PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

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segunda-feira, fevereiro 07, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] NE: TERRA DE SOL

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Homenagem aos chargistas basileiros.
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EDUCAÇÃO E VIOLÊNCIA [In:] CAUSAS E EFEITOS

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Tributo ao professor Kássio...

Esse texto, abaixo, deve ser encaminhado e lido por aquelas pessoas

que apreciam as novelas, BBB, Brasil Urgente... e pior, assistem junto

com as suas crianças!

Esses "programinhas light" servem apenas para banalizar temas de importantes

reflexões como e sexo e a sexualidade, violências, safadezas, patifarias...

Puro sensacionalismo! Ética e moral? Longe de formar ou discutir isso...

O nosso futuro estará cada vez mais assim, onde cada um se acha o centro

do Universo... Daqui uns dias as crianças poderão ficar se bolinando sem serem

repreendidas, simplesmente porque é proibido proibir! Porque faz parte do

desenvolvimento humano! Oras! O mundo está ficando sem limites!

Faça a sua parte!


O texto é uma reação ao assassinato do prof. Kassio - ocorrido em dez/2010.

(Eu acuso !)

(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)

Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).

A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.

O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.

Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.

No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”. Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...

E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”

Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente...

Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.

Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:

EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;

EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos”e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;

EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;

EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia a dia, serão pressionados a dar provas bem tranqüilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;

EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, freqüentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;

EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;

EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;

EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;

EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;

EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;

EU ACUSO os “cabeça – boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,

EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;

EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.

EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;

EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;

Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos -clientes, serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia a dia.

Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.

A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria. Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”

Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.

Igor Pantuzza Wildmann

Advogado – Doutor em Direito. Professor universitário.

ENSINO SUPERIOR [In:] CAUSA E EFEITO

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EDITORIAL - FOLHA DE SÃO PAULO





VAGAS DESPERDIÇADAS



Decepcionados com a qualidade do ensino, ou sem condições de continuar no curso, 315 mil universitários abandonaram seus estudos em 2009, no Estado de São Paulo. Com base no Censo do Ensino Superior Brasileiro, organizado pelo Ministério da Educação, o pesquisador Oscar Hipólito divulgou levantamento que aponta para o agravamento desse quadro.

De 2000 a 2009, passou de 18% para 27% a proporção dos alunos que desistem da faculdade. A evasão é maior nas instituições privadas (29%), mas também notável nas universidades públicas (16%).

Existe algo de paradoxal em tais números, quando se constata ao mesmo tempo a necessidade premente, no Brasil, de profissionais qualificados. Não chega a 13% a proporção dos jovens entre 18 e 24 anos cursando a universidade; trata-se de um capital humano, por assim dizer, precioso demais para ser desperdiçado.

Entre os fatores responsáveis pelo fenômeno, aponta-se o de que muitos alunos não têm condições financeiras para continuar estudando. Mesmo contando com bolsas, não conseguem custear os gastos de transporte, material e alimentação que o turno universitário pressupõe. Além disso, quando confrontados com ensino de baixa qualidade, muitos estudantes reveem o cálculo do custo-benefício envolvido na aquisição de um diploma.

Pelos dados disponíveis, a evasão universitária tem crescido especialmente no Estado de São Paulo, mas há consenso entre os especialistas de que a situação tende a se repetir, nos próximos anos, em âmbito nacional.

Depois de uma fase de rápido crescimento no número de vagas, possibilitando o acesso de mais pessoas de baixa renda ao ensino superior, o desafio agora muda de dimensão: trata-se de evitar, com políticas de estímulo financeiro para os estudantes e exigência de melhor desempenho para as faculdades, o desperdício de recursos, de tempo e de esperança que esse fenômeno representa.
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http://sergyovitro.blogspot.com/2011/02/editorial-folha-de-sao-paulo_07.html
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BOVESPA/BM&FBOVESPA [In:] ''MUTATIS MUTANDIS''

