PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
1Radio 1455824919 nhm...

valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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sexta-feira, março 05, 2010

XÔ! ESTRESSE [In:] RATOS E URUBUS (*)

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].
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(*) RATOS E URUBUS LARGUEM A MINHA FANTASIA. (Samba-enredo da Beija Flor). Composição: Betinho, Glyvaldo, Zé Maria e Osmar.
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ELEIÇÕES 2010 [In:] UM GOLPE DE MESTRE? QUEM É O ''MESTRE''?

Serra ou não Serra

Folha de S. Paulo - 05/03/2010

Candidatura tucana se desfaz num jogo de bastidores alheio ao que se espera de um debate democrático moderno

DE ONDE MENOS se espera, dizia o Barão de Itararé, daí é que não sai nada. A frase teria de passar por algumas modificações para aplicar-se à situação atual do governador José Serra, que num jantar com peessedebistas na última terça-feira declarou -para escassa comoção dos interlocutores- que é candidato à Presidência da República.
Ninguém qualificaria de inesperada a atitude de Serra; de há muito crescem as pressões da oposição para que sua candidatura se lance em campo aberto. No espírito do velho humorista, seria possível entretanto dizer que, quando muito se espera, daí é que ninguém sai do mesmo lugar -e o aguardado anúncio da candidatura tucana, feito entre quatro paredes, guarnecido de ressalvas e precauções, politicamente acrescenta pouco ao que já estava colocado sobre a mesa, e coisa nenhuma ao que ainda se esconde debaixo do pano.
"Eu nunca afastei a possibilidade de ser candidato", declarou José Serra. E repetiu, caso restassem dúvidas: "Existe a possibilidade de eu ser candidato? Existe sim. Ela nunca foi afastada". Ao mesmo tempo, noticia-se que aliados do paulista não excluem a eventualidade de um recuo, caso o governador de Minas, Aécio Neves, continue recusando-se a ser vice na chapa tucana.
Em que ficamos? Qualquer que seja o desfecho desse aborrecido drama de bastidores, a cada dia se reduz a estatura dos personagens que o compõem. Se grandes reservas de astúcia e de cautela são necessárias a um bom político, é também verdade que não há liderança concebível numa atitude de permanente aversão ao risco e à clareza de compromissos.
Como é costumeiro no PSDB, prefere-se a intriga interna ao debate público, e acredita-se mais na própria infalibilidade do que na disputa franca de opiniões e de projetos.
Conforme diminui a distância entre Serra e a petista Dilma Rousseff, criam-se situações embaraçosas no cardinalato peessedebista. A anuência de Aécio Neves ao lugar de vice começa a ser tratada como questão crucial para a campanha; porém, se no governador mineiro se depositam tais esperanças de salvação, por que não seria ele próprio o candidato à Presidência?
Natural que Aécio se faça de rogado, enquanto os índices de Serra desinflam nas pesquisas. No megaevento em que se comemoraram os cem anos de nascimento de Tancredo Neves, o lema de "Aécio presidente", como não poderia deixar de ser, foi ouvido com insistência.
Serra ou não Serra, Aécio ou não Aécio, os nomes perdem em importância; o que ressalta, acima de tudo, é o modo com que a vida política no Brasil parece distante dos padrões de uma democracia moderna. De um lado, surge uma candidata inventada pelo cesarismo presidencial; de outro, ambições pessoais se desfazem em picuinhas e sussurros, sem nada de significativo a apresentar para a população.

CARTÃO DE CRÉDITO [In:] ... DEIXOU DE SER UMA NAVALHA

Grandes lojas superam tabu e lucram com cartão híbrido

Lojas aderem ao cartão de bandeira


Autor(es): Adriana Cotias, de São Paulo
Valor Econômico - 05/03/2010

A passos largos, os cartões híbridos avançam no mercado e substituem os "private label" emitidos pelas redes de varejo. O que até pouco tempo era um tabu para essas empresas, que temiam facilitar as compras de seus clientes em outros estabelecimentos, virou negócio. O movimento, iniciado em 2006 pela C&A, quando ainda tinha o Banco Ibi como braço financeiro, agora ganha as dimensões do mercado. Os novos cartões com bandeira têm a função "private" quando capturados pelo lojista que os emitiu e geram receitas quando usados na concorrência. O adicional vem na forma de comissão pelos acordos de exclusividade com bancos ou como taxa de intercâmbio quando a varejista tem sua própria operação financeira.

Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), os cartões de loja somam mais de 200 milhões, em comparação aos 139 milhões de unidades de crédito. A estimativa da entidade é de que os "private" faturem R$ 67,7 bilhões em 2010. Esse modelo não vai desaparecer, mas a expectativa dos varejistas é de que perca representatividade.


Os varejistas se renderam ao assédio dos bancos e gradualmente começam a converter suas bases de cartões próprios, os chamados "private label", para unidades com bandeira. O que até pouco tempo atrás era um tabu para as grandes redes, ao facilitar as compras dos próprios clientes em outros estabelecimentos comerciais, virou oportunidade de negócio, com a criação de um modelo híbrido. Os novos cartões embandeirados agora nascem com característica de "private label", quando usados no lojista que empresta seu nome ao plástico, e transformam-se em receitas financeiras quando a compra é feita na concorrência.

O adicional ao negócio de varejo vem na forma de comissão pelos acordos de exclusividade com determinada instituição financeira ou como taxa de intercâmbio quando a varejista tem um braço financeiro. Pelas estatísticas da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), os "private label" somam mais de 200 milhões de unidades, uma base muito superior aos 139 milhões de cartões de crédito existentes. Em faturamento, a estimativa da entidade é que os cartões de loja faturem R$ 67,7 bilhões em 2010, enquanto os de crédito devem movimentar mais de R$ 300 bilhões. Os cartões de loja não vão desaparecer, mas a expectativa dos varejistas é de que, gradativamente, eles percam representatividade.

Foto Destaque

Entre as maiores bases do mercado brasileiro, Riachuelo, Lojas Renner, Pernambucanas e Carrefour optaram por erguer operações financeiras do zero. Outras, como Lojas Marisa, Pão de Açúcar, Casas Bahia, Leader ou Magazine Luiza se uniram a bancos, ou por meio de contratos comerciais, ou por estruturas societárias. A C&A, que detém a maior quantidade de cartões próprios, com mais de 20 milhões de unidades, tinha no Ibi o seu braço financeiro, mas acabou vendendo a operação no ano passado para o Bradesco, em meio à deterioração na qualidade de seus ativos, que sucedeu a crise internacional.

