PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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terça-feira, maio 19, 2009

XÔ! ESTRESSE[In:] LAR, DOCE LAR ('HOME SWEET HOME')

...













[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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BANCO DO BRASIL/TAXA DE JUROS [In:] "O REI ESTÁ NÚ"

DADOS MOSTRANDO QUE ORDEM DO PRESIDENTE NÃO SURTIU EFEITO SÃO DO BC
JUROS DO BB NA CONTRAMÃO


Autor(es): Felipe Frisch
O Globo - 19/05/2009

Apesar da ordem de Lula, Banco do Brasil sobe taxas na gestão do novo presidente


Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter decidido trocar o presidente do Banco do Brasil para forçar uma baixa nos juros, o BB subiu as taxas desde a posse de Aldemir Bendine, em 23 de abril. Todas as modalidades de crédito ficaram mais caras. As taxas para aquisição de bens, por exemplo, subiram de 2,09% no dia 15 de abril (semana anterior à demissão de Antonio Lima Neto do BB) para 2,52% ao mês, no último dia 5. No mesmo período, o cheque especial passou de 7,92% a 7,98%. Subiram também o crédito pessoal e o de aquisição de veículos, segundo pesquisa do Banco Central. O BB discorda da metodologia da pesquisa e diz que se trata de taxa média ponderada.
A esperada queda das taxas de juros cobradas pelo Banco do Brasil (BB), com a troca de Antonio de Lima Neto por Aldemir Bendine em abril, ainda não aconteceu. Pelo contrário. O acompanhamento diário do Banco Central (BC) dos juros efetivamente praticados pelas instituições mostra que o crédito ficou mais caro no banco nas últimas semanas. As taxas das quatro principais operações para pessoas físicas — aquisição de bens, cheque especial, crédito pessoal e aquisição de veículos — vêm tendo altas consecutivas semanais, desde 15 de abril.


Bendine tomou posse no dia 23.


No crédito pessoal, por exemplo, a taxa subiu de 2,31% ao mês, no dia 15 de abril, para 2,52%, em 5 de maio. Os empréstimos vinculados à compra de bens foram a única linha em que houve um leve retrocesso na última semana: os juros subiram, em média, de 2,09% ao mês para 2,66% em 29 de abril, e recuaram para 2,52% em 5 de maio, último dado disponível no BC. Embora os bancos divulguem as taxas máximas e mínimas de juros em queda, o levantamento do BC mostra os juros efetivamente praticados, ponderados pelo volume emprestado a cada taxa.


Por ironia, no dia 8 de abril, quando o governo confirmou que trocaria o presidente do BB, o banco encerrava uma semana de queda nas quatro taxas. A alta recente dos juros no BB foi informada no último fim de semana, pela coluna Radar, da revista “Veja”.

Os números chamam atenção quando comparados aos de outros bancos.

Embora as taxas tenham subido em alguns bancos, o BB foi o que teve o movimento mais consistente de elevação, junto apenas com o Bradesco.

No entanto, foi o governo que levantou a bandeira da queda dos juros quando trocou o presidente do BB.

— Vai ter uma política mais agressiva do que a que vinha sendo feita.

Vamos ampliar a concorrência, que no sistema financeiro é incipiente e insatisfatória, e um dos motivos para os spreads elevados — afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, no anúncio da mudança.

BB nega aumento e contesta pesquisa

Para especialistas, o movimento mostra que não é tão fácil reduzir as taxas de uma instituição financeira.

Especialmente quando a inadimplência — um risco que entra na conta dos juros cobrados — está aumentando.

Além disso, é considerado cedo para avaliar a gestão de Bendine. No entanto, a interferência política ainda está no radar dos analistas e é considerada um ponto de alto risco para o BB.

— Isso só demonstra que não é do dia para a noite que se muda a taxa de juros, trocando quem está ocupando a cadeira. Mas é muito cedo para dizer que o governo não terá força para isso, o risco de interferência política continua — diz Eduardo Roche, chefe de análise da Modal Asset.

Para Roche, a ingerência do governo fica clara quando comparados os balanços do primeiro trimestre dos principais bancos privados aos de BB e Caixa Econômica. Enquanto as carteiras de crédito do Itaú Unibanco e do Bradesco cresceram, respectivamente, 25,96% e 26,44% no primeiro trimestre, contra o mesmo período de 2008, as de BB e Caixa explodiram 40% e 52,2%.

Procurado, o BB informou, em comunicado, que “nega com veemência” que tenha elevado juros este ano.

“Os dados divulgados no ranking do Bacen não significam que o BB praticou ou está praticando taxas mais altas ou mais baixas. O ranking divulga a taxa média ponderada, pelos volumes contratados em determinado período, representando um conjunto de operações de crédito”, diz o comunicado.

Já o BC diz que “eventuais variações devem ser explicadas pelas próprias instituições” e que as taxas podem refletir mudanças na “estratégia de atuação” dos bancos.

FUSÕES E AQUISIÇÕES: SADIA + PERDIGÃO = BRASIL "FOODS"

PERDIGÃO E SADIA FECHAM MEGAFUSÃO
PERDIGÃO E SADIA ASSINAM ACORDO DE FUSÃO


Autor(es): CRISTIANE BARBIERI
Folha de S. Paulo - 19/05/2009

Concretizada na noite de ontem, união cria gigante do setor alimentício e terceira maior empresa exportadora do Brasil


Anúncio oficial do negócio será hoje; expectativa é que acionistas da Perdigão fiquem com 68% da nova empresa, e os da Sadia, com 32%

Diego Padgurschi/Folha Imagem

Consumidora observa produtos de Sadia e Perdigão em supermercado na cidade de São Paulo; empresas faturam juntas R$ 22 bi

Nasceu ontem a Brasil Foods (BRF), gigante da indústria alimentícia formada a partir da fusão entre Sadia e Perdigão.
A nova empresa surge com números grandiosos: faturamento líquido anual de R$ 22 bilhões, 119 mil funcionários, 42 fábricas e mais de R$ 10 bilhões em exportações por ano.
Os apostos da BRF são superlativos. Entre eles, estão as colocações de décima maior empresa de alimentos das Américas, segunda maior indústria alimentícia do Brasil (atrás da JBS Friboi), maior produtora e exportadora mundial de carnes processadas e terceira maior exportadora brasileira (atrás de Petrobras e Vale).
A fusão foi concretizada após meses de negociações e um final de muitas idas e vindas entre advogados e executivos de bancos de investimento envolvidos na elaboração da versão final do contrato.
Enquanto Luiz Fernando Furlan e Nildemar Secches, presidentes dos conselhos de Sadia e Perdigão, jantavam em um restaurante em São Paulo (leia à pág. B2), os presidentes-executivos e representantes dos acionistas das duas empresas dedicavam-se à leitura e à assinatura do contrato, que ocorreu no final da noite, segundo a Folha apurou.

