PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quinta-feira, novembro 08, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] OS PÁSSAROS



[Chargistas: Pádua, Willy].

RENAN CALHEIROS: UMA "LYRA" NAS ONDAS DO RÁDIO...

Usineiro acusa Renan: propina de R$ 500 mil

Documento entregue ontem pelo usineiro João Lyra ao Conselho de Ética relata com detalhes a história de um suposto pagamento de R$ 500 mil, a título de pedágio para facilitar a regularização pelo Senado da concessão de uma rádio, ao então presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). A rádio foi comprada por Lyra de um pastor evangélico para suprir a perda de outra emissora, que teria ficado com Renan quando os dois dissolveram uma sociedade oculta - a JR.
A denúncia é um dos pontos mais contundentes na petição, com 14 páginas, entregue ao senador Jefferson Peres (PDT-AM). Ele é é o relator do processo em que Renan é acusado de ter comprado rádio e jornal em sociedade com o usineiro e registrado as empresas em nome de laranjas.
O ‘pedágio’ teria sido pago a um intermediário, o empresário Tito Uchoa, apontado por Lyra como o representante de Renan. No jargão das transações ocultas, Uchoa seria o laranja que, conforme o documento, recebeu a quantia em parcelas em nome do peemedebista. A confirmação da renovação ocorreu em 2005, quando Renan presidia o Senado. Lyra - que já havia contado o caso ao corregedor da Casa, Romeu Tuma (PTB-SP) - teria adquirido uma rádio mais barata, mas com a concessão vencida. No relato, Lyra diz que “adquiriu outra rádio e foi compelido por Calheiros a pagar R$ 500 mil pela renovação da concessão perante o Senado. Lyra reafirmou que mantinha uma união societária em torno de uma rádio e de um jornal, na qual Renan seria sócio oculto. Ele explicou que a sociedade fora batizada de JR em homenagem aos dois sócios : “J” de João e “R” de Renan.
Segundo Lyra, tudo começou em 1998, quando o empresário Nazário Pimentel ofereceu suas empresas (rádio e jornal) a Renan. De acordo com o documento, para viabilizar a compra dos veículos de comunicação, Renan buscou a parceria de Lyra. Na época, os dois tinham uma relação próxima. Cada um teria pago a metade da aquisição. Com o fim da sociedade, Lyra ficou com o jornal e Renan, com a rádio. Se confirmada a denúncia, o relator Peres pode pedir no Conselho de Ética a cassação do senador por quebra de decoro.
O Estadão, 0811.

CPMF & GOVERNO LULA: PARTIDOS & POLÍTICOS [FIÉIS AO UMBIGO]


