PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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segunda-feira, dezembro 07, 2009

XÔ! ESTRESSE [In:] SEM MEIAS VERDADES...

...





[Homenagem aos chargistas brasileiros].
...

BRAS-ILHA [In:] ''NÃO ME SUBORNARAM SERÁ QUE É O MEU FIM?" *

Brasil

Poder, dinheiro, corrupção e...

O governador de Brasília estrela um dos mais repugnantes espetáculos de corrupção já vistos na história. Sem nenhum pudor, políticos foram
filmados recebendo dinheiro de propina em meias, cuecas, bolsas e até via Correios. Depois, ainda rezam, agradecendo a Deus a graça alcançada.


Diego Escosteguy e Alexandre Oltramari
Celsio Junior/AE
DEPARTAMENTO DA PROPINA
José Roberto Arruda tinha um secretário encarregado exclusivamente de subornar aliados e achacar empresários

VEJA TAMBÉM

No dia 4 de setembro de 2006, no auge da eleição para o governo do Distrito Federal, José Roberto Arruda encaminha-se até o escritório do delegado aposentado Durval Barbosa, então secretário do governo e seu coordenador de campanha. Ele aperta a mão de Durval e lhe dá um tapinha nas costas: "Meu presidente!". Arruda acomoda-se gostosamente no sofá, dá um profundo suspiro e pede um chazinho à secretária. Tira do bolso um papelzinho e diz a Durval: "Queria ver quatro coisinhas com você. Só posso pedir para você porque é algo pessoal". Arruda começa pela corrupção miúda, pedindo a Durval que consiga emprego para o filho dele numa das empresas que mantêm contratos com o governo. Depois abusa um pouquinho mais e recomenda que o delegado "ajude" a empresa de um amigo. Finalmente pergunta sobre o financiamento para a campanha. "Estou medroso com esse troço", diz Arruda. Durval tenta tranquilizá-lo: "A gente só não pode internalizar o dinheiro". Ato contínuo, Durval abre o armário, pega um pacote com 50 000 reais e o entrega a Arruda. "Ah, ótimo", agradece o candidato. Num lapso de 23 minutos e 45 segundos, com o equipamento do ladino Durval e a desfaçatez de Arruda, produziu-se o primeiro capítulo da mais devastadora peça de corrupção já registrada na história do país.

Talvez encantado com o espírito do Natal que se aproxima, Arruda veio a público na semana passada para dizer que, sim, ele recebeu o pacotão de dinheiro que aparece no vídeo - mas que, por nobreza de coração, usou os recursos na compra de panetones para os pobres que habitam a periferia de Brasília. Nem Papai Noel acreditou. A burlesca cena protagonizada por Arruda está num dos trinta vídeos entregues por Durval aos promotores do Ministério Público do Distrito Federal, aos quais VEJA teve acesso na íntegra (assista a uma seleção dos vídeos exclusivos). Ele também forneceu documentos e prestou um minucioso depoimento, expondo as vísceras do esquema de corrupção chefiado por Arruda e pelo empresário Paulo Octávio, vice-governador de Brasília. Até o início da crise, o ex-delegado era secretário de Relações Institucionais - uma espécie de embaixador da corrupção do governo de Brasília. Cabia à turma dele coordenar as fraudes nas licitações do governo, achacar os fornecedores e repassar o butim a Arruda e Paulo Octávio, distribuindo o restante da propina aos deputados da base aliada na Câmara Legislativa do DF. Ou seja, uma versão brasiliense e democrata do mensalão petista.

A colaboração de Durval, que espera com isso receber um perdão judicial, resultou na Operação Caixa de Pandora, deflagrada há uma semana pela Procuradoria-Geral da República e pela Polícia Federal, na qual se apreenderam, nos escritórios da quadrilha, documentos e cerca de 700 000 reais em dinheiro vivo. Os promotores calculam que a quadrilha do panetone tenha desviado dos cofres públicos a formidável soma de 500 milhões de reais - de modo que os pobres de Brasília, graças quem sabe às orações da propina divulgadas por Durval, devem desfrutar um gordo Natal neste ano. Inexiste quantia, contudo, que supere a força simbólica de uma imagem como a do governador Arruda recebendo um bem fornido maço de notas de 100 reais. Não é à toa que as produções de Durval se tornaram hits instantâneos na internet e correram as televisões do mundo: nunca se registrou com tamanha precisão, muito menos de maneira tão límpida e pedagógica, a ilimitada capacidade dos políticos de ignorar os mínimos princípios de dignidade pública. O sentimento de repulsa é inevitável.

