PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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quinta-feira, junho 14, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] ''SAFADO, CACHORRO, SEM-VERGONHA ..." *





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(...) EU DOU DURO O DIA INTEIRO E VOCÊ COLCHÃO E FRONHA! (Babado Novo).
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''VÁLHA-NOS, DEUS " !!!

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Corrupção continuada

O Estado de S. Paulo - 14/06/2012
 

Ao declarar a Delta Construções inidônea, o que a impede de participar de licitações e de assinar novos contratos com o poder público, a Controladoria-Geral da União (CGU) apenas confirmou o que já se sabia. No centro das investigações dos escândalos de corrupção envolvendo o bicheiro Carlinhos Cachoeira, a Delta era, desde abril, objeto de um processo administrativo na CGU para apurar irregularidades na execução de obras rodoviárias. O que se constatou, como declarou o ministro da CGU, Jorge Hage, "não foi um ato isolado de corrupção", mas "um procedimento costumeiro e repetitivo de suborno e concessão de vantagens ilegais e imorais a servidores, alguns deles incumbidos de fiscalização".
A investigação da CGU constatou essas irregularidades e também "flagrante contumácia na atuação delitiva" da Delta na execução de obras rodoviárias contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Ceará. Segundo a CGU, há provas de que a empreiteira "pagou valores e bens, como aluguel de carro, compra de pneus e combustível, além de passagens aéreas, diárias em hotéis e refeições a servidores responsáveis pela fiscalização de contrato".
A declaração de inidoneidade da Delta vem com muito atraso. Investigações realizadas em 2010, na Operação Mão Dupla, de responsabilidade da Polícia Federal, do Ministério Público e da própria CGU, haviam identificado irregularidades em 60 contratos da empresa com o Dnit que estavam em execução entre 2007 e 2010. Esses contratos somavam R$ 632,3 milhões e previam obras em 17 Estados.
A excessiva demora na aplicação de sanções à empreiteira, como a declaração de inidoneidade que acaba de ser publicada - e que não afeta os contratos em vigor -, não é o fato mais surpreendente na relativamente curta história de seu relacionamento com o poder público, especialmente o governo federal.
O que mais espanta nesse relacionamento é o vertiginoso aumento dos valores pagos à Delta pelo governo federal, sobretudo depois do lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que, em 2010, foi uma das principais plataformas da candidata do PT à Presidência. Recorde-se, também, que, antes de se tornar candidata oficial de seu partido, Dilma Rousseff era chamada de "a mãe do PAC" pelo então presidente Lula.
Entre 2003 e 2011, o total de recursos federais pagos à Delta cresceu mais de 1.400%, em valores corrigidos pelo IPCA. No primeiro ano do governo Lula (2003), a Delta recebeu R$ 38,7 milhões (em valores correntes, isto é, sem considerar a inflação do período). Os pagamentos à empreiteira saltaram para R$ 401,2 milhões em 2007, primeiro ano de execução do PAC, então gerenciado pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. Em 2009, quando Dilma ainda ocupava o cargo, o total alcançou R$ 766,1 milhões.
Já tendo se tornado a primeira empreiteira do PAC em volume de recursos, embora não estivesse entre as maiores do País em faturamento, a Delta recebeu, no ano passado, R$ 884,4 milhões da União. Em 2012, recebeu R$ 238 milhões. No mês passado, quando já afundava em meio a denúncias de corrupção e outras irregularidades, a empreiteira teve homologados novos contratos com o Dnit, do qual recebeu também novas verbas.
Estima-se que, nos últimos 12 anos, a Delta recebeu R$ 4 bilhões da União. Ela tem 99 contratos ativos com o Dnit, que somam R$ 2,5 bilhões, dos quais R$ 1,4 bilhão já pago. Ou seja, ainda tem para receber R$ 1,1 bilhão.
O governo ainda não sabe se a Delta terá capacidade para tocar as obras já contratadas. Declarada inidônea, a empresa deverá enfrentar dificuldades financeiras crescentes. Se novas investigações constatarem vícios, fraudes ou outras irregularidades nas licitações que resultaram nos contratos em execução, nova licitação poderá ser realizada para a conclusão da obra ou poderá ser feita uma contratação de emergência.
O que é certo, desde já, é que está encerrada a fase de fartos pagamentos para a Delta com dinheiro público e os funcionários por ela subornados estão sob investigação.

VENDILHÕES DO TEMPLO

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Projeto de lei libera compra de terras por estrangeiros

Comissão libera terra para estrangeiros
Autor(es): Por Tarso Veloso | De Brasília
Valor Econômico - 14/06/2012
 
 

Companhias brasileiras controladas por capital estrangeiro podem ser liberadas para adquirir grandes extensões de terra no Brasil, conforme relatório aprovado ontem pela Comissão de Agricultura da Câmara.
O texto substitutivo do deputado Marcos Montes (PSD-MG), que derrotou o relatório original de Beto Faro (PT-PA), excluiu as restrições atuais, que limitam essas aquisições a um teto em operações de compra e arrendamento. O parecer foi apoiado pela bancada ruralista, contra a vontade do governo.


