PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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quarta-feira, outubro 24, 2007

XÔ! ESTRESSE [In:] "VACAS PROFANAS" (*)
















[Chargistas: Pater, Nani, JorgeBraga, Amorim, Alex Ponciano, Amarildo, Enio].
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(*) Vaca profana [Caetano Veloso]. Vaca profana, põe teus cornos/ Pra fora e acima da manada/ Vaca profana, põe teus cornos/ Pra fora e acima da man.../Ê, ê, ê, ê, ê,/ Dona das divinas tetas/ Derrama o leite bom na minha cara/ E o leite mau na cara dos caretas (...)".

CPMF/LULA/PSDB: "MEU BEM QUERER..." *

Lula diz que não vai ‘desperdiçar’ aceno do PSDB


O Planalto festeja a nova disposição do PSDB, agora aberto ao entendimento, com um otimismo que beira ao exagero. No início da noite desta terça-feira (23), em diálogo com um auxiliar, Lula disse que o governo não pode “desperdiçar” a chance de produzir um bom acordo com o tucanato. Acha que a porta que se abre para uma composição em torno da CPMF pode conduzir a um “novo tipo” de relacionamento com o Congresso. Um modelo que, se bem sucedido, poderia ser repetido em outras votações.
Rendido até aqui a conciliações que têm passado invariavelmente pelo atendimento de reivindicações fisiológicas das legendas que compõem o consórcio governista, Lula determinou à sua equipe que leve a negociação com o PSDB “ao limite do possível”. Limite que começará a ser estabelecido nesta quarta (24), em reunião que Lula pretende fazer com alguns ministros. Convocou-se também um encontro do chamado conselho político, integrado por líderes e presidentes de partidos governistas. De resto, Lula receberá no Planalto, pela manhã, os executivos das cem maiores empresas do país. Pedirá investimentos e apoio à CPMF. Quanto ao PSDB, além das pré-condições já expostas pelo líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), Lula determinou que sejam recolhidas as reivindicações dos governadores tucanos Aécio neves (Minas) e José Serra (São Paulo). O presidente enxerga as digitais de Serra e Aécio por trás do abrandamento da posição do tucanato. E deseja prestigiá-los. De fato, a cúpula do PSDB debruçou-se sobre o peitoril da janela que dá vista para o Planalto a partir de encontro que manteve com os dois governadores na última sexta-feira (19). Além das demandas que têm como chefes dos executivos de dois dos Estados mais importantes do país, Serra e Aécio miram 2010. Aécio já foi contatado pelo governo. Ouviu-o ministro Walfrido dos Mares Guia, coordenador político de Lula. Privadamente, o governador mineiro vem dizendo coisas assim: “Nós, do PSDB, não temos de ser como o PT, que, quando estava na oposição, via um vício de origem em tudo o que vinha do governo. Esse comportamento levou o PT a cometer equívocos históricos.” Lembra a oposição empedernida do PT ao Plano Real, à Lei de Responsabilidade Fiscal e à própria CPMF. Aécio acha, porém, que o Planalto precisa fazer a sua parte. No diálogo com Mares Guia, citou, entre outros exemplos, as alíquotas de PIS e Cofins que incidem sobre as empresas estaduais de saneamento. Disse que, nos dois últimos anos, esses tributos dobraram. Os Estados pagavam 3,2%. Passaram a pagar 7,6%. Só Minas Gerais recolhe aos cofres do Tesouro algo como R$ 150 milhões por ano. É dinheiro, diz Aécio, que deixa de ser investido em saneamento. Um contrasenso. Lula mostra-se aliviado com a novo ambiente que se estabeleceu no Senado a partir da saída de Renan Calheiros (PMDB-AL) da cadeira de presidente. Cobre de elogios o interino Tião Viana, a quem chama de político “jeitoso”. Foi Tião, aliás, quem mais insistiu para que o governo acelerasse os entendimentos com o PSDB. Sob pena de não obter os votos que faltam para a aprovação da CPMF. Estima-se que o governo dispõe, por ora, de 43 votos. Precisa de no mínimo 49. Para chegar ao plenário com folgas, evitando surpresas, necessita de algo como 55. Lideranças do DEM lamentam que Lula esteja levando o tucanato no bico. Argumentam, entre quatro paredes, que o parceiro de parceiro de oposição não se deu conta de que, aprovando a CPMF, estará tonificando os cofres de seu maior adversário na disputa presidencial de 2010. E alimentam uma ponta de esperança de que o entendimento dê em nada. Dentro do próprio PSDB há contrariedade com o comportamento benevolente do partido. Parte da bancada de deputados tucanos, que votou em peso contra a CPMF, julga-se traída. Mesmo entre os senadores, a maioria da bancada torce o nariz para a aproximação com o governo. Uma aproximação que, para se consumar, depende agora da disposição do Planalto de transigir. Algo que o grão-tucanato vai testar nos próximos dias.
Escrito por Josias de Souza, Folha Online. 2410
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(*) Meu bem querer [Djavan]. "Meu bem querer/ É segredo, é sagrado/ Está sacramentado/ Em meu coração (...)".