Milhões a menos
Previsto para ser assinado durante a manhã de ontem, o documento foi revisto durante todo o dia, após discordâncias com relação ao valor patrimonial do banco Concórdia, que pertence à Sadia. Desde o início das negociações, estava decidido que a área financeira do grupo ficaria fora da BRF. A avaliação de seu valor para baixo, no entanto, significou milhões de reais a menos em ações, para os acionistas da Sadia.
Após nova revisão, reapresentação e aprovação aos acionistas, o contrato foi assinado, do lado da Sadia, por Gilberto Tomazoni, presidente-executivo, e Felipe Luz, representante do acordo de acionistas, que responde pelos interesses das famílias Fontana e Furlan, fundadoras da empresa. Do lado da Perdigão, o contrato foi assinado pelo presidente-executivo, José Antônio Fay.
O negócio será informado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) hoje. Apesar de os detalhes não terem sido divulgados, a expectativa é que os acionistas da Perdigão fiquem com 68% da BRF e os da Sadia, com 32%. Como é previsto que o capital da empresa seja pulverizado na Bolsa, os maiores acionistas das empresas continuarão tendo participações relevantes na BRF. Pelo lado da Sadia, são as famílias Furlan e Fontana. Na Perdigão é a Previ, fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil.
O anúncio oficial do negócio acontecerá hoje. Furlan e Secches devem esclarecer dúvidas de jornalistas e analistas de mercado lado a lado. É o mesmo modelo de divulgação de negócio usado na união entre Unibanco e Itaú. Ao comunicarem o negócio juntos, a intenção é transmitir a ideia de que se concretiza uma fusão, e não uma aquisição da Sadia pela Perdigão.
Um dos pontos que eles devem destacar será o dos ganhos com sinergia, principalmente com relação ao mercado externo. Numa estimativa conservadora, a expectativa de analistas é de ganhos de R$ 2,2 bilhões.
A área de participações do BNDES, o BNDESpar, poderá apoiar a criação da BRF. Antes, no entanto, empresa tentará fazer uma captação no mercado.
Apesar da sinergia, órgãos de defesa do consumidor temem que a megaempresa, com participação de mercado de até 90% em alguns produtos, possa inibir a concorrência.
Para os consumidores, serão feitas campanhas nos moldes da criação da InBev. Como o ator Antônio Fagundes defendeu em comerciais a criação "da maior cervejaria do mundo" na união de AmBev e Interbrew, a atriz Marieta Severo falará da criação da multinacional brasileira forte no exterior.

Trabalho: União pode trazer demissões, diz ministro

O ministro Carlos Lupi (Trabalho) disse ontem que "normalmente" grandes fusões levam à diminuição de sobreposições de tarefas, o que poderia gerar demissões no caso da fusão Perdigão/ Sadia. "Mas torço, espero que isso não aconteça." O ministro disse não ter sido procurado pela direção das empresas para discutir a questão do emprego dos funcionários. "Eles já estiveram com o presidente Lula e acredito que nos procurem. O setor está se recuperando, voltando a crescer.

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NEGÓCIO DA CHINA [In:] CORTANDO NA PRÓPRIA CARNE...

China frustra planos de Lula de abrir setor de carne
China frusta tentativa brasileira de abertura do mercado de carnes


Autor(es): Cláudia Trevisan
O Estado de S. Paulo - 19/05/2009
Principal objetivo comercial da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, a abertura do mercado de carnes aos produtores brasileiros deverá ser adiada mais uma vez. O único avanço será o anúncio, por parte dos chineses, de que vão passar a conceder licenças de importação para frango, mas isso é apenas a confirmação do acordo de abertura do setor que já havia sido fechado pelos dois países em fevereiro.

Lula desembarcou ontem em Pequim, às 10h34, horário local, para uma visita que vai durar menos de 50 horas. Os acordos bilaterais serão anunciados no fim da tarde de hoje por Lula e o presidente chinês, Hu Jintao, que se reúnem a partir das 17h15 no Grande Palácio do Povo, na Praça da Paz Celestial, centro de Pequim.

Com o fiasco na negociação de carnes, o governo brasileiro espera conseguir dos chineses a retomada de compras de aviões da Embraer anunciadas em 2006 e suspensas depois da crise financeira global.

Além das questões comerciais, os principais temas que devem ser tratados pelos dois presidentes são o empréstimo do Banco de Desenvolvimento da China à Petrobrás e a aprovação de um plano quinquenal com metas para o relacionamento bilateral, que deve vigorar no período 2010-1024.

Os dois países devem ainda fortalecer sua coordenação e cooperação em temas internacionais. "Este é o momento de quebrar a velha ordem econômica", declarou Lula, em entrevista à agência de notícias oficial Nova China, divulgada ontem.

Lula afirmou que apóia a proposta de Pequim de criação de uma nova moeda internacional, em substituição ao dólar. Há cerca de dois meses, o presidente do banco central do país asiático, Zhou Xiaochuan, publicou artigo no qual propunha a adoção de uma nova moeda de reserva de valor, que não fosse vinculada a nenhuma nação específica.

Antes de chegar a Pequim, Lula também propôs que o comércio entre China e Brasil seja realizado na moeda dos dois países, não em dólares. Lula defendeu ainda a diversificação das exportações brasileiras para a China e o aumento dos investimentos chineses de alta tecnologia no Brasil.

CARNE SUÍNA

No setor de carnes, o mercado chinês mais cobiçado pelos produtores brasileiros é o de porco, de longe o maior do mundo. Em 2006, a China abocanhou 53% dos 100 milhões de toneladas de carne suína consumidas no planeta e sua fatia cresce a cada ano com o aumento da renda da população.

