PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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terça-feira, janeiro 29, 2013

XÔ! ESTRESSE [In:] MUNDO CÃO


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`MARINA, MORENA MARINA...`



Petista diz que se filiará à sigla de Marina



Autor(es): Por Cristian Klein | De São Paulo
Valor Econômico - 29/01/2013
 

Prestes a fundar um partido, pelo qual deverá concorrer pela segunda vez à Presidência da República, em 2014, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva tem tudo para contar com a primeira adesão declarada à nova sigla na Câmara. É o deputado Domingos Dutra (PT-MA), parlamentar cuja luta política é contra a hegemonia do clã liderado pelo senador José Sarney (PMDB-AP), no Maranhão.
Revoltado com a subordinação do PT local aos interesses de Sarney, Dutra já fez greve de fome por dez dias, em 2010, e diz que não quer repetir o episódio. Prefere sair do partido que ajudou a fundar.
"Não é fácil sair do PT, estou há 33 anos no partido, nunca coloquei o PT em situação vexatória, mas não dá para continuar. Em 2014, não vou fazer outra greve de fome", afirma.
Diferentemente de políticos na mesma situação, que evitam declarações mais contundentes sobre a mudança de legenda, Dutra é enfático. Vai sair, a não ser que o PT termine com a aliança com Sarney, o que sabe ser improvável. "Apesar de fazer alguns movimentos para que o partido rompa com o PMDB, sei que este assunto vai além daqui, é nacional, porque o senador Sarney vai direto na fonte [no presidente Lula e na presidente Dilma Rousseff]. Permanecer nesta situação é covardia de nossa parte", afirma.
Dutra afirma que o partido no Estado está "aos frangalhos" e dividido em dois grupos, numa situação que vem piorando desde o traumático processo de intervenção nacional em 2010. Naquela eleição, o grupo mais à esquerda, que queria apoiar o candidato Flávio Dino (PCdoB) ao governo do Estado, ganhou a disputa interna no diretório estadual, mas a direção nacional do PT interveio e impôs a aliança com a governadora Roseana Sarney (PMDB). Em protesto, Dutra e outro fundador do PT, Manoel da Conceição, entraram em greve de fome. O deputado perdeu cinco quilos com o jejum, mas a decisão não foi anulada.
O petista critica colegas do partido que estão ao lado do clã Sarney e seriam alvo de um processo de desmoralização. Dutra refere-se ao vice-governador Washington Luiz de Oliveira, que concorreu à Prefeitura de São Luís, no ano passado, e aos secretários de Assuntos Institucionais, Rodrigo Comerciário, e do Trabalho, José Antônio Heluy.
"O vice disputou três eleições a deputado federal e nunca se elegeu a nada. Ele é vice por conta da intervenção. O Sarney para terminar de desmoralizá-lo - mas para prender o partido nas relações nacionais - o colocou como candidato a prefeito. Teve a maior coligação, com 14 partidos, e o maior tempo de TV, com 14 minutos, e ficou em quarto lugar. O Sarney nunca fez uma aparição pública para ele. A Roseana também não foi a nenhuma atividade política dele", afirma.
O deputado lembra que Washington Oliveira perdeu até para a candidata do PPS, a deputada estadual Eliziane Gama, que ficou em terceiro lugar, e "tinha 20 filiados fazendo campanha de rua". O segundo turno foi travado entre o então prefeito João Castelo (PSDB) e Edivaldo Holanda Jr. (PTC), que venceu a disputa.
Outra reclamação é que 7 dos 11 prefeitos eleitos pelo PT no Maranhão, em 2008, foram derrotados justamente por candidatos de Roseana Sarney, quando tentavam a recondução ao mandato no ano passado.
Domingos Dutra diz que enquanto os petistas aliados de Sarney estão desmoralizados, o seu grupo está disperso. Fazem parte dos insatisfeitos o deputado estadual Bira do Pindaré, o ex-prefeito de Imperatriz (segunda maior cidade do Estado) Jomar Fernandes, a mulher dele, a ex-deputada federal Terezinha Fernandes, e Manoel da Conceição, que também discute a transferência para o partido de Marina.
"Do jeito que está aqui, o PT é uma cobra de duas cabeças. Tem uma cabeça lambendo a cara, o curral do Sarney, e outro grupo, outra cabeça, querendo destruir o curral do Sarney. Quando a gente está balançando o mourão (estaca que segura a cerca), o Sarney vai ao presidente Lula e à presidente Dilma e coloca mais três ou quatro mourões. A situação é escandalosa, porque a entrega do PT do Maranhão à família Sarney é a anulação de toda a história do partido", critica o deputado.
Dutra afirma que sairá seja para o partido de Marina Silva ou outro já existente, o que neste caso poderia levá-lo à perda de mandato por infidelidade partidária. 
O parlamentar sabe dos riscos, mas rebate. "Em 2006, o PT aqui apoiou oficialmente o Jackson Lago (PDT), morto em 2011, e o presidente Lula veio e apoiou a Roseana! Infidelidade é o PT estar aliado à oligarquia Sarney, o resto tudo é atenuante", diz.
O petista conta que participou de reunião, em São Paulo, na quarta-feira, dia 23, na qual Marina reuniu colaboradores para a construção do partido. Entre os presentes estava o deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP). Alessandro Molon (PT-RJ) e Reguffe (PDT-DF), afirma Dutra, justificaram a ausência.
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`FOI SEM QUERER, QUERENDO`



Reformas à vista na Venezuela


Valor Econômico - 29/01/2013
 

O presidente da estatal venezuelana PDVSA, Rafael Ramirez (foto), anunciou ontem mudanças num imposto petroleiro que permitirão à empresa repassar mais dólares oriundos da exportação de petróleo ao Banco Central, em detrimento do Fonden, um polêmico fundo de desenvolvimento. Analistas viram na medida o início de aguardadas reformas econômicas, que incluiriam um ajuste fiscal e a desvalorização. Ainda ontem, o vice-presidente, Nicolás Maduro, leu uma carta supostamente escrita pelo presidente Hugo Chávez, que se trata um câncer em Cuba, aos líderes reunidos no Chile para a cúpula da Comunidade de Estados Latino- Americanos e Caribenhos (Celac). A carta pede unidade dos países da região: "Ponho toda a minha convicção ao reiterar: ou fazemos uma pátria grande, ou não teremos pátria".
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O LIMITE TÊNUE ENTRE O V.I.P. (camarote) e o R.I.P.



