A proposta deste blogue é incentivar boas discussões sobre o mundo econômico em todos os seus aspectos: econômicos, políticos, sociais, demográficos, ambientais (Acesse Comentários). Nele inserimos as colunas "XÔ ESTRESSE" ; "Editorial" e "A Hora do Ângelus"; um espaço ecumênico de reflexão. (... postagens aos sábados e domingos quando possíveis). As postagens aqui, são desprovidas de quaisquer ideologia, crença ou preconceito por parte do administrador deste blogue.
PENSAR "GRANDE":
[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.
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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).
"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).
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quinta-feira, julho 24, 2008
REPORTAGEM ESPECIAL: REVISTA ''VEJA''
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Camaçari/BA
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Cidade com novo motor
A Ford injeta ânimo num decadente pólo petroquímico
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A montadora trouxe 2 bilhões de dólares em investimentos privados para Camaçari. Em 2003, apenas dois anos depois de a Ford iniciar suas atividades, o PIB do município ultrapassou o de Salvador. Manteve-se como o maior do estado por quatro anos. Cresceu 80% nesta década. Camaçari passou por um surto de expansão que só havia conhecido durante a instalação do seu pólo petroquímico, em 1978. Daquela vez, atraiu 60 000 imigrantes. Desta, já repetiu a marca. A diferença entre o primeiro surto de desenvolvimento e o atual é a qualidade. Nos anos 70, a maioria dos funcionários morava e gastava em Salvador. Por isso, o pólo enriqueceu Camaçari, mas não seus habitantes. Só 3% das suas casas estavam conectadas à rede de esgoto. A maior parte da população morava em favelas e os indicadores sociais eram aterradores. O enorme poder multiplicador da indústria automotiva ajuda a corrigir essas distorções.
A Ford poderia ter importado mão-de-obra de outros estados. Em troca de benefícios fiscais, recrutou e qualificou os trabalhadores locais, que já eram mais baratos. Nada menos que 90% dos funcionários da companhia residem em Camaçari ou na sua vizinhança. A maioria desse pessoal foi selecionada entre jovens cuja carteira de trabalho nunca havia sido assinada. Cada emprego criado pela montadora abriu dois novos postos formais de trabalho em empresas de Camaçari. Com salário e perspectivas de carreira, essa turma foi às compras. Há quatro anos, duas concessionárias vendiam motos novas e usadas na cidade. Agora, Camaçari tem seis revendedoras. Nenhuma delas oferece mais produtos de segunda mão. Muitos dos que compraram moto nos primeiros anos da Ford na cidade já estão trocando de veículo. Para atendê-los, foram abertas dez lojas de carros nesta década. Desde 2000, a frota de veículos aumentou espantosos 130%. E, como não poderia deixar de ser, o consumo de combustível aumentou e ensejou a abertura de novos postos. Quinze, ao todo. "Quem andava a pé comprou moto e quem tinha moto comprou carro", diz Maurício Costa, que abriu seu terceiro posto.
A Ford começou um novo ciclo de treinamento de pessoal. Em três anos, seu Centro de Desenvolvimento de Produtos precisa contratar 2 000 engenheiros. Eles desenharão os veículos que a montadora lançará no futuro, desde os detalhes aerodinâmicos até as peças do motor. É um trabalho próprio para profissionais de ponta. Muitos dos funcionários desse departamento têm doutorado. Para encontrar gente com essa qualificação, a empresa firmou acordos com universidades do Nordeste e do Centro-Oeste. "Montadoras como a Ford geraram uma demanda sem precedentes por mão-de-obra qualificada fora de São Paulo", diz Letícia Costa, responsável por analisar o setor automotivo para a consultoria Booz & Company. Além da proximidade do Porto de Aratu, Camaçari tinha pouco a oferecer à Ford. Para conquistá-la, a Bahia concedeu imensos benefícios fiscais, mas deu fôlego à sua economia e à do município.
REPORTAGEM ESPECIAL: REVISTA ''VEJA''
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Linhares/ES
Como o petróleo pode fertilizar negócios
Linhares descobriu uma fórmula para disseminar a riqueza que jorra de seus poços de óleo e gás por toda a sua economia.
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[Foto: André Valentim. Sala de controle de uma unidade de produção de petróleo e gás em Linhares: o município abriga a segunda maior usina de processamento de gás do país].
