PENSAR "GRANDE":

***************************************************
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
***************************************************


“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

----

''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

=========
# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

***

quinta-feira, setembro 06, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] 12 DE SETEMBRO [DIA DA "INDEPENDÊNCIA"]











[Chargistas: Samuca, Lane, MBorges, Novaes, Amarildo, Cláudio, Frank].

RECEITA FEDERAL: LEÃO FAMINTO E INSACIÁVEL

Mudança na declaração do IR elimina 5 milhões de dependentes

BRASÍLIA - O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, informou nesta quinta-feira, 6, que a obrigatoriedade de os contribuintes informarem o CPF dos dependentes na declaração do Imposto de Renda Pessoa Física neste ano, fez com que 5 milhões de dependentes desaparecessem das declarações. O secretário estima que isso deve gerar cerca de R$ 1 bilhão extras aos cofres públicos, já que afeta as restituições do Imposto de Renda - que no caso serão menores - e o imposto a pagar - que serão maiores. Segundo ele, medidas desse tipo - que mostram o aumento da eficiência da arrecadação - ajudam a explicar o crescimento das receitas, mesmo sem a elevação de alíquotas de impostos.
CPMF
Após sua participação na audiência pública destinada a debater a prorrogação da CPMF, Rachid disse que o cálculo que fez no início de sua exposição, que mostrava que para compensar a eliminação da CPMF o PIS e o Cofins teriam que subir era apenas para reflexão e não se trata de um Plano B do governo. "Com a eliminação da CPMF, seria necessário fazer receitas sobre outros tributos mais vulneráveis", disse. O secretário também mencionou a necessidade de se reduzir programas sociais. Mas ele trabalha com um cenário de aprovação da CPMF do jeito que está. Ele voltou a dizer que o tributo é eficaz para arrecadar e para a fiscalização tributária. Rachid afirmou que o debate em torno da CPMF tem de deixar o terreno da emoção e ser mais racional. Para o secretário desonerações tributárias tem de ser avaliadas mais profundamente e ver qual as mais eficazes para a economia. FABIO GRANER - Agencia Estado.

RENAN CALHEIROS [In:] SESSÃO SECRETA (... FAÇAM SUAS APOSTAS!!!)

Senado decidirá cassação de Renan em sessão secreta

O Senado Federal deve decidir não apenas em votação secreta, mas também em sessão reservada o destino político do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) na próxima quarta-feira. Renan confirmou hoje que a sessão que vai analisar o projeto que recomenda a sua perda de mandato será secreta. "Cada um vai decidir no voto secreto, na sessão secreta, o que vai fazer", afirmou. O regimento interno do Senado Federal, em seu artigo 197, estabelece que as sessões para análise de perdas de mandato devem ser secretas, assim como o voto dos senadores. Entre os itens previstos para que a sessão do plenário se transforme em secreta, está o julgamento da perda de mandato de parlamentares. Se os senadores cumprirem à risca o que determina o regimento do Senado, os parlamentares vão se fechar no plenário da Casa sem que ninguém possa ter acesso aos discursos realizados pela defesa e a acusação de Renan. Os senadores vão divulgar, apenas, o resultado da votação secreta que vai recomendar a perda de mandato ou a absolvição do presidente da Casa. O regimento determina que, nas sessões secretas, antes de se iniciarem os trabalhos, o presidente da Casa determinará a saída de todas as pessoas estranhas, inclusive funcionários, das tribunas, galerias e qualquer espaço do plenário. O regimento prevê, no entanto, que o presidente poderá admitir na sessão, a seu juízo, a presença dos servidores que julgar necessários para a votação. A sessão deve ser presidida pelo primeiro vice-presidente da Casa, Tião Viana (PT-AC), uma vez que Renan é alvo do projeto que determina a perda do seu mandato. Alguns senadores já haviam se manifestado contrários à sessão secreta nesta quarta-feira, depois que o Conselho de Ética do Senado aprovou o relatório que recomenda a perda de mandato de Renan. "Não tem nenhuma base para sessão secreta, a base que temos é da decisão [voto] secreta", disse o senador Renato Casagrande (PSB-ES). Em 2000, o então senador Luiz Estevão (PMDB-DF) teve sua cassação aprovada pelo plenário do Senado em sessão e votação secretas.
Câmara
Na Câmara, ao contrário do Senado, o regimento interno estabelece que apenas a votação seja secreta, mas os discursos e ritos da sessão são públicos e abertos à toda a população. No ano passado --em diversas sessões do plenário da Câmara em que se decidiu o destino dos mandados dos chamados mensaleiros-- as sessões sempre foram abertas ao público e à imprensa. Gabriela Guerreiro, Folha Online.

