A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
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quinta-feira, maio 31, 2012
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS
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A CPI que investiga a relação do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos e empresários convocou para depor os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Perillo terá de explicar a venda de uma casa pela qual teria recebido cheques de pessoas ligadas a Cachoeira, e Agnelo será chamado a falar sobre conversas em que ex-servidores do governo discutem contratos públicos com integrantes da quadrilha. Foi rejeitada a convocação do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). A convocação de Agnelo surpreendeu o PT. A CPI quebrou o sigilo bancário, fiscal e telefônico do senador Demóstenes Torres (sem partido - GO) e de mais 18 empresas ligadas ao grupo de Cachoeira. (Págs. 1 e 3 a 9)
Fotolegenda: Lula: “Muita gente gosta de mim, mas tem outras que não gostam e tenho que tomar cuidado com essas".
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu ontem, por unanimidade, reduzir os juros básicos da economia em 0,5 ponto percentual, para 8,5% ao ano. É a menor taxa na história do país. Com isso, depósitos em caderneta de poupança feitos a partir de 4 maio último estão agora sujeitos a novas regras, com rendimento menor. Mesmo assim, essas aplicações continuam entre as mais vantajosas do mercado financeiro, principalmente para quem tem investimentos até R$ 25 mil. Pela primeira vez, os diretores do BC tiveram o seu voto divulgado publicamente, obedecendo à Lei de Acesso à Informação, que também entrou em vigor em maio. (Págs. 1, 25 a 27 e Míriam Leitão)
O Banco Central reduziu ontem a taxa básica de juros da economia de 9% para 8,5% ao ano — o mais baixo percentual desde a criação da Selic, em 1986.
Na primeira divulgação detalhada de como votou cada um dos sete membros do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), a decisão foi tomada por unanimidade. (Págs. 1 e Poder A16)
A defesa de Navarro diz que o desembargador só cumpriu ordens. (Págs. 1 e Poder A14)
A CPI do Cachoeira aprovou a convocação dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Com a ajuda dos tucanos, a comissão decidiu não chamar o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), para explicar sua relação com o principal acionista da empreiteira Delta, Fernando Cavendish. No caso do petista, a insatisfação da base com o Planalto, por causa da demora na liberação de emendas e no preenchimento de cargos no governo, foi decisiva para sua convocação. O PMDB também está insatisfeito com o governo, mas decidiu acompanhar o PT, que votou contra a ida de Agnelo, em troca do apoio à não convocação de Cabral. Sobre a quebra de sigilo da Delta, o governador disse: “Por que eu temeria?”. (Págs. 1 e Nacional A4 e A6)
Mais rentável que fundos
Mesmo com a nova regra, o retorno da poupança deve continuar a bater o dos fundos de renda fixa. (Págs. 1 e Economia B4)
A Comissão da Verdade terá sua serventia se for para vacinar a sociedade brasileira contra o conjunto de erros cometidos desde 1946. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Para os mais de 2 milhões de habitantes da Bolívia, Peru e Chile que falam a língua aimará, o passado está à nossa frente e o futuro, às nossas costas. (Págs. 1 e Vida A27)
Uma nota austera e cabal teria sido, para Gilmar Mendes e para o STF, a melhor resposta aos rumores. (Págs. 1 e A3)
Ampliar a produção de etanol é decisivo para o setor, que convive com o mergulho dos preços do açúcar e grandes estoques do produto, em um ambiente bastante diverso do existente na safra anterior. No pico da armazenagem de açúcar no país, em setembro e outubro, haverá 12 milhões de toneladas estocadas, volume quase 50% superior aos 8,5 milhões de toneladas em igual período de 2011. (Págs. 1 e B14)
A maioria dos analistas aceita tranquilamente a ideia de que a era dos juros siderais acabou e projeta para este ano uma taxa real de 3,4%, nível nunca antes observado. Para os próximos 12 meses, as expectativas são de uma taxa ainda menor, de 2,37%, ínfima se comparada à do primeiro mandato de FHC (21,65% ao ano) ou de Lula (11,27% ao ano). (Págs. 1, C3 e Juros - Caderno Especial)