Empresas brasileiras controladas por capital estrangeiro podem ser liberadas para adquirir grandes extensões de terras no Brasil, de acordo com relatório aprovado ontem pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados.
O texto substitutivo do deputado Marcos Montes (PSD-MG), que derrotou o relatório original de Beto Faro (PT-PA), excluiu as restrições atuais que limitam essas aquisições a um máximo em operações de compra e arrendamento. O parecer, apoiado pela bancada ruralista contra a vontade do governo e do Núcleo Agrário do PT, já havia sido aprovado na subcomissão especial do tema.
Os petistas apresentaram um voto em separado, lido pelo vice-líder do partido na Câmara, Valmir Assunção (BA), em que tentavam reduzir as "facilidades" de aquisição, por estrangeiros, de um percentual mínima de companhias nacionais para obter a condição de empresa brasileira. "Como iremos impedir que uma empresa estrangeira adquira 0,1% do capital de uma empresa nacional e possa sair comprando terras?", questionou Assunção. Ele criticou, ainda, a indefinição sobre o tempo máximo do arrendamento das terras. "O texto diz que o prazo é indeterminado. Ou seja, pode ser de 300 anos", disse.
O texto aprovado define que todas as operações já realizadas ou em negociação serão automaticamente regularizadas. O governo e o PT queriam limitar o benefício aos negócios fechados entre 1999 e 2010, período em que o assunto estava regulamentado por dois pareceres contraditórios da Advocacia-Geral da União (AGU).
Hoje, as negociações de terras por estrangeiros e empresas brasileiras controladas por estrangeiros no país sofrem restrições. Um parecer da AGU em vigor restringe as aquisições de imóveis rurais por empresas que tenham 51% ou mais de seu capital votante nas mãos de não brasileiros. Essas aquisições são limitadas a 50 módulos fiscais para pessoas físicas (250 a 5 mil hectares) e a 100 módulos (500 a 10 mil hectares) para empresas estrangeiras, desde que aprovadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
O relatório aprovado ontem estabelece que empresas nacionais, mesmo com maioria de capital estrangeiro, serão consideradas brasileiras. Com isso, até empresas com 99,9% de capital estrangeiro poderão adquirir qualquer extensão de terra, desde que sigam as regras da legislação para empresas 100% nacionais. Mas organizações não governamentais, empresas e fundos soberanos estrangeiros ficam impedidas de adquirir terras no Brasil. "Uma estatal de outro país, convertida em nacional, poderá se apoderar de áreas gigantescas no Brasil. Alienaríamos, para o exterior, o poder decisório sobre o quê, quando e onde produzir", criticou Valmir Assunção.
A questão dos limites de terras que poderão ser adquiridas não foi incluída no texto final. Assim, não haverá um máximo para as compras por estrangeiros. No relatório derrotado de Beto Faro, havia um limite de 50 módulos (2,5 mil hectares) para estrangeiros, até mesmo para aquelas cujo capital era majoritariamente estrangeiro.
O relatório segue agora para análise das demais comissões da Câmara, que serão designadas pela Mesa Diretora.
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RIO 40 GRAUS *

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CONFERÊNCIA TEM MAIS DE 20 GRANDES TEMAS SEM ACORDO

 TUDO POR NEGOCIAR
Autor(es): agência o globo:Liana Melo Eliane Oliveira
O Globo - 14/06/2012
 
São 81 páginas, seis capítulos e nada menos que 835 colchetes na versão mais recente do documento que está sendo negociado na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, no Riocentro. Colchete, na linguagem da diplomacia, significa que os assuntos estão pendentes para serem resolvidos num segundo momento. Em uma só página, há 32 colchetes com pontos de discussão que vão de palavras a parágrafos inteiros. Só no capítulo 5, que inclui 22 temas, a falta de consenso impera nas diversas áreas: oceanos, energia, resíduos, uso do solo, entre outros.
A grande quantidade de lacunas no documento já consolidou a convicção de que será impossível concluir até amanhã a última rodada de negociações. Nos bastidores, há a certeza de que os argumentos técnicos estão se esgotando. Ou seja, a decisão final ficará nas mãos dos chefes de Estado e seus chanceleres. Eles vão colocar o ponto final (e político) no texto.
Com isso, dizem os negociadores, o Brasil surge como jogador decisivo. Afinal, o prazo das reuniões preparatórias - que antecedem a conferência dos chefes de Estado - termina amanhã, quando chega ao fim também o exercício da copresidência da Coreia do Sul e de Barbados à frente do Escritório de Negociação da Conferência. Caberá então ao Brasil, país anfitrião, assumir a presidência e convencer os países a cederem em prol de um documento com o mínimo de substância.
- O governo brasileiro recuou em algumas posições para diminuir o enfrentamento e empurrar as decisões para mais tarde. É quando o Itamaraty e o Planalto assumem o leme da conferência - disse um dos negociadores.
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(*) Fernanda Lima.
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''É PRÁ´CABÁ COM O PEQUI DE GOIÁS" *



Procuradoria vai investigar governadores de GO e DF



Procurador-geral pede ao STJ abertura de investigações contra governadores
Autor(es): MARIÂNGELA GALLUCCI , FÁBIO FABRINI
O Estado de S. Paulo - 14/06/2012
 