RENAN CALHEIROS 'BY' LULA [In:] ... É MUITO JOIO NA MESSE!

Renan tem o direito de se defender, diz Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira (6) a agilidade na investigação de denúncias e o amplo direito à defesa do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que enfrenta três processos no Conselho de Ética da Casa, e do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu (PT), que responderá a ações penais sobre suposta participação no esquema do mensalão. “É bom que seja garantido o direito do acusador e daquele que vai se defender. É preciso agilidade no processo e que se separe o joio do trigo”, afirmou durante entrevista coletiva concedida a rádios. “Eu acho que o Renan, como todo e qualquer cidadão, tem o direito de se defender. Ele diz que não concorda com as denúncias”, disse, ressaltando que o processo de investigação, independente de ocorrer no Congresso ou na Justiça, é o que se espera de “qualquer nação democrática”. Sobre o início do processo contra o ex-ministro, Lula comentou as declarações dadas no 3º Congresso do PT. “Não podemos permitir que as pessoas sejam execradas antes do julgamento ter terminado. Disse e reafirmo. Todo ser humano é inocente até prova em contrário. Em algum momento da história do Brasil, todos eram culpados até prova em contrário”.
Voto secreto
Questionado sobre o voto secreto em plenário, na sessão que decidirá sobre a cassação do mandato de Renan, Lula ponderou. Disse que é favor de que o Congresso faça suas normas. “Goste eu ou não, elas existem”. Segundo ele, a “pressão partidária e da sociedade” é um dos motivos para ser feita uma votação secreta. “Mas eu, por mim, da mesma forma que falava quando era oposição, votaria e dizia o que estava votando”, respondeu. O presidente, no entanto, deixou claro que é favor de que o Congresso faça suas normas. “Goste eu ou não, elas existem”.
Foro privilegiado
Lula citou o exemplo do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, investigado por suspeita de ter movimentado dinheiro no exterior sem declarar à Receita, para defender o foro privilegiado. Segundo o presidente, uma autoridade não pode estar sujeita a uma decisão judicial de primeiro grau que possa atrapalhar o desempenho da função pública. “Se não tiver esse tratamento, você pega o juiz lá de Caetés (PE), o Meirelles passa lá e o juiz manda prender”, exemplificou. Para o presidente, este assunto tem que ser “tratado com carinho”. “É como você olhar o mar, do avião, e achar que pode nadar. Aí quando você estiver lá (no mar) vai ver que é difícil. No governo é assim. Tudo é muito vigiado, tudo é muito difícil porque nós criamos essas condições. Não tem culpado”, disse.
CPMF
Lula também defendeu a prorrogação da CPMF, que, pela lei, deveria ser extinta em 31 de dezembro deste ano. O imposto tem um percentual de 0,38% cobrado sobre as operações financeiras. “O Brasil não pode prescindir de R$ 40 bilhões. Você tem um forte programa de transferência de renda, que é uma forma de ajudar a parte mais pobre. É um imposto justo e fiscalizador. Ele dá visibilidade a qualquer percepção de sonegação. Se as pessoas querem extinguir, que proponham outro.” E negou ter aumentado a carga tributária. “Há algumas razões para a carga tributária aumentar. Uma delas é aumentar imposto. E nós não aumentamos”, disse. “Na hora em que a economia cresce, as pessoas ganham mais e pagam mais [impostos]. Nós queremos que o Estado brasileiro arrecade o que precisa arrecadar com mais eficiência, para ter mais política de transferência de renda, de educação e crescer.”
Inflação
No final da entrevista, o presidente falou sobre a redução no ritmo de queda nos juros. Na quarta (5), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou o corte de 0,25 ponto percentual na taxa Selic, para 11,25% ao ano. Nas duas reuniões anteriores do Copom, em junho e julho, os juros haviam caído 0,5 ponto percentual em cada uma. egundo Lula, a medida visa manter o país dentro da meta de inflação, apontando que alguns setores de alimentos têm dado sinais de aumento de preço. "Não iremos permitir que a inflação volte. Porque a hora que voltar, o prejuízo é direto no bolso das pessoas que vivem de salário e dos mais pobres". le disse que o Banco Central continuará monitorando a meta de inflação, que é de 4,5% para este ano, "porque quando a inflação atinge dois dígitos ninguém segura mais". E mandou um recado. "Quem está apostando na volta da inflação para ganhar dinheiro, quero falar: tire o cavalo da chuva, porque não vai voltar". G1, SP.