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BOLSA MUDA BOVESPA MAIS E SE PREVINE DA CONCORRÊNCIA



Bovespa Mais para grandes


Autor(es): Ana Paula Ragazzi | De São Paulo
Valor Econômico - 07/02/2011

A BM&FBovespa quer dar uma nova chance ao Bovespa Mais. Seu presidente, Edemir Pinto, reconhece o fracasso - lançado em 2005, só tem uma empresa listada, a Nutriplant - e o atribui a um erro de concepção. "Esse é um segmento de acesso, mas não só para pequenas e médias. É para todas. Em especial para as grandes que não estão prontas em termos de governança para se listar no Novo Mercado". Agora, a bolsa busca parceria com bancos e está em negociação avançada com o Bradesco para fechar parceria semelhante à feita com o Banco do Brasil, para estimular o segmento.

A BM&FBovespa apelou para os grandes bancos para fazer deslanchar o seu "mercado de acesso", o Bovespa Mais.
Depois do acordo com o Banco do Brasil, para fomentar o segmento, estão avançadas as negociações para uma parceria semelhante com o Bradesco, disse ao Valor Edemir Pinto, 57, diretor-presidente da bolsa.

O executivo reconhece que a bolsa cometeu erros na divulgação do Bovespa Mais. Criado em 2005, com regras menos rígidas que as dos outros segmentos, atraiu apenas uma empresa. "É um mercado para todas as companhias, não apenas para pequenas e médias", afirmou.

Ex-superintendente na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), onde entrou em 1985, Pinto assumiu o cargo de diretor-presidente da nova bolsa que surgiu da fusão com a Bovespa, em 2008. Com um início de administração em que se destacaram temas do mercado futuro, nos últimos tempos ele tem se acostumado a debater mais sobre o mercado de ações.

Para acabar com o que chama de "falsa impressão" de que a bolsa brasileira cobra taxas muito altas de negociação, vai rever toda a política tarifária. E mantém o compromisso de chegar a 2014 com 5 milhões de pessoas físicas investindo na bolsa.

A seguir, trechos da entrevista:

Valor: Quais as chances de o mercado de acesso se estabelecer?

Pinto: A bolsa pecou nos trabalhos de divulgação do Bovespa Mais. Esse é um segmento de acesso ao mercado, mas não só para as pequenas e médias, como temos aventado. É para todas as companhias, em especial para as grandes que ainda não estão prontas em termos de governança para entrar no Novo Mercado [o nível mais alto da bolsa]. Estamos negociando com o Bradesco uma parceria para fomentar o Bovespa Mais aos mesmos moldes da que anunciamos com o Banco do Brasil. O BB tem em sua carteira vários fundos de participações e empresas em desenvolvimento. E vai divulgar para essas empresas o Bovespa Mais. E o Bradesco, espalhado por todo Brasil, tem potencial semelhante. Estamos conversando também com outros bancos e escritórios de advocacia. No Bovespa Mais, a empresa vai aprimorando a governança gradualmente, ao mesmo tempo em que ganha mais visibilidade nos mercados interno e externo. Temos um universo de mais de 15 mil empresas no Brasil, com faturamento anual entre R$ 100 milhões e R$ 400 milhões, para ser trabalhado.

Valor: O segmento só tem uma empresa, a Nutriplant, e atrai poucos negócios. Existe investidor interessado no Bovespa Mais?

Pinto: Existe, sim, um investidor interessado nesse segmento, mas com certeza ele não é o mesmo que compra as ações que estão negociadas no Novo Mercado. Ele tem um perfil diferenciado e pensa lá na frente, não espera obter lucros com um investimento no curto prazo. Nós estamos trabalhando tanto do lado da oferta quanto da demanda. Nossas parcerias com os grandes bancos também serão importantes para auxiliar nessa busca do investidor que tem o perfil do Bovespa Mais. Estamos conversando com a Abrapp (associação dos fundos de pensão) para ajudar a desenvolver esse mercado. Temos uma empresa preparando oferta, a Companhia de Águas do Brasil, e acredito que no segundo semestre teremos várias adesões.

Valor: Um dos projetos da Bovespa, ao abrir capital, era a integração dos mercados latino-americanos. No entanto, até agora, praticamente nada aconteceu. Por quê?

