PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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sábado, junho 16, 2007

EDITORIAL: SESSÃO DA TARDE!

EDITORIAL – 16 de junho de 2007.

SESSÃO DA TARDE: Reprises
[Uahhh! (bocejo)].

A política brasileira tornou-se tão surrealista que faria Salvador Dali torcer ainda mais o seu bigode. E, desse modo, nos induzir à condução deste Editorial (amadoristicamente) numa crítica de artes ou mais especificamente numa crítica de cinema, haja vista o volume de enredos que se postam todas as semanas, material esse que comporiam rolos e mais rolos de filmes para “reality show” algum botar defeito (já imaginou se aquela Casa fosse vigiada 24 horas por dia???).
A semana que passou focalizamos nossa análise a partir do filme “Operação França”. Esta semana estamos fadados a conduzir nosso “enredo” tomando como base la película “Todos os homens do presidente”[1], outro clássico do cinema-investigatório que mostra o ardil envolvendo a CIA e o poder político americano. Por outro lado, estamos em dúvida se não seria melhor um “trade off” entre a política brasileira e a trama do “O nome da rosa”, a medida que o representante clérico da “irmandade” entrou em cena (literalmente), ou ainda, enfatizar a atuação do “grilo falante” amigo de “pinóquio”, ou quem sabe comentar sobre o “burrinho” companheiro de "Shrek"? Ou o Tubarão ("Shark") seria mais apropriado? Tramas e personagens não faltam na política brasileira para a produção de documentários de longa metragem.
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Na tentativa de organizar o pensamento, entendemos que seja útil recordarmos dois conceitos antagônicos, porém, fundamentais para qualquer sociedade politicamente organizada, uma vez que a falta do primeiro implicará no excesso do segundo: ética e corrupção. i) ÉTICA [Do lat. ethica < gr. ethiké.] S. f. Filos. 1. Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, seja de modo absoluto, ii) CORRUPÇÃO [Do lat. corruptione.] S. f. 1. Ato ou efeito de corromper; decomposição, putrefação. 2. Fig. Devassidão, depravação, perversão. 3. Fig. Suborno, peita. (Dicionário Aurélio, Século XXI).
A partir do momento em que a Polícia Federal (PF) passou a atuar firmemente como “caça-fantasmas” ("Ghostbusters") montando grupos de investigadores em operações, que o tema corrupção e seus desdobramentos tomaram conta do noticiário diário nos meios de comunicação. Daí, vindo ao conhecimento público os “atores” e as tramas. Alguns deles, amadores [ainda coadjuva(va)ntes], outros profissionais, com participação em várias produções, há vários anos, com trânsito e desenvoltura em qualquer “setting” ou ambiente.
Entre as operações deflagradas pela PF, duas delas roubaram (sem metáfora) a cena: as Operações Navalha na Carne e Xeque-Mate. Em ambas evidenciando-se a participação do presidente do Senado, Renan Calheiros. E, na operação Xeque-Mate, enfatizando-se a participação do irmão mais velho do presidente Lula (Genivaldo Inácio da Silva, o Vavá), de um segundo irmão do Presidente (José Ferreira da Silva, o Frei Chico), e também, de um compadre do Lula (Dario Morelli Filho). Todos eles com fortes indícios de envolvimento nas denúncias de suborno. Do outro lado, Zuleido Soares Veras (Construtora Gautama), Nilton Cezar Servo (ex-deputado) e seu filho Victor Servo, Cláudio Gontijo (Construtora Mendes Júnior) e, Mônica Veloso.
A questão intrigante que fundamenta a “pergunta que não quer calar” é a seguinte: existe diferença entre corrupção ou corrupto, em termos de grau? Podemos definir uma corrupção em grau maior (um corrupto maior) e outra em grau menor (um corrupto menor)? Isto porque estamos percebendo uma forte tentativa desse “fio” condutor nos discursos dos envolvidos, seja pelos próprios, por seus advogados ou pelos seus parentes e amigos. E desse modo, a tentativa de se fazer uma analogia entre peixes grandes (tubarões) e peixes miúdos (lambaris), como se toda essa espécime não pertencesse ao mesmo “reino animal” (animalia). Ou se no “reino” da corrupção o estado da “putrefação” não fosse o mesmo. Quanto a “analogia” pretendida, existe a tentativa de se relacionar o “grau de corrupção” com o montante financeiro envolvido: R$16.500,00 é maior que R$2.000,00. [Óbvio, enquanto valor!]. O primeiro valor referente às despesas mensais da jornalista Mônica Veloso/Renan Calheiros, pagas pelo lobista Cláudio Gontijo, funcionário da Construtora Mendes Júnior. Já, a quantia de R$2.000,00, segundo a denúncia, foi pedida por Vavá ao ex-deputado Nilton Cezar Servo, a título de “mimo”, em troca de favores prestados, leia-se: “tráfico de influência”, segundo o relatório da PF, pelo qual Vavá está sendo indiciado.
Quanto à ética, a definição abrange os aspectos relativo e absoluto em termos de conduta humana. Até que ponto a jornalista poderia ser “relativizada” em seu comportamento ético? Entre o período das benesses e o da denúncia?
É possível entendermos que, enquanto a jornalista recebia os “proventos”, ela seria uma corrupta passiva (e anti-ética)? Porém, a partir de sua entrevista ao jornalista Policarpo Júnior, da revista Veja, ela se tornou uma “Nicéia” e, então, novamente tendo sua conduta “relativizada”, por certa semelhança com a delação premiada? E assim, tornando-se absolutamente ética?
Todavia, segundo Marcelo de Freitas Gimenez[2], a delação premiada vem sendo severamente criticada por dois aspectos: 1) “Sob o ponto de vista sócio-psicológico ela é considerada imoral ou, no mínimo, aética, pois estimula a traição, comportamento insuportável para os padrões morais modernos, seja dos homens de bem, seja dos mais vis criminosos”, 2) “Sob o aspecto jurídico, indiretamente rompe com o princípio da proporcionalidade da pena, já que se punirá com penas diferentes pessoas envolvidas no mesmo fato e com idênticos graus de culpabilidade”.
E o que poderíamos comentar sobre o Conselho de Ética? Ou sobre o comportamento (de alguns) de seus componentes? Durante a semana já foram postadas várias notícias a esse respeito. E, nenhuma delas alvissareiras!!!
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Finalmente, torna-se quase impossível não retornar ao cinema (naquele conceito de que "a vida imita a arte”) e nos reportarmos ao “Poderoso Chefão”. Basta saber que é o Don Vito Corleone.
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[-- Take 1: O telefone. (Silêncio! gravando!!!)].

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[1] Título Original: "All the President's Men". (EUA): 1976. Estúdio: Warner Bros. [www.adorocinema.com.br]
[2] http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=3620