Guardada a sete chaves pelo governo, a planilha de votação da CPMF explica a reverência devotada pelo Planalto ao oposicionista PSDB. O consórcio que dá suporte a Lula no Congresso tem 53 senadores. São quatro votos a mais do que os 49 necessários à renovação do imposto do cheque. O problema é que há na lista dois dissidentes conhecidos e três potenciais traidores menos badalados. Confirmando-se as cinco defecções, a CPMF seria mandada para o beleléu.
Os dissidentes manjados são Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Mão Santa (PMDB-PI).
Os quintas-colunas potenciais são Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), Geraldo Mesquita (PMDB-AC) e Expedito Júnior (PR-RO). O governo já jogou a toalha nos casos de Jarbas e Mão Santa. Não desistiu, porém, dos outros três. Nas próximas semanas, pretende exceder-se nos afagos. Faz, no momento, um levantamento das emendas que cada um injetou no Orçamento. Mapeia, de resto, reivindicações que por ventura tenha deixado de atender num ou noutro ministério. Mozarildo mostra-se, por ora, pouco suscetível a abordagens. Mede forças na política de Roraima com Romero Jucá (PMDB-RR), o líder de Lula no Senado. Em Brasília, tende a postar-se sempre no campo oposto ao do rival. As ameaças de Mesquita e Expedito, porém, são vistas como meras tentativas de “valorizar o passe”, na expressão de um dos operadores do Planalto.
Devolvido ao varejo dos pequenos -e grandes- favores e submetido, de novo, à contabilidade apertada, o governo foi surpreendido por uma outra novidade. Um princípio de incêndio que, se não for debelado, pode converter-se no Waterloo da emenda da CPMF. Dono de cinco preciosos votos no Senado, o PDT passou a condicionar o apoio ao imposto do cheque a duas reivindicações gerais e a uma exigência específica.
As gerais: o partido avisou ao ministro Guido Mantega (Fazenda) que só aprova a CPMF se o governo reduzir a alíquota da contribuição, hoje em 0,38%, e apresentar um plano de contenção dos gastos correntes da União. Agora, a condicionante específica: Cristovam Buarque (PDT-DF) condiciona o seu voto à separação entre a CPMF e uma outra encrenca chamada DRU (Desvinculação das Receitas da União). A DRU permite ao governo reter 20% de todas as verbas públicas que têm algum tipo de vinculação constitucional. Inclusive o dinheiro destinado à Educação, uma área cara a Cristovam. O senador chama de “roubo” o naco do orçamento arrancado da Educação e transformado em caixa do Tesouro. E diz que, se a DRU for mantida na emenda da CPMF, vai votar contra.
Não é só: o senador César Borges (BA), seduzido pelo governo a trocar o oposicionista DEM pelo governista PR, meteu-se, nos bastidores, numa negociação com o seu antigo partido. Preocupado com o risco de perda do mandato, ele acena com a hipótese de votar contra a CPMF caso o DEM, em troca, desista de reivindicar o seu mandato na Justiça Eleitoral, por conta da infidelidade.
Há mais: o governo não tem convicção quanto ao voto de Pedro Simon (PMDB-RS). O Planalto acha que, naquela hora em que a onça bebe água, Simon vai votar a favor da CPMF. Mas o senador faz mistério. O silêncio de Simon inquieta tanto o governo quanto a oposição, que, até bem pouco, dava o voto dele como vela certa no túmulo do imposto do cheque.Às voltas com tantas interrogações, o governo trama em segredo investidas na seara da oposição. Quer conquistar entre três e quatro votos de tucanos e ‘demos’. A cúpula do PSDB rumina dúvidas em relação à fidelidade da tucana Lúcia Vânia (GO). O DEM remói internamente os receios em relação a dois votos: Jaime Campos e Jonas Pinheiro, ambos de Mato Grosso. Ainda que Lúcia, Jaime e Jonas decidam pular a cerca, as contas do Planalto continuarão apertadas, muito apertadas, apertadíssimas.
Tudo considerado, tem-se no Senado um cenário muito diferente do que se verificou na Câmara. Entre os deputados, o governo prevaleceu na base da fisiologia. Não precisou negociar nada além de cargos e verbas. Entre os senadores, além de arrostar um segundo round de demandas fisiológicas, o Planalto terá de ceder na essência. Na negociação com o PSDB, levou à mesa concessões que, mesmo depois de o tucanato ter roído a corda, não podem mais ser arrancadas da pauta. E, se quiser assegurar os votos de senadores como os do PDT, talvez tenha de conceder algo mais além de emendas orçamentárias e vagas no organograma estatal.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online, 0811.