Bellini não é o único presidente de empresa que está deixando de dormir por causa disso. Estudo da consultora Betania Tanure com 418 dirigentes das 500 maiores companhias do país mostra que o assunto é o que mais preocupa esses executivos. Em seguida, vem o acirramento da competição interna. (Págs. 1 e D1)
O crescimento mostra uma desaceleração importante em comparação com a alta de 31% registrada entre 2009 e 2010, quando esses dados passaram a ser divulgados pela primeira vez por exigência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Naquele ano, o pagamento mais alto feito por algumas grandes empresas distorceu a média de crescimento. (Págs. 1 e B2)
A Comissão Europeia exortou o bloco a permitir que seu novo fundo de resgate empreste diretamente a bancos vulneráveis - em vez de obrigar o país de origem da instituição a negociar um pacote de socorro. A CE também deu a ideia de um fundo pan-europeu de garantia de depósitos, o que protegeria ainda mais governos isolados em caso da quebra de bancos. (Págs. 1 e C16)
A queda das receitas neste ano leva o “mix” de política econômica inaugurado por Dilma ao esgotamento. (Págs. 1 e A2)
Parece paradoxal, mas a forma mais efetiva de ajudar a indústria, no curto prazo, é controlar a expansão do consumo. (Págs. 1 e A13)
quarta-feira, maio 30, 2012
''ONDE FOI QUE FICOU AQUELA VELHA AMIZADE'' (III)
Demóstenes se complica
Demóstenes confirma "presentes" de Cachoeira |
Autor(es): Ricardo Brito |
O Estado de S. Paulo - 30/05/2012 |
Ao Conselho de Ética, o senador admitiu que Carlinhos Cachoeira pagava as contas do aparelho Nextel pelo qual conversavam
Senador diz no Conselho de Ética que pivô do escândalo bancava as contas do aparelho Nextel e admitiu que fez lobby para laboratório ligado ao contraventor
O senador Demóstenes Torres (ex-DEM, sem partido-GO) admitiu, em depoimento ontem ao Conselho de Ética, que o contraventor Carlinhos Cachoeira bancava as contas do aparelho Nextel que ganhou dele e no qual conversavam. A confissão complicou ainda mais a situação política de Demóstenes, ameaçado de cassação por ter defendido, como senador, os interesses de Cachoeira. O parlamentar disse que o contraventor pagava a conta de até R$ 50 por mês e afirmou que não aceitou o Nextel do contraventor para escapar de eventuais interceptações telefônicas. O grupo de Cachoeira achava que o aparelho, que é um rádio e telefone habilitado nos Estados Unidos, era imune a grampos. Ao tentar mostrar naturalidade com o presente recebido, Demóstenes afirmou que, desde 1999, quando era secretário de Segurança Pública de Goiás, sabia que qualquer aparelho é passível de ser grampeado. Questionado por Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), como pode um senador da República ganhar tal tipo de presente, respondeu: "O contexto é completamente outro. Isso não teve conotação de pagamento ou do quer que seja". Outro ponto tido como frágil pelos integrantes da comissão, durante o depoimento que durou cinco horas, foi o fato de que o senador teria repassado ao contraventor, em uma conversa telefônica grampeada, informações sigilosas de uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal de combate aos jogos ilegais. Demóstenes disse que, na verdade, jogou verde para saber se Cachoeira ainda atuava na ilegalidade. O contraventor, segundo ele, deu a mesma resposta dada anteriormente ao governador de Goiás, Marconi Perillo, de que era apenas empresário. "Então, evidentemente, aqui foi realmente jogar verde, tanto é que nenhuma operação acontece", afirmou. Demóstenes confessou ter utilizado várias vezes avião de empresários e amigos, mas nunca um cedido por Cachoeira, apesar de ter admitido que é amigo do contraventor.
O parlamentar também confessou ter feito lobby na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em favor do laboratório Vitapan, da família de Cachoeira. Mas ressalvou ter atuado para todas as empresas do ramo farmacêutico de Goiás. O senador negou ser sócio oculto ou ter atuado em favor da Delta Construções.
Prevaricação. Durante o depoimento, Demóstenes afirmou que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, cometeu o crime de prevaricação e ato de improbidade administrativa ao segurar, em 2009, uma investigação que apontava o seu envolvimento com o Cachoeira. "Ele prevaricou. Praticar ou retardar ato de oficio para satisfazer interesse pessoal", respondeu o senador à pergunta feita pelo colega Fernando Collor (PTB-AL). "A improbidade administrativa é evidente", ressaltou. "Creio que mais dia, menos dia ele vai ter que responder por isso."