Imprensa estrangeira lembra Copa e Olimpíadas


O Globo - 29/01/2013
 

Jornais citam preocupação com a segurança durante os dois grandes eventos esportivos
A imprensa internacional destacou ontem a tragédia na boate Kiss, com destaque para a dor dos familiares das vítimas e uma preocupação: as condições de segurança e logística para a Copa do Mundo em 2014 e para os Jogos Olímpicos em 2016. Em sua página na internet, o "Financial Times" lembra que o Brasil já está sob crescente vigilância mundial em relação aos preparativos de segurança para receber os dois maiores eventos do esporte. Outro artigo num blog do jornal inglês afirma que os erros e falhas que levaram ao incêndio em Santa Maria são o pior tipo de propaganda para o Brasil.
O texto ressalta que o respeito às normas básicas de segurança poderia ter evitado o ocorrido. "Até então, o Brasil não havia tido uma tragédia dessa dimensão por mais de meio século. Se os eventos assustadores do final de semana resultarem na aplicação mais rigorosa das leis, o Brasil terá feito mais progresso", destaca o artigo.
Ao noticiar o incêndio, o jornal "El Universal", do México, afirma que o Brasil "tenta melhorar suas deficiências de segurança e logística tendo em vista a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016".
Também chamou a atenção dos principais jornais do mundo a comoção da presidente Dilma Rousseff, que deixou a cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia, no Chile, para se juntar aos afetados pelo incidente. O jornal mexicano "Reforma" estampou na capa uma foto da presidente chorando, ao chegar em Santa Maria.
A tragédia fez a imprensa argentina lembrar um acontecimento similar, que chocou o país em 2004, quando 194 jovens morreram em um incêndio numa boate em Buenos Aires. Tanto o "La Nación" como o "Clarín" citaram o caso como "o Cromagnon do Brasil", referência ao nome da boate argentina.
Nos Estados Unidos, o "New York Times" estampou na capa uma foto do resgate de feridos da discoteca e lembrou um caso semelhante que ocorreu em Rhode Island há dez anos, quando um incêndio durante um show pirotécnico de uma banda de rock numa casa noturna causou cem mortes.
O "El País", da Espanha, estampou a manchete "Brasil vive uma de suas piores tragédias". O texto ressalta o depoimento de sobreviventes e a informação de que seguranças tentaram impedir a saída. O incidente foi destaque ainda nos britânicos "Guardian" e "The Times", além do jornal francês "Le Monde", que, em sua página na internet, divulgou vídeo do processo de reconhecimento dos corpos e do velório coletivo em um ginásio em Santa Maria.

OS EMBALOS DE SÁBADO A NOITE... (`trash`)



Burocracia e corrupção marcam setor


Valor Econômico - 29/01/2013
 
Apesar de atualmente haver três projetos de lei no Congresso relacionados aos procedimentos para a retirada de um alvará no país, empresários da noite reclamam sobre como a burocracia afeta seus negócios em São Paulo. As queixas vão desde morosidade e complexidade dos processos até os custos com a regularização da papelada, e a atuação de fiscais corruptos.
Alessandro Padovano, consultor para casas noturnas, diz que "é muito fácil" lacrar um bar ou boate em São Paulo por causa de irregularidades. "Você faz tudo o que acha que está certo, consulta várias pessoas, mas sempre falta alguma coisa que você não sabe. Aí o poder público faz blitz e multa um monte de gente."
Por outro lado, um empresário que prefere não ter seu nome identificado diz que há alguns anos pagou propina na subprefeitura da Sé: entregou R$ 1.500 dentro de um envelope para "passar o pedido de alvará na frente dos outros, porque eram muitos".
Outro empresário paulistano, que também preferiu não se identificar, disse que gastou cerca de R$ 5 mil para tirar o alvará de uma casa de shows. "Isso que eu fiz tudo sozinho, não usei despachante. Um novato na área paga mais."
Para inaugurar um restaurante, também na zona sul da capital, ele diz que ficou um ano parado pagando R$ 10 mil por mês de aluguel enquanto esperava uma licença. "Todo mês aparecia um fiscal dizendo que poderia agilizar a emissão do documento."

DRACONIANO



Projeção para inflação em 2013 segue em alta


Autor(es): Por Ana Conceição | De São Paulo
Valor Econômico - 29/01/2013
 


A projeção do mercado para a inflação em 2013 subiu pela quarta semana consecutiva, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central, que apura estimativas junto a cerca de cem analistas. A mediana das projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) saiu de 5,65% para 5,67%. Há um mês, a projeção era de 5,47%. 
As apostas para a inflação em 2014 foram mantidas em 5,50%. A mediana do IPCA em 12 meses, contudo, teve ligeira queda, de 5,56% para 5,53%.

Na semana passada e ontem, índices de inflação ao consumidor mostraram deterioração em janeiro. A Fipe informou que o IPC registrou aceleração de 0,96% para 1,04% na passagem da segunda para a terceira quadrissemana do mês. O indicador, que mede a inflação na cidade de São Paulo, foi puxado principalmente por educação e alimentação.
De acordo com economistas consultados pelo Valor, a inflação em janeiro ficaria até 0,12 ponto percentual mais baixa devido ao desconto da energia que vigora desde a quinta-feira.
A projeção para a atividade segue caindo. A mediana para o PIB em 2013 caiu (pela quarta semana) de 3,19% para 3,10%, acompanhando o recuo da previsão para a expansão industrial, de 3,24% para 3,10%. 
Para 2014, a mediana do PIB foi na direção contrária, ao subir de 3,60% para 3,65%, enquanto a da produção da indústria cedeu de 3,90% para 3,70%.

CÂMBIO. UMA CAIXA DE PANDORA



Por inflação, BC volta a agir no câmbio

BC rola swaps e derruba dólar para conter inflação


Autor(es): Por José Sergio Osse e José de Castro | De São Paulo
Valor Econômico - 29/01/2013
 

A preocupação com a inflação trouxe o Banco Central de volta ao mercado de câmbio, um mês após sua última intervenção, por meio de um leilão de rolagem antecipada de US$ 1,85 bilhão em swaps cambiais tradicionais. O impacto da atuação do BC derrubou a moeda americana ao menor patamar desde 2 de julho do ano passado e a cotação chegou a R$ 2,001, queda de 1,33%.
O mercado entendeu que a valorização do real frente ao dólar vai continuar. No mercado futuro, o contrato para fevereiro fechou indicando a moeda a R$ 1,997 no vencimento. O leilão de ontem, que antecipou em cinco dias o vencimento dos swaps (que têm o efeito de uma venda de dólar futuro), sinaliza que o BC vai usar a política cambial como ferramenta para o controle de preços, em detrimento de seu uso como alavanca para as exportações. Indica, também, uma mudança para baixo nos limites da banda cambial informal seguida pela autoridade monetária.


