PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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sexta-feira, abril 13, 2012

XÔ! ESTRESSE [In:] E NEM ENCÉFALO ...

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TEORIA ECONÔMICA E ECONOMISTAS [In:] ''PERO NO MUCHO!!!''

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Um liberal heterodoxo


Autor(es): Por Sergio Leo | Do Rio
Valor Econômico - 13/04/2012
 

Para muita gente, ele dificilmente deixará de ser o arrogante presidente do Banco Central que sustentou a política de real sobrevalorizado até que a crise da Rússia sacudiu a economia brasileira. Um abalo que o derrubou do BC e, meses depois, obrigou o governo a liberar de vez a moeda brasileira para flutuar ao sabor do mercado. Hoje sócio da Rio Bravo Investimentos, Gustavo Franco não mostra nenhuma arrogância. É gentil, paciente, sem deixar de ser apaixonado pelo que faz, seja na economia ou na literatura.
Franco, que completou 56 anos nesta semana, chega ao Antiquarius - afamado restaurante português próximo à praia, no Leblon -, poucos minutos após o horário marcado, acata a sugestão de subir ao mezanino, onde há uma mesa reservada para a conversa e, no caminho, explica por que reduziu as intervenções no debate público e abandonou as colunas regulares que tinha na imprensa. "Não dá tempo!" Queria pesquisar e escrever em projetos de fôlego, e a vida de colunista o impedia. "Quando escrevia na "Folha" comecei a pensar que estava virando jornalista."
- Parece pejorativo, esse comentário.
- Não, de jeito nenhum, mas o jornalismo requer uma postura diante dos eventos mais, mais...
- Mais superficial.
- Você está dizendo [concorda, rindo]. Os artigos davam muita vontade de escrever mais profundamente sobre os temas, e não conseguia. Precisava comentar, na semana, um assunto que, com o tempo, iria perder importância, mas naquele momento era o que se queria ouvir.
Franco mora, hoje, no apartamento de 600 metros quadrados que herdou do pai, no elegante bairro de São Conrado. Herdou também uma confortável situação financeira, um patrimônio de imóveis que o dispensaria de trabalhar, algo que não passa pela cabeça do bem-sucedido consultor financeiro, até hoje professor na Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ), de onde saiu para trabalhar no Ministério da Fazenda sob Fernando Henrique Cardoso. No curso (que não dará neste semestre), ele ensina aos alunos a necessária relação entre direito e economia, baseado em sua experiência nos embates com os assessores jurídicos durante o Plano Real.
Apesar das queixas sobre falta de tempo, tornou-se ensaísta bem-sucedido no território insólito que une artes e dinheiro. No livro "Cartas a um Jovem Economista", em que traduz sua experiência, em tom confessional, diz, irônico, que economistas, como outros profissionais, erram, o que só significa que é preciso trabalhar duro: "Nessa profissão em que não há base científica para o ofício de profeta, mas há enorme demanda por profecia".
O economista, para Gustavo Franco, tem algo de pregador ou de militante, e ele acha que as "circunstâncias" o fizeram cumprir esse papel. "Acho que foi Paul Krugman quem disse: "no domínio das políticas públicas, fazer significa empreender, convencer as pessoas"."
Sem gravata, de camisa social e terno, ele parece pouco à vontade, pela maneira como esfrega as mãos. O garçom interrompe a conversa para apresentar uma espécie de campainha ("se precisarem de alguma coisa").
O economista diz que, na tarefa de empreender a política publica, às vezes existe um "terreno conflagrado", que pede confronto, "não desleal, mas contundente". É um papel que cumpriu no governo. "Gosto desse papel, não tenho nenhum problema com isso."
O folclore em torno dele inclui uma reunião em São Paulo, na qual, após ouvir queixas contra a abertura econômica e o câmbio de um empresário do setor calçadista, teria avisado: "Seu setor vai acabar". Mais tarde, Franco negou o incidente, que, hoje, diz ter sido possível. "Falei coisas do gênero, sim, em situações parecidas, inclusive com gente amiga."
Virou piada familiar: um parente, empresário do setor têxtil, foi convidado para um fondue na casa do economista e levou queijo, mesmo prevenido contra a iniciativa. "Detesto queijo. Na época, comíamos na minha mesa de trabalho, na biblioteca. A ideia do cheiro de queijo em meus livros era impensável." Não serviram o fondue levado pelo amigo, que, durante a conversa, lhe perguntou o que pensava do futuro da indústria têxtil. "Disse umas verdades; todas aconteceram: ele foi arrasado pelos coreanos", lembra. E na família ficou a lenda: "Não mexam com o Gustavo nisso, de queijo, que ele lança uma maldição".
Com manteiga não tem inimizade; mas queijo, ou leite, nem pensar. Uma amiga lhe dizia que essa aversão pedia tratamento com psicanalista. Franco fez análise, e, quando teve alta, constatou, no bandejão da PUC, que Freud era ineficaz contra fobia a certos laticínios. Em economia, também, o liberalismo de Franco pouco tem de freudiano, ainda que ele seja filho de um fundador do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um dos mais próximos auxiliares de Getúlio Vargas, Guilherme Arinos Lima Verde de Barroso Franco, filho de professora do interior do Amazonas. Concursado no Banco do Brasil, encantou Getúlio, que chegou a acompanhar durante o retiro na fazenda de São Borja. O nascimento de Gustavo está ligado, de certa forma, ao suicídio do líder populista.