Independentemente do modelo, o que se percebe é que foi por força da competição que as redes sentaram para negociar parcerias ou partiram para o voo solo. "Há três, quatro anos, a participação do "private label" como meio de pagamento correspondia a 75% das vendas e essa fatia caiu a 59% em 2009", conta o diretor de crédito e risco da Riachuelo, José Antônio Rodrigues. "A gente percebeu que, muitas vezes, o cliente vinha com um cartão com bandeira da concorrência fazer compras na nossa loja, a oferta (de cartões com bandeira) foi uma demanda do consumidor."

O avanço dos bancos, principalmente os públicos, nas classes de renda menos favorecidas da população, também começou a incomodar as grandes redes ao chegar a um perfil sócio-econômico que antes era cativo do varejo, acrescenta o diretor de serviços financeiros da Marisa, Arquimedes Salles. "Quando meu cliente passa um cartão do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal , eu perco não só o financiamento daquela compra, mas também a base de dados, as informações de comportamento, eu não sei o que ele está fazendo."

Alguns paradigmas do antigo "co-branded", que fazia as vezes do cartão de loja com bandeira, foram quebrados com o modelo híbrido. Antes, para passar esses plásticos que traziam a marca Visa ou MasterCard era preciso usar a rede das bandeiras e isso representava custos aos lojistas para capturar a transação de um cliente que ele já tinha conquistado, explica o diretor de negócios do Carrefour Soluções Financeiras, Ricardo Barreto. Essa questão foi tecnicamente resolvida e hoje quando o consumidor faz compras no estabelecimento que emitiu o cartão, a transação é de "private label", cumprindo a função de alavancar vendas.

"Na nossa loja é sempre uma transação interna, que permite oferecer condições especiais, como o financiamento em 10 vezes sem juros na drogaria, planos de 18 a 20 vezes nos eletroeletrônicos ou de 3 vezes na venda de combustíveis." Já há flexibilidade também na fixação de um limite de crédito exclusivo para quando a compra é feita no próprio Carrefour. "Hoje, a palavra mágica é portabilidade, fazer com que o cliente tire o cartão da gaveta e coloque-o na carteira, podendo usá-lo em qualquer lugar."

ELEIÇÕES 2010 [In:] O ''PSDB'' DE SERRA OU AÉCIO?

PSDB trata Serra como candidato, mas coro pede Aécio presidente

PSDB "lança" Serra candidato;
plateia em Minas pede Aécio


Autor(es): VALDO CRUZ e CATIA SEABRA
Folha de S. Paulo - 05/03/2010

Anfitrião brincou com colega paulista pedindo "ministros mineiros" nos tribunais

Enquanto cúpula do partido mostra alívio com definição, paulista contorna pressão para que lance oficialmente candidatura antes do prazo


Acolhido como candidato a presidente num almoço oferecido pelo colega Aécio Neves ao comando do PSDB e do DEM, o governador de São Paulo, José Serra, viveu o constrangimento de ser recebido por um coro de "Aécio presidente", horas antes, ao chegar à inauguração da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves.
O mal-estar se estendeu por um minuto, enquanto Serra era conduzido por Aécio até a área da inauguração. O coro voltou à carga nas duas vezes em que Aécio foi chamado ao palco do evento. No almoço, porém, o próprio Aécio tratou Serra como candidato à Presidência.
"Serra, quando você for presidente, indique uma meia dúzia de ministros mineiros para os tribunais. Antes havia mais", brincou Aécio, ao lado do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Nilson Naves, que é mineiro. Serra respondeu que não cabe ao presidente indicar, e sim uma lista tríplice.
Dois dias depois de um jantar com Serra, Aécio descartou, enfaticamente, a hipótese de concorrer à Presidência. "É preciso e vou dizer taxativamente: o tempo de uma eventual candidatura minha à Presidência passou. Não será desta vez".
Como a Folha revelou ontem, Serra admitiu em conversas nos últimos dias que é candidato à Presidência.
Embora resista à pressão e diga que não será vice de Serra, Aécio deixou uma porta aberta para analisar a hipótese no futuro. "Sou um homem de convicções. Tenho as minhas. Enquanto elas não se alterarem, caminho no meu rumo. Se alguém me convencer, em um determinado momento, do contrário, obviamente tenho que avaliar. Mas estou absolutamente convencido de que a melhor forma de ajudar ao nosso projeto é estando em Minas", disse Aécio.
Em conversas com aliados, Aécio até reconhece, muito remotamente, a possibilidade de ser vice, mas, lembrando ter esperado muito por uma definição de Serra, avisa que só tomaria sua decisão em junho.
O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), tem esperança que Aécio componha a chapa, desde que, agora, a pressão sobre o mineiro arrefeça.
Chamado de "presidente" pelo senador Flexa Ribeiro (PA) e tratado como candidato pelos congressistas tucanos -"Estou firme contigo", disse Flávio Arns (PR)-, Serra, por sua vez, pediu que o partido não cobre o anúncio imediato de candidatura. Certo de que não manterá o mesmo ritmo de exposição quando deixar o governo, ele defende que o anúncio só ocorra no fim deste mês.

Sinais
"Todos os gestos que ele tinha de fazer, Serra já fez. A estratégia dele está correta. Funcionou em 2004 e em 2006", argumenta o deputado Jutahy Magalhães (PSDB-BA).
Nem todos os tucanos pensam assim. Cogitado como alternativa para a vice, o senador Tasso Jereissati (CE) afirma que, "para ser vice, é preciso ter um candidato na rua".
Antes ansioso por uma manifestação pública, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), demonstrava confiança na candidatura Serra. Citando sua passagem por Minas e lembrando que hoje ele estará em Goiânia, disse que a agenda do governador paulista é "uma prova para que ninguém duvide de que ele é o candidato".
O próprio Serra, contudo, evitou dar entrevistas assumindo oficialmente a candidatura. O mineiro comentava com Serra na frente de jornalistas que a imprensa precisava acreditar que eles estão se dando bem. "Foi assim que resolvemos tudo", afirmou o mineiro, numa referência ao jantar em que Serra deu sinais claros de que será candidato. Questionado sobre o que havia sido resolvido, o paulista se limitou a dizer: "Nada ainda".
Hoje, em clima de pré-campanha, ele participa da festa de aniversário do senador Marconi Perillo em Goiânia (GO).

