PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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quinta-feira, março 26, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] CASA, COMIDA, ROUPA LAVADA & VALE-TUDO

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
...

PT/GOVERNO LULA, LULA & LULISMO...

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Efeitos colaterais do lulismo incondicional


Política
Autor(es): Maria Inês Nassif
Valor Econômico - 26/03/2009

A adesão incondicional do PT ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem efeitos colaterais.

O partido suprimiu qualquer projeto de agenda própria por constatar que a sua dependência eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva continua a mesma de 1989, 1994, 1998, 2002 e 2006, mesmo não existindo a possibilidade de que ele seja novamente candidato em 2010.

Ao longo dos últimos meses, enquanto consolidava a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, como candidata à sua sucessão, dentro e fora do partido, Lula passou também a ser o fator de convergência de uma rearticulação interna que em outras eleições não apenas definiu um grupo majoritário no partido, mas o setor que se aliaria à sua figura e à sua popularidade. A diferença para os anos anteriores é que, antes, as contradições internas obrigavam a uma costura dos interesses dos grupos em conflito de tal forma que, se era objetivo de todos os grupos vencer as eleição com o candidato Lula, o programa que o levaria ao poder seria a síntese da dinâmica partidária. Em algum momento, no processo de luta interna, o partido conferia um perfil ideológico ao seu candidato e estabelecia uma relação orgânica com ele.

Nessas eleições, a dinâmica partidária está seriamente comprometida pelo que parece, de um lado, uma exigência de Lula ao partido, de adesão incondicional a um projeto de poder que é uma construção quase pessoal sua, e de outro, de um pragmatismo do PT, que cede por não ver possibilidades de uma vitória autônoma, que não dependa da popularidade do presidente Lula. Até o momento, não há sinais de que um projeto de poder e um projeto de partido irão se unir lá na frente de forma orgânica. A aliança entre ambos parece se dar muito mais em função de um risco de "retrocesso" - que, no entendimento interno, seria perder o poder para o PSDB - do que em função de um projeto político comum.

A candidatura da ministra Dilma Rousseff, nessas circunstâncias, é paradoxal. Do ponto de vista ideológico, ela se aproxima muito mais da média do pensamento do partido do que o próprio Lula. O presidente é um político competente e altamente intuitivo, com grande capacidade de liderança, mas a militância pretérita de Dilma a faz muito mais próxima à de grupos do PT que se originaram das facções de esquerda formadas na oposição à ditadura de 1964-1985. Dilma, todavia, não tem liderança própria no PT, nem experiência como mediadora das tendências petistas. Os grupos do partido são desconhecidos para ela; a militância petista é uma coisa que lhe é alheia.

Lula obteve a unanimidade dos grupos do partido em favor da candidatura da ministra, mas isto a tornou completamente dependente do presidente, dentro e fora do PT. Segundo o CNI/Ibope e o Datafolha, a crise já teve repercussões sobre a popularidade de Lula e do seu governo, embora o presidente esteja longe de ser impopular. De qualquer forma, uma candidatura petista sem vínculos orgânicos maiores terá escassas condições de manter a unidade interna por si mesma, e assim emplacar externamente, se a crise atingir de forma mais profunda o governo petista. Também a articulação feita junto aos PMDBs nacional e regional pelo PT tem enormes chances de desabar se Lula não mantiver a sua popularidade muito alta, pelas razões óbvias: o PMDB apenas é um aliado "natural" de um partido com chances inquestionáveis de vencer as eleições.

Nos dois casos, tanto para manter a coesão interna do PT em torno de Dilma, como para ter o PMDB como aliado, Lula tem que segurar a sua popularidade num nível muito alto, e a ministra tem que decolar rapidamente. Se a crise desgastar excessivamente a ambos, a construção de uma candidatura do zero, como é o caso da de Dilma, resultará em risco muito alto de derrota eleitoral. Daí, torna-se mais sensato apostar num candidato do campo governista que já tenha se exposto a uma disputa nacional, mesmo não sendo um petista, como é o caso do deputado Ciro Gomes (PSB). Na hipótese de queda muito grande da popularidade de Lula, portanto, a candidatura de Dilma poderá ficar tão isolada, a ponto de não sobreviver.

Daí o outro paradoxo da candidatura de Dilma Rousseff. Se a economia entrar no rumo e a popularidade de Lula continuar em alta, torna-se natural uma aliança com o PMDB em torno de seu nome, o que fatalmente acabará de empurrar o PT para o centro - e este, por sua vez, joga o PSDB, aliado ao DEM, mais ainda para a direita. Se o PMDB correr do PT, ele terá que refazer sua aliança com o bloco de esquerda - mas aí dificilmente Dilma, cuja biografia política está ligada a uma esquerda mais radical, sobrevive como candidata.

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Maria Inês Nassif é editora de Opinião. Escreve às quintas-feiras

GOVERNO LULA[In:] "JOÃO DE BARRO"

"Não tem data. Ninguém me cobre", diz Lula
Lula avisa que não aceita cobrança



Autor(es): Tânia Monteiro,
Leonencio Nossa e Vera Rosa
O Estado de S. Paulo - 26/03/2009


Presidente diz que não há prazo para a construção do milhão de casas prometidas e que recursos não vão faltar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou ontem o programa de habitação do governo federal avisando que não há prazo para a construção do milhão de casas prometidas e transferindo responsabilidades na gestão do plano. "Não tem data. Portanto, ninguém me cobre que nós vamos fazer 1 milhão de casas em dois anos", disse ele em discurso de improviso. "A gente não tem que se importar com o tempo. Eu gostaria que a gente terminasse em 2009, eu sei que não dá. Se não der em 2010, que vá para 2011."

Lula assegurou que não faltarão recursos para o programa. "Nós não vamos ter problema de gastar. Nós queremos gastar esse dinheiro, o quanto antes, melhor." Ele acrescentou, no entanto, que o sucesso do pacote depende também de Estados e municípios, já que o desembolso dos R$ 34 bilhões anunciados pelo governo só será feito à medida que os projetos forem apresentados pelos prefeitos e governadores à Caixa Econômica Federal.

O presidente anunciou ainda que vai criar um comitê gestor do programa habitacional para aliviar da tarefa sua candidata à sucessão, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Companheira Dilma, eu não quero dar essa tarefa para a Casa Civil coordenar, porque eu não quero mais trabalho para a Casa Civil." E explicou que pretende montar o comitê com representantes dos movimentos sociais ligados à habitação, centrais sindicais e representantes de Estados e municípios, além de parlamentares.

TEIAS DE ARANHA

"Então eu queria transferir responsabilidade, tornar coletiva essa responsabilidade porque vocês entendem mais de casa do que eu, vocês vivem o problema mais de perto do que eu. Quem é cobrado todo dia e faz as passeatas, é o movimento (social). Quem é xingado também é o deputado", comentou Lula, apelando aos prefeitos para que apresentem o mais rápido possível seus projetos.