Guilherme Arinos de Barroso Franco estava no palácio quando Getúlio se suicidou. Por influência do líder, havia sido poderoso chefe de gabinete em duas gestões do Ministério da Fazenda e só não foi designado interventor no Amazonas porque a noiva, Maria Isabel, não aceitou. Ela até entendia a dedicação de Guilherme a Getúlio, que a obrigou a estender o noivado por quase uma década. Mas, com o suicídio do presidente, deu um ultimato ao noivo: casaram-se e, 20 meses depois, vinha ao mundo Gustavo Henrique de Barroso Franco.
Com a morte de Getúlio, o pai de Gustavo Franco acompanhou a implantação da indústria automobilística, na direção do grupo Monteiro Aranha, que traria a Volkswagen ao Brasil. Já na faculdade, Gustavo fez estágio na corretora Garantia, hoje banco, onde o pai foi sócio. Decidiu estudar economia por influência paterna, mas o assunto não costumava ser discutido em casa. O pai, discreto, nem lhe contava dos debates homéricos que teve, no BNDES, com o amigo Roberto Campos, cofundador do banco. Divergências operacionais, ditadas pelo pragmatismo de Guilherme, garante o filho. "Nenhum dos dois era desenvolvimentista", assegura ele, que jura ser liberal "ma non troppo". "No contexto americano, de Estado mínimo, sou um heterodoxo."
"No Brasil, as situações e a experiência de política econômica são heterodoxas", diz. "Temos de navegar em um mundo de intervenção do Estado, onde o Estado é pesado." A PUC do Rio, "esse antro de neoliberais" onde estudou e até hoje dá aulas, é dissidência da Fundação Getúlio Vargas, essa sim, escola que seguiu por mais tempo o ideário ultraliberal da Escola de Chicago, que dominou países como o Chile nos anos 70.
Na PUC dos anos 70, Franco, estagiário, ajudou Edmar Bacha a escrever um bem-sucedido livro de introdução à economia, baseado no marxista polonês Michael Kalecki- o "Keynes de esquerda", para alguns, por ter antecipado ideias de John Maynard Keynes, santo padroeiro de muitos desenvolvimentistas. "O Edmar diz que eu é quem era o kaleckiano. Outro dia lemos que na Argentina queriam obrigar todo mundo a estudar Kalecki e pensamos: "Ora, vamos reeditar o livro"", brinca.
Após 40 minutos de conversa, pela primeira vez é acionada a campainha de chamar garçom. "Pode trazer aquelas coisinhas", pede Franco, íntimo da casa e do couvert, com delicados croquetes, risoles e outros acepipes. Indiferente ao ruído ambiente, Franco conta que, como professor na PUC, até adotou o manual kaleckiano escrito com Bacha.
"Seria ridículo ensinar economia pegando manual americano, escrito para um estudante que nem sabia o que era inflação, do tamanho que tínhamos, na época", defende-se. "Hoje, à medida que o Brasil fica mais normal, a integração com os livros-texto de outras partes do mundo fica mais tranquila."
Mas a economia brasileira não é excepcional? "É um velho tema", responde. E revela que, depois de ter produzido livros sobre a economia nas obras de Fernando Pessoa, Machado de Assis, Shakespeare e Goethe, se dedica a Kafka. Não o tcheco, Franz, mas um primo distante, o brasileiro Alexandre Kafka, ex-diretor do Brasil no FMI.
O Kafka brasileiro elaborou, nos anos 50, dez leis sobre a economia brasileira, uma delas, a "lei do comportamento discrepante", quando ainda era o Banco do Brasil que fazia política monetária: "Independentemente dos homens e suas intenções, sempre que o ministro da Fazenda se entrega à austeridade financeira, o Banco do Brasil escancara os cofres e vice-versa". Franco pretende atualizar e ampliar essas leis em um novo livro. "Não são leis da teoria, mas da sabedoria da política econômica, perfeitamente explicáveis dentro da teoria convencional."
"Simpatizo com a ideia de que o Brasil é meio diferente, mas morro de medo das implicações desse tipo de postura, principalmente no ensino." Admitir a excepcionalidade brasileira pode levar ao desprezo pelo estudo da teoria, na crença de que homens práticos, treinados na escola da vida, podem fazer coisas que dão certo, no fim, argumenta o filho de Guilherme Arinos, sem se dar conta da implicação edipiana do raciocínio.
Enquanto o garçom serve água, Franco conta sua experiência de edição, iniciada com a ideia, na Rio Bravo, de distribuir um livro como brinde de fim de ano, em lugar das óbvias agendas. Escolheram um discurso marcante de Rui Barbosa, feito antes do golpe de Floriano Peixoto na República recém-instalada. Franco fez a longa introdução ao texto, como historiador que é, autor de um ensaio sobre essa época que, na década de 80, lhe rendeu o prestigiado prêmio BNDES (Ph.D. por Harvard, sua tese lhe deu outro prêmio, o da Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia).
O êxito do livro e a decisão de repetir a dose no fim do ano seguinte levariam o economista a se lembrar de uma resenha, "Pessoa Neoliberal", do jornalista Carlos Franco (nenhum parentesco), sobre textos de Fernando Pessoa dedicados a temas econômicos. Gustavo Franco teve a ideia de organizar os textos do poeta em verbetes atuais. Embora não existissem os termos, Pessoa escreveu sobre globalização, privatizações e até e-mails. "Ele tem um texto sobre correspondência comercial, encantador, que é um guia para a escrita de e-mails", diz Franco. Ele publicou, a seguir, um livro com crônicas econômicas de Machado de Assis, por sugestão de Mário Rosso, especialista no escritor brasileiro. Reuniu, pela primeira vez, textos sobre um personagem machadiano nada mencionado, o "rentista", aplicador que, do Império à República, não se importa com a situação da empresa em que investe, desde que lhe garantam os dividendos.