A negociação entre representantes dos dois países continuará em outubro, quando será realizada, no Brasil, a segunda reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Cooperação e Coordenação (Cosban), comandada pelo vice-presidente brasileiro, José Alencar, e o vice-primeiro-ministro chinês, Wang Qishan.

FEBRE AFTOSA

As importações chinesas de carne bovina brasileira foram suspensas em 2005, depois do surgimento de focos de febre aftosa no Brasil. No ano passado, o governo da China autorizou as importações de quatro Estados declarados livres da doença - Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Acre e Pará - e habilitou três frigoríficos, até hoje os únicos que podem exportar para o país asiático.

O governo brasileiro pretendia que o governo chinês autorizasse a importação de carne de outros Estados que são grandes produtores e já foram declarados livres de aftosa: Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás e Minas Gerais.

Mas, até ontem, os dois lados não haviam avançado nas negociações. Tudo indica que a negociação continuará a se arrastar.

A liberação das importações de carne de frango foi anunciada em fevereiro, mas o governo de Pequim não concedeu, até agora, licenças para a compra do produto.

Em reunião realizada no fim de abril, representantes do governo chinês afirmaram que as compras ocorreriam somente no caso de o Brasil importar do país asiático tripas ovinas e caprinas. Agora, as licenças deverão sair.

GASTOS PÚBLICOS II [In:] ... EQUILÍBRIO? NEM COM ''NEGÓCIOS DA CHINA" !

Arrecadação cai e gastos do governo só crescem
Arrecadação cai pelo 6º mês seguido


Autor(es): Martha Beck
O Globo - 19/05/2009

No ano, queda é de 7%. Compensações da Petrobras também influenciaram

A arrecadação federal caiu 8,5% em abril, devido, em parte, às compensações tributárias feitas pela Petrobras.

Mesmo assim, as despesas da União continuam crescendo: 15,3% a mais no primeiro quadrimestre do ano. Só os gastos com pessoal cresceram 19,2%.

Após fechar 797.515 empregos de novembro a janeiro, o país criou nos últimos três meses 150.202 postos.


A arrecadação de impostos e contribuições federais voltou a cair em abril e fechou o mês em R$ 57,7 bilhões. Foi a sexta redução desde o início da crise e representou uma queda real (descontada a inflação) de 8,5% em relação a igual período de 2008. Em 2009, a arrecadação chega a R$ 217,5 bilhões — uma redução de 7,11% sobre o ano passado. Além do recuo na atividade econômica, o recolhimento foi impactado pelas desonerações e por compensações tributárias feitas por grandes empresas, como a Petrobras.

Mesmo assim, o coordenadorgeral de estudos, previsão e análise da Receita, Marcelo Lettieri, ressaltou que a arrecadação está melhorando, uma vez que cresceu 7,81% em relação a março.

Além disso, quando se consideram apenas receitas administradas — sem royalties, por exemplo — a queda de abril foi de 6,48% sobre 2008. Em fevereiro, havia sido de 11,13%.

Em abril, compensações caem com maior fiscalização O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) teve uma queda de 27,67% até abril, por causa do fraco desempenho da indústria. Já o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) caiu 10,78%, enquanto a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) cresceu apenas 3,72%.

A arrecadação federal em 2009 também foi impactada pelas desonerações feitas pelo governo — R$ 8,4 bilhões até abril — e por compensações tributárias de empresas — R$ 4 bilhões.

Mas o reforço na fiscalização sobre compensações elevadas provocou uma queda nesse tipo de operação em abril.

Segundo Lettieri, as compensações atípicas (acima da média) foram de R$ 300 milhões. Esse valor estava em R$ 1,2 bilhão nos meses anteriores.

Desde o fim do ano passado, boa parte dessas compensações atípicas foi feita pela Petrobras, que mudou o regime de tributação no quarto trimestre, como revelou O GLOBO em 10 de maio. A empresa compensou créditos elevados que foram abatidos do pagamento que ela deveria fazer de Cide (R$ 1 bilhão) e PIS/Cofins. Como a mudança no regime, no entender do Fisco, não tem amparo legal, a Receita investiga o caso.

CPI DA PETROBRAS [In:] APENAS UM BACARÁ * BÁ$ICO...

Governo usa força da maioria para segurar CPI
Governo terá 8 dos 11 votos da CPI


Autor(es): Christiane Samarco e Eugênia Lopes
O Estado de S. Paulo - 19/05/2009

Para comandar o rumo das investigações, o Planalto orientou sua bancada no Senado a "aparelhar" a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás. O governo pretende fazer valer a maioria folgada e tratorar a oposição na comissão que vai investigar supostas irregularidades na estatal e na Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Será uma briga de cúpula: os líderes dos partidos do governo e da oposição já estão se autonomeando para integrar a CPI. Os partidos governistas terão oito das 11 vagas de titular, cabendo à oposição apenas três indicações.

O primeiro embate entre aliados e adversários do Palácio do Planalto se dará em torno do comando da comissão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que quer um governista na presidência e outro na relatoria da CPI, quando taxou a oposição de "irresponsável" por ter tomado a iniciativa de criar uma comissão de inquérito contra a empresa que mais investe no País em meio à crise financeira internacional.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), foi o primeiro a pedir uma vaga na CPI. Ele procurou o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), ainda na semana passada, para oferecer seu nome. Correligionários de Renan acreditam que ele também se auto-indicará. O PMDB não mobilizou sua tropa e contatos no Senado para evitar a CPI. Na mesma linha, o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP), já colocou seu nome à disposição da bancada.

"Vou trabalhar para que todos os partidos, inclusive a oposição, escalem a seleção para a CPI", afirmou Mercadante, ao defender que a comissão promova um "debate profundo" sobre as questões mais relevantes que afetam a estatal, como o marco regulatório da exploração do petróleo na área de pré-sal.

O primeiro-secretário, Heráclito Fortes, já pediu a Agripino que o indique para a CPI. O ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) também manifestou interesse em participar.

Segundo o líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), é "normal" que a oposição pleiteie um cargo estratégico no comando da CPI, seja a presidência ou a relatoria. Nesse caso, como a iniciativa de propor a abertura da comissão de inquérito partiu dos tucanos, o DEM está disposto a ceder a vez ao PSDB.

Agripino lembra que a presidência da CPI das Organizações Não-Governamentais (ONGs) coube ao DEM de Heráclito Fortes, autor do pedido de criação da comissão.