GOVERNO LULA 'BY' LULA [In:] INCÓLUME & IMACULADO!

Governo está tirando lixo que está sob o tapete, diz Lula

SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quinta-feira, 6, que não vê corrupção generalizada e que o governo está trabalhando para apurar as todas as denúncias. "Nós estamos tirando o lixo debaixo do tapete", afirmou em entrevista transmitida pela Rádio Eldorado. Esta foi a primeira entrevista coletiva a emissoras de rádio do País do segundo mandato do presidente. Sobre o caso Renan, Lula defendeu o respeito ao "processo democrático" e às investigações. "Eu acho que o Renan tem o direito de se defender", disse. "Nós não podemos permitir que as pessoas sejam execradas antes que o processo esteja terminado. Você condena as pessoas antes da defesa. Todo ser humano é inocente até provem o contrário. Não sou eu que vou dar um veredicto. O que eu posso fazer é criar recursos para que a polícia possa investigar", completou. Perguntado se é favor do foro privilegiado, Lula disse que não concorda com o foro do cidadão universitário e um cidadão sem estudo. "Um cidadão que rouba um milhão e o que roubou um real tem que ter um julgamento igual. Só que o que um roubou um milhão tem condições de um julgamento que o outro não pode contratar um advogado". estadão.com

VATICANO: CIÊNCIA & RELIGIÃO (FÉ)

Vaticano critica decisão sobre híbridos

A decisão da Grã-Bretanha de autorizar a criação de embriões híbridos, gerados a partir da integração de DNA humano em óvulos de animais, é um "ato monstruoso", afirmou nesta quarta-feira (5) monsenhor Elio Sgreccia, presidente da Academia Pontifical para a Vida. "É um ato monstruoso que vai contra a dignidade humana", declarou o prelado à Rádio Vaticano. "É necessário que a comunidade científica se mobilize o mais rápido possível. Acreditamos que o governo britânico cedeu diante dos pedidos, sem dúvida imorais, de um grupo de cientistas", acrescentou o monsenhor Sgreccia. A Autoridade Britânica de Fertilidade Humana e Embriologia (HFEA) deu nesta quarta-feira sua aprovação "de princípio" à polêmica criação de embriões híbridos, a partir da integração de DNA humano em óvulos de animais e destinados à investigação de doenças como o mal de Alzheimer. A decisão da HFEA se baseia na necessidade de amenizar a falta de ovócitos humanos destinados à clonagem de embriões com fins terapêuticos, fato permitido na Grã-Bretanha, diferentemente de outros países, como a França. O Vaticano sempre se opôs a qualquer tipo de manipulação de embriões, por considerá-los seres humanos sob qualquer circunstância. No final de junho, o Papa Bento XVI lembrou da posição da Igreja Católica sobre o tema, que estipula que "a investigação científica deve ser fomentada, mas não deve se desenvolver em detrimento dos outros seres humanos, cuja dignidade é intocável desde os primeiros momentos da existência". G1, France Presse.

