PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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segunda-feira, julho 28, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] ''EU GRAMPEIO, TU ALGEMA, ELE PRENDE, NÓS DEFENDEMOS, VÓS INDIGNAIS, ELES SOLTAM''

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].

''GOOGLE'' vs. ''CUIL": ''EBONY AND IVORY" [em branco ou preto]

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Ex-funcionária lança site de buscas para concorrer com o Google

O último produto para buscas na internet criado pela programadora Anna Patterson era tão impressionante que acabou incorporado pelo sistema do líder do mercado, o Google, que comprou a tecnologia e contratou Anna como funcionária. Agora, Anna acredita que criou um sistema ainda melhor - só que desta vez, a tecnologia não está à venda. Em vez disso, ela decidiu criar sua própria companhia e entrar na briga pelo mercado de buscas, enfrentando o próprio Google. Na empreitada, conta com a ajuda do marido, Tom Costello, e outros dois ex-engenheiros do Google, Russell Power e Louis Monier. O novo buscador foi batizado de Cuil - pronuncia-se "cool", gíria em inglês para "legal". Com investimentos de US$ 33 milhões, o site entrou em operação nesta segunda-feira (28). Ao entrar, o primeiro "susto" para o usuário é o fundo da tela, todo preto, em oposição ao branco do Google. Por enquanto, o Cuil busca conteúdo em 120 bilhões de páginas, a maioria em inglês. Conteúdos em outras línguas ainda não foram totalmente indexados e, mesmo quando encontrados, são jogados para as últimas páginas de resultado pelo buscador. De acordo com Anna, o número de páginas indexadas pelo Cuil já é três vezes maior do que o conteúdo analisado pelo Google. Na sexta-feira, o Google anunciou que analisa, em suas buscas, um trilhão de páginas, mas nem todas entram no índice. O número total de sites indexados pelo Google, portanto, continua em segredo. Anna afirma que seu site pode superar o Google também em outras características, como a forma de exibir o conteúdo encontrado nas buscas. Em vez de uma seqüência vertical de links, a página de resultados mostra alguns resumos dos sites encontrados pela busca.
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G1, SP. 2807.
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[N.B.: o título deste novo buscador é muito sugestivo à gozações, a começar pela logomarca...].

LULA & GRAMPOS: ''MAKING OFF''

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Lula determina que Tarso e Múcio negociem projeto que amplia controle sobre grampos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou nesta segunda-feira que os ministros Tarso Genro (Justiça) e José Múcio Monteiro (Relações Institucionais) intensifiquem as negociações no Congresso para aprovar o projeto de lei que trata dos grampos telefônicos. Pelo texto, haverá um controle maior sobre as escutas telefônicas em todo país.
A orientação de Lula ocorreu após Tarso e Múcio criticarem publicamente os grampos telefônicos. Na semana passada, Múcio afirmou que seu celular era como se fosse uma "radio comunitária", enquanto Tarso reclamou que ninguém mais tem segurança de falar ao telefone.
Lula determinou que os dois ministros procurem os presidentes do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), e da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para que incluam o projeto entre as prioridades das Casas no segundo semestre.
O assunto foi tratado durante a reunião da coordenação política do governo, conduzida por Lula durante a manhã de hoje. Participaram da reunião o vice-presidente da República José Alencar, os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil), Paulo Bernardo (Planejamento), Tarso Genro, Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), José Múcio Monteiro (Relações Institucionais), Franklin Martins (Comunicação Social) e Guido Mantega (Fazenda).
Em abril, o governo encaminhou o projeto de lei sobre interceptação telefônica. Na ocasião, interlocutores do governo informaram que a idéia da proposta é atualizar a legislação atual, que é de 1996 e estaria ultrapassada.
Pelo texto, a execução das operações técnicas de interceptação será feita pela empresa de telecomunicação sob a supervisão da autoridade policial e fiscalização do Ministério Público.
