A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
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sexta-feira, dezembro 16, 2011
CRISE ECONÔMICA [in:] CAUSAS E EFEITOS (?)
O ovo da serpente
Autor(es): Frei Betto |
Correio Braziliense - 16/12/2011 |
Escritor, é autor, em parceria com Marcelo Gleiser e Waldemar Falcão, de Conversa sobre fé e ciência (Agir), entre outros livros. --- Não é preciso ser economista para perceber a grave turbulência que afeta a economia globalizada. Se a locomotiva freia, todos os vagões se chocam, contidos em seu avanço. E o Brasil, apesar do PIB de US$ 2,5 trilhões, ainda é vagão. Todo ano, desde 1980, cumpro a maratona de uma semana de palestras na Itália. Desde o início deste novo milênio eram evidentes os sintomas de que a próxima geração não desfrutará do mesmo nível de bem-estar dos últimos 20 anos. Nenhuma economia podia suportar tamanho consumismo e a monopolização crescente da riqueza. Agora, a realidade o comprova. A carruagem da Cinderela virou abóbora. A União Europeia patina no pântano. Muitas são as causas da atual crise econômica. Apontá-las com precisão é tarefa dos economistas que não cultivam a religião da idolatria do mercado. Como leigo no assunto, arrisco o meu palpite. Desde os anos 80 do século passado, a especulação se descolou da produção. O mundo virou um cassino global. Sem passaporte e sem vistos, bilhões de dólares trafegam livremente, dia e noite, em busca de investimentos rentáveis. Enquanto o PIB do planeta é de US$ 62 trilhões, o cacife do cassino é de US$ 600 trilhões. A famosa bolha... Haja papel sem lastro! A lógica do lucro supera a da qualidade de vida. A estabilidade dos mercados é, para os governos centrais, mais importante que a dos povos. Salvar moedas, e não vida humanas. Todos sabemos como a prosperidade da Europa ocidental foi alcançada. Para se evitar o risco do comunismo, implantou-se o Estado de bem-estar social. Combinaram-se Estado provedor e direitos sociais. Reduziu-se a desigualdade social, e as famílias de trabalhadores passaram a ter acesso a escolaridade, assistência de saúde, carro e casa própria. Em contrapartida, para não afetar a robustez do capital, desregularam-se as relações de trabalho, desativou-se a luta sindical, sepultou-se a esquerda. Tudo indicava que a prosperidade, que batia à porta, viera para ficar. Não se deu a devida importância a um pequeno detalhe aritmético: se há duas galinhas para duas pessoas, e uma se apropria das duas, a outra fica a ver navios. E quando a fome bate, quem nada tem invade o espaço de quem muito acumulou. Assim, os pobres do mundo, atraídos pelo novo eldorado europeu, foram em busca de um lugar ao sol. Ótimo, a Europa, como os EUA, necessitava de quem, a baixo custo, limpasse privadas, cuidasse do jardim, lavasse carros... A onda migratória viu-se reforçada pela queda do Muro de Berlim. A democracia política chegou ao leste europeu desacompanhada da democracia econômica. Enquanto milhares tomaram o rumo de uma vida melhor no Ocidente, seus governos acreditaram que, para chegar ao paraíso, era preciso ingressar na Zona do Euro. A Europa entrou em colapso. A culpa é de quem? Ora, crime de colarinho branco não tem culpado. Quem foi punido pela crise norte-americana em 2008? Os desmatadores do Brasil não estão sendo anistiados pelo novo Código Florestal? Culpados existem. Todos, agora, se escondem sob a barra da saia do FMI. E nós, brasileiros, sabemos bem como esse grande inquisidor da economia pune quem comete heresias financeiras: redução do investimento público, arrocho fiscal, desemprego, aumento de impostos, corte de direitos sociais, punição a países com deficit público etc. O descaramento é tanto que o pacote do FMI inclui menos democracia e mais intervencionismo. Quando Papandreou, primeiro-ministro da Grécia, propôs um plebiscito para ouvir a voz do povo, o FMI vetou a proposta, depôs o homem e nomeou Papademos, um tecnocrata, para o seu lugar. Também o governo da Itália foi ocupado por um tecnocrata. Como se o fim da crise dependesse de uma solução contábil. A história recente da Europa ensina que a crise social é o ovo da serpente — chocado pelo fascismo. Sobretudo quando a crise não é de um país, é de um continente. Não adianta mobilizações em um país, é preciso que elas se expandam por toda a Europa. Mas como, se não existem sindicalismo combativo nem partidos progressistas? As mobilizações tipo Ocupe Wall Street servem para denunciar, não para propor, se não houver um projeto político. Quem se queixa do presente e teme o futuro, corre o risco de se refugiar no passado — onde se abrigam os fantasmas de Hitler e Mussolini. --- |
