de coca, antes concentrada nos vales andinos, já chegou à Amazônia peruana, bem perto da fronteira com o Brasil.

Nenhum dos dois candidatos à Presidência tem propostas claras de como enfrentar o narcotráfico. Esse é o assunto que mais preocupa o Brasil na relação com o Peru. As autoridades brasileiras já perceberam a escalada do problema na extensa fronteira de quase 3.000 km entre os dois países. Em janeiro, a Polícia Federal capturou o chefe do tráfico do lado peruano, em operação na qual houve confronto armado. (Págs. 1 e A11)


Dilma revê coordenação política

A presidente Dilma Rousseff só substituirá o ministro-chefe da Casa Civil, Antônio Palocci, se houver prova concreta de que ele usou práticas ilícitas para multiplicar seu patrimônio. O Palácio do Planalto vai aguardar a avaliação do procurador-geral da República sobre os argumentos do ministro.

A atuação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conter a deterioração do quadro político, na semana passada, foi ruim para Dilma, na avaliação de assessores próximos. Segundo informações de um ministro, ela não pediu a intervenção do ex-presidente para contornar a crise. Avalia-se, no Palácio do Planalto, que o próprio Lula não teve a dimensão do significado do encontro na casa de José Sarney. "Foi um exagero", comentou graduada fonte oficial. (Págs. 1 e A9)

Foto legenda: Acordos no Uruguai

A presidente Dilma Rousseff e o presidente do Uruguai, José Mujica, recebem honras militares em Montevidéu, à saída do Ministério das Relações Exteriores do Uruguai: encontro de duas horas e acordos para construção de linha de interconexão elétrica e ferrovia. (Págs. 1 e A2)

Ataque virtual pode ter resposta militar

O Pentágono concluiu que a sabotagem de computadores com origem em outro país pode ser considerada um ato de guerra, uma avaliação que pela primeira vez permite aos EUA responderem usando a força militar convencional.

A primeira estratégia cibernética formal do Departamento de Defesa americano é uma tentativa inicial de lidar com um mundo em mutação, no qual um hacker pode representar uma ameaça tão significativa aos reatores nucleares, linhas de metrô ou oleodutos quanto o exército de um país hostil. Os planejadores militares acreditam que a melhor maneira de impedir grandes ataques é responsabilizar os países que fazem armas cibernéticas pelo seu uso. A estratégia vai destacar a importância de sincronizar a doutrina de guerra cibernética dos EUA com a de seus aliados. (Págs. 1 e A11)

Laboratórios atendem até de madrugada

O aumento da demanda provocado pelo maior número de pessoas com planos de saúde e a necessidade de maximizar o uso de equipamentos estão levando os laboratórios de medicina diagnóstica a ampliar seus horários de atendimento. Já é possível fazer exames nos fins de semana, à noite e até de madrugada. Os laboratórios Fleury, Cura, Lavoisier, Lab Pasteur, Sergio Franco e Exame têm unidades que funcionam 24 horas. O Salomão & Zoppi e o Centro Diagnóstico Brasil mantêm as portas abertas durante boa parte da noite. Na unidade de Higienópolis do Fleury, a taxa de ocupação para os exames de ressonância é de 80%. Mesmo com uma equipe extra de atendimento, a rentabilidade é compensadora, diz Omar Hauache, presidente do laboratório. (Págs. 1 e B1)


Conselho do Carrefour se reúne em meio a especulações sobre operações no Brasil (Págs. 1 e B11)


Alemanha pretende abandonar a energia nuclear até 2022 (Págs. 1 e A10)


Demanda do setor de energia leva Vulcan a planejar 3ª fábrica no país, diz Buzo. (Págs. 1 e B9


Batalha dos analgésicos

Laboratórios se movimentam para tentar aumentar sua participação no segmento de analgésicos no país, que movimenta quase US$ 1 bilhão. O Brasil é o sexto maior mercado e o primeiro entre os emergentes. (Págs. 1 e B9)


Balanços-IFRS

A adoção das novas normas internacionais de contabilidade rompe com a tradição contábil brasileira, vinculada às preocupações com a tributação, e foca o mercado e os investidores. (Págs. 1 e Caderno especial)

Hospitais

Operadoras de planos de saúde investem na ampliação da capacidade física de hospitais e laboratórios e na modernização dos equipamentos. “Com o crescimento econômico, o sonho do plano de saúde se tornou realidade para milhares de brasileiros”, diz José Cechin, da Fenasaúde. (Págs. 1 e Caderno especial)


Rodovias

Segundo a CNT, entre 2005 e 2010 o percentual de estradas ruins ou péssimas no país caiu de 40,2% para 25,4%, mas ainda há muito a fazer para que as condições da malha sejam compatíveis à sua importância na matriz de transportes. (Págs. 1 e Caderno especial)


Seca ameaça milho safrinha

A falta de chuvas em regiões produtoras de milho safrinha deve afetar a colheita neste ciclo 2010/11. Produtores do Mato Grosso estimam as perdas em até 50%. Analistas também já revêem suas estimativas. (Págs. 1 e B13)

Concentração e profissionalização

Grandes empresas agrícolas, que compram terras para lucrar com a valorização imobiliária e também agregam valor com a produção de alimentos, já ocupam mais de 1,2 milhão de hectares no país. A área deve dobrar até o fim da década. (Págs. 1 e B14)

Pequenas e Médias Empresas

Crescimento da economia, maior acesso a crédito e adesão a empreendimentos que exigem baixo investimento inicial levaram o setor de franquias a um crescimento de 20,4% no ano passado. (Págs. 1 e Caderno especial)

Compras coletivas na berlinda

Atuando no país há pouco mais de um ano, os sites de compras coletivas já enfrentam dezenas de processos na Justiça movidos por consumidores insatisfeitos. E a Câmara dos Deputados discute projeto de lei para regulamentar a atividade. (Págs. 1 e E1)

Idéias

Delfim Netto

Para salvar a democracia e o mercado precisamos, primeiro, salvar o Estado da irresponsabilidade de seus governos. (Págs. 1 e A2)

Idéias

Carlos Lessa

Moldura neoliberal dá ganhos substanciais às concessionárias de serviços públicos sem obrigá-las a investir em infraestrutura. (Págs. 1 e A11)

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