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RENATA GIRALDI; da Folha Online, em Brasília - 2807.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

28 de julho de 2008

O Globo
TSE discutirá proposta de força-tarefa eleitoral no Rio
O presidente do TSE, Carlos Ayres Britto, discutirá hoje com o presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, Raul Jungmann, e o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, a proposta de criação de uma força-tarefa para garantir a segurança nas eleições do Rio. A proposta de Jungmann prevê a atuação da PF e, se necessário, do Exército, para coibir a influência do tráfico e das milícias, identificando candidatos ligados ao crime. O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que a PF está à disposição, mas é necessário um pedido formal. (págs. 1 e 3 a 8)
Brasil perde 160 bi com a corrupção
O país perde anualmente cerca de R$ 160 bilhões – ou 6% do Produto Interno Bruto (PIB) – com corrupção e fraudes no governo e em empresas, segundo levantamento da consultoria KPMG. São os crimes de colarinho branco que, na maior parte das vezes, envolvem lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), só este ano deverão ser registradas 300 mil operações com indícios de irregularidade, um salto de 112% em relação a 2007. (págs. 1 e 18)
Caos aéreo na Argentina afeta turistas
Com a crise nas Aerolíneas Argentinas, os aeroportos de Buenos Aires viveram um fim de semana de caos aéreo, que afetou milhares de argentinos e cerca de mil turistas brasileiros. Os atrasos passaram de 24h. O cantor Zeca Pagodinho disse que “nunca mais volta lá”. (págs. 1 e 22)
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Folha de S. Paulo
SP bate recorde e multa 1 motorista a cada 6 segundos
O total de multas de trânsito aplicadas em junho foi recorde na cidade de São Paulo: 418 mil, ou uma a cada 6,2 segundos, informam Alencar Izidoro e Ricardo Sangiovanni. O número é 20% superior ao do mesmo mês de 2007 a 3,5% acima da maior marca até então.O aumento ocorreu antes do veto a caminhões dentro do centro expandido, que ocorreu em 30 de junho e já resultou em 18 mil multas. A partir de hoje, com a volta às aulas, a restrição será ampliada, e o rodízio de caminhões vai vigorar também nas vias limítrofes. A CET atribui o aumento das multas à maior fiscalização. Em agosto, haverá mais 265 agentes de tráfego nas ruas. O total de radares também subirá. Estima-se que a receita com multas salte de R$ 392 milhões em 2007 para R$ 557 milhões em 2008 – mais 42%. (págs. 1 e C1)PT vai à Justiça Eleitoral contra KassabCampanha de Marta Suplicy quer investigação do uso da máquina pelo prefeito, que enviou e-mails pedindo “ação” de subprefeitos em possíveis locais de entrevista do Datafolha. Ele nega ter tentado influir nos resultados. (págs. 1 e A4)
Deputado foi ao TCU com ação bancada por Dantas
Daniel Dantas, ex-controlador da Brasil Telecom por meio do banco Opportunity, contratou um escritório de advocacia por R$ 1,75 milhão para assessor o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) em uma representação apresentada ao TCU (Tribunal de Contas da União). Com a ação do deputado, Dantas queria evitar acordo pelo qual fundos de pensão comprariam ações do Citigroup na BrT. Fraga se disse “muito amigo” de ex-cunhado de Dantas e admitiu que “emprestou” seu nome. Segundo o Opportunity, a BrT contratou o escritório. (págs. 1 e A4)Juiz defende uso de grampos e prisão preventivaPara Sérgio Moro, juiz federal do caso Banestado, sem grampo e quebra de sigilos, só são pegos os coadjuvantes de crimes complexos, nunca os chefes. Ele defende a redução de instâncias e diz que, muitas vezes, a prisão temporária é a única punição do investigado. (págs. 1 e A14)
Discórdia entre emergentes trava acordo de comércio global