Dida Sampaio/AE
IRMANDADE
O presidente do Democratas, deputado Rodrigo Maia (à dir.), em reunião com o deputado ACM Neto (à esq.): relação fraternal com Arruda dificulta expulsão do governador


Essa indignação apareceu graças ao talento dramatúrgico do obstinado Durval. Durante anos, ele gravou com esmero as estripulias cometidas pelos maganos dessa máfia. Além da participação especialíssima de Arruda, o Generoso, aparecem nos filmes deputados, empresários, jornalistas, lobistas, burocratas, assessores. São filmes ricos em elenco - e, sobretudo, em conteúdo. Todos foram rodados nos escritórios do diretor Durval. O enredo é sempre o mesmo. Os personagens procuram o delegado em busca de dinheiro e favores. O final é igualmente previsível. Como se descobriu nos últimos dias, os coadjuvantes sempre dão um jeitinho de sair de lá com dinheiro - seja nas meias, na cueca, na bolsa, no paletó (veja os quadros). Antes de embolsarem o cachê, esses bufões da corrupção combinam negociatas e trocam confidências sobre os esquemas de cada um. Enquanto eles riem, só resta à plateia chorar: toda essa deprimente patuscada é paga com nosso dinheiro.

As gravações demonstram que Durval era o gerente da quadrilha, intermediando negociatas entre a cúpula do governo e as empresas que sobrevivem de contratos públicos. Num dos vídeos inéditos, gravado no dia 14 de outubro deste ano, Geraldo Maciel, assessor de Arruda, encaminha a Durval as determinações do governador. Maciel conta que Arruda ordenou a contratação da Brasif, empresa ligada ao DEM. "Esse pessoal vai assumir os compromissos com você", explica o assessor de Arruda. "Compromissos", na linguagem da quadrilha, significa propina. "Ele (Arruda) é quem decide", responde o delegado. Em seguida, os dois acertam como será direcionada a licitação para contratar a Brasif - e como será o rateio. "O que ficaria livre para ele?", pergunta Maciel, numa referência a Arruda. "Um e duzentos", esclarece Durval. Um milhão, claro.

Pobre Durval. Numa das conversas, Maciel, o assessor de Arruda, desabafou: "Não aguento mais o Leonardo Prudente no meu pé. Ele quer entrar em todas". Prudente é aquele deputado que guardou os maços de dinheiro na meia - e que aparece em outro vídeo, mas neste estocando dinheiro num envelope, pelo menos. Deve ter sido a única vez na qual Prudente foi... prudente. Na operação de busca e apreensão, quando os policiais estiveram em sua casa, o deputado tentou esconder sua fortuna de todas as formas. Prometeu até colaborar - mas os agentes flagraram o caseiro dele correndo na rua com uma sacola abarrotada de dinheiro. "Tudo bem, vou mostrar", anuiu Prudente, revelando aos policiais o esconderijo dos 80 000 reais que guardava em casa - a banheira de hidromassagem.

Os quadrilheiros seguiam um rígido código de conduta - quem se desviasse dele, como o voraz deputado das meias, transformava-se num pária. Nos vídeos, Durval deixava claro quais eram as regras do jogo: "Não pode levar para casa. Isso é uma distorção. Não é democrático. Tem que ajudar os outros". Para a turma do panetone, a comunhão da propina era uma obrigação moral. O publicitário Abdon Bucar, que fez a campanha de Arruda, presta serviços para o DEM e detinha contratos com o governo de Brasília, reclama de 1 milhão de reais que caíram na conta dele - caíram para ser lavados e sair de lá limpinhos. "Meu contador disse que vou ter de arranjar outra nota, que a última deu problema", explica o publicitário. Ele reclama do atraso na parte que lhe é devida. E avisa: "Vou arrochar os caras". Logo depois, cobra "os 750 000 do PFL". Durval, como sempre, ouve a reclamação com paciência e promete resolver. Depois de anos gravando e operando a corrupção, e ameaçado por 32 processos na Justiça, Durval negociou a delação premiada com o Ministério Público, por meio do jornalista Edson Sombra, um amigo dele que afirma guardar mais de uma centena de fitas envolvendo dezenas de autoridades em Brasília.