"Vai depender muito de vocês. Agora, nós precisamos de projetos, para que a gente comece a desovar - a palavra correta é essa - esse dinheiro que o Guido (Mantega, ministro da Fazenda), com tanto carinho, resolveu liberar", disse Lula. Irônico, advertiu que, se os projetos não saírem rápido, o ministro poderia se arrepender e suspender os recursos, com a desculpa de que "o fluxo do Tesouro está se exaurindo".

Lula manifestou ainda o receio de que as "teias de aranha da máquina pública brasileira" retardem o programa. "Nós precisamos evitar que os papéis fiquem correndo de mesa em mesa 60, 90, 100 dias, porque senão o dinheiro vai ficando com cheiro de mofo." O presidente também pediu apoio ao Congresso para aprovar as medidas provisórias.

BURBURINHO

O anúncio do pacote foi feito sob medida para se transformar em carro-chefe da campanha de Dilma Rousseff à Presidência da República em 2010. Mas apenas dez governadores e um vice compareceram à cerimônia, no Palácio do Itamaraty, onde o burburinho político acabou substituído por palavras de ordem gritadas por integrantes do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM).

"O povo, unido, jamais será vencido", exclamavam os militantes do MNLN. "Reforma agrária já, reforma urbana já!" Sorridente, vestida de vermelho, Dilma foi aplaudida sete vezes em meia hora de discurso. "Não há milagre aqui. É fundamental que a União aporte recursos para esse programa."

Dos governadores presentes, apenas três eram de oposição (dois do PSDB e um do DEM). O governador de São Paulo, José Serra (PSDB) - provável adversário de Dilma em 2010 -, enviou o secretário da Habitação, Lair Krähenbühl.

A ministra admitiu, porém, que o governo decidiu não estipular prazo para a construção de moradias porque o programa envolve a iniciativa privada, prefeituras e Estados. "Não temos como dar prazo porque há variáveis que fogem ao nosso controle. O que o presidente Lula mostrou é que nós fizemos a nossa parte. Nós colocamos o dinheiro. Nós bancamos", disse Dilma.

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CÂMARA ''DOS'' DEPUTADOS [In:] "E SE A CASA CAIR? DEIXA QUE CAIA !!! " *

Casa até para sobrinho de ex-deputado
A força dos padrinhos


Autor(es): Izabelle Torres
Correio Braziliense - 26/03/2009

Até servidores exonerados insistem em permanecer nos apartamentos funcionais da Casa. Confiam na “boa vontade” de deputados influentes para continuar no imóvel, apesar da ordem de despejo

Adauto Cruz/CB/D.A Press

José Varella/CB/D.A Press - 14/9/05
Sobrinho do ex-deputado João Caldas (D) ocupa um apartamento funcional na 203 Sul apesar de não ocupar mais nenhum cargo na Câmara
A ação de despejo anunciada pela Mesa Diretora da Câmara para retirar 24 servidores dos imóveis funcionais, mostrou um quadro de loteamento repleto de apadrinhamento político e uma insistência sem fim em morar às custas dos cofres públicos. Prova disso é o fato de que três desses funcionários que continuam nos apartamentos foram exonerados em fevereiro e sequer constam na lista de servidores da Casa. Outros 13 moradores não fazem parte do quadro efetivo e ocupam cargos de livre provimento.

Amparando nomeados e exonerados estão padrinhos influentes como o segundo-secretário Inocêncio Oliveira (PR-PI), o ex-segundo-vice Ciro Nogueira (PP-PI) e o atual presidente Michel Temer (PMDB-SP), que deixou dois servidores nos quadros de estrutura da Casa durante seu primeiro mandato à frente da Presidência. Mas, quem mais surpreende pela capacidade de influenciar a distribuição dos apartamentos é o ex-deputado e ex-quarto-secretário João Caldas, que mantém o sobrinho Luiz Carlos Silva em um apartamento na 203 Sul, apesar de o estudante ter sido exonerado em 17 de fevereiro, segundo o Boletim Administrativo.

Frequentador assíduo do apartamento em nome de Luiz Carlos, João Caldas é tratado pelos porteiros do prédio como o “simpático deputado do apartamento 102”. Para justificar a proximidade do ex-parlamentar com o imóvel que consta em seu nome e o fato de não o ter desocupado depois da sua exoneração, o estudante é evasivo. “Não sei por que conhecem o João Caldas tanto assim. Quem mora lá sou eu. Não fui embora porque estamos articulando minha volta. Acho que vou ser nomeado de novo em outro cargo”, comenta.

Também sem emprego, mas com moradia garantida à custa da União, a ex-servidora Ednalda de Luna, também apadrinhada de Caldas, foi exonerada em fevereiro e agora garante que está se preparando para entregar o apartamento. A reportagem foi até o prédio da 108 Norte ocupado por ela, mas, pelo interfone, a moradora disse apenas que não quer comentar sua permanência, apesar de não ser mais funcionária da Casa. “Não vou falar sobre esse assunto. Saí do emprego e vou me organizar para entregar o apartamento. É só isso”. O ato de exoneração de Ednalda foi publicado em 25 de fevereiro.

Na lista dos moradores que ocupam os imóveis funcionais está também Clara Régia Nascimento. Depois de trabalhar por anos no setor de apoio parlamentar, a ex-servidora foi exonerada no último dia 6, mas, mesmo assim, continuava indo ao trabalho atrás de uma colocação. Segundo colegas do seu setor, esta semana ela avisou que não iria à Câmara para providenciar a compra de um imóvel.

CNEs
Mais da metade dos apartamentos que pertencem à chamada reserva técnica da Câmara foram distribuídos para pessoas que ocupam cargos de natureza especial (CNEs). Lotados em diferentes gabinetes e cedidas aos padrinhos políticos, os servidores insistem em permanecer e acreditam na influência dos que lhes concederam a moradia. É o caso de duas das assessoras do segundo-secretário Inocêncio Oliveira (PR-PI). A secretária Renilda e Oliveira e a assessora Liana de Oliveira ocupam dois dos imóveis e fazem parte da turma que não pretende largar a mamata. Para isso, contam com a promessa do chefe de que irá fazer o possível para deixá-las onde estão. Nenhuma quis comentar a ocupação insistente.

Na cota do ex-deputado João Caldas também está a servidora do colega alagoano Givaldo Carimbão (PSB-AL), Eunice Cardoso e as duas assessoras da liderança do PR, Maria Tereza Buaiz e Rosana Rodrigues. “Não há irregularidade na minha ocupação. Cumpri os requisitos exigidos. Não sou apadrinhada. Apenas tive meu trabalho reconhecido e o então quarto-secretário resolveu me ajudar porque eu estava com um filho doente e tinha um salário baixo. Até hoje não entendi o motivo de eles quererem agora que a gente devolva esses imóveis. Tem sido estressante lidar com isso”, comenta Rosana, que trabalha há 17 anos na liderança do partido.