Chegam os pratos e as lulas grelhadas pedidas por Franco são, claramente, a melhor pedida. Uma demonstração prática de como é injusta a assimetria de informações do mercado: o cordeiro pedido pelo repórter estava saboroso, mas não como a lula escolhida pelo economista, que costuma ir ao restaurante só para pedir o prato.
Após um livro sobre Shakespeare, em que, orgulhoso, contribuiu para a fortuna crítica shakespeariana com o cálculo original de quanto valeria hoje a fortuna monetária do próprio bardo, Franco patrocinou a tradução de livro sobre artes plásticas "Arte e Dinheiro". Diz gostar de arte contemporânea, mas reclama dos preços das obras. Lamenta estar tão valorizada a gravura de Cildo Meireles que ilustra a capa do livro "Zero Cruzeiro". "Na primeira vez em que vi, numa galeria, não custava quase nada, mas não achei graça, pensei: "Pô, brincando com coisa séria..."
O último livro prefaciado por ele e editado pela Rio Bravo foi o delicioso ensaio de Hans Christoph Binswanger sobre "Dinheiro e Magia" baseado na segunda parte de "Fausto", de Goethe, que chegou a inspirar seu discurso de despedida do BC. Ele demorou a planejar a edição do livro porque não encontrava um exemplar de segunda mão do original, e não queria comprar um novo, por US$ 150. Meio pão-duro, hein, Gustavo? (surpreso, ele ralha, incorporando Pessoa, ou Machado, entre risos: "Que coisa mais insolente!"). "Eu compro muito livro, 20, 30 por mês; controlar o vício é duro."
O controlado liberal Franco já confessou, no passado, ter votado em Fernando Collor para a Presidência "em legítima defesa" contra Lula. Admite que o voto em José Serra teve a mesma motivação, "não era o candidato ideal". Quem seria? "Fernando Henrique, Pedro Malan seriam candidatos de sonho."
FHC e Malan o apoiaram em um dos episódios mais dolorosos da vida do economista, o chamado caso Banestado, escândalo sobre remessas de dinheiro ao exterior que acabou misturando em uma CPI todo tipo de pessoa ligada de alguma maneira a contas CC5, alternativa legal de remeter divisas para fora do Brasil. O relator da CPI, José Mentor, vinculado ao então presidente do PT José Dirceu - e, tempos depois, envolvido ele próprio em um escândalo, o do mensalão -, pediu indiciamento de Franco, então presidente do BC.
Os processos judiciais contra Franco o deixaram tenso, e abalaram os filhos mais novos (ele tem quatro, dois deles na adolescência e outros dois já formados, uma em direito, trabalhando na área financeira, outro em cinema). Foi absolvido de todos os processos, em segunda instância. "Passou. Não me queixo, embora tenha havido exagero, tanto do Ministério Público quanto da militância petista, que abusou da ação popular", diz. "Eu queria ver o mesmo tratamento para os mensaleiros; ver enfrentarem o mesmo rigor que o Ministério Público teve conosco". Inocentado, diz querer "julgamento justo, sem impunidade" para que seus adversários justifiquem os recursos de campanha não contabilizados, razão do escândalo no governo do PT.
Entre os candidatos na disputa presidencial, prefere Aécio Neves, que considera capaz de "renovar a linguagem do partido". Poderia incorporar "as virtudes do governo Lula e Dilma, que eram do PSDB na origem", diz, citando o câmbio flutuante, a meta de inflação e o superávit primário nas contas públicas. "Dá para dizer que essa criatura é nossa, mas o importante a essa altura da vida é que tenha se tornado política de Estado", diz.
Os juros altos são o desafio para o governo, como foi a hiperinflação no passado, e uma das barreiras à queda dos juros para um dígito, nos bancos, é a competição com a caderneta de poupança, acredita. "Daqui para a frente vai precisar mexer na poupança e uma porção de outras coisas, mas vejo a administração hesitar." Um desafio urgente é o aumento de investimentos no país (taxa de formação bruta de capital fixo, em língua de economista). "Isso significa mudar hábitos quase seculares de empresário que sempre considerou beijo de morte tomar empréstimo fora do BNDES".
Para mudar o custo de crédito, diz ser preciso mexer em mecanismos do sistema financeiro, "próprios do mundo de juros nominais elevados", como a Selic, os CDI, instrumentos que nada mudaram, 15 anos após a vitória contra a hiperinflação. Admite: é difícil. Os depósitos compulsórios dos bancos alimentam o crédito agrícola, por exemplo. "Tudo começa com o tamanho do superávit primário..."
O garçom interrompe, com a sobremesa, que Franco escolhe fora do mostruário de doces: um sorvete "de chocolate chop chip". Ele critica o prazo curto de rolagem da dívida pública, exigência de credores habituados à remuneração diária. Pede o bloco de notas do repórter e apela ao desenho: "O juro que afeta a formação bruta de capital fixo é este aqui", diz, apontando uma dramática curva ascendente que retrata os juros do setor privado. "Não adianta contar com o capital externo."
Hora de lembrar que o real se apoiou fortemente no capital externo. Franco recorda a barra-pesada internacional encontrada pelos autores do Plano Real, que, em meio a crises, derrubaram a inflação de 1998 para 1,6%. "Um recorde pessoal, tá?" O câmbio sobrevalorizado foi o tsunami cambial da época, diz. "Como o ministro Mantega, não conseguimos desvalorizar a taxa de câmbio", diz, lembrando os sucessivos leilões cambiais no governo FHC. "Mas a gente precisava disso para dar a estocada final na inflação; agora não, a situação é criada pela política fiscal", diz, e repara: "Hoje o câmbio está mais baixo que na minha época".
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''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''


SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


13 de abril de 2012
O Globo

Manchete: Decisão histórica - Supremo libera aborto de fetos sem cérebro
Mulheres grávidas com bebê nessa condição não serão mais punidas

Por 8 votos a 2, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram ontem que não é crime para a mulher interromper a gestação em casos de feto anencéfalo (sem cérebro). Além de argumentar ser uma tortura obrigar levar adiante a gravidez nesses casos, a maioria entendeu que, como 100% dos bebes anencéfalos morrem logo após o parto, não haveria como falar em direito à vida. Para os críticos da decisão, o STF extrapolou suas funções atuando como legislador e abriu precedente perigoso para a ampliação do aborto em casos não previstos em lei. Já os defensores argumentam que a Corte fez história ao tratar do tema como uma questão de saúde pública. (Págs. 1, 3 e 4)

‘Dar à luz é dar à vida, e não dar à morte’
Ministro Ayres Britto

Foto-legenda: Feministas comemoram, na Praça dos Três Poderes, em frente ao STF, soltando balões: "A Justiça fez justiça com as mulheres brasileiras".

Base cede, e CPI prevê ampla apuração
Acordo fechado com a oposição inclui investigação de agentes privados ligados a Cachoeira

Após o impasse da véspera, líderes da base governista cederam e incluíram, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre as atividades de Carlinhos Cachoeira, a investigação de agentes privados ligados ao bicheiro. Apesar de ter conseguido um acordo que prevê ampla apuração, a oposição diz contar com a pressão da opinião pública, já que será minoria na CPMI. Parte dos governistas reagia à inclusão de agentes privados entre os alvos da comissão por temer que a investigação chegue à Delta, construtora que tem bilhões de reais em contratos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com governos estaduais comandados por aliados. Com o acordo fechado ontem, começou a coleta de assinaturas necessárias para a instalação da CPMI e o início dos trabalhos, previsto para a próxima semana. (Págs. 1 e 10)

Achados e perdidos
O senador Demóstenes Torres reapareceu na sessão do Conselho de Ética em que foi escolhido o relator de seu processo; cinco senadores recusaram a função. A Polícia Federal ainda procura Geovani Pereira da Silva, contador de Carlinhos Cachoeira. (Págs. 1, 9 e 12) 
Agnelo já admite ter encontrado bicheiro
Depois de negar encontro com Carlinhos Cachoeira, como indicaria conversa gravada entre o bicheiro e o araponga Dadá, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, admitiu ontem que esteve com o contraventor, quando era diretor da Anvisa. (Págs. 1 e 11)
Evento discute a pirataria dos tipos
A Bienal de Tipografia Latino-Americana, que começa hoje no Rio, tratará do uso indevido das fontes. (Págs. 1 e Segundo Caderno)
Mantega contra-ataca os bancos
A mando da presidente Dilma, Mantega disse que os bancos têm lucro demais e não precisam de corte de impostos para baixar juros. (Págs. 1, 23, Miriam Leitão e editorial "Embate nos juros não é de fácil solução")
Obama: Cuba não quer mudanças
Em entrevista ao Grupe de Diarios América, do qual o GLOBO faz parte, o presidente Obama diz que líderes cubanos não têm interesse em mudar as relações com os EUA. (Págs. 1, 30 e 31) 
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Folha de S. Paulo

