PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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segunda-feira, outubro 15, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] DIA DO PROFESSOR. NOSSA HOMENAGEM !

.:





(...) que essa imagem seja um motivo de

ORGULHO, MOTIVAÇÃO E APREÇO por essa

profissão DIGNA, cujo ensino pode ser 

entendido como uma ORAÇÃO a ser proferida 

no dia a dia, em cada local onde se possa 

levar o SABER. 


...

REPROVADO !!! (LAMENTAMOS PELA REPUBLICAÇÃO, NUMA DATA TÃO IMPORTANTE: O DIA DO PROFESSOR)

...

Professor deve trabalhar por amor, não por dinheiro, diz Cid

Governador do Ceará critica professores da rede estadual, em greve há 24 dias, e diz que quem quer dinheiro deve procurar outra atividade

...


Foto: Agência EstadoAmpliar
Cid Gomes (PSB), governador do Ceará
O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), mandou um recado nesta segunda-feira (29) para os professores da rede estadual de ensino em greve há 24 dias - eles querem aumento de salário. Para ele, quem desenvolve atividade pública deve colocar o amor pelo que faz na frente do retorno financeiro. “Quem entra em atividade pública deve entrar por amor, não por dinheiro”, disse o governador.
A afirmação já havia sido atribuída a Cid Gomes por professores que participaram de uma negociação pelo fim da greve. Há uma semana o governador teria dito. “Quem quer dar aula faz isso por gosto, e não pelo salário. Se quer ganhar melhor, pede demissão e vai para o ensino privado".

Quem está atrás de riqueza, de dinheiro, deve procurar outro setor e não a vida pública"
A imprensa pediu um “tira-teima” e Cid disse praticamente a mesma coisa, mas de uma forma mais branda.
“Isso é uma opinião minha que governador, prefeito, presidente, deputado, senador, vereador, médico, professor e policial devem entrar, ter como motivação para entrar na vida pública, amor e espírito público”, declarou. "Quem está atrás de riqueza, de dinheiro, deve procurar outro setor e não a vida pública”, completou.
O Sindicato dos Professores do Ceará (Apeoc) diz que o governo do Ceará não cumpre a Lei Federal do Piso e o plano de cargos e carreiras dos professores. A categoria quer a aplicação do piso para os profissionais de nível médio, graduados e pós-graduados.



Daniel Aderaldo, iG Ceará 29/08/2011 21:07



STF: MORALIZAR É PRECISO



Decisões do STF mudam a percepção externa sobre país



Valor Econômico - 15/10/2012
 

Poucos fatos, nos últimos anos, fizeram tão bem à imagem internacional do Brasil quanto a condenação dos acusados de integrar o esquema do mensalão. Decisão tomada com transparência e por uma corte suprema cuja maioria foi indicada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, governo em que foi arquitetado e executado o esquema de compra de apoio de deputados.
A corrupção e a impunidade são marca registrada do país, sempre objeto de crítica em instituições internacionais. Em 2011, o Brasil ficou num vergonhoso 73º lugar no ranking da corrupção entre 183 nações avaliadas pela conceituada organização não governamental Transparência Internacional.
Registros positivos foram feitos por influentes veículos da mídia internacional, do diário espanhol "El País" ao "The New York Times". São sinais bem-vindos não por terem sido percebidos por estrangeiros, mas por razões bem objetivas: dentre os muitos aspectos positivos da decisão, como a higienização dos costumes políticos, as condenações contribuem para a melhoria do ambiente de negócios no país. A impunidade sempre foi um fato incorporado ao risco Brasil.
Estudo da Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), revela que as perdas provocadas por fraudes públicas no Brasil atinge a casa de US$ 3,5 bilhões (cerca de R$ 7 bilhões) por ano. O prejuízo foi calculado com base em dados do Banco Mundial (Bird) e nos índices de percepção de corrupção da organização não governamental Transparência Internacional.
As decisões recentes do Supremo Tribunal Federal mudam a percepção externa e interna sobre o combate à impunidade, porque pegaram em sua malha fina o ex-ministro José Dirceu de Oliveira, braço direito e homem forte do ex-presidente Lula.
Junto com Dirceu caíram praticamente todos os poderosos, do governo e da iniciativa privada, banqueiros inclusive, envolvidos no esquema instituído no primeiro mandato do governo do PT.
A sentença não significa o fim da corrupção política ou da impunidade no Brasil, isso é certo. Mas o importante é que o STF, ao condenar os acusados de montar e operar o mensalão, resgatou na legislação já existente instrumentos que devem, a partir de agora, inibir a ação dos predadores do patrimônio público.
Dentre esses instrumentos, o mais importante é aquele segundo o qual a teoria do domínio dos fatos permite punir quem pertence a um grupo criminoso, mas não pratica diretamente o ato delituoso, já que ocupa uma função hierárquica superior. Ou seja, possibilita punir o mandante - assim caiu Dirceu.
Como roteiro de um bom filme de ação política, essa teia está sendo mostrada diariamente ao país, nos últimos dois meses.
Um partido de esquerda, o PT, chega ao poder nas eleições de 2002. Assume no ano seguinte com 93 deputados e chega a uma base parlamentar aliada, com integrantes de outros partidos, estimada em cerca de 140 deputados.
Logo após a posse o governo lança uma ofensiva para a constituição de uma grande base parlamentar. Extensa o bastante para manter não um projeto quadrienal de governo, mas um projeto de poder, como bem salientou, em seu voto, o ministro Ayres Brito, o presidente da Corte Suprema.
Para cimentar um leque tão amplo de alianças, a única argamassa possível era o dinheiro. É quando se juntam o público e o privado para financiar o esquema. Soberbo, Dirceu, quando depôs no STF, nem hesitou em afirmar que todas as negociações para a montagem da base de apoio de Lula passavam necessariamente por seu gabinete. Exibiu a costumeira veleidade de ostentação do poder.
Contava, é claro, com o silêncio cúmplice dos que foram cooptados, com a tradição brasileira da impunidade e a ausência de provas materiais de sua participação - afinal, chefes de organizações criminosas dão as ordens, não assinam cheques nem entregam malas de dinheiro em quartos de luz mortiça de hotel.
O julgamento dá uma nova dimensão a esse tipo de prova, abrindo caminho para aproximar mais a Justiça da realidade. Há o receio de que venha a ser mal utilizado na primeira instância. Caberá às outras instâncias corrigir excessos.

UFA! ATÉ QUE ENFIM, A LUCIDEZ !!!