Pinto: Logo depois da abertura de capital, fomos conversar com todos eles. Em um primeiro momento, achamos que eles acreditavam que queríamos simplesmente tomar conta de toda a região. Foi difícil eles se convencerem de que o que queremos é apenas uma parceria diferenciada. O mercado brasileiro cresceu muito nos últimos dez anos, mas, nos outros países da América Latina, eles ainda são muito pequenos. De tudo que se negocia com derivativos na região, 85% está no Brasil, 10% no México e o restante entre todos os outros países. Em ações, 85% do volume está aqui, 12% no México e os 3% espalhados nessas outras praças. Não temos nenhuma intenção de comprar participação nessas outras bolsas, mas sim de desenvolver esses mercados. O principal objetivo, lá na frente, é atrair empresas latino-americanas para negociar suas ações no Brasil. Queremos ajudar a desenvolvê-los, estabelecer parcerias operacionais e de produtos e, depois, promover até duplas listagens. Já fechamos um convênio com o Chile e estamos também prestes a anunciar um acordo de produtos e roteamento com a Bolsa do México. Peru e Colômbia, que acabaram de fechar acordo operacional, agora também estão dispostos a analisar nossas propostas. Mas não vemos um grande resultado na região a curto e médio prazos.

Valor: Quais as mudanças que a bolsa fará na política tarifária?

Pinto: Por conta da adoção do novo padrão contábil, o IFRS, temos de informar os nossos custos por produto e serviços. Durante esse processo, percebemos a necessidade de mudanças em nossa política tarifária. Nossa estrutura de cobrança é muito antiga, de 20 anos atrás, e previa estímulos e subsídios às corretoras, nos serviços de custódia e liquidação. Olhando para nossa forma de cobrança hoje, para negócios com ações, 70% do que se paga para a bolsa é para a negociação e o restante nas etapas de liquidação. No caso dos derivativos, a proporção é 80% e 20%. Quando, por conta da adoção do IFRS, fomos esmiuçar os nossos custos, percebemos que a distribuição adequada é fazer com que o custo de liquidação responda por 65% e o de negociação, pelos 35% restantes. Então, vamos esclarecer isso, não haverá mudança no preço final, apenas a redistribuição mais adequada do peso de cada etapa da transação. Com essa mudança, será possível isolar o custo real da operação de negociação aqui no Brasil, o que vai acabar com essa história de dizer que operar na bolsa brasileira é mais caro que nas internacionais.

Valor: E não é?

Pinto: Quem chega a essa conclusão compara coisas incomparáveis. Normalmente, usa-se as taxas cobradas na NyseEuronext para concluir que aqui o custo para fazer negócio é mais alto. A bolsa brasileira, como poucas no mundo, é integrada, oferece a negociação, a custódia e a liquidação. Nos Estados Unidos, a Nyse tem apenas a negociação, as outras partes são fechadas com uma "clearing" independente. Ou seja, se compara a tarifa do serviço todo, cobrada aqui, com apenas a negociação. Com a abertura de nossos custos e tarifas, o investidor vai poder isolar exatamente quanto cobramos pela negociação e fazer a comparação adequada. E acredito que, assim, acabará essa falsa impressão de que a bolsa brasileira é mais cara do que as outras.

Valor: O senhor afirmou que 5 milhões de pessoas físicas estarão negociando na bolsa até 2014. Hoje são 610 mil CPFs cadastrados. Como está esse processo?

Pinto: A previsão de 5 milhões de pessoas físicas investindo na bolsa até 2014 está mantida. Quando disse isso, anunciei também que os dois primeiros anos seriam de trabalho e que o crescimento apareceria no fim desse prazo. O trabalho que temos é muito grande, estamos com uma campanha educacional e de mídia de longo prazo. As pessoas não sabem nem que, para investir na bolsa, precisam primeiro procurar uma corretora. A resposta que temos obtido nas cidades-piloto para o projeto, Campinas, Curitiba e Belo Horizonte, tem sido muito positiva.

QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA ?

07 de fevereiro de 2011

O Globo

Manchete: Polícia ocupa nove favelas em menos de duas horas
Traficantes saíram antes da ação em Santa Teresa e no Complexo do Alemão

Forças de segurança do Rio e federais levaram menos de duas horas para ocupar nove favelas do Complexo de Sâo Carlos, no Estácio, e de Santa Teresa, ontem, de manhã. Na operação, que reuniu as polícias Militar e Civil, fuzileiros navais, Polícia Federal e Polícia Rodoviária, nenhum tiro foi disparado. Blindados da Marinha deram apóio à ação. A Secretaria de Segurança avisara com antecedência sobre a ocupação. Traficantes das áreas teriam fugido para outra favelas, como Rocinha e Morro da Pedreira, em Costa Barros. Para marcar a retomada do território, policiais soltaram sinalizadores com fumaça azul. A operação antecede a instalação de três UPPs. (Págs. 1 e 9)

Beltrame: modelo já pode ser exportado

José Mariano Beltrame, secretário de Segurançado Rio, disse que o modelo de ocupação de favelas já está consolidado e poderia ser levado a outros estados. (Págs. 1 e 11)

Enquanto isso... Violênicia explode no Nordeste

Um estudo mostra que os estados do Nordeste enfrentam uma explosão da violência, na contramão do que ocorre no Rio e em SP. Nos últimos 10 anos, o número de homicídios cresceu 242% no Piaui, 178% no Rio Grande do Norte e 158% na Paraíba. A exceção é Pernambuco. (Págs. 1 e 3)

Foto legenda: Fuzileiros navais, nun blindado da Marinha, participam da ação nos Prazeres, em Santa Teresa, uma das comunidades ocupadas para receber UPPs.

Egito chega a consenso para mudar constituição

A urgência de mudanças constitucionais foi o único acordo na primeira grande reunião entre o vice-presidente do Egito, Omar Suleiman, e líderes da oposição, incluindo a Irmandade Muçulmana. Pela proposta do governo, mudam as regras para as eleições, mas o presidente Hosni Mubarak fica no cargo até setembro, ponto que divide opositores. Cairo prometeu revogar a lei de emergência, em vigor há 30 anos. (Págs. 1 e 22)

Pacto debate modernização da Justiça

Executivo, Legislativo e Judiciário vão iniciar a discussão sobre o Pacto Republicano, acordo entre os poderes para modernizar a Justiça. Entre as prioridades, a conclusão das reformas dos códigos de Processo Civil e Processo Penal. (Págs. 1 e 4)

Energia eólica pode ser opção para Nordeste

Depois do apagão que deixou oito estados do Nordeste sem luz na madrugada da última sexta-feira, especialistas defendem fontes alternativas para complementar o abastecimento na região, entre elas a energia eólica. (Págs. 1 e 19)

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Folha de S. Paulo

Manchete: SP gasta R$ 34,5 mi por ano com ex-deputados

Pensão criada por lei já extinta beneficia ex-parlamentares e dependentes

O Estado de São Paulo gasta a cada mês R$ 2,88 milhões com o pagamento de pensão a 127 ex-deputados estaduais e 156 dependentes (viúvas, filhos ou companheiras). A Secretaria da Fazenda não revelou os nomes dos beneficiados.

O cálculo do benefício leva em conta, além do salário, verbas como ajuda de custo e comparecimento a sessões extras. Neste mês, o gasto cresceu 62%, por causa do efeito cascata do aumento nos salários de deputados federais e senadores.

O benefício foi estabelecido em 1976 por lei que criou previdência exclusiva para a Assembleia Legislativa. (Págs. 1 e A9)

Análise: Algumas aposentadorias especiais são distorções, avalia o professor de direito previdenciário da USP Marcus Orione. (Págs. 1 e A9)

Egito negocia com o maior grupo opositores

Pela primeira vez, o governo do Egito dialogou ontem com a banida Irmandade Muçulmana, maior grupo de oposição ao ditador Hosni Mubarak, para negociar uma saída para a crise do Egito, relata o enviado Samy Adghirni.

