PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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quinta-feira, setembro 26, 2013

ELEIÇÕES 2014: A CARA DO BRASIL

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Brasil

Cazuza

Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer...
Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta
Estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha...
Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?

Confia em mim...
Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer...
Não me sortearam
A garota do Fantástico
Não me subornaram
Será que é o meu fim?
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada
Prá só dizer "sim, sim"
Brasil!
Mostra a tua cara

Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...
Grande pátria
Desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
Não, não vou te trair...
Brasil!
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim...(2x)
Confia em mim
Brasil!!

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QUAL O TEU NEGÓCIO?/O NOME DO TEU SÓCIO? (5)

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26/09/2013
Marina e as regras do jogo 

:: Demétrio Magnoli



"Coloque o dedo na ferida: sem as assinaturas é uma esperança vã, impossível de frutificar." A frase, do ministro Marco Aurélio Mello, do Tribunal Superior Eleitoral, equivale a uma potencial sentença de morte para a Rede, a "vã" esperança partidária de Marina Silva. 

Marco Aurélio tem razão quando põe o dedo na "ferida" jurídico-administrativa, mas a "ferida" política está em outro lugar: na democracia brasileira não existe liberdade partidária. Por que eu, meu vizinho e um grupo de amigos não podemos decidir, hoje, fundar um partido e vê-lo, amanhã, reconhecido mediante a simples apresentação de um estatuto? Isso é liberdade partidária — algo que não temos, pois a elite política decidiu, em seu proveito, estatizar os partidos políticos.

A Constituição de 1988 consagrou a estati-zação dos partidos, refletindo um consenso de nossa elite política. Os partidos oficiais adquiriram o curioso direito de avançar sobre o bolso de todos os cidadãos, extraindo-lhes compulsoriamente os recursos que financiam o Fundo Partidário e as propagandas partidária e eleitoral nos meios eletrônicos de comunicação. 

Em 2012, as dotações do orçamento federal para o Fundo Partidário somaram R$ 286,2 milhões. Nós todos pagamos R$ 850 milhões, em 2010, sob a forma de compensações fiscais às emissoras de TV e rádio, pela transmissão dos horários cinicamente rotulados como "gratuitos" e utilizados pelos partidos. O projeto do PT de reforma política, que almeja introduzir o financiamento público de campanha, tem a finalidade de expandir ainda mais a transferência de recursos da sociedade para os políticos profissionais.

A Justiça Eleitoral é, ao lado da Justiça do Trabalho, uma das desastrosas invenções do varguismo. Nenhuma democracia precisa de tribunais para organizar eleições, missão que pode ser cumprida por meros órgãos administrativos. A razão de ser de nossos tribunais eleitorais encontra-se no princípio antidemocrático da subordinação dos partidos ao Estado. O aparato judicial especializado desempenha a função de identificar os partidos que cumpriram os requisitos legais para tomar dinheiro dos cidadãos — e, eventualmente, disputar eleições. 

"Não cabe estabelecer critério de plantão para esse ou aquele partido" explicou Marco Aurélio referindo-se à Rede, antes de concluir com a inflexão típica do juiz que zela pela igualdade de direitos: "Abre-se um precedente muito perigoso." De fato: os princípios da liberdade partidária e da estatização dos partidos são inconciliáveis — e, para preservar o segundo, nosso ordenamento político sacrifica o primeiro, sem jamais abrir perigosos precedentes.

Os partidos estatais formam um dos pés do tripé que sustenta um sistema político avesso ao interesse público e orientado para a corrupção sistemática. O segundo pé são as coalizões em eleições proporcionais, um expediente de falsificação da vontade do eleitor destinado a conferir viabilidade a partidos que não representam ninguém, mas acomodam frações periféricas da elite política. O terceiro pé é a prática de loteamento político da máquina estatal, propiciada pela escandalosa existência, apenas na esfera federal, de quase 50 mil cargos de livre nomeação. A privatização do Estado é o outro lado da moeda da estatização dos partidos políticos. "Não tem conversa, a lei é peremptória", enfatizou Eugênio Aragão, vice-procurador-geral Eleitoral, alertando para os limites legais ao direito de candidatura. Hoje, diante do pedido de registro da Rede de Marina, a Justiça Eleitoral emerge como fiadora burocrática dos interesses gerais da elite política, que não pode abrir mão da coerência do conjunto do sistema.