Novas exigências feitas por Índia e China travaram as negociações para um acordo global de comércio na Rodada Doha, em Genebra. Os ajustes pedidos pelos emergentes no pacote proposto pela OMC são rejeitados por países desenvolvidos – o Brasil também é contrário às alterações.A Índia acha que o limite à importação não protege pequenos agricultores, e a China não quer cortar tarifas de arroz, trigo e açúcar. (págs. 1 e B1)
Crise aérea na Argentina prejudica 500 brasileiros
Problemas na recém-reestatizada Aerolíneas Argentinas geraram caos aéreo no país que fez milhares de turistas, incluindo ao menos 500 brasileiros, enfrentarem cancelamentos e atrasos de até 24 horas. Houve longas filas e protestos nos aeroportos. Um grupo de cariocas cuja partida de Bariloche seria às 11h de sábado chegou ao Rio ontem às 16h.Segundo a Aerolíneas, falta de aviões e overbooking causaram as falhas. (págs. 1 e C4)
Comissão julgará indenização para cabo Anselmo
A Comissão de Anistia julgará o caso do Cabo Anselmo, que pede uma indenização por suposta perseguição durante a ditadura militar, informa Mônica Bergamo.Expulso das Forças Armadas por liderar a Revolta dos Marinheiros, um dos estopins do golpe, Anselmo foi preso e colaborou com a repressão, delatando antigos companheiros. (págs. 1 e E2)
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O Estado de S. Paulo
China e Índia emperram acordo na OMC
O governo da China está impedindo um acordo na Organização Mundial do Comércio (OMC). É a primeira vez que o país, segundo maior exportador do mundo, foi convidado às reuniões que tomam as decisões na cúpula. Pequim se recusa a reduzir barreiras para importação de açúcar, arroz e algodão, e a abrir seu mercado para produtos têxteis. Aproveitando-se da crise, a Índia reuniu quase cem países para defender novas barreiras agrícolas. Com a repentina intransigência chinesa, os EUA anunciaram que não cortarão seus subsídios no setor do algodão, como propunha inicialmente a OMC. O representante dos EUA fez um apelo para que os emergentes não deixem as negociações de sete anos irem ao chão. Nos bastidores, o Brasil tenta reverter a crise defendendo a proposta americana. Um novo acordo deve ser proposto à OMC hoje. (págs. 1 e B1 a B5)
‘Dados eram irrelevantes’
Assessor da Presidência, Marco Aurélio Garcia admite que informações sobre as Farc foram repassadas ao Planalto pelo governo colombiano, “mas eram irrelevantes”. O repasse dos dados, que teria sido meses atrás, foi revelado pelo ministro da Defesa da Colômbia, Juan Manuel Santos, ao Estado. Garcia descarta deslocamento das Farc para a Amazônia, como alertou o governo americano, e diz que o presidente colombiano Álvaro Uribe prepara acordo com a guerrilha. (págs. 1 e A11)
Candidatos reagem aos ‘currais’ em favelas do Rio
Candidatos à Prefeitura do Rio reagiram em bloco às dificuldades de acesso a favelas impostas por traficantes e integrantes de milícias armadas. A reação veio depois que jornalistas foram ameaçados, no sábado, em caminhada de Marcelo Crivella (PRB) na Vila Cruzeiro. Jandira Feghali (PC do B) reclamou que não vai ao morro só para pedir votos. E Eduardo Paes (PMDB) afirmou: “Não vou me submeter aos bandidos”. (págs. 1 e A9)
Rodízio deve tirar 25 mil caminhões por dia
A Prefeitura de São Paulo dá início hoje ao sistema de rodízio para grandes caminhões nas vias que contornam o centro expandido da capital. A estimativa oficial é de que, a cada dia, 25 mil desses veículos deixem de circular nas Marginais nos horários de pico. O rodízio, porém, é visto apenas como saída de emergência. Uma mudança estrutural ainda é tida como necessária. (págs. 1 e C6)
Satiagraha – Dossiê denuncia pressão na PF
Protógenes diz que superiores interferiram na investigação. (págs. 1 e A6)
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Jornal do Brasil
Tráfico agora bloqueia TRE