Há quatro anos, a Petrobras encontrou petróleo na fazenda de Jair Marim, em Linhares, no Espírito Santo. Aos 75 anos, Marim já era um bem-sucedido produtor de cana-de-açúcar e pimenta. Poderia ter simplesmente sentado sobre sua reserva e desfrutado os royalties que brotaram da terra. Preferiu investir em novos negócios. Comprou um hotel. Os 66 quartos do Linhatur são modestos. Ainda assim, vivem ocupados por funcionários da indústria de petróleo, que espetou 1 400 torres de extração de óleo na superfície de Linhares e mantém ali a segunda maior usina de processamento de gás do país. O movimento intenso do Linhatur e o volume de royalties pagos pela Petrobras incentivaram Marim a erguer um novo hotel. Desta vez, com acomodações mais luxuosas e o dobro da capacidade. "Os preços aqui já estão mais altos do que na capital, mas a freguesia está exigindo qualidade", explica. Marim, outros empresários de Linhares e o governo local conseguiram fazer com que o município aproveitasse a riqueza do seu subsolo melhor do que qualquer uma das outras 908 cidades brasileiras que recebem royalties do petróleo.
A literatura econômica é pródiga em estudos que mostram como o dinheiro de jazidas de óleo pode atrair má sorte para uma comunidade. Em muitos casos, ele incentiva a corrupção entre os políticos e não beneficia o conjunto da população. O fenômeno é conhecido como maldição do petróleo, que transforma até países em dependentes compulsivos da receita do produto. Linhares é atípica por dois motivos. Primeiro, porque o petróleo jorra em sua superfície, e não de campos em alto-mar, como ocorre nas principais bacias do país. Depois, porque a cidade descobriu uma receita para esconjurar a maldição. Os royalties, os investimentos da Petrobras e os salários de seus funcionários deram um novo estímulo aos empresários, que já sustentavam uma indústria diversificada. O município é um pólo moveleiro e metalúrgico. Também tinha uma agricultura potente. Linhares é o principal produtor de papaia do país e abriga os grandes exportadores da fruta. Um deles, José Carlos Marcondes, mantém noventa empregados para remeter semanalmente 60 toneladas do mamão ao exterior. O crescimento da cidade lhe deu entusiasmo para iniciar um novo negócio. Ele montou o Rio Doce, um laboratório de análise ambiental para atender à demanda das empresas que prestam serviço à Petrobras. "Já estou expandindo a empresa para atender outros clientes", diz Marcondes.
Embalada pelo petróleo e pelo surto empreendedor, a economia de Linhares cresceu 70% desde 2000. Há quatro anos, a cidade contava com 600 indústrias. Hoje, tem 1 000. O número de estabelecimentos comerciais cresceu 53% no mesmo período. A prosperidade atraiu 12 000 migrantes, boa parte deles apenas para trabalhar no setor de petróleo e gás, que emprega 9 000 pessoas. Esse contingente aumentou em 10% a população local, que chegou a 125 000 habitantes. A prefeitura tirou proveito dos royalties e do aumento da receita de impostos. Há dois anos, o ensino público fundamental da cidade recebia notas inferiores à média brasileira nas avaliações do Ministério da Educação. Agora, pontua melhor que a média do país. A prefeitura está requalificando seus funcionários. Oferece supletivo durante o expediente para 1 400 deles que não completaram o nível médio. Os 800 que já têm curso superior iniciaram a pós-graduação. A demanda por cursos superiores passou a ser atendida por uma recém-inaugurada faculdade pública municipal.
Na periferia, 16% dos barracos foram substituídos por moradias decentes. O governo pretende erradicar todas as favelas até 2010. No centro, começam a surgir prédios. Nove já ficaram prontos. Outros 23 estão em obras ou em fase de projeto. Um deles é um edifício de quarenta apartamentos ao custo unitário de 500 000 reais da construtora de Marcelo Japhet. Há dez anos, o empresário tinha um posto de gasolina. Depois que o petróleo começou a jorrar, o número de carros novos vendidos dobrou. As vendas de Japhet quintuplicaram. Ele investiu os primeiros lucros em uma academia de ginástica e, em seguida, enveredou pela construção civil. Aqui e acolá, os primeiros arranha-céus se juntam às torres de extração de petróleo no horizonte de Linhares.