O vice-presidente Omar Suleiman, ofereceu liberar presos políticos e suspender o estado de exceção. As partes acertaram criar um comitê para estudar reformas. Manifestantes permaneciam acampados ontem no centro do Cairo. (Págs. 1 e Mundo, A12).

Foto legenda: A história em quadrinho: Cena do conflito no Egito, no traço da tunisiana Gihén Bem Mahmoud (Págs. Mundo, A14)

Análise
Marcelo Ninio
Concessões graduais e ausência de líder único diluem potencial explosivo (Págs. 1 e Mundo, A13)

Fernando Rodrigues
Demorará muito até a chegada de uma democracia robusta naquele país. (Págs. 1 e Opinião A2)

Luiz Felipe Pondé
O que se pede nessa “revolução do quibe” é mais emprego que
“liberdade". (Págs. 1 e Ilustrada E10)

Editorias

Leia “O caso Panamericano”, sobre a operação de venda do banco do Grupo Silvio Santos; e “Vagas desperdiçadas”, acerca da evasão nas universidades. (Págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Governo do Egito propõe fim do estado de exceção

Negociação com a oposição inclui novas regras eleitorais, mas descarta saída imediata de Mubarak

Pressionado pelos protestos que exigem sua saída há quase duas semanas, o governo do presidente Hosni Mubarak ofereceu ontem várias concessões, incluindo a revisão das leis de emergência impostas desde 1981 e das normas que impedem candidatos de oposição de disputar eleições em igualdade de condições. As negociações foram lideradas pelo recém-nomeado vice-presidente, Omar Suleiman. Porém, o regime continua rejeitando a principal exigência da frente de 14 partidos: a saída de Mubarak e a formação de um governo de transição que garanta eleições para presidente em setembro, assim como a dissolução do atual Parlamento, eleito em dezembro. (Págs. 1 e B8)

Muçulmanos e cristãos unem-se nos protestos

As manifestações na Praça Tahrir têm tido a capacidade de juntar cristãos e muçulmanos. "Obrigado por nos unir. Agora vá embora", diz um cartaz dirigido a Mubarak. (Págs. 1 e Internacional, A9)

Brasil negocia venda de urânio a China, Coreia do Sul e França

O governo já negocia a venda de combustível para usinas nucleares da China, Coreia do sul e França, informa a repórter Marta Salomon. Apesar das negociações, ainda não há decisão oficial de produzir urânio enriquecido para exploração. O Brasil tem grandes reservas de urânio, mas precisa investir US$ 10 bilhões na produção em escala industrial. (Págs. 1 e Economia, B1 e B3)

Foto legenda: Combate ao trágico

Com blindados da Marinha e sem disparar um só tiro, mais de 800 policiais ocuparam ontem nove favelas do Rio. (Págs. 1 e C3)

Negócios: Uma usina de problemas

Maior investimento nos últimos anos no Rio, a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) enfrenta problemas ambientais e de atraso e encarecimento de obras. (Pág. 1)

Aos 31 anos, PT deixa de ser um partido 'paulista' (Págs. 1 e Nacional, A1)

José Roberto Toledo: A CEO e a presidente
Em um mês de governo, vários adjetivos são candidatos a virar clichê para definir a presidente Dilma Rousseff: sóbria e pontual entre eles. (Págs. 1 e Nacional, A6)

Notas & Informações

A recuperação desigual

A economia cresce, mas o mundo pode estar lançando sementes da próxima crise, diz o FMI. (Págs. 1 e A3)

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Valor Econômico

Manchete: Bolsa muda Bovespa Mais e se previne da concorrência

A BM&FBovespa quer dar uma nova chance ao Bovespa Mais. Seu presidente, Edemir Pinto, reconhece o fracasso - lançado em 2005, só tem uma empresa listada, a Nutriplant - e o atribui a um erro de concepção. "Esse é um segmento de acesso, mas não só para pequenas e médias. É para todas. Em especial para as grandes que não estão prontas em termos de governança para se listar no Novo Mercado". Agora, a bolsa busca parceria com bancos e está em negociação avançada com o Bradesco para fechar parceria semelhante à feita com o Banco do Brasil, para estimular o segmento.