MINISTÉRIO PÚBLICO/GAROTINHO/RJ [In:] UM PECADO NA CAPITAL

MP: verba pública favoreceu Garotinho

MP: estado abasteceu campanha de Garotinho em 2006


Autor(es): Agencia O Globo/Carla Rocha e
Maiá Menezes
O Globo - 05/03/2010

O caminho do dinheiro, rastreado pelo Ministério Público Estadual, comprovou: em 2006, a pré-campanha do ex-governador Anthony Garotinho à Presidência da República pelo PMDB recebeu recursos desviados do estado. As empresas Emprim, Inconsul e Teldata, que fizeram doações, depositaram R$600 mil na conta do PMDB do Rio após receberem por supostos serviços prestados a ONGs contratadas pela Fundação Escola de Serviço Público (Fesp), do governo do estado. Na época, Rosinha Garotinho era governadora do Rio. A estimativa preliminar do MP é de que esse braço do "esquema das ONGs" causou um prejuízo ao erário de R$58,7 milhões.

Garotinho, agora pré-candidato ao governo do estado pelo PR, Rosinha e 86 réus foram denunciados à Justiça por improbidade administrativa. Se condenados, os réus ficarão inelegíveis, perderão os direitos políticos por dez anos e terão que devolver o dinheiro aos cofres públicos. Ontem, a juíza Mirella Letízia Guimarães Vizzini, da 3ª Vara de Fazenda Pública, determinou o bloqueio dos bens de todos os acusados e a quebra do sigilo bancário de oito deles, de junho de 2003 a dezembro de 2007. Entre os que tiveram o sigilo bancário quebrado não está o casal Garotinho.

O caso também está sendo investigado na esfera criminal pelo MP, o que, segundo os promotores, pode levar a outras denúncias, como lavagem de dinheiro. Há outras quatro ações sobre o esquema das ONGs na Justiça. Em uma delas, Garotinho já tinha virado réu.

Dinheiro usado para compra de imóvel

Depois de terem rastreado os recursos empregados na campanha, os promotores investigam o destino dado ao restante do dinheiro desviado. Os primeiros levantamentos já demonstraram que os operadores da fraude compraram imóveis e fizeram pagamentos a "laranjas" e empresas fantasmas.

- Fica comprovado, sem margem para dúvida, que a pré-campanha à Presidência do ex-governador Garotinho, em 2006, foi financiada com desvio de dinheiro público - disse o promotor Eduardo Carvalho, um dos autores da ação.

A movimentação bancária da Teldata em 17 de fevereiro de 2006 deixa claro o esquema. Naquele dia, o IBDT, contratado pela Fesp, fez dois pagamentos na conta da Teldata, de R$140 mil e R$30 mil. Já o Inep, outra ONG que recebia recursos da Fundação e nada tem a ver com o órgão do Ministério da Educação, depositou R$80 mil para a empresa. Os dois pagamentos totalizavam R$250 mil. No mesmo dia, foram compensados cinco cheques sequenciais (de R$50 mil, R$48 mil, R$52 mil, R$66 mil e R$34 mil) da Teldata em favor do PMDB. Ou seja, uma doação no mesmo valor pago pelas ONGs, e no mesmo dia. Para o MP, o único intuito dos pagamentos feitos à Teldata era dissimular a verdadeira origem dos recursos da campanha.

De acordo com o MP, o "esquema das ONGs" teve início com uma ordem da governadora Rosinha para que todos os órgãos estaduais contratassem a Fesp para a execução de projetos de "contornos vagos e imprecisos", que geralmente envolviam mão de obra terceirizada. A orientação teria sido formalizada por um decreto em agosto de 2005. A fiscalização desses projetos era omissa, e os custos, segundo a denúncia, não eram verificados. Depois, a Fesp subcontratava ONGs que, por sua vez, pagavam milhões a empresas fantasmas por serviços que não eram prestados. As pessoas que estavam por trás dessas empresas ganhavam "comissões" e devolviam o dinheiro - em geral sacado na boca do caixa de uma mesma agência bancária no Centro do Rio - aos organizadores do esquema.

Apesar do grande número de ONGs contratadas pela Fesp, as investigações se concentraram no Inep, Inaap, IBDT e CBDDC. Entre 2003 e 2005, as quatro entidades receberam mais de R$257 milhões, a maior fatia do total de recursos distribuídos pela Fundação. Na outra ponta, os promotores focaram três das quatro empresas que doaram para Garotinho: Emprim, Inconsul e Teldata. Numa série de reportagens publicadas em 2006, O GLOBO mostrou que as três empresas, mais a Virtual Line, também citada na ação, não prestavam serviço ou não funcionavam nos endereços fornecidos pelo PMDB. Os sócios, por sua vez, dirigiam ONGs contratadas pelo estado.

O MP relata na ação que o esquema montado era extremamente complexo e exigia a articulação entre dezenas de pessoas e empresas. Porém, ressalta que o controle da organização ficava nas mãos de um grupo restrito. Dentro do governo, havia núcleos na chefia do Executivo, na direção dos órgãos públicos contratantes e na Fesp. Fora, funcionava um núcleo operacional, chefiado pelo empresário Ricardo Secco, que controlava a maior parte das ONGs e captava notas frias. Outro, vinculado ao PMDB de Petrópolis, era chefiado por Tufi Soares Meres, secretário do diretório do partido no município. Na época, o presidente do diretório era Carlos Alberto da Silva Lopes, que também presidia o CCBDC. Por último, havia um núcleo de lavagem de dinheiro, sob a responsabilidade do contador Ruy Castanheira, que montava as empresas fantasmas. Preso na Operação Águas Profundas, Castanheira é acusado de participar de fraudes contra a Petrobras.

Os promotores também denunciaram dirigentes de empresas do estado que contrataram a Fesp para executar projetos em que teriam ocorrido desvios. De nove órgãos que contrataram a fundação entre 2003 e 2006, num total de R$426,5 milhões, sete teriam participado das fraudes. Os ex-presidentes da Cedae Aluízio Meyer e Lutero de Castro Cardoso são denunciados, além de Oscar Berro, ex-presidente do Instituto Vital Brazil, e do ex-secretário de Saúde Gilson Cantarino, preso na Operação Pecado Capital. De 2003 a 2006, a Fesp empenhou R$410 milhões para ONGs. As quatro investigadas pelo MP receberam 62,76% desse total.