Ao fim da reunião, o relator do conselho, Humberto Costa (PT-PE), não quis fazer prejulgamento de Demóstenes, mas considerou que "não é usual" um parlamentar receber um telefone de um contraventor.
Depressão. Demóstenes fez uma exposição inicial de mais de duas horas em que apelou para o discurso sentimental. Chegou adizer que pensou em renunciar.
"Vivo o pior momento da minha vida. Vivo um momento que eu jamais imaginaria passar", afirmou, dizendo que está com depressão, tem tomado remédios para dormir e assistido à fuga dos amigos. Ao senador Aníbal Diniz (PT- AC), disse que é um "homem que tem vergonha na cara". "Sou um carola. Contei o que me aconteceu e ninguém precisa se sensibilizar com isso", afirmou. Dos 30 parlamentares da comissão, apenas 4 fizeram perguntas a Demóstenes durante o depoimento. |
''ONDE FOI QUE FICOU AQUELA VELHA AMIZADE" (II)
CPI quebra sigilo da Delta e adia convocação de governadores
CPI quebra sigilos da Delta desde a "Era Lula" |
Autor(es): Eugênia Lopes ,Fábio Fabrini |
O Estado de S. Paulo - 30/05/2012 |
A CPI do Cachoeira aprovou ontem a quebra do sigilo bancário, fiscal e telefônico da empresa Delta Construções em todo o País, desde 1° de fevereiro de 2002, o que inclui o período do governo Lula. PT, PMDB e PSDB fizeram acordo para adiar a votação da convocação dos governadores de Goiás, Marconi Perillo; do Distrito Federal, Agnelo Queiroz; e do Rio, Sérgio Cabral
Comissão Parlamentar de Inquérito do Congresso terá acesso às movimentações financeiras da construtura que detém maioria dos contratos do PAC
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira aprovou ontem a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico da empresa Delta Construções, desde 1.º de fevereiro de 2002. O período de mais de uma década abrange todo o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governo Dilma Rousseff. As contas da Delta nacional serão abertas porque nem o PT nem o PMDB, que eram contrários à medida, tiveram votos suficientes para barrá-la. Ao mesmo tempo, o PT, o PMDB e o PSDB fecharam um acordo ontem para adiar a votação da convocação dos governadores de Goiás, o tucano Marconi Perillo; do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiróz; e do Rio de Janeiro, o peemedebista Sérgio Cabral. Por sugestão do relator Odair Cunha (PT-MG), a CPI deve votar hoje a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do governador tucano.
A oposição vai tentar, na sessão administrativa desta manhã, aprovar também a quebra dos sigilos de Agnelo e Cabral. O relator já a diantou que é c ontra a proposta. "Sou absolutamente contra. Há evidências de depósitos de gente criminosa na conta de Perillo", afirmou Cunha. Ele só pretende ouvir o depoimento do tucano depois que chegarem à CPI a quebra de seus sigilos. "Minha opinião é que não devemos ouvir nenhum governador agora. Nem o Marconi." O PMDB e o PT articularam nos últimos dois dias para evitar a quebra dos sigilos da Delta nacional. Momentos antes da sessão de ontem,foi apresentado requerimento, capitaneado pelos deputados Luiz Pitiman (PMDB- DF), Leonardo Picciani (PMDB- RJ) e Filipe Pereira (PSC-RJ), solicitando a quebra de sigilo apenas das contas da Delta nacional que abasteciam a organização criminosa comandada por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Peemedebistas e petistas da Câmara começaram a recolher assinaturas para que fosse dada prioridade na votação desse requerimento. Mas não conseguiram as 17 assinaturas necessárias. Um dos motivos é que o PT rachou: os deputados permaneciam favoráveis a blindar a Delta nacional, mas os senadores se recusaram. Situação semelhante ocorreu com o PMDB. Os dois partidos resolveram, então, jogar a toalha e aprovar a quebra do sigilo da Delta nacional. Apenas o ex-líder do governo Cândido Vaccarezza (PT-SP) votou contra.
