PENSAR "GRANDE":

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[NÃO TEMOS A PRESUNÇÃO DE FAZER DESTE BLOGUE O TEU ''BLOGUE DE CABECEIRA'' MAS, O DE APENAS TE SUGERIR UM ''PENSAR GRANDE''].
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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

"Ranking'' dos políticos brasileiros: www.politicos.org.br

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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valor ...ria...nine

folha gmail df1lkrha

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quinta-feira, julho 24, 2008

XÔ! ESTRESSE [In:] ... TUDO POR UM '' in STATU QUO ante''

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[Homenagem aos chargistas brasileiros].

REPORTAGEM ESPECIAL: REVISTA ''VEJA''

Especial
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6. O país das montadoras
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Camaçari/BA
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Cidade com novo motor
A Ford injeta ânimo num decadente pólo petroquímico
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[Foto: Manoel Marques. Os carros produzidos pela multinacional na Bahia e seus frutos sociais: a prefeitura melhorou a educação e passou a fornecer cursos alternativos, como o balé].
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Há dez anos, Maria das Graças Oliveira pensava em fechar as portas do seu restaurante, o Ki-Mukeka, e deixar Camaçari, cidade de 220 000 habitantes. Sua clientela minguava desde que os produtos do pólo petroquímico da cidade começaram a perder mercado para similares importados, no início dos anos 90. Nove mil dos 15 000 empregos do pólo haviam simplesmente desaparecido. Maria das Graças resolveu manter o restaurante funcionando depois que a Ford anunciou que construiria ali uma fábrica. Em uma década, a montadora e seus 31 fornecedores reduziram o desemprego em 10 pontos porcentuais, criando quase 9 000 vagas. Para atender essa nova clientela, Maria das Graças trocou o fogão de três bocas por dois de seis bocas cada um. O número de funcionários do Ki-Mukeka saltou de três para onze. Para fazer seu restaurante progredir, a empresária precisou de uma inovação tecnológica. O prato que dá nome ao estabelecimento demorava meia hora para ficar pronto. Maria das Graças criou, então, a "moqueca expressa", que chega à mesa em cinco minutos e se tornou uma das opções preferidas dos funcionários da indústria automotiva. "Ou a baiana aqui aprendia a ser rápida ou perdia a freguesia", diz a empresária.
A montadora trouxe 2 bilhões de dólares em investimentos privados para Camaçari. Em 2003, apenas dois anos depois de a Ford iniciar suas atividades, o PIB do município ultrapassou o de Salvador. Manteve-se como o maior do estado por quatro anos. Cresceu 80% nesta década. Camaçari passou por um surto de expansão que só havia conhecido durante a instalação do seu pólo petroquímico, em 1978. Daquela vez, atraiu 60 000 imigrantes. Desta, já repetiu a marca. A diferença entre o primeiro surto de desenvolvimento e o atual é a qualidade. Nos anos 70, a maioria dos funcionários morava e gastava em Salvador. Por isso, o pólo enriqueceu Camaçari, mas não seus habitantes. Só 3% das suas casas estavam conectadas à rede de esgoto. A maior parte da população morava em favelas e os indicadores sociais eram aterradores. O enorme poder multiplicador da indústria automotiva ajuda a corrigir essas distorções.
A Ford poderia ter importado mão-de-obra de outros estados. Em troca de benefícios fiscais, recrutou e qualificou os trabalhadores locais, que já eram mais baratos. Nada menos que 90% dos funcionários da companhia residem em Camaçari ou na sua vizinhança. A maioria desse pessoal foi selecionada entre jovens cuja carteira de trabalho nunca havia sido assinada. Cada emprego criado pela montadora abriu dois novos postos formais de trabalho em empresas de Camaçari. Com salário e perspectivas de carreira, essa turma foi às compras. Há quatro anos, duas concessionárias vendiam motos novas e usadas na cidade. Agora, Camaçari tem seis revendedoras. Nenhuma delas oferece mais produtos de segunda mão. Muitos dos que compraram moto nos primeiros anos da Ford na cidade já estão trocando de veículo. Para atendê-los, foram abertas dez lojas de carros nesta década. Desde 2000, a frota de veículos aumentou espantosos 130%. E, como não poderia deixar de ser, o consumo de combustível aumentou e ensejou a abertura de novos postos. Quinze, ao todo. "Quem andava a pé comprou moto e quem tinha moto comprou carro", diz Maurício Costa, que abriu seu terceiro posto.
A Ford começou um novo ciclo de treinamento de pessoal. Em três anos, seu Centro de Desenvolvimento de Produtos precisa contratar 2 000 engenheiros. Eles desenharão os veículos que a montadora lançará no futuro, desde os detalhes aerodinâmicos até as peças do motor. É um trabalho próprio para profissionais de ponta. Muitos dos funcionários desse departamento têm doutorado. Para encontrar gente com essa qualificação, a empresa firmou acordos com universidades do Nordeste e do Centro-Oeste. "Montadoras como a Ford geraram uma demanda sem precedentes por mão-de-obra qualificada fora de São Paulo", diz Letícia Costa, responsável por analisar o setor automotivo para a consultoria Booz & Company. Além da proximidade do Porto de Aratu, Camaçari tinha pouco a oferecer à Ford. Para conquistá-la, a Bahia concedeu imensos benefícios fiscais, mas deu fôlego à sua economia e à do município.
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REPORTAGEM ESPECIAL: REVISTA ''VEJA''