CÂMARA ''DOS'' DEPUTADOS [In:] ERVAS DANINHAS

Câmara abre processo de impeachment

Impeachment começa a andar


Autor(es): # LILIAN TAHAN e
LUÍSA MEDEIROS
Correio Braziliense - 05/03/2010


Com a prisão preventiva mantida pela Justiça, Arruda também está mais próximo de perder o mandato. Em votação que durou menos de 30 minutos, 19 deputados distritais aprovaram a abertura de processo de impeachment. A gravidade das denúncias reveladas na Operação Caixa de Pandora fez ruir a base de sustentação do governador, que tinha ampla maioria no Legislativo. Eliana Pedrosa (DEM) e Aguinaldo de Jesus (PRB), antigos aliados de Arruda, faltaram à sessão. Assim que receber a notificação da Câmara Legislativa, o governador tem 20 dias para apresentar a defesa. O processo volta às mãos do relator, Chico Leite (na foto, ao lado de Cabo Patrício), que terá um prazo de 10 dias para se manifestar novamente. O processo de cassação pode durar até cinco meses.



Por 19 votos a favor, três ausências e uma abstenção, deputados distritais abrem processo contra o governador afastado e preso

Fotos: Carlos Moura/CB/D.A Press
Relator do processo de impeachment na Comissão Especial, Chico Leite (PT) comemorou a decisão unânime

O resultado da votação que confirmou a abertura dos processos de impeachment contra José Roberto Arruda (sem partido) produziu uma ironia. Dezenove distritais decidiram pela tramitação das ações que podem determinar a cassação de mandato e a perda dos direitos políticos do governador afastado e preso. No ápice do governo, Arruda contava com o apoio também de 19 distritais, aos quais podia chamar de base aliada. No início da noite de ontem, deputados de oposição se uniram a antigos colaboradores do chefe do Executivo — hoje detido no Complexo da Polícia Federal — e confirmaram o parecer da Comissão Especial que determina apurar as acusações por crime de responsabilidade.

A defesa de Arruda tentou até os últimos minutos impedir o julgamento político de Arruda na Câmara Legislativa, mas sem sucesso. Numa sessão que durou menos de meia hora, os distritais, por unanimidade (confira quadro ao lado), mantiveram as ações de impeachment que pesam contra Arruda. Momentos antes da sessão plenária, iniciada às 18h, os advogados do governador preso tentaram recorrer de uma decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) que negava liminar pedindo o adiamento da votação dos distritais.

Alegaram que a participação dos suplentes, que ainda está em fase de recurso no Supremo Tribunal Federal (STF), poderia anular a decisão da Câmara. Também sustentaram que Arruda não teve direito à ampla defesa no processo político, porque está preso. Mas as justificativas não foram aceitas e a sessão extraordinária seguiu normalmente. Dos oito suplentes escalados em cumprimento à determinação judicial, seis votaram. Quatro deles aproveitaram a inusitada oportunidade de atuar no julgamento de Arruda para se apresentar na tribuna.

O segundo suplente Mário Gomes da Nóbrega (PMN) arriscou uma crítica aos titulares. “Espero que os colegas não façam como os delegados de calça curta da Paraíba, que mandavam investigar os inimigos e liberavam os amigos. Para mim, essa história de sobrestar o processo contra os deputados acusados de receber mesada é a mesma coisa que arquivar”, atacou o delegado aposentado, referindo-se à suspensão na Comissão de Ética de cinco dos oito processos por quebra de decoro parlamentar. A resposta veio do presidente da Câmara, Cabo Patrício (PT): “O senhor está saindo da matéria para a qual foi chamado a atuar. Os processos contra os deputados são de responsabilidade dos titulares, portanto faça o seu papel, que faremos o nosso”.

Faltosos
Dos substitutos convocados, apenas Wigberto Tartuce (PMDB) faltou à votação na Câmara. Terceiro suplente do PMDB, Vigão responde a processos por desvio de dinheiro público na época em que foi secretário de Trabalho no governo Joaquim Roriz (PSC). Para justificar a ausência de ontem, Vigão mandou recado aos colegas dizendo que, em função de um exame, teria de ficar em repouso absoluto. Apesar de ter comparecido à Câmara, Washington Mesquita (PSDB) preferiu não votar, alegando que a renúncia de Júnior Brunelli (PSC) dava direito regimental a Geraldo Naves — preso na Papuda — de assumir a vaga.

Também faltou à sessão a titular Eliana Pedrosa (DEM). Um dos motivos que pode ter pesado para que a distrital preferisse não se expor nessa votação é de que a família dela é dona de empresas parceiras do governo. Em três anos, as firmas vinculadas à deputada receberam perto de R$ 111 milhões em contratos de prestação de serviço nas áreas de segurança e serviços gerais. Ex-secretário de Esporte do GDF, Aguinaldo de Jesus (PRB) foi a terceira ausência da votação.

O relator da Comissão Especial que apresentou parecer a favor da abertura do impeachment, Chico Leite (PT), considera que a votação de ontem indica uma possível cassação dos direitos políticos de Arruda. “A Casa revelou-se amadurecida e, antes de pensar nas posições políticas ou caprichos particulares, convenceu-se a dar a resposta que a sociedade esperava. Acho que esse posicionamento será mantido até o fim do processo”, acredita Leite. Para tanto, o governador preso terá de ser submetido a mais duas etapas de julgamento. Uma em pouco mais de um mês, após a apresentação da defesa de Arruda e o novo parecer de Leite. A outra, em caráter definitivo, que pode ocorrer em meados de agosto.



Daqui para a frente

A contar da votação de ontem, a Comissão Especial terá 48 horas úteis, ou seja, até a próxima segunda-feira, para notificar o governador afastado, José Roberto Arruda.

A partir da notificação do governador, a defesa tem 20 dias corridos para contestar a denúncia e apresentar provas. Esse prazo vence no último domingo de março — os documentos podem ser entregues no dia seguinte, 29 de março.

Ao receber a defesa, o relator da Comissão Especial do impeachment, distrital Chico Leite (PT), tem 10 dias corridos (até 8 de abril) para apresentar novo parecer sobre o caso.

Se a comissão aprovar parecer pelo impeachment, ele deverá ser votado em plenário em até 48 horas, prazo que vence na segunda-feira, 12 de abril. A sessão pode ocorrer ao fim desse dia ou então em 13 de abril. Os deputados deverão apreciar o documento, em votação aberta e nominal.
O governador afastado só poderá renunciar para escapar da cassação do mandato até minutos antes do início de tal sessão. Para o parecer ser aprovado, são necessários 2/3 dos votos dos distritais — ou seja, 16 se todos os 24 precisam comparecer.