CPMF NO SENADO: PRESSÃO DE GOVERNADORES

Planalto mapeia perdas de Estados para forçar tucanos a apoiar CPMF

Depois do recuo do PSDB, o governo deflagrou ontem uma ofensiva para pressionar os governadores e buscar no Senado os votos que faltam para a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) até 2011. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, mandou distribuir entre os senadores uma planilha com os recursos do imposto do cheque repassados indiretamente aos Estados, entre janeiro e setembro. Mais do que um inventário, ele detalhou a ameaça que o Planalto faz aos governadores, caso a CPMF não seja mantida. Pelos cálculos, São Paulo recebeu nesse período R$ 3,77 bilhões dessa fonte, indicando rombo similar em 2008, se não houver o tributo. A planilha mostra que Minas ganhou R$ 1,61 bilhão da CPMF e o Rio Grande Sul, outro R$ 1,05 bilhão. Alagoas recebeu R$ 213 milhões. Os governadores desses quatro Estados são do PSDB, cuja bancada no Senado decidiu votar em bloco contra a manutenção do tributo, após rejeitar proposta do governo.
O dinheiro arrecadado com a CPMF não é repassado diretamente, mas aplicado em despesas e ações do governo federal nos Estados. Nesse jogo de pressão, a planilha com as eventuais perdas foi distribuída para tentar convencer os senadores de que a ameaça é real. Mantega decidiu atacar também "no varejo". A estratégia é reforçar os contatos individuais com os senadores, com o apoio dos governadores do PSDB, e buscar uma coesão forte da base aliada, sobretudo com a bancada do PMDB (leia na página A5). O líder peemedebista, Valdir Raupp (RO), e o senador Pedro Simon (PMDB-RS) participaram ontem de reuniões no Ministério da Fazenda. Também esteve presente Aod Cunha de Moraes, secretário de Fazenda do Rio Grande do Sul - Estado governado pela tucana Yeda Crusius, que está pedindo ajuda da União para enfrentar graves problemas financeiros. O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) foi convidado ontem para assistir a uma "aula" sobre CPMF, quando lhe foi apresentada a planilha de perdas dos Estados. "Não tem como não aprovar a CPMF. O senador que representa um Estado e não aprovar a CPMF é simplesmente um irresponsável", disse o parlamentar. "Partido não tem voto, quem tem voto é o senador. É o senador que vai ter de dar explicação no local onde tem voto. ""Você acha que o Aécio Neves, com o choque de gestão, vai perder R$ 1,6 bilhão?", argumentou Salgado. O parlamentar mineiro disse não acreditar que os dois outros senadores de seu Estado - Eduardo Azeredo, do PSDB, e Eliseu Resende, do DEM - votarão contra a CPMF. "Eles não vão deixar o Estado sem esse dinheiro", disse. O clima na equipe de Mantega, ontem, ainda era de frustração com a decisão do PSDB, mesmo depois de o governo ter cedido e ampliado o abatimento da CPMF para os trabalhadores com renda de até R$ 4.340. A avaliação é de que as negociações ficaram mais difíceis, mas ainda há espaço para o diálogo, principalmente com a ajuda dos governadores favoráveis à prorrogação da CPMF.
Adriana Fernandes e Ana Paula Scinocca, Estadão, 0811.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA: O "PÓ" DO LEITE!

Sete marcas de leite serão investigadas por governo

O Ministério da Justiça abriu investigação interna para investigar seis empresas que fabricavam leite com valor nutricional diferente do informado no rótulo, conforme reportagem publicada nesta quinta-feira na Folha (íntegra: exclusiva para assinantes do jornal e UOL).
O órgão, juntamente com o Ministério da Agricultura, realizou em maio uma operação conjunta, antes mesmo da descoberta dos esquemas de alteração do leite em Minas Gerais. Na ação, segundo a reportagem, foram encontradas irregularidades em oito amostras de leite em pó e longa vida de 57 analisadas. De acordo com a reportagem, as amostras são das marcas Parmalat, Andrinse, Marajoara, Cilpe, Lebon, Alimba e Total. Elas apresentavam níveis de gordura, carboidrato e proteína com diferença maior que 20% em relação às informações das embalagens.
Folha Online, 0811.

" QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA ? "

Operação contra tráfico de ecstasy prende nove. Policiais da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) prenderam nove pessoas na manhã desta quinta-feira (8) em diversos pontos do Rio, suspeitas de serem traficantes de ecstasy. Os suspeitos foram presos durante a operação Octogno, iniciada às 6h30 desta quinta. A ação, que prossegue nesta quinta-feira, tem por objetivo cumprir 10 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão. Junto com alguns presos foram encontrados haxixe, maconha e uma balança de precisão. Segundo a delegacia, a maior parte dos acusados é de classe média, e foi presa em bairros da Zona Sul do Rio. G1, RJ. 0811.
Presos especialistas em roubar Rolex. A polícia prendeu na tarde desta quarta-feira (7) parte de uma quadrilha sofisticada, especializada em roubar relógios caros, de vítimas escolhidas a dedo dentro de shoppings de luxo. O grupo agia preferencialmente nos Jardins, bairro nobre de São Paulo. Três pessoas foram detidas, mas outras três conseguiram escapar ao cerco. A quadrilha era rápida para reconhecer as vítimas, veloz no trânsito e tinha uma clara divisão de trabalho. Depois de escolher o alvo, os integrantes do bando se organizavam: enquanto um grupo perseguia o carro pelas ruas da cidade dois homens numa moto recebiam coordenadas para atacar. (...) Do G1, em São Paulo, com informações do Jornal da Globo.
Usineiro acusa Renan: propina de R$ 500 mil. Lyra entrega documento a relator dizendo que esse foi o valor do ‘pedágio’ cobrado pelo ex-sócio para o Senado renovar a concessão de emissora de rádio.

BOLÍVIA (EVO MORALES) & IRÃ: GESTÃO "A LA" CUBA & VENEZUELA

Morales defende aproximação com Irã e investimentos na Bolívia

MADRI - O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta quarta-feira, 7, em declarações ao jornal espanhol El Mundo que seu país precisa de investimentos e se países como o Irã quiserem investir serão "bem-vindos".
"Se há países como o Irã que querem investir, ajudar em cooperação e com créditos de maneira incondicional, sejam bem-vindos", disse o dirigente boliviano. Morales justificou assim a aproximação entre seu governo e o do Irã, refletido na recente assinatura de um plano de cooperação no valor de US$ 1,1 bilhão nos próximos cinco anos. "Haverá investimentos de outros países, como Irã e Venezuela, e não vamos ficar nisso", disse Morales, em uma referência à sua próxima viagem pelos países árabes na busca de mais apoios. O governante comentou também que o estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países foi motivado por diversas razões. Entre elas, as sugestões de Cuba e Venezuela. "Recebi mensagens de Cuba e da Venezuela dizendo que o Irã queria se aproximar e ter relações", contou. A abertura de relações diplomáticas entre Bolívia e Irã foi muito criticada pela oposição boliviana e pelos Estados Unidos. O governo americano desconfia da crescente atividade do regime iraniano na América Latina, especialmente em Cuba, na Nicarágua e na Venezuela. "Seguramente é uma preocupação dos Estados Unidos achar que a América Latina é seu quintal. Isso acabou. Não há por que temer. Os povos têm direito à rebelião e à revolução contra a opressão", acrescentou.
Hidrocarbonetos e recursos naturais
Morales se defendeu também das críticas à decisão de nacionalizar os hidrocarbonetos e recursos naturais no país, argumentando que a política "é um direito da Bolívia". "Há uma corrente dentro de algumas empresas petrolíferas que tende à sabotagem e à chantagem. São ações políticas", denunciou. Durante a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, à Bolívia, dia 27 de setembro, os dois governantes ratificaram sua aliança contra os Estados Unidos e defenderam o direito a desenvolver energia nuclear "com fins pacíficos". Recentemente, o ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca, justificou o plano nuclear do Irã e afirmou que EUA, França, Rússia e Israel têm "bombas atômicas". Além disso, Argentina e Brasil realizam "atividades nucleares", ressaltou.
Efe, Estadão, 0811. [O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, em visita a Evo Morales, no terraço do palácio presidencial em La Paz (Foto: Aizar Raldes/AFP) (Foto: AFP), do G1.].