Manchete: Supremo libera aborto de fetos sem cérebro
Por 8 votos a 2, prevaleceu a tese de que anencefalia inviabiliza a vida

O Supremo Tribunal Federal decidiu por 8 votos a 2 que as mulheres tem o direito de interromper a gravidez de fetos sem cérebro ou sem parte dele. A maioria entendeu que a anencefalia inviabiliza a vida após o parto.

Até então, as gestantes precisavam entrar na Justiça para conseguir a realização do aborto nesses casos. Ministros favoráveis à decisão disseram que ela não abre brecha para o aborto no caso de outras anomalias. (Págs. 1 e Cotidiano C1)

Análise

Há oito anos, o resultado do julgamento provavelmente teria sido diferente, diz Joaquim Falcão. (Págs. 1 e C1)

Criação de CPI do Cachoeira preocupa Dilma e divide petistas
A criação de uma CPI para investigar o empresário Carlinhos Cachoeira e suas relações com políticos preocupa Dilma Rousseff e provoca racha no PT. 

O temor da presidente é que aliados insatisfeitos usem a comissão para pressionar o governo. Entre os petistas, há divergência quanto ao apoio declarado pelo partido a CPI. (Págs. 1 e Poder A4) 

Rui Falcão: É preciso apurar relação de senador com a imprensa (Págs. 1 e Opinião A3)


Mônica Bergamo: Sarney aparece em grampo da PF que investiga o caso (Págs. 1 e Ilustrada E2)


Foto-legenda: Bancando o jogo
Acusado de defender interesses de Cachoeira, Demóstenes Torres (ex-DEM) reaparece no Senado, onde disse que provara ser inocente; relatoria de processo no Conselho de Ética foi recusada por cinco senadores. (Págs. 1 e Poder A6) 
Polícia prende em PE três suspeitos de canibalismo
Três pessoas foram presas sob a suspeita de matar, esquartejar, comer e enterrar partes dos corpos de ao menos três mulheres em Garanhuns (PE). Segundo a polícia, o primeiro crime foi relatado em um livro e registrado em cartório por um dos suspeitos. (Págs. 1 e Cotidiano C4) 
Foto-legenda: Todos por um
Blindado do Exército circula por rua de Francisco Beltrão (PR) em busca de um fuzil roubado de quartel; a ação mobilizou 250 militares de quatro cidades. (Págs. 1 e Cotidiano C4)
Coreia do Norte lança foguete mesmo após advertências
Apesar de ameaças, a Coreia do Norte lançou um foguete que, diz, serviria para por um satélite em órbita. EUA, Coreia do Sul e Japão dizem que a ação e um teste disfarçado de míssil de longa distância. O foguete se desintegrou e, segundo a Coreia do Sul, os destroços caíram no mar a 165 km de Seul. A Coreia do Norte não se manifestou. (Págs. 1 e Mundo A12)
Argentina estuda estatizar petroleira YPF, afirma jornal
A Argentina quer expropriar parte da YPF, produtora de petróleo subsidiária da espanhola Repsol. Segundo o jornal "Clarin", o governo enviou projeto ao Congresso para tornar públicas 50,01% das ações. Madri disse que a iniciativa terá consequências. (Págs. 1 e Mundo A16)
Por juros menores, governo sobe o tom contra bancos
O governo subiu o tom contra os bane os privados, que exigem contrapartidas para reduzir os juros de empréstimos. Após encontro com Dilma, Guido Mantega (Fazenda) atacou o setor. "Se são tão lucrativos, tem margem, sim, para reduzir taxas", afirmou. (Págs. 1 e Mercado B1)
Editoriais
Leia "Renegociação de risco", acerca de correção das dívidas dos Estados, e "Pedagogia e tecnologia", sobre informatização de salas de aula em SP. (Págs. 1 e Opinião A2)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Por 8 votos a 2, STF libera aborto de fetos sem cérebro
Ministros consideraram que anencéfalo não tem vida e, nesse caso, interrupção da gravidez deixa de ser crime

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem que mulheres que optam por abortar fetos anencéfalos e os médicos que provocam a interrupção da gravidez não cometem crime. Oito ministros votaram a favor e dois contra. A maioria entendeu que um feto com anencefalia é natimorto e, portanto, a interrupção da gravidez nesses casos não é comparada ao aborto, considerado crime pelo Código Penal. A coordenadora da área técnica da saúde da mulher do Ministério da Saúde, Esther Vilella, afirmou que o governo quer acelerar a habilitação de mais 30 centros, além dos 65 já existentes, para realizar os abortos nos casos previstos por lei. O governo reconhece que a procura deve crescer, mas não a ponto de sobrecarregar o sistema. (Págs. 1 e Vida A22 e A23)