A preocupação com a deterioração do cenário de inflação no país trouxe o Banco Central de volta ao mercado de câmbio, um mês após sua última intervenção. A atuação veio na forma de um leilão de rolagem antecipada de US$ 1,85 bilhão em swaps cambiais tradicionais. O impacto foi tão forte quanto o obtido em 26 de dezembro passado, data da última ação da autoridade monetária, e derrubou a moeda americana para R$ 2,001, menor patamar desde 2 de julho. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o contrato para fevereiro fechou indicando a moeda a R$ 1,997 no vencimento.
O leilão, que antecipou em cinco dias o vencimento desses swaps (que têm o efeito de uma venda de dólar futuro), sinaliza, para muitos profissionais do mercado, que o BC realmente vai utilizar o dólar como ferramenta de controle de preços, em detrimento de seu uso como alavanca para exportadores.
"O BC adotou um viés claro de controle da inflação. A medida está em linha com uma maior flexibilização do mercado de câmbio", disse Felipe Pianetti, estrategista de mercados emergentes do banco J.P. Morgan. "A rolagem dos swaps de fevereiro sugere uma maior tolerância com um real mais apreciado."
Para Pianetti, a medida demonstra que a inflação passou a ser a maior preocupação do BC e do governo. A autoridade monetária, diz, sabe que algo tem que ceder dentro de sua política monetária para ser usado no controle da inflação, e isso agora passa a ser o câmbio.
Pouco antes do meio dia, após o dólar bater R$ 2,037, o BC anunciou leilão de 37 mil contratos de swap, que foram todos assimilados pelo mercado. Com a rolagem, a moeda despencou e caiu 1,33%, indo à menor cotação desde os US$ 1,987 registrados há mais de sete meses.
A intervenção da autoridade monetária se deu quando a moeda ainda estava dentro do intervalo considerado como banda informal, entre R$ 2 e R$ 2,05, tido até então como preços limites para o dólar. O mesmo tinha ocorrido em 26 de dezembro, quando o BC atuou pela última vez. Na ocasião, surpreendeu o mercado com dois leilões de swap tradicional, exatamente os que foram rolados, num momento em que o dólar estava dentro do que era considerada a banda cambial na época.
A atuação do BC também indicou a mudança para baixo nos limites da banda cambial da autoridade monetária e sinaliza que esse intervalo, agora, deixa de ser fixo e passa a ser móvel, com teto e piso variando no curtíssimo prazo de acordo com indicadores e eventos econômicos relevantes. Para alguns profissionais, inclusive, o novo piso estaria abaixo de R$ 2, o que seria a primeira desde que a banda foi colocada em prática.
"Continuamos na banda, mas agora é uma banda móvel. Se há algumas semanas a percepção era que os limites eram entre R$ 2,05 e R$ 2,15, agora é que ela está entre R$ 1,95 e R$ 2,05", disse David Beker, chefe de economia e estratégia do Bank of America Merrill Lynch no Brasil. "O BC continuará atuando em faixas de cotação, e a preferência é por um câmbio mais perto de R$ 2 do que de R$ 2,10."
Segundo Beker, os limites da banda cambial móvel vão depender muito mais de fatores de curtíssimo prazo daqui para diante. Dependendo do indicador e evento, os limites serão ajustados para privilegiar o controle da inflação ou a promoção da competitividade.
"Sexta-feira, por exemplo, saem dados de produção no país, que devem vir ruins, o que deve fazer as atenções se voltarem mais para a competitividade", disse ele. "Não dá para usar o câmbio para as duas coisas [controlar a inflação e melhorar a competitividade], por isso ele fica no meio do caminho. É querer demais de um instrumento só."
Ainda que seja a primeira vez que o piso da banda cambial esteja abaixo do nível psicológico de R$ 2, não é possível precisar qual seria esse piso, disse o executivo do Bank of America. Ele acredita que seja perto de R$ 1,95, mas admite que pode ser até abaixo disso.
Mesmo os que não acreditam na real existência de uma banda cambial, caso de Carlos Kawall, economista-chefe do Banco J. Safra, veem chances de o dólar cair abaixo de R$ 2. Para ele, porém, o benefício para a inflação não viria exatamente de um dólar mais depreciado, mas das menores oscilações da moeda em relação ao real.
"O BC deu sinal de que quer menos oscilações no câmbio, por isso podemos ter um dólar abaixo de R$ 2, até a R$ 1,95, mas num patamar sempre próximo a R$ 2", disse Kawall. "Ele vai atuar para não escapar nem para cima, nem para baixo."
Segundo ele, o BC tem indicado nas atas das últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) que acredita que os ativos financeiros serão mais "comportados" neste ano do que em 2012. Ou seja, está trabalhando com um cenário em que não haverá tanta pressão inflacionária vinda de ativos financeiros, como o dólar. Além disso, ele acredita que, para promover alívio inflacionário via câmbio, o dólar teria que cair ainda mais que o patamar atual, e ficar depreciado por tempo suficientemente longo - algo que ele não enxerga no horizonte próximo.
"O governo não vai deixar cair por terra todo o esforço do ano passado para melhorar a competitividade", disse ele. "E não dá para ser uma queda temporária do dólar, pois isso não teria efeito nenhum."
Jankiel Santos, economista-chefe do Banco Espírito Santo de Investimentos, é outro que acredita que há limites para a valorização do real, dado o impacto negativo que pode ter sobre a ainda fragilizada indústria nacional. "Com o leilão, é como se o BC dissesse: "não precisam puxar a moeda mais para cima". Não consigo ver isso como sinal claro que ele quer o dólar abaixo de R$ 2", disse o economista do BES. "Já tem um problema de competitividade que, com o dólar mais barato, poderia piorar, porque afetaria as expectativas de investimento. Para mim é mais um sinal que o BC quer essa taxa estável, para dar alguma previsibilidade à indústria."
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"ACORDA, ALICE!!!" *


28/01/2013 - 23h14
PAULO GAMA-FOLHA
DE SÃO PAULO


Na 1ª fala após derrota, Serra ignora 2014 e se diz em "fase de arrumação"


Em seu primeiro discurso depois de ter perdido a disputa pela Prefeitura de São Paulo há três meses, o ex-governador José Serra (PSDB) ignorou nesta segunda-feira seu futuro político e não citou a disputa pela Presidência em 2014.

