PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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terça-feira, maio 18, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] TOMBO DA PAZ

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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EM TEMPO [In:] CIDINHA CAMPOS

Um discurso que traduziu a indignação com a roubalheira

14 de maio de 2010

Na tarde de 24 de março, a deputada estadual Cidinha Campos (PDT-RJ) subiu correndo a escadaria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para chegar a tempo de, aproveitando um debate sobre a produção de leite, denunciar os adultos que “mamam”. Num veemente discurso de sete minutos, a parlamentar protestou contra a candidatura do colega José Nader Junior (PTB) a uma vaga no Tribunal de Contas do Estado. Cidinha qualificou-o de corrupto e estendeu a acusação ao pai, também ex-deputado e ex-conselheiro do TCE.

Em 9 de abril, 16 dias depois do libelo de Cidinha, a Mesa Diretora considerou José Nader Junior inabilitado para concorrer à vaga de conselheiro do TCE. “Foi um discurso que teve resposta”, anima-se a deputada. O recurso apresentado por José Nader foi rejeitado pelo plenário.

O deputado Luiz Paulo (PSDB), corregedor da Alerj, recomendou a abertura de processo de cassação contra Nader. Na sexta-feira passada, o relatório da corregedoria foi apreciado pela Mesa Diretora da Assembleia. Compareceram apenas 8 dos 13 integrantes. Quatro votaram pela aceitação do processo, quatro votaram contra. O presidente Jorge Picciani (PMDB) desempatou a favor do parecer da corregedoria. Em 60 dias, o Conselho de Ética decidirá se o caso será ou não objeto de votação no plenário.

O futuro de Nader é incerto. O discurso de Cidinha Campos já se transformou numa peça histórica. Daqui a muitos anos, continuará ajudando a entender o Brasil da Era da Mediocridade.



IRÃ/ACORDO NUCLEAR [in:] O ''BOOM'' DA BOMBA

Por Reinaldo Azevedo/VEJA.

OS TRÊS PATETAS

terça-feira, 18 de maio de 2010 | 6:07

Líderes celebram o acordo nuclear com o Irã

Líderes celebram o acordo nuclear com o Irã. Dia de gala para o governo Lula

O grande pensador sobre energia nuclear no governo Lula é o vice-presidente, José Alencar. E a razão é simples: ele é claro. Há dias, defendeu que a bomba nuclear pode ser apenas dissuasória — vale dizer, ela desestimularia a ação de certos países beligerantes. Assim, Alencar cravou um conceito novo nesse debate, que é a chamada “Bomba Nuclear para Fins Pacíficos”, que substitui o ultrapassado conceito da “energia nuclear para fins pacíficos”. É o fundo do poço em matéria de política externa.

E como esse pensamento triunfou nas negociações que Brasil e Turquia empreenderam com o Irã, aconteceu o óbvio: hoje, o Mahmoud Ahmadinejad está um pouco mais perto da bomba do que antes. E contou com a inestimável ajuda do Brasil. Lula apostou que o mundo cairia de joelhos; em vez disso, os presidentes do Brasil e da Turquia estão a um passo de ser ridicularizados. A reação foi de incredulidade — em muitos casos, de ironia. O próprio governo do Irã explicitou a trapaça poucas horas depois do anúncio do acordo: continuaria a enriquecer urânio, apesar da troca mediada pela Turquia. E já se sabe que as restrições à atuação da Agência Internacional de Energia Atômica continuam. Se Lula atuou para tornar mais distantes as sanções, que são instrumentos da paz, então deixou o Oriente Médio, e o mundo, mais perto da guerra. Eis o pacifista das esferas.

O truque foi malsucedido. Aquela retórica típica do lulismo, que trata verdades como mentiras e mentiras como verdades, que funciona tão bem no mercado interno das idéias, esfarelou-se no mercado externo. Até mesmo a Rússia, não exatamente interessada em endossar a liderança dos EUA no sistema de segurança global, reagiu com menoscabo, desprezo quase, ao anunciou pateticamente tonitruante dos “negociadores”, com a sua coreografia de periféricos orgulhosos, com as mãos unidas e para o alto, anunciando a vitória do perigo.

Lula viajou, sim, ao Irã com a promessa de ser, quem sabe?, um negociador de peso no cenário mundial; volta do tamanho das escolhas que fez: é o amigo do Irã. No seu cesarismo tosco, endossado pelos aloprados do Itamaraty, prefere certamente ser o primeiro num grupo de nações mais ou menos delinqüentes, em suposta rota de colisão com os “donos do mundo”, a ser um dos dez da ordem global. Tornou-se um bobo da corte em escala internacional.

É claro que a existência de um suposto acordo, que agora será avaliado pela AIEA, dá fôlego ao Irã. Conceder na troca do urânio enriquecido a 3,5% pelo outro a 20% é só uma “concessão” que o país já havia decidido fazer, sem que isso implicasse, diga-se, o fim das querelas. Esse era só o gesto de boa vontade que se esperava do governo Ahmadinejad em outubro do ano passado para que começasse a conversa. Chegou a aceitar a proposta, com a Rússia, então, no papel que agora está reservado à Turquia. Recuou e passou a fazer ameaças novas.

O governo brasileiro, agora, tenta vender a questão como “a” resposta que faltava. O minueto dançado por Lula e Ahmadinejad, com a assistência da Turquia, foi explícito: são dois “líderes”, imaginem vocês!, apoiando-se mutuamente na tentativa de acuar os EUA, demonstrando, então, que uma suposta nova ordem mundial estaria em construção. A piada não chega a ser macabra porque ela só consegue ser ridícula. A AIEA deve afirmar, claro, que não deixa de ser um avanço o dito acordo, ciente, no entanto, de que nada aconteceu. Celso Amorim, com o seu rebolation retórico, afirmou que o objetivo do suposto acordo é “restabelecer a possibilidade de reabrir as negociações”. Seja lá o que isso signifique.

No mundo, os críticos mais acerbos da atuação de Lula erram apenas num particular: ele não é o “inocente” útil da jogada iraniana. Ao contrário até: é o “culpado” útil. Sabe muito bem o nome do que pratica. O discurso de Ahmadinejad, ontem, em defesa de uma nova ordem mundial que reflita um novo arranjo de nações, diferente do pós-guerra, é, como demonstrei à tarde, clonagem da fala de Lula. Notem que o notório financiador do terrorismo passou a falar como alguém que anseia ter voz no cenário global. Em vez da satanização do Ocidente, e dos EUA em particular, temos o discurso sobre a suposta obsolescência da ordem mundial. E o Irã pretende fazer parte da nova. De que modo? Ora, enfrentando os ditos “donos do mundo” com um programa nuclear que hoje tem no Brasil seu principal, para não dizer ÚNICO, aliado internacional.