Mensalão golpista



Autor(es): Rubem Azevedo Lima
Correio Braziliense - 15/10/2012
 
No último número de Babelia (1089), suplemento literário de El País, a jornalista Rosa Montero comenta Escritores delinquentes, obra do jovem espanhol José Ovejero, sobre os escritores de mãos sujas. Em tempo: eles não têm nada com nossos mensaleiros, embora todos hajam cometido crimes. Ele cita Jean Genet, que, abandonado pela mãe, roubou aos 10 anos de idade, e André Malraux, que tentou roubar templos religiosos em Angkor. 
A obra de Ovejero, (Alfaguara, Madri, 18,50 euros) compara-se, a meu ver, às investigações do Supremo, sobre o mensalão. Ele concluiu que os escritores, por vezes, são tocados pela loucura. 
A conclusão do Supremo foi que o PT, com os mensaleiros, queria a ditadura do partido único no país. 
Não é nada, não é nada, foi esse o golpe que Hitler deu no Parlamento alemão e levou a Alemanha, após criar empregos, à derrota em guerra crudelíssima, antijudaica, contra intelectuais e socialistas. Talvez por isso, fala-se, em Brasília, que a Abin, dirigida por militares, dará proteção ao ministro Joaquim Barbosa, do STF, relator do processo do mensalão, para nada lhe acontecer nem ao país. A Abin teme reações violentas, de vingança contra os ministros que condenaram os mensaleiros. Joaquim é um dos ministros do Supremo que os brasileiros mais admiraram e, por isso, é alvo principal da intolerância do fanatismo político. Mas os colegas que apoiaram o voto do relator serão protegidos. Brasília é uma cidade fervilhante de satisfação, com o Supremo, de um lado, e do outro, com a frustração dos petistas. A paixão popular sobre esse processo tem duas vertentes: a dos que apoiam a limpeza da política nacional, feita pelo Supremo; e a dos que teimam em não acreditar em mensalão. Compara-se esse processo ao de Dreyfus, na França. Condenado por traição, ele foi preso na Ilha do Diabo, Guiana Francesa. O país dividiu-se em dreifusistas (esquerda) e antidreifusistas (direita). Entre aqueles, no PT, estão Maluf, o bispo Macedo e outros mais. Nenhum, porém, tem pinta de esquerdista, a começar por Lula, que continua descrente do mensalão. Explica-se: ele parece viver bem na Ilha dos Anjos.

CLASSE D [In:] ''NOS PEGUE PAGUES DO MUNDO ..." *



POR QUE A CLASSE D É O ALVO DA VEZ

CLASSE D É NOVO FOCO DO CONSUMO


Autor(es): ANTONIO TEMÓTEO
Correio Braziliense - 15/10/2012
 
Depois de aproveitar expansão da camada intermediária de renda, empresas miram famílias com salário médio de R$ 952

O crescimento da classe média brasileiro nos últimos anos colocou o país no radar das grandes empresas globais, tanto das que já possuíam operações aqui quanto dos que ainda não haviam acordado para a importância do nosso mercado. O foco desse impulso foi a classe C. Agora, as empresas que pretendem expandir seus negócios já dedicam atenção ao estrato mais baixo, a classe D. Em 2011, esse grupo de consumidores movimentou R$ 363,3 bilhões na economia, devendo neste ano ampliar essa presença para
R$ 409 bilhões, segundo pesquisas do Instituto Data Popular e da Whirpool, multinacional norte-americana que é dona de várias marcas de eletrodomésticos, incluindo a Brastemp.

De acordo com o critério da Data Popular, a classe D é composta por famílias que têm renda média de R$ 952. Esse segmento, juntamente com os do estrato inferior, teve ganho de renda de 28% nos últimos dez anos. A classe intermediária (C) teve aumento maior, de 54%. Mas as classes mais ricas (A e B) avançaram menos do que as mais pobres: 18% (leia quadro abaixo).

O sócio-diretor do Data Popular Renato Meirelles explica que as pessoas de baixa renda, que antes não tinham sequer geladeira ou fogão, passaram a incluir esses produtos na lista de compras. Dados da Whirpool mostram que, em 2002, apenas 64% dos lares da classe D tinha um televisor, 70%, uma geladeira, e só 10%, um celular. Em 2012 a realidade mudou e a presença da TV subiu para 97%, da geladeira para 96% e do celular para 86% (leia quadro ao lado).

Apesar do peso conquistado no mercado, a classe D tende a diminuir nos próximos anos porque o ritmo de crescimento de renda continua acelerado e esse estrato ascenderá socialmente. “As empresas que souberem se relacionar com esse público terão mais chance de dar certo no mercado e conquistar esses consumidores”, completa o diretor do Data Popular. Ele relata que muitas grandes redes de varejo estão abrindo lojas na periferia exatamente para ficar mais perto desse público.

O professor de economia de empresas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) Otto Nogame ressalta que, mesmo com a disposição de ir às compras, parte significativa dos gastos da classe D é com alimentação e transportes. Na opinião do especialista, somente após atender as necessidades básicas, esses brasileiros pensam em adquirir produtos de linha branca ou de higiene pessoal. “Há grande preocupação com a estética, sobretudo entre as mulheres. O creme de pele, que antes era um luxo, ganhou espaço no orçamento”, destaca.

Bom pagador
Além de ser exigente, quem tem renda média familiar de R$ 952 mantém as contas em dia. Conforme o sócio da consultoria de varejo e planejamento Neocom Informação Aplicada, Alexandre Ayres, a condição de bom pagador é predominante porque somente pelo acesso ao crédito esse tipo de consumidor consegue satisfazer o desejo de ter uma máquina de lavar ou uma televisão em casa. Ayres também afirma que os programas de transferência de renda e promoção social conduzidos pelo governo foram fundamentais para reforçar o orçamento dessas famílias. “Boa parcela desses benefícios está concentrada no Norte e Nordeste, regiões onde essas classes são representativas”, observa.

Sob encomenda
Interessada em faturar com vendas para esse público, a Phillips — gigante holandesa que produz eletrodomésticos e eletrônicos — traçou uma estratégia para impulsionar os negócios com televisores de LED para a classe D. Alessandra Aguiar, gerente de marketing de produtos da TP Vision Brasil, responsável pela divisão de TVs da Philips, informa que uma linha desse produto, no valor médio de R$ 1 mil, é a aposta da marca para atrair esse público.

Até o fim do ano a empresa deixará de fabricar aparelhos LCD e apostará nas duas linhas LED que já estão no mercado. “Pesquisas mostram que 95% dos lares brasileiros ainda têm televisão de tubo. Haverá uma corrida para trocar esses aparelhos e o modelo mais simples que produzimos consome 10% menos energia do que as de LCD. Apostamos na classe D e sabemos o poder de compra que ela tem.”


» Participação crescente

Renda média e variação por
classe nos últimos dez anos

Faixas    (Em R$)    Crescimento

A             14.561           18%
B               
6.275    

C               2.341           54%

D                  952          28%
E                  
479    



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(*) Raul Seixas.
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OURO DE TOLO. QUEM É O ''TOLO"?



