A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br
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terça-feira, outubro 02, 2012
(...) TE DÁ DE ''ALÇAS'' NO CAIXÃO FUNERÁRIO
Veja o teste de bebidas energéticas; duas marcas têm mais cafeína que o permitido
DE SÃO PAULO
Eduardo Anizelli/Folhapress |
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Kit de vodca e energético servido em balada de São Paulo |
''APELAÇÕES''
Lista traz todos os candidatos barrados pela lei da Ficha Limpa
Do Congresso em Foco
GUIA ELEITORAL
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São Paulo
Sergipe
Tocantins
Campeão é o Ceará
Apelações
LIVRO-CAIXA = CAIXA2
Livro-caixa de facção registra pagamentos a policiais de SP
ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO
JOSMAR JOZINO
DO "AGORA"

INTELIGÊNCIA, DE QUEM ?
Editorial: Inteligência policial
POLÍTICAS MACROECONÔMICAS. EU QUERO UMA PRÁ VIVER...
A macroeconomia da tia Joaquina
Autor(es): Luiz Gonzaga Belluzzo |
Valor Econômico - 02/10/2012 |
A macroeconomia "aberta" da tia Joaquina ensina que os déficits em conta corrente do balanço de pagamentos são financiados por "poupança externa", ou seja, o "excesso" de absorção doméstica tem como contrapartida a aquisição de títulos de dívida ou de direitos de propriedade pelos estrangeiros. Na contabilidade da titia, os déficits suscitam alterações patrimoniais entre residentes e não residentes.
Diria Roberto Campos: assim como o biquíni, as identidades contábeis mostram o acessório e escondem o essencial.
Vou tomar os ciclos de expansão dos últimos 30 anos nos Estados Unidos para sugerir que a macroeconomia da Tia Joaquina inverte as relações de determinação. Na origem e desenvolvimento das bolhas dos anos 80, 90, e 2000 estão as peripécias da finança capitalista contemporânea. A desregulamentação e a abertura das contas de capital instigaram o continuado rearranjo nos estoques de riqueza mobiliária. Escoradas na elástica criação de liquidez pelo sistema de crédito globalizado, as transformações financeiras dos últimos 30 anos abriram espaço nos portfólios para a diversificação dos ativos denominados em moedas distintas. A "internacionalização" das carteiras dos administradores da riqueza, o crescimento dos grandes investidores institucionais e os mercados de derivativos ampliaram o espaço da alavancagem, da arbitragem e da especulação.
Os americanos não se endividaram porque gastaram demais, mas sim gastaram demais porque se endividaram.
Beneficiados pela emissão da moeda-reserva e, portanto, favorecidos pela capacidade de atração de seu mercado financeiro líquido e profundo, os Estados Unidos ganharam preeminência no processo de globalização. Cito Claudio Borio, economista do Banco para Compensações Internacionais (BIS): "É a acumulação líquida de direitos por não residentes que reflete o déficit em conta corrente dos Estados Unidos. Nos anos 90 e 2000, a acumulação líquida foi três vezes menor do que a variação nos fluxos brutos. Isso revela um movimento substancial de entrada e saída de capitais financeiros. Ainda que os Estados Unidos não apresentassem déficits externos ao longo dos anos 1990 (e da primeira década do século XXI), o ingresso de capitais teria sido robusto."
Os dados do BIS mostram que a aquisição de "securities" privadas por não residentes liderou o influxo de recursos na economia americana. Depois de 2002 cresceram substancialmente os compromissos dos bancos americanos com investidores estrangeiros. O movimento vai do ingresso de capitais para a expansão do crédito aos consumidores americanos e daí para o déficit em conta corrente. Os consumidores americanos não se endividaram porque gastaram demais, senão gastaram demais porque se endividaram.
No Tratado da Moeda, Keynes cuida das relações entre circulação industrial e circulação financeira. Ele diz o óbvio: o volume de transações com instrumentos financeiros não só é altamente volátil como não tem conexão próxima com a produção corrente de bens de capital ou de bens de consumo. As decisões de produção geram os fluxos de renda, lucros e poupanças das famílias e empresas. São modestos se comparados ao estoque de riqueza real e mobiliária já acumulada ao longo dos ciclos de produção de valor. Esse estoque é formado por títulos de dívida e de direitos de propriedade (ações) negociados e avaliados diariamente nos mercados financeiros.