PF/OPERAÇÃO KASPAR II: DOLEIROS & BANQUEIROS

Juiz ordena quebra de sigilo fiscal de 19 pessoas detidas na Operação Kaspar II

O juiz federal Fausto Martin de Sanctis não só ordenou o bloqueio das contas de sete presos na Operação Kaspar II como também determinou a quebra do sigilo fiscal de 19 pessoas detidas durante a ação que ocorreu nos estados de São Paulo, Bahia, Amazonas e Rio de Janeiro. A Polícia Federal (PF) estima que o grupo remetia ilegalmente dinheiro para a Suíça e outros bancos europeus, combinada com subfaturamento de mercadorias que entravam no Brasil, esquema que alcançou sonegação fiscal de R$ 1 bilhão nos últimos 18 meses. Uma mulher é suspeita de liderar a quadrilha. As investigações começaram no ano passado. De acordo com a PF, só em remessa ilegal de dinheiro para o exterior, o esquema movimentava de R$ 6 milhões a R$ 7 milhões por mês, nos últimos seis meses. A PF chegou à conclusão que era num escritório localizado na Zona Oeste de São Paulo que os doleiros e representantes dos bancos estrangeiros se encontravam para acertar as transferências ilegais de dinheiro ao exterior. De acordo com as investigações, o escritório é de uma mulher. Os relatórios da Justiça Federal apontam que a quadrilha era liderada por ela. A doleira contaria com o auxílio do grupo para efetuar depósitos, saque de dinheiro em bancos e entregas de moedas em casas de clientes.
Dólares, reais e barras de ouro
No escritório dela, os policiais encontraram dólares, reais e barras de ouro. Tudo foi apreendido. A doleira também está detida, desde terça-feira (6), junto com outras 19 pessoas - entre doleiros, clientes e funcionários de bancos estrangeiros.
Esquema
O esquema funcionava da seguinte forma: a doleira era o elo entre o representante de um banco suíço e os empresários. Eles entregavam à doleira dinheiro e ela depositava o mesmo valor em moeda estrangeira em uma conta aberta na Europa. Assim, deixaram de pagar, nas contas da PF, pelo menos R$ 1 bilhão em impostos. A Operação Kaspar II apreendeu ainda, em espécie, R$ 6 milhões e cerca de US$ 600 mil a US$ 700 mil. Essa é a terceira operação da PF em menos de dois anos, que apura remessa ilegal de dinheiro para o exterior. As outras duas ações foram chamadas de Operação Suíça e Kaspar I. De acordo com o delegado que apura o caso, Ricardo Saadi, foram cumpridos 19 de 21 mandados de prisão e uma pessoa foi detida em flagrante no Rio. Seis dos presos são doleiros e três são funcionários de bancos estrangeiros. Um dos detidos era gerente de um banco suíço que estava no Brasil visitando clientes. As visitas eram feitas trimestralmente, conforme a PF. Segundo Saadi, o esquema tem conivência da diretoria de entidades financeiras estrangeiras. Os outros detidos são donos e executivos de empresas brasileiras dos mais diversos ramos. As prisões são temporárias e valem por cinco dias, renováveis por mais cinco. Depois desse período, a PF deve pedir a prisão preventiva de alguns envolvidos. Os suspeitos responderão pelos crimes de evasão de divisas, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, formação de quadrilha, gestão fraudulenta e funcionamento de instituição financeira sem autorização do Banco Central (BC). As penas máximas atingem 40 anos de prisão, segundo a PF.
Do G1, em São Paulo, com informações do Jornal da Globo. 0811.

BRASIL/MÃO-DE-OBRA: TRABALHADOR QUALIFICADO vs. EMPREGADO

Sobra emprego qualificado no país

Pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra que falta trabalhador qualificado para uma de cada quatro vagas com carteira assinada abertas pela indústria em 2007, segundo reportagem publicada na Folha de S.Paulo desta quinta-feira (conteúdo exclusivo para assinantes do jornal ou do UOL).
Ao todo, falta mão-de-obra qualificada para 123 mil vagas abertas neste ano. O déficit de profissionais qualificados e com experiência é mais relevante em determinados setores da indústria, como a química e petroquímica, a de produtos de transportes e mecânicos e a extrativista mineral, segundo o Ipea. Apesar disso, ainda segundo a pesquisa, sobram profissionais com qualificação e experiência, sobretudo na área de construção civil. O estudo mostra que 207,4 mil trabalhadores qualificados deverão permanecer desempregados neste ano por falta de vagas suficientes nos setores econômicos paras as quais esses profissionais estariam habilitados.
Folha Online, 0811.