MÚLTIS CONTROLAM O OURO NO PAÍS E TÊM PRODUÇÃO RECORDE

MULTINACIONAL PUXA ALTA NA EXPLORAÇÃO DE OURO NO BRASIL


Autor(es): Por André Borges
Valor Econômico - 15/10/2012
 
Uma surra. Nada se compara à valorização que o ouro tem registrado nos últimos anos frente aos principais títulos de investimento. Tome-se como referência o ano de 2008, quando a crise das hipotecas arrastou os bancos americanos e contaminou toda a Europa. De lá para cá, o ouro já acumula uma valorização de 177%. É muito, principalmente se essa rentabilidade for confrontada aos papéis de renda fixa. Se a base de comparação for o Ibovespa, este teria de ser multiplicado por cinco para, ao menos, se aproximar do resultado alcançado pelo metal.
Essa valorização está refletida no ritmo que tomou conta da produção no Brasil nos últimos anos. Por meio da Lei de Acesso à Informação, o Valor obteve um panorama sobre a produção do metal, com base em informações do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão federal responsável pelas concessões de pesquisa e lavra.
Os dados apontam que o país atingiu, no ano passado, o maior volume de produção dos últimos 18 anos. Foram 65,2 toneladas de ouro extraídas legalmente do país, o melhor resultado desde 1994. Neste período, houve uma mudança radical no perfil de exploração. No início dos anos 90, 53% do ouro era retirado por grandes empresas, em processos industriais. Os demais 47% ficavam com os garimpos, considerando apenas aqueles legalmente autorizados. Duas décadas depois, a situação é outra. No ano passado, 87,4% das lavras de ouro ficaram com as indústrias, enquanto os garimpos viram sua participação encolher para 12,6%.
O que mais chama a atenção na mudança de perfil são as empresas que estão por trás dessa nova fronteira industrial. Os cinco maiores produtores de ouro no Brasil hoje, donos de praticamente 90% do que é retirado industrialmente do solo, são companhias estrangeiras. Do Canadá, estão presentes quatro grandes empresas de mineração: Kinross, Yamana, Jaguar Mining e Aura Gold. Completa o topo da lista a AngloGold Ashanti, da África do Sul. A maior parte do ouro produzido por essas empresas, consequentemente, tem como destino o mercado internacional.
Para o especialista Marcelo Ribeiro Tunes, diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o oligopólio tem origem no próprio modelo de exploração que ainda predomina entre os empresários brasileiros: o garimpo de superfície, voltado para a camada inicial do solo e do leito dos rios, onde o mineral já está desagregado, in natura.
"O Brasil nunca teve uma tradição de mineração subterrânea de ouro muito forte, enquanto essas empresas internacionais têm tradição e experiência em mineração subterrânea, por isso são elas que puxam o desenvolvimento do setor", comenta Tunes. "Infelizmente só o brasileiro é que não acredita que dá para fazer minas de ouro no Brasil. Tem de vir gente de fora para fazer."
As três minas de ouro mais produtivas do país são exploradas por companhias estrangeiras. A Kinross retira ouro da mina Paracatu, em Minas Gerais. Na mina Cuiabá, localizada em Raposos (MG), a extração é feita pela AngloGold Ashanti. A companhia também explora a mina Serra Grande, em Crixás (GO), após adquirir 50% de participação na mina da Kinross.
Para Tunes, o principal obstáculo enfrentado pelo investidor brasileiro, que prefere se embrenhar em garimpos na Amazônia a perfurar minas subterrâneas, é a dificuldade de se obter financiamento para esses projetos. "Mineração é uma atividade de capital, não de Estado. E o preço é alto. Hoje nós não temos uma estrutura de financiamento que atenda a mineração. Essas empresas que estão aí são de fora porque, em países como o Canadá, há apoio para esse tipo de operação. Qualquer cidadão coloca seu dinheiro na bolsa para financiar esses empreendimentos."
As três minas de ouro mais produtivas do país são exploradas por companhias estrangeiras
Por conta dessa limitação, diz Tunes, a maioria dos projetos internacionais em atividade no país foi atraída por empreendedores brasileiros que não conseguiram encontrar capital nacional para bancar as explorações em minas, que são mais caras e complexas que o tradicional garimpo. "Se você não tem um sistema de financiamento no país, você vai buscar lá fora, não tem segredo."
Do Brasil, as empresas que se destacam são a Mineração Tabipora, que atua no Paraná; e a Mineradora Caraíba Metais-Paranapema, com exploração em Nova Xavantina (MT). Segundo o DNPM, a Vale está entre as produtoras de ouro, com o minério associado, como subproduto, à exploração de cobre, nas minas de Sossego e Salobo, no Pará.
No DNPM, há atualmente 9.227 alvarás de pesquisa de ouro em análise. Em 2008, o órgão vinculado ao Ministério de Minas e Energia concedeu 890 alvarás para estudos. Esse volume praticamente triplicou até o ano passado, chegando a 2.421 concessões. Atualmente, há 466 requerimentos de concessão de lavra industrial em análise. Quando se trata de lavra garimpeira, esse volume chega a 16.477 solicitações.
Pelos cálculos do DNPM, a lavra industrial em minas de ouro emprega cerca de 9.400 trabalhadores diretos e cerca de 2.700 terceirizados. O cálculo do pessoal que trabalha no garimpo, segundo a autarquia, é um dado precário e não estimado pelo departamento.
O aumento da produção formal do ouro refletiu nas arrecadações da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), o royalty que o minerador paga para extrair o ouro. A alíquota aplicada ao metal é de apenas 1%, índice que o governo pretende ampliar, a partir do novo código de mineração, que está em gestação no MME. Em 2008, o DNPM embolsou R$ 8,8 milhões com o royalty do ouro. A arrecadação mais que triplicou até o ano passado, chegando a R$ 27,5 milhões. Até 2020, estima o governo, a produção indu

PROFECIAS



Brasil 2020



Autor(es): Luiz Carlos Mendonça de Barros
Valor Econômico - 15/10/2012
 
Em minha coluna passada reafirmei a convicção de que não acredito no fim do capitalismo, apesar de estarmos vivendo uma das crises econômicas mais graves da história da humanidade. Esta afirmação, se feita há algum tempo atrás, poderia parecer uma bravata. Vivíamos então sob o domínio dos analistas defensores da tese do FIM DO MUNDO. Hoje essa posição já não goza do mesmo entusiasmo dos mercados e seus principais defensores andam em baixa junto à mídia.
Mas uma nova ameaça ronda a economia do mundo de acordo com uma segunda - e mais moderada - geração de pessimistas. Segundo eles, vamos entrar em uma década de crescimento muito baixo, principalmente no chamado mundo desenvolvido. Embora essa mensagem esteja mais próxima da minha posição em relação ao futuro, não concordo com as previsões de uma década perdida.
Aprendi durante minha vida de analista algumas lições sobre as chamadas economias de mercado: a primeira é que, sem uma regulamentação eficiente, os mercados acabam por criar algum tipo de bolha de ativos. Com a ruptura dessas bolhas, seguem-se desequilíbrios micro econômicos que acabam por desestabilizar a situação macro de países ou mesmo de regiões inteiras.
Não estamos vivendo o padrão histórico das recessões do passado e cabe refletir sobre as razões dessa mudança
A segunda lição é que existem mecanismos eficientes de ação dos governos para lidar com esses desequilíbrios e evitar um mergulho na depressão econômica. Essas ações permitem que seja reencontrado - mais adiante - o equilíbrio macro econômico perdido. Historicamente esse período de ajuste é de cerca de 2 anos.
Ora, na crise atual já estamos no quinto ano de um processo recessivo que atingiu todo o mundo desenvolvido e, segundo os especialistas, mais dois ou três anos serão necessários para atingirmos a normalização. Portanto não estamos vivendo o padrão histórico das recessões do passado e cabe refletir sobre as razões dessa mudança de comportamento.
Várias são as causas dessa particular recessão que estamos vivendo. A primeira deriva do fato de que a bolha especulativa de agora, ao atingir o mercado imobiliário americano, afetou parte importante da maior economia do mundo e não apenas setores emergentes, como foi o caso da bolha da internet que ocorreu no fim do século passado. Em segundo lugar, pela dimensão desse mercado, as hipotecas representavam parte importante dos ativos do sistema financeiro. Essa qualificação é particularmente verdade no caso dos bancos de Wall Street, depois que a criação dos derivativos de crédito transformou essas instituições em agressivos participantes desse mercado. Por essa razão a crise financeira que se seguiu foi muito mais forte do que as anteriores.
Em terceiro lugar, esses títulos de crédito com garantia de hipotecas individuais, pela sua liquidez e taxas de juros elevadas, acabaram fazendo parte da carteira de ativos de instituições fora dos Estados Unidos, levando a crise para outros sistemas bancários.
Por essas razões, o estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos, contaminou em extensão nunca vista antes as economias do chamado G-7 e obrigou os governos desses países a uma intervenção de dimensões inusitadas. Os déficits orçamentários que se seguiram, nos Estados Unidos e nos países europeus, levaram a um crescimento estratosférico das dívidas públicas nacionais, com a quase totalidade delas superando o valor do PIB de cada país. Essa é a jabuticaba dessa crise e a grande fonte de diferença em relação às experiências passadas.
Pressionados pelos mercados os governos foram obrigados a reduzir seus desequilíbrios fiscais, mesmo com a recuperação econômica ainda frágil, o que fez com que a trajetória de normalização do passado não esteja ocorrendo agora. Mesmo nos Estados Unidos, onde a maior confiança na sua moeda e no valor dos títulos do governo tem permitido um ajuste mais suave do déficit - da ordem de 1,5% ao ano - a pressão deflacionista sobre a economia tem levado a um crescimento anêmico de menos de 2% ao ano. No caso da Europa, principalmente nas economias mais frágeis e de maior risco de crédito, essa situação de anemia da economia, por conta de um ajuste fiscal mais rápido, é ainda mais grave. Não por outra razão, a recessão já é muito mais forte do que nos Estados Unidos e deve se estender por pelo menos mais dois anos.
Apesar dessa situação mais complexa que vivemos hoje acredito que, principalmente nos Estados Unidos, chegaremos a um novo período de crescimento sustentado. A agressividade da política monetária do Fed - outra jabuticaba de agora - vai permitir essa recuperação mesmo durante o período de ajuste do déficit fiscal. Na Europa o reencontro com o crescimento será mais lento e, principalmente, menos homogêneo. As dúvidas sobre a viabilidade de uma união monetária entre países e sociedades tão diferentes são reais e não têm uma resposta ainda.
Mas se esse quadro de recuperação lenta, mas sustentada, no G-7 permear as mentes de investidores, principalmente das empresas, poderemos ter uma retomada do investimento a partir de 2013. Isso será mais consistente no mundo emergente que ainda representa um dos poucos bolsões de demanda forte no mundo de hoje.
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Luiz Carlos Mendonça de Barros, engenheiro e economista, é diretor-estrategista da Quest Investimentos. Foi presidente do BNDES e ministro das Comunicações. Escreve mensalmente às segundas.