A economia capitalista desenvolvida é dotada de um aparato monetário-financeiro incumbido de adiantar dinheiro para a criação de riqueza nova, bem como fazer circular os representantes da riqueza já acumulada. Os bancos (aí incluído o Banco Central e os demais intermediários financeiros não bancários que abastecem seus passivos nos money markets funds) estão incumbidos de transmitir aos possuidores de riqueza as condições de acesso à liquidez e ao crédito tomando em conta os "humores do mercado".
Os bancos cuidam de administrar o estado da liquidez e do crédito de acordo com as expectativas a respeito da evolução dos balanços das empresas, famílias, governos e países, ou seja, das mudanças nas relações entre os preços de dois estoques: a valorização esperada dos ativos e as avaliações sobre a "qualidade" das dívidas que financiam sua posse.
A elasticidade natural do sistema financeiro americano foi exacerbada pelo comportamento "altista" dos bancos no manejo da oferta de crédito. Keynes diria que os mercados de riqueza ingressaram numa "polarização altista" ("bull market"). Para ele, em tais circunstâncias, a exacerbação de expectativas torna inconveniente a política monetária assentada na administração da taxa de juro de curto prazo. Inconveniente por seus prováveis efeitos sobre o gasto produtivo. (Para acalmar o Touro, o Banco Central atira os trabalhadores à sarjeta do desemprego.) Por isso, Keynes recomenda explicitamente, em tais ocasiões, o direcionamento do crédito. ("Treatise on Money", pag 229).
Na banda real da economia globalizada, foi na força do dólar e na resiliência de seu mercado financeiro que a grande empresa americana sustentou a migração de suas fábricas para regiões de menor custo relativo. As entradas de "investimento de portfólio" financiaram a saída líquida de capital produtivo.
Nesse jogo da grande finança com a grande empresa, conforma-se uma mancha manufatureira que pulsa em torno da China. O modelo sino-americano garantiu inflação baixa e taxas de juros idem: as reservas chinesas em dólares fechavam o circuito endividamento-gasto-renda-poupança. Enquanto isso, os ganhos de capital prospectivos aumentavam a atratividade dos novos instrumentos financeiros. Os capitais cobiçosos corriam para a Meca do enriquecimento ilimitado. A cada rodada de valorização de ativos ampliavam-se os desequilíbrios potenciais nos balanços de famílias e elevava-se o déficit em conta corrente. O que diria tia Joaquina?
Luiz Gonzaga Belluzzo, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda é professor titular do Instituto de Economia da Unicamp e escreve mensalmente às terças-feiras. Em 2001, foi incluído entre os 100 maiores economistas heterodoxos do século XX no Biographical Dictionary of Dissenting Economists.
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´TÁ RUSSO, MANO !!!
"Vim meter o bico em SP", afirma Dilma
"Estou aqui metendo o bico", diz Dilma |
Autor(es): VERA ROSA , BRUNO LUPION , DAIENE CARDOSO |
O Estado de S. Paulo - 02/10/2012 |
Ao lado de Lula, a presidente participa de comício do candidato Fernando Haddad (PT) em São Paulo
A presidente Dilma Rousseff disse ontem, em um comício de Fernando Haddad (PT) na zona leste da cidade, que veio à capital paulista meter o "bico" nas eleições municipais. A frase foi uma resposta ao candidato José Serra , (PSDB) que criticara a entrada de Dilma na campanha. "Estou aqui metendo o bico nesta eleição porque SP é um lugar onde moram milhões de brasileiros. Não tem como dirigir o Brasil sem meter o bico em SP", afirmou Dilma, em evento que contou também com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula decidiu que vai participar diariamente de eventos de campanha de Haddad até o primeiro turno, no dia 7. O ex-presidente pretendia visitar outras capitais, como Recife (PE) e Fortaleza (CE), mas decidiu concentrar esforços em São Paulo.
Presidente responde à declaração de Serra, chama tucanos de "intolerantes" e diz querer "ajudar Haddad como Lula" a ajudou a se eleger.
Em resposta ao candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, a presidente Dilma Rousseff, que participou ontem de um comício do petista Fernando Haddad na zona leste da cidade, disse que veio até a capital paulista "meter o bico" nas eleições municipais.