Paulo de Araújo/CB/D.A Press
DURVAL VÍDEOS
O homem que destruiu a cúpula do governo do DF tem 120 fitas com cenas de corrupção


A implosão do esquema de corrupção montado no governo do DF provocou um abalo sísmico no DEM. Diante das cenas chocantes, os democratas concluíram que a única saída para minimizar o prejuízo eleitoral do partido com o escândalo seria a expulsão imediata do governador. A estratégia, porém, precisou ser alterada após uma reunião na qual Arruda ameaçou revelar segredos que aparentemente não podem ser expostos à luz do sol. "Se vocês radicalizarem comigo, eu radicalizo com vocês", avisou o governador. Nem todo mundo entendeu. Não parece ter sido o caso do presidente do DEM, o deputado Rodrigo Maia, amigo de Arruda e padrinho de algumas nomeações em seu governo. Além da suspeita de que Arruda possa ter colocado sua máquina de desvios a serviço do partido, um detalhe ainda desconhecido liga a cúpula do DEM ao epicentro do tremor. Maia é íntimo do publicitário Paulo César Roxo Ramos, arrecadador informal da campanha de Arruda e acusado por Durval de operar a engrenagem de achaques que funcionava no governo do amigo.

A intimidade de Paulo Roxo com o presidente do partido era tal que no sábado dia 28, assim que foi divulgado o primeiro vídeo da corrupção, o publicitário correu à casa em que Maia vive em Brasília, não por coincidência alugada por outro amigo do presidente do DEM, André Felipe de Oliveira, ex-secretário de Esportes no governo Arruda. Roxo estava preocupado com a reação de Arruda caso o DEM decidisse emparedá-lo. "Você precisa segurar o partido. O desgaste pode ser muito maior se Arruda fizer uma besteira", alertou. Essa proximidade alimenta a suspeita de que a arca clandestina de Brasília pode ter contaminado o caixa nacional do partido. Na semana passada, sob a condição de anonimato, um dirigente do DEM revelou a VEJA que pelo menos oito comitês de candidatos apoiados pelo partido nas últimas eleições municipais receberam dinheiro captado por operadores de Arruda. O deputado José Mendonça, do DEM de Pernambuco, era um dos mais aflitos. Ele pediu insistentemente a deputados e senadores do DEM que poupem Arruda da expulsão.

PROPINA NA SACOLINHA


Em 2006, o deputado José Roberto Arruda, então candidato ao governo de Brasília, aparece no vídeo refestelado no sofá do gabinete de Durval Barbosa, um de seus caixas de campanha, recebendo dinheiro vivo. Apanha os maços sem nenhum constrangimento. Mostra alguma preocupação apenas em sair com as notas.

"Tô nervoso com esse troço (…). Eu tô achando que podia passar lá em casa, porque descer com isso aqui..."

Ganha uma sacolinha de papel para esconder o dinheiro - segundo ele, usado para comprar panetones para os pobres.

PROPINA NA MEIA


Uma das cenas mais acachapantes já vistas na vasta cinebiografia da corrupção foi a do presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente, colocando dinheiro nos bolsos do paletó, nas calças e, sem ter mais onde enfiá-lo, apelando até para as meias. Diante de imagens irrefutáveis, o parlamentar do DEM explicou que não havia nada de mais na cena. O dinheiro era para ser usado em sua campanha e foi acondicionado nas roupas daquela maneira grotesca apenas por questão de segurança. Na sua casa, a polícia encontrou 80 000 reais escondidos numa banheira.

- É que eu não uso pasta! - justificou.

PROPINA NA CUECA


Dono de um jornal que faz loas seguidas ao governo, o empresário Alcyr Collaço foi filmado guardando maços de notas nas partes íntimas. Para que tudo coubesse sem desconforto, ele tira até o celular do bolso da frente da calça. Em uma conversa com o ex-secretário Durval Barbosa, o empresário mostra que é bem informado sobre a distribuição da propina:

Durval: O Arruda, ele dá 1 milhão por mês ao Filipelli...

Alcyr: Oitocentos paus. 500 é Filipelli (...) Vai 100 para o Michel, 100 para o Eduardo e 100 para o Henrique Alves, e 100 ia para o Fernando Diniz. Morreu. 800 paus.