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao Superior Tribunal de Justiça a abertura de inquéritos para investigar os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Gurgel quer apurar as suspeitas de envolvimento de ambos com Carlinhos Cachoeira. No caso de Queiroz, também será investigado se ele participou de supostas irregularidades na Anvisa.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a abertura de investigações contra os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). São três inquéritos, um contra o tucano e dois contra o petista. Gurgel quer apurar suspeitas de envolvimento de ambos com a organização chefiada pelo contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Em relação ao governador do Distrito Federal, Gurgel também pretende investigar se ele participou de supostas irregularidades na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Agnelo foi diretor do órgão durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2007 e 2010, deixando o cargo para concorrer ao Palácio do Buriti.
No caso de Perillo, a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, levantou inúmeras suspeitas, entre elas sobre a venda da casa em que vivia o governador e na qual Cachoeira foi preso, em fevereiro deste ano. O esquema de Cachoeira em Goiás envolveria pagamentos e tráfico de influência no governo em troca de nomeações e facilidades em contratos.
Conforme revelou reportagem do Estado, o jornalista Luiz Carlos Bordoni, que trabalhou na campanha do tucano, diz ter recebido pelos serviços de uma empresa fantasma usada no esquema de Cachoeira.
Assessores. A Monte Carlo apontou envolvimento de secretários e alguns dos principais assessores de Agnelo com o grupo de Cachoeira. Ex-chefe de gabinete do petista, Claudio Monteiro pediu demissão após a revelação de que teria recebido propina para favorecer o grupo. Ex-subsecretário de Esportes, João Carlos Feitosa, o Zunga, também é suspeito de receber da quadrilha. Nos áudios, é citado como porta-voz de supostos recados do próprio governador, um deles para falar com o contraventor.
Grampos da Operação Monte Carlo indicam ainda que a Delta Construções teria contribuído com a campanha de Agnelo, embora não conste nenhuma doação da declaração oficial ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O Ministério Público Federal suspeita de que o governador também tenha recebido vantagens de grupos farmacêuticos por sua passagem na Anvisa.
Daniel Almeida Tavares, lobista do laboratório União Química, acusou o governador de receber propina, quando diretor da Anvisa, para liberar licenças para a empresa. O suborno de R$ 50 mil teria sido pago em 2008, dos quais R$ 5 mil teriam sido depositados diretamente na conta do petista. Agnelo admite o depósito, mas sustenta que a quantia foi a devolução de um empréstimo feito a Tavares.
Reportagens do Estado também mostraram que Agnelo seria beneficiário de pagamentos do laboratório Hipolabor, investigado em Minas por fraudes. O nome dele aparece em agenda apreendida da diretoria da empresa, com registros de supostos repasses no valor de R$ 50 mil.
Conversas telefônicas autorizadas pela Justiça na Operação Panaceia indicaram que a indústria recorria a Rafael Barbosa, secretário de Saúde do DF e ex-diretor adjunto do petista na Anvisa, para acelerar demandas.
Também há suspeitas em relação à compra de uma mansão pelo governador numa área nobre em Brasília. A PGR analisa dados de quebra de sigilos que indicam evolução patrimonial de parentes do governador.
Há semanas, Gurgel preparava os pedidos de abertura de inquérito. Em abril, ele solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que mantivesse na Corte só as investigações contra o senador Demóstenes Torres (ex-DEM, sem partido-GO) e contra deputados por suspeita de envolvimento com Carlinhos Cachoeira. A intenção já era pedir a abertura de inquéritos para apurar as suspeitas contra os governadores. No Brasil, autoridades devem ser investigadas criminalmente em tribunais a partir da segunda instância. No caso de governadores, o responsável é o STJ.
Gurgel não se pronunciou ontem - o caso está sob sigilo. Ele estava internado em Brasília depois de passar por cirurgia ortopédica na terça-feira, por causa de um acidente doméstico.
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(*) Refrão de letra/música (sic).
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QUEM NÃO DEVE, NÃO TREME.

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AGNELO ABRE SIGILOS E PASSA NO TESTE DA CPI




AGNELO LEVA PERILLO A QUEBRAR OS SIGILOS
Autor(es): GABRIEL MASCARENHAS e JOÃO VALADARES
Correio Braziliense - 14/06/2012
 

Logo no início, o governador do DF pôs a oposição numa sinuca ao anunciar que autorizava a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico. No dia anterior, Marconi Perillo, de Goiás, se recusara a fazer o mesmo. Diante da decisão do petista Agnelo Queiroz, o tucano recuou e ligou para a CPI abrindo mão desses segredos. No depoimento de quase 10 horas, Agnelo voltou a negar qualquer ligação com a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Pelo contrário, disse: “A organização tramou a minha derrubada”. Oposicionistas também lançaram suspeitas sobre a compra da casa onde hoje vive o governador, que declarou já ter provado a lisura do negócio à Receita. A Procuradoria Geral da República pediu ao STJ a abertura de inquéritos contra Agnelo e Perillo.