A capilaridade é importante para tirar o Bovespa Mais do papel e cativar empresas que, segundo ele, aprimorem gradualmente a governança e ganhem visibilidade no mercado. "Temos mais de 15 mil empresas no Brasil com faturamento anual entre R$ 100 milhões e R$ 400 milhões para serem exploradas".

Fazer decolar o mercado de acesso, expandir o número de pessoas físicas que investem em ações - hoje são 610 mil CPFs cadastrados e a BM&FBovespa pretende que sejam 5 milhões em 2014 -, reformular as tarifas e oferecer novos serviços são formas de atrair mais lucros para a instituição. Mas, também, de garantir que não haja grandes espaços para o surgimento de um eventual concorrente. Alguns gestores brasileiros, liderados pela Claritas, querem criar uma nova bolsa no Brasil. (Págs. 1 e D1 e D3)

As opções para lucrar com o vigor econômico

Seja para sustentar o crescimento econômico ou as exigências dos dois maiores eventos esportivos do planeta até 2016 - Copa e Olimpíada -, o Brasil terá de investir pesado nos próximos anos. Segundo especialistas, a necessidade se apresenta em várias áreas, mas aflora com vigor maior nos setores de petróleo, com os projetos de exploração do pré-sal, e na infraestrutura. Nesse cenário, espera-se que as empresas venham a mercado captar recursos e, assim, surja uma série de oportunidades de investimento em papéis de dívida ou ações de estreantes na bolsa de valores.

No mercado acionário, o horizonte de expansão das companhias tende a se apoiar ainda em um cenário importante: a escalada vigorosa do consumo das famílias. Otimistas, muitos bancos voltaram a sonhar com uma nova onda de ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês). As previsões variam de 40 a 50 lançamentos neste ano, o que demandará atenção redobrada do investidor, como alerta a presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Maria Helena Santana. (Págs. 1)

Foto legenda: De volta à boa forma

Cinco anos após ter acabado com o pagamento de comissões sobre as vendas, o que reduziu a receita, a rede de varejo de pneus e autopeças DPaschoal volta a crescer, diz Luís Norberto Pascoal, da terceira geração da família dona do negócio. O faturamento foi de R$ 1,7 bilhão no ano passado. (Págs. 1 e B1)

Crime digital migra para redes sociais

As redes sociais estão se tornando ambientes cada vez mais perigosos, campo fértil para a atuação de quadrilhas de criminosos digitais. Relatório da inglesa Sophos, de segurança digital, mostra que, no ano passado, de cada cinco perfis postados em redes como Facebook, Orkut e Twitter, dois receberam ou enviaram alguma mensagem que levava a ataques aos computadores dos internautas. O volume foi 90% maior que em 2009. O que atrai os vândalos digitais é a popularidade das redes. Só no Facebook são quase 600 milhões de perfis.

Eduardo Godinho, da Trend Micro, diz que o Orkut é o site mais visado pelos ataques aos internautas brasileiros, mas a perspectiva é que o Facebook assuma essa posição neste ano. Para ele, o fato de as pessoas se relacionarem dentro de círculos de amizades ou com pessoas com interesses comuns traz uma sensação de segurança que abre as portas para os ataques. Segundo Eduardo Abreu, líder de segurança da IBM, as quadrilhas virtuais migram para redes sociais porque elas permitem ataques mais sofisticados e direcionados do que por e-mail. (Págs. 1 e B3)

Crescem empréstimos a Estados e municípios

Por dois anos consecutivos, os Estados e municípios deixaram de cumprir sua meta de superávit fiscal, estimada em 0,95% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2009, registraram superávit de 0,75%; e, em 2010, o resultado piorou para 0,64% do PIB.

Isto ocorreu não apenas porque a recessão provocada pela crise financeira internacional reduziu a receita tributária de governos estaduais e de prefeituras, mas também pelo maior endividamento. As operações de créditos a Estados e municípios foram facilitadas pelo governo federal para compensar a queda da receita e atingiram o recorde de R$ 18,77 bilhões nos últimos dois anos.