Sanções distantes, eventualmente impossíveis, diante de um Irã que não tem razão nenhuma para brecar seu programa nuclear, aproximam ainda mais Israel desse perigoso tabuleiro. E o país vai, e é um dever seu, fazer o que for necessário para se defender se o mundo não conseguir fazer isso antes. A Liga Árabe viu um avanço nas conversações em nota discreta, e o Catar expressou o seu apoio. Os países árabes que contam ficaram de bico calado. Não só porque a maioria não vê com bons olhos o robustecimento militar do Irã, mas porque já perceberam que, na cadeia de eventos possíveis, é razoável supor que Israel considere a bomba iraniana inaceitável.

Não! Lula não conseguiu enganar ninguém, e a saudação no Brasil se restringiu àquele circulo de petista e de subjornalistas que tocam tuba para o governo Lula — alguns o fazem a peso de ouro, naquele encontro sempre muito festivo entre a grana e a subserviência. E a coisa, desta vez, ficou por aí. O Lula festejado mundo afora como o operário que foi ao Olimpo começa a ser visto, para ficar na mitologia, como um daqueles titãs meio medonhos que resolveram escalar de modo atabalhoado a morada de Zeus.

Não deixa de ser útil que o mundo perceba com quem está, de fato, lidando. O governo Obama vai acabar percebendo que, no que respeita à questão política, o lulo-petismo pode ser um adversário muito mais incômodo do que o chavismo — aquele é explícito na sua delinqüência, e a clareza de sua identidade também não alimenta esperanças vãs.

Lula foi ao Irã também em busca de palanque. Nos comícios pró-Dilma, no horário eleitoral gratuito da TV e na rua petista, será saudado como o homem que livrou o mundo de uma guerra, como se ela estivesse aí, a bater à porta da história. E, no entanto, o que se tem é rigorosamente o contrário: sem que o Irã abra mão do enriquecimento de urânio a 20% e sem o amplo acesso da AIEA às instalações nucleares, não se faz um acordo de paz, mas um compromisso de guerra.

PS - Uma das razões da fúria dos inimigos do blog é certa capacidade desta página de enxergar além da neblina. Basta ver o que se andou escrevendo aqui antes do “acordo” micado. Pois que se divirtam com seu ódio.

ELEIÇÕES 2010/SP [In:] ''MARINA, MORENA MARINA...'' (II)

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A POLÍTICA E A COSMÉTICA

terça-feira, 18 de maio de 2010 | 16:01


Não há nada de curioso no fato de a presidenciável do PV, Marina Silva, alérgica a cosméticos, ter com vice Guilherme Leal, presidente do conselho da Natura. Qual a contradição? Ela se diz alérgica a cosméticos, não a bilionários, e, nesse particular, está com Lula.

A propósito: a alergia a “cosméticos” não pertence propriamente ao terreno da medicina; está mais afeita à área, sei lá, político-literária, de construção de personagem. A “cosmética” não é uma substância, mas um ramo da cultura. Afinal, qual é o componente químico universal dos cremes, batons, loções etc. que seria incompatível com Marina?

Que eu saiba, nenhum! Pergunta: a senadora verde é tão alérgica ao Hexylene Glicol quanto ao urucum, ou as virtudes telúricas deste acalmam a sua pele tanto quanto o artificialismo daquele a irritam? Em tempo: não tenho a menor idéia do que seja Hexylene Glicol. Li o nome num frasco de xampu. Nem sei se a Natura substitui o dito-cujo por extrato de umbu.

Vivem-se novos tempos na política. Caso a candidata do PV não seja eleita, eu proponho uma nova experiência no próximo mandato: Marina como vice-presidente da Natura.


Blog

Reinaldo Azevedo/VEJA.

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ELEIÇÕES 2010/SP [In:] MARTA SUPLICY

A primeira-dama das cavalariças

17 de maio de 2010

“Candidato Kassab: por que você tem vergonha de dizer que anda com o Maluf e com o Pitta?”, pôs as mãos nas cadeiras Marta Suplicy no meio do debate na TV. “Eu ando com o Lula”, prosseguiu, com cara de debutante contrariada, a edição vespertina da colegial do Sion. “E tenho muito orgulho das pessoas com quem ando”, encerrou acionando o pisca-pisca das pestanas.

Naquela noite de 2008, o prefeito Gilberto Kassab limitou-se a reiterar o arrependimento que sente por ter chefiado a secretaria municipal de Finanças na administração Celso Pitta. E só registrou de passagem que Mônica Valente, a mulher de Delúbio Soares, era a assessora de estimação da candidata do PT. Um adversário menos clemente iria bem mais longe.

Teria perguntado, por exemplo, se Marta ainda é a melhor amiga de Delúbio, e se continua andando com o companheiro gatuno que, em 2003 e 2004, festejou a seu lado a passagem do ano. Também perguntaria se tem saudade das temporadas em que Delúbio e Mônica Valente se hospedaram na casa alugada no Guarujá por Marta e Luis Favre.

A pose de quatrocentona sempre contracenou sem remorsos com mensaleiros, sanguessugas, aloprados, estelionatários companheiros, punguistas da base alugada ─ todas as vertentes da bandidagem com imunidade têm espaço garantido no palanque de Marta Suplicy. Sempre fez de conta que as vestais com himen complacente não caíram na vida, e portanto merecem conviver com Marta Teresa Smith de Vasconcellos Suplicy.

Antes do debate em que censurou o adversário por equívocos passados, a favorita da delinquência presente expediu a instrução famosa aos flagelados do apagão aéreo: relaxem e gozem. Dias depois do confronto na televisão, ordenou aos eleitores paulistanos que perguntassem ao prefeito por que não era casado e não tinha filhos. Certos filhos, melhor evitá-los, e qualquer solidão é preferível à companhia de um argentino fantasiado de francês, deixou de responder Kassab. As urnas responderam por ele.

Quanto mais idosa fica, menos ajuizada Marta é, comprova a declaração em que absolveu Dilma Rousseff, acusou Fernando Gabeira e condenou-se, de novo, a explicar o inexplicável. Até os bebês de colo e os doidos de pedra sabem de que lado estão os malfeitores em geral, os corruptos em particular e todos os milicianos da esquerda psicótica. Estão com Marta, que ainda assim resolveu responsabilizar pelo sequestro e quase morte do embaixador Charles Elbrick o único que se penitenciou publicamente pelo equívoco histórico. É muito cinismo.