Em depoimento à CPI do Cachoeira, governador do Distrito Federal autoriza a análise dos seus dados fiscais, bancários e telefônicos, e força o tucano a tomar a mesma decisão
Em um depoimento longo, com quase 10 horas de duração, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT-DF), apresentou logo nos primeiros minutos a sua estratégia na CPI do Cachoeira. Utilizando o velho ditado popular de "quem não deve não teme", informou à comissão que autorizava a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico. A iniciativa deixou a oposição numa sinuca de bico. Pressionado pelo gesto de Agnelo, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB-GO), ligou para o líder do partido na Câmara, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), comunicando que faria o mesmo.
Na última terça-feira, durante depoimento na CPI, Perillo havia se negado a abrir mão dos sigilos quando questionado pelo relator, deputado Odair Cunha (PT-MG). O político goiano salientou que a decisão não caberia a ele, mas, sim, aos integrantes da comissão.
"Sei que não é usual uma testemunha fazer o que peço. Mas ofereço dar a CPI todos os meus sigilos", afirmou Agnelo. O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) ressaltou que apenas a palavra do governador não valia. Pressionou para que ele assinasse um documento abrindo mão do sigilo. Agnelo aceitou a sugestão e assinou. Hoje, durante reunião administrativa da CPI, as duas quebras de sigilo vão ser oficializadas.
Bruno Araújo comentou que a atitude de Agnelo era "jogo de cena" porque ele já tinha disponibilizado a quebra do sigilo no Superior Tribunal de Justiça (STJ). "Não havia nem necessidade porque a CPI poderia solicitar o compartilhamento das informações. Ele autorizou um sigilo que já foi quebrado", salientou o deputado. O governador utilizou grande parte do tempo para dizer que sofreu um forte ataque da organização criminosa chefiada pelo bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, justamente porque a quadrilha não teria encontrado facilidades na sua gestão.
"A organização tramou a minha derrubada. E não agiu sozinha. Valeu-se das falsas acusações plantadas no noticiário. Tudo com o objetivo de desgastar e me retirar do Governo do Distrito Federal. Não conseguiram. Hoje, entendo por que o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) pediu meu impeachment na tribuna", afirmou o governador.
Para comprovar o que estava dizendo, Agnelo leu um trecho de uma conversa interceptada pela Polícia Federal em que o sargento reformado da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, reclama do tratamento dado pelo governo e afirma que, na gestão do governador, a quadrilha não conseguiu emplacar nem a nomeação de um gari.
Limpeza urbana
O governador deixou sem respostas perguntas sobre a compra de sua casa, por R$ 400 mil. Questionado sobre a forma de pagamento, com cheque ou transferência bancária, limitou-se a dizer que havia entregue à CPI declaração de Imposto de Renda. O deputado Carlos Sampaio afirmou que a quebra de sigilos oferecida à CPI abrangia as movimentações feitas pelo governador entre junho deste ano e junho de 2007 e, por isso, não alcançaria a compra do imóvel, que teria ocorrido em março de 2007.
Os oposicionistas questionaram a evolução patrimonial, que teria sido de 12 vezes desde 2008. O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) lembrou que ele havia processado um jornalista por ter publicado uma matéria em que dizia que Agnelo não teria lastro econômico para comprar a casa. De acordo com o deputado, por não ter justificado como havia adquirido o imóvel, a Justiça não deu ganho de causa ao governador. "Fui vítima de ataques violentos. Eu já provei na Receita Federal, uma das instituições mais sérias deste país, que tinha lastro, sim. Encaminhei ao jornalista meus dados bancários e minha declaração de Imposto de Renda. No entanto, utilizando de má-fé, ele não somou os meus rendimentos com o da minha mulher, que é uma ginecologista aposentada."
Em relação à Delta, empresa pivô do esquema de Cachoeira, Agnelo disse que a companhia tem contrato para limpeza urbana no Distrito Federal, assinado em 9 de dezembro de 2010, quando ainda não tinha assumido o poder. Ele ressaltou que, logo no primeiro mês de gestão, autorizou a realização de auditoria. O governador comunicou que não pediu prorrogação dos contratos da Delta. O compromisso será rompido em 10 dias porque a Delta teria utilizado um documento irregular no processo de licitação. Agnelo informou ainda que não tem nenhuma relação e nunca esteve com o dono da Delta, Fernando Cavendish, e também com o ex-diretor da construtora no Centro-Oeste Cláudio Abreu.
Sobre Cachoeira, o petista afirmou que se encontrou uma única vez com o bicheiro, em uma visita que fez como diretor da Anvisa ao laboratório Vitapan, de propriedade do contraventor. Nesse momento, o deputado Carlos Sampaio perguntou quem o convidou para a visita. Agnelo respondeu que foi a empresa.
"A organização tramou a minha derrubada. E não agiu sozinha. Valeu-se das falsas acusações plantadas no noticiário. Tudo com o objetivo de desgastar e me retirar do Governo do Distrito Federal"
Agnelo Queiroz, governador do DF
Com a sala da CPI lotada, depoimento foi transmitido em um telão
Dois intervalos
O depoimento do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), começou às 10h26 e terminou às 20h25. Ao longo das 10 horas de depoimento, que teve apenas dois pequenos intervalos, ambos de menos de cinco minutos, quase todos os parlamentares presentes pediram a palavra, diferentemente do que vinha ocorrendo na maior parte das outras sessões. Como de costume, oposição e base aliada gastaram mais tempo com ataques partidários do que com perguntas que tinham como objetivo a pura e simples apuração dos fatos.
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''


SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


14 de junho de 2012
O Globo

Manchete: Conferência tem mais de 20 grandes temas sem acordo
Clima, energia e pobreza dividem diplomatas de países ricos e emergentes

Sobram temas e falta consenso entre os diplomatas que negociam o texto final para a Conferência das Nações Unidas, a Rio+20, no Riocentro. Energia, clima, reforma do sistema financeiro e biodiversidade estão entre os grandes assuntos ainda em aberto. Em 81 páginas do documento que está em discussão, há 835 colchetes, o que, na linguagem da diplomacia, significa que ficam pendentes para serem resolvidos num segundo momento, como informam LIANA MELO e ELIANE OLIVEIRA. Mas o tempo está se esgotando. Tanta discordância já leva técnicos a apostar que será impossível fechar a última rodada de negociações até amanhã, como previsto. Boa parte da decisão final deverá mesmo ficar para os chefes de Estado e governo e chanceleres. A questão da erradicação da pobreza é outro tema polêmico: os EUA querem que se coloque a palavra “extrema” antes de pobreza. Já os países pobres e emergentes rechaçam a ideia. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)

Fotolegenda: Pronto para a batalha, navio do Greenpeace passa em frente a uma plataforma de petróleo, dentro da Baía de Guanabara, próximo a Ponte Rio-Niterói: fóssil x verde.

Um fundo de US$ 30 bi
A China e integrantes do chamado G-77 (grupo que reúne 130 países pobres e emergentes) podem criar fundo de US$ 30 bi anuais para financiar ações sustentáveis nas nações em desenvolvimento. A proposta facilitaria acordo no documento final da Rio+20. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)
Ana Cristina Barros
Representante da ONG The Nature Conservancy propõe tom conciliatório para implantar uma economia verde. Não adianta só pregar contra o capitalismo. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)
Sérgio Abranches
Em seis semanas em Nova York, países não conseguiram chegar a acordo que agora precisa ser arrancado em poucas horas nos bastidores do Riocentro. (Págs. 1 e Caderno Especial Rio+20)
Espanha cai mais; gregos correm para os bancos
Após o socorro de € 100 bilhões aos seus bancos, a Espanha foi rebaixada pela agência Moody’s, ficando só a um nível acima do risco especulativo. Os gregos, com a ameaça de o país sair do euro, estocam alimentos e sacam € 800 milhões por dia dos bancos. (Págs. 1, 21 e 22)
Galeão, mais uma vez, fica fora de anúncio de leilão (Págs. 1 e 25)


Estado do Rio quer vender 27 imóveis
O governo do Rio pedirá à Alerj autorização para vender 27 bens. Além do QG da PM, estão na lista dois batalhões e o complexo de delegacias do Leblon, que serão encolhidas, terreno na Lagoa e até apartamento em Niterói. A alegação é cortar gastos com espaços mal aproveitados. (Págs. 1 e 13)
MP pede a STJ para investigar Agnelo e Perillo
O procurador-geral da República pediu abertura de três inquéritos no STJ para investigar a ligação dos governadores Marconi Perillo (GO) e Agnelo Queiroz (DF) com o bicheiro Cachoeira. Agnelo ofereceu à CPI a quebra de seus sigilos, forçando Perillo a fazer o mesmo. (Págs. 1, 3 e 4)
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Folha de S. Paulo

Manchete: Propina liberou obra de shopping, acusa executiva
Ex-funcionária de incorporadora diz que empresa pagou R$ 1,6 mi para servidor de SP e vereador; acusados negam

Ex-diretora de empresa do grupo Brookfield disse à Folha e ao Ministério Público que a multinacional pagou R$ 1,6 milhão em propina para aprovar obras irregulares dos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista, relatam Rogério Pagnan e Evandro Spinelli.

Segundo Daniela Gonzalez, o dinheiro do suborno foi entregue a Hussain Aref Saab, ex-diretor do setor de aprovação de prédios da prefeitura, e ao vereador Aurélio Miguel (PR), que tem influência política na CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). (Págs. 1 e Cotidiano C1)

STF arquiva ação contra fundadores da Renascer (Págs. 1 e Poder A12)


Luiza Erundina é indicada a vice do PT em São Paulo
O PSB indicou a ex-prefeita Luiza Erundina, 77, para ocupar a vaga de vice na chapa do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. O anúncio deve sair amanhã. Aliados de José Serra (PSDB) preparam críticas à administração de Erundina, que se elegeu pelo PT em 1988. (Págs. 1 e Poder A10)
Rio+20: Emergentes propõem fundo de US$ 30 bi para ambiente
As negociações da Rio+20 começaram com uma proposta dos países em desenvolvimento para a criação de um fundo de US$ 30 bilhões por ano para o desenvolvimento sustentável. Segundo o texto, o dinheiro viria das nações desenvolvidas, que, em crise, devem se opor à proposta. (Págs. 1 e Cotidiano C11)
A CPI que bate palma para os seus investigados
A CPI criada para investigar a relação de políticos com o contraventor Carlinhos Cachoeira virou uma guerra de claques.

O governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), foi aplaudido pelos parlamentares governistas, que, em tese, investigam a suposta ligação de seu governo com Cachoeira. Tucanos já haviam feito o mesmo com o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). (Págs. 1 e Poder A8)

Proposta torna crime erro em pesquisa eleitoral (Págs. 1 e Poder A13)


Editoriais
Leia “Expansão digital”, sobre leilão da quarta geração de telefonia celular, e “Arrastão de inteligência”, acerca de crimes em bares e restaurantes. (Págs. 1 e Opinião A2)
Organização da Parada Gay questiona cálculo do Datafolha (Págs. 1 e Cotidiano C10)


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O Estado de S. Paulo

Manchete: Dilma prepara impulso para investimentos nos Estados
Presidente deve anunciar amanhã para governadores uma linha de crédito de R$ 10 bilhões do BNDES

A presidente Dilma Rousseff receberá os 27 governadores amanhã para anunciar novas medidas econômicas. A ideia é “mobilizar os Estados e garantir a ampliação do investimento público como ferramenta anticíclica contra a crise internacional”, disse o governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT). Dilma deverá anunciar crédito do BNDES superior a R$ 10 bilhões, e o Banco do Brasil entrou no filão de empréstimos aos governadores. Segundo interlocutores, a presidente está inconformada porque a economia não reage, apesar das medidas já anunciadas, e elegeu investimentos como “prioridade zero”. O governo vai baratear o financiamento de investimentos em infraestrutura com os Fundos de Desenvolvimento da Amazônia e do Nordeste. (Págs. 1 e Economia B1, B3 e B4)

Presidente ainda vê espaço para consumo
A presidente Dilma Rousseff disse que o governo continuará a incentivar o consumo como meio de impulsionar a economia. Ela disse que se “espanta" quando “dizem que o momento do consumo no Brasil já passou”. Segundo ela, ainda há demanda reprimida no País, pois “milhões e milhões de brasileiros não têm acesso a vários bens de consumo”. (Págs. 1 e Economia B4)
Procuradoria vai investigar governadores de GO e DF
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu ao Superior Tribunal de Justiça a abertura de inquéritos para investigar os governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT). Gurgel quer apurar as suspeitas de envolvimento de ambos com Carlinhos Cachoeira. No caso de Queiroz, também será investigado se ele participou de supostas irregularidades na Anvisa. (Págs. 1 e Nacional A4)

Quebra de sigilos vai a votação

A CPI do Cachoeira votará hoje os pedidos de quebra de sigilos bancário, fiscal e telefônico de Agnelo Queiroz e Marconi Perillo. A decisão ocorreu após Queiroz ter concordado em abrir dados. (Págs. 1 e A4)

Brasil quer que Rio+20 decida como custear economia verde
O negociador-chefe do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo Machado, afirmou ontem, na abertura da Rio+20, que há espaço para confiança de que a conferência terá resultado satisfatório. Ele declarou, porém, que um dos pontos que devem requerer mais esforços diplomáticos é encontrar mecanismos para financiar a transição para uma economia verde. O Brasil vai propor a criação de um fundo internacional. (Págs. 1 e Vida A20 a A23)
Dilma Rousseff
Presidente

“Não consideramos que o respeito ao meio ambiente só se dá em fase de expansão do ciclo econômico”

Fotolegenda: Tribo
Índios chegam à Aldeia Kari-Oca, montada em Jacarepaguá para a participação deles na Rio+20.

Erundina será indicada para vice na chapa de Haddad
A ex-prefeita e deputada Luiza Erundina (PSB) será indicada para a vaga de vice-prefeito na chapa de Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura, informam Fernando Gallo e Julia Duailibi. O anúncio deve ser feito amanhã em evento do qual participarão o ex-presidente Lula e o presidente do PSB e governador, Eduardo Campos. Erundina disse que “o diretório nacional está fazendo a discussão”. (Págs. 1 e Nacional A11)
EUA extraviam passaportes de brasileiros
Passaportes de brasileiros que pediram visto para os EUA sumiram do consulado em São Paulo. O consulado diz que são “menos de 400” os documentos extraviados. Agentes da PF falam em até 700. (Págs. 1 e Cidades C5)
Atentados em série matam 84 no Iraque (Págs. 1 e Internacional A12)


Popularidade de Obama é a mais baixa no ano (Págs. 1 e Internacional A17)


Fernando Reinach
Balança comercial

Um grupo de cientistas conseguiu mapear o impacto do comércio internacional sobre o risco de extinção de espécies ameaçadas. (Págs. 1 e Vida A23)

Dora Kramer
Concorrência salutar

O embate entre PT e PSDB muda o roteiro original, que parecia fadado a produzir uma conta de soma zero, e leva luz aos trabalhos da CPI. (Págs. 1 e Nacional A6)

Notas & Informações
Mais confusões de Dilma

O País se defronta com uma crise e a presidente discorre sobre problemas com chavões de comício. (Págs. 1 e A3)