No balcão cartorial do Estado brasileiro, registrar partidos é um negócio tão lucrativo quanto fundar sindicatos ou igrejas. PTC, PSC, PMN, PTdoB, PRTB, PHS, PSDC, PTN, PSL, PRB, PPL, PEN — a sopa de letrinhas das legendas oficiais vazias produz a falsa impressão da vigência de ampla liberdade partidária. 


Aplicando sua inteligência à produção de sofismas, Marco Aurélio argumentou que a ausência da Rede não prejudicaria as eleições de 2014, pois, afinal, o país não carece de partidos. Na esfera exclusiva da lógica burocrática, o ministro tem razão: todos poderão votar em partidos que não representam ninguém, mas cerca de um quarto do eleitorado experimentará a impossibilidade de sufragar a candidata de sua preferência. De certo modo, o Irã é aqui.

Marina e os seus não aprenderam direito as regras do jogo, explicam nos jornais os ínclitos políticos fundadores de legendas de aluguel e seus advogados especializados nos "negócios do Brasil" Mas, como atestado de uma devastadora crise política e moral, ninguém pergunta aos representantes de nossa elite política sobre a natureza das regras desse jogo. Três meses atrás, centenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas para expressar sua frustração e sua ira com um Estado hostil à sociedade. Depois disso, o Supremo Tribunal Federal decretou que os políticos de sangue azul se distinguem dos cidadãos comuns pelo privilégio da impunibilidade. Agora, o Tribunal Superior Eleitoral prepara-se para, aplicando as leis vigentes, cassar o direito de voto de um quarto dos brasileiros. Entre o Brasil oficial e o Brasil real, abre-se um fosso ameaçador, quase intransponível.

Nos círculos próximos a Marina, comenta-se que ela não aceitará a alternativa de concorrer às eleições por uma legenda de negócios. Numa hipótese viciosa, o gesto dé desistência configuraria uma rendição disfarçada por discursos de indignação — e Marina contrataria um despachante astuto para viabilizar a Rede no horizonte de 2018. Por outro lado, na hipótese virtuosa, seria um ato de bravura e resistência: o ponto de partida para uma "antican-didatura" de mobilização da sociedade contra a estatização dos partidos e a privatização do Estado. Estou sonhando?
Demétrio Magnoli é sociólogo

adicionada no sistema em: 26/09/2013 02:37

QUAL O TEU NEGÓCIO?/O NOME DO TEU SÓCIO? (4)

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26/09/2013
Depois de justes para aeroportos, ferrovias e rodovias, governo mudará regras de portos


Em Santos, trabalhadores invadem terminal e dois navios em protesto contra regime de contratação


-BRASÍLIA e SÃO PAULO- 

Depois de ajustes nos programas de aeroportos, rodovias e ferrovias, o governo está revendo as condições das concessões de portos. 


A consulta pública da licitação dos primeiros arrendamentos nos portos do estado do Pará e em Santos deveria ter sido concluída na terça-feira, mas ficará pronta só na próxima semana. Somente amanhã, também com alguns dias de atra! so, será conhecido o conteúdo da consulta para os terminais do Paraná e da Bahia, o segundo lote.

— A consulta pública e a audiência de Santos resultaram em mais de 3 mil contribuições, que estamos analisando. No início da semana, terminamos essa avaliação e muitas contribuições serão acolhidas — disse a ministra da Casa Civil, Gleisi Hofímann.

Nas palavras de um assessor do Palácio do Planalto, o govemo tem adotado uma avaliação de que, "se o ótimo for impossível, fiquemos com o bom" Ou seja, caminha para um programa menos audacioso, porém mais adequado ao mercado brasileiro.