"Estou aqui hoje metendo meu bico nesta eleição porque para o Brasil, São Paulo é, sobretudo, o lugar onde milhares de brasileiros vivem. Não tem como dirigir o Brasil sem meter o bico em São Paulo", disse Dilma numa referência a uma declaração do tucano segundo a qual ela não deveria "meter o bico" em São Paulo. A declaração do candidato do PSDB foi dada tão quando a presidente apareceu pela primeira primeira vez no programa de Haddad, em 10 de setembro.
"Temos que ficar alerta com esse pessoal que fica (falando mal). Eles são intolerantes", disse.
Em seu discurso, Dilma lembrou que foi eleita presidente da República graças ao apoio de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva e que era seu dever ajudar o candidato do PT a se eleger em São Paulo. "Assim como o presidente Lula me ajudou a ser presidenta do Brasil, eu venho aqui ajudar o Haddad", disse ela.
Depois de dizer que Haddad foi um "excelente" ministro da Educação, Dilma encerrou sua fala pedindo votos para o petista: "Fernando faz a diferença. Por isso, na urna, e aqui em São Paulo, votem Fernando Haddad".
Críticas.
Ao pegar o microfone, Haddad voltou a atacar o líder nas pesquisas, Celso Russomanno (PRB). Segundo o candidato do PT, os seus adversários não tem propostas. "Teve um que lançou a ideia de cobrar passagem de ônibus pela distância", disse.
A proposta de Russomanno de criar uma tarifa de ônibus proporcional ao trajeto percorrido pelo usuário tem sido a mais criticada pelo petista. A ideia já havia sido rebatida por Haddad nos dois comícios que participou no sábado.
Lula também esteve presente ao evento. Até domingo, o ex-presidente participará diariamente de eventos de campanha de seu afilhado político. Ele pretendia visitar outras capitais, como Recife (PE) e Fortaleza (CE), mas decidiu concentrar esforços em São Paulo, onde Haddad disputa uma vaga no segundo turno.
A maratona paulistana de Lula, que foi considerado curado do câncer na laringe e liberado pelos médicos no início de agosto, segue hoje, quando está ao lado de Haddad no Largo 13, em Santo Amaro, zona sul. Amanhã, os dois irão ao Largo São Mateus, na zona leste. Na quinta, está prevista uma caminhada na Rua 25 de março, também com Lula e Haddad - o evento, no entanto, pode ser cancelado em função do debate da TV Globo, cuja realização ainda não foi confirmada pela emissora. Na sexta, Lula e Haddad farão caminhada pelo centro da capital e, no sábado, irá ao Itaquerão.
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''E AGORA JOSÉ?'' A FARSA ACABOU...
ACABA A FARSA DE QUE MENSALÃO ERA CAIXA 2
CAIXA DOIS CAI POR TERRA |
Autor(es): ANA MARIA CAMPOS DIEGO ABREU HELENA MADER |
Correio Braziliense - 02/10/2012 |
Maioria dos ministros do STF conclui que houve compra de apoio político para o então governo Lula O Supremo encerrou a primeira parte do capítulo 6 do julgamento, ontem, condenando 10 acusados por corrupção passiva; 11 por lavagem de dinheiro; e cinco por formação de quadrilha. Celso de Mello, o mais antigo ministro da Corte, chamou os réus de "marginais do poder". E classificou o esquema de um "projeto criminoso" que vitimou toda a sociedade. "Foi um verdadeiro assalto à administração pública", disse. Amanhã, o STF começa a julgar a parte mais emblemática do processo, a que envolve os supostos corruptores: os petistas José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Maioria dos ministros reconhece a compra de apoio parlamentar no governo Lula e rejeita a tese de que o esquema criminoso serviu apenas para pagar dívidas de campanha. Criada como estratégia para esvaziar as denúncias do mensalão, a tese de que os recursos do esquema não passaram de caixa dois foi derrubada ontem no Supremo Tribunal Federal (STF). Todos os políticos denunciados pela Procuradoria Geral da República por terem recebido dinheiro do empresário Marcos Valério foram condenados por corrupção passiva, numa demonstração de que a conduta, independentemente da destinação do dinheiro, foi criminosa. Mais do que isso, a maioria dos magistrados, em seus votos, confirmou o principal eixo da acusação de compra de apoio político no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao concluir ontem a primeira parte do capítulo seis, que trata dos repasses para partidos, o Supremo condenou 12 dos 13 réus. O único absolvido foi o ex-assessor parlamentar do PL (atual PR) Antônio Lamas, conforme recomendou o Ministério Público, por falta de provas. Em dois meses de julgamento e 30 sessões, os ministros já condenaram 22 dos 37 acusados. Apenas quatro conseguiram se livrar. Amanhã, o STF começa a julgar a parte mais emblemática do processo, ao tratar dos supostos corruptores: o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o ex-presidente do partido José Genoino. Marcos Valério, já condenado por corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro, volta a ser julgado. A segunda-feira foi um dia de votos duros. Na sessão de ontem, o decano do STF, Celso de Mello, fez um manifesto contra a corrupção (Leia mais na página 3). Já o presidente do Supremo, Carlos Ayres Britto, afirmou que Marcos Valério dispõe do "mais agudo faro desencavador de dinheiro". Nos capítulos já julgados, os ministros concluíram que houve desvios de recursos públicos da Câmara dos Deputados e do Banco do Brasil, simulação de empréstimos para o PT e gestão fraudulenta de instituição financeira. No trecho da denúncia encerrado ontem, seis ministros apontaram que o esquema, liderado por Marcos Valério, serviu para abastecer um fundo destinado à compra do apoio de partidos. "Não se pode cogitar de caixa dois nem mesmo coloquialmente", disse Ayres Britto. A interpretação do STF tem um impacto além da esfera jurídica. A conclusão dos ministros representa um julgamento sobre a condução política do governo nos primeiros anos do mandato do ex-presidente Lula. Em seu voto, o relator, Joaquim Barbosa, citou duas importantes votações no Congresso: as reformas tributária e da Previdência. O revisor, Ricardo Lewandowski, discordou da tese majoritária. Em seus três dias de voto, ele condenou políticos que receberam dinheiro de Valério por corrupção passiva, sob o fundamento de que quem recebe alguma vantagem em razão do cargo que exerce, independentemente da destinação e dos motivos, comete corrupção passiva. Ao se manifestar, Lewandowski tratou o dinheiro como ajuda para campanhas políticas, o caixa dois. Reformas Ao votar ontem, o ministro Marco Aurélio Mello afirmou que houve um esquema de compra de apoio político no Congresso. "Essa corrupção não visou cobrir simplesmente deficiência de caixa dos diversos partidos, mas sim a base de sustentação para aprovar-se determinadas reformas", afirmou o ministro. Primeiro a votar ontem, o ministro Dias Toffoli reconheceu que sete políticos e assessores que receberam repasses feitos pelo PT por meio das agências do empresário Marcos Valério cometeram o crime de corrupção. O magistrado citou o nome de dois petistas acusados de corrupção ativa durante seu voto, mas poupou José Dirceu. Toffoli observou que os recursos autorizados pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares "nunca foram regularmente escriturados em nenhuma das agremiações". O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, como Celso de Mello, refutou insinuações de que o STF poderá condenar Dirceu sem evidências cabais. "A prova é mais que abundante. A prova é torrencial em relação ao ministro José Dirceu", atacou. Em se plantando, tudo dá No intervalo da sessão de ontem, os ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Luiz Fux, além do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, plantaram mudas de árvores no bosque do Supremo Tribunal Federal (STF), seguindo uma tradição da Corte. Gurgel escolheu uma muda de sucupira branca, típica do cerrado. Toffoli plantou um cafeeiro, Lewandowski preferiu um ipê amarelo, e Fux, uma quaresmeira roxa. Criado em 2000, durante a gestão do ministro aposentado Carlos Velloso, o bosque recebe regularmente contribuições de autoridades e dos novos ministros que chegam à Casa. Empate na Corte O já esperado grande impasse surgiu ontem no julgamento do mensalão: como proceder em caso de empate? Nos últimos dois meses, os ministros evitaram falar sobre o assunto, e o presidente do Supremo, Carlos Ayres Britto, chegou a dizer