Os recursos dos empréstimos foram utilizados pelos governadores em investimentos. Pela metodologia de cálculo do superávit primário, no entanto, qualquer gasto, mesmo sendo investimento, afeta o resultado fiscal. A previsão é de que as operações de crédito continuem em ritmo intenso este ano por causa das obras para a Copa do Mundo de 2014. (Págs. 1 e A3)

Hong Kong e Índia despontam no ranking global dos MBAs

A London Business School (LBS) e a Wharton School, da Universidade da Pensilvânia, dividem a primeira posição na 13ª edição do ranking "Financial Times MBA". A terceira melhor é a Harvard Business School, única outra escola a ostentar o título de melhor programa de MBA desde o início da classificação.

Apesar do domínio das líderes do ranking, há destaques em outras escolas. A Hong Kong University of Science & Technology continua em rápida ascensão. Estreou na 17ª posição, em 2008, e ficou entre as dez melhores no ano passado. Agora, está em 6º lugar.

A Iese ficou logo atrás. A escola de Barcelona entrou para as "top 10" este ano, junto com a MIT Sloan School of Management. O Indian Institute of Management Ahmedabad (IIMA) é a novata da lista com a melhor posição. Os dados sobre salários impressionam, tanto na média de três anos após a graduação (US$ 174.440) quanto no aumento dos ganhos depois do MBA (152%), permitindo ao IIMA estrear na 11ª posição. Os ex-alunos da instituição lideram ainda a lista de progressão na carreira, uma medida que compara os cargos dos estudantes antes e três anos depois de concluírem seus cursos. (Págs. 1 e D10)

Chineses agora querem mais vinho francês

O apetite dos chineses chegou aos vinhos, de preferência franceses e, mais especificamente, bordeaux. Segundo o Conselho Interprofissional do Vinho de Bordeaux, em 2010 a China se tornou pela primeira vez o maior importador de vinhos da região - foram quase 20 milhões de garrafas. Para o restante do mundo, o interesse chinês significa que ficou mais caro tomar vinho francês. Para os produtores franceses, as grandes casas de leilões e exportadores, é uma festa. (Págs. 1 e B6)

Indústria sugere prazo maior para pagar impostos (Págs 1 e A5)

Bancos internacionais têm US$ 44 bilhões no Egito (Págs. 1 e A11)

Lições da Baixada Fluminense

Programa de gerenciaomento do uso do solo implantado em municípios da Baixada Fluminense pode se tornar referência no combate a enchentes como as que devastaram a Região Serrana do Rio. (Págs. 1 e A14)

Café mais concentrado

A indústria brasileira de café nunca foi tão concentrada. No ano passado, as dez maiores companhias do setor responderam juntas por 75,2% do mercado doméstico. Em 2003, esse percentual era de 43,1%. (Págs. 1 e B12)

Fundos regionais buscam caixa

Aumenta a procura das empresas por recursos dos fundos de desenvolvimento regional do Norte e Nordeste para investimentos nessas regiões. (Págs. 1 e C3)

O desafio da inflação

A inflação corrente está alta e as expectativas comprometidas. De forma inédita, a projeção para o IPCA no fim de 2012 já escapou do centro da meta, fixada em 4,5% pelo Conselho Monetário Nacional. (Págs. 1 e C8)

Selic já não é a mesma para bancos

Ao contrário dos últimos ciclos de alta dos juros, desta vez as ações dos bancos não têm se valorizado, efeito das medidas macroprudenciais para financiamentos e do aumento do peso das carteiras de crédito. (Págs 1 e D2)

Ideias

Felipe Salto

Governo precisa mostrar real disposição em referter as distorções recentes nas contas públicas. (Págs. 1 e A12)

Ideias

Gustavo Loyola

A ideia de que um pouco mais de inflação não faz mal é um erro quando a inércia inflacionária ainda é elevada. (Págs. 1 e A13)
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