Se os deputados aprovarem o parecer, a Câmara tem dois dias para convocar a formação do Tribunal Especial que julgará o impeachment, composto por cinco distritais e cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do DF e Territórios. O Legislativo emite decreto suspendendo por 120 dias o governador das suas funções.

Após os 120 dias — em meados de agosto — que os cinco distritais e os cinco desembargadores do TJDFT têm para analisar todo o caso, o Tribunal Especial se reúne no plenário da Câmara para o julgamento final. Nessa sessão, presidida pelo presidente do Tribunal de Justiça, são necessários 2/3 dos votos (sete) para aprovar o impeachment de Arruda.



Protesto na Câmara

» As portas da Câmara Legislativa permaneceram fechadas ao público ontem. O motivo era evitar possíveis confrontos dentro de manifestantes pró e contra Arruda dentro da Casa. Mas cerca de 10 integrantes do Movimento Fora Arruda conseguiram driblar a segurança e entrar no prédio. Usando narizes de palhaço, os jovens levaram duas bandeiras do Brasil com mensagens de protesto contra o governador afastado. Eles trocaram insultos com a polícia legislativa, mas não houve registro de agressões entre as partes. Os manifestantes foram retirados à força do prédio.


ELEIÇÕES 2010 [In:] O ANO QUE FAREMOS CONTATO (*)

Roberto Pompeu

O ano eleitoral - uma prévia

"Nas apresentações dos candidatos perante as câmeras, um jeito infalível de distinguir uma campanha pobre de uma rica será acompanhar o movimento dos olhos do candidato"

Braços ao alto, mãos enlaçadas, eles e elas encenam uma coreografia de unidade que, não fossem a proeminente barriga de um, a careca de outro e uma geral dificuldade nos quesitos presteza e agilidade, poderia ser tomada como um ensaio a seco de balé aquático. Assistiremos a muitas cenas dessas. Elas constituem o momento de apoteose das convenções partidárias. O ritual é copiado das convenções americanas, mas com uma importante diferença. Nos Estados Unidos, só duas pessoas, os escolhidos para presidente e vice, compõem a cena.

No sistema macropartidário e hipercoligativo vigente no Brasil, é uma multidão que se apresenta no palco – o candidato titular, o vice, seus padrinhos, os chefes partidários, os candidatos a outros cargos, os infiltrados. Em um ou outro dos protagonistas, o desempenho será enriquecido pela exibição de manchas de suor nas axilas, na hora de levantar os braços. Releve-se. É o preço que se paga pelo calor, real e simbólico, reinante no ambiente. Indiferentes aos percalços, eles e elas se exibem à plateia amiga com a mesma certeza do aplauso com que terminam seu ato as bailarinas de cancã.

Na verdade, já tivemos uma primeira encenação desse número na convenção do PT que recentemente sagrou sua candidata, ou melhor, "pré-candidata". Mas, para mostrar que a futurologia do colunista está afiada, sigamos em frente com atos, cenas e rituais que, mesmo com a campanha oficial ainda não iniciada, já marcam presença em sua bola de cristal. Para continuar no capítulo do gestual, quando os candidatos falarem na TV será constante o recurso ao "martelinho". O martelinho é aquele gesto de, punho cerrado, golpear o ar, para reforçar o discurso. A intenção é transmitir firmeza e determinação. Nessas apresentações dos candidatos perante as câmeras, um jeito infalível de distinguir uma campanha pobre de uma rica, quando falharem os outros, será acompanhar o movimento dos olhos do candidato. Candidato de campanha pobre move os olhos, e o detalhe denuncia que está lendo. No candidato de partido rico, os olhos permanecem tão fixos que até parece que fala de improviso. É a qualidade do teleprompter que se impõe.

Depois virão os filmes – ah, os filmes! Eles sugerem o beatífico mundo que nos aguarda caso aquele partido, ou aquele candidato, saia vitorioso. Campos floridos, extasiantes horizontes, gente sorridente. A música de fundo é idílica, e pode terminar triunfante como a estocada final de uma ária de Puccini. Pessoas são entrevistadas na rua, e não poupam louvações ao candidato. Como esse candidato é querido! É só sair à rua, uma câmera na mão e um microfone na outra, e chovem os testemunhos de suas boas qualidades. Os filmes também exibirão crianças correndo alegres e soltas, jovens casais enlaçando-se sorridentes, mulheres grávidas contemplando confiantes a própria barriga. Se o leitor não sabe, fique sabendo que tanto as crianças como os jovens casais e as mulheres grávidas representam o futuro. No caso, o futuro de paz e felicidade que nos garantirá a eleição daquele candidato.

O quê? Que diz o leitor amigo? Ah, sim, até agora só abordamos o lado cosmético da campanha eleitoral. Falta falar no conteúdo. Vejamos o que diz a respeito a bola de cristal. Os programas oficiais de governo será bom esquecer. Conterão só palavrório para cumprir uma formalidade. Entrevistas na TV com jornalistas independentes não haverá, e debate de verdade só no segundo turno, entre dois candidatos. Antes disso, tanto as entrevistas como os debates serão inviabilizados pela impossível exigência de igualdade entre todos os candidatos prevista em lei. Pronto. Estará composto o cenário para que, quanto ao conteúdo, a campanha transcorra rigorosamente dentro dos cânones de uma moderna campanha política, qual seja: sem conteúdo.

Todo o esforço será antes para esconder o candidato do que para exibi-lo. A ideia será fantasiá-lo de modo a deixar exposto o mínimo possível de sua própria pele e osso. Se ocorrer um momento em que ele seja atalhado com uma pergunta direta sobre assunto polêmico, o bom candidato estará treinado para contornar o assunto. Não sejamos tão rigorosos. Descontemos que sempre será possível intuir como será o governo de alguém por seu perfil, sua biografia e suas ações. Mas, quem pretender uma resposta específica e direta sobre algum assunto controverso, desista. A própria bola de cristal do colunista confessa sua impotência, nesses casos. Cada um que consulte a sua.

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http://veja.abril.com.br/030310/ano-eleitoral-uma-previa-p-134.shtml

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(*) Título de filme.

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PSDB/SERRA (TUCANOS) [In:] REVOADA ou ''AU REVOIR'' ?