Ainda estou em fase de descanso e arrumação, afirmou, após o discurso, ao ser questionado sobre sua atuação política no ano que vem.

Desde que foi derrotado por Fernando Haddad (PT) em outubro do ano passado, o tucano havia aparecido em apenas dois eventos públicos, mas não tinha discursado nem dado entrevistas.

Hoje, Serra falou na abertura do congresso do PSDB paulista. Em um discurso de pouco mais de 20 minutos, abordou a reforma política, defendeu o voto distrital e criticou o loteamento de cargos no governo federal.

Zé Carlos Barretta/Folhapress
José Serra participa de Congresso Estadual do PSDB
José Serra participa de congresso do PSDB paulista


Em entrevista depois do evento, o tucano criticou também a discussão sobre seu futuro. Tem tanta plantação e bobagem. [...] Sempre fico sabendo pelos jornais as coisas que estão me acontecendo.

Questionado mais de uma vez sobre o tema, Serra não quis falar a respeito da realização de prévias para escolher o candidato do PSDB à Presidência em 2014, tema que disse a aliados que seria abordado em seu discurso.

O ex-governador ainda trabalha para ser o nome tucano na corrida pelo Planalto, mas o candidato favorito no partido hoje é o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Líderes do partido, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, defenderam publicamente o nome do mineiro.

O senador Aloysio Nunes (SP), que discursou antes de Serra, disse ter uma preocupação enorme para 2014, em relação à tentativa de reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB). Nossa ação política hoje tem de ser a defesa do governo Alckmin, afirmou.
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* Bordão de programa humorístico televisivo, em alusão a Alice no país das maravilhas.

A VOZ DO DONO e o DONO DA VOZ...


29/01/2013 - 03h00

Pressionada por Lula, Dilma fará concessões a 'baixo clero'

FOLHA

Hora do varejo 
Pressionada por Lula e aliados, Dilma Rousseff fará concessões em sua restrita agenda para o chamado "baixo clero" político, inaugurando novo ciclo do mandato. A presidente, que recebe prefeitos desde a semana passada no Planalto e já programou périplo pelo Nordeste, tratará de acolher também os pleitos do PT nos Estados decisivos para seu projeto de reeleição em 2014. Amanhã, recebe quatro petistas da Grande São Paulo, liderados por Luiz Marinho (São Bernardo).


Em todas 
Marinho, que esteve com Dilma há uma semana, levará a tiracolo os colegas Carlos Alberto Grana (Santo André), Donisete Braga (Mauá) e Carlinhos Almeida (São José dos Campos).

Vai ter bolo 
Além dos prefeitos, Dilma Rousseff marcou para hoje um jantar com Sérgio Cabral (PMDB), em Brasília. O governador do Rio fez 50 anos anteontem.

Ideia fixa 
Amanhã será a vez de a presidente receber, pela segunda vez desde dezembro, Franklin Martins. Dirigentes do PT dizem que o ex-ministro de Lula discutirá com Dilma um novo estudo sobre regulação da mídia, pauta antiga do partido.

Reduto 
Gleisi Hoffmann (Casa Civil) recebe hoje a associação de municípios da Região Metropolitana de Curitiba, entidade na qual levou a melhor em acirrada disputa com Beto Richa (PSDB). O petista Luizão Goulart (São José dos Pinhais) derrotou o candidato do governador.

Linha... 
Ao determinar que Alexandre Padilha (Saúde) ficasse em Santa Maria (RS) para acompanhar o rescaldo do incêndio que matou mais de 230 pessoas, Dilma encarregou o ministro do contato com hospitais públicos e privados para garantir a transferência de feridos.

...de frente Para integrantes do Planalto, esta é "grande crise'' da gestão do ministro, potencial candidato ao governo de São Paulo.

Viva-voz 
Em telefonema de despedida a Antonio Patriota (Relações Exteriores), Hillary Clinton elogiou a relação Brasil-EUA em sua gestão como secretária de Estado. A proximidade entre eles é bem vista pelo governo, devido à perspectiva de que a ex-primeira-dama dispute a sucessão de Barack Obama.

Biodiversidade Patriota crê que manterá bom diálogo também com John Kerry, sucessor de Hillary. O ministro, que conheceu o senador democrata em cúpulas internacionais de meio ambiente, projeta ação integrada na agenda da sustentabilidade.
É pra já Rondônia, Rio Grande do Norte e Bahia serão os primeiros diretórios estaduais do PSD a confirmar apoio à reeleição de Dilma Rousseff em 2014. A oficialização ocorrerá na primeira quinzena de fevereiro, período que coincide com o início da minirreforma ministerial.
Isca Para atrair filiados para a nova legenda, aliados de Marina Silva acenam com a sucessão nos Estados. Entre os que resistem a trocar de partido, mas sonham com candidatura majoritária, estão José Reguffe (PDT-DF) e Ricardo Trípoli (PSDB-SP).

Nem aí 
Será amanhã a reestreia de José Genoino como deputado federal. O ex-presidente do PT, condenado pelo Supremo Tribunal Federal no mensalão, participará de reunião da bancada, em Brasília.

Reta final A comissão de sindicância da Advocacia-Geral da União entregou ontem ao corregedor Ademar Veiga o relatório final da apuração sobre os citados na Operação Porto Seguro da Polícia Federal. Com as conclusões será aberto Processo Administrativo Disciplinar contra os acusados, entre eles José Weber Holanda.
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TIROTEIO
"Invasores não mancharão minha reputação como construtor de moradias populares. Fiz 300 mil como prefeito e governador."
DO DEPUTADO PAULO MALUF (PP), sobre o Movimento dos Sem-Teto ocupar áreas em protesto contra a política habitacional de seu partido em São Paulo.
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CONTRAPONTO
Como eu vi na TV
Filho caçula de Eduardo Campos, José, de 8 anos, faz sucesso nas rodas de conversas do pai com suas façanhas. Recentemente, tentando convencer o governador de Pernambuco a liberá-lo de um castigo para ir jogar futebol com os colegas da escola, o menino conseguiu uma promessa de que o assunto seria reavaliado.
-Se sua mãe concordar, eu deixo -, disse o pai.
-Vai ser um tipo de julgamento? -, perguntou José.
Cauteloso, o governador anuiu. O menino replicou:
-Então já sei! A mamãe vai ser o Lewandowski e o senhor o Joaquim Barbosa!
Com FÁBIO ZAMBELI e ANDRÉIA SADI.
Eduardo Knapp/Folhapress
Vera Magalhães é editora do Painel. Na Folha desde 1997, já foi repórter do Painel em Brasília, editora do caderno 'Poder' e repórter especial.