Segundo um integrante da equipe econômica, como o govemo já se mostrou flexível em relação aos programas de concessões, revendo, por exemplo, critérios para leiloar rodovias e ferrovias, agora o mercado quer testar até onde poderá "puxar a corda". Para a ministra, trata-se de aperfeiçoamento dos processos.

— Primeiro, criticam que somos intransigentes, que não conversamos, e que, portanto, erramos. Depois, que voltamos atrás, não temos direção, não sabemos o que estamos fazendo. Ora, esses dois conceitos são conflitantes. Como não somos nem uma coisa nem outra, estamos exatamente no caminho em que devemos estar, lançamos propostas e fazemos a interação com todos os atores que devemos fazer. É um processo de aperfeiçoamento com interação — disse Gleisi.

Trabalhadores portuários invadiram na noite de ontem o terminal da Embraport no Porto de Santos e dois navios que estavam atracados. Segundo o presidente do Sindicato dos Estivadores, Rodnei da Silva, o protesto ocorre porque a Embraport não aceita contratar trabalhadores avulsos. A Embraport disse que solicitou a liberação das instalações. (Danilo Fariello e Lino Rodrigues)

adicionada no sistema em: 26/09/2013 02:44

QUAL O TEU NEGÓCIO?/O NOME DO TEU SÓCIO? (3)

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26/09/2013
Dilma dá sinal favorável à fusão de Vivo e TIM


Presidente diz que opinião do governo não é igual à do ministro Paulo Bernardo, contrário à junção que pode levar empresa a dominar mais de 50% do mercado de telefonia celular

Dilma abre caminho para união TIM-Vivo


Em sua primeira manifestação pública sobre o avanço da espanhola Telefónica, dona da Vivo, rumo ao controle societário da italiana Telecom Italia, proprietária da TIM no Brasil, a presidente Dilma Rousseff desautorizou o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Na véspera, ele tinha se manifestado contra o domínio das duas maiores operadoras de telefonia móvel do país pela mesma companhia, que resultaria, segundo afirmou, em recuo da competição de mercado, algo "muito negativo" para o consumidor.

Em Nova York, a presidente classificou a fala de Bernardo como uma mera "opinião", que não reflete a posição do governo, ressaltando que quem deve determinar a chance ou não de a Telefónica controlar duas operadoras é o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão responsável por garantir a livre concorrência.

A reação da presidente ocorreu em seguida ao encontro que ela teve, na terça-feira, com o presidente mundial da Telefónica, Cesar Alierta. Essa conversa, segundo ela, tratou "dos vários investimentos que a empresa faz no Brasil". Estrela de um seminário dedicado à apresentação dos programas de concessões de infraestrutura a empresários e investidores estrangeiros, a presidente procurou também mostrar postura amigável ao capital privado.

Ainda na terça-feira, Bernardo havia afirmado que a líder da telefonia móvel (Vivo) não pode controlar a vice-líder e até sugerira a venda da TIM para uma empresa que ainda não tivesse presença nesse mercado. "Elas (Vivo e TIM) não podem fazer essa concentração. Seria mais de 50% do mercado nas mãos de um só grupo, com uma concorrente a menos no mercado", sublinhou o ministro. Segundo dados da Anatel, em julho, a Vivo detinha 28,6% do mercado e a TIM, 27,2%. A Claro possuía 24,9% e a Oi, 18,6%. O restante, menos de 1%, era dividido entre pequenas operadoras regionais.

Em reforço à posição do ministro, o conselheiro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) Marcelo Bechara condenou ontem uma possível fusão das duas maiores companhias de telecomunicações no Brasil, por considerá-la uma "concentração muito forte e não bem-vinda". "A operação não foi submetida ainda (à Anatel) e temos que analisar, mas considero danoso para o consumidor que as duas maiores empresas do mercado se consolidem", disse, durante seminário, em São Paulo.
Bechara endossou a tese de que, a se confirmar o controle da Telecom Italia pelos espanhóis, a TIM deverá ser vendida em um prazo de seis meses. A declaração confirma a preferência do órgão regulador pela continuidade de quatro grandes operadoras no mercado, com a venda da operadora-alvo para uma multinacional, como a britânica Vodafone, ou a norte-americana AT&T.