PROPINA NA BOLSA


A deputada Eurides Brito mostra que no inseparável acessório feminino cabe sempre mais alguma coisa. Na fila do mensalão, em segundos, a parlamentar entra na sala, tranca a porta, nem se senta e coloca cinco maços de dinheiro na bolsa de couro. Parecia apressada. Em conversa com o ex-secretário, Eurides ainda fala mal do patrão Arruda. Logo depois, com a bolsa estufada, a distrital deixa a sala com a mesma rapidez com que entrou.

PROPINA NO BOLSO


O deputado Junior Brunelli é corregedor da Câmara Legislativa. Caberia a ele fiscalizar a atividade de seus colegas. Em perfeita sintonia com seus pares, ele também aparece sorrateiramente no gabinete de Durval Barbosa, senta-se à sua frente, troca algumas palavras, enquanto recebe um maço de notas. Nem confere - e sequer faz qualquer comentário sobre o dinheiro antes de enfiá-lo no bolso.

PROPINA NA MESA


Representantes de uma empresa que tem contrato com o governo de Brasília entregam a Durval Barbosa uma "encomenda": uma mala preta com 298 000 reais. O dinheiro, segundo eles, era para ser dividido entre os secretários. Eles retiram pacotes de cédulas e os vão empilhando em cima da mesa.

Empresário: Vim trazer aqui uma encomenda.

Durval: Tá certo. (...) Aqui tem quanto?

Empresário: Cem... duzentos... duzentos e cinquenta, duzentos e noventa... e oito.

A ORAÇÃO DA PROPINA


Depois de uma reunião no gabinete de Barbosa, onde embolsavam propina, Leonardo Prudente e Brunelli convocam uma oração para agraceder a "bênção" recebida. Abraçados, os três ouvem a homilia proferida por Brunelli:

"Pai eterno, eu te agradeci por estarmos aqui. Sabemos que somos falhos, somos imperfeitos, mas que o teu sangue nos purifique (...) Somos gratos pela vida do Durval ter sido instrumento de bênção para nossas vidas (...)".

Brunelli é filho do fundador de uma igreja evangélica que vendia lotes no céu.

Como funciona a delação premiada

Everett Collection/Grupo Keystone
SEM SAÍDA
Denzel Washington viveu o traficante Frank Lucas no cinema: delação


A humanidade, como regra, abomina os traidores. No mundo do crime, em que vigoram normas e convenções bem peculiares, a delação quase sempre é sinônimo de pena capital para o envolvido. No mundo civilizado, a delação premiada - instituto jurídico que concede extinção ou diminuição de pena em troca da colaboração com a Justiça - tem sido uma das principais ferramentas para combater o crime organizado. Apesar de prevista na lei brasileira há vinte anos, a delação ainda é pouco aplicada no Brasil. O caso atual, com Durval Barbosa delatando os outros membros de sua quadrilha, pode abrir caminho para o uso mais intensivo desse mecanismo.

Nos Estados Unidos, esse tipo de negociação entre criminoso e Justiça, a plea bargain, foi decisivo para dinamitar as ramificações do narcotráfico na polícia de Nova York, no início da década de 70. A faxina foi possível graças a um acordo de colaboração com o narcotraficante Frank Lucas, um negro de origem pobre que fez fortuna vendendo heroína. A droga chegava à América dentro dos caixões que transportavam os corpos dos soldados mortos na Guerra do Vietnã. Tudo com a cumplicidade de militares americanos. Condenado a setenta anos de prisão, Lucas passou apenas seis anos encarcerado como prêmio por sua ajuda à Justiça. Sua história chegou ao cinema com O Gângster, filme que tem Denzel Washington no papel principal.

A delação premiada também foi decisiva, na década de 80, quando as autoridades italianas travavam um intenso combate contra a máfia. A oferta de perdão ou benefícios a delatores permitiu o desmonte de uma gigantesca estrutura criminosa entranhada no aparelho estatal. Um dos delatores mais conhecidos desse período foi Tommaso Buscetta, o principal colaborador da Operação Mãos Limpas. Além do perdão para seus crimes, Buscetta conseguiu garantia de vida para ele e a família. Suas confissões levaram à prisão perpétua de dezenove mafiosos. Depois disso, Buscetta se escondeu nos Estados Unidos. Ele não foi o único delator que ficou famoso no caso. Em retaliação às investigações, o juiz que comandou o processo, Giovanni Falcone, foi assassinado num atentado a bomba. O mafioso que detonou a dinamite usada para executá-lo também se tornou colaborador da Justiça. Só que ele tentou usar a delação para se vingar de inimigos - e acabou desmascarado. É uma lição que não pode ser esquecida. Se bem usada, a delação é capaz de implodir máfias e punir culpados. Do contrário, pode servir para destruir reputações e perpetuar a injustiça.