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Correio Braziliense

Manchete: Agnelo abre sigilos e passa no teste da CPI
Logo no início, o governador do DF pôs a oposição numa sinuca ao anunciar que autorizava a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico. No dia anterior, Marconi Perillo, de Goiás, se recusara a fazer o mesmo. Diante da decisão do petista Agnelo Queiroz, o tucano recuou e ligou para a CPI abrindo mão desses segredos. No depoimento de quase 10 horas, Agnelo voltou a negar qualquer ligação com a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Pelo contrário, disse: “A organização tramou a minha derrubada”. Oposicionistas também lançaram suspeitas sobre a compra da casa onde hoje vive o governador, que declarou já ter provado a lisura do negócio à Receita. A Procuradoria Geral da República pediu ao STJ a abertura de inquéritos contra Agnelo e Perillo. (Págs. 1 e 2 a 7)
Meio Ambiente: Como a Rio+20 afeta a sua vida
Muita gente nem sabe. Mas tudo o que faz — tomar banho, dirigir, cozinhar… — influi na natureza. A conferência que começou ontem no Rio e reúne líderes de 193 países vai discutir ações para preservar o planeta. (Págs. 1, 10, 12 e 13)
Servidores: Reajuste para deter grevistas
Governo desiste de cortar salário de médicos. E acena com novo plano de carreira para professores de federais, em greve há quase um mês. Além deles, só militares e o pessoal do Judiciário devem ter aumento. (Págs. 1, 15 e 16)
Lula é internado e faz exame antes de ir ao Recife (Págs. 1 e 9)


Fumou no voo e acabou preso
Brasiliense é detido pela PF após descer do avião em Natal. Com sinais de embriaguez, ele se trancou no banheiro a acendeu pelo menos três cigarros. (Págs. 1 e 29)
Nota baixa
UnB cai 14 posições em ranking de qualidade do ensino. (Págs. 1 e 31)
Sem acesso
Cegos têm dificuldade para fazer inscrição no site do Enem. (Págs. 1 e 32)
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Valor Econômico

Manchete: União e Estados negociam tributos e investimentos
O governo costura acordos em várias frentes com os Estados, que podem resultar na aprovação de uma reforma tributária restrita e em maiores investimentos estaduais para revigorar a economia. A face visível dessa operação aparecerá na sexta-feira, na reunião da presidente Dilma Rousseff com os governadores.

A pressão do Supremo Tribunal Federal — que ameaça derrubar todos os incentivos fiscais concedidos sem prévia aprovação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) — contribuiu para esse roteiro. Os secretários de Fazenda discutem uma saída e ela pode desembocar na reforma do ICMS, algo que União e Congresso tentam fazer desde 1995. (Págs. 1, A2 e A3)

Ceticismo marca início de discussões na conferência
O ceticismo marcou o início das negociações do principal documento da conferência da Organização das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, a Rio+20, que começou ontem. As principais dúvidas recaem sobre a implementação das decisões, quem pagará a conta do desenvolvimento sustentável e quem vai transferir tecnologia.
Proposta do G-77, de criação de um fundo de US$ 30 bilhões a ser aplicado anualmente a partir de 2017 para financiar o desenvolvimento sustentável, é rejeitada pelos países ricos. O G-77, ao qual está se juntando a China, defende que o fundo seja suprido com recursos novos e adicionais aos repasses já previstos para cooperação internacional. (Págs. 1 e A6)

Projeto de lei libera compra de terras por estrangeiros
Companhias brasileiras controladas por capital estrangeiro podem ser liberadas para adquirir grandes extensões de terra no Brasil, conforme relatório aprovado ontem pela Comissão de Agricultura da Câmara.

O texto substitutivo do deputado Marcos Montes (PSD-MG), que derrotou o relatório original de Beto Faro (PT-PA), excluiu as restrições atuais, que limitam essas aquisições a um teto em operações de compra e arrendamento. O parecer foi apoiado pela bancada ruralista, contra a vontade do governo. (Págs. 1 e A9)

Fotolegenda: Fé na recuperação
André Gerdau discorda de que haja crise global. Os EUA deverão crescer 2,1% e no Brasil o desempenho será melhor no 2º semestre. "Até agora, está bem contida na zona do euro". (Págs. 1 e B6)
P&G corre para expandir a produção
As vendas da Procter & Gamble cresceram mais de 30% no Brasil entre janeiro e março, período que mostrou uma quase estagnação da economia brasileira. A companhia americana investe para ampliar a produção em diferentes regiões do país — em São Paulo, no Rio e no Amazonas. A multinacional, que nos últimos três anos dobrou o número de funcionários para 5 mil, está usando quase a totalidade de sua capacidade instalada.

Sobre o setor de fraldas, que a P&G lidera com 30% das vendas, seu presidente Tarek Farahat, diz que “os clientes não estão satisfeitos porque não estamos abastecendo o mercado de forma suficiente”. Segundo ele, a expansão no Brasil se dá pelo aumento no volume de vendas e pela sofisticação do consumo, com produtos de preços mais altos. (Págs. 1 e B1)

Seca leva Raízen a avaliar megaprojeto de irrigação
Diante de intempéries climáticas que se repetem há pelo menos três safras consecutivas em suas áreas de cana, a Raízen, maior empresa sucroalcooleira do país, avalia implantar sistemas de irrigação nos canaviais de seis usinas paulistas, segundo o vice-presidente de Açúcar e Etanol da empresa, Pedro Mizutani. Se o projeto vingar, abrangerá 160 mil hectares, entre plantio próprio e de fornecedores, no que seria a maior área de cana irrigada do Brasil.