PF/OPERAÇÃO OURO BRANCO/COPERVALE/CASMIL [In:] LEITE VIDA CURTA

Cooperativa confirma uso de soda cáustica em leite, diz PF

O delegado da Polícia Federal de Uberaba (MG), Ricardo Ruiz da Silva, disse ontem que o presidente da Copervale (Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande) confirmou, em depoimento, que a empresa usava soda cáustica no leite longa vida integral.
O delegado se recusou a fornecer o nome do presidente da cooperativa, mas a Folha apurou que ele se chama Luis Galberto Ribeiro Ferreira. O presidente é um dos 27 suspeitos presos durante a operação Ouro Branco, realizada anteontem pela PF nas cidades de Uberaba e Passos. Dos 27, 14 foram liberados ontem. A ação tinha o objetivo de desbaratar uma quadrilha que, segundo a PF, adulterava leite longa vida (de caixinha) no Triângulo Mineiro para aumentar o prazo de validade e o volume do produto. Além da Copervale, uma segunda cooperativa, a Casmil (Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro), de Passos, estaria envolvida. Juntas, as duas produziriam 400 mil litros de leite por dia. Segundo a investigação, além da soda, outros produtos impróprios para o consumo, como água oxigenada e citrato de sódio, eram adicionados ao leite. A soda cáustica pode, por exemplo, danificar a mucosa intestinal, causando até perfurações. A água oxigenada pode gerar esofagite e gastrite.
Depoimento

"O presidente da empresa confirmou o uso da soda cáustica. Ouvimos funcionários desde os que faziam análise química do leite até o coordenador de todo o processo e a maioria também confirmou o uso da soda. Também disseram que não tomavam o leite porque poderia fazer mal", disse Silva. Além do presidente da Copervale, continuam presos em Uberaba três diretores, um químico e um fiscal do Ministério da Agricultura, suspeito de facilitação. Seus nomes não foram revelados pelo delegado. O químico seria o responsável pela fórmula adicionada no leite. Ele negou em depoimento, segundo o delegado, ter sido responsável pela fraude. Silva disse ainda que a PF vai investigar a possibilidade de o químico ter passado a fórmula para outras cooperativas. "Por isso é necessário analisar amostras de todas as marcas." "Começamos a receber ligações de funcionários de outras empresas do país dizendo que há vários locais colocando soda cáustica no leite", disse. As superintendências da PF no Paraná, no Rio Grande do Sul, no Espírito Santo e em Pernambuco já iniciaram a coleta de amostras de leite. Em São Paulo, a PF coletou amostras em Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Cruzeiro. Ontem, o Ministério da Agricultura divulgou nota dizendo que "encontrar indícios de fraudes em duas cooperativas não significa que a qualidade de todo o leite produzido no Brasil esteja comprometida".
Outro lado
O advogado da Copervale, Paulo Pimenta, afirmou ontem que a empresa não vai se pronunciar sobre o caso. Embora tenha acompanhado todos os depoimentos, ele se recusou a comentar as declarações que, diz o delegado Ricardo Ruiz, constam nos depoimentos dos funcionários e diretores sobre o uso de soda cáustica no leite.
Na Casmil, a Folha tentou contato com Evandro Lemos, que responde interinamente pela cooperativa, mas ele não respondeu ao recado deixado com a secretária.
JUCIMARA DE PAUDA; da Folha de S.Paulo, em Uberaba . 2410