Legislação é desconhecida

Em pesquisa do Hospital das Clínicas na capital paulista, 97% dos enfermeiros e 33% dos médicos disseram não saber quando o aborto é legal. (Págs. 1 e Vida A23)

Mantega critica bancos privados por juro alto e falta de crédito
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez duras críticas à posição dos bancos privados na concessão de crédito e no custo do dinheiro. Segundo ele, há todas as condições para que os bancos deixem de ser "campeões do spread". Para Mantega, as instituições ficam cobrando "a toda hora" mais medidas. "Eles querem jogar as contas nas costas do governo." (Págs. 1 e Economia B1 e B3)

Guido Mantega
Ministro da Fazenda

"Quero que os bancos tenham lucro, a partir do crédito, sem afligir os consumidores".

Escândalos antigos voltarão à tona na CPI do Cachoeira
A CPI do Cachoeira, que deve ser instalada na próxima semana, promete ressuscitar escândalos do governo Lula e pode esbarrar no financiamento ilícito de campanhas eleitorais. Ontem, o senador Demóstenes Torres, um dos alvos da investigação, apareceu de surpresa no Conselho de Ética. (Págs. 1 e Nacional A4) 
Delta fez nomeações

A construtora indicou nomeados a cargos-chave para manter sua influência na administração petista no Distrito Federal, mostram grampos. (Págs. 1 e Nacional A6) 

Greve em estádios preocupa Fifa
Onda de greves em obras de estádios da Copa preocupa a Fifa. Ontem, trabalhadores cruzaram os braços em Salvador. Em Fortaleza, a greve já dura dez dias. (Págs. 1 e Esportes E1)
MP quer demolir prédio no Morumbi em área ambiental
O Ministério Público está lançando uma ofensiva contra 30 prédios no Morumbi que, segundo os promotores, foram construídos em Área de Proteção Permanente, a poucos metros de nascentes e córregos. Um deles já é alvo de ação civil pública que pede sua demolição. (Págs. 1 e Cidades C1)
Cúpula das Américas debaterá uso de drogas (Págs. 1 e Internacional A17)


Síria tem trégua, que será testada hoje
O regime sírio cumpriu ontem a promessa de cessar-fogo, relata o enviado especial a Damasco, Lourival Sant'Anna. O grande teste será hoje, nos protestos da oposição. (Págs. 1 e Internacional A12) 
Imon Homero
Aspectos positivos em destaque

Os gestos de amizade entre Brasil e EUA durante visita da presidente Dilma mascaram série de discórdias em questões importantes. (Págs. 1 e Visão Global, Al8) 

Fernando Gabeira
O vapor de Cachoeira

Se ele foi capaz de criar suas leis, aprovando-as no âmbito estadual e levando-as à esfera nacional, o que não podem outros grupos poderosos? (Págs. 1 e Espaço Aberto, A2) 

Washington Novaes
Difícil, mas não há outro caminho

Parece que o governo não pretende aproveitar a Rio+20 para discutir a nossa matriz energética. Mas não há outro caminho. (Págs. 1 e Espaço Aberto, A2) 

Notas & Informações
A CPI deve ir em frente

A sociedade receia que um arreglo faça da CPI uma pizza antes até de começar. (Págs. 1 e A3)

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Correio Braziliense

Manchete: "Essa crise é do DEM e do PSDB", diz Agnelo
Em entrevista ao Correio Braziliense, o governador do Distrito Federal nega ligações com a quadrilha do bicheiro Carlinhos Cachoeira. Para ele, o que existe é uma tentativa “desesperada” de envolvê-lo no esquema criminoso do contraventor. "É bom lembrar que Demóstenes, no epicentro desse escândalo, foi quem pediu o meu impeachment no ano passado", diz. (Págs. 1 e 3)
1, 2, 3, 4, 5.. Ufa, um relator!
Na hora do vamos ver, todos pularam fora. Só no sexto sorteio, o Conselho de Ética conseguiu um relator, Humberto Costa, para o processo contra Demóstenes, que esteve na Casa e acompanhou tudo. (Págs. 1 e 2)
Polícia e MP abertos a araponga
Espião ligado a Cachoeira tinha acesso a processos do Ministério Público do DF e da Polícia Civil e repassou ao contraventor informações sobre a possível ocorrência de três operações da PF em 2011. (Págs. 1 e 4)
Cracolândia na porta da polícia
A cena se repete de manhã, de tarde, de noite: moradores de rua que vivem no Sudoeste transformaram uma caixa de medidores da Caesb e uma parada de ônibus às margens da Epig em pontos de consumo de drogas. E tudo a apenas 70 metros do Departamento de Polícia Especializada (DPE) e a 450m de um posto da PM. (Págs. 1 e 23)
STF libera aborto de fetos sem cérebro
Em julgamento concluído ontem, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por 8 votos a 2, que mulheres grávidas de feto anencéfalo poderão interromper a gravidez sem que a atitude seja considerada crime. Até então a legislação brasileira só permitia o aborto em casos de estupro e de gestação com risco para a vida da mulher. (Págs. 1 e 8)
UTI da morte: Treze casos sob suspeita no Hospital de Santa Maria
Pacientes que ocuparam um leito da unidade no ano passado morreram por terem recebido ar comprimido em vez de oxigênio. Segundo médicos e enfermeiros, a tubulação estava trocada. (Págs. 1 e 24)
Caso Bauer: Livre na Europa, assassino pega 18 anos de cadeia
Marcelo Bauer foi condenado ontem pela morte da estudante Thaís Mendonça, crime ocorrido em 1987. Com dupla cidadania alemã, ele não pode ser extraditado para o Brasil. (Págs. 1 e 28)
Consumo: Prestação baixa vira armadilha
Sem se preocupar com as taxas de juros, o brasileiro foi às compras apostando que o valor das parcelas caberia no orçamento familiar. O resultado é o endividamento de grande parte da população. (Págs. 1 e 9)
Renda máxima para o Fies é de R$ 12,4 mil (Págs. 1 e 25)