Lotada no gabinete da liderança do DEM, a funcionária Carmélia dos Santos é assessora há quase 10 anos do parlamentar José Carlos Aleluia (DEM-BA). No gabinete do deputado Vicente Arruda (PR-CE), Orlando de Souza também ocupa um imóvel funcional. Renato Diniz, que mora em um apartamento na 114 Sul, é secretario parlamentar de Ciro Nogueira e diz que vai esperar uma posição formal da Câmara antes de desocupar o imóvel.

Procurados pelo Correio, os supostos padrinhos e afilhados negam qualquer interferência na distribuição dos apartamentos e dizem que não há favorecimento na escolha de quem irá ocupar os imóveis. O resumo da ópera fica por conta do ex-deputado João Caldas: “Não houve critérios para ocupação desses apartamentos. Agora querem que haja para a desocupação? Acho complicado”.


Não fui embora porque estamos articulando minha volta. Acho que vou ser nomeado de novo em outro cargo

Luiz Carlos Silva, funcionário exonerado



O número
130 m2
é o tamanho médio de um imóvel funcional

Memória
Uma briga antiga

José Varella/CB/D.A Press - 4/11/08

A polêmica em torno da ocupação dos apartamentos funcionais que constam na reserva técnica da Câmara começou em 18 de dezembro do ano passado, quando a Mesa Diretora presidida por Arlindo Chinaglia (PT-SP) — foto —editou o Ato 31/2008.

A norma estabeleceu que os 33 apartamentos funcionais que faziam parte da reserva técnica do órgão deveriam ser devolvidos à Secretaria de Patrimônio do Ministério do Planejamento. O ato concedeu 90 dias para que os servidores desocupassem os apartamentos. O prazo acabou no último dia 23 e até ontem apenas três imóveis foram desocupados e outros seis já estavam vazios antes da publicação do ato.

Os moradores que conseguiram moradia à custa dos cofres públicos pagam apenas as despesas de luz, condomínio e uma taxa de ocupação que varia entre R$ 79 e R$ 600. Despesas muito abaixo do que teriam de desembolsar pelo aluguel de apartamentos que possuem cerca de 140m² em algumas das áreas mais valorizadas da cidade.
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(*) SE A CASA CAIR (Gino & Geno).

"E Se a casa cair/Deixa que caia/Hoje eu vou amanhecer na gandaia...".
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http://vagalume.uol.com.br/gino-e-geno/se-a-casa-cair.html
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CAMARGO CORRÊA [In:] "O MEU CASTELO DE AREIA A ONDA LEVOU..." (*)

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PF PRENDE DIRETORES DA CAMARGO CORRÊA
PF INVESTIGA DOAÇÕES ILEGAIS DA CAMARGO CORRÊA A POLÍTICOS



Autor(es): LILIAN CHRISTOFOLETTI e
MARIO CESAR CARVALHO
Folha de S. Paulo - 26/03/2009

Divulgação/PF

Objetos da Camargo Corrêa separados por agentes da Polícia Federal em São Paulo para serem analisados

A Polícia Federal deflagrou ontem a Operação Castelo de Areia, que atingiu a direção da empreiteira Camargo Corrêa, investigada por supostos crimes de remessa ilegal de dólares, superfaturamento de obras públicas e doações ilegais para partidos políticos. O relatório da PF cita o PSDB, DEM, PPS, PSB, PDT e PP.
Foram presos quatro diretores e duas secretárias da Camargo Corrêa. Cerca de 40 policiais federais fizeram buscas na sede da empresa, na Vila Olímpia (zona sul de São Paulo), e levaram documentos, computadores e um cofre. A busca durou cerca de dez horas. Três supostos doleiros e um suspeito de ser o articulador das remessas ilegais também foram detidos. Todos continuam presos até ontem à noite.
Na casa de um dos diretores presos, chamado Dárcio Brunato, delegados da PF afirmam ter encontrado uma lista com os nomes de políticos e funcionários públicos que teriam recebido valores da empreiteira.
Na mencionada lista, há referências ainda ao Tribunal de Contas da União, o que criou um constrangimento durante a operação, já que membros do tribunal acompanharam as prisões e buscas. A presença deles foi solicitada pela própria PF, diante dos indícios de superfaturamento de obras públicas.
A obra citada na investigação é a Refinaria Abreu de Lima, conhecida também como Refinaria do Nordeste. O TCU apontou em 2008 um superfaturamento de cerca de R$ 72 milhões na obra da Petrobras, feita por um consórcio que inclui a Camargo Corrêa.
As conversas gravadas pela PF sobre remessas ilegais aconteceram na mesma época do ano passado em que TCU apontava problemas de superfaturamento na construção da refinaria. Por isso os policiais federais suspeitam que o superfaturamento e as remessas tenham alguma ligação.
Foram presos os diretores da construtora Pietro Francesco Giavina Bianchi, Fernando Dias Gomes, Dárcio Brunato e Raggi Badra Neto, além das secretárias Darcy Flores Alvarenga e Marisa Berti Iaquinto.

Skaf
Durante as interceptações telefônicas, a polícia gravou uma conversa entre o vice-presidente da Camargo Corrêa, Fernando Botelho, com um dos diretores presos, Bianchi.
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No diálogo, de setembro do ano passado, Botelho afirma ter sido procurado pelo presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, que se queixava da demora do repasse de verbas da empreiteira.

Por causa do contexto, Skaf é apresentado pela PF como o suposto intermediário da Camargo Corrêa com os partidos políticos. Ele é apontado como eventual candidato ao governo de São Paulo em 2010.

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Noutra conversa, Bianchi telefona para outro diretor, Brunato, e diz, segundo a transcrição do diálogo, que o pagamento já havia sido feito. "Foram R$ 300 mil para Agripino e partido", diz, e "outros 200 para Flexa Ribeiro". Agripino seria o senador José Agripino Maia (DEM-RN); Ribeiro é senador paraense do PSDB.
Botelho também relata numa conversa telefônica a remessa de R$ 300 mil para o PMDB do Pará.
A PF encontrou ainda indícios de que a empreiteira enviava dólares em notas para o Peru. A empresa faz duas estradas no Peru, uma das quais parte do Acre -a Transoceânica.
Durante as conversas, os diretores demonstraram preocupação com eventual escuta telefônica. Um dos diretores só usava telefone criptografado -com códigos que evitariam as gravações. Outro, só falava de telefone público. Houve orientação ainda para "limpeza" dos HDs (discos de memória) de computadores.
Um dos motivos da busca e apreensão realizada ontem era o aprofundamento das investigações sobre essas supostas doações aos partidos.