CPMF: LULA EM CENA [ENCENA]

Lula inicia ofensiva pessoal para aprovar CPMF


BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia nesta quarta-feira, 24, sua própria ofensiva em defesa da aprovação da prorrogação da CPMF no Senado, ainda este ano, e sem modificação na proposta aprovada pela Câmara. Lula, por intermédio do ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, convocou uma reunião do Conselho Político para uniformizar a linguagem em defesa da aprovação da contribuição e medir a temperatura da negociação com os aliados.
A reunião do Conselho Político formado por todos os líderes e vice-líderes dos 11 partidos aliados e pelos líderes governistas na Câmara e no Senado - estava inicialmente marcada para quinta. A antecipação do encontro foi tática para evitar "ciúmes" entre os aliados. Afinal, estará acontecendo um dia antes do encontro marcado com lideranças do PSDB, o pêndulo para a aprovação da CPMF no Senado. Os aliados votarão pela prorrogação da CPMF, mas também eles têm reivindicações para garantir o voto favorável à proposta do governo. O desafio é assegurar aos governistas um discurso político e a paternidade da defesa de redução da carga tributária. Ontem, Walfrido se reuniu com líderes governistas e com o líder do governo no Senado, senador Romero Jucá (PMDB-RR), e ouviu de todos o mesmo pedido: a redução da carga tributária. Jucá defendeu a redução gradativa da alíquota da CPMF, dos atuais 0,38% para 0,30% em 2010. A participação de Lula no Conselho Política estava "em aberto" na terça à noite. O presidente marcou um encontro de três horas com os pesos-pesados do PIB brasileiro, exatamente para discutir não apenas a prorrogação da CPMF, mas defender a desoneração tributária já aplicada pelo seu governo. Lula, mais uma vez, quer falar do entusiasmo que o Brasil provoca nos investidores estrangeiros e da percepção de não identificar esse mesmo impulso no empresariado nacional. No encontro, os empresários defenderão maior redução da carga tributária e deverão se posicionar em relação à CPMF. O Planalto já constatou que a contribuição não é identificada como um obstáculo ou mesmo um peso tributário para alguns setores industriais. Acredita, por exemplo, que as diversas federações e confederações não têm posições convergentes em relação à prorrogação ou não do tributo.
PSDB
Enquanto isso, o PSDB prepara o discurso para o encontro com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na quinta-feira. O partido está aberto à negociação e quer uma resposta objetiva do Planalto à demanda por redução de tributos, aumento de repasse de recursos a Estados e municípios e redução das despesas. Na terça-feira, a bancada do partido resolveu dar 15 dias de prazo para a resposta do governo. Nos bastidores, os comentários são de que o governo, provavelmente, fará concessões na reforma tributária acatando sugestões do partido. Assim, poderá compartilhar com o PSDB o discurso da desoneração tributária. Segundo uma fonte do governo, isso aconteceu nas eleições passadas, quando o partido ganhou o discurso da aprovação do Supersimples. O fato é que o prazo para aprovação da CPMF ainda este ano é apertado. O cronograma definido na terça pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) não é favorável ao Planalto. A relatora da proposta, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), apresentará seu relatório contrário à prorrogação no dia 30. A partir daí, a Comissão vai promover uma série de audiências para ouvir empresários e ministros com o objetivo tácito de prolongar as discussões e tornar ainda mais rígido o calendário do governo. O Planalto tem como cenário a conclusão da votação no dia 20 de dezembro. No entanto, nem mesmo os líderes acreditam que será possível cumprir esse cronograma. Só uma negociação muito bem sucedida poderá levar o governo a garantir a prorrogação CPMF ainda este ano.
Beatriz Abreu, da Agência Estado. foto Beto Barata/AE [Lula defende prorrogação do imposto no Senado sem modificação na proposta aprovada pela Câmara]. 2410