Tucanos antecipam propaganda com Serra

PSDB paulista antecipará horário gratuito para alavancar Serra

Autor(es): Silvia Amorim
O Estado de S. Paulo - 05/03/2010

Em reação ao crescimento nas pesquisas eleitorais da ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, o PSDB paulista vai antecipar para este mês a propaganda partidária estadual em rádio e na TV que deveria ser veiculada só em junho. O tempo será dedicado integralmente ao governador e candidato virtual do PSDB na disputa presidencial, José Serra.

Originalmente, a distribuição do tempo no rádio e na TV entre os partidos pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) dava ao PSDB dez minutos em inserções ao longo da programação neste mês e mais dez minutos em junho.

No fim de fevereiro, o Diretório Estadual solicitou uma antecipação da cota de junho e, há poucos dias, teve a confirmação de que poderá veicular em um única dose as inserções partidárias. Elas serão exibidas nos dias 24, 26, 29 e 31.

Embora com abrangência limitada a São Paulo, a expectativa é de que os vídeos possam, ao menos, neutralizar os efeitos de uma ofensiva que está sendo preparada pelo adversário no berço tucano. A coordenação da campanha petista quer intensificar a presença da ministra no Estado.

As inserções do PSDB serão exibidas uma semana depois das peças estaduais do PT, que vão levar ao ar, no maior colégio eleitoral do País, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma, nos dias 12, 15, 17 e 19. Eles vão dividir espaço com o senador Aloizio Mercadante (SP), cotado para disputar o governo paulista, e a ex-prefeita Marta Suplicy, postulante ao Senado.

Na avaliação dos tucanos, o crescimento das intenções de voto na ministra é resultado do aumento da exposição da petista na mídia em geral e, por outro lado, da reclusão de Serra.

O governador resistiu até agora à antecipação do anúncio de uma candidatura e, na opinião do partido, estaria pagando o preço por isso. O prazo final para que se afaste do governo para disputar a corrida presidencial é 2 de abril.

A decisão de antecipar a propaganda foi tomada antes da divulgação da última pesquisa Datafolha, no domingo passado, em que Dilma apareceu com apenas quatro pontos porcentuais atrás de Serra. Entretanto, já havia na época a percepção da escalada da adversária.

De acordo com o levantamento, o governador tem 32% das intenções de voto e a ministra, 28%. Essa diferença já foi de 14 pontos porcentuais.

BALANÇO DE GESTÃO

A estratégia tucana para as inserções é explorar ao máximo as vitrines da gestão Serra, dando um tom de balanço final de governo. As gravações ainda não começaram, mas obras de relevância nacional - como o trecho sul do Rodoanel, a ampliação de rede de escolas técnicas e o projeto de saneamento Onda Limpa, que está fazendo milhares de ligações de esgoto e de água no litoral paulista - não devem ficar de fora.

A propaganda partidária torna-se ainda mais relevante porque será a única a que terá direito o PSDB estadual neste ano. Em ano eleitoral, as inserções ficam suspensas no segundo semestre.

Por enquanto, todo o tempo será usado pelo presidenciável. Embora seja uma propaganda estadual, o partido não cogita incluir os pré-candidatos à corrida estadual, o ex-governador Geraldo Alckmin e o secretário da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira.

Ainda não está definido o formato dos vídeos - se serão 10 inserções de 30 segundos por dia ou 5 de 1 minuto. Há uma tendência de que se opte pela primeira opção.

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ELEIÇÕES 2010/MARINA [In:] BOI GARANTIDO... (*)

Para Marina Silva, licença de Lula da Presidência para ajudar Dilma nas eleições mostra insegurança

Senadora afirmou que presidente se empenha "há três anos" para dar visibilidade à ministra


A possibilidade de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se licenciar do governo antes das eleições presidenciais, para se dedicar integralmente à campanha da ministra Dilma Rousseff, é uma demonstração de insegurança do PT com o processo político, segundo a senadora Marina Silva (PV-AC).


- Liderar um país como o Brasil requer uma afirmação dos postulantes a essa liderança. Isso é algo que não se pode deixar para depois de ganhar as eleições.

Pré-candidata do PV à Presidência, Marina se posicionou contra a licença de Lula para ajudar na campanha de Dilma.

- O momento de ganhar as eleições é também o momento de ganhar a afirmação dessa liderança. Se isso (a licença de Lula) se confirmar, talvez seja uma certa insegurança com o processo político.

A senadora ressaltou que há três anos o presidente Lula se empenha em dar visibilidade e notoriedade a Dilma.

Marina alertou que "existe uma zona cinzenta do que é atividade de gestor e o que é campanha", referindo-se à participação de Dilma, pré-candidata, em atos do governo.

Para a senadora, partidos pequenos como o PV, que tem poucos minutos na mídia e problemas de infraestrutura e recursos, usam a estratégia do "animal perna curta".

- Quem tem perna curta precisa correr na frente.

Em Brasília, o Planalto e o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), negou que o presidente cogite se licenciar do cargo, mas um ministro do governo informou que essa possibilidade de fato existe. O que não há, segundo a fonte, é data marcada nem cenário político para já definir isso.

O Festival Folclórico de Parintins é uma festa popular realizada anualmente no último fim de semana de junho na cidade de Parintins, Amazonas.

O festival é uma apresentação a céu aberto, onde competem duas agremiações, o Boi Garantido, de cor vermelha, e o Boi Caprichoso, de cor azul.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Festival_Folcl%C3%B3rico_de_Parintins

''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

05 de março de 2010

O Globo

Manchete: STF mantém Arruda preso e impeachment é aberto

Toffoli, ex-advogado da campanha de Lula, votou pela libertação

No mesmo dia em que a Câmara Legislativa do Distrito Federal abriu processo de impeachment contra o governador afastado José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), o Supremo Tribunal Federal decidiu mantê-lo preso - Arruda está há três semanas numa cela da PF em Brasília, por tentativa de coagir testemunha. Ele é acusado de chefiar esquema de pagamento de propina, financiamento ilegal de campanha e compra de apoio político. Por unanimidade, os 19 deputados distritais que participaram da sessão da Câmara aprovaram o relatório do deputado Chico Leite (PT), segundo o qual Arruda cometeu crimes de responsabilidade que justificam a cassação. Mesmo deputados que eram da base de Arruda ficaram a favor do relatório. No STF, dos oito ministros que votaram até as 22h, sete defenderam a manutenção da prisão. Só José Antonio Toffoli, último indicado por Lula e ex-advogado do PT, votou pela libertação. (págs. 1, 14 e 15)