Somada à infamante comparação entre Dilma Rousseff e Nelson Mandela, a derrapada moral e política que Marta protagonizou escancara o fantasma que assombra o palanque de filme de terror: o prontuário da sucessora que Lula inventou está recheado de assaltos a bancos dos quais jamais se arrependeu. A cafajestagem com Gabeira reafirmou, também, que os milicianos seguem tentando institucionalizar o avesso das coisas.

No Brasil da Era Lula, o errado repreende o certo, os honestos são condenados à danação eterna por pecadores juramentados e muitos já desistiram da apresentação de recursos à Divina Providência: pelo que anda dizendo e fazendo, Lula virou conselheiro de Deus. Nada tem de espantoso o orgulho que Marta sente dos parceiros que, se a Justiça brasileira funcionasse, só conseguiria ver de perto em visitas dominicais à cadeia.

A granfina arrogante namora há alguns meses o presidente do Jockey Club de São Paulo. Já há alguns anos está pronta para o posto de primeira-dama das cavalariças.

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LULA/JUSTIÇA ELEITORAL [In:] ''DURA LEX, SED LEX'', para quem ???

Brasil

Nas barbas da justiça

O PT descobriu que o crime eleitoral compensa e que pode continuar usando impunemente a máquina e Lula na propaganda da candidatura oficial


Otávio Cabral/VEJA.

Fotos Pedro Ladeira/Folha Imagem/Folhapress e Sérgio Lima
/Folha Imagem/Folhapress
PROPAGANDA SEM LIMITES
"Jamais me defrontei com algo tão escancarado", disse Marco Aurélio (à esq.) sobre
o programa do PT em que o TSE viu crime eleitoral na propaganda antecipada de Dilma.


Milhões de brasileiros assistiram na semana passada ao programa do PT. Durante dez minutos, foram apresentados detalhes da biografia da ex-ministra Dilma Rousseff, algumas de suas ideias e opiniões. Entremeado com números sobre as realizações do governo Lula, o programa mostrou também o presidente narrando a emoção que sentiu no dia em que conheceu a ministra. "E um belo dia, em 2002, entra na minha sala uma mulher com um laptop na mão (...). Quando terminou a reunião, me veio na cabeça a certeza de que eu tinha encontrado a pessoa certa pro lugar certo." Em uma daquelas inacreditáveis coincidências, minutos antes de o programa ir ao ar, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) colocou em julgamento uma reclamação contra outro programa do PT, exibido em dezembro, que teria usado o espaço para promover ilegalmente a candidatura de Dilma Rousseff. O resultado é que o partido perdeu o direito de veicular seu próximo programa nacional e terá de pagar multa de 20 000 reais. Dilma também foi multada em 5 000 reais. A sentença, no papel, foi dura. Mas seu efeito prático é um deboche.
O anúncio da condenação, na noite de quinta-feira, ocorreu uma hora e meia depois de o partido exibir um novo programa que, não fosse a demora da decisão judicial, nem poderia ter ido ao ar. A Justiça tarda mas não falha, certo? Errado. A decisão só vai ter impacto no ano que vem, quando a eleição presidencial estará decidida. A Justiça Eleitoral tardou e falhou.

A demora do tribunal em analisar o caso adiou a punição para 2011 e permitiu que o PT exibisse cenas eleitorais ainda mais explícitas que as condenadas pelo TSE. Ao lado de Dilma, Lula apontou sua candidata como a responsável pelo sucesso do governo e sugeriu que ela é a única capaz de continuar sua obra. O programa foi visto por mais da metade dos brasileiros que estavam com a televisão ligada. "A relação custo-benefício do desrespeito à lei foi totalmente favorável ao PT", diz Alberto Rollo, especialista em legislação eleitoral. O desprezo que se vê às regras eleitorais não pode ser creditado apenas à notória lentidão da Justiça. Pela legislação em vigor, as campanhas começam somente em julho, depois das convenções partidárias que oficializam os candidatos. Antes disso, como não há candidato, também não há punição para quem infringir a lei, como Lula e a campanha de Dilma vêm fazendo. Ou seja, além de lenta, a Justiça é frouxa na hora de punir. A maior pena já aplicada por campanha antecipada, de 20 000 reais, é irrisória se comparada ao que está em jogo em uma campanha presidencial.

A prova de que crime eleitoral compensa pode ser vista no comportamento do presidente da República. Nos últimos dois anos, Lula participou de mais de 400 eventos públicos. Dez resultaram em investigação do TSE. Cinco já foram arquivados, três ainda não foram analisados e dois levaram o tribunal a multar o presidente. Nesse período, porém, Dilma deixou de ser uma desconhecida do eleitorado para se tornar uma candidata viável, com quase 30% das intenções de voto. Ou seja, a antecipação da campanha, apesar de criminosa, foi vital para a candidata de Lula. Na semana passada, um dia antes de o TSE condenar o PT a uma pena sem efeito, o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos e o advogado-geral da União Luís Adams se reuniram para avaliar os riscos da associação entre o presidente e a campanha do PT. Concluíram que, por enquanto, não há problema incontornável. A preocupação deve aumentar apenas depois de a candidatura de Dilma ser lançada oficialmente, em junho.

Ao se levar a avaliação dos advogados ao pé da letra, tudo indica, portanto, que Lula seguirá usando o cargo em benefício de sua candidata. As próximas pesquisas de intenção de voto é que vão dizer se a lei será mais ou menos respeitada. O ministro do TSE Marco Aurélio Mello é um dos mais incomodados com as ilegalidades. Ao votar pela punição ao PT na semana passada, ele anotou: "Confesso que, tendo pisado neste tribunal em 1991 e tendo assumido a presidência em duas eleições, jamais me defrontei com algo tão escancarado".