BRASIL: EDUCAÇÃO E INFRAESTRUTURA



Desafios Brasileiros

Corrida para chegar entre os primeiros


O Estado de S. Paulo - 15/10/2012
 

Corrida para chegar entre os primeiros
Pela primeira vez, o Brasil está entre os 50 países mais competitivos, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial. Mas ocupa o 48º lugar entre 144 analisados. Melhorar os níveis educacionais, investir em infraestrutura e reduzir a mão forte do Estado são alguns gargalos apontados no 1° caderno da série "Desafios Brasileiros", uma iniciativa de O Estado de S. Paulo e O Globo, que aborda competitividade.

Pela primeira vez, o Brasil passa a figurar entre os 50 países mais competitivos, de acordo com relatório do Fórum Eco­nômico Mundial. Mas o País não ficou bem na foto: ocupa o 48° lugar, entre 144 analisados. 
Considerando que despon­tou como a sexta economia do mundo - tirando o posto do Reino Unido -, os números parecem, no entanto, um boca­do desanimadores. 
Afinal, é esse mesmo Brasil que tem ape­nas 1,4% do comércio mundial e ainda depende, excessiva­mente, da venda de produtos básicos (como soja, minério de ferro e café) para somar divisas. Melhorar os níveis edu­cacionais, investir mais pesadamente em portos, aeropor­tos, ferrovias e estradas e reduzir a mão forte do Estado são algumas das premissas para ser competitivo e avançar posi­ções. Esses gargalos são apontados por técnicos de diversos setores no primeiro caderno da série "Desafios Brasilei­ros", uma iniciativa de O Estado de S. Paulo e O Globo, que aborda o tema da competitividade.
Mas o Brasil também reúne bons exemplos de em­presas e institutos de pesquisa que fazem bonito: in­vestem, geram conhecimento de ponta e colocam o País no mapa da inovação e do desenvolvimen­to de tecnologias. Não são poucos os desafios do governo - que precisa apostar alto na aprovação de reformas, como a tributária e a traba­lhista da sociedade e da iniciativa privada.
Tudo para reduzir a distância entre o Brasil e as outras grandes nações que buscam o progresso e a geração da riqueza. O próxi­mo caderno, no dia 22, tratará de Merca­do de Trabalho e Educação.

DIA DO PROFESSOR (Eduquem os meninos...)



Diretor da escola invadida por atirador em Realengo anuncia aposentadoria

Publicação: 15/10/2012 08:32 Atualização:
Rio de Janeiro - A aposentadoria  está programada para 2013 e a sensação é de dever cumprido. Assim, o diretor da Escola Municipal Tasso da Silveira, Luis Marduk Bráz, de 57 anos, há quatro anos na função e há 30 na escola, começa a se despedir. 
Por causa da tragédia que vitimou 12 alunos no colégio, em Realengo (RJ), vítimas de um atirador, ele adiou a aposentadoria para o próximo ano.
Em comemoração pelo Dia do Professor, lembrado nesta segunda-feira (15/10) mas realizado na última quarta-feira (10/10), Luis Marduk fez uma pausa para falar. Ele liderou o esforço de recuperação do colégio e revela como tem trabalhado para superar o trauma: “Nossa relação é mais que profissional, é de confiança. Foi isso que norteou nossa resistência”.
Passada a tragédia, o medo era que os alunos e professores abandonassem o colégio e que a Tasso da Silveira ficasse manchada na comunidade. O que ocorreu, no entanto, foi o contrário: “Professores aposentados, de licença, todos vieram nos ajudar. Em uma situação de emergência, toda oferta era bem-vinda”. Para Marduk, a coesão que existia ante da tragédia fez a diferença.


A mesma opinião tem a professora Vanessa Duarte, da 1ª à 4ª série, há 11 anos no colégio, “A escola já era muito boa antes e isso favoreceu”. Também contribuiu o tratamento psicológico que muitos profissionais ainda recebem. Nos meses seguintes ao incidente, uma equipe especializada em neuropscologia desembarcou de Recife para tratar o corpo discente.
A reforma total das instalações foi outro marco. Apesar de conviver com meses de barulho e poeira, o professor de história Jorge Willian da Costa Lino disse que a mudança foi fundamental para enterrar as lembranças do episódio. A sala de aula atacada teve parede derrubada e deu lugar a uma passagem para o prédio anexo, com sala de informática, laboratório de ciências e auditório.
As demais salas receberam novos armários, quadros, murais, instalação para projetores e aparelhos de ar condicionado. “A tragédia foi gigantesca, entendíamos que a reforma era necessária para amenizar o problema e ajudar a comunidade a  não perder o amor pela escola”, disse Vanessa.  “Na verdade, a gente conseguiu resgatar uma história que tem há anos”, completou Jorge.
Os professores  não receberam capacitação extra, mas a visibilidade do colégio na mídia e a atenção dada tanto pela Secretaria Municipal de Educação, quanto por pessoas famosas como artistas e jogadores de futebol, deu fôlego. Porém, o mais importante, lembram, “é a união e o sentimento de pertencimento”, diz Jorge. “A direção sempre fez um bom trabalho”, acrescentou Vanessa.
A Tasso da Silveira tem 1,1 mil alunos e está lotada. Continua sendo referência no bairro de Realengo, na zona norte do Rio. “Nosso grande desafio e preocupação,é sustentar a qualidade depois desse terrível acidente. Vou deixar como um legado importante. Saio desse desafio muito orgulhoso de minha equipe e de nossa superação”, declarou Luis Marduk.