Precedente


Especialistas veem na fala de Dilma uma abertura para possíveis mudanças na legislação, de modo a viabilizar a consolidação entre Vivo e TIM no Brasil. 

Eles apontam um forte precedente nessa direção, ocorrido no fim de 2008, quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva alterou o Plano Geral de Outorgas (PGO) para tornar legal a compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A partir da nova regra, que eliminou a proibição de que um grupo detivesse duas concessionárias de telefonia fixa, a Oi pediu à Anatel que aprovasse o negócio.

Desta vez, Vivo e TIM poderiam pressionar a agência para relaxar a regra atual, contrariando as concorrentes, Claro e Oi. 

"A solução só viria após análises complexas e demoradas, além de implicar compensações exigidas das candidatas à fusão", ressaltou um advogado do setor. Ele acrescentou que, para complicar, o governo também terá de lidar, em pleno período eleitoral, com o leilão de frequências de 700 megahertz (MHz). Assim, o imbróglio regulatório da unificação das duas operadoras e seus 150 milhões de usuários se somaria a um problema técnico, com a acumulação de espectro ultrapassando com folga os limites atuais.

Na terça-feira, a Telefónica anunciou um aumento, de 46% para 66%, da sua participação na Teleco, holding da Telecom Italia. A transação envolve só ações preferenciais, sem direito a voto, mas o acordo prevê que, a partir do começo do próximo ano, o grupo espanhol tem a opção de assumir o controle, convertendo seus papéis em ordinários, com direito a voto.

Segundo o analista de mercado financeiro Jason Vieira, os órgãos reguladores (Anatel) e de defesa da concorrência (Cade) estão diante de um desafio sem paralelo na história nacional. Em sua avaliação, até chegar a um desfecho, previsto para janeiro de 2014, os desdobramentos do acordo serão acompanhados de especulações e muitos movimentos de bastidores.

"Tudo vai depender do tamanho final da operação que o governo vai permitir, seja com a simples venda da TIM Brasil, a entrada de novo competidor para ocupar a licença de frequências dela, ou mesmo com outra solução encontrada", observou, adiantando que, em qualquer situação, Oi e Claro vão sentir os efeitos. Os acionistas minoritários torcem para que uma eventual mudança no controle da Telecom Italia acione o chamado tag along, mecanismo que estende total ou parcialmente aos demais sócios os benefícios obtidos pelos controladores com a venda de capital.


adicionada no sistema em: 26/09/2013 04:37

QUAL O TEU NEGÓCIO?/O NOME DO TEU SÓCIO? (2)

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26/09/2013
Desafio da infraestrutura: Governo reduz restrições para privatizar aeroportos


Limite para atuais concessionários é retirado e fundos de pensão podem disputar Galeão. Regras para portos também serão revistas para atrair investidores dentro do programa de concessões à iniciativa privada. Trabalhadores invadiram terminal e navios, em Santos, em protesto contra regime de contratação.


Dilma diz que Brasil é civilizado, respeita instituições e contratos


Governo estuda aumentar participação ou fazer uma PPP na BR-262

Flávia Barbosa
Enviada especial
Isabel De Luca
Correspondente


-Nova York- 

A presidente Dilma Rousseff garantiu ontem a investidores internacionais reunidos em Nova York, em seminário sobre as oportunidades na área de infraestrutura, que o Brasil "tem uma característica civilizada" e respeita contratos. Falando a 350 empresários, gestores de fundos, consultores e banqueiros, Dilma afirmou que, diante dos gargalos, o Brasil precisa da parceria privada para deslanchar investimentos, ganhar competitividade e se consolidar como economia de renda média.