RENAN CALHEIROS [In:] SUPER-AMIGOS


Renan Calheiros (PMDB-AL) e sua tropa estão furiosos com o PT. Ameaçam transformar a ira em retaliação ao Palácio do Planalto. Responsabilizam Lula pela decisão do petismo de liberar os seus senadores para votar como bem entenderem no processo de cassação do mandato do presidente do Senado. Em privado, Renan já vinha se queixando da “dubiedade” de Lula. Entre quatro paredes, o presidente mostra-se solidário com o “aliado”. A solidariedade, porém, não vem se traduzindo em suporte prático. A irritação da milícia congressual de Renan transbordou nesta quarta-feira (5). Os três senadores do PT com assento no Conselho de Ética –Eduardo Suplicy (SP), Augusto Botelho (RR) e João Pedro (AM)— votaram a favor da poda do mandato do presidente do Senado. Não é só. Nos subterrâneos, os partidários de Renan destilam a suspeita de que outros três petistas tendem a votar a favor da cassação no plenário do Senado: Delcídio Amaral (MS), Aloizio Mercadante (SP) e Flávio Arns (PR). Confirmando-se o mau presságio, Renan teria contra si metade da bancada do PT no Senado, composta de 12 senadores. Embora assediado por suspeições de cunho técnico, Renan considera-se vítima de um “julgamento político”. E não se conforma com a deserção de senadores consorciados ao bloco governista. No caso do PT, debita a virada de casaca à decisão de Ideli Sanvatti (SC), líder do PT, de liberar os seus liderados para votar segundo a vontade de cada um. Renan e sua soldadesca acham que Ideli não teria agido por conta própria. Crêem que a senadora move-se com autorização do Palácio do Planalto. A desconfiança tonificou-se depois que, em entrevista, Lula lavou as mãos: “O problema é do Congresso”. O presidente do Senado pensa de modo diverso. Em reserva, diz que o problema, por político, é também do governo. Acha que Lula brinca com fogo. Perdendo-o, arrisca-se a abrir espaço para que a oposição acomode em sua cadeira um senador oposicionista. Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), por exemplo. O mal-estar do naco do PMDB que ainda devota fidelidade a Renan começou a transbordar o ambiente dos gabinetes fechados. “Nós apoiamos o governo e esperamos reciprocidade”, disse, nesta quarta, Gilvan Borges (PMDB-AP), ligado a José Sarney (PMDB-AP). No Planalto, faz-se uma avaliação diversa. O blog conversou com um auxiliar de Lula. Disse o seguinte: 1) o governo gostaria que Renan se safasse. Mas o destino do aliado depende mais dele próprio, não do Planalto. É Renan quem tem de prover explicações que convençam os seus pares; 2) a absolvição de Renan não estancará a crise. Há outras três representações contra o senador esperando na fila do Conselho de Ética; 3) o risco de um “day after” com a cara de Jarbas Vasconcelos não é incontornável. O governo tem bala na agulha para eleger um senador como Gerson Camata (PMDB-ES). De resto, o auxiliar de Lula lembra que o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), já fez chegar ao Planalto a informação de que o partido não associa o eventual infortúnio de Renan à relação que mantém com o governo. Temer, aliás, vem adotando posição cautelosa. Em público, diz que deseja para Renan um “julgamento justo”. Em privado, afirma que as suspeitas que rondam o senador não dizem respeito ao partido como instituição. Chega mesmo a dizer que, em função da luz própria de Renan e da relevância do cargo que ocupa, a crise não respinga no PMDB. Seja como for, a perspectiva de debandada de senadores filiados a partidos governistas leva pânico à tropa de Renan. Até a semana passada, o grupo do senador estimava uma absolvição com pelo menos 50 votos –nove a mais do que os 41 necessários. Agora, trabalha-se com números menos ambiciosos. Na previsão otimista, 46. Na pessimista, 42. Às voltas com cenários assim, roçando o infortúnio, a dúzia de senadores do PT converte-se em fiel da balança. Escrito por Josias de Souza, Folha Online.