ESCALAÇÃO

A estratégia dos governistas começa a ser desenhada hoje, em uma reunião no Palácio do Itamaraty, coordenada pelo ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro (PTB). Até ontem à tarde já haviam sido escalados para esse encontro os líderes do PTB, Gim Argelo (DF), do PT, do PMDB e do governo. Ao mesmo tempo, o DEM reunirá sua bancada.

"A esta altura já é certo que a CPI será instalada", disse Agripino. Por isso mesmo, a reunião que seria útil para "tomar o pulso da bancada" vai acabar servindo para definir os nomes do DEM na CPI.

Os partidos têm de indicar seus representantes na comissão até a próxima terça-feira, dia 26. Diante do fato consumado da CPI, os governistas praticamente descartam a ideia de promover uma audiência pública para ouvir o presidente da Petrobrás, Sergio Gabrielli. "O sentido dessa audiência não está mais assegurado. Vou conversar sobre isso com os outros líderes", disse Mercadante, ao argumentar que a ida de Gabrielli ao Senado só faria sentido se ele pudesse esclarecer as dúvidas e evitar o inquérito.

EMBATES

Os governistas não se articularam em tempo hábil e de forma eficiente para impedir a criação da CPI da Petrobrás. Para sorte do Planalto, a oposição também não se organizou - ao contrário, o que se viu nas últimas horas foi um embate entre o DEM e o PSDB que abalou ainda mais a relação entre os dois partidos, conflituosa desde fevereiro, quando democratas e tucanos também se enfrentaram na disputa pela presidência do Senado.

Nesse quadro, nem governo nem oposição acreditam que a CPI comece a funcionar efetivamente nesta semana. Antes disso, os dois lados terão de fazer ajustes internos, afinar o discurso e mobilizar seus aliados para a disputa no plenário da comissão. Os governistas precisam costurar um acordo em torno da escolha do presidente para que este, depois de eleito pelo plenário da CPI, possa indicar o nome do relator.

Os partidos na comissão do Senado

Os 11 titulares


Aliados ao governo - 8 vagas

Bloco de apoio 3 vagas

(PT/PR/PSB/PC doB/PRB)

Maioria

PMDB/PP 3 vagas
PTB 1 vaga
PDT 1 vaga

Oposição - 3 vagas

DEM 2 vagas

PSDB 1 vaga

Os 7 suplentes

DEM/PSDB 2 vagas

Bloco de apoio 2 vagas

PMDB/PP 2 vagas

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História do Bacará
Derivado dos jogos europeus "chemin de fer" e "punto banco", o Bacará é um jogo misterioso, um enigma para a grande parte dos apostadores, apesar de ser um sucesso nos cassinos americanos. (...). Vamos começar com um pequeno histórico do jogo.

Bacará é a versão francesa da palavra italiana "baccara" ou "zero". Ela se refere aos números das cartas do baralho. O jogo surgiu em 1490, quando o baccara italiano foi levado para a França, onde se tornou o jogo favorito dos nobres durante o reinado de Charles VIII. O Bacará foi demonstrado pela primeira vez em Las Vegas, em 1959, quase um ano e meio depois do "chemin de fer" ter estreado nos cassinos. Os dois jogos já eram famosos nos cassinos ilegais do Leste americano.

O antecessor direto do Bacará jogado nos Estados Unidos, o "chemin de fer", é bastante parecido. A maior diferença é que os jogadores apostam entre eles mais do que com o cassino e a casa pega a comissão dos clientes que sustentam a banca. "Chemin de fer" foi demonstrado em Las Vegas nos anos 50 e logo deu lugar ao Bacará. O Bacará continua popular nos cassinos europeus.
(...).
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http://lazer.hsw.uol.com.br/como-jogar-bacara.htm
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COFRES PÚBLICOS [In:] O "CALA-BOCA" ou ''AS 30 MOEDAS" ? (ou ainda, "CALABOUÇO" ou mesmo "CALA-O-BOLSO" ?)

R$ 1 bi para controlar a nova CPI
R$ 1 bilhão para acalmar a base


Autor(es): Daniel Pereira
Correio Braziliense - 19/05/2009

Deputados e senadores deverão, com o dinheiro, honrar compromissos assumidos nos redutos eleitorais. Emendas ajudarão o Palácio do Planalto na iminente investigação de denúncias envolvendo a Petrobras


José Múcio, ministro de Relações Institucionais: alerta sobre a insatisfação de congressistas com a demora na liberação das emendas

O governo autorizará ainda este mês o empenho de R$ 1 bilhão em emendas individuais constantes do Orçamento da União de 2009. Com a iniciativa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dará a deputados e senadores a possibilidade de honrar compromissos já assumidos, como ajudar no financiamento das festas de São João que serão realizadas em suas respectivas bases eleitorais. Respeitada a previsão do Palácio do Planalto, o dinheiro também será destinado, sobretudo, a projetos na área da saúde e à compra de ônibus escolares e de patrulha mecanizada — máquinas empregadas, por exemplo, no preparo de terrenos para plantio e na construção e recuperação de estradas.

A aposta em ônibus e tratores é para estimular a indústria automobilística, setor fortemente empregador e responsável por cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial brasileiro. Lula decidiu empenhar os valores — ou seja, assumir o compromisso de gastá-los — no fim de abril, depois de alertado pelo ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, da insatisfação dos congressistas com a demora na execução da lei orçamentária. Em romarias ao gabinete do articulador político, aliados protestaram contra a falta de recursos para tocar pequenas obras nos municípios e para saldar dívidas relativas a eventos turísticos. Entre eles, o carnaval.

Além de aplacar essas queixas, a quantia prestes a sair do forno tende a ajudar o governo em duas frentes no Legislativo. Uma delas é a iminente investigação de denúncias de irregularidades na Petrobras, as quais serão alvo de uma CPI. A outra é a votação de medidas baixadas a fim de atenuar os efeitos da crise no país. Está em tramitação na Câmara, entre outras, a medida provisória (MP) sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida, cuja meta é construir 1 milhão de moradias populares. Além disso, os parlamentares terão de analisar as mudanças no rendimento da caderneta de poupança

Primeira fornada
No início de abril, Lula já havia determinado aos ministérios o pagamento de R$ 490 milhões em emendas parlamentares. Os recursos constavam do Orçamento da União de 2007 e de 2008, já haviam sido empenhados, mas não liberados. A decisão pelo desembolso foi tomada a fim de ajudar os municípios a enfrentaram os problemas administrativos decorrentes da queda de arrecadação provocada pela crise. A maior parte da verba era reservada para obras de pequeno porte, como a construção de ginásios esportivos e postos de saúde.