Não só os candidatos têm encontrado dificuldades nas áreas dominadas pelo tráfico ou milícias. O chefe da fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral, Luiz Márcio Victor Pereira, afirma que orientou seus agentes a não irem às comunidades. A ordem é só fiscalizar essas áreas com o acompanhamento de policiais, o que tem sido difícil. Até agora, só houve duas incursões em favelas (Rocinha e Carobinha), onde grassam, por exemplo, galhardetes proibidos no resto da cidade. (pág. 1 e Tema do Dia, págs. A2 e A3)
PAC liberará R$ 25 milhões para o mar
Devido à alta internacional dos preços das commodities, o governo planeja aplicar cerca de R$ 25 milhões na procura de cobalto, manganês e níquel no fundo do mar. (pág. 1 e Economia, pág. A18)Supremo enfrenta temas polêmicosO Supremo Tribunal Federal retoma os trabalhos, dia 6, com uma pauta repleta de questões polêmicas. Começa pela questão da inelegibilidade de candidatos que sejam réus em processos judiciais e vai até a demarcação contínua da reserva indígena Raposa/Serra do Sol. (pág. 1 e País, pág. A11)
Aberta inscrição para trabalho
Começam hoje as inscrições para o concurso público federal de trabalho temporário nos projetos do PAC. Serão mais de mil vagas para atividades técnicas especializadas, com salários de R$ 1.700 a R$ 8.300 para profissionais de nível médio e superior. (pág. 1 e Economia, pág. A19)
Caos em aeroportos argentinos provoca retenção de brasileiros
Dias depois de ratificada sua reestatização, a companhia Aerolíneas Argentinas enfrenta desafios estruturais que culminaram ontem no maior caos aéreo do ano. No fim de semana, pelo menos seis vôos com destino a aeroportos brasileiros foram cancelados. Ontem, entre 400 e mil passageiros com destino ao Brasil tiveram suas viagens atrasadas. (pág. 1 e Internacional, pág. A21)
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Correio Braziliense
Brasília livre das vans
Em mais um round na guerra de liminares, Justiça cassa decisão que autorizou as vans a circularem no sábado e nega recurso do Ministério Público do Trabalho. Motorista que desobedecer terá o veículo lacrado e pagará multa de R$ 5 mil por pirataria. (pág. 1 e Tema do Dia, pág. 15)
Candidatos selam a paz em Abadiânia
Médico e advogado que concorrem à prefeitura de Abadiânia (GO) cortaram a palavra “guerra” da campanha e definiram regras de civilidade. Camisetas, muros pichados e ruas sujas, nem pensar. (págs. 1 e 6)
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Valor Econômico
Crédito à exportação fica mais caro, restrito e curto
A crise que trouxe perdas bilionárias às instituições financeiras dos Estados Unidos e Europa reduziu a disponibilidade de crédito à exportação ao Brasil, tornou as linhas mais caras e encurtou prazos de vencimento. Bancos estrangeiros deixaram de operar nesse segmento do mercado, pois passaram a pagar prêmios maiores em suas captações do que os retornos oferecidos pelas empresas brasileiras nesse tipo de crédito, de menores risco e margem de ganho. O Banco do Brasil, o líder do mercado, notou falta de linhas de prazo superior a 90 dias. Com a oferta menor, o total de câmbio financiado no primeiro semestre teve redução de 70% e atingiu US$ 5,6 bilhões, ante US$ 18,96 bilhões no mesmo período de 2007, de acordo com os dados do Banco Central. No BB, o volume de linhas de prazo de vencimento de até um ano - Adiantamento de Contrato de Câmbio (pré-embarque) e Adiantamento sobre Cambiais Entregues (pós-embarque) - caiu 50% no período. No crédito de prazo superior a um ano, há apenas operações pontuais, conta Nilo Panazzolo, diretor de Comércio Exterior do BB. "Os bancos têm dado prioridade ao financiamento às fusões e aquisições em detrimento do crédito à exportação", diz o diretor executivo-financeiro da Companhia Siderúrgica Nacional, Otávio Lazcano. Além de garantir prêmio de risco maior nos empréstimos às fusões e aquisições, os bancos ainda ganham rentáveis comissões com assessoria. Segundo Lazcano, não há como fugir de um aperto no crédito diante da "grande destruição de valor" decorrente da crise de hipotecas de alto risco nos Estados Unidos. Segundo ele, a CSN