TUMA JR./PF [In:] RETIRADA ESTRATÉGICA

Brasil

Tuminha dá um tempo

Chamuscado por denúncias e prestes a ser investigado pela PF, o secretário de Justiça resolve "tirar férias" e insinua que não pretende cair calado


Laura Diniz
Dida Sampaio/AE
VOU ALI E JÁ VOLTO
O delegado diz que vai "pegar um sol", mas que espera "babando" o momento
de falar à Comissão de Ética

Depois da revelação de que ele havia tentado comprar um videogame no mercado negro e visitara a China na companhia de um acusado de contrabando, o secretário nacional de Justiça e presidente do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, delegado Romeu Tuma Júnior, foi temporariamente afastado do cargo na semana passada. Ou, como ele preferiu anunciar, resolveu "tirar umas férias" do serviço. Desde o último dia 5, a situação de Tuma Júnior só piora. Primeiro, vieram as gravações telefônicas feitas pela Polícia Federal em que ele aparece tentando cometer um dos crimes que é pago para combater (como o videogame Wii estava "muito caro na Europa", Tuminha expressava o desejo de adquiri-lo em versão contrabandeada). Depois, surgiram as fotos em que o secretário aparece em visita oficial à China ladeado por Li Kwok Kwen. O chinês conhecido como Paulo Li está preso desde o ano passado sob acusação de contrabandear, anualmente, pelo menos 12 milhões de reais em celulares baratos, aqui revendidos com etiquetas de marcas famosas.

Era grave, mas não era tudo. Conforme publicou o jornal O Estado de S. Paulo, em fevereiro passado a Polícia Federal já havia emitido parecer favorável à abertura de inquérito policial contra o secretário. A decisão se deveu ao fato de o nome de Tuma Júnior ter surgido, sempre de forma comprometedora, em quatro investigações conduzidas pelo órgão – além daquela envolvendo o amigo Li, três outras relativas a emissão ilegal de passaportes e concessões irregulares de visto para estrangeiros. Tuminha foi alçado ao cargo de secretário de Justiça em 2007 graças a uma barganha que envolveu a ida de seu pai, o senador Romeu Tuma, para o PTB, partido da base aliada do governo. O estouro do escândalo, na semana retrasada, abalou o clã a ponto de os Tuma convocarem uma reunião familiar para decretar silêncio em torno do caso.

É improvável que Tuminha retome o posto ao fim das suas "férias". Embora saiba disso, o delegado fez questão de deixar claro que não está preocupado com o seu destino. Na terça-feira, diante dos jornalistas que o cercavam, despediu-se dizendo que voltará "quando estiver moreninho". Tanta faceirice talvez guarde relação com a importância que o delegado sabe que seu trabalho tem para o país e para o governo do PT. Por dever funcional, o secretário tem acesso a informações sigilosas que envolvem operações financeiras e remessas de dinheiro para o exterior, por exemplo. Além disso, na qualidade de delegado de polícia, trabalhou em casos altamente sensíveis para o governo, como o do assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel. Ao declarar estar "babando" para prestar esclarecimentos à Comissão de Ética Pública, órgão ligado à Presidência da República, Tuminha fez muita gente perder o sono.

VEJA.


ELEIÇÕES 2O1O [In:] DILMA e CPMF (... quem viver, pagará!!!)

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Dilma: fim da CPMF não gerou benefícios

Dilma diz que fim da CPMF não teve resultado concreto para consumidor


Autor(es): Agencia O Globo/Sergio Roxo
O Globo - 18/05/2010

Pré-candidata admite possibilidade de criar imposto para repor perdas no setor da Saúde

A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, criticou o fim da CPMF e disse que a medida tirou R$ 40 bilhões por ano da Saúde. Para garantir recursos, segundo ela, há duas opções: remanejar verbas ou criar imposto, numa negociação com o Congresso e a sociedade. Em entrevista à Rádio CBN, Dilma disse que a extinção da CPMF não reduziu preços: "Não vejo resultados práticos no bolso do consumidor." Dilma cometeu uma gafe: chamou seu provável vice, Michel Temer (PMDB), de presidente do Senado - ele preside a Câmara. A crítica de Dilma não teve apoio nem do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, um dos coordenadores da campanha dela.


Petista se atrapalha e troca posto de Michel Temer, cotado para ser seu vice


SÃO PAULO. Sem ser taxativa na necessidade de criação de novo imposto, a pré-candidata do PT a presidente, Dilma Rousseff, defendeu a destinação de mais recursos para a saúde e criticou o fim da CPMF, extinta em 2008, na maior derrota do governo Lula no Congresso. De acordo com Dilma, o fim do tributo tirou R$ 40 bilhões por ano do setor.

Em entrevista à Rádio CBN, na manhã de ontem, Dilma cometeu uma gafe ao chamar o deputado federal Michel Temer (PMDB-SP), que deve ser o vice em sua chapa, de presidente do Senado e não da Câmara. Afirmou que o fim da cobrança do imposto não trouxe redução de preços de produtos para o consumidor, como era afirmado na época da extinção por entidades representativas de empresários.

Também disse que se perdeu a possibilidade de usar a CPMF para monitorar transações financeiras suspeitas.

Eu me estarreço pelo fato que foi feita toda uma campanha pela CPMF, redução etc.. Eu não vejo resultados práticos no que se refere ao bolso do consumidor.

Acho que houve uma perda de capacidade de fiscalização.

E acho que houve, sobretudo, a perda de R$ 40 bilhões para aplicar na Saúde.

Na avaliação dela, a perda provocada teve impacto direto no atendimento público.

Você não tira R$ 40 bilhões da Saúde e fica por isso mesmo.

Não é possível ter uma visão sem compromisso como essa porque o Brasil precisa sim de completar a cadeia do SUS.

Dilma disse que, para garantir mais recursos, há duas alternativas: remanejar dinheiro ou criar novo imposto.

Agora, eu não posso aqui, sentada no estúdio, dizer. É uma negociação que tem que passar necessariamente pelo Congresso e pela sociedade. Se a sociedade quer uma Saúde de qualidade, nós vamos colocar mais recursos e também assegurar os recursos existentes.

Uma possibilidade, de acordo a pré-candidata, é regulamentar a emenda 29, aprovada em 2000, que garante a vinculação de recursos a serem gastos pela União com a Saúde. Perguntada se era possível aumentar o valor sem criar imposto, respondeu: Acho que a gente deve tentar. Não sei se dá.

Na saída, Dilma ganhou uma camisa do Palmeiras de uma pessoa que a esperava na porta da emissora. Preocupou-se com a reação do presidente Lula, que é corintiano fanático.

O Lula vai me matar disse.

Serra, seu principal adversário, é palmeirense. Confira trechos da entrevista: DÍVIDA PÚBLICA: As razões pelas quais cresce são: o fato de a gente ter construído US$ 250 bilhões em reservas (em moeda estrangeira).., o Banco Central ter liberado R$ 100 bilhões do compulsório para os bancos, e por fim liberamos R$ 180 bilhões para o BNDES, a título de garantir empréstimo e investimento de longo prazo. Não se pode discutir dívida bruta no Brasil sem dizer por que ela aconteceu. Senão, é como lançar plumas ao vento. Digo que a dívida bruta subiu e não digo que ela é, por exemplo, completamente diferente da dívida bruta da Grécia, que está quebrando.