“O bom da emenda individual é que ela tem foco municipal, ajuda a atender o cidadão em necessidades básicas”, disse, na ocasião, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), um dos generais do exército parlamentar descontente com a lentidão na execução orçamentária. Do meio bilhão da primeira fornada, caberia ao Ministério do Turismo pagar R$ 172,4 milhões. Cidades, Integração Nacional e Esporte foram autorizados a liquidar, respectivamente, R$ 139,3 milhões, R$ 100 milhões e R$ 20,5 milhões.

O Orçamento da União de 2009 tem R$ 5,94 bilhões em emendas individuais. Lula prometeu empenhar a quantia de forma parcelada ao longo do ano. A tendência, portanto, é que a maior parte do dinheiro só saia dos cofres públicos, se de fato for desembolsada, a partir de 2010.

Orçamento

R$ 490 milhões - Essa será a quantia paga pelos ministérios em “restos a pagar”

R$ 5,94 bilhões - Constam da lei orçamentária de 2009 em emendas individuais

R$ 172 milhões - É quanto caberia ao Ministério do Turismo na primeira parte da liberação





"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

19 de maio de 2009

O Globo

Manchete: BB sobe juros um mês após Lula mandar cair

Dados mostrando que ordem da presidente não surtiu efeito são do BC

Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter decidido trocar o presidente do Banco do Brasil para forçar uma baixa nos juros, o BB subiu as taxas desde a posse de Aldemir Bendine, em 23 de abril. Todas as modalidades de crédito ficaram mais caras. As taxas para aquisição de bens, por exemplo, subiram de 2,09% no dia 15 de abril (semana anterior à demissão de Antonio Lima Neto do BB) para 2,52% ao mês, no último dia 5. No mesmo período, o cheque especial passou de 7,92% a 7,98%. Subiram também o crédito pessoal e o de aquisição de veículos, segundo pesquisa do Banco Central. O BB discorda da metodologia da pesquisa e diz que se trata de taxa média ponderada. (págs. 1 e 15)

Enquanto isso, no rádio...

O presidente Lula disse que as mudanças na poupança permitirão manter a trajetória de queda de juros: "E os juros caindo é importante para o povo brasileiro, porque o dinheiro que hoje está na especulação vai para a produção", afirmou, em seu programa . (págs. 1 e 16)

CPI deve ter Collor e tropa de Renan

Governo tem maioria e quer controlar comissão que investiga Petrobras, mas ficará refém do PMDB

Os partidos da base governista se reúnem hoje para criar estratégias e tentar garantir o controle da CPI da Petrobrás. O governo tem maioria na comissão, mas ficará refém da tropa de choque do PMDB. Investigado por uma CPI quando estava no Planalto, o ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) deve integrar a comissão. Do PMDB, sob o comando do líder Renan Calheiros (AL), devem participar nomes como Almeida Lima (SE) e Gilvam Borges (AP).

Os governistas terão oito titulares, e a oposição, três. Para os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e de Minas e Energia, Edison Lobão, a CPI da Petrobras é desnecessária e pode trazer turbulências para a empresa, prejudicando investimentos. A Petrobras informou que agiu corretamente ao mudar o cálculo do imposto - ação contestada pela Receita e alvo da CPI. (págs. 1, 3 a 5, Míriam Leitão, editorial "CPI do barulho" e Cartas dos leitores)

Enquanto isso, no RS...

Com a adesão de seis pedetistas, chegou a 18 o número de assinaturas pela instalação de CPI na Assembleia gaúcha para investigar a governadora Yeda Crusius (PSDB). O número mínimo necessário é 19, e mais três deputados de outros partidos devem aderir. A CPI, proposta pelo PT, investigará caixa dois na campanha da tucana. (págs. 1 e 4)

Charge Chico: Em tempos de CPI da Petrobras... saiu o salsichão Perdigão + Sadia!

- Ô Serra, ô Aécio, querem experimentar?

Arrecadação cai e gastos do governo só crescem

A arrecadação federal caiu 8,5% em abril, devido, em parte, às compensações tributárias feitas pela Petrobras. Mesmo assim, as despesas da União continuam crescendo: 15,3% a mais no primeiro quadrimestre do ano, só os gastos com pessoal cresceram 19,2%.

Reitores negociam a contratação de 6 mil profissionais de saúde para hospitais universitários federais. (págs. 1, 9 e 16)

Combate à pedofilia ganha força

A Polícia Federal prendeu 10 pessoas por distribuição de pornografia infantil na internet - que agora é crime, graças a uma mudança na lei. Os criminosos foram identificados entre usuários do Orkut. (págs. 1 e 9)

Foto legenda: 50 minutos de espera para 40 minutos de voo

Passageiros do Aeroporto Santos Dumont enfrentam fila de mais de 20 minutos para chegar ao aparelho de raios X. Somam-se a isso mais 30 minutos de espera para a ponte Rio-São Paulo, que dura 40 minutos. A infraestrutura do terminal não acompanhou o aumento do número de voos. (págs. 1 e 10)

Deputado a 190 km estava ‘quadribêbado’

O deputado estadual Carli Filho (PSB-RS), que provocou a morte de dois rapazes ao dirigir a 190km/h, tinha no sangue 7,8 decigramas de álcool - quatro vezes o máximo aceitável por lei. (págs. 1 e 8)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Perdigão e Sadia fecham megafusão

Empresas assinam contrato e criam a Brasil Foods, maior exportadora de carnes processadas do mundo

A BRF (Brasil Foods), gigante da indústria alimentícia formada a partir da megafusão entre Sadia e Perdigão, nasceu ontem. A empresa surge com faturamento anual de R$ 22 bilhões, 119 mil funcionários, 42 fábricas e mais de R$ 9 bilhões em exportações por ano.

A BRF dá origem à décima maior empresa de alimentos das Américas, segunda maior indústria alimentícia do Brasil, maior exportadora mundial de carnes processadas e terceira maior exportadora do país.