''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS |
16 de dezembro de 2011
O Globo
Manchete: País continua sem planos para enfrentar temporais
O Ministério da Integração Nacional identificou 251 municípios onde há áreas com riscoelevado de desastres provocados pelas chuvas de verão, que ontem castigaram São paulo e Belo Horizonte. Do total das cidades, porém, apenas 56 já foram mapeadas para identificar bairros vulneráveis e remover moradores. O ministro Fernando Bezerra admitiu a demora e disse que só conseguirá ter informação de todas até 2014. O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, reconheceu que o governo não será capaz de impedir mortes por causa das chuvas neste e nos próximos verões. (Págs. 1 e 3)
Obras do metrô interditarão Leblon
Responsável por levar o metrô de Ipanema até a Barra, o estado anunciou ontem que as obras no Leblon começam em fevereiro, com interdições de trechos de vias importantes como a Ataulfo de Paiva, que ficarão com meia pista livre, só para ônibus. A prefeitura ainda estuda rotas alternativas. No período das interdições, que pode durar meses, os moradores serão proibidos de usar suas garagens. O estado planeja custear estacionamentos próximos e manobristas. (Págs. 1 e 22)
'Deixa eu pensar um pouquinho e responder'
França: Justiça condena Chirac por corrupção
Governo sobe lance mínimo para aeroporto
Argentina obtém fotos de voos de morte
Cristina aprova lei contra jornais
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Folha de S. Paulo
Manchete: EUA selam saída oficial do Iraque
Uma cerimônia militar sóbria em uma base americana em Bagdá selou o fim da Guerra do Iraque. Foram oito anos, oito meses, 26 dias e pelo menos 119 mil mortos.
Em solenidade de 45 minutos, as bandeiras dos EUA foram descidas e empacotadas na presença do secretário da Defesa, Leon Panetta, ao som do hino americano. Nenhum dirigente iraquiano compareceu à cerimônia. (Págs. 1 e Mundo A14)
Análise/Sérgio Dávila
Depoimento/Juca Varella
Opinião/Igor Gielow
Câmara argentina dá ao governo poder sobre papel-jornal
Em editorial, o diário "La Nación" criticou a hostilidade contra a liberdade de imprensa. O Senado deve aprovar o projeto hoje. (Págs.1 e Mundo A18)
Concessão de aeroportos vai exigir atuação de estrangeiros
O valor mínimo dos lotes subiu de R$2,9 bilhões para R$5,5 bilhões. O leilão será em 6 de fevereiro. (Págs. 1 e Mercado B9)
Dilma sanciona lei que proíbe fumo em lugar fechado no país
Por falta de regulamentação, ainda não estão definidas as punições em caso de infração. O Ministério da Saúde pretende detalhar a lei até março. (Págs. 1 e Cotidiano C1)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: EUA encerram Guerra do Iraque sem citar 'vitória'
Com uma cerimônia discreta em Bagdá e sem festejos e Washington, os EUA declaram ontem, formalmente, o fim da Guerra do Iraque. O conflito, o mais controverso envolvendo os EUA desde o Vietnã, custou US$1,267 trilhão ao contribuinte americano e 4.483 vidas de militares do país. Cerca de 115,5 mil civis iraquianos foram mortos no período - boa parte em confrontos sectários. "Depois de muito sangue americano e iraquiano derramado, a missão de um Iraque capaz de governar e prover segurança a si mesmo tornou-se real", Leon Panetta. Ele disse que os americanos vão se manter "ao lado do povo iraquiano". A Casa Branca evitou usar a palavra "vitória". (Págs. 1, Internacional A17 e A18)
Leon Panetta
Secretário da Defesa dos EUA
"Deixe-me ser claro: o Iraque será testado nos dias que vêm pela frente" (Págs. 1)
São Paulo cria outra Comissão da Verdade
Kassab suspende contrato para aluguel de tablet
Pimentel. na Suíça, falta a reunião da OMC
Bebida com metanol mata mais de 140 na Índia (Págs. 1 e Vida A23)
Megaoperação contra jogo do bicho prende 40 no Rio (Págs. 1 e Cidades C4)
Bruce Ackerman
São espantosas as semelhanças entre as atuais discussões e negociações na Europa e a fundação dos Estados Unidos da América. (Págs. 1 e Visão Global A20)
Notas & informações
A lentidão do Supremo em levar o caso a um desfecho equivale a uma forma de impunidade. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense
Manchete: Justiça rebaixa 91 PMs promovidos por Rosso