"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"
Líder do MST apóia candidato de curral eleitoral da Rocinha
Juros têm 2ª maior alta da era Lula
Angra 3 sairá só com novo depósito de lixo
Folha de S. Paulo
BC intensifica freio na economia
Senador quer punição a delegado por vazamento
Ibama impõe 65 condições para liberar construção de Angra 3
Impasse na OMC permanece após 10 horas de debate
Estudo traz nova estimativa sobre petróleo no ÁrticoCientistas do governo dos EUA estimam que o Ártico tenha reservas de petróleo de até 90 bilhões de barris e reservas de gás do tamanho das russas, ainda não descobertas. É a primeira avaliação governamental dos recursos da região. (págs. 1 e B5)
O Estado de S. Paulo
BC endurece e faz maior alta de juros desde o início de 2003
Negociação na OMC 'não serve para nada'
Três poderes criam 56 mil cargos de servidores
Embratel quer barrar venda da BrT para a Oi
Condenados com pena alternativa já são maioria
Jornal do Brasil
Ibama atrasa Angra 3
BC radicaliza e eleva Selic a 13% ao ano
Corregedor admite medo de milícia
Correio Braziliense
Remédio amargo contra inflação: + 0,75
No Senado, mas perto da eleição
Seguro 20% mais barato na Lei Seca
BID libera R$ 1 bilhão para o GDF
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Valor Econômico
Preços de bens exportados batem recorde de 30 anos
BC intensifica alta de juros e Selic vai a 13%
Crise será longa, mas sem colapso
Consumidor de 50 vai mais às compras
Os riscos das operações a termo na bolsa
Justiça de massa
Consumidor pessimista
Efeito petróleo na Bolsa
Ártico abriga uma imensidão de petróleo e gás, aponta pesquisa. (págs. 1 e A11)
Gazeta Mercantil
Copom surpreende e eleva Selic em 0,75 ponto, para 13%
Nem Lula serve como cabo eleitoral
Falta de oficiais pode causar "apagão" marítimo no País
A cadeia fez bem a Cacciola
Setor financeiro domina compras na área de energia
InflaçãoIPC-S desacelera para 0,67% na 3º prévia. (págs. 1 e A6)
Comércio exterior
BNDES toma espaço das ofertas
Opinião: Everardo MacielAs leis não podem castigar o cidadão com a inclemência da falta de clareza. No Brasil, o Executivo legisla por medida provisória e julga por meio da polícia. (págs. 1 e A3)
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BRASÍLIA & OS TRÊS PODERES [In:] CARGOS DE CONFIANÇA & ``COM FIANÇA``
Sérgio Gobetti, Estadào, 2407.
AMB & ''LISTA SUJA'': E/OU LISTA DOS SUJOS [''oinc! oinc!...'']
ELEIÇÕES 2008 / CANDIDATOS EM QUESTÃO
A "lista suja" que a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) começou a divulgar anteontem terá muito pouca influência sobre a análise da Justiça em torno dos cerca de 400 mil pedidos de registro de candidatura pelo país. Isso porque o prazo legal para a impugnação (contestação) dos pedidos de registro já expirou, em sua grande maioria, sendo que a fase agora é de aprovação das candidaturas pelos juízes eleitorais. Tome-se como exemplo a cidade de São Paulo. A Justiça já aprovou 9 das 11 candidaturas a prefeito, entre elas as de Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM), no dia 14, e a de Geraldo Alckmin (PSDB), no dia 21. Pela lei, o prazo para recurso contra a decisão é de três dias. Marta Suplicy integra a lista da AMB (http://www.amb.com.br/), por responder a uma ação penal por suspeita de irregularidades na contratação de empresas quando foi prefeita (2001-04). A coligação que a apóia classificou a lista como "leviana" e disse que a ação foi movida por oposicionistas.Para a eleição majoritária de São Paulo, apenas os registros de Paulo Maluf (PP) e Anaí Caproni Pinto (PCO) estão pendentes de análise. Maluf, que também integra a lista da AMB com sete processos, foi o único na cidade que teve a candidatura impugnada. A contestação partiu do PPS, tendo como base os processos contra Maluf. O caso ainda não foi julgado. O candidato do PP criticou a AMB, dizendo que "juízes não devem se meter em política". A entidade analisou até agora 350 candidaturas, de um total de cerca de 400 mil no país. O presidente da AMB, Mozart Valadares, afirmou que a lista tem como alvo o eleitor e rebateu as críticas. "A AMB não fez juízo de valor, não induziu, apenas repassou uma informação que é pública." Em reunião realizada em junho, os presidentes dos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) defenderam que o juiz considere "a vida pregressa dos candidatos" ao analisar o pedido, independentemente de haver condenação judicial. Hoje, a lei prevê inelegibilidade só quando há, contra o candidato, condenação judicial definitiva. Alguns TREs, entretanto, não têm observado essa regra, sob o argumento de respeito aos princípios constitucionais da probidade e da moralidade. Com isso, a questão é levada freqüentemente ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que, até agora, tem decidido seguir a regra da "condenação definitiva". Ainda assim, o tribunal pode voltar a analisar casos. A AMB tem uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar derrubar a exigência. No Congresso, há projeto tramitando nesse sentido. A lista da AMB não inclui todos os processos aos quais os candidatos respondem. No caso eleitoral, por exemplo, foram excluídas as ações por propaganda irregular, o que atinge boa parte dos aspirantes a cargos eletivos, incluindo o tucano Geraldo Alckmin. O presidente da AMB disse que, no caso eleitoral, levou-se em conta apenas processos de abuso de poder político e uso indevido da máquina, o que, em caso de condenação, resulta em inelegibilidade. "Esses critérios foram baseados no zelo. Queríamos evitar casos de perseguição a candidatos."
RANIER BRAGON, EM SÃO PAULO; ANA FLOR DA REPORTAGEM LOCAL. Colaborou a Sucursal de Brasília. 2407.