PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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folha gmail df1lkrha

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sexta-feira, setembro 28, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] 'FRIENDSHIPS'












[Chargistas: Dálcio, Waldez, Pelicano, Humberto, Regi, Heringer, Aroeira].

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

Em visita a Caracas, Ahmadinejad faz coro com Chávez em crítica ao 'império'. Os presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, e do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, reafirmaram nesta quinta-feira (27) a sua vocação "antiimperialista" e disseram que está começando uma nova "época de justiça" para os povos "oprimidos" do mundo. Os dois governantes trocaram elogios pelas suas atuações no cenário internacional atual, durante um ato oficial em que Ahmadinejad foi recebido no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas. Ele chegou à Venezuela para uma reunião curta e "muito particular" com Chávez.
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL127929-5602,00.html
Em seu début, Record News ignora notícia da noite, mas ibope sobe. O Record News se apresenta como um canal gratuito de notícias 24 horas, com a proposta de interromper sua programação com plantões no caso de notícias urgentes. Em seu début, o canal perdeu para a Globonews (canal pago de notícias da Globo), deixando de acompanhar a queda de um prédio no Rio, que provocou pelo menos a morte de duas pessoas, principal notícia da noite.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u332112.shtml
PMDB 'franciscano' quer 'chinelo novo'. Desapegado aos bens materiais, apesar da infância abastada, São Francisco de Assis virou a inspiração do grupo de 13 senadores do PMDB que votou contra o governo no plenário na última quarta-feira (26) e que exige interlocução direta com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (...) Mas os ‘franciscanos’ não são tão desapegados assim. Perguntado sobre a ocupação de cargos de terceiro escalão como troca suficiente para que o governo conquiste a paz com a bancada, Salgado disse que o desapego não é tanto assim. Ele e os demais integrantes da resistência querem força nos Estados. Ou seja, querem ocupar funções administrativas que reforcem a estrutura eleitoral visando às próximas eleições.

"Franciscanos" do PMDB cobram mais "carinho e atenção" de Lula. Os senadores do PMDB que se rebelaram contra o governo federal esta semana vão cobrar mais "carinho e atenção" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva até o final de seu segundo mandato. Os parlamentares reclamam que Lula está acostumado a dialogar somente com "cardeais" da legenda --como os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Romero Jucá (PMDB-RR)-- enquanto esquece dos "franciscanos" da legenda na Casa. O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) --um dos integrantes do movimento que impôs a derrota ao governo esta semana-- disse que os "franciscanos" do PMDB no Senado estão cansados de serem preteridos em nome dos "cardeais" da legenda. Numa referência a São Francisco de Assis, que abdicou de uma vida de riquezas para se tornar um frei franciscano, Salgado disse que o PMDB no Senado está dividido entre os influentes e os de pequena participação no governo. [Senador Wellington Salgado, Foto Folha ].Imagem.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u332211.shtml
Senador do PMDB pede um "chinelinho novo". O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) resumiu ontem o motivo da insatisfação dos senadores do PMDB com o governo. Segundo ele, o grupo é formado por "franciscanos" que estão descontentes com os "cardeais" do partido e querem do governo apenas "um chinelo novo" para se sentirem "prestigiados" em seus Estados.
Para atender ao grupo, afirmou Salgado, não é preciso muito. "Não é um sapato de cromo alemão que os franciscanos querem, mas um chinelinho novo. Pode ser até usado, o que ninguém agüenta mais é machucar o pé", afirmou. "Chinelinho novo", segundo os próprios peemedebistas, significa cargos no segundo, terceiro e quarto escalões: "Tem senadores que estão sem prestígio no seu Estado e isso não pode acontecer. Se vai ter [do governo] um terço novo, um chinelinho, uma roupinha de franciscano nova não sei, mas o clima é de insatisfação".
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?cod_post=75286

BISPO MACEDO/RECORD: O NOVO "PROMETEU" [DESACORRENTADO] *

Edir Macedo diz que vai "cutucar fígado" até Globo cair




Após o início das transmissões do canal Record News, o bispo Edir Macedo, dono da Record e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, conversou com exclusividade com a Folha Online. Questionado sobre seu discurso em que citou o "monopólio da notícia" no Brasil, em uma referência indireta à Globo, o bispo disse que irá "cutucar o fígado" da concorrente "até cair".
Folha Online- O senhor falou em quebra do monopólio, qual seria o prazo para isso?
Edir Macedo- A gente vai cutucando o fígado até cair.
Folha Online- Mas vai cair?
Macedo- Você conhece luta de boxe?
Folha Online - Não, o senhor luta? Edir Macedo não respondeu e saiu andando no Teatro Record, onde foi realizada a cerimônia que marcou a estréia do canal Record News, em São Paulo.
O evento, que começou a ser transmitido às 20h, reuniu autoridades como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Também estiveram presentes o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), entre outras personalidades. DIÓGENES MUNIZ, Editor-assistente de Ilustrada da Folha Online.
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(*) Unchained Prometeu (O Prometeu Desacorrentado).