PR/AGRICULTURA ORGÂNICA [FRUTICULTURA]: QUALIDADE E RENDA

Agricultor orgânico já processa a produção

Há dez anos, o fruticultor paranaense Mauro Passos percebeu que precisava agregar valor à sua produção de caqui orgânico. Começou a fazer uma classificação mais rígida das frutas, para comercialização in natura. Passou a oferecer produtos com mais qualidade, principalmente no visual. Com uma seleção mais rígida, aumentou, porém, a quantidade de frutos descartados. ''''Chegava a ter 40% de refugo'''', conta. Decidiu, então, dar mais um passo na cadeia produtiva, passando não só a produzir, como a processar o caqui. Contando apenas com mão-de-obra familiar, o primeiro produto que saiu da cozinha montada para o processamento foi o caqui desidratado. ''''Mas percebemos que a cozinha ficaria ociosa e aumentamos a variedade de produtos.'''' Além dos 4 hectares de caqui, a família passou a cultivar meio hectare de uva e meio hectare de amora no sítio, em Campina Grande do Sul (PR).Com isso, a linha de produtos, que ganhou a marca Quina Amarela, foi incrementada com geléias, hoje o principal produto da marca, e novos sabores. ''''Agora estamos finalizando o processo de industrialização do vinagre de caqui'''', revelou Passos, durante a Biofach América Latina, que terminou na quinta-feira, em São Paulo (SP). Os produtos orgânicos industrializados dominaram a Biofach. E chama atenção o grande números de produtores, inclusive familiares, como Passos, que processam a produção como alternativa para melhorar a renda. ''''O Brasil é conhecido internacionalmente como produtor de produtos primários. Temos de mudar isso. Valorizar nossa produção'''', defende o gestor do projeto Organics Brasil, Ming Liu.Para o agrônomo José Pedro Santiago, do Instituto Biodinâmico (IBD), certificadora nacional de orgânicos, a verticalização - ou seja, a produção e o processamento da matéria-prima na propriedade rural - da produção orgânica é uma tendência. ''''Isso é bom e necessário. Além de agregar valor, o agricultor amplia mercados.'''' Outra vantagem é que o produtor pode programar as vendas. Passos sabe bem disso. ''''Colhemos as frutas, que passam por um tratamento sanitário e depois as congelamos, para ter matéria-prima o ano inteiro para produzir as geléias.'''' E, nos últimos quatro anos, a proporção de vendas se inverteu. Hoje, 30% da produção do caqui é vendida fresca e o restante vira geléia. ''''A rentabilidade do processado é melhor. Para cada R$ 1 investido, ganhamos R$ 3 com a venda in natura e em torno de R$ 4 com as geléias.''''
CONCORRÊNCIA. A agrônoma Araci Kamiyama, da Associação de Agricultura Orgânica (AAO), diz que, ao contrário dos produtos convencionais, os orgânicos já começam a agregar valor no campo. ''''Mas é claro que compensa processar, principalmente pelo ganho de tempo de prateleira.'''' Segundo ela, há uma tendência não só dos agricultores, mas também de grandes grupos, de entrar no ramo dos orgânicos. ''''O lado bom é que o consumidor terá mais opções no mercado. O lado ruim é que, talvez, a competitividade do pequeno produtor fique prejudicada.''''Por isso, ela alerta que é preciso tomar alguns cuidados antes de começar a processar. ''''O produtor precisa ver se há mercado. E, se precisar comprar matéria-prima, procurar antes os fornecedores.'''' Vale lembrar que, para ser considerado orgânico, a legislação exige que 95% dos ingredientes que compõem o produto sejam orgânicos e certificados.É para não depender de fornecedores que o agricultor Fulgêncio Torres, de Porto Morretes (PR), quando decidiu produzir cachaça orgânica, há quatro anos, optou por ter sua própria plantação de cana-de-açúcar. ''''É uma forma de garantir o padrão de qualidade da bebida'''', justifica. Apesar das dificuldades na produção, Torres diz que compensa investir no produto orgânico. ''''É um mercado que está crescendo e estou apostando no setor.''''
Niza Souza - O Estado de S.Paulo. 2410

PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS: "RICOS" EM DOENÇAS

Países pobres têm 93% das doenças do mundo, diz OMS

Os países subdesenvolvidos têm 93% das doenças registradas no mundo e consomem menos de 11% da despesa global em saúde, afirmou, nesta terça-feira (23), um funcionário da Organização Mundial da Saúde (OMS). Philippe Lamy, representante da OMS para o México, participou dos Diálogos do Fórum Universal das Culturas 2007, que esta semana se concentram no problema da saúde. "Os países menos desenvolvidos concentram 84% da população mundial e sofrem 93% da carga global de doenças", afirmou Lamy na cidade de Monterrey, que desde 20 de setembro sedia o Fórum.
Sem água potável
Ele acrescentou que os países do terceiro mundo consomem menos de 11% dos gastos mundiais em saúde. No mundo subdesenvolvido, estimou, existem 52 milhões de pessoas sem acesso à água potável e a serviços básicos. Além disso, há 120 milhões de pessoas sem acesso a serviços de saúde por razões econômicas e 107 milhões por razões geográficas. Na conferência "Saúde nas Américas", Lamy disse que a maior causa de morte no mundo são as doenças cardiovasculares, com 900 mil vítimas por ano. Depois vem o câncer de estômago, pulmão, cólon, mama e próstata, com 500 mil.
G1/EFE. 24'10.

CPI/ONGs: VERBA$ GORDA$ [VIA "FAT"]: FHC II E LULA I

CPI vai mirar ONGs com verba acima de R$ 200 mil

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Organizações Não-Governamentais (ONGs), criada para apurar denúncias de irregularidades no uso de recursos públicos pelas entidades, definiu ontem que vai centrar foco na investigação de entidades que receberam da União recursos superiores a R$ 200 mil durante um ano. A investigação vai abranger o período de 1999 a 2006 - último mandato de Fernando Henrique Cardoso e primeiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante esse período, segundo a CPI, o governo liberou R$ 32 bilhões para o setor. "O leque é muito amplo. Não há denúncia específica sobre nenhuma ONG. São 7 mil organizações que receberam recursos federais e isso não está certo, não é bom. É uma dispersão total de recursos", avaliou o relator da CPI, senador Inácio Arruda (PC do B-CE). Ainda segundo o balanço da CPI, 250 entidades teriam recebido somas superiores a R$ 200 mil em 12 meses. Na reunião de ontem, em que ficou definido o cronograma de trabalho da comissão, foi acertado que serão solicitadas informações auxiliares de órgãos de fiscalização e dos ministérios.
PRAZO MÁXIMO. Técnicos da Controladoria Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU) também serão convocados para dar apoio na fase de investigação. A CPI tem de concluir seu trabalho em prazo máximo de 180 dias.Cálculos feitos pela assessoria da comissão mostraram que atualmente estão atuando no País cerca de 276 mil organizações não-governamentais, das quais 7,8 mil recebem recursos federais. Um grupo de 50 delas recebeu repasses acima de R$ 2 milhões. O presidente da CPI, senador Raimundo Colombo (DEM-SC), disse que a comissão também poderá investigar repasses feitos por fundos de pensão às ONGs. Por solicitação do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), autor do requerimento de criação da CPI, o órgão também vai apurar repasses de recursos a ONGs pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
Ana Paula Scinocca, BRASÍLIA. Estadão, 2410.

'QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?'