A mensagem de que há plena segurança jurídica no Brasil foi central na apresentação do país no seminário, organizado pelo banco de investimentos Goldman Sachs, o Grupo Bandeirantes de Comunicação e o Metro Jornal. Os ministros Guido Man-tega (Fazenda) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento) enfatizaram o mesmo ponto.

— Temos certeza de que precisamos hoje da parceria de todos. Sobretudo, quero dizer que há uma característica do meu país, que é extremamente civilizada, do ponto de vista de uma sociedade aberta e democrática, que é o respeito às instituições e aos contratos (...) Não é questão governamental, é do Estado, não interessa quem fez o contrato. 

Segundo Dilma, a segurança jurídica é um princípio, e o respeito aos contratos é um valor anterior ao governo do PT, tanto quanto a estabilidade de preços e a responsabilidade fiscal.

Para Paulo Leme, presidente do Goldman Sachs no Brasil, as incertezas são "naturais" diante do tamanho das concessões mais de US$ 220 bilhões nos pro-ximos anos — e da complexidade dos ativos, entre campos de exploração de petróleo, aeroportos, rodovias, portos e ferrovias. Segundo ele, o governo deve ouvir, dar informação e trocar experiência com o setor privado.

Um gestor de fundos de pensão americano, que não quis de identificar, enumerou alguns pontos:

— Existe mais receio com o excesso de intervencionismo dos últimos anos, em modelos como o de partilha no petróleo, a revisão dos contratos de energia. Fica aquela dúvida sobre qual o real apetite estatal.

Outro gestor, que também preferiu o anonimato, elogiou a disposição do governo:

— O fato de Dilma ter trazido toda a sua equipe econômica até aqui reafirma o comprometimento do governo brasileiro.

COUTINHO: "BNDES ESTÃ LOTADO"

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse que o banco precisa da parceria com o setor privado para intensificar o financiamento de investimentos em logística, que irá dobrar nos próximos anos.

— Precisamos oferecer apoio e partilhar o fardo, porque o BNDES está lotado.

Depois da surpresa com a ausência de lances para a administração da BR-262 (MG-ES) na semana passada, o governo decidiu mudar o plano de concessão da rodovia, para torná-la mais atraente. Segundo Dilma e Mantega, o caminho em estudo será o aumento da participação do governo federal, seja fazendo intervenções na estrada, seja por Parceria Público-Privada (PPP). As alterações serão aproveitadas em futuras licitações do setor.


adicionada no sistema em: 26/09/2013 03:19


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26/09/2013
Galeão, agora, para todos


Governo retira restrição, e operadores de Guarulhos e Viracopos podem participar de leilão
Danilo Fariello
Geralda Doca


-Brasília- 
Para aumentar a concorrência no leilão do Galeão (RJ) e de Confins (MG), previsto para 22 de novembro, o governo retirou as restrições à participação dos atuais concessionários de aeroportos privados no país, antecipou ontem ao site do GLOBO a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann. Essa participação estava restrita a 15%. Assim, os gestores de Guarulhos (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF), que foram concedidos no ano passado à iniciativa privada, poderão participar da administração dos dois aeroportos. Segundo Gleisi, a flexibilização atende a um pedido do Tribunal de Contas da União (TCU), que reclamou das regras restritivas do edital à concorrência.

Além da recomendação, o governo também sofreu pressão de fundos de pensão de estatais sócios da Invepar, gestora de Guarulhos, para acabar com o limite de participação dos atuais concessionários de aeroportos privados no próximos leilões. O governo transferiu para o TCU a atribuição de fixar algum limite, se considerar necessário.

— Entendemos inicialmente que era importante haver concorrência na gestão dos aeroportos. Com o questionamento do TCU (sobre a concorrência no leilão), fizemos uma avaliação sobre essa situação. Não é problema para nós abrir a participação, para que não reste dúvidas sobre restrição ao processo de concorrência na licitação — disse Gleisi.