PETROBRAS/GÁS & BOLÍVIA: CUMPRINDO ORDENS...

Petrobrás investirá US$ 40 milhões para ampliar campo de gás boliviano

La Paz - O primeiro resultado da reaproximação entre Petrobrás e Bolívia deve ser a ampliação da capacidade do campo de gás de San Antonio, o maior do país, que hoje produz cerca de 12 milhões de metros cúbicos por dia. O projeto de ampliação já foi desenhado pela estatal e seus sócios, mas está suspenso desde a nacionalização das reservas bolivianas de petróleo e gás, em 2006. O investimento, de pelo menos US$ 40 milhões, pode garantir uma produção adicional de até 6 milhões de metros cúbicos por dia. Entenda a crise do gás
San Antonio está próximo do limite de sua capacidade de processamento de gás, de 13,4 milhões de metros cúbicos por dia, que deve ser atingida com a conclusão de um quinto poço no local, prevista para o fim do ano. O projeto de ampliação prevê a perfuração de mais três poços produtores e a construção de uma nova unidade de processamento, instalação que separa o gás do óleo extraídos dos poços. O sistema de transporte aos principais entroncamentos de dutos bolivianos já foi concebido com capacidade adicional. O presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, não mencionou a ampliação do campo de San Antonio, mas disse que os novos investimentos da Petrobrás na Bolívia não incluem a expansão do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), que hoje tem capacidade para transportar 30 milhões de metros cúbicos de gás natural. Segundo ele, a estatal não prevê “neste momento” ampliar o duto. Ele disse que o objetivo dos investimentos é permitir que a Bolívia cumpra o compromisso de entregar os 30 milhões de metros cúbicos diários de gás ao Brasil até 2019, como previsto em contrato. “Todo campo de gás e de petróleo declina. Para manter o nível da produção, você precisa investir para manter a potência do campo, ou para descobrir novos campos. Assim, para manter o nível de 30 milhões de metros cúbicos por dia são necessários novos investimentos em novos campos e em novas tecnologias”, disse Gabrielli, após participar do Encontro Nacional do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural. Segundo fontes próximas à indústria de petróleo boliviana, o projeto de ampliação do campo de San Antonio está na linha de frente das discussões entre a Petrobrás e a YPFB. A Bolívia necessita urgentemente ampliar sua produção de gás para cumprir os compromissos com Brasil e Argentina, além de garantir o abastecimento interno do combustível. “É o projeto que pode garantir bons volumes de gás em um prazo mais curto”, diz um observador. Especialistas estimam que o novo volume de gás de San Antonio possa chegar ao mercado um ano após o início das obras. Segundo a YPFB, um grupo de trabalho formado por técnicos das duas empresas começa a se reunir na próxima semana para preparar o acordo que será assinado pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Evo Morales em 12 de dezembro. Gabrielli terá nova reunião com o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, entre 26 e 30 deste mês, e dará os retoques finais no acordo. Espera-se, ainda, que Petrobrás e YPFB anunciem parcerias em áreas exploratórias em território boliviano. A YPFB tem um conjunto de blocos com potencial de reservas e pode buscar parceiros para dividir o risco e agregar experiência.Uma fonte observa que a Petrobrás tem interesse em, pelo menos, garantir a renovação do contrato atual de exportação da Bolívia, que vence em 2019. “Todas as projeções do Brasil contam com os 30 milhões de metros cúbicos por dia importados daqui.” Um executivo lembra que, além da expansão de San Antonio, as negociações podem agregar o início da produção no campo de Itaú, que poderia ser conectado às atuais instalações. Itaú é operado pela francesa Total - sócia da Petrobrás em San Antonio, com a espanhola Repsol - e estudos indicaram que é uma extensão das reservas operadas pela estatal brasileira.
Nicola Pamplona e Leonardo Goy; Estadão, 0811.