Exterior
A investigação da PF começou em janeiro do ano passado, após uma denúncia anônima que apontou o suposto doleiro suíço Kurt Paul Pickel, naturalizado brasileiro, como suspeito de ser intermediador de ações ilícitas praticadas pela empresa.
A PF obteve autorização judicial para realizar escutas telefônicas e interceptações de e-mails. Na casa de Pickel, foi colocada uma escuta ambiental. Ele passou a ser vigiado por agentes, que fotografaram dezenas de idas dele à sede da construtora, em São Paulo.
A polícia aponta que as remessas eram feitas por empresas fantasmas brasileiras e passavam por "offshores" no Uruguai, nas Ilhas Cayman e na Suíça. Duas empresas fantasmas de Saquarema, no interior do Rio de Janeiro, fizeram remessas de US$ 810 mil, US$ 600 mil e US$ 200 mil.
O Ministério Público Federal diz que foram realizadas remessas que somam R$ 20 milhões no período de um ano.
As sedes dessas empresas, chamadas Admaster Serviços e Instituto Pirâmides, ficam em ruas de terra num bairro de baixa renda. Segundo a PF, as empresas não têm negócio algum.
José Alberto Iegas, delegado regional da PF de Combate ao Crime Organizado, diz que não há comprovação de que o dinheiro retornava ao Brasil -um dos caminhos já conhecidos pela PF para o pagamento de comissões a políticos.

Empreiteira nega acusações; doação é legal, dizem políticos

A construtora Camargo Corrêa negou ontem, por meio de nota, as irregularidades das quais é acusada pela Polícia Federal. Os senadores citados na investigação -Agripino Maia (DEM-RN) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA)- afirmaram que as doações recebidas foram transparentes, legais e registradas conforme determina a lei.
Os presidentes dos partidos políticos que, segundo a PF, receberam dinheiro da empresa, também negaram irregularidades nas doações. Agripino enviou à Folha o que seria o recebido da doação (veja ao lado).
"A Camargo Corrêa vem a público manifestar sua perplexidade diante dos fatos ocorridos hoje pela manhã, quando a sua sede em São Paulo foi invadida e isolada pela Polícia Federal, cumprindo mandado da Justiça. Até o momento, a empresa não teve acesso ao teor do processo que autoriza essa ação", diz a nota da empresa.
O advogado da empresa Antônio Cláudio Mariz de Oliveira afirmou que entrará hoje com o pedido de habeas corpus para os funcionários presos. Segundo ele, a construtura foi surpreendida pela operação.
"As investigações estão em curso há mais de um ano, e a Camargo Corrêa, seus diretores e funcionários, foram absolutamente surpreendidos. [A empresa] jamais havia sido notificada. Vou preparar os habeas corpus para tentar reverter as prisões, especialmente as preventivas, que consideramos deploráveis por não entendermos qual a necessidade delas."
Segundo a Procuradoria da República, quatro diretores da empreiteira tiveram a prisão preventiva decretada. Duas secretárias, a prisão temporária -com duração de cinco dias, renováveis por mais cinco.
"Apesar de tudo, confiamos no trabalho da Justiça e temos certeza de que ao final será comprovada a inocência da empresa", afirmou Mariz.
A construtora também criticou a atuação da PF no caso. "O grupo reafirma que confia em seus diretores e funcionários e que repudia a forma como foi constituída a ação", diz o texto.
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), também por meio de nota, negou irregularidades.


Partidos
O gabinete do senador José Agripino Maia enviou à Folha a cópia de um recibo da doação de R$ 300 mil recebida pelo DEM-RN datado de 15 de setembro de 2008. "Foi tudo transparente, publicado no balanço do diretório, do qual eu sou o presidente. Acho muita estranha essa operação", disse.
Flexa Ribeiro, senador e presidente do PSDB do Pará, confirmou ter recebido doação de R$ 200 mil da Camargo Corrêa. De acordo com ele, o valor foi dividido em duas parcelas de R$ 100 mil.
"Não há nada de ilegal, prestamos conta da doação conforme determina a lei. Tudo está registrado", afirmou ele.
O presidente do PMDB do Pará, Jader Barbalho, disse que não saberia precisar o valor da doação nem qual empresa teria feito a contribuição. Mas afirmou: "O PMDB do Pará recebeu legalmente. Não tem o menor fundamento".
O presidente nacional do PSDB, o senador Sérgio Guerra (PE), disse que a Camargo Corrêa é uma grande empresa e, como todas as do ramo de construção, tem tradição de contribuir com o partido.
"O que tem isso de mais? Qual é o problema? Se a Camargo Corrêa ajudou o PSDB nacional, estadual ou municipal, não há ilegalidade nisso."

O presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia (RJ), alega que precisa conhecer o conteúdo das investigações antes de se manifestar. "Vamos esperar o decorrer das investigações."
Roberto Freire (PE), deputado federal e presidente nacional do PPS, negou o recebimento de recursos de forma ilegal e chamou de "leviano" o "vazamento de nomes dos partidos". "Isso é uma irresponsabilidade. Onde estão as provas? Essa polícia política do Tarso Genro não merece credibilidade." O partido irá entrar na Justiça. A assessoria do PDT nacional afirma que o partido não recebeu nenhuma contribuição da Camargo Corrêa na eleição passada. Toda doação, afirma, está registrada.
O tesoureiro do PSB, deputado Marcio França (SP), afirma que não há registro de doação da Camargo Corrêa para a sigla no âmbito nacional. "Se houve , foi nos Estados. Mas tudo feito oficialmente", disse.
A assessoria do PP divulgou nota em que "informa que toda doação recebida pelo partido está na prestação de contas.
O relatório também cita um PS como beneficiário de doações. No Brasil, existe um Partido Social em fase de gestação, que ainda não tem registro na Justiça Eleitoral.

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(*) MEU CASTELO DE AREIA (Nenéo). Antonio Marcos (cantor).
"Sim, estou vendo se perder /Tudo que eu tinha./Sim, o meu castelo de areia, /A onda levou!/

Um dia, eu criei/O meu castelo de ilusões,/Feito de sonhos /E envolvido na esperança..."

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http://vagalume.uol.com.br/antonio-marcos/meu-castelo-de-areia.html
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"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

26 de março de 2009

O Globo

Manchete: Choque de ordem duplo na Rocinha

Prefeitura inicia a derrubada do Minhocão, a golpes de marreta, e polícia fecha dois laboratórios de refino na favela

Os governos estadual e municipal realizaram ontem duas operações que derem um choque de legalidade na Rocinha: enquanto a polícia estourava dois laboratórios onde traficantes refinavam e misturavam cocaína, a prefeitura iniciava a derrubada do Minhocão. A operação policial mobilizou 300 homens e foi uma resposta à tentativa de invasão da Ladeira dos Tabajaras.