DIA DO PROFESSOR: EDUCAR PARA PENSAR



No Dia dos Professores, uma reflexão sobre alegrias e dores da profissão


Publicação: 15/10/2012 06:10 Atualização: 15/10/2012 06:18


Na memória de qualquer pessoa, há um espaço reservado para um professor que tenha, por algum motivo, marcado o período estudantil. 

Para as crianças, essa figura começa a toma um lugar especial de quem detém todo o saber. Em outro momento, o aluno experimenta questionar e discutir. Nas diferentes fases da vida, existe sempre um professor — que ensinou a entender as letras, explicou muito mais do que o conteúdo da disciplina, mostrou o quão interessante pode ser um assunto, deu aulas de violão, ou mesmo um que decepcionou.


Hoje é o dia deles, e a data serve para refletir sobre a importância desse profissional, que trabalha para que seus alunos conquistem conhecimento e alcancem autonomia. 

Quem escolhe o magistério como carreira faz uma opção de vida. Muitas vezes o trabalho vai além da escola e exige prolongamento em casa, preparando aulas, corrigindo provas e elaborando o conteúdo. Por ele, passam vários estudantes diferentes a cada semestre ou ano e ele adota a responsabilidade de cuidar de cada um, partilhando esse dever com a própria família. 



A educação brasileira se divide entre as redes pública e privada. As diferenças entre elas são mais gritantes que no passado. Com a inclusão da tecnologia nas salas de aula, as escolas particulares de grande porte dispõem de tablets, livros digitais, telas interativas e outros recursos variados. Na maioria das unidades da rede pública, no entanto, os laboratórios usam computadores antigos ou não o aproveitam em todo o potencial.

Panorama no DF



Rede particular
Escolas: 450
Professores: 10 mil
Salário: de R$ 800 (educação infantil até 5° ano do ensino fundamental em meio período) até R$ 12 mil (ensino médio carga horária completa).



Rede pública
Escolas: 653
Professores: 28 mil
Salário: de R$ 4.166 a R$ 6.701 (início de carreira, 40 horas semanais. Com mestrado e doutorado, acréscimo de 8% a 10%) 

EDUCAÇÃO E PROBLEMAS DE GOVERNO



A permanência de problemas na educação



Autor(es): Ignez Martins Tollini
Correio Braziliense - 15/10/2012

Ph. D. em educação (Universidade de Londres, Inglaterra), master of sciences in education (Universidade de Purdue, Indiana, EUA), mestre em educação Brasileira (UnB)
A busca da qualidade na educação pública foi iniciada por um grupo de notáveis estudiosos nos anos 1930. Ao longo desse século, eles apontaram, ao governo e ao povo, os problemas da educação pública. Infelizmente, não tiveram sucesso nessa ação cívica. Para entender essa problemática, desenvolvemos um trabalho cientifico, “In search of elementary education” (“Em busca da educação elementar”). O trabalho analisa a relação do Estado com a educação, no período 1930-1997. Acreditamos que suas conclusões e recomendações possam ser válidas até hoje.

Este artigo apresenta algumas conclusões desse trabalho, a saber: o Estado apresentou uma “imagem de ação” em sua relação com a educação durante todo o período. Para produzir a “imagem de ação”, sucessivos governos declaravam sua intenção de reformar a educação. Com isso, eles criavam expectativas de mudanças e adiavam providências para realizá-las. Além disso, essa estratégia garantia, ao Estado, o aumento de sua legitimidade.

Porém, a criação de uma “imagem de ação” nem sempre era feita por declarações fortes do Estado. Por exemplo: durante a Era Vargas, a “imagem de ação” foi sustentada por meio da organização do sistema educacional. Em seguida, no período de redemocratização, a “imagem de ação” foi transmitida por intermédio da notável expansão da educação. Na época do regime militar, a “imagem de ação” do Estado foi reafirmada pelo aumento de legislações destinadas à educação.

Com o advento da Nova República, o Estado tentou criar uma “imagem de ação” por meio do aumento de políticas educacionais destinadas às classes sociais mais necessitadas. No breve governo Collor, o Estado se interessou em criar uma “imagem de ação” reformista, com uma agenda social da educação. Em suma, a procura de legitimidade era relacionada com a criação de uma “imagem de ação” do Estado.

Porém, a maioria das políticas anunciadas não era efetivada, ao menos totalmente. De fato, o Estado não formulou planos de longo prazo para a área de educação. Pelo contrário, a necessidade de o Estado buscar legitimidade fez com que ele formulasse políticas para resolver problemas imediatos na educação básica, tais como campanhas de alfabetização, educação de adultos, criação de escolas rurais, projetos de extensão da educação básica, e debate sobre a complexa Lei nº 5.692/71.

Essas e outras estratégias ajudaram o Estado a retardar mudanças, evitar conflito e melhorar sua legitimidade com declarações oficiais. Assim ele criou uma “imagem de ação” por meio de estratégias que passavam a impressão de sua capacidade e autonomia. Sérios problemas, tais como a falta de coerência dentro do Estado, foi algo que não o preocupou durante o período examinado. Tal problema permaneceu escondido do público durante a maior parte do período e foi tratado de modo inadequado nos anos 1990, embora o Estado conhecesse o problema desde 1930. O Estado central atribuiu a má gestão e a corrupção na área educacional aos níveis locais da educação. A centralização, ao nível federal, era o corolário da falta de autonomia nos níveis locais.

Em resumo, essas e outras dificuldades examinadas comprometeram a habilidade do Estado como ator na educação elementar brasileira. O trabalho citado também conclui que suficientes recursos financeiros, ação corporativa dentro do Estado, livre da influência de grupos de interesse, são condições essenciais para a autonomia e a capacidade do Estado como ator efetivo, e que essas condições não estavam presentes no setor educacional do Estado durante o período examinado no trabalho.

Este resumo se justifica pela crença que possa suscitar argumentos sobre a atual situação da educação brasileira, principalmente no que tange à sua qualidade, problema que permanece sem solução. Análises e considerações existentes no citado trabalho mostram outras facetas do problema examinado. Talvez seja hora de novos pioneiros da educação lançarem novo manifesto dirigido ao governo e ao povo. Talvez, desta feita, educadores possam ter o sucesso que nossos antecessores procuraram, durante um século, mas não conseguiram.

PRÊMIO NOBEL DE ECONOMIA


Dois americanos ganham o Prêmio Nobel de Economia

Do UOL, em São Paulo




  • Os vencedores Alvin E. Roth e Lloyid S. Shapley
Os vencedores do Prêmio Nobel de Economia de 2012 foram os matemáticos norte-americanos Alvin E. Roth e Lloyid S. Shapley por pesquisas que mostram como unir diferentes agentes econômicos, como estudantes e escolas ou doadores de órgãos e pacientes.
Segundo os organizadores, o Prêmio foi em reconhecimento à "teoria de alocações estáveis e ao modelo de mercado".
Os nomes foram anunciados nesta segunda-feira (15), e os vencedores receberão US$ 1,2 milhão (cerca de R$ 2,45 milhões).
O Nobel de Economia, oficialmente chamado de Prêmio Sveriges Riksbank de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, foi criado em 1968. A categoria não faz parte dos prêmios originais criados pelo testamento do empresário inventor do dinamite Nobel, em 1895.