OS LOBOS e as HIENAS DA SAVANA...


29/01/2013 - 06h00

Documentos mostram lobby de Renan e Henrique Alves no governo



FERNANDO MELLO
DE BRASÍLIA-FOLHA


O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), favoritos às presidências do Senado e da Câmara, usaram seus cargos para favorecer aliados que perderam o emprego ou estiveram envolvidos em suspeitas de corrupção.

Documentos obtidos pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação dão uma mostra do lobby feito pelos peemedebistas para tentar emplacar alguns nomes em cargos do governo federal.


editoria de Arte/Folhapress
Um dos exemplos ocorreu em 2011. Oito meses após o diretor da Polícia Rodoviária Federal deixar o cargo, os dois parlamentares se uniram para, em novembro daquele ano, tentar emplacá-lo na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Hélio Derenne, o diretor, havia pedido exoneração do cargo após o Ministério da Justiça abrir sindicância "para apurar a ausência de fiscalização e a prática de atos ilícitos nas rodovias federais, a falta de planejamento e o mau uso de recursos públicos" pela polícia.

A Controladoria-Geral da União (CGU) também abriu investigação sobre pagamento de propinas em estradas federais e sucateamento em bases da polícia.

Juntos, o senador e o deputado enviaram um documento ao ministro dos Transportes dizendo que as qualidades do indicado permitiam "pautar sua atuação e seus posicionamentos pelos princípios da moralidade administrativa e da efetividade das decisões". A indicação não foi aceita pelo governo.
Renan também enviou, em novembro de 2009, um pedido ao Ministério da Defesa, em conjunto com o senador Gim Argello (PTB-DF), para nomear Raimundo Costa Ferreira Neto, o Ferreirinha, no aeroporto de Brasília.

Três anos depois, Ferreirinha foi investigado pela PF por ligação com Carlinhos Cachoeira, empresário condenado por comandar um esquema de jogo ilegal e corrupção de agentes públicos.

Em 2007, quando era presidente do Senado, Renan também solicitou à PF cópia de depoimento sigiloso de um advogado que fez acusações contra ele.
Bruno de Miranda afirmava ter testemunhado um esquema de desvio de verbas para políticos do PMDB, entre eles Renan. O Ministério da Justiça não deixou claro se atendeu o pedido de Renan.

Em outra oportunidade, Henrique Alves tentou emplacar um primo de Renan, Marcos Calheiros, na chefia do Ministério da Pesca em Alagoas.

Presidente do PSC de Alagoas, Marcos disse à Folha que é "parente e amigo pessoal" de Renan, mas que a indicação não foi feita por ele. "Foi por conta do meu currículo, mas não deu certo."



INDICAÇÕES

Henrique Eduardo Alves afirmou, via assessoria, que as indicações foram feitas em nome da bancada do PMDB.

Os ofícios, no entanto, falam em "meu apoio". "Não são indicações pessoais. É natural os líderes partidários apoiarem nomes apresentados por deputados ou por bancadas dos estados."

Ele disse ainda que as bancadas têm o direito de encaminhar nomes para compor "o governo que integramos".

Renan não se manifestou. Hélio Derenne não foi localizado. Raimundo Costa Ferreira Neto não ligou de volta. Ele já havia declarado que jamais teve contato com Cachoeira.
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`CHINATOWN` *


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Arnaldo Jabor
Início do conteúdo

As chacinas de mercado


Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo
"Viu só? Tá pensando o quê? Batemos o recorde de mortes em São Paulo; não tem Rio, não tem Pernambuco, não tem pra ninguém, meu amigo. Foi o maior índice de homicídios em cinco anos. Cinco mil e trezentas pessoas entre janeiro e dezembro. Os jornais ficam dizendo que há uma crueldade banalizada por nós. Que é isso, 'mermão'?


'Nonada' - não há mais a 'crueldade'. As novas chacinas de São Paulo estão além do bem e do mal. Há crueldade num abatedouro de frangos? Não. Os frangos são decapitados por diligentes carrascos de branco, limpinhos, como num Auschwitz higiênico. Nem nos matadouros há crueldade, apenas operários mal pagos entre mugidos tristes. O mesmo nas chacinas. Ninguém sente nada. E nós nem nos preocupamos em tapar as pistas. Sabe por quê? Porque estávamos cumprindo tarefas, cuidando de nossos interesses. 

Fazemos parte de uma empresa escura, invisível, mas que progride muito nas periferias. O que vocês chamam de 'crime organizado' é organizado mesmo. Não é aquela criminalidade babaca do Rio e outros Estados primitivos. O dinheiro que o tráfico arrecada aqui, nesta cidade tão rica, é aplicado com seriedade em bens de capital e em rentáveis investimentos. 

Nossos chefes são sérios, previdentes. Eles investem muito em postos de gasolina adulterada que rende mais, claro, eles têm motéis meio escrotos, não são 'Bahamas' ou algo assim, mas a tigrada tem onde trepar numa boa, têm não digo supermercados, mas muitos mercadinhos legais. Claro que eles têm muito mais grana do que nós, mas nós fazemos parte do negócio, somos os peões de uma nova visão de mundo da periferia: o crime neoliberal, o crime copiado dos métodos de tantos 'cachoeiras' e de mensaleiros didáticos. Nós somos a base desse sistema e podemos subir na carreira se cumprirmos as ordens dos chefes - uma rede organizada, com amigos federais, estaduais e municipais. O PCC rege hoje todas as cadeias de São Paulo; temos até reunião plenária na prisão, com votação e tudo, temos a contribuição obrigatória (hoje está por volta de 800 paus por mês) para proteção e regalias da malandragem. Quem não paga vai pro lixo, em todos os sentidos. Nós pagamos com nossas ações de intimidação que a 'mídia conservadora' chama de 'chacinas'.