O chefe do tráfico, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, conseguiu fugir. Três homens morreram, seis foram presos e outros três ficaram feridos. Uma tonelada de maconha foi apreendida. A derrubada do Minhocão - um prédio de dois andares erguido sem licença - começou sob forte esquema de segurança, após autorização da 13º Câmara Cível do TJ. (págs. 1, 12 e 14)

Estão cheirando cimento no Rio

Numa das refinarias do tráfico na Rocinha, com capacidade para produzir 200 quilos de cocaína misturada por semana, os bandidos transformavam um quilo em cinco. Até cimento branco era usado na mistura. (págs. 1 e 14)

Enquanto isso, no México...

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, iniciou visita ao México admitindo a responsabilidade de seu país no problema do narcotráfico no vizinho: "Nossa insaciável demanda por drogas ilegais alimenta o tráfico." (pág. 1 e 31)

Pacote de habitação é 5 vezes menor que reajuste do servidor

Plano de Lula para casa própria é de R$ 34 bi; para funcionalismo foram R$ 175 bi

No sétimo ano de seu mandato de oito anos, o presidente Lula anunciou um pacote para construir 1 milhão de moradias. O plano nasce cercado de críticas, pois, além da demora, os recursos são escassos se comparados a outras prioridades do governo. Só para reajuste de servidores concedido em 2008, com impacto até 2012, Lula comprometeu R$ 175,5 bilhões - ou cinco vezes mais do que o pacote de R$ 34 bilhões lançado ontem.

Segundo técnicos do governo, para entregar 1 milhão de casas, o que especialistas não acreditam, é preciso construir em um ano e meio mais de sete vezes o total de unidades criadas em 2008 (135 mil, com dinheiro do FGTS), o melhor ano da era Lula. O foco do programa são famílias que ganham até seis salários mínimos.

Elas terão, entre recursos do Orçamento e do FGTS, R$ 26 bilhões em subsídios à prestação da casa própria. Lula admitiu, porém, que não há prazo para entregar as moradias. O Conselho Monetário Nacional elevará, de R$ 350 mil para R$ 500 mil, o valor de imóveis que podem ser adquiridos com o FGTS. (págs. 1, 21 a 27 e editorial "Isenção ampla")

PF: refinaria e partidos em lista de empreiteira

A Polícia Federal prendeu quatro diretores da empreiteira Camargo Corrêa e mais seis pessoas acusadas de desviar recursos públicos para financiar ilegalmente campanhas políticas ou abastecer contas no exterior. Além de partidos, a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, em parceria com o governo Chávez, teria movimentado verbas superfaturadas. (Págs. 1, 3 e 4)

Informe publicitário - Comunicado do Grupo Camargo Corrêa

A Camargo Corrêa vem a público manifestar sua perplexidade diante dos fatos ocorridos na manhã de ontem, quando a sua sede em São Paulo foi alvo de ação da Polícia Federal, cumprindo mandado da Justiça. Até o inicio da noite de ontem, a empresa não havia tido acesso ao teor do processo que autorizou essa ação.

A Camargo Corrêa ressalta que cumpre rigorosamente todas as suas obrigações legais. O Grupo emprega mais de 60 mil pessoas no Brasil e em mais de 20 países, gerando riqueza e promovendo o desenvolvimento nas comunidades em que está presente.

Constituído há 70 anos como uma pequena construtora, o Grupo hoje atua em diferentes setores da economia e segue comprometido com o Brasil e com os países onde está presente, colaborando com as autoridades constituídas, pautando sua atuação pela transparência, pela ética e pelo profissionalismo. Por isso, reafirma sua confiança em seus diretores e funcionários.

A Camargo Corrêa expressa também sua confiança na Justiça e nas instituições do País e tomará todas as medidas necessárias para o pleno esclarecimento dos fatos.

Crise abala governos no Leste da Europa

Uma tsunami econômica derruba governos do Leste da Europa e põe outros em alerta. Já caíram os governantes de Letônia, Hungria e República Tcheca. A situação é considerada crítica na Ucrânia, na Romênia e na Sérvia, que vivem o momento mais delicado desde o fim da era soviética, há cerca de 20 anos. O clima é de insatisfação, sobretudo entre os jovens, que cresceram em um ambiente de maior prosperidade. (págs. 1 e 30)


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Folha de S. Paulo

Manchete: PF prende diretores da Camargo Corrêa

Empreiteira é suspeita de remessa irregular; superfaturamento de obras públicas e doações ilegais a partidos

Quatro diretores e duas secretárias da construtora Camargo Corrêa foram presos pala Polícia Federal em operação que apura supostos crimes, como remessa ilegal de dólares e superfaturamento de obras públicas. O relatório da Operação Castelo de Areia menciona supostas doações ilegais da empreiteira a PSDB, DEM, PPS, PSB, PDT e PP. Três supostos doleiros e um suspeito de articular as remessas também foram detidos.

A PF fez buscas na sede da empresa, em SP, e levou documentos, computadores e um cofre. Delegados dizem ter achado na casa de um dos presos, lista de políticos e servidores que teriam recebido valores da empresa. Na lista, há menção ao Tribunal de Contas da União. A PF gravou conversa telefônica do vice-presidente da empreiteira, Fernando Botelho, com Pietro Bianchi, um dos diretores presos, em setembro de 2008.

Segundo a PF, Botelho diz que Paulo Skaf, presidente da Fiesp, cobrou repasses. Em outra ligação, Bianchi diz a um colega, também preso, que foram pagos “R$ 300 mil a Agripino e partido” e “200 a Flexa Ribeiro”. Os dois seriam os senadores José Agripino (DEM-RN) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA). O gabinete de Agripino exibiu o recibo da doação de R$300 mil ao partido. Já Ribeiro afirma ter recebido os R$200 mil legalmente. (págs. 1 e Brasil)

Construtora diz estar ‘perplexa’

Em nota, a Camargo Corrêa afirmou ver com “perplexidade” a ação da PF. A empresa disse desconhecer o teor do processo e declarou cumprir obrigações legais. Seu advogado, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, pedirá hoje hábeas corpus para os funcionários presos. Também por nota, a Fiesp afirmou não se envolver nas relações entre as empresas que representa e políticos. Integrantes de PSDB, PPS, PSB, PDT e PP negaram ilegalidade. Rodrigo Maia, do DEM, disse que precisa conhecer o conteúdo da apuração antes de opinar. (págs. 1 e A5)