Brasil arma trem da alegria para a cerimônia na FIFA. A Fifa costuma ser moderada em seus eventos. Por isso, funcionários da entidade estão alarmados com o tamanho da comitiva nacional que estará na cerimônia da próxima terça-feira, em sua sede em Zurique, quando se tornará oficial que o Brasil organizará o Mundial de 2014. Os responsávels pela programação admitem ter "perdido a conta" do número de credenciais pedidas para a festa. A maior parte das solicitações se refere a pessoas que acompanharão o presidente Lula, convidado de honra da solenidade. A delegação brasileira não pára de crescer, segundo atesta um funcionário da Fifa. "Acho que só teremos certeza da quantidade exata quando o avião descer", comenta. Ou aviões. Há tanta gente querendo incluir-se na viagem que o Palácio do Planalto cogita a possibilidade de ter aeronave a mais, além do AeroLula, reservado ao presidente da República e assessores. Em princípio, se falou que haveria três governadores - Aécio Neves (MG), Jacques Wagner (BA) e José Roberto Arruda (DF). Mas a lista pode crescer, com Sérgio Cabral Júnior (Rio) e outros que teriam solicitado vaga no vôo da alegria. Na Câmara, corre uma lista de solicitações, assim como no Senado. Pelo menos dois ministros virão junto, além de personalidades como Romário e Paulo Coelho, ?embaixadores? informais da campanha brasileira por 2014.
Data 2410

http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20071024/not_imp69693,0.php

Cabral defende aborto contra violência no Rio de Janeiro. O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), 44 anos, propõe a legalização do aborto como forma de conter a violência no Rio de Janeiro. Em entrevista ao G1 na última segunda (22), ele se valeu das teses dos autores de "Freaknomics", livro dos norte-americanos Steven Levitt e Stephen J. Dubner, que estabelece relação entre a legalização do aborto e a redução da violência nos EUA. G1. 24.10

Cooperativa confirma uso de soda cáustica em leite, diz PF.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u339290.shtml

Presidente Lula busca apoio de empresários à CPMF. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto, com cerca de cem dos maiores empresários do país sob o argumento de incentivá-los a aumentar os investimentos no país. No entanto, o objetivo principal do encontro será o de pedir o apoio à aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que prorroga a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011, informa reportagem da Folha (íntegra só para assinantes da Folha ou do UOL). Segundo a reportagem, fora do Congresso Nacional, as principais críticas à CPMF têm partido da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Por isso, sob o argumento de que são as empresas as convidadas e não as entidades, Paulo Skaf, presidente da Fiesp, não foi chamado para a reunião. (...) O ministro já deu início, nos bastidores, às negociações com os partidos aliados. Walfrido também conversou com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), na tentativa de convencer os tucanos a apoiarem a matéria no plenário do Senado. O ministro disse que, durante a reunião do conselho político, o governo fará uma análise das condições impostas pelo PSDB para o apoio à CPMF.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u339284.shtml

OPERAÇÃO PERSONA/PF: TEM "CI$CO" NA CAIXA-PreTa

Gravação da PF sugere doação de R$ 500 mil da Cisco ao PT

A Polícia Federal interceptou conversas telefônicas durante as investigações da Operação Persona, que relatam uma "doação" de R$ 500 mil ao PT por empresários do setor de informática. O dinheiro seria para obter uma suposta vantagem numa licitação da Caixa Econômica Federal, informa nesta quarta-feira reportagem da Folha (íntegra só para assinantes da Folha ou do UOL). A PF investigou durante dois anos o suposto grupo criminoso, que apontou um prejuízo de R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos entre impostos não pagos e multas. Entre os envolvidos estão Carlos Canevali, fundador da Cisco do Brasil e executivos da Mude Comércio e Serviços Ltda., acusada de ser a importadora oculta da Cisco --Francisco Gondin, José Roberto Pernomian e Fernando Grecco. Segundo apurou a Folha, o relatório preparado pela PF informa que Grecco conversa com Pernomian, ambos da Mude, para "acertarem valores e datas do negócio de Carlinhos Carnevali com um representante do PT". Em outro momento, a polícia relata um diálogo entre Carnevali e Gondin, em que este cita negócios entre o fundador da Cisco e a Caixa.
Folha Online. 2410

RENAN CALHEIROS/PT/TUCA-NADA: NEM SEXTA, NEM QUINTA, NEM...