encontra linhas de crédito à exportação bilaterais de prazo de vencimento de três a cinco anos, de valores entre US$ 50 milhões e US$ 100 milhões, mas tem de pagar Libor mais 125 pontos básicos, enquanto há um ano pagaria 90 pontos básicos. Desde março, as empresas tiveram de enfrentar a concorrência dos próprios bancos, conta Carlos Catraio, presidente do BPN Brasil. Segundo ele, as instituições financeiras tiveram de vender ativos por causa das perdas nos Estados Unidos e Europa. Escolheram os de maior qualidade, que têm comprador, como o crédito à exportação ao Brasil. Como precisam de dinheiro, os bancos pagam prêmios mais atrativos do que as empresas pelo mesmo crédito. (págs. 1 e C1)
Com Doha, país exportaria US$ 5 bi a mais
As negociações da Rodada Doha, da Organização Mundial de Comércio, vão gerar um aumento de US$ 7,36 bilhões nas importações agrícolas dos EUA e União Européia, caso sejam seladas conforme a discussão em curso em Genebra, segundo cálculos do Icone feitos para o Valor. A estimativa considera carne bovina e de frango e etanol. O ganho para o Brasil seria de US$ 4,9 bilhões. Ontem, a China endureceu sua posição em Genebra, agora contrária a acordos setoriais na área industrial, apesar de ser apontada como o maior ganhador em caso de liberalização para manufaturados. Com os aliados tomando outros rumos, o Brasil insistiu na preservação do pacote agrícola e industrial do diretor-geral da OMC, Pascal Lamy. (págs. 1 e A4)
ADM estréia em álcool no Brasil
O grupo americano de etanol e grãos Archer Daniels Midland (ADM), que faturou US$ 44 bilhões em 2007, vai anunciar no dia 20 de agosto sua estréia na produção de álcool no Brasil. O Valor apurou que a companhia será sócia de uma usina de álcool em Jataí (GO) e terá uma participação em outra unidade no mesmo Estado. O anúncio será feito pela CEO da companhia, Patricia Woertz, que chega ao país no dia 19 e volta para os EUA três dias depois. A empresa será sócia do grupo Cabrera, comandado pelo ex-ministro da Agricultura Antonio Cabrera. Cabrera tem dois empreendimentos sucroalcooleiros em Goiás. Uma das usinas está sendo erguida em Jataí, no sudoeste goiano, e a outra unidade - que ainda não saiu do papel - deverá ser construída em Itarumã. Os investimentos em cada usina estão estimados em R$ 400 milhões pelo mercado. (págs. 1 e B12)
Zoneamento impede cana na Amazônia
A Amazônia receberá uma "blindagem técnica" contra a cana-de-açúcar. A região amazônica e algumas áreas de transição entre o cerrado e a floresta não combinam com as condições de solo e de chuva indicadas pelo consórcio composto por pesquisadores de Embrapa, IBGE, Unicamp, Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais para realizar o zoneamento da cultura. O estudo do consórcio será apresentado amanhã ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Não será por falta de terras que a cana chegará à Amazônia. Há de 30 milhões a 40 milhões de hectares, hoje majoritariamente ocupados por pastagens no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, identificados como disponíveis e recomendadas para seu plantio. (págs. 1 e B12)
Investimento das empresas ainda resiste às turbulências
Um ano de crise externa e meses de inflação e juros em alta corroendo a renda interna não afetaram a disposição dos empresários para investir no Brasil. Levantamento do Bradesco mostra que 484 companhias anunciaram novos investimentos entre janeiro e junho, totalizando R$ 385,7 bilhões, valor 82% superior ao do mesmo período do ano passado. As inversões efetivamente realizadas também cresceram com força, como apontam as estimativas para a evolução da formação bruta de capital fixo (indicador que mede o que se investe na construção civil e em máquinas e equipamentos) no segundo trimestre. A MB Associados projeta expansão de 12,1% em relação a igual intervalo de 2007. Com o boom do mercado residencial e um avanço maior dos investimentos em infra-estrutura, a indústria da construção tende a garantir uma expansão forte também nos próximos anos. Segundo o BNDES, as inversões na construção residencial devem atingir R$ 535 bilhões entre 2008 e 2011, o que embute um crescimento de 10,8% ao ano em relação ao período de 2003 a 2006. (págs. 1 e A4)