Com a mudança na regra, na prática, o controlador de Guarulhos poderá acumular a gestão do Galeão, concentrando 85% do mercado de voos internacionais do país. Segundo a Casa Civil, manifestaram interesse em participar das novas concessões os controladores de Guarulhos e de Viracopos. A Invepar, controladora de Guarulhos, havia elevado a pressão pela mudança do teto de 15% nos últimos dias. Inicialmente, a participação desses grupos era totalmente vedada, mas fora criado o espaço de 15% para evitar questionamento na Justiça.

CONFIANÇA NA REGULAÇÃO DA ANAC

Sobre a possibilidade de um mesmo grupo controlar os principais aeroportos nacionais, como Guarulhos e Galeão, a ministra disse confiar no papel re-gulatório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para impedir um eventual monopólio prejudicial à concorrência do setor aéreo.

— Nós avaliamos que (Galeão e Guarulhos) são aeroportos que disputam os mesmos objetivos, são hubs nacionais (centros de distribuição de rotas). Queremos oferta de serviços de primeiro nível, por isso estamos concedendo-os. O fato de ter grupos diferentes pode estimular essa competição (nos leilões). Entretanto, também temos órgãos reguladores pelos quais podemos, enquanto Estado, garantir que, se acontecer de o mesmo grupo ganhar, isso não se tome um monopólio para piorar a gestão. A regulação será muito rigorosa.

Em dezembro, quando o governo anunciou a licitação dos dois aeroportos, a participação dos concessionários vencedores da primeira rodada foi proibida. No estudo das concessões enviado ao Tribunal, o Executivo teve o primeiro recuo, permitindo a participação de 15% desses grupos, mas não justificou a cláusula restritiva. Na segunda-feira, os ministros Gleisi Hoffmann e Moreira Franco (SAC) entregaram ao TCU estudos sobre a concentração de mercado com parecer da Advocacia-Geral da União (AGU) reforçando que cabe ao Tribunal arbitrar essa questão.

LEILÃO PODE SER ADIADO PARA DEZEMBRO

O ministro da AGU, Luis Inácio Adams, disse ao GLOBO que o governo está preocupado em garantir a concorrência no setor aeroportuário, não só na licitação, e, por isso, tinha fixado a restrição aos atuais concessionários na disputa. Mas, como o TCU levantou o problema, o Executivo pode permitir a participação de todos, admitiu.

— Do ponto de vista do governo, isso não é uma questão intransponível. Não vamos brigar. O que a gente quer é garantir a efetividade do processo de concessão. Se o TCU entender que a restrição não é admissível, vamos ampliar a participação — disse Adams.

Se o TCU aprovar na próxima quarta-feira (dia 2), as mudanças dos editais seriam publicadas em 3 de outubro, para o leilão ocorrer em 22 de novembro. Mas, diante das discussões, fontes ligadas aos atuais operadores já trabalham com a realização da licitação no dia 10 de dezembro. Por recomendação do TCU, o governo já havia reduzido, na segunda-feira, de 35 milhões para 20 milhões de passageiros/ano a exigência de experiência mínima do gestor aeroportuário.

Procurada, a Invepar não comentou o teor da reportagem, alegando que a decisão não foi oficializada. A assessoria de imprensa de Viracopos informou que o grupo tem interesse no Galeão e em Confins e defendeu o direito de todos participarem da segunda rodada dos aeroportos na consulta pública. Para ter tempo de estudar formas de viabilizar a sua participação, com a busca de parceiros, a empresa defende uma nova data do leilão.

adicionada no sistema em: 26/09/2013 02:43

''QUAL O TEU NEGÓCIO?/O NOME DO TEU SÓCIO?..." (Cazuza)

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26/09/2013
Novos partidos buscam deputados de aluguel


Recém-criados, o Solidariedade e o Pros oferecem de tudo para atrair parlamentares: do comando da legenda nos estados à liberdade de fazer alianças nas eleições. Objetivo é rechear os cofres da sigla, com dinheiro público do fundo partidário