que não acreditava nessa possibilidade. Mas na sessão de ontem, depois do voto de quatro ministros, o placar ficou em cinco votos contra e cinco a favor da condenação do ex-deputado José Borba (ex-PMDB-PR) por lavagem de dinheiro. Britto reconheceu o problema, mas afirmou que prefere deixar a solução para o fim do julgamento. Desde a aposentadoria de Cezar Peluso, a igualdade se tornou uma possibilidade. Os ministros terão que decidir agora se o voto de Ayres Britto vale por dois ou se, em caso de empate, o réu é automaticamente absolvido. Uma alternativa é aguardar a posse — e o voto — do novo ministro, Teori Zavascki. ------------------- |
''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''
SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS
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Ministros entendem que partidos da base do governo Lula se uniram para se beneficiar do valerioduto
Ao condenar 12 réus, quatro por formação de quadrilha, no julgamento do mensalão, o Supremo Tribunal Federal concluiu ontem que o PT usou o esquema operado por Marcos Valério para comprar apoio político no governo Lula. Para o STF, grupos no PP e no PL (atual PR) se uniram para receber dinheiro do valerioduto. Políticos do PTB e José Borba, ex-líder do PMDB, também foram corrompidos. Amanhã, passam a ser julgados os acusados de corrupção ativa, como o ex-ministro José Dirceu. (Págs. 1 e 3 a 5)
Tropas federais já ocupam três favelas (Págs. 1 e 6)
Entendimento no Supremo sobre compra de apoio político no Congresso é fundamental para a República. (Págs. 1 e 4)
Sete dos dez ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram que houve um esquema de compra de votos de parlamentares no Congresso durante o primeiro mandato do presidente Lula, entre 2003 e 2004.
A decisão sepulta a tese do PT de que o mensalão se tratava de caixa dois eleitoral, aceita só pelo ministro Ricardo Lewandowski — Rosa Weber e Cármen Lúcia não se manifestaram sobre os objetivos do esquema.
Os ministros concluíram o julgamento dos políticos aliados e condenaram 12 dos B réus. Delator do mensalão, Roberto Jefferson (PTB), já culpado por corrupção passiva, também o foi por lavagem de dinheiro.
Amanhã começa a etapa que tratará dos réus do PT, entre eles José Dirceu. Até agora, 22 foram condenados.
“Não se pode falar em caixa dois nem mesmo prosaicamente”, disse Ayres Brito, presidente do STF. (Págs. 1 e Poder A4)
Fotolegenda: Hora do cafezinho
José Dias Toffoli rega o pé de café que plantou em terreno do STF no intervalo do julgamento do mensalão; participaram da tradição de plantio de mudas, criada em 2000, mais dois ministros e o procurador-geral.
O PT pagará a viagem de Dilma. (Págs. 1 e Eleições 2012, 1)
Fotolegenda: Ao lado de Marta e Lula, Dilma Rousseff participa na zona leste de comício de Fernando Haddad, candidato petista à Prefeitura de São Paulo.
Xico Sá
É amigo, no corpo a corpo quem dá bola é o eleitor. (Págs. 1 e Eleições 2012, 2)
Principal fonte de dados "extraoficiais” de homicídios na capital, o “IML” da cidade tornou-se símbolo da violência no país, que tem a maior taxa de assassinatos da América do Sul. (Págs. 1 e Mundo A13)
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que há muita lenda sobre facções criminosas. A Secretaria da Segurança Pública não se manifestou. (Págs. 1 e Cotidiano C1)
O STF confirmou ontem a existência de compra e venda de apoio parlamentar e condenou por corrupção passiva todos os deputados que receberam dinheiro do mensalão. A tese do caixa dois de campanha, encampada pelo PT e pelo ex-presidente Lula, foi rechaçada pela maioria dos ministros do STF. Para o decano da Corte, Celso de Mello, “marginais do poder” formaram uma “quadrilha de assaltantes de cofres públicos” que praticaram atos que comprometem a “integralidade dos valores que formam a ideia de República” e frustram “a consolidação das instituições”. Foram condenados por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha Pedro Corrêa (PP-PE) e Valdemar Costa Neto (PR-SP). Roberto Jefferson, Bispo Rodrigues, Romeu Queiroz e Pedro Henry (PTB-MT) foram condenados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. José Borba (PP-PR), por corrupção passiva. (Págs. 1 e Nacional A10 e A11)