"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

[Morre] Pavarotti, cantor de voz belíssima, com dicção impecável. SÃO PAULO - Um timbre privilegiado, com grande riqueza de coloridos - a sua mais notável qualidade, ele a recebeu como uma dádiva da natureza: nasceu tenor. Ao contrário de cantores como Carlos Bergonzi ou Plácido Domingo, que iniciaram a carreira como barítonos e, depois, reiniciaram os estudos para colocar a voz no registro mais agudo, Luciano Pavarotti era um tenor natural. Dotado, além disso, da mais preciosa das características: um timbre absolutamente inconfundível, que permitia à sua legião de admiradores reconhecê-lo, bastando, para isso, ouvi-lo cantar dois ou três compassos.

Por 7 a 0, BC corta juro em 0,25 ponto. O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, por unanimidade, reduzir o ritmo de queda da taxa básica de juros (Selic) de 0,5 para 0,25 ponto porcentual na reunião de ontem. Com o 18º corte consecutivo, a Selic chegou a 11,25% ao ano.O resultado ficou dentro da aposta majoritária do mercado, mas trouxe dúvidas em relação à postura do BC na próxima reunião do Copom, nos dias 16 e 17 de outubro. Alguns analistas viram o consenso na votação como uma sinalização de que haverá mais um corte de 0,25 ponto e não a interrupção do ciclo de redução. Outros entendem o contrário. Portanto, a janela está aberta para qualquer decisão.


'Não saio', diz Renan; Lula defende voto aberto em cassação. BRASÍLIA - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou nesta quinta-feira, 6, a possibilidade de renunciar ao cargo. "Não saio absolutamente. Fui eleito para cumprir um mandato de dois anos e só a decisão do plenário encurtará esse mandato. Fora disso não há hipótese", disse Renan ao ser indagado sobre a possibilidade de renunciar à presidência da Casa, caso seja inocentado em plenário, pelo fato de perder as condições políticas para permanecer no comando. Rosa Costa e Christiane Samarco. Foto Sérgio Dutti/AE.
Lula cobra lealdade de aliados para aprovação da CPMF. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou nesta quinta-feira lealdade dos partidos aliados para garantir a aprovação da prorrogação da cobrança da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011. Ele determinou aos líderes do governo na Câmara, no Senado e no Congresso, que exijam fidelidade dos parlamentares que apóiam o Palácio do Planalto. Lula transmitiu a ordem hoje durante reunião da coordenação política, realizada na manhã desta quinta-feira. Ele conversou com o ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, com os líderes do governo na Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE), e no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e no Congresso, Rosena Sarney (PMDB-MA), além de representantes das legendas aliadas.
Após duas renúncias, mais um diretor deixa a Anac. O diretor da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Leur Lomanto renunciou ao cargo na tarde desta quinta-feira. É o terceiro diretor que deixa a agência desde o dia 24 de agosto, quando Denise Abreu renunciou. A agência informou que Lomanto protocolou sua renúncia por volta das 14h no Ministério da Defesa. "Apesar do ataque sistemático de várias e poderosas forças, a ANAC vem cumprindo seu papel com eficiência, não se curvando a pressões, quaisquer que sejam, sempre procurando atender ao usuário e proporcionando cenários em que as companhias aéreas pudessem competir com regras claras, dentro de uma economia de mercado. Se colocada em uma balança isenta de paixões e emoções, a ANAC acertou muito mais que errou ao longo de sua trajetória", diz nota assinado por Lomanto.
China promete segurança ao investidor e cuidado com produtos. (Rolf Kuntz, do Estadão). DALIAN - O governo chinês continuará a reforma econômica e manterá o compromisso de construir uma "economia socialista de mercado", disse nesta quinta-feira o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, na sessão de abertura do Fórum Econômico Mundial. (...) Além de prometer segurança aos investidores, o governo chinês disse ainda que leva muito a sério a qualidade dos produtos e a segurança dos alimentos e está "trabalhando arduamente" para "resolver problemas nessa área". Nos últimos meses, houve problemas de segurança com medicamentos, rações para animais e brinquedos fabricados na China. Não foram citados diretamente no discurso, mas a mensagem foi clara.

RENAN CALHEIROS OU SARNEY: ALGUÉM GANHA, ALGUÉM PERDE?