Negócio partidário

Oficializados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite de terça-feira, o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e o Solidariedade iniciaram ontem a corrida para filiar parlamentares e encher os cofres das novas legendas com o Fundo Partidário, financiado com recursos públicos. Para atrair políticos, oferecem acesso ao tempo de televisão, ao próprio fundo e, no caso dos deputados federais, o comando do partido nos Estados. O Solidariedade já conta com 23 deputados (leia mais na página 3). O Pros, cujo comando é dividido entre o proprietário de campo de futebol de grama sintética e de uma van para transportes urbanas (Eurípedes Júnior) e um construtor que se diz falido (Henrique José Pinto), espera chegar aos 30 deputados em breve. "São políticos que estão insatisfeitos com a alta carga tributária do país", disse o presidente da legenda, Eurípedes Júnior.

O mesmo Eurípedes que garante uma cruzada contra os impostos abusivos e promete salário mínimo de US$ 1 mil e gasolina a R$ 1, declarou à Justiça Eleitoral não ter bens durante as campanhas de vereador pelo PSL em Planaltina de Goiás, em 2008, e de deputado estadual pelo PRP, em 2010. O político aparece relacionado a duas empresas de transporte rodoviário: a Rebeca Tur, coletivo de passageiros, com itinerário fixo e municipal, e a que leva o sobrenome Júnior, com itinerário fixo e interestadual. Ao Correio, Júnior afirmou que não declarou os bens porque tinha apenas uma van, autônoma, e que isso não seria necessário, de acordo com a lei. "Eu também me desfiz do campo", completou.

Já o presidente de honra do partido, Henrique José Pinto, foi candidato a vereador em Planaltina de Goiás no ano passado pelo PSC, mas não conseguiu se eleger. Ele é dono da construtora HPE, que responde a mais de 20 processos judiciais no Tribunal de Justiça do Distrito Federal por atrasar obras. "Faltou dinheiro para concluir as obras e eu acabei vendendo os projetos para outra construtora, o ativo e o passivo. Continuo com a empresa, mas ela está inativa há mais de quatro anos", disse Henrique (veja perfil).

O Pros começa com planos ousados. Além de buscar a filiação de 30 deputados, tem negociado com parlamentares e políticos de destaque. No Ceará, por exemplo, é dada quase como certa a filiação do governador Cid Gomes e do secretário estadual de Saúde, Ciro Gomes. "Nós tivemos uma boa conversa na semana passada. Ontem (terça-feira), o governador reuniu o grupo político dele. Na sexta-feira, devemos ter uma nova conversa", completou o presidente do partido
.
"Estímulo"


Os irmãos Gomes têm negociado com Eurípedes há um bom tempo. Sem clima no PSB após a decisão do partido de apoiar a candidatura de Eduardo Campos (governador de Pernambuco) à Presidência da República no ano que vem, Cid e Ciro têm estimulado, inclusive, deputados e vereadores a mudarem para o novo partido.

Eurípedes explicou que o Pros já tem os 10 diretórios formais exigidos pelo TSE: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Alagoas, Amazonas, São Paulo, Tocantins e Amapá. Aos deputados federais que concordarem filiar-se à nova legenda, Eurípedes oferece o controle do partido no estado, o que, em tese, dá carta branca para o parlamentar negociar acordos políticos com governadores e deputados estaduais nas eleições de 2014.

Estão nesta situação pelo menos 10 estados. Em Minas Gerais, por exemplo, a legenda será presidida pelo deputado Ademir Camilo, hoje no PSD. Camilo é suspeito de intermediar acordos entre os prefeitos mineiros e o Instituto Mundial de Desenvolvimento e da Cidadania (IMDC). Procurado, ele não retornou as ligações. Na Paraíba, a legenda será presidida pelo deputado Major Fábio, que deixou o DEM e quer se candidatar ao governo estadual. "Posso garantir que o comando do novo partido é formado por pessoas de bem e muito simples", disse Fábio.