Policial civil sequestra o chefe

Não era assalto nem ação do tráfico. No entanto, foram necessários mais de 40 policiais para a operação: deter um colega, o inspetor Uesner Leonardo, que manteve um dos chefes da 39ª DP (Pavuna) como refém por cinco horas, após uma crise nervosa. Antes de se entregar, Uesner fez duas exigências: a presença de uma equipe de TV e não sair da delegacia algemado. Foi atendido. (págs. 1 e 18)

Foto legenda: Com distintivo da polícia, sem algemas e com a boca tapada por uma irmã para não dar entrevista, o inspetor Leonardo é levado preso

MP: verba pública favoreceu Garotinho

Os ex-governadores do Rio Anthony e Rosinha Garotinho e mais 86 pessoas foram denunciados pelo Ministério Público por improbidade administrativa e tiveram os bens bloqueados pela Justiça. Segundo o MP, a campanha de Garotinho à Presidência em 2006 pelo PMDB recebeu recursos desviados do estado: ONGs contratadas pelo governo Rosinha davam dinheiro à campanha. (págs. 1 e 3 a 8)

Planalto nega e PMDB apoia licença de Lula

A notícia de que Lula pretende se licenciar por dois meses para se dedicar à campanha da ministra Dilma repercutiu mal e foi negada pelo Planalto. Mas líderes do PMDB apoiaram. (págs. 1 e 16)

Merval Pereira
A reação foi tão ruim que a intenção de Lula de se licenciar para ajudar Dilma pode nem se concretizar. (págs. 1 e 4)

Doce Dilma
Dono da maior rede varejista do país, o grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz declarou apoio à candidata Dilma Rousseff (PT). Segundo ele, a ministra "sabe ouvir" e tem todas as condições de levar adiante o que chamou de legado do presidente Lula, de quem se disse fã. Em 89, o sequestro de Diniz, na véspera da eleição, prejudicou Lula. (págs. 1 e 16)

Brasil retoma investimento estrangeiro

Este ano, o Brasil já fez US$ 4,3 bilhões de investimentos produtivos no exterior. Com essa retomada pós-crise, as multinacionais brasileiras devem fechar o ano com US$ 200 bi no exterior. (págs. 1 e 29)

Crusoé perde contato

Ilha chilena é isolada por tsunami

Na ilha Robinson Crusoé, no Chile, um computador é o único elo dos moradores com o mundo desde a tsunami de sábado. Conhecida como a Galápagos das plantas, a ilha ganhou o nome de Robinson Crusoé em homenagem ao marinheiro escocês Alexander Selkirk, que teria inspirado o romance de Daniel Defoe. Só ontem a ilha recebeu uma nova antena de telefonia, que a tirará do isolamento. (págs. 1, 37 e 38)

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Folha de S. Paulo

Manchete: Justiça reabre processos contra Daniel Dantas

STJ mantém juiz De Sanctis à frente da Satiagraha; ação de lavagem de dinheiro permanece suspensa

Por 4 votos a 1, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça revalidou processos da Operação Satiagraha. O juiz federal Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, foi mantido à frente do caso, que investiga o banqueiro Daniel Dantas e o grupo Opportunity.

Em dezembro, o STJ havia suspendido a Satiagraha após a defesa de Dantas questionar a imparcialidade do juiz na investigação. Se De Sanctis fosse considerado suspeito, toda a operação poderia ser anulada. Os advogados do banqueiro estudam se entram com recurso.

A operação já rendeu a Dantas uma condenação em primeira instância, da qual ele recorreu. Apesar da decisão do STJ, o processo em que o banqueiro foi acusado de lavagem de dinheiro continua suspenso, por ordem do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. (págs. 1 e A12)

Foto legenda: Joyce está bem

A brasileira Joyce Penha, 7, brinca em escombros em Constitución (Chile); só cinco dias depois do terremoto, o pai da menina, que mora no Brasil, teve a confirmação de que ela estava bem (págs. 1 e A16)

Governo decide liberar tarifas de trem-bala entre Rio e SP

O governo Lula fixou um preço-teto do trem-bala Rio-SP só para a classe econômica e no trajeto entre os centros das cidades. As outras tarifas serão liberadas.

A justificativa é que a política tarifária tem de ficar o mais perto possível da usada na ponte aérea. Orçado em R$ 34 bilhões, o trem-bala é a maior obra do PAC; seu edital definitivo deverá sair até o final deste mês. (págs. 1 e B1)

PSDB trata Serra como candidato, mas coro pede Aécio presidente

O governador José Serra foi acolhido em Belo Horizonte pela cúpula do PSDB e do DEM como candidato à sucessão de Lula. Em tom de brincadeira, o governador Aécio Neves chegou a pedir a Serra que nomeie mais ministros mineiros "quando for presidente".

Em inauguração, militantes tucanos em MG receberam Serra com um coro de "Aécio presidente". (págs. 1 e A4)

Doméstica do Recife é a que mais trabalha

A jornada das domésticas com carteira assinada no país chegou a até 54 horas semanais em 2009, segundo o Dieese. O número foi registrado no Recife. Em São Paulo e Porto Alegre, houve a menor carga horária -41.

Diferentemente dos outros trabalhadores, as empregadas domésticas não têm todos os benefícios das leis trabalhistas. (págs. 1 e B6)

No pico, trânsito de SP é mais lento que corrida a pé

A velocidade média do trânsito na cidade de São Paulo no pico da tarde caiu 16% no ano passado e se limitou a 15 km/h - mais devagar do que um corredor campeão da São Silvestre.

Os dados, da CET, foram verificados mesmo após medidas mais severas de limitação ao tráfego de veículos, como restrição a caminhões e a ônibus fretados. (págs. 1 e C1)

Ataques antes de eleição deixam pelo menos 17 mortos em Bagdá

Atentados visavam servidores que votaram antes porque trabalharão no domingo, dia das eleições, relata o enviado especial Samy Adghirni. (págs. 1 e A14)

Foto legenda: Soldado iraquiano com dedo sujo de tinta após voto antecipado

Justiça quebra sigilo bancário e bloqueia bens do casal Garotinho (págs. 1 e A12)

Fernando de Barros E Silva

Governador de SP teve que pagar seu primeiro pedágio na visita a Minas (págs. 1 e A2)

Editoriais

Leia "Serra ou não Serra", sobre as hesitações do tucano; e "A imagem da caatinga", acerca do desmate do bioma (págs. 1 e A2)