A megafusão foi concretizada após meses de negociações entre a família controladora da Sadia e a Perdigão. Os acionistas da Perdigão devem ficar com 68% da BRF e os da Sadia, com 32%. A área de participações do BNDES, o BNDESpar, poderá apoiar a criação da BRF.

O negócio agora precisará ser aprovado pelo Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. (págs. 1 e Dinheiro)

Foto legenda: Os presidentes dos conselhos da Perdigão e da Sadia, Nildemar Secches e Luiz Fernando Furlan, jantam em churrascaria de SP

Dilma passa mal com tratamento e é levada para hospital de SP

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) passou mal em reação à quimioterapia preventiva contra o câncer, segundo diagnóstico inicial de seus médicos, e viajou a São Paulo para ser submetida a avaliação mais detalhada no Hospital Sírio-Libanês.

Queixando-se de dores, Dilma já havia sido medicada num hospital de Brasília ontem. A ministra retirou um nódulo da axila esquerda no mês passado. (págs. 1 e A6)

Lula diminui valor pago por impacto de obra sobre ambiente

Decreto do presidente Lula reduziu o valor da compensação ambiental a ser pago por empreendimentos como a construção de rodovias e hidrelétricas pelos seus impactos no ambiente.

A nova regra prevê cobrar até 0,5% sobre parte da obra. Antes, era 0,5% sobre o valor total, e o Ministério do Meio Ambiente defendia 2%. A medida deve atenuar o custo da exploração de petróleo no pré-sal. (págs. 1 e A7)

Obama pressiona Israel e dá tempo ao Irã

O presidente dos EUA, Barack Obama, e o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, reuniram-se na Casa Branca pela primeira vez desde que foram eleitos.

Obama pressionou pela criação de um Estado palestino e pela negociação com o Irã sobre seu programa nuclear; Netanyahu se manteve contra os dois pontos.

O americano evitou falar em prazos para uma resposta iraniana, mas disse que "não vai conversar para sempre" com Therã e espera retorno até o fim deste ano.

Obama afirmou ser do interesse de todos que se chegue à solução de dois Estados; Netanyahu, por sua vez, não fez nenhuma menção ao Estado palestino. (págs. 1 e A10)

Reunião é confronto de vontades

Donald Mcintyre
Do "Independent"

Obama e Netanyahu não dedicaram mais de três horas à troca de amabilidades.

Ontem iniciou-se um processo. Se presumirmos que o americano é tão determinado quanto parece, o confronto de vontades certamente nos aguarda. (págs. 1 e A10)

Acordo barra construção de tribunal no DF

Acordo feito pelo Conselho Nacional de Justiça cancelou a construção da sede do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.

Auditoria do Tribunal de Contas da União apontou irregularidades. Projetada pelo escritório do arquiteto Oscar Niemeyer, a obra teve licitação anulada. (págs. 1 e A7)

Interior do país puxa a alta do emprego formal

Impulsionado pela alta das contratações no interior do país, o emprego formal teve o terceiro mês seguido de recuperação. Em abril, foram geradas 106.205 vagas com carteira assinada.

Com isso, o saldo de vagas em 2009 ficou positivo: até abril, as contratações superaram as demissões em 48.454 postos. Já em relação a 2008, houve queda de 94,3% no período. (págs. 1 e B5)

Deputado estava bêbado no choque que matou dois

O deputado estadual do Paraná Fernando Carli Filho (PSB), 26, estava embriagado quando se envolveu em acidente que causou duas mortes em Curitiba. Ele está internado. Carli Filho tinha a carteira de habilitação suspensa por somar 130 pontos. Familiares dele não se pronunciaram. (págs. 1 e C6)

Editoriais

Leia "Sindicatos de fachada", acerca de distorção legal; e "Áreas irregulares", sobre habitações precárias. (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Agronegócio e serviços sustentam alta do emprego

Postos com carteira assinada triplicam, mas sinais de crise persistem

Depois de perder quase 800 mil vagas na virada do ano, o mercado de trabalho dá sinais de lenta reação. Em abril, registraram-se 106,2 mil contratações a mais do que demissões. Foi o terceiro mês seguido de saldo líquido positivo de empregos formais, puxado pelo agronegócio e pelos serviços. O resultado foi três vezes mais alto que o de março, mas foi o pior abril desde 1999, sintoma de que a crise persiste. De janeiro a abril, foram criadas 48,5 mil ocupações, contra 848,9 mil no mesmo período de 2008. Além disso, a abertura de empregos respeitou fatores sazonais. Em São Paulo, Estado que mais contratou, 21,7 mil das 72 mil vagas criadas surgiram no interior e estão diretamente ligadas ao cultivo da cana-de-açúcar e do café. (págs. 1, B1 e B3)

Arrecadação federal cresce

Apesar de seguir abaixo dos níveis de 2008, a arrecadação federal se recupera. Em abril, impostos e contribuições somaram R$ 57,7 bilhões, alta real de 7,8% ante março. (págs. 1 e B4)

Governo usa força da maioria para segurar CPI

O governo Lula orientou a bancada no Senado a “aparelhar" a CPI da Petrobras. A ideia é usar a maioria folgada - os aliados têm 8 das 11 vagas - para controlar o rumo da investigação sobre supostas irregularidades na estatal e na Agência Nacional do Petróleo (ANP). (págs. 1 e B4)

Dora Kramer
Ao dizer que há algo por trás da CPI, Lula não deixa de ter razão: se há dúvidas sobre as razões da oposição, também há sobre as da situação. (págs. 1 e A6)

Obama cobra de Netanyahu solução de dois Estados

Em seu primeiro encontro com o premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, o presidente dos EUA, Barack Obama, cobrou a criação de um Estado palestino e o fim dos assentamentos israelenses. Por outro lado, defendeu pressão sobre o Irã, como queria “Bibi”. (págs. 1, A12 e A13)

China frustra planos de Lula de abrir setor de carne

O presidente Lula chegou à China para abordar questões comerciais, mas à abertura chinesa do setor de carnes, principal objetivo da visita, deverá ser adiada de novo. O único avanço será o anúncio de que Pequim concederá licenças de importação para frango, parte de acordo de fevereiro. (págs. 1 e B6)