Não estamos quebrando, estamos cada dia mais robustos.

APARELHAMENTO DAS AGÊNCIAS:Em todas as agências, o critério de preenchimento de cargos tem que cumprir requisitos técnicos. Não acredito que alguém indicar, ou um partido indicar, integrantes para uma agência, significa necessariamente que a pessoa é incapaz e não preenche requisitos técnicos (...) Não concordo (com a acusação de que há aparelhamento nas agências). Aqui em São Paulo o presidente da agência de transportes é um deputado federal, do PSDB (Carlos Eduardo Sampaio Doria, ex-deputado na verdade). Nem por isso está aparelhada.

PREVIDÊNCIA: A gente está diante do seguinte: se vai ter reforma da Previdência ou se trata de ajuste. A reforma da Previdência apresentou armadilhas.

Os países que fizeram tiveram um problema: houve corrida para a aposentadoria e você teve o efeito contrário àquele que era almejado. Defendo hoje que se ajuste a Previdência sistematicamente (...) Por exemplo, aumentou a expectativa de vida, vamos ter que fazer ajuste para que a Previdência dê conta.

VICE E GAFE: Tudo indica que o PMDB vai escolher o seu vice e o que corre é que seria (o deputado federal Michel Temer)...

Ele vai no momento apropriado anunciar. O Michel Temer é, sem sombra de dúvida, uma pessoa qualificada. É presidente do Senado e tem toda uma trajetória.

JORNADA DE 40 HORAS: As pessoas têm que distinguir duas coisas: quem está no governo e quem está no movimento sindical.

Acho legítimo que o movimento sindical tenha como bandeira (redução da jornada de trabalho de 48 para 40 horas semanais).

Não se pode querer o governo assuma bandeiras de movimento sindical. Do ponto de vista de pré-candidata, não acho que seja uma questão que o governo federal tenha que adotar ou assinar embaixo. Tem que ser construído entre movimento sindical e associações empresariais.

MISÉRIA: Tiramos da miséria 24 milhões, elevamos 31 milhões às classes médias. Nessa década que se avizinha, podemos erradicar a pobreza extrema do Brasil, ou seja a miséria.

O Ipea fala que a gente poderia fazer isso em 2016. Tem colocar uma meta: erradicar a miséria. É possível. É talvez a coisa mais importante a ser feita no Brasil.

Ser de esquerda é fazer isso, com estabilidade e soberania.

ACORDO NUCLEAR/IRÃ [In:] ENRIQUECIMENTO A QUANTOS PORCENTO (%) ???

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ACORDO COM IRÃ TRAZ EUFORIA E DESCRENÇA

ACORDO ATENDE EXIGÊNCIAS DE OBAMA, DIZ AMORIM


Autor(es): Assis Moreira, de Madri
Valor Econômico - 18/05/2010

Isolado internacionalmente e com dificuldades políticas e econômicas internas, o Irã aceitou enviar seu urânio enriquecido para o exterior, nos termos de um acordo para evitar a ampliação das sanções das Nações Unidas ao país. Mas não se comprometeu em encerrar seu programa de enriquecimento de urânio, base do temor de países ocidentais de que o regime dos aiatolás tenha secretamente planos para construir a bomba nuclear.

O acordo entre Irã, Brasil e Turquia sobre o acordo nuclear de Teerã basicamente atende aos pontos listados pelo presidente dos EUA, Barack Obama, numa carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva há algumas semanas, disse ontem o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, reagindo à "desconfiança e suspeita" manifestadas pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

"Esse acordo não foi proposto por nós não", disse Amorim. "O que o Irã disse foi que vai cumprir um acordo que foi proposto pelo G-5+1." Trata-se dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - EUA, Rússia, China, França e Reino Unido - e a Alemanha. Para Amorim, o acordo é para criar confiança, mas é preciso que pelo menos seja examinado antes de sofrer condenação. Para o governo brasileiro, isso é importante para seguir negociando outras etapas.

"Tanto os turcos como nós colocamos de forma muito clara que era uma oportunidade ímpar de o Irã sair do isolamento", disse o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia. "Todo mundo tem que entender que o problema do contencioso nuclear do Irã não está resolvido, mas foi dado um passo importante, ainda mais porque eles aquiesceram. E isso porque viram que havia dois interlocutores que não estavam la para satanizá-los", afirmou Garcia.

O presidente russo Medvedev conversou com o presidente Lula e disse que iria telefonar a Obama. O pacote de sanções contra o Irã parecia já estar pronto, mas acha que o acordo impulsionado pelo Brasil e Turquia abre a possibilidade "de outro caminho". O presidente francês, Nicolas Sarkozy, resolveu viajar a Madri hoje cedo e conversar com Lula. Amorim disse ter relatado ao presidente francês detalhes que ele teria considerado positivo.

Poucos minutos depois de Lula ter entrado no elegante Hotel Intercontinental, um dos ministros britânicos mais duros, William Hague, saia pelo mesmo local defendendo sanções contra Teerã. Garcia reagiu, acusando: "Essas pessoas só trabalham com essa hipótese. Não é resposta de quem está cético, mas de quem não quer o acordo. Esse é o problema. Acham que a politica tem que ter sempre um inimigo bem localizado, que é o Irã, o grande satã"."

Para o assessor de Lula, se a ONU votasse a sanção contra o Irã, ela seria "meio bamba". Isso, segundo ele, porque a Rússia deixou bem claro na conversa com Lula que até votaria a sanção, mas bem pequena, com muito barulho e pouco conteúdo, pois tem interesses muito grandes na regiao. A China, afirma Garcia, "não fala, mas estava na mesma direção, mas, ainda que as sanções fossem meio bambas, iam liberar os Estados Unidos e a União Europeia para fazer sanções adicionais, que provocariam dificuldade para a sociedade iraniana".

Ele acusa "pessoas", sem citar nomes, "que esperam que as sanções venham mudar o regime iraniano. É uma visão profundamente equivocada, que mostra desconhecimento da situação interna do Irã. As sanções só teriam o efeito de solidificar os iranianos em torno de seu governo, é uma sociedade muito complexa, há muitos centros de decisão, não é um Estado totalitário, como outros podem ser".

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Franklin Martins, confirmou que o Brasil quer continuar na posição de mediador e isso vai ser levado em conta por todo mundo. Disse que o presidente Lula "vai reivindicar" que o Brasil e a Turquia "se juntem ou acompanhem" as iniciativas do G-5+1. Para o influente jornal inglês "The Guardian", o acordo mostra que Brasil e Turquia são novas forças globais. "O fato é que o Irã assinou um acordo que mexe com o jogo", diz Martins.