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http://veja.abril.com.br/091209/poder-dinheiro-corrupcao-p-076.shtml

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(*) BRASIL (Cazuza).

Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer...

Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta
Estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha...

Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...

Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer...

Não me sortearam
A garota do Fantástico
Não me subornaram
Será que é o meu fim?
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada
Prá só dizer "sim, sim"

Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...

Grande pátria
Desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
Não, não vou te trair...

Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...(2x)

Confia em mim
Brasil!!
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http://letras.terra.com.br/cazuza/7246/

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"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

07 de dezembro de 2009

O Globo

Manchete: Hexa
Flamengo com a cara de Andrade ganha seu sexto título brasileiro em tarde sofrida

O Brasil é rubro-negro, e o Flamengo, hexacampeão brasileiro, leva a assinatura e a simplicidade de seu técnico, Andrade. Diante de mais de 84 mil pessoas, o Flamengo precisou de tranquilidade para vencer, de virada, o Grêmio, por 2 a 1, ontem, no Maracanã, transformando a ansiedade e o sofrimento de seus torcedores em festa, após os gols dos zagueiros David e Ronaldo Angelim. "Muita gente no Flamengo disse que eu tinha que sair, que não tinha competência. Mas eu sabia que tinha”, desabafou Andrade. A mesma explosão de alegria nas ruas da cidade e do país era compartilhada pelos jogadores. "Ser Imperador aqui tem um gostinho melhor do que na Itália", festejou Adriano, um dos artilheiros da competição, com 19 gols. (págs. 1 e Caderno Especial)

Enem tem abstenção recorde: 37,7%

Depois do vazamento das provas e de seu adiamento em outubro, o Enem registrou o maior índice de abstenção da história do teste: pelo menos 37,7% dos inscritos não fizeram a prova no sábado. O Inep, ligado ao MEC, admitiu que divulgou gabaritos errados. (págs. 1 e 8)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Dinheiro do BNDES sai mais rápido para petistas

Banco diz usar critérios técnicos para liberar verba a Estados geridos pelo PT

Governos petistas se destacam no programa federal de ajuda para os estados compensarem perdas com a crise, relata Rubens Valente. Dos R$ 2,47 bilhões liberados até agora, R$ 913 milhões (37%) foram para as cinco gestões do PT. As cinco tucanas nada receberam.

Dos seis pedidos de empréstimo feitos por governos do PT, cinco foram desembolsados. O PSB e o PMDB, da base aliada a Lula, já tiveram liberados, respectivamente, 73% e 69% da verba solicitada. (págs. 1, A6 e A7)

Após vazamento, Enem tem 39,5% de abstenção

Marcado pelo episódio do vazamento, o Enem realizado no final de semana teve abstenção recorde. Dos 4,1 milhões de inscritos, 39,5% faltaram - o maior índice de todas as edições do exame.

Houve problemas na divulgação do gabarito, que acabou sendo retirado do site oficial por estar "embaralhado". (págs. 1 e Cotidiano)

Cúpula do DEM dá como certa a saída de Arruda

A cúpula do DEM já trabalha com a expulsão, na próxima quinta, do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, que teve o nome envolvido num esquema de caixa dois e propinas.

Grupos a favor do impeachment de Arruda contrariaram a Justiça e mantiveram ocupada a sede do Legislativo do DF. (págs. 1 e A4)

Quem contribui pelo teto perde 7% ao se aposentar

Segurados do INSS que contribuem pelo limite máximo toda a vida têm perda de 6,6% no valor do beneficio ao se aposentar. Isso se deve a aumentos do teto acima da inflação. Em 2002, por exemplo, o teto foi de R$ 1.869 para R$ 2.400. Depois disso, aplica-se o fator previdenciário, que reduz ainda mais o benefício. (págs. 1 e B6)

Morales vence na Bolívia com folga, diz boca de urna

Pesquisas de boca de urna apontam que Evo Morales foi reeleito presidente da Bolívia, com pelo menos 61% dos votos.