Planalto estuda elevar imposto cobrado sobre venda de cigarro

A Fazenda propôs elevar o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) cobrado na venda de cigarros, informa Kennedy Alencar. A medida compensaria em parte a queda na arrecadação em outros setores. A tendência é que o governo aplique a proposta. Sem aumento, a expectativa de arrecadação sobre cigarros no ano é de R$ 3 bilhões. (págs. 1 e B6)

Gustavo Patu: Plano é ambicioso, mas histórico expõe riscos de fracasso

No papel, o pacote de Lula é o mais ambicioso já lançado para quem ganha até três mínimos. Mas o histórico de fracassos desde o BNH evidencia riscos de clientelismo, má gestão, obras paradas e casas vazias. (págs. 1 e B3)

Editorias

Leia “Prévias secretas”, que critica normas do TSE para campanhas; e “Cartéis no México”, sobre narcotráfico. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: PF prende executivos de empreiteira por fraudes

Investigado esquema de corrupção e doações ilegais na Camargo Corrêa

A Polícia Federal prendeu 10 pessoas acusadas de fraudes que beneficiaram a Construtora Camargo Corrêa. A lista dos presos da Operação Castelo de Areia inclui 4 diretores e 2 secretárias da empreiteira. O esquema, segundo a PF, manipulava licitações, superfaturava obras públicas, fazia remessas de dinheiro para paraísos fiscais e doações ilegais para políticos. Pelo menos sete partidos são apontados como beneficiários das doações: PPS, PSB, PDT,DEM, PP, PMDB e PSDB. A investigação aponta para a evasão de R$ 20 milhões, segundo estimativa da Procuradoria da República. Os policiais estiveram em 16 endereços e apreenderam computadores, armas, quadros, documentos financeiros e pelo menos R$ 1 milhão em dinheiro vivo. A PF buscava um pen drive no qual estaria armazenada a contabilidade paralela do esquema e a lista de políticos beneficiados. Em gravações telefônicas, investigados falam em parlamentares que teriam recebido dinheiro, entre eles os senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Flecha Ribeiro (PSDB-PA). A empreiteira se diz perplexa e nega irregularidades. (págs. 1, A4 e A5)

Número
R$ 20milhões teriam sido desviados pelo esquema

Frase
"A empresa tem o máximo interesse em apurar a verdade dos fatos em nome da preservação da sua imagem." Antonio Mariz de Oliveira, advogado da Camargo Corrêa

Informe publicitário - Comunicado do Grupo Camargo Corrêa

A Camargo Corrêa vem a público manifestar sua perplexidade diante dos fatos ocorridos na manhã de ontem, quando a sua sede em São Paulo foi alvo de ação da Polícia Federal, cumprindo mandado da Justiça. Até o início da noite de ontem, a empresa não havia tido acesso ao teor do processo que autorizou essa ação.

A Camargo Corrêa ressalta que cumpre rigorosamente todas as suas obrigações legais. O Grupo emprega mais de 60 mil pessoas no Brasil e em mais de 20 países, gerando riqueza e promovendo o desenvolvimento nas comunidades em que está presente.

Constituído há 70 anos como uma pequena construtora, o Grupo hoje atua em diferentes setores da economia e segue comprometido com o Brasil e com os países onde está presente, colaborando com as autoridades constituídas, pautando sua atuação pela transparência, pela ética e pelo profissionalismo. Por isso, reafirma sua confiança em seus diretores e funcionários.

A Camargo Corrêa expressa também sua confiança na Justiça e nas instituições do País e tomará todas as medidas necessárias para o pleno esclarecimento dos fatos.

"Não tem data. Ninguém me cobre", diz Lula

O presidente Lula lançou o programa de habitação avisando que não há prazo para a construção do milhão de casas prometidas. "Não tem data. Portanto, ninguém me cobre que nós vamos fazer um milhão de casas em dois anos", disse. "A gente não tem que se importar com o tempo. Eu gostaria que a gente terminasse em 2009, eu sei que não dá. Se não der em 2010, que vá para 2011." (págs. 1 e B4)

Liberado FGTS para imóveis de R$ 500 mil

O Conselho Monetário Nacional deve formalizar hoje que o valor máximo dos imóveis que podem ser pagos com o saldo do FGTS será elevado de R$ 350 mil para R$ 500 mil. Outro benefício à classe média será um alívio na entrada na compra do imóvel. Hoje, os bancos financiam até 80% do total, pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo. Essa parcela passará a 90%. Nos imóveis avaliados em até R$ 130 mil, construídos com recursos do FGTS, a parcela financiada pelos bancos também subirá. (págs. 1 e B1 a B4)

Poucos aprendem na melhor região de SP

Desempenho é ruim até em área bem avaliada no Idesp; 72% dos servidores receberão bônus

Mesmo na área mais bem avaliada no Idesp, a maioria dos alunos de escolas estaduais não domina o conteúdo da série em que está. O Estado tabulou os dados de desempenho na região centro-oeste da cidade de São Paulo. Mais de 50% dos alunos do 3º ano do ensino médio não sabem fazer contas que envolvam multiplicação e adição. O governo paulista anunciou que vai pagar bônus salarial por desempenho a 72,4% dos servidores da educação. (págs. 1, A15 e A16)

BNDES paulista

O governo Serra tem agora sua própria agência de fomento. (págs. 1 e D2)

Desempregado terá ônibus grátis

Decisão judicial beneficia trabalhadores ligados a três sindicatos. (págs. 1 e C1)

No México, Hillary faz um mea-culpa

Violência no vizinho é culpa do apetite dos EUA por drogas, diz. (págs. 1 e A12)

Notas e informações: O FMI recalibrado

Talvez a principal decisão da próxima reunião do G-20, na próxima quinta-feira, em Londres, seja a destinação de mais dinheiro para o FMI ajudar economias afetadas pela crise. (págs. 1 e A3)

Em fila, atrás da hora extra

A cena se repete sempre que a sessão da Câmara passa das 19 horas: assessores de deputados fazem fila para assinar o ponto e garantir o pagamento da hora extra. Após o horário-limite, os servidores têm 20 minutos para registrar presença. O prazo foi adotado quando se descobriu que assessores ausentes voltam à Câmara só para colocar seu nome na folha de ponto. (págs. 1 e A9)

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Jornal do Brasil

Manchete: Liberado FGTS para imóvel até R$ 500 mil

Além de medida para classe média, governo anuncia pacote habitacional

Fora da abrangência do pacote habitacional do governo, a classe média ganhará um presente do Conselho Monetário Nacional: a ampliação do limite dos imóveis comprados com recursos do FGTS. O teto vai ser elevado de R$ 350 mil para R$ 500 mil, com possibilidade de financiar até 100% do valor. O Palácio do Planalto lançou também um programa de habitação para famílias de renda até 10 salários mínimos, em que promete R$ 34 bilhões para empréstimos, aos quais serão adicionados R$ 26 bilhões do FGTS na construção de 1 milhão de moradias. O governo quer estimular a economia e reduzir em 14% o déficit habitacional. A oposição criticou o pacote. (pág. 1 e Tema do dia, págs. A2 a A6)