Aeroporto JK será privatizado em fevereiro (Págs. 1 e 14)
EUA anunciam o fim da Guerra e a retirada de tropas do Iraque (Págs. 1 e 18)
Ex-presidente Francês, Chirac é condenado por corrupção (Págs. 1 e 19)
Crise: BC faz leilão para evitar falta de dólar
Salário: Senado prevê reajuste de 5% ao Judiciário
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Valor Econômico
Manchete: IBGE refaz cálculos e pode mudar royalties do petróleo
A amazonense Wasmália Bivar, primeira mulher a presidir o órgão responsável pelo cálculo das estatísticas oficiais do país, disse que em 2012 o instituto vai procurar alternativas para, com base nos avanços tecnológicos, refazer os "procedimentos" que desde 1986 definem a repartição dos royalties. Naquela oportunidade, lembra, o IBGE teve 30 dias para definir os limites, torná-los públicos e adotá-los. As regras atuais, admite, geram críticas e pressões por mudanças. "Recebemos algumas reclamações de municípios insatisfeitos com a aplicação desses procedimentos e alguns já estão chegando ao Supremo Tribunal Federal" acrescenta. O que pretendemos é começar, no próximo ano, a analisar alternativas, que certamente existem, aos procedimentos adotados em 1986". (Págs. 1 e A16)
Como a Techint planeja influir na Usiminas
O fechamento do negócio, que custou R$ 5,03 bilhões e um prêmio de 83% sobre o valor da ação ordinária (ON) em bolsa, está previsto para 16 de janeiro. Diretamente e por meio das controladas Ternium, de Luxemburgo, e TenarisConfab, do Brasil, o grupo Techint, da família Rocca, adquiriu 27,7% das ONs da Usiminas. (Págs. 1 e B7)
Troca do ICMS terá custo moderado para a União
O primeiro valor se refere à soma dos aportes anuais que o Tesouro terá de fazer para compensar os Estados que perderão receitas, caso a transição de um regime para outro dure cinco anos e a alíquota interestadual do ICMS seja reduzida e unificada em 2%. Atualmente, existem duas alíquotas, de 12% e 7%. O segundo valor é a soma dos aportes se o prazo de transição for de dez anos. (Págs. 1 e A11)
Número de milionários no Brasil vai dobrar até 2016
A previsão é de que quase 500 mil novos milionários entrem no mercado até lá, elevando o total de 319 mil para 815 mil em quatro anos. Nas estimativas do Credit Suisse, o Brasil terá uma das maiores taxas de crescimento de milionários do mundo no período, com 155% de aumento, perdendo só para África do Sul, com 242%, e Egito, com 197%. (Págs. 1 e D2)
Sem Banco Postal, Bradesco acelera 'plano B'
Em cidades onde o banco não tem agências, para cada posto do Banco Postal que deixará foram abertas pelo menos duas unidades do Bradesco Expresso, rede de correspondentes bancários. Em algumas delas, a movimentação é três vezes maior que na rede postal. (Págs. 1, C1 e C3)
'Super Mario', um italiano germânico
No cargo desde novembro, Draghi é, na verdade, dono de uma biografia que esvazia o preconceito inspirado na ideia de que um italiano à frente do BCE poderia ser a receita para o desastre. Defensor ferrenho e executor das privatizações em seu país, além de apóstolo da austeridade fiscal como condição basilar do crescimento econômico, no Brasil ele seria tachado facilmente de "neoliberal". Agora no BCE, onde chega em meio a ameaças de quebra de bancos e países, de desintegração da União Europeia e do fim do euro, Draghi diz não acreditar em solução rápida para a crise. Entende que as coisas se resolverão aos poucos, a partir do esforço de cada país envolvido. O Draghi de quem os alemães desconfiam mostra-se cada vez mais germânico. É o "Super Mario", apelido que ganhou pela austeridade com que conduziu as finanças da Itália por uma década. (Págs. 1 e Eu & Fim de Semana)
Produtos da China que usam mão de obra intensiva deixaram de ser pechinchas (Págs. 1 e A13)
Com ações em queda, setor de mineração foca o longo prazo (Págs. 1 e B11)
Intel Capital assume participação na Pixeon, diz David Thomas (Págs. 1 e B2)
Guarulhos sem desafogo
Empreendedor qualificado
Abril Educação avalia aquisições
Atlântica Brasil busca sócio em SC
Tombamento da Casa de Pedra
Goiás abre mão da Celg
Nacionalização da produção
Grupo Ultra mira os EUA
Ideias
A aceleração do PAC não será suficiente para levar o crescimento da economia para a casa dos 3,5% a 4% em 2012. (Págs. 1 e A2)
Ideias
Há exemplos de que a austeridade, e não os gastos, pode trazer a recuperação econômica de volta mais rápido. (Págs. 1 e A11)
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