No Legislativo, as sondagens indicam que Morales conseguiu sua meta de fazer 24 dos 36 senadores. (págs. 1 e A12)

Editoriais

Leia "Lento aquecimento", sobre reunião de Copenhague, e "Deterioração em curso", que comenta saldo comercial. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Arruda deflagra operação para salvar seu mandato

Governador do DF busca controlar CPI que investigará o 'mensalão do DEM'

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, pôs em andamento uma manobra para tentar escapar do impeachment, informa o repórter Marcelo de Moraes. Envolvido no escândalo do "mensalão do DEM", ele reuniu a base partidária na Câmara Legislativa do Distrito Federal nos últimos dias e avisou que não renunciará. Ainda ordenou que os aliados se dividissem em novos blocos partidários, para controlar a CPI que investigará as denúncias de pagamento de propina para o governador, integrantes do seu governo e deputados aliados, flagrados em gravações de vídeo que mostram partilha de dinheiro. Arruda e seus aliados ainda trabalham para neutralizar uma possível ação do grupo do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, candidato à sucessão local no ano que vem. Para isso, ameaçam ampliar o período de investigação da CPI até o mandato exercido por Roriz, uma vez que o pivô do escândalo e denunciante das irregularidades, o ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa, autor das gravações, também trabalhou no governo anterior. (págs. 1 e A4)

PSDB quer expulsão, mas defende aliança

O PSDB quer limitar o atual escândalo ao Distrito Federal, para não abalar a aliança nacional com o DEM. (págs. 1 e A4)

País amplia fundo para mudanças climáticas

O Brasil pretende flexibilizar o uso de um fundo com recursos dos royalties do petróleo para combater os efeitos das mudanças climáticas. O fundo ambiental, que ainda depende de lei, pode chegar a R$ 1 bilhão por ano. Em Copenhague, começa hoje a cúpula climática COP15, quando líderes mundiais tentarão estabelecer novas metas para reduzir o aquecimento global. (págs. 1 e A17)

Artigo
Gilles Lapouge
Uma guerra de uma violência inaudita se trava entre os climatologistas e os “climatocéticos". (págs. 1 e A17)

Foto legenda: Clima - O planeta em Copenhague: conferência começa hoje

Produtores rurais perdem com real forte

Os produtores rurais se juntaram à indústria nas reclamações contra o real forte. Depois de três anos de bonança, o setor experimenta queda da remuneração em moeda local. Os preços em real das exportações cederam 14,5% entre junho e setembro. Em relação a setembro de 2008, antes da crise, a queda é de 11%. O setor agropecuário aguarda recuperação das cotações internacionais para desengavetar projetos. (págs. 1, B1 e B3)

1,5 milhão de estudantes faltam à prova do Enem

Mais de 1,5 milhão de alunos deixaram de fazer o Exame Nacional do Ensino Médio no final de semana. Isso representa uma abstenção de 37,7%, a maior da história da prova. O maior número de faltas foi em São Paulo: do 1 milhão de inscritos, 470 mil não compareceram. (págs. 1 e A14)

Evo Morales declara-se reeleito na Bolívia

Pesquisa de boca de urna da emissora Red Uno indicava ontem a vitória arrasadora do presidente Evo Morales, com 62% do votos - quase 40 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, Manfred Reyes Villas. Para Evo, povo preferiu a “mudança” ao “neoliberalismo”. (págs. 1 e A9)

Eleições 2010: Suplicy se lança à sucessão de Serra

Senador defende prévias para definir o candidato petista em São Paulo. (págs. 1 e A6)

São Paulo: Morte causada por PM cresce 57%

Em 8 meses, foram 378 "resistências seguidas de morte" no Estado. (págs. 1 e C1)

Notas e Informações: A vergonhosa PEC do Calote

O empenho dos senadores em servir à ganância financeira dos governantes só tem correspondência no seu imenso desprezo pelos direitos mais elementares dos individuas. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: Uma vez Flamengo... 6 vezes Flamengo