Sociedade aberta: Pacote habitacional

Prós e contras: Antonio Mendes Campos e Rodrigo Santos. (págs. 1 e A3)

PF prende diretores de empreiteira

A Polícia Federal prendeu quatro diretores e duas secretárias da Camargo Corrêa. A construtora é acusada de fraude em obras, doações ilegais a políticos e remessa irregular de R$ 20 milhões para o exterior. (pág. 1 e País, pág. A11)

Batalhão florestal para conter favela

CPI da Desordem quer ampliar área de proteção ambiental na Lagoa

O crescimento da favela Ladeira dos Tabajaras sobre áreas de proteção ambiental na Lagoa já havia sido denunciado ao governo de Cesar Maia pela CPI da Desordem Urbana, em 2007. No entanto, não foi contido. Agora, a ideia da presidente da CPI, Aspásia Camargo, é unificar os parques da região e criar um batalhão florestal. Além de preservar a vegetação com resquícios da Mata Atlântica, os policiais teriam a missão de conter a favelização e garantir a segurança na Fonte da Saudade, Humaitá e Copacabana. (pág. 1 e Cidade, págs. A12 e A13)

Sociedade aberta: Pedro Barbosa

Novas perspectivas para a gestão do SUS. (págs. 1 e A10)

Sociedade aberta: Fabiano Santos

O Congresso é o mais bem aparelhado da América Latina. (págs. 1 e A9)

Sociedade aberta: Armando dos Santos Jr

Contribuinte não perde com mudanças no uso do DPVAT. (págs. 1 e A7)

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Correio Braziliense

Manchete: Bolsa-Moradia será paga pelo trabalhador

Governo lança plano com o qual pretende propiciar à população pobre a realização do sonho da casa própria. Ele contém subsídios pesados - famílias com renda de até três salários mínimos pagarão mensalidade simbólica de R$ 50 -e a ambição de construir um milhão de residências.

Ciente do emaranhado burocrático do pacote, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que não conseguirá concluí-lo antes do fim de seu mandato. Formado a partir de contribuições mensais dos empregados com carteira assinada, o FGTS arcará com R$ 7,5 bilhões destinados aos subsídios e com os R$ 57 bilhões com que o Palácio do Planalto conta para financiar a construção de imóveis novos até 2011.

Como forma de garantir o apoio da classe média, sobe dos atuais R$ 350 mil para R$ 500 mil o valor máximo dos imóveis que os mutuários podem adquirir recorrendo ao Fundo de Garantia. (pág. 1, Tema do dia, págs. 16 a 20 e Brasil S/A, pág. 21)

Finatec fora da intervenção (págs. 1 e 37)

Diretores da Camargo Corrêa presos

Quatro diretores e duas secretárias da Camargo Corrêa, uma das maiores empreiteiras do país, foram presos pela Polícia Federal, acusados de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Quatro doleiros do Rio e São Paulo também estão detidos. Segundo os federais, o esquema contém doações ilegais a partidos políticos. (págs. 1 e 9)

Informe Publicitário: Comunicado do Grupo Camargo Corrêa

A Camargo Corrêa vem a público manifestar sua perplexidade diante dos fatos ocorridos na manhã de ontem, quando a sua sede em São Paulo foi alvo de ação da Polícia Federal, cumprindo mandado da Justiça. Até o início da noite de ontem, a empresa não havia tido acesso ao teor do processo que autorizou essa ação.

A Camargo Corrêa ressalta que cumpre rigorosamente todas as suas obrigações legais. O Grupo emprega mais de 60 mil pessoas no Brasil e em mais de 20 países, gerando riqueza e promovendo o desenvolvimento nas comunidades em que está presente.

Constituído há 70 anos como uma pequena construtora, o Grupo hoje atua em diferentes setores da economia e segue comprometido com o Brasil e com os países onde está presente, colaborando com as autoridades constituídas, pautando sua atuação pela transparência, pela ética e pelo profissionalismo. Por isso, reafirma sua confiança em seus diretores e funcionários.

A Camargo Corrêa expressa também sua confiança na Justiça e nas instituições do País e tomará todas as medidas necessárias para o pleno esclarecimento dos fatos. (pág. 1)

Vestibular

MEC propõe novo modelo de ingresso nas universidades. (págs. 1 e 12)

Casa até para sobrinho de ex-deputado

Entre os ocupantes dos imóveis funcionais da Câmara dos Deputados há pessoas exoneradas há mais de um mês, como o estudante Luiz Carlos Silva, sobrinho do ex-deputado João Caldas (PR-AL). Ele ocupa um apartamento na 203 Sul, apesar de não ter qualquer vínculo com o Congresso desde 17 de fevereiro. (págs. 1 e 2)

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Valor Econômico

Manchete: Governo nega, mas vai prorrogar isenção de IPI

Se atender a seus ministros, que já formaram consenso em torno da medida, o presidente Lula vai prorrogar a redução do Imposto sobre Produtos industrializados (PI) na venda de automóveis, a partir do dia 31 de março, por mais três meses. Até a semana que vem, porém, os ministros estão orientados a negar a decisão sobre a medida. A preocupação do governo é não prejudicar as vendas, especialmente no fim de semana, quando as montadoras planejam realizar "feirões” de veículos em o todo Brasil.

Segundo um assessor de Lula, o governo já imaginava ser necessário estender o prazo quando adotou a medida. As previsões mais otimistas apontavam uma recuperação da economia só no segundo semestre, o que indicava que seria necessário manter o estímulo às vendas do setor até esse período, pelo menos.

A notícia de que o governo cogitava ampliar o prazo do benefício teve efeitos negativos sobre as estatísticas de vendas levadas pela indústria a Brasília e os ministros combinaram negar enfaticamente qualquer extensão de prazo até a oficialização da medida.

Os ministros mencionam o impacto da redução do imposto sobre a arrecadação, em um momento delicado para as finanças públicas. Mas já se avalia, no governo, que o resultado de fevereiro, quando a arrecadação com o IPI de automóveis caiu quase 90% em relação a igual mês do ano anterior, se deveu à desova de estoques, com recálculo do IPI, fato que não se repetirá nos próximos meses, quando as vendas serão retomadas com base na produção de veículos novos.