União Europeia ganha Nobel da Paz

Na sexta-feira (12), a União Europeia (UE) venceu o Prêmio Nobel da Paz por promover a democracia e direitos humanos por mais de seis décadas, numa premiação vista como uma injeção de ânimo num momento em que o bloco sofre para resolver sua crise econômica.

2011

O Prêmio Nobel de Economia de 2011 foi atribuído aos norte-americanos Thomas J. Sargent e Christopher A. Sims, que pesquisaram as relações de causalidade entre a política econômica e diferentes variáveis macroeconômicas como o PIB, a inflação, o emprego e os investidores.
(Com informações da Reuters)

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

15 de outubro de 2012

O Globo

Manchete: Estado fará bairro em área de refinaria
Cabral anuncia desapropriação para revitalizar Manguinhos

Presidente da empresa se diz surpreso com decisão. Terreno será descontaminado para a construção de apartamentos, áreas de lazer, postos de saúde e escolas

Logo após a ocupação do Complexo de Manguinhos e da Favela do Jacarezinho, onde serão instaladas UPPs até o fim de janeiro, o governador Sérgio Cabral anunciou ontem a desapro­priação da Refinaria de Manguinhos. Segundo ele, serão necessários cerca de R$ 200 milhões para a aquisição e a descontaminação do solo do terre­no. O projeto, uma parceria entre es­tado e prefeitura, prevê naquela área a construção de um bairro-modelo, com apartamentos, áreas de lazer, escolas e postos de saúde. O governa­dor anunciou ainda que serão construídas nove mil unidades habitacio­nais em toda a região. Dizendo-se surpreso com o anúncio, o presidente da refinaria, Paulo Henrique Mene­zes, informou que pedirá hoje a sus­pensão das negociações das ações da empresa na Bolsa. (Págs. 1 e 7)

Beltrame: "Não teremos mais uma Faixa de Gaza na cidade"
Em apenas dez minutos, as forças de segurança retomaram ontem as favelas de uma das regiões mais violentas do Rio. O secretário Beltrame disse que a chegada da pacificação àquelas comunidades significa o fim da "Fai­xa de Gaza" carioca. (Págs. 1 e 6)

Desafios Brasileiros: Uma corrida para chegar ao topo
Apesar de aparecer, pela primeira vez, entre os 50 países mais competitivos, o Brasil ocupa apenas a 48º posição entre 144 na­ções do ranking do Fórum Econômico Mundial. Me­lhorar a educação, investir mais em portos, aeropor­tos, ferrovias, estradas e tecnologia, além de reduzir a mão forte do Estado, são premissas para galgar posições, dizem técnicos de diversos setores para o primeiro caderno especial sobre "Desafios Brasilei­ros", iniciativa do GLOBO e de "O Estado de S.Paulo" que aborda o tema "Com­petitividade". O governo precisa apostar nas refor­mas, como a tributária e a trabalhista. (Págs. 1 e Caderno Especial)

Paes: "Brasil perdeu uma oportunidade com a Copa"
Na Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), em São Paulo, ontem, o prefeito Edu­ardo Paes se queixou do governo por causa dos atrasos nas obras para a Copa do Mundo de 2014. Ele afirmou que o Brasil "perdeu uma oportuni­dade" de melhorar a sua imagem internacional. Segundo Paes, o país precisa aproveitar os eventos esporti­vos para mostrar que consegue pla­nejar e "entregar as coisas no prazo". Ressaltou que a responsabilidade é de todos os níveis de governo. (Págs. 1 e 9)
SIP enviará missão à Argentina em apoio ao "Clarín"
A SIP mandará uma missão à Argen­tina em solidariedade ao Grupo Clarín, que sofre ameaças do governo Kirchner. José Miguel Vivanco, dire­tor da Human Rights Watch, critica o Brasil por omissão frente a países que desrespeitam a liberdade. (Págs. 1 e 18) 
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Folha de S. Paulo

Manchete: Famílias de PMs mortos lutam por indenizações
Parentes vão à Justiça cobrar seguro mesmo com assassinato durante a folga.

Famílias de policiais mili­tares mortos estão cobrando na Justiça a indenização pre­vista pela corporação pau­lista para os casos de agentes assassinados durante o expediente ou a caminho do trabalho. O benefício é de cerca de R$ 100 mil.

A maioria dos PMs, po­rém, morreu em dias de fol­ga. Neste ano, de 67 policiais da ativa assassinados, só 3 estavam em serviço.

Segundo o advogado Fer­nando Capano, já há casos em que juizes aceitam o ar­gumento de que a família tem direito mesmo que o as­sassinato ocorra fora de ser­viço. “Essa pessoa seria morta se não fosse policial? Não”, afirma ele.

Na noite de sábado, mais um PM foi assassinado du­rante a folga, numa padaria no Jardim São Luis, zona sul da capital. (Págs. 1 e Cotidiano Cl)

Marcos Augusto Gonçalves
Uma metrópole como São Paulo talvez devesse ter o controle da polícia, co­mo em Nova York. (Págs. 1 e Cotidiano C2)
"Banco Central precisa explicar últimos cortes na taxa de juros"
As reduções nos juros pre­ocupam o ex-presidente do BC Arminio Fraga. “Mais um corte neste momento requer uma explicação do Banco Central”, diz a Ana Esteia de Sousa Pinto. Na quarta, a Selic caiu pela décima vez se­guida, para 7,25%.

Fraga afirmou que o corte é arriscado num cenário de inflação acima da meta e des­necessário para a economia em pleno emprego. (Págs. 1 e A14)
Prefeito do Rio lança Cabral para vice de Dilma em 2014
O prefeito do Rio, Eduar­do Paes (PMDB), antecipou o debate sobre sucessão pre­sidencial ao lançar ontem o governador Sérgio Cabral como vice de Dilma Rousseff na eleição de 2014.

“A gente respeita o vice-presidente Michel Temer, mas agora é a vez de o governador Cabral ser o vice”, dis­se Paes, reeleito com a maior votação do país. (Págs. 1 Poder A4)
Propaganda eleitoral recomeça hoje no rádio e na TV em SP (Págs. 1 e Poder A6)

Melchiades Filho
Receitas em queda ajudam a explicar troca de prefeitos. (Págs. 1 e Opinião A2)
Chávez espionou rivais e imprensa, afirma jornalista
Documentos confiden­ciais do governo venezuela­no obtidos pelo jornalista argentino Jorge Lanata mos­tram que houve uso do apa­rato estatal para vigiar o opositor de Hugo Chávez, Henrique Capriles, além de jornalistas, nas eleições do último dia 7. (Págs. 1 e Mundo A10)
"New York Times" lançará site em português em 2013 (Págs. 1 e Poder A8)

Folha é premiada com série de investigação sobre Paloci (Págs. 1 e Poder A8)

Tec: Internet mais veloz chega ao país até abril com limitações (Págs. 1 e F1)

Folhainvest: Valorizada, doméstica busca mais benefícios e direitos (Págs. 1 e B1)

Supremo julga nesta semana publicitário Duda Mendonça (Págs. 1 e Poder A7)

Editoriais
Leia “Inferno fiscal”, acerca dos numerosos tri­butos brasileiros, e “CPI na vala comum”, acerca das investigações infrutífe­ras do caso Cachoeira. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Na TV, Serra atacará Enem e Haddad vai explorar renúncia
Candidatos usarão ‘pontos fracos’ e ‘discurso ético’ na volta do horário eleitoral.