Segundo Amorim, o Irã colocou agora no papel o que nunca tinha colocado antes sobre seu programa nuclear, sem ambiguidade, e "isso ensejaria, no mínimo, uma reflexão". E completou, em direção aos americanos e europeus: "Apenas criamos uma maneira para que o acordo fosse assinado por quem o propôs".

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

18 de maio de 2010

O Globo

Manchete: EUA insistem em sanções ao Irã apesar do acordo

Após assinatura, Teerã anuncia que continuará a enriquecer urânio

Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha e Rússia reagiram com ceticismo e cautela ao acordo assinado em Teerã, no qual o Irã, com mediação de Brasil e Turquia, compromete-se a enriquecer urânio no exterior, como propunha a Agência Internacional de Energia Atômica. O acordo foi festejado pelos presidentes Lula e Ahmadinejad e pelo premier turco. Mas os EUA o tacharam de vago e mantiveram planos de adotar sanções ao Irã, apoiados por Reino Unido e França. O acordo determina que o Irã transfira à Turquia 1.200kg de urãnio levemente enriquecido. Em troca, receberá em um ano 120kg de urânio a 20%. Apesar disso, após a assinatura, o Irã anunciou que continuará a enriquecer o urânio a 20%. O presidente russo manifestou preocupação, mas sugeriu um tempo na discussão das sanções. (Págs. 1, 23 a 25, Míriam Leitão, Merval Pereira e editorial "Um acordo e muitas dúvidas")

Foto legenda: Festa em Teerã: Lula, Ahmadinejad e o premier turco, Recep Erdogan, comemoram a assinatura do acordo nuclear iraniano

O que a AIEA queria

Envio de 1.200kg de urânio enriquecido ao exterior (70% do estoque do Irã 7 meses atrás).

Deixar o Irã sem urânio suficiente para uma bomba por um período mais longo

O que o acordo oferece

Envio de 1.200kg de urânio enriquecido ao exterior (50% do urânio iraniano hoje)

Deixar o Irã sem urânio suficiente para uma bomba por um período mais curto

Desconfianças ainda no ar

1. O Irã continua enriquecendo urânio
2. Não aceita inspeções amplas
3. Quer o dobro do urânio que um reator civil precisaria

Libertação não foi um presente a Lula

Anunciada como "um presente ao Brasil" pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad, a libertação da professora francesa Clotilde Reiss, no sábado, após 10 meses de prisão no Irã, teve reciprocidade da França. Apesar de negar uma troca de prisioneiros, como Ahmadinejad pedira no ano passado, Paris libertou nas últimas duas semanas dois iranianos presos na França. (Págs. 1 e 25)

Dilma: fim da CPMF não gerou benefícios

Pré-candidata admite possibilidade de criar imposto para repor perdas no setor da Saúde

A pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, criticou o fim da CPMF e disse que a medida tirou R$ 40 bilhões por ano da Saúde. Para garantir recursos, segundo ela, há duas opções: remanejar verbas ou criar imposto, numa negociação com o Congresso e a sociedade. Em entrevista à Rádio CBN, Dilma disse que a extinção da CPMF não reduziu preços: "Não vejo resultados práticos no bolso do consumidor." Dilma cometeu uma gafe: chamou seu provável vice, Michel Temer (PMDB), de presidente do Senado - ele preside a Câmara. A crítica de Dilma não teve apoio nem do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, um dos coordenadores da campanha dela. (Págs. 1, 4 e 9)

Magistrado é acusado de crimes na internet

O técnico de informática Thiago da Silva, funcionário de uma prestadora de serviços ao Tribunal de Justiça do Rio, confessou à polícia que agiu a mando do desembargador Roberto Wider, corregedor afastado do TJ, ao enviar e-mails falsos para o correio eletrônico dos 180 desembargadores do Rio em nome do jornalista Chico Otavio, do GLOBO. O desembargador nega participação no crime. (Págs. 1 e 3)

Itamaraty dá passaporte a parceiros gays

O Itamaraty passou a conceder passaportes diplomáticos ou oficiais para companheiros de servidores que trabalham em representações do Brasil no exterior. O documento oferece aos gays o mesmo tratamento dispensado aos casais heterossexuais. (Págs. 1 e 10)

Inflação em alta, mesmo com cortes

Nem o corte adicional de R$ 10 bi nos gastos anunciado pelo governo reduziu as expectativas de inflação para o ano. Especialistas do mercado, pela 17ª semana, apontam índice maior, agora de 5,54%. A previsão para o PIB subiu de 6,26% para 6,3%. (Págs. 1 e 17)

Perda de 85 mil cobras em SP afeta pesquisas

A destruição do maior acervo de cobras do mundo, do Instituto Butantan, provoca um dano irreparável às pesquisas e à catalogação de novas espécies. A importância histórica também é grande. O arquivo, de 85 mil exemplares, tinha 114 anos. (Págs. 1 e 26)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Acordo nuclear com Irã não convence potências

EUA ainda pedem sanções econômicas; para o Brasil, não há necessidade

O acordo nuclear anunciado pelo Brasil, pela Turquia e pelo Irã não convenceu os governos dos Estados Unidos e de outros países do Conselho de Segurança da ONU de que são pacíficas as intenções do programa atômico desenvolvido pelo Irã.

O governo Obama vai prosseguir na pressão por novas sanções contra o país.

O Irã se comprometeu a entregar 1.200 kg de urânio pouco enriquecido para a Turquia um mês depois de o trato ser aceito pela agência de energia nuclear da ONU.

Apesar do avanço político, o acordo não esclareceu o papel dos inspetores da ONU nem o volume real do estoque de urânio dd Irã. O texto também não impede que o Irã enriqueça o que não for destinado à Turquia.