Estamos aprendendo muito com os craques do Oriente. Nossos ataques, como os deles, não são previsíveis - a gente sai armado e o acaso nos leva às vítimas e é até melhor que sejam inocentes, para que ninguém mais se sinta 'protegido'. Mas há uma diferença entre nossos 'presuntos' e os 'presuntos' do Oriente. Lá, eles matam e são mortos por religião ou se explodem felizes por uma causa política. Nós, não. A gente não pensa em ir para o céu feito os homens-bomba. Nós obedecemos às ordens dos celulares da chefia de dentro das prisões... Aliás, como podemos respeitar uma polícia que não consegue nem bloquear celulares? Mas, como você quer saber, sim, há um prazer nisso tudo, devo confessar. O grande prazer é matar neles a nossa vida escrota, ordinária, matar neles nosso destino miserável. Entendeu? A gente gosta até mesmo de exibir, jogar na cara dos playboys nossa ferocidade. Tem que dar medo neles. Outro dia, a gente decapitou dois X-9's. Dá trabalho. Esguicha muito sangue, tanto que a gente cobre o quengo do elemento com uma toalha na hora da degola. Eu já tinha visto a decapitação de um refém no Iraque, na internet. Êta, gente competente! O árabe foi serrando com a faca, assim, devagar, o pescocinho duro e o americano só deu uma estrebuchada na hora do corte, só deu um mugidinho.

Matar ainda é a maior diversão... Você já matou alguém? Não? Não sabe o que está perdendo... O prazer de sair com uma metralhadora, ali, no tiro ao alvo, os otários levando susto, é de matar de rir; a cara do babaca voltando do trabalho e a gente acertando ele na porta de casa, a esposinha berrando, criancinhas chorando, dá uma adrenalina legal, parece que fica tudo bonito em volta. Outro dia, num botequim que tinha uns babacas dentro quando a gente tacou fogo, o néon ficou mais forte, tudo ficou luminoso! Aliás, a morte matada parece mesmo um milagre. Os caras que estavam ali, folgando, bebendo, rindo, levam chumbo e de repente ficam todos quietinhos, obedientes, não se mexem mais. É superlegal. Os caras viram coisas. Eu confesso que me sinto leve nessas 'paradas'... E tem mais: a gente não gosta de matar na moita... Os 'presuntos' têm de ser vistos, ali, caídos; afinal, fomos nós que criamos tudo aquilo... Legal é o prazer de abrir uma cerveja, acender um baseado e ficar vendo na TV a nossa 'obra'. É uma curtição irada; parece uma exposição de pintura, uma 'instalação' - aqueles corpos na estrada, em posições diferentes, as autoridades falando em 'providências', é o maior barato... Dá orgulho. Dá vontade de sair na rua e gritar: 'Fui eu!!!'

Hoje em dia, somos obrigados a criar notícias, fazer 'mídia', temos de chamar atenção e cada vez está ficando mais difícil - é tanto crime, que a gente tem de caprichar... Você veja, a turminha lá do Elias Maluco inventou o 'micro-ondas'. Bacana, obra de arte: o cara queimando dentro dos pneus é dos espetáculos mais emocionantes que já vi, chega a dar medo mesmo na gente que está acostumado - aqueles gritos e, aos poucos, o silêncio, com o cara virando cinza, dá um alívio, como uma purificação... É demais...

Mas, o que me dá tranquilidade, 'mermão', é que nós sabemos que no Brasil é impossível resolver o 'problema da violência', como os playboys chamam...

O que tinha de ser feito ninguém consegue fazer mais: atacar a rede do tráfico de pó e armas que começa nos oficiais graúdos, passa por políticos e autoridades até chegar a nós, os pés de chinelo. A gente é peão. Não há mais crueldade; apenas defesa de mercado, para que nossos chefes e nós possamos sustentar nossas famílias dignamente."
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* Título de filme.
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QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS

29 de janeiro de 2013

O Globo

Manchete: Depois da tragédia...: Prefeitos agora fazem varredura em boates
Governantes prometem ser mais rigorosos na fiscalização de casas noturnas

Porto Alegre, Salvador, Manaus, Curitiba e Niterói, além dos governos do Distrito Federal e de Sergipe, anunciaram medidas para fechar estabelecimentos que não apresentarem condições mínimas de segurança

Após a tragédia de Santa Ma­ria (RS), que resultou na mor­te de ao menos 231 jovens, go­vernadores e prefeitos de vári­as cidades anunciaram que pretendem fazer uma varre­dura em todas as casas noturnas. Em Manaus, uma primeira vistoria levou ao fechamen­to de seis estabelecimentos. No Rio, a prefeitura admitiu que há casas noturnas em si­tuação irregular, e o Corpo de Bombeiros disse que reforçará a fiscalização.(Págs. 1, 3 e editorial "O lado B do Brasil")
Câmara quer lei federal
O presidente da Câmara, Mar­co Maia (PT-RS), anunciou ontem a criação de uma co­missão que vai elaborar pro­posta de unificação das leis de concessão de alvarás e prevenção de incêndios no país. Hoje, essas regras são feitas por estados e municípios. Para Maia, porém, o problema em Santa Maria foi de fiscalização.(Págs. 1 e 3)
Polícia prende quatro
Dois sócios da boate Kiss e dois músicos da banda Gurizada Fandangueira foram presos preventivamente on­tem pela polícia gaúcha, para não atrapalharem as investigações sobre as causas do in­cêndio. A suspeita é que os proprietários da boate po­dem ter ocultado provas, co­mo as imagens do circuito in­terno de TV. (Págs. 1 e 9)
Museu do índio: Destinação do prédio é incerta
A destinação do prédio onde funcionou o Museu do índio, no Maracanã, é incerta. O imóvel, de cuja demolição o governo do estado desistiu, será restaurado pelo futuro concessionário do estádio. Os índios que vivem no local terão que sair. (Págs. 1 e 16)
De olho na inflação: BC atua e dólar recua para R$ 2
Após reduzir a conta de luz e adiar a alta da gasolina e do ônibus, o governo quer agir no câmbio para deter a inflação. Após o BC fazer leilão de US$ 1,8 bi, o dólar caiu 1,33%, a R$ 2,001, menor cotação em 7 meses. (Págs. 1 e 23)
Ambições Espaciais
A Coreia do Sul lança seu primeiro foguete ao espaço. 0 governo do Irã anunciou que enviou um macaco ao espaço e o trouxe de volta à Terra.(Págs. 1 e Ciência)
Custo do caos nas cidades
O trânsito virou um grande vilão para o homem, para o planeta e para a economia. Só a cidade de São Paulo perde em produção R$ 26,8 bilhões por ano.