Em Goiás, o Pros recebeu a ajuda do novo filiado do PMDB, José Batista Júnior, o Júnior da Friboi. Alguns políticos afirmam que o empresário ajudou financeiramente na construção do partido. Eurípedes nega. "O Júnior é meu irmão e me ajudou muito na coleta de assinaturas, na conversa com deputados e vereadores. Mas garanto que ele não colocou um centavo nesse projeto", assegurou o presidente do partido.

O presidente de honra do partido, Henrique José Pinto, conta que o momento é de "correria para migrar o pessoal com mandato". Uma reunião do novo partido foi marcada na manhã de ontem, na casa do deputado federal Salvador Zimbaldi (PDT-SP), que deverá ser o presidente da legenda em São Paulo, para traçar as estratégias de filiação.

Eurípedes lutou quase cinco anos pela criação do partido — "essa é a nossa diferença para outras legendas que começaram a se movimentar há seis, sete meses" —, tendo sido auxiliado "desde o primeiro dia" pelo vereador Deusimar Alves (PSDC). Apesar disso, Deusimar se disse "fiel ao atual partido e garante que não mudará de legenda". Mas defende a criação da sigla.



adicionada no sistema em: 26/09/2013 04:36##

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26/09/2013
Um caixeiro-viajante que oferece até candidaturas

Eurípedes Júnior


Fundador do PROS iniciou sua vida política como vereador de cidade satélite de Brasília

Chico de Gois 


-Brasília- 

Um caixeiro-viajante é, oficialmente, o dono do Partido Republicano da Ordem Social (PROS), que teve sua criação aprovada na noite de anteontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

O líder oficial da nova legenda é um desconhecido ex-vereador de Planaltina, cidade satélite de Brasília, que tem 38 anos e nenhuma expressão nacional. Trata-se de Eurípedes Macedo Júnior, que em sua curta vida eleitoral, mudou de partido duas vezes.

Também mudou de nome duas vezes. Em 2008, quando concorreu a uma vaga na Câmara Municipal de Planaltina pelo PSL, Eurípedes se apresentou para os eleitores como Júnior Sintético. Em 2010, quando tentou chegar à Assembleia Legislativa, desta vez pelo PRP, mudou o nome de guerra para Eurípedes Júnior. Em 2008, a profissão dele era vendedor ou caixeiro-viajante; em 2010, vereador, segundo o registro de sua candidatura no TSE.

O PROS planeja atrair para suas fileiras cerca de 20 deputados federais. Entre eles, o Major Fábio (DEM-PB), que já adiantou que vai se filiar à nova agremiação com o objetivo de  concorrer ao governo da Paraíba no ano que vem, e Ademir Camilo (PSD-MG), cujo assessor Marcos Vinícius da Silva foi flagrado em conversas telefônicas com Deivson Oliveira Vidal, presidente do IMDC, organização acusada de desviar R$ 400 milhões por meio de convênios no Ministério do Trabalho. Camilo foi o responsável por levar o presidente do PROS para uma audiência com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, no dia 5 deste mês. O ministro busca apoios para sua candidatura ao governo de Minas em 2014.

O deputado Major Fábio diz que ficou surpreso quando foi informado de que o PROS estava sendo criado. Ele não conhecia Eurípedes Júnior e disse que não se recorda de quem os apresentou. Mas elogiou a iniciativa do ex-vereador de Planaltina:

— Tá todo mundo achando que ele não tem capacidade. Mas tem. É um cabra jovem que foi para a rua pegar assinaturas que possibilitaram criar o partido.

O PROS montou uma barraquinha em janeiro, durante o encontro de prefeitos, em Brasília, para captar adesões. Seu lema era direto e claro: "Insatisfeito com seu partido? Quer sair dele sem perder o mandato? O PROS é a mais nova opção" dizia o panfleto distribuído aos presentes. Na página do partido na internet, o presidente da legenda diz que o PROS chega para fazer a diferença. "Viemos para fazer a diferença. O PROS é um partido preocupado com uma política séria, ética, competente e acima de tudo comprometida com os interesses do povo brasileiro".

adicionada no sistema em: 26/09/2013 02:24