Com ajuda dos tucanos, Mesa segura processo contra Renan

Por um voto de diferença, os integrantes da Mesa Diretora do Senado decidiram suspender ontem o envio ao Conselho de Ética da sexta representação contra o presidente licenciado da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ao mesmo tempo, a Mesa arquivou a denúncia contra o tucano mineiro Eduardo Azeredo (...). Contra Renan pesa a suspeita, conforme revelou o Estado, de que o senador apresentou em 2004 uma emenda repassando R$ 280 mil do Orçamento da União para uma empresa fantasma, a KSI Consultoria e Construções Ltda., pertencente a seu ex-assessor José Albino Gonçalves de Freitas.
Entenda a sexta denúncia: O dinheiro deveria ser aplicado na construção de 28 casas em Murici, cidade da família Calheiros, pelo Programa de Combate à Doença de Chagas. Mas a empresa encarregada da obra não saiu do papel. O presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), justificou a decisão da Mesa, alegando que ela se fez necessária para não sobrecarregar o conselho e atrasar o julgamento das quatro representações em andamento contra Renan. "O sobrestamento foi sinal de alerta de que é preciso que tenhamos um mínimo de consideração com o andamento e julgamento dos processos que lá estão", disse. Ele e os senadores César Borges (BA) e Magno Malta (ES), ambos do PR, votaram pela suspensão. Já Álvaro Dias (PSDB-PR) e Gerson Camata (PMDB-ES), votos vencidos, optaram pelo encaminhamento da denúncia. Também derrotados, Papaléo Paes (PSDB-AP) e Efraim Morais (DEM-PB) queriam arquivar a representação de iniciativa do PSOL. Mesmo vencido, Dias disse ter concordado com a idéia de aguardar o término dos outros julgamentos. "A Mesa se preocupou com o fato de uma nova representação retardar as demais", justificou. "Foi uma medida de precaução, porque o excesso de representações está tumultuando as atividades do Conselho de Ética", opinou.
RENÚNCIA. Com a cumplicidade dos petistas e o apoio dos tucanos, Renan continua a operar para salvar o mandato e já deu o pontapé inicial para livrar-se da cassação, que o deixaria 10 anos sem mandato. Aproveitou o jogo do Brasil, exibido na casa do senador José Tenório (PSDB-AL), na última quinta-feira, para apresentar as suas alegações aos tucanos. Acompanhado do governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL), dos senadores Wellington Salgado (PMDB-MG), Almeida Lima (PMDB-SE) e Gilvan Borges (PMDB-AP) e até do líder do PSDB, Arthur Virgílio, que passou por lá, Renan fez uma exposição na qual se apresentava como dono de dez votos que poderiam definir no Senado, para um lado ou para o outro, a votação da emenda que prorroga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Em troca, o peemedebista sugeriu que aceitaria a renúncia da presidência da Casa, mas manteria o mandato de senador e, conseqüentemente, os seus direitos políticos. Virgílio negou sua presença na reunião, argumentando que não costuma assistir aos jogos da Seleção com o técnico Dunga. No entanto, fontes garantiram ao Estado que ele participou, ainda que constrangido. A proposta de Renan foi ouvida atentamente pelos tucanos e já era conhecida pelos petistas. O senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que iniciou movimento pela rebeldia na bancada petista - após ter votado pela absolvição de Renan no primeiro julgamento -, foi anteontem recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma conversa, após um longo período de gelo por parte do Planalto. O presidente quis saber o andamento dos processos de Renan no Senado e da CPMF. O medo é de que a posição de Mercadante - contrária à absolvição do presidente licenciado do Senado - acabe levando o governo a ser derrotado na prorrogação da CPMF, que representa um total de R$ 40 bilhões no Orçamento de 2008. Ao deixar o Palácio do Planalto, Mercadante estava menos seguro sobre a cassação do senador alagoano do que quando entrou.
Rosa Costa e Expedito Filho, BRASÍLIA. 2410