Na semana em que a propaganda eleito­ral reestreia na TV - os programas reco­meçam hoje e vão ao ar até sexta-feira, dia 26 -, as campanhas de José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) vão travar um duelo ético e outro sobre quem tem mais capacidade para admi­nistrar a cidade. Além de voltar a explo­rar o mensalão, Serra questionará a competência de Haddad levando ao ar as fa­lhas no Enem e as greves nas universida­des federais, logo após o hoje candidato ter deixado o MEC. A campanha petista usará depoimentos da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula. Pa­ra desgastar Serra, abordará a renúncia do tucano em 2006, 15 meses após ter assumido a Prefeitura. (Págs. 1 e Nacional A4)

A eleição para Câmara
Das 58 seções eleitorais da capital, em 13 o nome mais votado para ve­reador ficou fora da lista de titulares da próxima legislatura. Já candida­tos com vínculo a grupos organiza­dos ampliaram participação. (Págs. 1 e A7)
Caderno Especial: Desafios Brasileiros
Corrida para chegar entre os primeiros

Pela primeira vez, o Brasil está entre os 50 países mais competitivos, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial. Mas ocupa o 48º lugar entre 144 analisados. Melhorar os níveis educacionais, investir em infraestrutura e reduzir a mão forte do Estado são alguns gargalos apontados no 1° caderno da série “Desafios Brasileiros”, uma iniciativa de O Estado de S. Paulo e O Globo, que aborda competitividade. (Págs. 1 e Caderno Especial)
Produtividade no pré-sal surpreende a Petrobrás
As explorações do pré-sal, especialmen­te na Bacia de Santos, têm surpreendido a Petrobrás. Os primeiros quatro poços do campo gigante de Lula estão produ­zindo 50% mais do que o previsto. O êxito serve para ofuscar internamente a acentuada queda de produção no pós-sal da Bacia de Campos. Em Santos, o índice de sucesso é de 90%, ante cerca de 30% da média mundial. Diante do po­tencial, o governo adotará um novo mo­delo de concorrência. (Págs. 1 e Economia B1)

Negócios
Após investir R$ 22 bilhões em tec­nologia em 5 anos, o Bradesco se prepara para era dos juros mais baixos. (Págs. 1 e Negócios)
Turquia bloqueia espaço aéreo
A Turquia proibiu aviões sírios de sobre­voar seu território. Bashar Assad tem “abusado’’ dos voos civis no transporte de equipamento militar, segundo o go­verno turco. (Págs. 1 e Internacional A10)
SIP debate situação da mídia argentina
A crescente hostilidade contra veículos de comunicação na Argentina foi o te­ma de destaque de ontem da 68º Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa. (Págs. 1 e Internacional A8)
Claudio Adilson Gonçalez
O euro é irreversível

Mesmo capenga e imperfeita, a zona do euro parece irreversível. O seu desmanche, mesmo parcial, geraria custos dramáticos a todos os países. (Págs. 1 e Economia B2)
Lúcia Guimarães
A rede antissocial

O Brasil é um dos principais alvos do Facebook. E a história do capitalismo digital se repete: o revolucioná­rio de hoje é o ditador de amanhã. (Págs. 1 e Caderno 2 D8)
Notas & Informações
Desastre na administração

Catástrofes continuam, mas o go­verno não aplica recursos para en­frentar os problemas. (Págs. 1 e A3)
Batalha digital
Espionagem e ataques on-line já caracterizam estado de ciberguerra? (Págs. 1 e Link)
Avião em pane para Viracopos
A única pista de pousos e decolagens do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, foi interditada às 20h de sábado, após um avião de carga ter apresentado problema mecânico. Até as 19h de ontem, 140 voos que deveriam decolar ou pousar em Viracopos já haviam sido transferidos para Congonhas e Cumbica. (Págs. 1 e Cidades C1)
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Correio Braziliense

Manchete: Por que a classe D é o alvo da vez
A renda do brasileiro cresceu e o crédito está farto. Resultado: famílias que ganham até R$ 958 compram mais bens duráveis e
atraem a atenção das empresas. Em 2011, esses consumidores
movimentaram R$ 363 bilhões; este ano, serão R$ 409 bilhões. (Págs. 1 e 8)

Maria Sueli - Moradora do Itapoã
O rendimento fixo da família dessa dona de casa é R$ 700, mas o marido, pedreiro, faz bicos. Na sua cozinha, há geladeira nova, e forno elétrico e sanduicheira recém-comprados. A máquina de lavar tem menos de dois meses de uso. Em 2002, 64% dos lares da classe D tinham um televisor. Agora, o aparelho está em 97% das residências.
Mensalão: Marqueteiros começam a ser julgados hoje pelo STF
Ministros do Supremo concluem julgamento de três réus ligados ao PT e, na segunda parte da sessão, deverão começar a julgar o publicitário Duda Mendonça e a sócia dele, Zilmar Fernandes, além de outros oito acusados. Responsável pelo marketing da campanha presidencial de 2002, em que Lula foi eleito, Mendonça teria deixado de declarar o recebimento de R$ 11,2 milhões das empresas de Marcos Valério. (Págs. 1 e 5)
Rio: 20 minutos para a paz
Mais quatro comunidades do Rio voltaram às mãos dos seus donos:
os moradores. Manguinhos, Mandela, Varginha e Jacarezinho
ficaram livres do jugo da bandidagem em tempo recorde. (Págs. 1 e 7)
Drogas: Ecstasy e LSD na periferia
O tráfico e o consumo comuns a áreas nobres de Brasília desembarcam em regiões mais pobres. Desde 2010, um bando vende ecstasy e LSD a jovens da periferia. O líder da quadrilha, agora preso, morava em Águas Claras, em uma cobertura superequipada. (Págs. 1, 17 e 18)
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Valor Econômico

Manchete: Múltis controlam o ouro no país e têm produção recorde
A produção de ouro no Brasil atingiu o maior volume dos últimos 18 anos. Fo­ram 65,2 toneladas do metal extraídas le­galmente do país no ano passado, o me­lhor resultado desde 1994. O ritmo de produção segue o compasso marcado pela rentabilidade do minério. Entre os principais títulos de investimento, nada supera a valorização do ouro. De 2008 para cá, período marcado por sucessivas crises financeiras, o metal já acumula uma valorização de 177%, superando, de longe, qualquer aplicação de renda fixa ou variável. No caso do Ibovespa, seria preciso multiplicar o índice por cinco pa­ra se aproximar do resultado atingido pelo ouro. A indústria nacional, porém, teve um papel ínfimo na produção, se­gundo informações obtidas pelo Valor com o Departamento Nacional de Pro­dução Mineral (DNPM), por meio da Lei de Acesso a Informações.