MIANMAR [BIRMÂNIA]: CORRUPÇÃO À TODOS OS GOSTOS/GASTOS/GESTOS (ESGOTOS/GATOS/GUETOS)

Brasileiro da ONU prevê catástrofe em Mianmar

Mais de nove pessoas já morreram em Mianmar desde 15 de agosto por conta da escalada de violência da repressão a protestos pacíficos contra o governo militar do país, a antiga Birmânia, e a previsão para o futuro é de “catástrofe”, segundo o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro. Relator especial das Nações Unidas sobre a situação dos direitos humanos no país, ele disse em entrevista ao G1 que já previa esta escalada da violência nas últimas semanas e crê que a situação ainda pode piorar. “Sabia-se o que ia acontecer, e era possível prevenir, mas nada foi feito, e as opções são cada vez mais limitadas. Há um mês eu dizia isso, estive em várias reuniões, enviei vários documentos, e era óbvio que as manifestações iam crescendo e a centelha estava acesa”, contou Pinheiro. Segundo ele, a única saída é um esforço diplomático em várias frentes, contando com apoio da ONU, da China, da Rússia e dos países vizinhos, mas uma resolução pacífica para o atual confronto entre militares e manifestantes é muito improvável. “Se a comunidade internacional não tiver agilidade vai acontecer um desastre. A paciência dos militares está se esgotando e eles devem reagir de forma ainda mais violenta a esses manifestantes, mantendo a repressão.” G1 – Quão diferente é a atual situação de conflito em relação ao clima de repressão que o país vive tradicionalmente? Paulo Sérgio Pinheiro – Em 1978 o país vivenciou algo muito similar, mas menos visto de fora porque não havia meios de comunicação desenvolvidos como atualmente. O que impressiona é o fato de que agora acompanhamos ao vivo. Na época, houve eleições, a oposição ganhou e o governo não entregou o poder. G1 – E o que vai acontecer desta vez? Pinheiro – Nada, não vai haver nenhuma mudança política. Vai acontecer uma catástrofe. Se a comunidade internacional não tiver agilidade vai acontecer um desastre. A paciência dos militares está se esgotando e eles devem reagir de forma ainda mais violenta a esses manifestantes, mantendo a repressão. A repressão pode se tornar mais generalizada, incluindo prisões, perseguição, tortura aos manifestantes. Espero que minha bola de cristal esteja errada e que os militares atendam aos apelos da ONU, sejam sábios e não continuem nessa linha. G1 – Por que a comunidade internacional demorou tanto para reagir? Pinheiro – Há uma série de fatores. O país tem uma situação geopolítica muito especial, entre a Índia e a China, com um milhão de refugiados na Tailândia, com muitos recursos econômicos, muito gás para exportar, e acabam não sofrendo pressão internacional. O país não está preocupado em promover o desenvolvimento, nem distribuição de renda. G1 – Existe a possibilidade de alguma saída doméstica, articulada dentro do país, para este atual conflito? Pinheiro – Absolutamente, não. Sem o estímulo da China, da ONU, nada vai mudar. Com representantes internacionais é possível que seja transmitida uma mensagem clara ao governo de que este tratamento a manifestantes pacíficos é completamente inaceitável para a comunidade internacional. G1 – A atual situação vivida em Yangun foge do cotidiano de violência da ditadura birmanesa? Pinheiro – O regime militar, em diferentes fases, existe há 40 anos. É um regime autoritário, com pequenas fases de abertura, mas violento, parecido com os períodos de ditadura militar no Brasil, mas dentro de uma cultura diferente, numa sociedade budista. Tirando as diferenças culturais, é um regime militar autoritário como qualquer outro. Quem se manifesta está sujeito à perda de emprego, espancamentos, prisão. Há três semanas divulguei um protesto porque dois estudantes que já haviam ficado dez anos na cadeia por oposição ao governo foram condenados à prisão perpétua por conta de manifestações. O sistema judicial não oferece nenhuma garantia. G1 – O budismo influi na forma como a ditadura atua? Pinheiro - Influi na forma como o governo lida com a religião, a forma como faz o convite ao pacifismo, à resignação. G1 – Com a participação da China e da ONU, há a possibilidade de o país deixar de ser uma ditadura militar? Pinheiro – Não. A junta militar só vai ceder em termos do esforço concentrado dos países vizinhos, da ONU, da Rússia e da China. Não há outro caminho senão o da diplomacia. A comunidade internacional perdeu muito tempo e a situação se torna mais complicada. Hoje é mais difícil solucionar o problema de que um mês atrás, quando já era possível prever e até prevenir os conflitos. Sabia-se o que ia acontecer, e era possível prevenir, mas nada foi feito e as opções são cada vez mais limitadas. Há um mês eu dizia isso, estive em várias reuniões, enviei vários documentos, e era óbvio que as manifestações iam crescendo e a centelha estava acesa. Para quem acompanha o país há sete anos, como eu, era completamente previsível. G1 – O foco dos conflitos está voltado para os monges budistas. Qual a situação do restante da população de Mianmar? Há um clamor popular contra o governo militar? Pinheiro – É uma população muito empobrecida, a renda é muito concentrada e há muita corrupção. As políticas sociais são ineficazes, por mais que tenha havido uma melhora na educação e na saúde nos últimos anos. A opinião deles funciona como em todos os países. Nenhum país que teve revolução teve mobilização de 100% da população. A maior parte das pessoas têm medo, por um cálculo racional, pensam não ter motivos para arriscar a própria vida. Os que se manifestam são estudantes, membros de partidos políticos, ex-prisioneiros, e pessoas comuns também. Mas a maioria dos 47 milhões de habitantes está parada, naturalmente. Daniel Buarque, G1, SP.