Celso de Mello
Ministro do STF
“Esses atos de corrupção significam tentativa imoral e penalmente ilícita de manipular criminosamente o processo democrático”
A presidente Dilma Rousseff disse ontem, em um comício de Fernando Haddad (PT) na zona leste da cidade, que veio à capital paulista meter o “bico” nas eleições municipais. A frase foi uma resposta ao candidato José Serra , (PSDB) que criticara a entrada de Dilma na campanha. “Estou aqui metendo o bico nesta eleição porque SP é um lugar onde moram milhões de brasileiros. Não tem como dirigir o Brasil sem meter o bico em SP”, afirmou Dilma, em evento que contou também com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula decidiu que vai participar diariamente de eventos de campanha de Haddad até o primeiro turno, no dia 7. O ex-presidente pretendia visitar outras capitais, como Recife (PE) e Fortaleza (CE), mas decidiu concentrar esforços em São Paulo. (Págs. 1 e Nacional A5)
Dilma Rousseff
Presidente
“Assim como o presidente Lula me ajudou a ser presidenta do Brasil, eu venho aqui ajudar o Haddad”
Fotolegenda: Palanque
Lula e Dilma na zona leste, em comício de Haddad, que voltou a atacar Celso Russomanno.
Há instrumentos de política, instituições e conhecimento para promover a inovação. Faltam recursos. (Págs. 1 e Economia, B2)
Pela primeira vez em anos, um democrata apresenta nítida vantagem em política de segurança - ficou claro no discurso de Obama na ONU. (Págs. 1 e Internacional A13)
O autor de Avenida Brasil pode adiar para depois do julgamento de José Dirceu a morte do escroque Max: é difícil competir com a trama no STF. (Págs. 1 e Cidades C6)
É um erro do governo fixar um objetivo de expansão econômica para um ou dois anos. (Págs. 1 e A3)
O Supremo encerrou a primeira parte do capítulo 6 do julgamento, ontem, condenando 10 acusados por corrupção passiva; 11 por lavagem de dinheiro; e cinco por formação de quadrilha.Celso de Mello, o mais antigo ministro da Corte, chamou os réus de “marginais do poder”. E classificou o esquema de um “projeto criminoso” que vitimou toda a sociedade. “Foi um verdadeiro assalto à administração pública”, disse. Amanhã, o STF começa a julgar a parte mais emblemática do processo, a que envolve os supostos corruptores: os petistas José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. (Págs. 1, 2 e 3)
O movimento de corte de juros no crédito das lojas de varejo acompanha medida semelhante tomada na semana passada pelos grandes bancos privados para as operações com cartões de crédito. As taxas máximas do crédito rotativo nos cartões do Bradesco passarão de 14,9% para 6,9% ao mês a partir de novembro. No pagamento parcelado com juros, as taxas cairão de 8,9% ao mês para 4,9%. O Itaú vai reduzir todas as taxas para um dígito. (Págs. 1 e B1)
Jorge Botti, presidente da Fedecámaras, maior entidade empresarial da Venezuela, teme a entrada do país no Mercosul. Para ele, a indústria local não está preparada para enfrentar a concorrência brasileira e argentina, e o objetivo do governo é importar alimentos mais baratos, movido por razões políticas, e não econômicas. (Págs. 1 e A13)
Potencial candidata ao governo paranaense, a chefe da Casa Civil da Presidência da República, Gleisi Hoffmann, é a principal estrela do PT na campanha local. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, marido de Gleisi, lidera as articulações do partido no Estado. Já o chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, dedica-se especialmente à candidatura de sua irmã, Márcia Lopes, à Prefeitura de Londrina, cujo o adversário tem chances de vencer no primeiro turno.
"Nosso objetivo "é que o partido saia forte como uma referência de oposição no Paraná, o que nunca aconteceu", disse Florisvaldo de Souza, coordenador do grupo de trabalho eleitoral do PT no Estado. (Págs. 1 e A7)
A competição não é eficiente apenas para os mercados. Seria muito bom poder aplicá-la também aos entes federados. (Págs. 1 e A2)
Luiz Gonzaga Belluzzo
Os americanos não se endividaram porque gastaram demais, gastaram demais porque se endividaram. (Págs. 1 e A15)