Bancos privados cedem e começam a reduzir os juros (Págs. 1 e 10)


Visto para os EUA custará até US$ 405 (Págs. 1 e 25)


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Valor Econômico

Manchete: Pacote para portos traz concessões e reforma na gestão
O governo finaliza um pacote para encarar um dos grandes gargalos da infraestrutura do país: modernizar e alavancar investimentos no setor portuário. Sem qualquer aprimoramento relevante, os portos aumentaram em 67% a movimentação total de cargas nos últimos dez anos. Os contornos das medidas apontam para três direções: leilão de novos portos públicos, licitação de 98 terminais existentes e renegociação dos contratos de delegação de 16 portos da União (administrados por governos estaduais e municipais).

O novo porto de Manaus, com foco na movimentação de contêineres, deve ser o primeiro a ser leiloado. Em seguida, devem ser licitados os projetos do Porto de Águas Profundas (ES) e do Porto Sul da Bahia, na região de Ilhéus. Também pode ir a leilão o Porto de Imbituba (SC), o único hoje administrado pela iniciativa privada e cuja concessão expira em 2012. O prazo previsto das concessões deve ser de 25 anos, renováveis por igual período. (Págs. 1 e A3)

Foto-legenda: Busca da autossuficiência
A AACD passa a contar com uma gestão profissionalizada, liderada por João Octaviano Machado, cuja principal meta é tornar a entidade totalmente autossuficiente. (Págs. 1 e B4)
Yser investe R$ 2,4 bilhões em resinas
Com projeto orçado em R$ 2,4 bilhões, o grupo português Yser, especializado na produção de resinas vegetais, está em busca de terras para arrendar em Minas Gerais para formar o que poderá ser sua maior área florestal de pinus. O objetivo é a produção de carvão e a extração de resina usada na fabricação de derivados. Hoje, a maior parte da resina que abastece as fábricas do grupo vem da China. O plano prevê o plantio em 100 mil hectares, disse Bernardo Maia, principal executivo do grupo, que pertence à sua família.

Em Minas serão construídos também cinco usinas para produção de carvão vegetal. A empresa tem duas fábricas no Brasil (São Paulo e Curitiba) e outra em Portugal. (Págs. 1 e A13)

Cosan negocia compra da Comgás
Depois de perder o páreo para a Petrobras na disputa pela Gas Brasiliano Distribuidora, controlada pela italiana Eni, a Cosan está em negociações para a compra da participação da British Gas (BG) na Companhia de Gás de São Paulo (Comgás). O investimento é considerado estratégico para o portfólio da Cosan na área de energia.

A empresa de Rubens Ometto não quis informar o preço do negócio, mas o Valor apurou que a transação envolvendo os 60,1% da BG na Comgás está avaliada entre R$ 3,4 bilhões a R$ 3,7 bilhões. O ágio da transação pode ficar em torno de 20%. (Págs. 1 e B8)


Pela primeira vez, CUT será presidida por um bancário
Maior central sindical do país, com 2,2 mil sindicatos filiados, a CUT será presidida pela primeira vez, quase 30 anos depois da sua criação, por um bancário. Atual tesoureiro da entidade e ex-caixa do Bradesco, Vagner Freitas, de 45 anos, tem apoio da corrente majoritária da central e deverá ser eleito presidente no Congresso Nacional da CUT, em julho.