ÁLCOOL & BISTURI COMBINAM? ["SE BEBER NÃO OPERE!!!"]

Álcool e calmante são as drogas mais usadas por médicos dependentes

Foram quatro anos de uso abusivo de um medicamento da classe dos opiáceos (derivados do ópio), com efeitos mais fortes do que a heroína. Duas overdoses e dois acidentes de carro depois, o fundo do poço chegou para o ex-ortopedista R.R., de 32 anos, quando desmaiou em um pronto-socorro durante seu plantão. Há um ano longe do vício (leia ao lado), R.R. faz parte de um levantamento realizado pela Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (Uniad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). A pesquisa traçou um perfil de 365 médicos dependentes de substâncias químicas atendidos pelo Uniad entre 2000 e 2005. Para 48% dos médicos acompanhados pelo serviço da Unifesp - todos residentes - o álcool foi a droga apontada como responsável pelo início do problema de dependência. Em seguida aparecem a maconha (17%), benzodiazepínicos (calmantes, 13,7%) e medicamentos opiáceos (10,9%).Uma vez instalada a dependência, esse quadro muda. Apesar de o álcool continuar na primeira posição, os medicamentos benzodiazepínicos e opiáceos passam a ser mais consumidos, o que sugere uma forte relação entre o consumo e a exposição ambiental. Alguns fatores podem explicar esse padrão de consumo diferenciado com o tempo. Além do fácil acesso a medicamentos de uso controlado, esses profissionais muitas vezes têm a falsa idéia de que o conhecimento técnico que dominam sobre substâncias químicas garante o uso seguro. “Existe essa falsa impressão, o que é um mau uso da informação”, diz o psiquiatra Hamer Nastasy Palhares Alves, autor da pesquisa.
PERFIL DIFERENCIADO: Outra constatação do estudo, que confirma a hipótese da exposição ambiental, é o perfil do uso de drogas de acordo com a especialidade médica. Entre as chamadas especialidades clínicas (como clínica geral, pediatria e patologia) e cirúrgicas, o álcool é a droga mais consumida. Para os anestesistas e ortopedistas, no entanto, os medicamentos controlados, como calmantes e opiáceos, aparecem em primeiro lugar. Emilio Sant’Anna, Estadão.