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Gazeta Mercantil
Brasil pesquisa ouro, diamante e fosfato no mar
O Brasil pode investir até R$ 35 milhões nos próximos anos para pesquisar a geologia marinha. A maior parte dos recursos ainda precisa ser aprovada dentro do PAC, mas os R$ 4,5 milhões já liberados permitiram que a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), responsável pelos estudos, investisse em equipamentos e capacitação e iniciasse quatro grandes projetos, em áreas territoriais específicas. Está sendo avaliado o potencial mineral de áreas da plataforma continental brasileira desde o litoral do Maranhão até o Rio Grande do Sul, com ênfase em quatro grupos minerais: granulados (calcário, areia e carbonato de cálcio), ouro e minerais pesados, diamantes e fosforita. “As pesquisas minerais marinhas também são importantes do ponto de vista geopolítico”, disse Reinaldo Brito, chefe do departamento de recursos minerais da CPRM. “Assim nos credenciamos para ir além, nas áreas marítimas internacionais.” Países como Japão e Inglaterra não apenas produzem minerais em seus territórios marítimos como realizam pesquisa em áreas internacionais. (págs. 1 e C5)
Privatização das teles faz dez anos e pede novas regras
Universalizar o acesso telefônico a mais de 100 milhões de brasileiros foi o grande feito da privatização da Telebrás, que completa dez anos amanhã. Acompanhada da criação de um arcabouço de regras e obrigações, a venda das estatais de telefonia teve o mérito de atrair capitais estrangeiros e promover verdadeiro derrame de recursos. Do leilão realizado em 1998 até agora foram contabilizados R$ 133 bilhões em investimentos das empresas em infra-estrutura e serviços. A transformação pela qual passa o mundo sob influência da evolução tecnológica está, porém, a exigir a atualização das regras que ficaram cristalizadas por falta de atenção do governo e hoje não atendem às necessidades do mercado. A compra da Brasil Telecom pela Oi é um exemplo disso. (págs. 1 e C1)
Novo mercado de 4 bilhões de consumidores
As chances de crescimento para as corporações multinacionais estão-se expandindo de forma impressionante. Na Ásia, na América Latina, na África e no Leste Europeu há mais de 4 bilhões de novos consumidores em potencial, cuja renda crescente e as aspirações têm criado um mercado sem precedentes para toda sorte de produtos e serviços. Eles desejam adquirir a casa própria, comer alimentos nutritivos e ter um leque de opções de lazer. Querem pasta dental, celulares, motocicletas. Para atender a essas necessidades, muitos negócios serão fechados entre empresas para o fornecimento de produtos químicos, cimento, maquinário, eletricidade e muito mais. E se os executivos de uma empresa levarem realmente a sério a nova classe média que está surgindo em tantos países? Poderiam começar com os 20 países no mundo — entre eles o Brasil — que melhor serviriam como porta de entrada para as regiões vizinhas. (págs. 1 e A12) Governo perde apoio no Senado
O apoio ao governo federal na Câmara manteve-se estável em torno de 52%, apesar das eleições municipais e das críticas ao número de medidas provisórias. Já no Senado o impacto foi maior, derrubando a média de adesão de 54,3% para 50,8%. (págs. 1 e A9)
Crédito rural não foi liberado
Apesar de o governo ter elevado em 20% os recursos do crédito rural, até hoje os agricultores não tiveram acesso ao dinheiro. A chamada equalização entre os juros anunciados, de 6,75%, e a taxa Selic (13%) ainda aguarda autorização oficial. (págs. 1 e C9)
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DANTAS [In:] NUNCA ''DANTES'' NESTE PAÍS ...