Revide. Os parlamentares ligados ao governo Sérgio Cabral ficaram irritados com a quebra do sigilo da matriz da Delta e ameaçam revidar na CPI, aprovando a
convocação o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antonio Pagot.
Perillo se oferece para depor e diz que não é acusado
Antecipando-se a uma possível convocação, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), apareceu ontem na CPI e se ofereceu para depor espontaneamente. O tucano não foi ouvido, já que se tratava de uma sessão administrativa, dedicada à aprovação de requerimentos, mas aproveitou para se defender diante da imprensa. Questionado, ele se negou a responder se abre seus sigilos bancário, fiscal e telefônico espontaneamente. "É preciso ver se é justo ou não. Como já disse, cabe à CPMI essa decisão", afirmou. "Não pesam sobre mim quaisquer acusações. De qualquer maneira, sou um democrata e vou respeitar o que a CPMI decidir."
Parcial
ODAIR CUNHA (PT-MG)
RELATOR DA CPI DO CACHOEIRA "Sou contra (a quebra de sigilo de Agnelo e Cabral). Há evidências de depósitos de gente criminosa na conta de Perillo" |
''ONDE FOI QUE FICOU AQUELA VELHA AMIZADE..." *
Gilmar acusa Lula de espalhar boatos
Gilmar Mendes critica ação de "gângsteres" |
Autor(es): » DIEGO ABREU |
Correio Braziliense - 30/05/2012 |
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo, acusou gângsteres de divulgar informações falsas contra ele — como a de que teria viajado à Alemanha por conta de Cachoeira — para atingir o tribunal e tentar melar o julgamento do mensalão. "As notícias que me chegaram era de que ele (Lula) era a central de divulgação disso", afirmou. E apresentou recibos para provar que a viagem foi paga pelo STF. "Para esclarecer tudo isso, bastava um telefonema para a embaixada. Não precisava se fazer essa rede de intriga." (Págs. 1 e 4)
A gente está lidando com gângsteres. Vamos deixar claro: estamos lidando com bandidos, que ficam plantando essas informações"
"Claro que isso é uma armação. Mas não é para me atingir. Era para atingir o tribunal, criar um clima de corrupção geral"
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atribuiu a "gângsteres", "bandidos" e "chantagistas" a plantação de informações que têm atingido a Corte e, inclusive, a de que ele teria usado avião fornecido pelo grupo do contraventor Carlinhos Cachoeira no retorno de uma viagem à Alemanha, em abril do ano passado. Mendes afirmou que essas pessoas, que agem com "uma lógica burra, irresponsável e imbecil", têm orquestrado ações para atingir a imagem da Suprema Corte com o objetivo de "melar" o julgamento do mensalão.
Em entrevista concedida a jornalistas na tarde de ontem, antes de ingressar no plenário da 2ª Turma do STF, o ministro apresentou documentos que comprovariam que ele viajou em voo da TAM no trecho Guarulhos-Brasília. As passagens entre o Brasil e a Europa foram custeadas pelo Supremo, uma vez que, conforme o ministro, ele foi proferir uma aula na Universidade de Granada, na Espanha, onde tem assento de professor.
Gilmar Mendes relata que arcou com os valores referentes aos deslocamentos internos que fez com a esposa entre Granada e Berlim, na Alemanha, onde o casal se encontrou com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e a mulher. "Estive com o embaixador Everton Vargas (em Berlim), que foi designado pelo Lula. Quem vai para Berlim clandestinamente vai à embaixada? Coisa de moleque e de baixa inteligência. É gente que não tem nem um neurônio. Para esclarecer tudo isso, bastava um telefonema para a embaixada. Não precisava se fazer essa rede de intriga que está se fazendo. Chega disso!", esbravejou Mendes.
Embora tenha negado a informação de que voltou da viagem à Europa em abril de 2011 na companhia de Demóstenes, o ministro admitiu ter viajado em duas ocasiões de Brasília para Goiânia em aeronaves particulares a convite do senador. "Se o Demóstenes me oferecesse uma carona naquela época, eu poderia aceitar tranquilamente. Eu estava relacionando com o senador que tinha o mais alto conceito na República. Até pouco tempo, nós discutíamos com ele todos os projetos, ele esteve aqui comigo para a reformulação da Corregedoria. Ele vinha para cá com projetos republicanos", disse Gilmar Mendes, sobre a relação que mantinha com o senador acusado de fazer parte do esquema comandado com Carlinhos Cachoeira.