Foto legenda: Gripe suína: pandemia adiada

Japoneses em estação de trem: pressão política, que incluiu o Brasil, evitou que a OMS anunciasse pandemia de gripe suína. (págs. 1 e A15)

PF ataca pedofilia na internet em 21 Estados

A Polícia Federal iniciou ontem sua maior operação contra a pornografia infantil na internet, com a prisão de 10 pessoas em flagrante por uso de sites de relacionamento para trocar material pornográfico. Os 400 policiais da Operação Turko (anagrama de Orkut) cumpriram 92 mandados de busca e apreensão em 20 Estados e no Distrito Federal. (págs. 1 e C1)

Alimentos: Marfrig vai disputar com Perdigão/Sadia

Empresa muda a razão social e quer ser a segunda maior do País. (págs. 1 e B14)

Vinhos: Endividada, Expand perde mercado

Maior importadora do Brasil acumula débitos de R$ 70 milhões. (págs. 1 e B12)

Notas & Informações: Visita a Pequim esvaziada

O governo esperava resultados vistosos, mas o valor da visita é simbólico. (págs. 1 e A3)

Artigo: Paul Krugman

O ideal, o avanço e o planeta

Se quisermos tomar algum tipo de medida contra a mudança climática, deveríamos adotar uma legislação que limite a emissão de gases-estufa ao exigir dos poluidores que adquiram licenças de emissão, sendo que as licenças diminuiriam com o tempo. (págs. 1 e A16)

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Jornal do Brasil

Manchete: Oferta de empregos já supera demissões

Setor sucroalcooleiro ajuda a formar o primeiro saldo positivo este ano

Numa mostra clara da recuperação da economia, o número de contratações superou o de demissões no Brasil no acumulado do ano. Pelo terceiro mês consecutivo, o emprego formal teve saldo positivo, em abril, influenciado pelas vagas criadas principalmente em São Paulo, no setor sucroalcooleiro. O saldo foi de 106.205 vagas (1,35 milhão de contratações e 1,24 milhão de demissões). Os setores da economia que mais contrataram no mês passado foram o de serviços, 59.279 postos criados, e o de agricultura, 22.684. A indústria não apresentou alta, mas diminuiu a trajetória de queda de cinco meses seguidos. (págs. 1 e Tema do Dia A2 e A3)

Luta, agora, é pelo controle da CPI da Petrobras

A disputa entre governistas e oposicionistas será agora sobre os integrantes da CPI da Petrobras e, principalmente, os cargos que ocuparão. Apesar de a base aliada ficar com oito das 11 vagas de titulares (PSDB e DEM terão três), o presidente ou o relator - peça-chave - deve ser da oposição. (págs. 1, País A4 e A5 e Coisas do Política A2)

PF realiza operação contra a pedofilia

A Polícia Federal deflagrou uma operação em 20 estados e no Distrito Federal para combater o crime de pedofilia na internet por meio de 92 mandados de busca e apreensão. Dez pessoas foram presas. Mas a PF afirma que o número poderia ser ainda maior se os provedores armazenassem o número de IP dos computadores de quem posta fotos de pedofilia em redes sociais. (págs. 1 e País A10 e Editorial A8)

Mapeado o vírus da gripe no Brasil

A Fiocruz mapeou as primeiras sequências genéricas do vírus da gripe suína presente no Brasil. A cepa é similar à que circula no México e nos EUA, o que torna o tratamento mais uniforme e permite acompanhar mutações que possam ocorrer. (págs. 1 e Vida, Saúde & Ciência A24)

Mudanças à vista para universitários

O Ministério da Educação elaborou um anteprojeto de lei com novas regras para o Fundo de Financiamento Estudantil. Os juros podem ser retroativamente reduzidos para 3,5% ao ano. E há a possibilidade de formados em medicina pagarem a dívida com trabalho. (págs. 1 e País A6)

Trocas entre Índia e Brasil

A Conferência Brasil-Índia, realizada ontem em São Paulo, deixou claro que as relações entre os dois países devem ser ampliadas para as trocas em tecnologia e pesquisa em áreas da iniciativa privada. O setor farmacêutico seria um dos maiores beneficiados. (págs. 1 e Economia A17)

Cabral e Lindberg fazem as pazes

A chapa PMDB-PT para a sucessão estadual no Rio foi praticamente fechada num acordo informal ontem, no Palácio das Laranjeiras. Só falta o aval de Lula, que será pessoalmente informado do trato no dia 29. (págs. 1 e Informe JB A4)

Sociedade Aberta

Paulo di Blasi
Economista

Juros baixos ajudam a gerar emprego e renda. (págs. 1 e Economia A17)

Sociedade Aberta

Marcus Quintella
Engenheiro

Para sediar Olimpíada, Rio precisa investir no transporte. (págs. 1 e A9)

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Correio Braziliense

Manchete: Orkut leva polícia a quadrilha de pedófilos

Uma mensagem mandada por e-mail com imagens pornográficas envolvendo crianças. Foi o que bastou para que a Polícia Federal rastreasse uma rede de 3.265 perfis incluídos no site de relacionamentos mantido pela Google, a gigante norte-americana do ramo de buscas na internet. Com ajuda da empresa, os federais identificaram usuários que vinham cometendo o crime de armazenar fotos e vídeos com imagens de pornografia infantil. E conseguiram da Justiça autorização para fazer buscas e apreensões em 92 lugares espalhados em 20 estados da Federação e mais no DF — onde houve batidas no Lago Sul, no Gama e em Taguatinga. No fim do dia, a Operação Turko contabilizou 10 prisões, sendo cinco em São Paulo, duas no Rio Grande do Sul e as outras no Espírito Santo, em Pernambuco e em Mato Grosso. Foi a primeira vez no Brasil que o ato de portar esse tipo de material levou gente para a cadeia. (págs. 1 e 10)

Vagas em Ministério

Integração Nacional abre inscrições de concurso para preencher 293 cargos com salários entre R$ 1,9 mil e R$ 2,5 mil. (págs. 1 e 16)

Atrás dos R$ 19 milhões

Artistas de todo o DF começam a discutir a divisão da bolada separada para financiar projetos culturais em 2009. (págs. 1 e Caderno C, capa)

Fim do sufoco?: 106 mil novos empregos no país em abril

Dados divulgados pelo Ministério do Trabalho revelam ligeira recuperação do mercado de trabalho após os desastres de dezembro e janeiro. No quadrimestre, contratações já superam demissões em 48 mil vagas. (págs. 1 e 14)