Diante de um Maracanã lotado e uma cidade colorida pelas cores vermelho e preto, o Flamengo colocou fim ontem em um jejum de 17 anos e se sagrou campeão brasileiro de futebol, tornando-se a equipe mais vitoriosa da história da competição, ao lado do São Paulo. (pág.1)

Câmara Municipal vai poupar apadrinhados

Forçada a reduzir o seu orçamento em R$ 70 milhões, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro planeja estimular a aposentadoria voluntária de 250 funcionários revela em entrevista ao Jornal do Brasil o presidente da Casa, Jorge Felippe. A estrutura de cargos comissionados, em geral preenchidos por indicações políticas, deve permanecer inalterada, contudo. Segundo o vereador, os comissionados são necessários para manter a "assessoria técnica de qualidade" dos vereadores. (págs. 1 e Cidade A15)

Crise desviou foco do clima

Na contramão da conferência que tem início hoje em Copenhague, pesquisa da Universidade de Oxford sugere que o nível de preocupação da população mundial com as mudanças climáticas diminuiu com a crise econômica. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A24)

Novidades na área ambiental

O governo aproveitará a semana para sancionar mudanças no Código Florestal brasileiro e lançar o programa Mais Ambiente. Objetivo é utilizar recursos da exploração do petróleo para auxiliar agricultores a se adequarem à legislação ambiental. (págs. 1 e Hildegard Angel B5)

Rússia Hoje

A Rússia aprende com a experiência brasileira de combate a condução de veículos após o consumo de bebidas alcoólicas. (págs. 1, A20 e A21)

Coisas da política

Em meio à crise do DEM, um alerta para o PSDB. (págs. 1 e A2)

Outras páginas

Os entraves geopolíticos para o Brasil. (págs. 1 e A6)

Editorial

O papel decisivo do Brasil em Copenhague. (págs. 1 e A10)

Sociedade Aberta

Leonardo Boff
Teólogo

Indiferença irresponsável ao aquecimento. (págs. 1 e A11)

Sociedade Aberta

Geraldo Luis Lino
Geólogo

Catastrofismo é mais ideológico. (págs. 1 e A24)

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Correio Braziliense

Manchete: Propina para entrar no orçamento do DF

O esquema revelado por Durval Barbosa aponta a teia de interesses em torno do Orçamento do Distrito Federal. Nas gravações obtidas pela PF, o secretário afastado do governo Arruda afirma a um empresário que R$ 10 milhões já estavam assegurados nos contratos previstos para 2010. O orçamento está no meio de uma intensa negociação entre os envolvidos no escândalo. Governistas pressionam Leonardo Prudente (DEM) a renunciar à presidência da Casa. Manobra permitiria aos aliados escolher um substituto no comando do Legislativo, aprovar rapidamente a previsão orçamentária e encerrar o ano parlamentar. (págs. 1 e 21 a 24)

PF vai investigar origem do esquema no governo Roriz

Arruda arma ofensiva para ficar no DEM e no cargo

Concursos: Começa a maratona de provas

Cerca de 40 mil vagas serão disputadas nas 19 avaliações de órgãos federais e do GDF marcadas para os meses de dezembro e janeiro.Especialistas criticam a concentração de exames em período tão curto (págs. 1 e 11)

Imposto de Renda: Vem aí outro megalote da restituição

Mais de R$ 3 bilhões serão restituídos aos contribuintes, caso seja confirmada a promessa do ministro da Fazenda, Guido Mantega. A partir de hoje, a Receita Federal em Brasília prioriza o cidadão e passa a atender empresas somente em horários agendados pela internet com um dia de antecedência. (págs. 1 e 13)

Estacionamento: Shoppings abusam na cobrança

É permitido aos centros comerciais cobrarem o quanto quiserem pela utilização de seus estacionamentos privados, mas a imposição de um valor por pacote de horas contraria o Código de Defesa do Consumidor. No entanto, é isso que acontece na maioria dos shoppings do Distrito Federal. (págs. 1 e Cidades, 30)

Ibama multa mas não recebe

Passivo chega a R$ 10 milhões

Autuados são favorecidos pela demora no andamento de processos, que se arrastam por até nove anos (págs. 1 e 2)

Enem tem 40% de abstenção

Índice é o maior já registrado

Dos 4,1 milhões de alunos inscritos, 1,6 milhão deixou de fazer os testes. Gabarito oficial foi divulgado com erros. (págs. 1 e 6)

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