Comprovada a viabilidade do projeto, os investimentos podem atingir US$ 480 milhões (US$ 3 mil por hectare), que serão divididos pela empresa e seus fornecedores. A implementação total nas seis usinas levaria cinco anos. Um projeto-piloto começou a ser desenvolvido na usina Gaza, em Andradina (SP). (Págs. 1 e B16)

Renault e Nissan crescem em mercado desacelerado
A aliança Renault-Nissan passa por seu melhor momento no Brasil. Em meio ao desempenho negativo das montadoras, a dupla nipo-francesa é a única que tem conseguido melhorar as vendas entre as maiores empresas do setor instaladas no país.

Impulsionada pelo sucesso do compacto March, a Nissan mais do que dobrou as vendas neste ano e alcançou fatia de mercado de 3,5%. Já a Renault cresce a um ritmo de 30% ao ano e se consolida como a quinta marca. Juntas, têm mais de 10% de participação e ultrapassam a quarta colocada, a Ford (9,4%). A boa performance reflete a decisão de explorar os segmentos mais populares e de expandir a rede de distribuição. “A Nissan sempre foi muito focada em produtos de alto valor agregado. O acerto da marca foi apostar também no mercado de compactos e sedãs pequenos”, diz Raphael Galante, analista da Oikonomia, consultoria especializada no mercado automotivo. (Págs. 1 e B10)

Ações e bônus de bancos menores caem
Ações e papéis emitidos por bancos de pequeno e médio portes têm registrado perdas desde a intervenção do Banco Central no Cruzeiro do Sul, há dez dias. Das 14 instituições desse segmento listadas na bolsa, l0 já estão com o preço da ação abaixo do valor patrimonial. Entre os títulos emitidos no mercado internacional, quase metade é negociada com desconto sobre o valor de face.

Há outros fatores que explicam o desempenho fraco, como o menor crescimento da economia, o aumento da inadimplência e a aversão dos investidores a risco, mas tem prevalecido o receio de risco sistêmico, especialmente dos bancos que atuam com pessoas físicas, nicho do Cruzeiro do Sul. (Págs. 1 e C1)

Protecionismo e lei cambial alteram cotidiano argentino (Págs. 1 e B14)


Onda do etanol começa a arrefecer nos Estados Unidos (Págs. 1 e B16)


Gregos se preparam para o pior
Temendo o futuro do país na zona do euro, os gregos estão correndo aos caixas eletrônicos e estocando comida em casa. A sangria nos bancos chega a € 800 milhões por dia. (Págs. 1 e A11)
China Telecom no Brasil
A China Telecom, maior operadora de telefonia fixa da China, abre escritório em São Paulo para prestar serviços de internet, dados e terceirização. O alvo inicial são as empresas chinesas no Brasil. (Págs. 1 e B3)
4G arrecada R$ 2,9 bi
Os leilões da quarta geração de telefonia celular propiciaram uma arrecadação de R$ 2,9 bilhões, com ágio de 31% sobre o preço mínimo proposto em edital. O governo estima que os investimentos poderão chegar a R$ 3 bilhões por ano. (Págs. 1 e B3)
Celulares mudos
Pesquisa da consultoria CVA Solutions com 7,2 mil donos de celulares pós e pré-pagos mostra que 70% trocariam de operadora por estarem insatisfeitos com a qualidade dos serviços. Maior queixa é a falta de sinal. (Págs. 1 e B3)
Fundos de Investimento
A indústria de fundos de investimento não tem medo da queda do juro real. Desde que ela seja durável. “A pior situação é a instabilidade dos juros”, diz Denise Pavarina, da Anbima. “Agora é a hora de mostrar todo o potencial e criatividade dos gestores”. (Págs. 1 e Caderno Especial)
Energia Isolada
A Dobrevê concluiu a construção de Morro dos Ventos, no Rio Grande do Norte, seu primeiro parque eólico, cuja energia foi vendida no leilão de fontes renováveis em 2009. O início da operação depende das linhas de transmissão, que estão atrasadas. (Págs. 1 e B11)
Expansão da lavoura
Impulsionada pela expansão da soja, da cana e do milho, a área total plantada com lavouras no Brasil deverá avançar 10,7% nos próximos dez anos e chegar a 71,9 milhões de hectares na safra 2021/22. (Págs. 1 e B13)
Porto Seguro
Os grandes bancos brasileiros não enfrentam problemas para acessar o mercado externo para captar recursos. Ao contrário, os investidores é que começam a correr para esses papéis, fugindo dos títulos de instituições europeias. (Págs. 1 e C7)
União abre mão de dívidas de R$ 20 mil
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) deixará de apresentar defesa em execuções contra a União com valor igual ou inferior a RS 20 mil. O mesmo teto já era aplicado em ações de cobrança contra os contribuintes. (Págs. 1 e E1)
Ideias
Cristian Klein

Dos mandatários desde a redemocratização, apenas FHC tenta emular o espírito de estadista. Lula voltou à planície. (Págs. 1 e A10)
George Soros

Nos anos 80, a América Latina sofreu uma década perdida e um destino semelhante aguarda agora a Europa. (Págs. 1 e A13)

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