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Dantas contratou advogado para ação de deputado no TCU


O banqueiro Daniel Dantas, que controlava a Brasil Telecom por meio do banco Opportunity, contratou por R$ 1,75 milhão um escritório de advocacia de Brasília para dar assessoria jurídica ao deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) numa representação ingressada pelo parlamentar no TCU (Tribunal de Contas da União). Na ação, o deputado queria que o TCU pressionasse o governo a impedir um acordo "put", pelo qual os fundos de pensão se comprometiam a comprar ações do Citigroup na Brasil Telecom. Protagonista da disputa pelo controle da companhia telefônica, Dantas queria inviabilizar o acordo.Localizado por telefone na última quarta-feira, nos EUA, onde estava a trabalho, o deputado, licenciado da Câmara, hoje secretário de Transportes do governo do Distrito Federal, descreveu o trabalho do escritório de advocacia: "Quem providenciou a ação, quem confeccionou a ação, foram eles". Sobre o pagamento, Fraga disse: "Um dos funcionários [da BrT] que tinha me avisado, que tinha pedido ajuda, tinha dito exatamente isso: "Não, a gente arruma um jeito de dar uma ajuda pra você". Porque eu não ia pagar honorários". O congressista reconheceu ser "muito amigo" do ex-cunhado de Daniel Dantas, Carlos Rodenburg, em nome de quem estão registradas empresas ligadas ao grupo Opportunity.
Cópias do contrato fechado entre BrT e o escritório brasiliense Menezes & Vieira integram a auditoria feita no final de 2005 na BrT pelos novos controladores da telefônica. O objeto do contrato, assinado por Carla Cico, pessoa de confiança de Dantas, previa o "ingresso de representação, junto ao TCU, visando obtenção de liminar para determinar à Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social, bem como às patrocinadoras dos fundos de pensão, para que suspendam todas e quaisquer tratativas".Em 2005, a Folha noticiou que a representação de Fraga era uma "clonagem" de um texto do advogado Luis Octavio Motta Veiga, ex-presidente do Conselho de Administração da BrT. O contrato demonstra agora que o texto não foi só preparado pelo banco, mas o próprio pagamento de advogados foi providenciado pela telefônica controlada por Dantas. A cláusula segunda previa R$ 500 mil por "expediente e pró-labore" e mais R$ 1,25 milhão a título de "honorários de êxito". Seria pago "em caso de obtenção de liminar, confirmada em plenário, que atenda integralmente o objeto previsto na cláusula 1.1 acima", que previa a intervenção da Secretaria de Previdência Complementar para a suspensão do acordo até o julgamento final do caso. O contrato foi assinado no dia 8 de agosto de 2005. Uma semana depois, o ministro do TCU Benjamin Zymler concedeu a liminar. O mesmo ministro, contudo, reconsiderou sua decisão logo depois e encaminhou uma retificação, novamente acolhida pelo plenário. Em outubro, Zymler, após receber esclarecimentos das partes, votou pela suspensão da liminar. Em abril de 2006, ele decidiu, em voto, que a Secretaria de Previdência Complementar, como fiscalizadora dos fundos de pensão, acompanhasse e adotasse providências para garantir que o acordo "put" seguisse previsões legais, mas deixou de proibir a realização do acordo.
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RUBENS VALENTEDA REPORTAGEM LOCAL - Folha Online. 2807.

OMC/RODADA DOHA: OS EMERGENTES EMERGINDO...