GLOBO vs RECORD: "O PROGRAMA ESTÁ NO AR..." *

Ao lado de Lula, Edir Macedo ataca Globo em lançamento de TV



SÃO PAULO - Sem se apresentar como bispo, o fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus e proprietário da Rede Record, Edir Macedo, inaugurou na noite desta quinta-feira o seu novo canal de TV, o Record News, protestando contra o que chamou de "monopólio da informação" no País. Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador de São Paulo, José Serra, Macedo iniciou seu discurso com um ataque velado à concorrente TV Globo - dizendo que sua empresa "por anos foi injustiçada por um grupo que tinha e mantém o monopólio da informação no Brasil". Ressaltando que o canal de notícias será gratuito - os da Rede Globo são exclusivos para assinantes da TV paga - Macedo disse que o novo canal pretende levar informação de qualidade aos brasileiros. O presidente Lula discursou logo após Edir Macedo e disse que a imprensa conta hoje com ampla liberdade para exercer suas funções e ressaltou "o firme compromisso de seu governo em não cercear a liberdade de imprensa no País." Lula disse ainda que "o maior desafio do jornalismo continua sendo a missão de informar com independência, imparcialidade e a livre atuação dos meios de comunicação". No final do breve pronunciamento, o presidente disse que toda vez que participa da inauguração de uma rádio, TV ou jornal, tem a vontade de dizer: "Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós" , poema de Medeiros e Albuquerque, do Hino da República, de 1899, e que, cem anos depois, se popularizou como enredo da escola de samba Imperatriz Leopoldinense. Junto de Edir Macedo, Lula acionou o botão que colocou oficialmente no ar a nova emissora de TV, às 20h20. Em São Paulo, a emissora transmite pelo canal 42 UHF, 20 na TVA digital e 93 na Net Digital. O governador José Serra também destacou a iniciativa da Record em ampliar a diversidade de opiniões e priorizar a regionalização. O novo canal de notícias levou ao ar uma entrevista exclusiva com o presidente Lula. E às 22 horas, uma entrevista com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). Dentre as autoridades que também participaram da cerimônia, estava o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, a ministra do Turismo, Marta Suplicy. Após o discurso de Lula, o apresentador e jornalista Celso Freitas convidou a cantora Fafá de Belém ao palco para encerrar a cerimônia cantando o Hino Nacional. Em 1984, Fafá virou símbolo do movimento "Diretas Já", quando cantava o Hino Nacional e dividia os palanques dos comícios com Lula e outros políticos que lutavam pela redemocratização do País. Estadão.
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(*) Raul Seixas. "Como vovó já dizia". [(...) Quem não tem colírio usa óculos escuros/ A serpente está na terra e o programa está no ar].

MOTIM DO PMDB: SEGUNDO O NAVEGADOR DOS 'SETE MARES'

Para Mares Guia, rebelião do PMDB 'foi uma rasteira'


Vinte e quatro horas depois da rebelião da bancada do PMDB no Senado, que impôs uma derrota ao governo na noite de quarta-feira, ao derrubar a criação da Secretaria de Planejamento de Longo Prazo e de 660 cargos de confiança, o ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia, não escondeu a surpresa. Foi uma rasteira”, afirmou ele ao Estado. “Não queremos transformar essa situação num conflito insuperável, mas deve ter havido algum sinal, algum descontentamento que nós não percebemos.” Veja o especial do caso Renan Articulador político do governo, Mares Guia foi chamado logo cedo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma reunião, no Palácio do Planalto. Ainda ontem à noite, Lula foi informado de que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), insuflou a rebelião para mostrar força - irritado com o governo e parlamentares do PT, que agora cobram que ele se licencie do cargo. O presidente tinha, porém, uma preocupação mais imediata: o que fazer para recriar a secretaria extinta, comandada pelo filósofo Mangabeira Unger, além dos cargos comissionados. Ninguém soube dar a resposta, mas Lula encomendou à sua assessoria estudos jurídicos para resolver o imbróglio criado pelo maior partido da base aliada. Em público, o presidente tentou minimizar a crise, repetindo como mantra que “a derrota faz parte do jogo”. Nos bastidores, porém, afirmou que não conseguia entender a revolta do PMDB. Pior: teme pelo destino que terá a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que ainda precisa passar por mais uma votação na Câmara e duas no Senado.Coube ao líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), a difícil tarefa de explicar ao presidente os meandros de seu partido, insatisfeito com a distribuição de cargos pelo Planalto. “Vamos ajustar qualquer curto-circuito antes da nova votação da CPMF”, disse Jucá. “Foi uma reação radical e nós entendemos que o governo esperava mais lealdade da base aliada.”
‘SURPRESA EXTREMA’: Depois do tête-à-tête com Lula, Mares Guia promoveu uma reunião em seu gabinete com Jucá, a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), líder do governo no Congresso, o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), e os ministros peemedebistas Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) e Hélio Costa (Comunicações). “Recebemos a informação sobre a derrubada da medida provisória que criava a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo com uma surpresa extrema”, afirmou Mares Guia. O ministro não quis, porém, provocar Renan. Indagado se sabia os motivos pelos quais o senador havia mandado um recado ao Planalto, Mares Guia desconversou. “Eu não posso, não devo e não tenho razão para interpretar o que ocorreu dessa forma”, disse. “Seria o melhor momento para o Senado votar - justamente na hora em que a Câmara deu demonstração de força extraordinária, aprovando em primeiro turno a CPMF.” Menos diplomático, Geddel deixou o Planalto visivelmente irritado. Não sem motivo: dos 660 cargos de confiança que evaporaram após a rebelião do PMDB, 140 eram da Sudam e da Sudene, superintendências ligadas a seu ministério. “Se os senadores que rejeitaram a MP quiseram dar um recado de que têm uma demanda com o governo, não devem ser atendidos porque agiram de forma infantil”, reagiu. “Ninguém me preveniu e agora quero saber o que fazer com a estrutura da Sudam e da Sudene.” Vera Rosa, BRASÍLIA. Foto André Dusek/AE.