"Central de divulgação"
Irritado e usando um tom de voz ríspido, o ministro afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva era a "central de divulgação" de informações falsas que circulam contra os ministros do Supremo. "Lula recebeu esse tipo de informação. Gente que o subsidiou com esse tipo de informação e ele acreditou nela. Vamos encerrar com isso. As notícias que me chegaram eram de que ele era a central de divulgação disso. O próprio (ex) presidente", frisou Mendes.
O ministro observou que há um nítido movimento de pessoas que tentam coagir o Supremo. "O objetivo era melar o julgamento do mensalão. Dizer que o Judiciário está envolvido em uma rede de corrupção. Tentaram fazer isso com o (procurador-geral da República, Roberto) Gurgel e estão tentando fazer isso agora."
Mendes alertou que tem se posicionado pela rapidez no julgamento do mensalão para que o Supremo não fique desmoralizado. Ele lembra que dois ministros vão se aposentar este ano: Cezar Peluso e o atual presidente da Corte, Carlos Ayres Britto. "Vão sair dois experientes juízes, que participaram do julgamento anterior (da recepção da denúncia do mensalão), virão dois novos, contaminados por uma onda de suspicácia. Por isso, o tribunal tem que julgar neste semestre e, por isso, essa pressão para que o tribunal não julgue. Vamos encerrar com isso."
O episódio repercutiu no mundo político após a publicação de materia na revista Veja, que relata um encontro de Gilmar Mendes com Lula no escritório de advocacia de Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo e ex-ministro do governo Lula. Na reunião ocorrida no mês passado, segundo Mendes, Lula teria manifestado contrariedade em relação ao julgamento do mensalão e intimidado o ministro, ao citar a viagem a Berlim, dando a entender que o blindaria na CPI em troca do adiamento do mensalão. "É inconveniente julgar esse processo agora", teria dito Lula.
"O objetivo era melar o julgamento do mensalão. Dizer que o Judiciário está envolvido em uma rede de corrupção"
"Tentaram fazer isso com o (procurador-geral da República, Roberto) Gurgel e estão tentando fazer isso agora".
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(*) MUDANDO DE CONVERSA (Doris Monteiro).
''Mudando de conversa onde foi que ficou
Aquela velha amizade Aquele papo furado todo fim de noite Num bar do Leblon..."
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sexta-feira, maio 25, 2012
QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS
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A rede de laranjas que alimentava, com dinheiro da Delta, o esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira não era exclusiva de Goiás: se estendeu também ao Rio. Entre os sócios de duas empresas que receberam R$ 521 mil da Brava Construções, ligada a Cachoeira, há duas faxineiras, um ajudante de caminhoneiro e uma desempregada, informam Cássio Bruno e Maiá Menezes. Na CPI, a revelação de que o contador do bicheiro movimentou R$ 12 milhões da Delta provocou a antecipação, para terça que vem, da votação sobre convocação de governadores e quebra do sigilo bancário da empresa. PT e PSDB bateram boca, mas se uniram depois para evitar que a votação ocorresse ontem. (Págs. 1 e 3)
Depois de várias reuniões, a presidente Dilma Rousseff deixou para hoje, último dia do prazo, o anúncio de vetos ao projeto que modifica o Código Florestal. Eles serão parciais. Uma das principais questões, a recuperação de áreas protegidas, será feita por medida provisória. Ontem foi dia de atos em Brasília, em frente ao Planalto, pedindo o veto. (Págs. 1, 14 e Nelson Motta, 7)
Apesar do esfriamento da economia no país e do agravamento da crise externa, os brasileiros estão conseguindo conservar o emprego e manter a renda em nível elevado. A taxa de desemprego caiu para 6% em abril, a menor para o mês desde 2002.