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China endurece posição e vira nova ameaça a um acordo na OMC

O governo da China endureceu sua posição no setor industrial na Rodada Doha e a Índia conseguiu reunir quase cem países para defender novas barreiras agrícolas no pacote que se negocia na Organização Mundial do Comércio (OMC). Ontem, o acordo que começava a se desenhar nos últimos dias deu sinais de rachadura diante da demanda de alguns de que fosse reaberto. A situação é tão delicada que a representante de Comércio dos Estados Unidos, Susan Schwab, pediu a palavra no fim de uma reunião para apelar: não deixem o trabalho de sete anos ser jogado fora. A diplomacia brasileira, que já acatou o acordo, trabalha nos bastidores para convencer os demais emergentes a aceitar o texto final. Tanto a China quanto a Índia são vistos como as novas potências econômicas no cenário internacional. Agora, passam a usar seu peso para tentar moldar um acordo com base em seus interesses. "Tínhamos um acordo na sexta-feira com um resultado exitoso. Não era perfeito, mas tinha um equilíbrio relativo, respaldado pela maioria dos participantes. Lamentavelmente, alguns poucos mercados emergentes decidiram que queriam reequilibrá-lo a favor de outros assuntos", atacou Schwab. "O equilíbrio é tão delicado que se você estira de um lado, desequilibra de outro. Assim, vamos romper com o único pacto de êxito que tínhamos até agora." Parte da surpresa veio da China. Pela primeira vez, Pequim foi convidada pela OMC para fazer parte de um pequeno grupo de países que toma as decisões na entidade. Na condição de segundo maior exportador do mundo, deixar a China de fora das decisões parecia difícil. Mas, agora, os mandarins da política comercial chinesa avisam a que vieram e deixam claro que não vão sair do processo sem ganhos claros. Ontem, Pequim anunciou que não abrirá seu mercado para produtos agrícolas e têxteis, além de recusar a liberalização de seus setores industriais. "Não há garantias de que o pacote estabelecido sexta-feira sobreviva", afirmou Peter Mandelson, comissário de Comércio da União Européia. "Os temas continuam sem uma solução. Vamos tentar amanhã (hoje) ainda", disse Kamal Nath, ministro de Comércio da Índia. Pascal Lamy, diretor-geral da OMC, avisou aos países, no fim do encontro, que hoje traria um novo pacote e pediu que os governos passassem a noite "refletindo" para evitar um fracasso. Para seus assessores, estaria cada vez mais difícil desistir do pacote, pois vários países começam a ver sinais reais de benefícios. "Nunca estivemos tão perto de um acordo. Mas falta solucionar alguns pontos", disse o ministro do Comércio da Nova Zelândia, Phillip Goff. Um dos promotores abertos do acordo é o chanceler Celso Amorim, que já aceitou o pacote e sabe que terá benefícios. "Ao menos o barco continua navegando e não afundou", disse. Durante o encontro de ontem entre os ministros, um dos problemas foi a recusa da China em aceitar um texto que obriga os países a liberalizar totalmente dois setores industriais. "Temos grandes problemas com isso", afirmou Sun Zhenyu, embaixador da China na OMC. "Uma liberalização nesse modelo teria implicações enormes para nós", disse. Americanos e europeus apostam na abertura de setores como forma de vender a seus públicos as concessões no setor agrícola. Entre os alvos preferidos estão o de químicos, máquinas e veículos. A Índia e a Argentina saíram em defesa dos chineses. "Deve ficar claro que não haverá a obrigação de negociar a liberalização de setores inteiros", afirmou Nath. Amorim, mais uma vez, tentou mediar a situação. "O texto já diz que será uma negociação voluntária dos setores. A frase é taxativa. Mas outros países ainda estão preocupados."Outro movimento importante de ontem foi o estabelecimento de uma aliança de China e Índia com um grupo de cem países em desenvolvimento. O objetivo é a imposição de barreiras comerciais caso sofram um surto de importações de bens agrícolas depois de um eventual acordo na Rodada Doha.
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Jamil Chade, GENEBRA. Estadão. 2807.