Para o chanceler Celso Amorim, as garantias exigidas pelas potências ocidentais para negociar com o Irã e afastar sanções econômicas estão preenchidas. (Págs. 1 e Mundo)

Leia mais

Brasil pede confiança a céticos, informa Clóvis Rossi (Págs. 1 e A14)

Acordo é insuficiente, analisa Ricardo Bonalume Neto (Págs. 1 e A16)

Foto legenda: Cobras e lagartos

Serpentes do acervo didático do Instituto Butantan resgatadas no incêndio de sábado, que destruiu a maior parte do acervo de 85 mil exemplares; segundo relato de bióloga, os livros com registros de animais catalogados desde 1901 se mantiveram intactos, mas a diretoria da instituição não confirmou a informação (Págs. 1 e A19)

PMs são acusados de racismo em caso de motoboy

O Ministério Público de SP denunciou à Justiça os quatro PMs suspeitos de matar o motoboy Alexandre dos Santos, 22. A Promotoria os acusa de homicídio doloso (intencional) e racismo; a defesa nega a intenção de matar e diz ver "vedetismo" na denúncia. (Págs. 1 e C7)

Clínica em SC é interditada após morte de paciente

A Vigilância Sanitária interditou a clinica em Joaçaba (SC) onde duas mulheres morreram após uma endoscopia digestiva. Segundo o órgão, o local não tinha alvará para realizar esse tipo de procedimento. A causa da morte das pacientes ainda não foi determinada. (Págs. 1 e C11)

China compra por R$ 3 bi empresas elétricas no Brasil

A gigante elétrica chinesa State Grid, estatal, anunciou acordo para comprar sete concessionárias de energia no Brasil, hoje sob controle de empresas espanholas, relata Fabiano Maisonnave.

Se ratificada pela Aneel, a compra, de R$ 3,097 bilhões, será o maior investimento chinês no país. (Págs. 1 e B1)

Nova chefe da ONU para o clima elogia brasileiros

A diplomata costa-riquenha Christiana Figueres, 53, será a chefe da ONU para o clima a partir de 10 de julho.

Em entrevista a Rafael Garcia, Figueres elogiou a "liderança" do Brasil e disse que um novo acordo climático tem de progredir com metas voluntárias antes de ganhar força de lei. (Págs. 1 e A18)

Editoriais

Leia "Força da natureza", sobre a candidatura de Marina Silva; e "Bomba demográfica", acerca da Previdência Social. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Brasil festeja acordo com Irã, mas para os EUA não muda nada

Amorim diz que sucesso torna 'sem fundamento' a discussão sobre sanções; já os americanos afirmam que Teerã segue violando resolução da ONU e mantêm pressão

O acordo sobre o programa nuclear iraniano costurado por Brasil e Turquia foi motivo de comemoração entre os chefes de Estado dos três países em Teerã, informa o enviado especial Roberto Simon. Para o chanceler Celso Amorim, a pressão por sanções "perde todo seu fundamento" - em sua opinião, o diálogo só avançou desta vez porque Brasil e Turquia falam "a linguagem da cooperação", enquanto os que fracassaram usavam “a linguagem da pressão". Apesar desse otimismo, parte da comunidade internacional, com os EUA à frente, manifestou reticência. Para a Casa Branca, o acordo não muda em nada a disposição de Washington de impor medidas punitivas ao regime iraniano, informa a correspondente Patrícia Campos Mello. O governo americano considera que o Irã continua violando resoluções da ONU. O Itamaraty reconhece que o compromisso de Teerã tem escopo limitado - não cita inspeções nem garantias de que o programa nuclear iraniano é pacífico. (Págs. 1 e Internacional A12 e A14)

Especialistas veem sanções mais distantes

Especialistas ouvidos pelo Estada consideram que o acordo com o Irã dificultará a imposição de sanções. Para Abbas Milani, de Stanford, o fato cria “grande problema” para os EUA e seus aliados. O iraniano Trita Parsi, por sua vez, aplaudiu a diplomacia do Brasil, que conquistou a confiança de Teerã. Já Gary Sick, de Columbia, diz que o acordo é apenas "simbólico". (Págs. 1 e Internacional A12)

Foto legenda: Festa. Lula abraça Ahmadinejad e o premiê turco, Recep Erdogan

Acervos zoológicos correm perigo

O incêndio que destruiu o acervo de cobras e aracnídeos do Instituto Butantã no sábado expõe a falta de apoio à conservação do patrimônio histórico natural do País. Nenhum dos grandes museus de zoologia brasileiros conta com um sistema adequado de combate a incêndios.
"Aqui só tem extintor", afirma Hussam Zaher, diretor do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, que abriga no Ipiranga 10 milhões de exemplares de bichos. Ontem, pesquisadores do Butantã descobriram que muitos dos espécimes mais importantes do acervo de cobras escaparam quase ilesos do fogo. (Págs. 1 e Vida A17 e A18)

Foto legenda: A salvo. Pesquisadores resgatam cobras que foram preservadas

Pesquisa dá empate entre Dilma e Serra

Pesquisa Sensus mostra a petista Dilma Rousseff com 36% das intenções de voto para presidente, contra 33% do tucano José Serra. O levantamento foi feito entre 10 e 14 de maio, coincidindo com a exposição de Dilma na propaganda na TV. (Págs. 1 e Nacional A4)

Novo site de política

Estreia hoje no estadão.com.br o novo espaço online para a cobertura das eleições. (Págs. 1 e Nacional A8)

Emprego formal bate recorde

O Brasil registrou recorde histórico de geração de empregos com carteira assinada no primeiro quadrimestre de 2010. As contratações superaram em 962,32 mil o número de trabalhadores demitidos. O País também teve o melhor resultado para meses de abril, quando 305,06 mil novas vagas foram abertas. Os setores que mais contribuíram foram o de serviços (96,58 mil novas vagas) e o da indústria de transformação (83,05 mil). (Págs. 1 e Economia B1)

Governo quer punição maior por erro no IR (Págs. 1 e Economia B5)

China entra no setor de energia brasileiro (Págs. 1 e Economia B13)

Arnaldo Jabor: Sem pressa com o Ficha Limpa

Os parlamentares formam um país isolado. Eles detestam tudo que os obrigue a "governar" o outro país, a chamada “sociedade”. (Págs. 1 e Caderno 2 D12)

Notas & Informações: O feito de Lula em Teerã

O que Lula comemora é a certeza de que, agora, os EUA não conseguirão aprovar as sanções. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Por R$ 3,1 bi, China entra no setor elétrico no país

A estatal State Grid Corporation of China, maior companhia de transmissão e distribuição de energia chinesa, comprou o controle de sete das 12 empresas da Plena Transmissoras, controlada pelas espanholas Elecnor, Isolux e Cobra. As sete empresas vendidas possuem a concessão de cerca de 3 mil km de linhas de transmissão, de um total de 6 mil km que pertenciam às espanholas.