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O Estado de S. Paulo

Manchete: Grandes empresas ampliam lucros ao aderir ao Refis

Companhias saudáveis aproveitam programa de refinanciamento de dívidas

O "Refis da Crise", programa de parcelamento de débitos federais, ajudou grandes empresas que, em tese, não tinham necessidade de aderir à renegociação oferecida pelo governo. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a CSN, que teve impacto positivo expressivo nos resultados do quarto trimestre de 2009, divulgados semana passada. O grupo siderúrgico abateu no Refis R$ 507 milhões. O valor turbinou o lucro, que chegou aR$ 745 milhões. Sem o programa, teria sido de R$ 238 milhões. Outras empresas, como o Grupo Ultra, a AES Eletropaulo, a Braskem e a Klabin, seguiram a mesma trajetória. O diretor de Gestão da Dívida Ativa da União na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Paulo Ricardo de Souza, disse que não há como evitar que contribuintes com bom fluxo de caixa participem do Refis. (págs. 1 e B3)

Indústria: melhor janeiro desde 95

A produção industrial em janeiro cresceu 1,1% na comparação com dezembro e subiu 16% ante janeiro de 2009, o melhor resultado para meses de janeiro desde 1995. O segmento que reúne matérias-primas e insumos puxou o saldo. (págs. 1 e B4)

Tucanos antecipam propaganda com Serra

Em reação ao crescimento nas pesquisas da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, o PSDB paulista decidiu antecipar para este mês a propaganda partidária no rádio e na TV, prevista para ser veiculada só em junho, informa Silvia Amorim. O tempo será dedicado integralmente ao governador paulista, José Serra, virtual candidato do partido. A estratégia é dar um tom de balanço de seu governo. (págs. 1 e A4)

Violência marca início da votação no Iraque

Apesar da extraordinária segurança para a votação antecipada de militares, policiais e profissionais da saúde, um ataque com foguete e dois alentados mataram ontem 17 pessoas em Bagdá. Foi um prelúdio do que pode acontecer na eleição de domingo. Apesar dos ataques, os militares compareceram em massa para votar. Como eleitores, disseram esperar o restabelecimento da segurança e dos serviços básicos. (págs. 1 e A15)

Frase
Abbas al-Majidi
Sargento iraquiano, ao votar
"Precisamos trabalhar menos e ter mais tempo com nossas famílias"

Foto legenda: Prontidão - Soldados iraquianos patrulham a entrada de escola em Bagdá, um dos locais de votação de militares no centro da capital

Câmara abre processo de impeachment contra Arruda

A Câmara do Distrito Federal abriu ontem processo de impeachment contra o governador afastado José Roberto Arruda, que está preso na Polícia Federal por tentativa de suborno a testemunha do mensalão do DEM. A decisão foi unânime. A partir de agora, Arruda será notificado
e terá 20 dias para apresentar defesa. (págs. 1 e A14)

Após tremor, Chile só deve crescer 1%

Previsão era de crescimento de 4%

O terremoto de sábado deixou a economia do Chile "seriamente comprometida", segundo relatórios divulgados ontem pelo governo. O crescimento do país deve ser de 1% em 2010, ante a previsão inicial de 4%. A reconstrução pode levar de 3 a 4 anos. Pelluhue é o retrato da destruição - 80% do balneário foi levado pelo tsunami que se seguiu ao tremor, relata o enviado especial Ariel Palacios. (págs. 1 e A18)

Foto legenda: SP: Patrimônio ameaçado

Casarão da Vila Maria Zélia, cuja restauração está parada: em 4 anos, só 27 multas por dano ao patrimônio. (págs. 1, C1 e C3)

E-mail vai avisar data de vacina contra gripe suína

A partir de segunda-feira, quando começa a vacinação contra a gripe suína, será possível se inscrever pela internet para receber, por e-mail, a data de tomar a vacina. A meta é imunizar 91 milhões de brasileiros. (págs. 1 e A20)

Notas e Informações: A diplomacia da pirraça

Os iranianos se desdobram em lisonjas ao Brasil - e o Itamaraty, ofuscado pela soberba, cai no conto. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil

Manchete: O drama de ser usuário do Santos Dumont

Problemas vão de caixas eletrônicos expostos até a ditadura dos táxis

Uma das principais portas de entrada do Rio, o Aeroporto Santos Dumont está se tornando motivo de extrema preocupação para as autoridades e para quem precisa passar diariamente pelo local. Além da já rotineira insegurança - agravada, por exemplo, pela exposição dos caixas eletrônicos de bancos - o abandono de logradouros próximos e a cobrança abusiva de taxistas, que não respeitam o taxímetro, ajudam a manchar ainda mais a imagem de um ponto estratégico da cidade que será a sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A Defensoria Pública da União enviará segunda-feira ofícios para a Infraero e as polícias Militar e Civil cobrando melhorias na segurança. Ontem, uma operação realizada pela Secretaria Municipal de Transportes na entrada do aeroporto rebocou 16 táxis. (págs. 1 e Tema do dia A2 e A3)

Tancredo Neves – 1910-2010

Artigos e reportagens sobre o centenário de Tancredo Neves, publicado na edição de ontem, causaram repercussão no Rio e em Brasília. (págs. 1 e A6)

Chile pede ajuda a Banco Mundial

O governo chileno reconheceu que aportes do Banco Mundial serão indispensáveis para a reconstrução das áreas atingidas pelo terremoto, o que deverá se estender por pelo menos três anos. A medida que os dias avançam, diminuem as chances de resgatar sobreviventes nos destroços. Réplicas do tremor assustam a população. (págs. 1 e Internacional A20)

Espanhóis miram mercado do Rio

O potencial econômico do Brasil e os megaeventos esportivos que o país vai realizar aguçaram o interesse de políticos e empresários de Valência, na Espanha. Após visitar São Paulo e Brasília, um grupo de espanhóis se reúne hoje com o governador Sérgio Cabral para iniciar parcerias entre as duas cidades. (págs. 1 e Economia A18)

Coisas da política

Os pardais e os tico-ticos na visão de Tancredo. (págs. 1 e A2)

Editorial

A luz da democracia sobre os 'fichas sujas'. (págs. 1 e A10)

Anna Ramalho

Aécio candidato em 2 de abril? Quem sabe... (págs. 1 e A16)

Informe JB

Aécio dá recado em festas para Tancredo. (págs. 1 e A4)

Sociedade Aberta

José Sarney
Presidente do Senado e ex-presidente da República

As pontes construídas por Tancredo. (págs. 1 e A11)
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir
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