CPMF: ABERTA A TEMPORADA DE CAÇA$

Governo abre oficialmente negociação para aprovar CPMF

Os líderes dos partidos aliados do governo no Senado acertaram nesta terça-feira (23) os pontos que serão levados para o debate público com o PSDB visando aprovar a prorrogação da CPMF até 2011. A intenção, de acordo com interlocutores do governo, é apresentar em breve uma série de propostas oficiais para desonerar tributos em diversos segmentos, além da própria CPMF. "A alíquota de 0,38% é considerada alta para o momento de nós vivemos. O governo calcula todos componentes para que o impacto da redução de arrecadação seja compatível. Há espaço para negociação", admite o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR). A negociação acontece em duas etapas. Os senadores da base aliada participam de reuniões individuais com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, das Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, e do Planejamento, Paulo Bernardo. Nesta quarta-feira (24), os líderes aliados têm audiência com Guido Mantega. Com a oposição, a negociação inicia formalmente na quinta-feira, em reunião do Ministro da Fazenda com os senadores do PSDB. O Democratas, por enquanto, só será procurado se demonstrar interesse para negociar.
Negociação
O Palácio do Planalto acredita que já encontrou os termos para negociar a prorrogação da CPMF com os tucanos. São dois pontos que devem entrar no debate exclusivamente sobre o imposto do cheque: a redução gradual da alíquota e o aumento do limite de isenção para o pagamento do tributo. Essa isenção pode ser aplicada para contribuintes que movimentam por mês até R$ 1,7 mil. Fora da CPMF, o governo trabalha com duas propostas: a redução da contribuição patronal para o INSS, hoje fixada em 20% do salário do funcionário, e a redução das alíquotas de PIS/Cofins para investimentos em saneamento básico. "Mas existe um porém: a medida provisória deve chegar antes da votação da CPMF. As coisas devem andar juntas. Vota-se a CPMF com a MP na mão", adverte o senador Francisco Dornelles (PP-RJ). O Planalto faria concessões, inclusive, atribuindo a "paternidade" de algumas propostas ao PSDB, o que selaria o entendimento para a votação da matéria ainda em 2007. Caso a votação se arraste por 2008, o governo terá que cumprir 90 dias sem a cobrança do tributo. O impacto nas contas públicas, conforme o Ministério da Fazenda, pode ultrapassar R$ 15 bilhões.
PSDB
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), apresentou na tarde desta terça-feira, no plenário, uma lista de "termos" que entrariam na negociação com o governo para garantir os votos necessários à prorrogação da CPMF até 2011. O ponto mais polêmico é a imposição de um redutor de 0,2% ao ano nos gastos públicos. "Para nós evitarmos essa espiral de elevação dos gastos correntes que inviabilizará o Brasil fiscalmente ao longo dos próximos tempos", argumentou. No discurso, o líder tucano também anunciou que o partido não fechará questão sobre o tema, ou seja, os 13 senadores do PSDB não serão punidos caso votem contrariamente à orientação da liderança do partido. O Democratas fechou questão contra a prorrogação da CPMF. Além do redutor de gastos públicos, o PSDB exige o atendimento de outros cinco pontos: a queda gradual da alíquota, hoje fixada em 0,38%, o compromisso de que o prazo de cobrança do imposto do cheque não passe de 2011, chamado por Virgílio de "prazo exíguo", que o governo se esforce para aprovar a reforma tributária (que tramita na Casa desde 2003), a desoneração de outros tributos e, por último, acréscimo nos investimentos em saúde. Também disse que o governo precisa sinalizar o incremento dos recursos compartilhados com estados e municípios. "Esses entes arcam com o grosso da formação do superávit primário que é necessário para o Brasil manter uma relação equilibrada entre a sua dívida pública interna e o seu Produto Interno Bruto", disse.
ROBERTO MALTCHIK Do G1, em Brasília. 2410