A transação foi fechada na madrugada de domingo em Pequim, após três dias de negociações. O diretor-geral da Plena Transmissoras no Brasil, Ramon Sade Haddad, informou que o negócio saiu por R$ 3,097 bilhões, o que inclui a assunção, pelos chineses, de R$ 1,3 bilhão em dívidas. Haddad explicou que a marca Plena será mantida e posteriormente será decidido quem vai usá-la. (Pág. 1 e)

Acordo com Irã traz euforia e descrença

Isolado internacionalmente e com dificuldades políticas e econômicas internas, o Irã aceitou enviar seu urânio enriquecido para o exterior, nos termos de um acordo para evitar a ampliação das sanções das Nações Unidas ao país. Mas não se comprometeu em encerrar seu programa de enriquecimento de urânio, base do temor de países ocidentais de que o regime dos aiatolás tenha secretamente planos para construir a bomba nuclear.

O acordo foi negociado por Brasil e Turquia e, apesar da comoção que causou na diplomacia brasileira, não deixou impressionados os principais atores envolvidos. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, só mesmo quem quer a sanção se recusa a reconhecer o avanço alcançado em Teerã para a "paz no mundo". Mas, dos EUA ao Reino Unido, passando por Israel, a desconfiança de que o Irã quer estocar material nuclear próprio não se dissipou com a assinatura do documento.

Numa primeira avaliação, os observadores acreditam que ficou mais difícil para os EUA darem seguimento ao pedido de uma nova rodada de sanções da ONU contra o Irã em junho, como estava previsto. E o Irã ganha algum fôlego para respirar sem pressões intensas vindas de fora e de dentro do país.

O presidente russo, Dimitri Medvedev, conversou com o presidente Lula e disse que iria telefonar a Barack Obama. O pacote de sanções contra o Irã parecia já estar pronto, mas ele acredita que o acordo impulsionado por Brasil e Turquia abre a possibilidade "de outro caminho". O presidente francês, Nicolas Sarkozy, resolveu ir a Madri hoje cedo e também conversar com Lula.

O governo americano recebeu com ceticismo o acordo e indicou que vai continuar a buscar apoio no Conselho de Segurança da ONU para impor sanções econômicas ao Irã. "O envio de seu urânio enriquecido [à Turquia] seria um sinal positivo", disse o secretário de imprensa, Robert Gibbs. Porém, "o acordo não aparenta lidar com o recente anúncio de Teerã de que irá aumentar o seu enriquecimento do urânio a 20%". A proposta, afirmou Gibbs, deve ser examinada pela Agência Internacional de Energia Nuclear antes que possa ser considerada pela comunidade internacional. Especialistas alertaram que, com o acordo, China e Rússia terão novos motivos para recuar, adiando as sanções. (Págs. 1, A4 e A5)

Trem-bala deve ir para estatais estrangeiras

O projeto do trem-bala, para o qual o governo se empenha em atrair capitais privados, pode acabar nas mãos de estatais estrangeiras. Hoje, os três consórcios com mais condições de ganhar a obra são liderados por companhias governamentais da Coreia, Japão e China. O valor elevado do investimento, de até R$ 7 bilhões, e garantias consideradas insuficientes para atrair investidores privados ou para se levantar crédito no mercado financeiro são as razões que explicam a resistência de grupos privados em tomar a frente dos consórcios. No grupo coreano, é esperada a presença de sete empresas privadas, mas o governo deve ficar com até 40% da sociedade. O grupo chinês deve ser integrado só por estatais. No japonês, estão confirmadas até agora apenas empresas privadas, mas concorrentes e agências internacionais dão como certa a entrada de companhias estatais. (Págs. 1 e B1)

Foto legenda: Conexão latina

O grupo mexicano Mexichem, dono da Amanco e Blastubos, tem US$ 500 milhões para investir no Brasil. "A companhia busca verticalizar sua presença no país", diz Marise Barroso. (Págs. 1 e B10)

Redrado teme descontrole da inflação

Figura central de uma crise institucional no início do ano, o economista Martín Redrado está convencido de que a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, resolveu "tomar o Banco Central para financiar o resto de seu mandato". Em entrevista ao Valor, a primeira à imprensa brasileira após sua saída do Banco Central, Redrado alerta sobre a iminência de descontrole da inflação no país e explica por que se opôs tanto ao uso das reservas. Quanto ao Brasil, que se tornou "a garota sexy do bairro", diz que deverá crescer 7% neste ano. Ele não vê problemas no déficit em conta corrente, mas pede "cautela" com o câmbio e mais "esforço" do governo na área fiscal. "Não se deve dar apenas ao BC o peso de resolver tudo com a política monetária", avisa. (Págs. 1 e A12)

De olho na Copa, Sony e Philips entram no mercado de TVs de LED no Brasil (Págs. 1 e B4)

Leilões confirmam recuperação no mercado de arte (Págs. 1 e B8)

Recorde de empregos

A economia brasileira gerou um saldo de 305 mil postos de trabalho com carteira assinada no mês passado, resultado recorde para meses de abril. No ano, o resultado é positivo em 962,3 mil. (Págs. 1 e A2)

Suspeita de dumping

O Ministério do Desenvolvimento iniciou investigação sobre a possível prática de dumping pela China na venda de caminhões com guindastes no mercado brasileiro. (Págs. 1 e A3)

Usinas pisam no freio

Desembolsos do BNDES para o setor sucroalcooleiro encolhem 11% no ano, para R$ 2,3 bilhões, e fornecedores de equipamentos também confirmam retração de investimentos na área. (Págs. 1 e B14)

Mercado vê atuação tímida do BCE

O Banco Central Europeu comprou € 16,5 bilhões em títulos soberanos na primeira metade da semana passada. O anúncio não foi suficiente para acalmar os mercados. (Págs. 1 e C7)

Conservadorismo

Receio quanto aos desdobramentos da crise na Europa também afeta o investidor em previdência, com preferência por planos mais conservadores, sem ações. (Págs. 1 e D1)

Aéreas nacionais vão bem

Mesmo com resultados inferiores ao do primeiro trimestre de 2009, Gol e TAM figuram entre os quatro melhores desempenhos do setor nas Américas. (Págs. 1 e D3)

Derivativos de câmbio

A Fibria, resultante da fusão entre VCP e Aracruz, vai antecipar o pagamento de US$ 511 milhões a bancos para encerrar o episódio dos derivativos "tóxicos". (Págs. 1 e D4)

Ideias

Delfim Netto
O que interessa é saber como cada candidato pretende resolver os novos problemas que nos esperam na esquina. (Págs. 1 e A2)

Ideias

José Eli da Veiga
Plano decenal de energia insiste em maior participação das térmicas e confirma interesse zero pela energia solar. (Págs. 1 e A13)
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RADIOBRAS.