Hoje, cinco grandes companhias in­ternacionais dominam a produção industrial no Brasil, atividade que está con­centrada na lavra de minas subterrâneas, e não nos tradicionais garimpos. Do Ca­nadá, atuam no país a Kinross, Yamana, Jaguar Mining e Aura Gold. A lista inclui ainda a AngloGold Ashanti, da África do Sul. Juntas, essas empresas detêm cerca de 90% da extração industrial. (Págs. 1 e B7)
Na reunião do FMI, inação e desavenças
Durante a crise financeira de 2008, as reuniões do Fundo Monetário Interna­cional e do Banco Mundial foram usadas para angariar apoio para ações coletivas, incluindo estímulos coordenados e res­gates de bancos. Na reunião anual que terminou ontem os reguladores passa­ram a bola para futuras reuniões, apesar do alerta do FMI de que o mundo está pe­rigosamente se aproximando de uma re­cessão. O encontro aprofundou, em vez de diminuir, os conflitos entre algumas das maiores economias, levantando no­vas dúvidas sobre a capacidade dos regu­ladores de dar grandes passos para acele­rar a recuperação global. Os chefes de Es­tado europeus têm de decidir esta sema­na como resgatar mais uma vez a Grécia, antes que o país fique sem dinheiro. O FMI quer que a Grécia tenha mais tempo para cumprir suas metas fiscais. A Ale­manha é contra. (Págs. 1, B10 e C7)
Conteúdo local desafia o setor de petróleo
As multinacionais que fornecem equipamentos para petróleo e gás no Brasil correm contra o tempo para ven­cer um de seus maiores desafios: cum­prir a exigência de conteúdo local, que varia de 37% a 85%. A General Electric (GE) inovou ao adaptar fornecedores do setor automotivo para atender a de­manda do setor petroleiro. A ABB, de sistemas e automação, resolveu em al­guns casos produzir ela mesma compo­nentes antes importados em sua nova fábrica de Sorocaba (SP). A Rolls Royce investe em fábrica em Santa Cruz (RJ) para substituir importações de US$ 1,5 bilhão em dez anos. Para Sandy Taylor, presidente global da ABB para a área, o Brasil segue estratégia que deu certo em outros países, especializando-se em águas profundas e tomando-se grande exportador dessa tecnologia. (Págs. 1 e B6)
Biodiversidade, barreira ao risco alimentar
Preservar a biodiversidade pode ser uma garantia à segurança alimentar glo­bal, hoje concentrada em pequeno nú­mero de cultivos. “O que se come no mundo são poucos alimentos e isso colo­ca a humanidade em grande risco”, alerta o biólogo Bráulio Dias. “Se ocorrer uma doença em uma dessas culturas será um caos. É preciso conservar a biodiversida­de para uso futuro e para criar soluções a possíveis problemas”, recomenda.
É disso que trata o encontro interna­cional que ocorre até sexta-feira na Índia e reúne representantes de 193 países em discussões em torno da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU, da qual Dias é o secretário-executivo. A CDB, co­mo é conhecida, é o acordo internacional que busca garantir o uso sustentável da biodiversidade e tenta estancar a vertigi­nosa perda de espécies no mundo. (Págs. 1 e 18)
STF deve negar prisões imediatas no mensalão
Após 35 sessões de julgamento do mensalão, os ministros do Supremo Tri­bunal Federal (STF) querem evitar que a fase de definição das penas seja longa. Os integrantes da Corte estão conversando informalmente para concluir a Ação Pe­nal nº 470 durante a presidência do mi­nistro Ayres Britto, que termina em 18 de novembro. A tendência inicial é a de o STF não considerar penas mínimas, o que resultaria em prescrição e afastaria a pos­sibilidade de punições, como prisões.

Apesar das elevações de pena, há uma tendência no STF de não determinar prisões imediatamente após o resultado do julgamento, como requerido pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Isso não ocorreu nos demais julgamentos da Corte envolvendo políticos e seria exceção se acontecesse nesse caso. (Págs. 1 e A10)
Opções para investir com juros estáveis
A indicação do Banco Central de que os juros básicos devem permanecer em 7,25% por um longo período levanta uma série de dúvidas para o investidor à procura de ganhos diferenciados nas aplicações em títulos públicos. À primei­ra vista, com o fim do ciclo de cortes nas taxas de juros, ele pode ser induzido a acreditar que não há mais ganhos nos papéis prefixados e continuar buscando refúgio nos títulos indexados à inflação.

Mas após meses de rendimentos ex­traordinários, esses títulos perdem a hegemonia na recomendação dos es­pecialistas em renda fixa. A avaliação de gestores de fundos é que os prê­mios pagos por esses títulos (NTN-Bs) caíram muito nos últimos meses, es­pecialmente nos papéis com venci­mentos mais curtos. (Págs. 1 e D1)
Crise corta exportação brasileira de café
A crise derrubou as exportações bra­sileiras de café e o ano deve fechar com uma queda de 10% a 15% nas vendas em relação a 2011. De janeiro a setembro, o volume embarcado recuou 19,3%. Mas a receita caiu ainda mais, 26,1%.

Os importadores estão comprando só para atender as necessidades mais imediatas e há dificuldade em obter crédito. Além disso, as torrefadoras es­tão trocando o café arábica pelo robus­ta, mais barato, privilegiando o Vietnã em detrimento do Brasil. (Págs. 1 e B12)
700 obras com verbas do FGTS sofrem atraso ou paralisação (Págs. 1 e A2)

Mídia impressa está em xeque, com queda de vendas e receita, diz Cebrián (Págs. 1 e B3)

Ameaça externa
A maior parte dos analistas ainda acredita em um crescimento na casa de 4% no ano que vem, mas aumentou o número dos que passaram a apostar numa expansão mais modesta, dada a expectativa de que o mun­do terá mais um ano difícil em 2013. (Págs. 1 e A3)
Desaquecimento chinês
A desaceleração chinesa começou a afe­tar mais fortemente as exportações bra­sileiras nos dois últimos meses. As ven­das externas de minério de ferro e de pe­tróleo já apresentam queda no acumu­lado do ano, em valores e volume. (Págs. 1 e A4)
Carrefour pode deixar a Colômbia
O Carrefour estuda vender as operações da rede na Colômbia. Ao menos duas varejistas, a chilena Cencosud, que fez proposta de compra, e a americana Walmart, estiveram em contato com a com­panhia francesa nos últimos meses. (Págs. 1 e B1)
Multi na prateleira
O empresário Carlos Martins, controlador do Grupo Multi, dono de dez redes de esco­las profissionalizantes e de idiomas, entre elas Wizard, Yázigi e Microlins, negocia a empresa com fundos de “private equity”. (Págs. 1 e B4)
Santos Dumont terá hotel de luxo
Os antigos prédios administrativos da Varig e da Vasp no Aeroporto Santos Dumont, no Rio, deverão ser transforma­dos em um complexo com hotel de luxo e centro de convenções. Até o fim do mês, a Infraero deve lançar uma licita­ção internacional para o projeto. (Págs. 1 e B4)
Cresce a exportação de algodão
As exportações brasileiras de algodão terão novo recorde nesta safra, que ter­mina em abril de 2013. A estimativa é de embarques de 975 mil toneladas, 3,8% acima das 940 mil toneladas realizadas no ciclo anterior. (Págs. 1 e B12)
Justiça livra imóvel comercial
Devedores estão conseguindo na Justiça impedir a penhora de imóveis comerciais, desde que seja o único bem do proprietário e o aluguel se destine à subsistência própria ou da família. (Págs. 1 e E1)
STJ define ISS no leasing
A maioria dos ministros da 1º Seção do Su­perior Tribunal de Justiça já aceitou a tese de que o ISS em operações de arrendamento mercantil é devido ao município onde estÁ a sede da companhia de leasing. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Luiz Carlos Mendonça de Barros
Não estamos vivendo o padrão histórico das recessões do passado e cabe refletir sobre as razões dessa mudança. (Págs. 1 a A15)

Dani Rodrik
Ao negar que a viabilidade do euro de­pende de restrições à soberania, os líde­res europeus iludem seus eleitores. (Págs. 1 e A15)
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