A frota de carros cresceu mais que a população. (Págs 1 e Revista Amanhã)
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O Estado de S. Paulo

Manchete: Donos de boate são presos; Dilma pede a prefeitos mais fiscalização
Polícia suspeita que provas tenham sido adulteradas em casa noturna de Santa Maria (RS) • Nos depoimentos, ninguém admite ter acendido fogo de artifício • Em reunião em Brasília, presidente cobrou acompanhamento

Os proprietários da casa noturna Kiss Elissandro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e Luciano Bonilha, auxiliar do grupo, foram presos ontem. Eles são investigados pela polícia como responsáveis pela tragédia que deixou 231 mortos na boate em Santa Maria, na madrugada de domingo. Outros 75 estão internados em estado gravíssimo. Bonilha é acusado de acender o sinalizador conhecido como “sputnik” dentro da casa, o que teria provocado a tragédia. Segundo o delegado que investiga o caso, porém, ninguém assumiu o uso do artefato. A polícia suspeita que provas consideradas fundamentais para a investigação tenham sido adulteradas. Os donos da casa não forneceram as imagens do circuito interno de TV e teriam retirado os registros do caixa central antes da perícia, o que poderia mostrar se havia mais gente do que o permitido no local. O Ministério Público estudar acusar os quatro por homicídio com dolo eventual. Em encontro com prefeitos em Brasília, a presidente Dilma Rousseff pediu que a fiscalização de boates seja intensificada. (Págs. 1 e Cidades)

Câmara quer novas regras

Uma comissão será criada na Câmara dos Deputados para redigir novas regras de segurança que valham para edificações em todo o País. (Págs. 1 e C8)
Fifa diz que não admitirá mais atrasos em estádios
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse ontem que não admitirá mais atrasos nos estádios escolhidos para a Copa das Confederações, em junho. “Agora estamos trabalhando com o prazo de meados de abril e este é o limite, não há mais possibilidade de novo atraso”, avisou, em Brasília. Apenas dois dos seis estádios estão prontos (Fortaleza e Belo Horizonte). Estão atrasados os de Brasília, Salvador, Recife e Rio. (Págs 1 e Esportes E1)
Governo pode ampliar desonerações em R$ 15 bi
O secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, disse ontem que o governo poderá abrir mais espaço para novas desonerações tributárias no Orçamento de 2013 antes de sua votação no Congresso. Ainda não há definição sobre volume, mas o governo já decidiu ampliar os cortes de tributos. Uma das propostas em estudo na área econômica seria abrir espaço para cortes de mais R$ 15 bilhões em impostos. (Págs. 1 e Economia B1)
Reforma vai reduzir atendimento no HC
O pronto-socorro do Hospital das Clínicas, em São Paulo, passará por reforma e o atendimento ao público será reduzido pela metade. As obras estão previstas para durar 1 ano. (Págs 1 e Vida A13)
Entenda projeto de cotas para universidades de SP (Págs 1 e .EDU)

Brian Palmer :: Mais rigor com a Coreia do Norte
As restrições econômicas impostas à Coreia do Norte pelos EUA são leves em comparação a outras nações, como Irã, Cuba e Síria. (Págs. 1 e Visão Global A12)
Notas & Informações
O horror de Santa Maria

Ninguém premeditou a tragédia. Mas a intenção de matar foi só o que faltou na receita. (Págs. 1 e A3)
Em uma manhã, 82 corpos são enterrados
Com a ajuda de militares e pedreiros voluntários, os corpos de 82 vítimas foram enterrados na manhã de ontem no cemitério de Santa Maria, relata o enviado especial Diego Zanchetta. A vítima mais velha tinha 27 anos. Pelo menos 20 pessoas deixaram o local em ambulâncias. (Págs. 1 e C4)
Perplexidade em palavras
Arnaldo Jabor: Outras virão
Sempre há uma série de erros não anunciados que acabam desembocando na catástrofe de Santa Maria. (Págs. 1 e C3)


Dilma Rousseff
Presidente da República
'Eles eram jovens. Eles tinham sonhos. Poderiam ser no futuro prefeitos ou prefeitas. Poderiam ser futuros cientistas, agrônomos. Mas eles, infelizmente, não tiveram a oportunidade de realizar seus sonhos.'


Manuel da Silva
Pai de Pedro e Marcelo Silva
'Eu não quero enterrar meu filho, por favor, eu não quero enterrar ele'
José Paulo Kupfer :: Onde está Wally?
Determinar quando acordará o “espírito animal” do empresário é a previsão macroeconômica do momento. Lembra o exercício de encontrar Wally. (Págs. 1 e Economia B4)
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Correio Braziliense

Manchete: Uma boate perigosa em cada esquina do Brasil
A tragédia de Santa Maria (RS) expõe de forma dramática um problema comum nas cidades brasileiras. Falhas gritantes de segurança, falta de equipamentos e superlotação provocaram a morte de 231 pessoas na boate Kiss. Os brasileiros ficaram horrorizados ao saber que centenas de pessoas tentaram fugir das chamas por uma porta de apenas dois metros de largura. O incêndio poderia acontecer em casas noturnas de qualquer ponto do país. A omissão do poder público na fiscalização e o desrespeito às normas básicas de funcionamento fazem da maioria desses estabelecimentos armadilhas para os frequentadores. Na área central de Brasília, 80% das casas não têm alvará. (Págs. 1, 2 a 11 e Visão do Correio, 18)

No país da negligência
A reação tardia do poder público

Primeiro, o minuto de silêncio. Depois, a cobrança aos prefeitos de todo o país. "A dor que eu presenciei é indescritível", disse a presidente Dilma. “Diante desta tragédia, temos o dever de assumir o compromisso de assegurar que ela jamais se repetirá". Responsáveis pelos alvarás das boates, eles aplaudiram. Resta saber se vão atender o apelo. (Págs. 1 e 3)

Quatro na cadeia

Integrantes da banda e donos da Kiss vão passar cinco dias presos. (Págs. 1 e 6)

Estado grave

Dos 127 feridos internados, 76 ainda têm alto risco de morte. (Págs. 1 e 7)
Impacto em 2014
A 500 dias da Copa, a imprensa internacional cobra segurança. (Págs. 1 e 11)
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Valor Econômico

Manchete: Plano prevê nacionalização da CSA
O Banco Nacional de Desenvolvimen­to Econômico e Social (BNDES) poderá aportar até R$ 4 bilhões para apoiar a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em seu plano de aquisição dos ativos de aço do grupo alemão ThyssenKrupp no Brasil, a CSA, e nos EUA, a Calvert Steel, do Alabama. O Valor apurou com fontes próximas às negociações que uma pro­posta da CSN foi acatada pela direção do BNDES e bem-vista no governo. A ideia é fortalecer um grupo siderúrgico brasi­leiro e nacionalizar o controle da CSA, hoje dos alemães. A antiga CST e a Acesita já estão em poder da anglo-indiana ArcelorMittal, e a Usiminas, no ano passado, passou às mãos de argentinos e japone­ses. Em ambos os casos, a CSN tentou comprar os ativos e foi derrotada.