O rendimento médio real dos trabalhadores sofreu ligeira queda de 0,4% no mês passado, mas ainda está 6,2% acima do de abril de 2011, segundo o IBGE. O vigor do mercado de trabalho ajuda a explicar a elevada popularidade de Dilma. (Págs. 1 e Poder A4)
Vinícius T. Freire
Há muita especulação para explicar por que a freada econômica não afetou o emprego. (Págs. 1 e B4)
Caminhoneiros afirmam que não conseguem acessar a linha por dificuldades na comprovação da renda. Nesta semana, o governo esticou o prazo de financiamento do programa de 96 para 120 meses. (Págs. 1 e Mercado B1)
Nenhum proprietário será liberado de reflorestar áreas de preservação em margens de rio, mas pequenos proprietários terão regras mais flexíveis. (Págs. 1 e Poder A12)
Em depoimento lido à CPI do Cachoeira, o ex-vereador de Goiânia Wladimir Garcez complicou o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), ao apresentar versão diferente da do tucano para a venda de uma casa em Goiânia. Preso na Operação Monte Carlo, da PF, Garcez disse que ele mesmo comprou a casa de Perillo, com cheques do diretor da Delta, Cláudio Abreu, e do sobrinho de Carlinhos Cachoeira, Leonardo Almeida Ramos. Em declarações anteriores, o tucano disse ter negociado a casa com o empresário Walter Paulo, dono da Faculdade Padrão, e que Garcez teria sido apenas intermediário. Garcez contou que Perillo lhe disse estar vendendo a mansão e aceitou receber R$ 1,4 milhão. Como não conseguiu vender o imóvel com lucro, começou a ser pressionado por Abreu para devolver o empréstimo. “Com medo de perder o emprego, resolvi procurar o professor Walter. Eu a vendi pelo mesmo valor e repassei ao Cláudio, quitando, assim, a dívida dos três cheques”, disse. (Págs. 1 e Nacional A4)
A desinformação é a esperança do PT de Cabral e de Cabral do PT. No passado, a esquerda ao menos se dizia aliada das luzes. (Págs. 1 e Espaço Aberto A2)
Em que lugar do planeta agências de turismo ganham 25% do valor de uma diária para reservar um quarto? Só no Brasil. (Págs. 1 e Nacional A10)
Os políticos deram demonstração de que não perdem para ninguém em matéria de autodefesa. (Págs. 1 e A3)
O Valor apurou que, desde fevereiro, a Eletrobras entregou ao Ibama uma série de pedidos de autorização para coletar os dados que vão basear o estudo de impacto ambiental da usina São Luiz, a maior delas, prioritária para o governo. (Págs. 1 e A3)
A presidente já planejava substituir Flores, mas perdeu definitivamente a paciência quando foi informada de que líderes da base aliada do governo no Congresso ameaçavam bloquear votações de projetos de interesse do Palácio do Planalto caso o presidente da Previ fosse demitido. Irritada com a chantagem, Dilma ordenou urgência a Mantega, a quem o Banco do Brasil e a Previ estão subordinados, para substituir Flores. (Págs. 1 e A12)
O Valor apurou que a Marfrig pretende adiar o pagamento ao menos dessa parcela para o vencimento final das debêntures, em julho de 2015, quando os papéis em poder do BNDES, que já tem participação de 14% no capital da empresa, serão finalmente convertidos em ações. Procurada, a Marfrig afirmou que só vai se pronunciar por meio de comunicado formal ao mercado. (Págs. 1 e B12)
O desaquecimento da economia, por enquanto, afeta mais as carteiras de risco corporativo (bens e serviços) do que os produtos do grupo denominado “pessoas” — que inclui saúde, previdência, vida e acidentes e registrou crescimento real (deflacionado pelo IGP-M) de 12% em 2011. O mercado aposta no fim da guerra de preços que fez o resultado das operações cair 1% em 2011, para R$ 4,07 bilhões. (Págs. 1 e Revista "Valor Financeiro")
A CPI que resultou no impeachment chegou a dar a impressão de que o país achara o caminho para erradicar a erva daninha da política nacional: a corrupção. As palavras do deputado Benito Gama (PFL-BA), na abertura da CPI, traduziam o sentimento de esperança que perpassava a sociedade brasileira: “O Brasil não será o mesmo após a CPI. Nem nós seremos os mesmos”. (Págs. 1 e Eu&Fim de Semana)
Uma conjunção de fatores torna possível que o IPCA fique próximo do centro da meta, de 4,5%, neste ano. (Págs. 1 e A2)
A desaceleração mais forte da economia vem suscitando uma sucessão de “pacotes” de estímulo cada vez mais patéticos. (Págs. 1 e A15)