Apesar de acreditar na eficiência do mecanismo como instrumento contra a desaceleração econômica, o governo não cogita estender a medida para outros setores. Entre os defensores do incentivo exclusivamente ao setor automotivo argumenta-se que a cadeia produtiva automobilística é bastante organizada e fácil de fiscalizar. (págs. 1 e A2)

Oposição a Chávez pede ajuda a Lula

O prefeito de Maracaibo e ex-candidato à Presidência da Venezuela, Manuel Rosales, pediu ontem o envolvimento direto do presidente Lula na mediação do conflito político no país. Acusado de corrupção e enriquecimento ilícito, Rosales disse que a ação de Lula poderia conter a crescente tensão entre o presidente Hugo Chávez e a oposição. A afirmação foi feita em entrevista na qual prefeitos e governadores oposicionistas declararam "estado de emergência e de resistência" contra medidas centralizadoras adotadas por Chávez. (págs. 1 e All)

Pacote habitacional traz euforia e dúvidas

O projeto habitacional de R$ 34 bilhões para a construção de um milhão de casas, lançado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não tem prazo de conclusão e nasce em aberto, dependendo do esforço de empresários, governadores e prefeitos para ser executado.

Empresários da construção, especialmente os que atuam na baixa renda, aplaudiram o pacote. Mais do que isso,já projetam um novo nível de crescimento com as medidas anunciadas e preparam estratégias para agi1izar a participação de suas empresas. (págs. 1, A3 e A4)

Aécio aposta em perfil conciliador

Em contatos com banqueiros como Roberto Setúbal, Pedra Moreira Sanes e o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), começa a traçar o cenário com o qual pretende estruturar sua pré-candidatura à Presidência em 2010. Na estratégia de Aécio, o cenário de economia desaquecida deve aprofundar as demarcações ideológicas entre a ministra Dilma Rousseff (PT) e o governador José Serra (PSDB), abrindo espaço para o que seu grupo considera o principal ativo, sua capacidade de conciliação. (págs. 1 e A9)

Ideias

Maria Inês Nassif: dependência eleitoral de Lula fez PT suprimir qualquer projeto de agenda própria. Página A10

Cosan terá R$ 500 milhões de fundo da CEF

O grupo Cosan está criando uma nova empresa, a Cosan Bionergia, para montar o que seria a maior geradora de energia do mundo a partir do bagaço de cana. O Valor apurou que essa nova empresa vai receber um aporte de R$ 500 milhões do FI-FGTS, fundo de investimento que financia empreendimentos em infraestrutura. Os entendimentos entre o grupo sucroalcooleiro e a Caixa Econômica Federal, gestora do fundo, estão sendo coordenados pelo banco Credit Suisse. (págs. 1 e Bl)

CMN amplia seguro para depositantes

O Conselho Monetário Nacional deve aprovar hoje a criação de um seguro de depósito especial de até R$ 20 milhões por depositante, para que grandes investidores voltem a operar com bancos pequenos e médios. Para isso, os depósitos terão de ser feitos num título especial, um Recibo de Depósito Bancário com prazo mínimo de 6 meses e máximo de 5 anos, sem liquidez diária, de forma a não descasar ativos e passivos das instituições. O Fundo Garantidor de Crédito, que vai bancar o seguro, cobrará do sistema financeiro uma contribuição adicional de 1% sobre a média das captações no penado de um ano, como antecipou o Valor. Essa é uma das medidas do governo para restabelecer a confiança nos bancos menores. Faz parte também das providências para reduzir o spread. (págs. 1 e C3)

PF prende dez pessoas em investigação sobre a Camargo Corrêa (págs. 1 e A9)

Informe Publicitário - Comunicado do Grupo Camargo Corrêa

A Camargo Corrêa vem a público manifestar sua perplexidade diante dos fatos ocorridos na manhã de ontem, quando a sua sede em São Paulo foi alvo de ação da Polícia Federal, cumprindo mandado da Justiça. Até o início da noite de ontem, a empresa não havia tido acesso ao teor do processo que autorizou essa ação.

A Camargo Corrêa ressalta que cumpre rigorosamente todas as suas obrigações legais. O Grupo emprega mais de 60 mil pessoas no Brasil e em mais de 20 países, gerando riqueza e promovendo o desenvolvimento nas comunidades em que está presente.

Constituído há 70 anos como uma pequena construtora, o Grupo hoje atua em diferentes setores da economia e segue comprometido com o Brasil e com os países onde está presente, colaborando com as autoridades constituídas, pautando sua atuação pela transparência, pela ética e pelo profissionalismo. Por isso, reafirma sua confiança em seus diretores e funcionários.

A Camargo Corrêa expressa também sua confiança na Justiça e nas instituições do País e tomará todas as medidas necessárias para o pleno esclarecimento dos fatos.

Desemprego em alta

O desemprego nas seis das principais regiões metropolitanas do país - Belo Horizonte, Distrito Federal, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo - ficou em 13,9% em fevereiro, ante 13,1% em janeiro, a maior alta mensal de toda a série histórica, iniciada em 1998. (pág. 1)

Avibrás desenvolve aeronave não tripulada para aplicações civis e militares, diz Oliveira (págs. 1 e B13)

Financiamento agrícola

Os recursos para o plano de safra na temporada 2009/10 deverão somar quase R$ l00 milhões, um aumento entre 20% e 25% em relação à safra atual. A definição, prevista para maio, ganha importância com a retração das tradings no financiamento. (págs. 1 e B14)

Bens de capital

As encomendas de máquinas e equipamentos às indústrias brasileiras cresceram 1,1% de janeiro a fevereiro. Em relação a fevereiro de 2008 a queda é de 6,5%. A previsão da Abimaq é encerrar o ano com vendas entre 20% e 30% menores. (págs. 1 e Bl)

Novos planos da Audi

O ex-diretor de vendas da Volkswagen no Brasil, Paulo Sérgio Kakinoff, assume a presidência da Audi no país. Ele descarta retomar uma produção local e vai se concentrar no mercado de luxo. A meta é chegar a 6 mil carros vendidos por ano em 2015. (págs. 1 e B6)

Lapso de memória

O Conselho Mundial de Semicondutores alerta que os agressivos cortes na produção de chips de memória podem levar à falta desse componente no mercado e interromper a produção de computadores pessoais e outros produtos eletrônicos. (págs. 1 e B3)

Paciência com o G-20

O ministro de Negócios do Reino Unido, Peter Mandelson, alerta que não se deve esperar "resultados numéricos" da reunião do G-20, na próxima semana, em Londres. Para ele, o importante agora é não ceder às pressões protecionistas. (págs. 1 e Al4)

Encomendas crescem nos EUA

A demanda por bens duráveis nos EUA cresceu 3,4% em fevereiro. O resultado é bem melhor que a queda de 1,2% prevista pelos analistas. A inesperada alta nas encomendas de bens de maior custo, como equipamentos industriais, foi o primeiro aumento nesse índice após seis meses de baixa. (págs. 1 e All)

Ideias

Ricardo Balthazar: ampliação de poderes do Fed pode conflitar com seu papel de autoridade monetária. (págs. 1 e A2)
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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