Sarney já é sondado para assumir posto

Apesar de aparentar calma e se dizer seguro de que vai ganhar na votação em plenário, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) avaliou ontem, em conversas com aliados, a possibilidade de renunciar ao cargo e entregar a presidência do Congresso ao senador José Sarney (PMDB-AP). Essa estratégia conflitava com os levantamentos feitos ontem por governistas e oposicionistas - todos dizendo que, se a votação fosse hoje, Renan seria absolvido. Os próprios aliados, contudo, consideram que a tendência, até a votação em plenário, na semana que vem, é a situação política dele piorar. O próprio Renan confidenciou a aliados que o pior ainda pode estar por acontecer, que é enfrentar o processo que vai investigar a sociedade dele com o usineiro João Lyra na compra de rádios e um jornal de Alagoas, em nome de laranjas. Esse processo já está no Conselho de Ética, à espera da escolha do relator. O senador acha que os documentos divulgados por Lyra são o sintoma de uma ameaça maior. O presidente do Senado admitia a renúncia por saber, também, que a oposição trabalha para que, em caso de derrota, a absolvição se dê pela menor diferença possível no placar. Se ele salvar o mandato por apenas um ou dois votos, ficará numa situação politicamente constrangedora e passível de ter sua autoridade constantemente contestada. Para o Planalto, esse clima político atrapalharia a tramitação e aprovação da CPMF. Afinal, a maior oposição, no Congresso, à renovação da vigência da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira até 2011, está no Senado. Com o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) no comando da Casa, o governo restabeleceria a calma institucional no Legislativo. Ontem, o assunto foi discutido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o próprio Sarney, que almoçou com Renan, com o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (PMDB-RO), e até, em telefonemas, com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, que se preparava para deixar o Haiti e voltar ao País. A renúncia de Renan influenciaria o resultado do plenário, podendo culminar até em sua absolvição. Segundo aliados, seria a única saída para ele. Depois de praticamente cem dias de duros golpes, ele ficaria apenas sem a presidência, mas, com o gesto, manteria o mandato, avaliou um interlocutor de Renan ao Estado. Governistas e oposicionistas esperam mais denúncias no fim de semana prolongado e acham que o clima não lhe é favorável depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de abrir processo contra os 40 acusados do mensalão. A renúncia de Renan à presidência do Senado só não pode suspender a votação no plenário - a legislação diz que depois de aberto o processo não há mais como a renúncia produzir o efeito de que desfrutaram, por exemplo, senadores como José Roberto Arruda (PSDB-DF), hoje governador do Distrito Federal, e Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), morto há dois meses. Eles renunciaram antes da abertura do processo por quebra de decoro, mantiveram os direitos políticos intactos, disputaram a eleição seguinte e se reelegeram."Não tem nada disso. Vamos ganhar no plenário com 50 a 60 votos", disse o senador Almeida Lima (PMDB-SE), aliado de Renan, ao ser questionado sobre a hipótese de renúncia. "Aquela votação (no Conselho de Ética) não é parâmetro para nada. No plenário , o voto será fechado. Muda tudo", afirmou Almeida Lima. Ontem, ao fim da sessão do conselho, um dos relatores do caso, Renato Casagrande (PSB-ES), calculava que o placar seria de 46 a 35 a favor do presidente do Senado se a votação no plenário fosse hoje. "Pelos meus cálculos, o senador Renan escaparia de perder o mandato na votação do plenário. Mas como a votação acontecerá na quarta-feira, podem ocorrer mudanças até lá. Certamente, a pressão da opinião pública poderá mudar o voto de algum senador indeciso. De qualquer jeito, com qualquer resultado, a votação terá um placar apertado."Um tucano expressou a avaliação da bancada assim: "Hoje o Renan ainda tem condição de escapar, mas o Senado começa a ficar preocupado com a opinião pública. Votos duvidosos estão vindo para nós." A nova contabilidade passou a incluir o voto contrário ao presidente do Senado do senador Heráclito Fortes (DEM-PI) e de mais quatro petistas, inclusive o senador Flávio Arns (PT-PR). Ana Paula Scinocca, Rosa Costa, Christiane Samarco e Marcelo Moraes, Estadão.