A operação de venda da CSA e da laminadora americana, conduzida por dois grandes bancos de investimentos, está prevista para ser fechada neste trimestre. O aporte do BNDES é a forma de viabilizar o projeto de aquisição pe­lo grupo do empresário Benjamin Steinbruch. A CSN, segundo informa­ções do mercado, está disposta a de­sembolsar US$ 3,8 bilhões pela Thys­senKrupp Steel Americas, holding que controla os dois negócios siderúrgicos. (Págs. 1 e B1)
Por inflação, BC volta a agir no câmbio
A preocupação com a inflação trouxe o Banco Central de volta ao mercado de câmbio, um mês após sua última inter­venção, por meio de um leilão de rola­gem antecipada de US$ 1,85 bilhão em swaps cambiais tradicionais. O impacto da atuação do BC derrubou a moeda americana ao menor patamar desde 2 de julho do ano passado e a cotação chegou a R$2,001, queda de 1,33%.

O mercado entendeu que a valoriza­ção do real frente ao dólar vai continuar. No mercado futuro, o contrato para feve­reiro fechou indicando a moeda a RS 1,997 no vencimento. O leilão de on­tem, que antecipou em cinco dias o ven­cimento dos swaps (que têm o efeito de uma venda de dólar futuro), sinaliza que o BC vai usar a política cambial como fer­ramenta para o controle de preços, em detrimento de seu uso como alavanca para as exportações. Indica, também, uma mudança para baixo nos limites da banda cambial informal seguida pela au­toridade monetária. (Págs. 1 e C2)
Apesar do discurso, Evo segue política econômica ortodoxa
A Bolívia, presidida por Evo Morales, está se tomando um inesperado caso de sucesso econômico na América do Sul graças, em parte, à receita com a venda de gás, que permitiu maiores investi­mentos do governo e a ampliação de gastos sociais. Com isso, o PIB dos país cresceu 5,2% no ano passado, um dos maiores índices da região.

O discurso anti-imperialista e as estatizações remetem a Hugo Chávez, mas, ao contrário da Venezuela, Evo segue uma política econômica ortodoxa, com con­trole das contas públicas e superávit fis­cal nominal. Isso elevou a confiança ex­terna no país e permitiu à Bolívia vender no exterior US$ 500 milhões em títulos em outubro, a primeira operação do gênero do país em cem anos. (Págs. 1 e A9)
Instância administrativa veta a taxação de benefícios fiscais
As empresas ganharam mais um julgamento no Conselho Administra­tivo de Recursos Fiscais (Carf) para impedir a tributação da restituição de ICMS dada como incentivo fiscal pelos Estados. Em decisão unânime, o órgão entendeu que o benefício é uma subvenção para investimento e, portanto, não sujeito ao pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição Social so­bre o Lucro Líquido.

O caso envolve uma grande indús­tria de calçados que recebeu benefícios fiscais do Ceará e da Bahia. A em­presa foi autuada pela Receita Federal por não recolher o IR e CCSL. A com­panhia alegou que os recursos dos in­centivos seriam utilizados em investi­mentos. (Págs. 1 e E1)
Concorrência acirrada no turismo on-line
A demanda por viagens, hotéis e paco­tes de viagem cresce em ritmo tão acele­rado que as agências tradicionais ofere­cem cada vez mais serviços pela internet, enquanto as empresas on-line abrem lo­jas físicas para atrair consumidores que resistem a comprar pelo computador. O resultado é uma intensificação na concorrência entre grandes companhias do setor, como Decolar.com, Hotel Urba­no e CVC. Neste ano, os negócios de turis­mo on-line devem movimentar mais de R$ 11 bilhões no Brasil, segundo previsão da consultoria E-consulting.

As empresas projetam crescimento expressivo neste ano, entre 26% e 35% em relação a 2012. 0 potencial do mer­cado ainda é enorme. Estima-se que só 15% das passagens aéreas sejam vendi­das pela internet no país. (Págs. 1 e B4)
Receita mineral
Os royalties pagos pela indústria da mine­ração mais que triplicaram nos últimos seis anos, para R$ 1,8 bilhão no ano passa­do. A expectativa do governo é mais do que dobrar essa receita com as mudanças no novo código de mineração.(Págs. 1 e A2)
Arrecadação aduaneira é recorde
A arrecadação aduaneira — vinculada ao comércio exterior — aumentou 20% no ano passado, para o recorde de R$ 93 bi­lhões. Ainda assim é apenas 9% do total de impostos arrecadados em 2012.(Págs. 1 e A3)
Crédito sustentável
Condicionar o crédito rural na Amazônia a produtores que estejam em dia com as exi­gências fundiárias e ambientais ajudou a impedir o desmatamento de mais de 2.700 km2 de floresta entre 2008 e 2011.(Págs. 1 e A4)
Desaceleração industrial
O consumo industrial de energia caiu 3,2% em dezembro em relação ao mesmo mês de 2011, a maior redução durante todo o ano passado. Também foi a maior queda frente ao mês anterior, com retração de 3,1%. (Págs. 1 e A4)
Guerra da soja
Favorecidos por vitórias na Justiça, ain­da não definitivas, produtores rurais cri­ticam apoio de federações estaduais da agricultura à proposta de acordo da Monsanto para suspensão da cobrança de royalties da soja RR.(Págs. 1 e B14)
Terra Lima assume a Brasilprev
Miguel Cícero de Terra Lima vai substituir Ricardo Flores na presidência da Brasilprev, braço de previdência complementar do BB. Terra Lima é diretor comercial e de marke­ting da Brasilprev há três anos. (Págs. 1 e C16)
Ideias
Delfim Netto
Câmbio relativamente desvalorizado e estável foi importante no processo de desenvol­vimento da maioria dos países. (Págs. 1 e A2)

José Eli da Veiga
Se a atual crise elétrica se deve a alguma falta, é de democracia e de transparência no planejamento energético. (Págs. 1 e Ali)
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