Mulheres se unem contra a violência

Fabiana, agredida pelo pai quando adolescente, fez da brutalidade uma ajuda para outras mulheres. Ela se formou no curso de promotoras legais populares, voltado para despertar a consciência dos direitos femininos. (págs. 1 e 32)

Com dores, Dilma vai a hospital (págs. 1 e 6)

R$ 1 bi para controlar a nova CPI (págs. 1 e 5)

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Valor Econômico

Manchete: Mercado interno sustenta crescimento das empresas

O mercado interno e as políticas anticíclicas adotadas pelo governo ajudaram as empresas a recuperar o fôlego. Quanto mais ligada à demanda doméstica, menos a empresa sentiu a crise, segundo relato de empresários que ontem receberam o prêmio "Executivo de Valor 2009", em São Paulo. O susto do fim de 2008 passou. Onde a demanda reagiu, os investimentos foram mantidos.

A WEG tem em sua carteira de negócios um retrato das disparidades do atual ciclo econômico. A produção de motores para uso doméstico é maior que a de 2008 graças à redução do IPI, diz Harry Schmelzer, presidente. Já em equipamentos industriais, como motores para máquinas - que depende de investimentos e exportação -, a produção no Brasil e no exterior teve queda importante. Em energia, a empresa tem boa carteira, mas os novos pedidos chegam em ritmo menor que o de 2008. (págs. 1 e A14)

China vincula mão de obra a investimento

O governo chinês sinalizou que suas empresas serão mais atraídas a investir no Brasil se o governo autorizar a entrada de empregados chineses para trabalhar no país. A China avisou também, durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está disposta a negociar um acordo de livre comércio com o Mercosul. Pelo menos três acordos devem ser anunciados hoje: a venda de parte dos negócios de mineração do grupo de Eike Batista para empresas chinesas, investimentos da companhia de tecnologia Huawei no Brasil e uma parceria entre a brasileira C. R. Motors e a chinesa Zongshen para a produção de motocicletas na Zona Franca de Manaus. (págs. 1 e A3)

Taxa ambiental cai para máximo de 0,5%

Um ano após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que considerou inconstitucional o piso de 0,5% para a taxa de compensação ambiental, cobrada de todos os empreendimentos cujo impacto sobre o ambiente seja considerado relevante, o governo finalmente regulamentou a questão. Esse percentual, que era o mínimo, tornou-se o máximo a ser cobrado. A partir de agora, a compensação será de 0% a 0,5% sobre o valor total da obra.

O decreto nº 6.848 estabeleceu uma nova metodologia para o cálculo da taxa, levando em consideração o tipo de unidade de conservação - parques, florestas ou reservas, por exemplo -, o grau de comprometimento da biodiversidade, a importância biológica e a duração dos impactos negativos do empreendimento sobre o ambiente. (pág. 1)

Foto legenda: Ações em alta

Por que a bolsa sobe se o cenário não melhorou? Porque passou a sensação de pânico, diz Luis Stuhlberger, gestor do fundo Verde, que zerou nos últimos dias a perda do auge da crise. (págs. 1 e D3)

Aumenta a concentração em fundos

A onda de fusões de bancos nos últimos dois anos - Santander com Real, Itaú com Unibanco e Banco do Brasil com Nossa Caixa e Votorantim - concentrou ainda mais o setor de fundos de investimento. Os cinco maiores, que em junho de 2008 tinham S6% do mercado, agora reúnem 70% das aplicações.

A fusão pode ser vista como positiva para fortalecer os gestores e permitir ganhos de escala, que reduzem custos e aumentam a rentabilidade das instituições. Mas a concentração também pode reduzir as opções do investidor e a concorrência. Com a queda dos juros, toma-se maior o impacto das taxas de administração nos fundos conservadores, os renda fixa e DI. Dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento mostram que os cinco grandes dominam 76,24% dos fundos DI e 75,81% dos fundos de renda fixa do mercado. (págs. 1 e D1)

Chávez já gastou US$ 7,4 bi com a estatização de empresas na Venezuela (págs. 1 e A11)

Algae inicia pesquisas com microalgas para produção de biocombustíveis, diz Sergio Goldemberg (págs. 1 e B10)

Mercado de trabalho

Em abril, a economia brasileira abriu 106,2 mil postos de trabalho com carteira assinada. Apesar do saldo positivo, no acumulado do ano, em comparação com o mesmo período de 2008, houve uma queda de 94,3%. No quadrimestre, foram criadas apenas 48,4 mil vagas. (págs. 1 e A2)

Barreiras argentinas

O governo argentino quer elevar a tributação sobre equipamentos eletrônicos produzidos fora da "zona franca" da Terra do Fogo e também abriu investigação antidumping nas importações de tubos de ferro fabricados no Brasil e na China. (págs. 1 e A4)

Arrecadação menor

A arrecadação total contabilizada pela Receita Federal em abril foi de R$ 57,69 bilhões, valor 8,5% menor, em termos reais, que o do mesmo mês de 2008. No acumulado do ano, a arrecadação foi de R$ 217,50 bilhões, uma queda de 7,11%. (págs. 1 e A6)

Avon em tinturas

A Avon, maior empresa de venda direta de cosméticos do mundo, inicia sua entrada no mercado de tinturas para cabelo pelo Brasil. O país é o maior consumidor do produto no mundo, com vendas equivalentes a US$ 1,6 bilhão no ano passado. (págs. 1 e B4)

Fosfertil amplia produção

A direção da Fosfertil oficializou ontem a expansão do complexo industrial da empresa em Uberaba (MG), no valor de R$ 462 milhões. Com o investimento, serão ampliadas a produção de ácido fosfórico e sulfúrico, além da geração própria de energia. (págs. 1 e B10)

Transformação do plástico

A indústria de transformação do plástico faturou R$ 40,9 bilhões no ano passado, o melhor resultado obtido nesta década. O bom desempenho se deveu à economia aquecida nos três primeiros trimestres de 2008. A alta das matérias-primas e do câmbio prejudicou o setor a partir de outubro. (pág. 1)

Ideias

Marcelo Neri: jornada escolar mínima deveria subir para 5 horas. (págs. 1 e A13)

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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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