Para Freitas, apenas os bancos públicos estão cumprindo o papel "de auxiliar o desenvolvimento do Brasil". O sindicalista segue a linha da presidente Dilma, eleita pelo PT - partido do qual se diz um "militante crítico" -, e cobra dos bancos privados mais financiamentos para auxiliar o crescimento do país e a redução dos spreads bancários. (Págs. 1 e A16)

Usinas eólicas geram menos que o previsto
A implantação de projetos de energia eólica enfrenta problemas no país, como atrasos nos sistemas de transmissão e limitação da capacidade de atendimento dos órgãos ambientais. Mas as dificuldades vão além e incluem a oferta de energia abaixo do esperado. De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), nos últimos 12 meses, até março, 14 de 20 parques que se conectam diretamente ao Sistema Interligado Nacional estavam com fator de capacidade (índice de eficiência) inferior ao declarado inicialmente. Em alguns casos, estão produzindo 40% menos que o previsto. Em vez dos 339 MW médios de energia que os 20 parques deveriam gerar, só 294 MW médios foram produzidos. (Págs. 1 e B8)
Caixa concentra a venda de título imobiliário para FGTS
A Caixa Econômica Federal vai ficar com quase todos os recursos destinados pelo FGTS para a compra de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), títulos com lastro em financiamentos habitacionais de bancos. Dos R$ 2,5 bilhões reservados pelo fundo para esse fim, a Caixa deve levar cerca de R$ 2,2 bilhões, apurou o Valor. O resultado irritou outras instituições que participaram do processo. Além da Caixa, que também é o agente operador do FGTS, pelo menos quatro bancos fizeram ofertas: Banco do Brasil, HSBC, Itaú e Santander.

Segundo as regras do processo, os bancos deveriam apresentar o volume total de créditos para venda e, em caso de excesso de demanda, as propostas seriam atendidas proporcionalmente. Para obter a maior parte dos recursos, a Caixa teria feito proposta de securitizar mais de R$ 30 bilhões de sua carteira imobiliária. (Págs. 1 e C1)

Um liberal 'ma non troppo'
Para muitos, ele dificilmente deixará de ser o arrogante presidente do Banco Central que sustentou a política do real sobrevalorizado até que a crise da Rússia sacudiu a economia brasileira. Um abalo que o derrubou do BC e obrigou o governo a liberar a moeda para flutuar ao sabor do mercado. Hoje sócio da Rio Bravo Investimentos, Gustavo Franco não mostra arrogância: é gentil e paciente, sem deixar de ser apaixonado pelo que faz, na economia ou na literatura. Aos 56 anos, jura ser um liberal, "ma non troppo". "No contexto americano, de Estado mínimo, sou um heterodoxo", diz "À Mesa com o Valor", durante almoço no restaurante Antiquarius, do Rio. (Págs. 1 e Eu & Fim de Semana)
Mais de R$ 5 bi em ofertas de ações vão testar a investidor (Págs. 1 e B1)


GE e Caterpillar disputam mercado de locomotivas (Págs. 1 e B11)


Venda de PCs cresce 2,3%
As vendas mundiais de computadores cresceram 2,3% no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2011. A HP lidera o setor, seguida por Lenovo e Dell. Juntas, têm 43% do mercado. (Págs. 1 e B3) 
Investimentos da Contax
A Contax, maior empresa de call center do país, vai investir R$ 400 milhões em modernização e tecnologia nos próximos 24 meses. Os recursos virão de financiamento do BNDES e emissão de debêntures, também com apoio do banco estatal. (Págs. 1 e B6)
DOF amplia frota de navios
O norueguês DOF ASA, controlador no Brasil das empresas Norskan Offshore e DOF Subsea, que atuam no apoio marítimo à exploração de petróleo, vai investir US$ 500 milhões nos próximos dois anos para ampliar a frota, hoje com 24 embarcações. (Págs. 1 e B7)
MP investiga a Celpa
O Ministério Público Federal no Pará vai pedir a quebra do sigilo bancário da Centrais Elétricas do Pará (Celpa). O órgão suspeita de empréstimos irregulares entre companhias do grupo Rede Energia, controlador da distribuidora. (Págs. 1 e B9) 
Seca ameaça lideranças da soja
Prestes a ser ultrapassada pelo milho como na colheita brasileira de grãos - o que não acontecia há mais de uma década -, a soja também poderá perder, para a cana, a posição de cultura com maior valor bruto da produção (VBP) no país. (Págs. 1 e B14) 
CNJ cria banco de dados Judiciário
O Conselho Nacional de Justiça lança hoje um banco de dados que permitirá a pessoas e empresas saberem quantos processos há contra elas no Judiciário. O sistema começa a funcionar com 33 milhões de processos do Distrito Federal e mais sete Estados. (Págs. 1 e E2) 
O conservadorismo busca um rumo
Confrontada com um momento de "dúvidas existenciais", a direita brasileira enxerga na nova classe média o caminho mais propício para o pensamento liberal e conservador no país. (Págs. 1 e Eu & Fim de Semana)
Ideias
Claudia Safatle

A presidente Dilma Rousseff resolveu comprar a briga do spread com os bancos, cuja reação julgou inadequada. (Págs. 1 e A2)

Ideias
Maria Cristina Fernandes

A presidente monta uma ampla aliança política para isolar o sistema financeiro na guerra do spread. (Págs. 1 e A6)

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