Especial
5. Combustível de 1 000 cidades
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Linhares/ES
Como o petróleo pode fertilizar negócios
Linhares descobriu uma fórmula para disseminar a riqueza que jorra de seus poços de óleo e gás por toda a sua economia.
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[Foto: André Valentim. Sala de controle de uma unidade de produção de petróleo e gás em Linhares: o município abriga a segunda maior usina de processamento de gás do país].
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Há quatro anos, a Petrobras encontrou petróleo na fazenda de Jair Marim, em Linhares, no Espírito Santo. Aos 75 anos, Marim já era um bem-sucedido produtor de cana-de-açúcar e pimenta. Poderia ter simplesmente sentado sobre sua reserva e desfrutado os royalties que brotaram da terra. Preferiu investir em novos negócios. Comprou um hotel. Os 66 quartos do Linhatur são modestos. Ainda assim, vivem ocupados por funcionários da indústria de petróleo, que espetou 1 400 torres de extração de óleo na superfície de Linhares e mantém ali a segunda maior usina de processamento de gás do país. O movimento intenso do Linhatur e o volume de royalties pagos pela Petrobras incentivaram Marim a erguer um novo hotel. Desta vez, com acomodações mais luxuosas e o dobro da capacidade. "Os preços aqui já estão mais altos do que na capital, mas a freguesia está exigindo qualidade", explica. Marim, outros empresários de Linhares e o governo local conseguiram fazer com que o município aproveitasse a riqueza do seu subsolo melhor do que qualquer uma das outras 908 cidades brasileiras que recebem royalties do petróleo.
A literatura econômica é pródiga em estudos que mostram como o dinheiro de jazidas de óleo pode atrair má sorte para uma comunidade. Em muitos casos, ele incentiva a corrupção entre os políticos e não beneficia o conjunto da população. O fenômeno é conhecido como maldição do petróleo, que transforma até países em dependentes compulsivos da receita do produto. Linhares é atípica por dois motivos. Primeiro, porque o petróleo jorra em sua superfície, e não de campos em alto-mar, como ocorre nas principais bacias do país. Depois, porque a cidade descobriu uma receita para esconjurar a maldição. Os royalties, os investimentos da Petrobras e os salários de seus funcionários deram um novo estímulo aos empresários, que já sustentavam uma indústria diversificada. O município é um pólo moveleiro e metalúrgico. Também tinha uma agricultura potente. Linhares é o principal produtor de papaia do país e abriga os grandes exportadores da fruta. Um deles, José Carlos Marcondes, mantém noventa empregados para remeter semanalmente 60 toneladas do mamão ao exterior. O crescimento da cidade lhe deu entusiasmo para iniciar um novo negócio. Ele montou o Rio Doce, um laboratório de análise ambiental para atender à demanda das empresas que prestam serviço à Petrobras. "Já estou expandindo a empresa para atender outros clientes", diz Marcondes.
Embalada pelo petróleo e pelo surto empreendedor, a economia de Linhares cresceu 70% desde 2000. Há quatro anos, a cidade contava com 600 indústrias. Hoje, tem 1 000. O número de estabelecimentos comerciais cresceu 53% no mesmo período. A prosperidade atraiu 12 000 migrantes, boa parte deles apenas para trabalhar no setor de petróleo e gás, que emprega 9 000 pessoas. Esse contingente aumentou em 10% a população local, que chegou a 125 000 habitantes. A prefeitura tirou proveito dos royalties e do aumento da receita de impostos. Há dois anos, o ensino público fundamental da cidade recebia notas inferiores à média brasileira nas avaliações do Ministério da Educação. Agora, pontua melhor que a média do país. A prefeitura está requalificando seus funcionários. Oferece supletivo durante o expediente para 1 400 deles que não completaram o nível médio. Os 800 que já têm curso superior iniciaram a pós-graduação. A demanda por cursos superiores passou a ser atendida por uma recém-inaugurada faculdade pública municipal.
Na periferia, 16% dos barracos foram substituídos por moradias decentes. O governo pretende erradicar todas as favelas até 2010. No centro, começam a surgir prédios. Nove já ficaram prontos. Outros 23 estão em obras ou em fase de projeto. Um deles é um edifício de quarenta apartamentos ao custo unitário de 500 000 reais da construtora de Marcelo Japhet. Há dez anos, o empresário tinha um posto de gasolina. Depois que o petróleo começou a jorrar, o número de carros novos vendidos dobrou. As vendas de Japhet quintuplicaram. Ele investiu os primeiros lucros em uma academia de ginástica e, em seguida, enveredou pela construção civil. Aqui e acolá, os primeiros arranha-céus se juntam às torres de extração de petróleo no horizonte de Linhares.
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"QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?"

24 de julho de 2008

O Globo
Líder do MST apóia candidato de curral eleitoral da Rocinha
O líder do MST José Rainha Júnior, que há anos comanda invasões de terra em São Paulo, disse ontem que incentivou a candidatura a vereador do presidente da associação de moradores da Rocinha, Luiz Cláudio de Oliveira. Claudinho da Academia, como é conhecido, estaria impedindo adversários de fazer campanha no local, o que levou anteontem fiscais do TRE e policiais militares a escoltar uma candidata a vereadora na Rocinha. Segundo denúncias, o curral eleitoral teria o apoio do chefe do tráfico no morro. O MST negou qualquer relação com a diretoria da associação. O candidato Marcelo Crivella, que tem em sua coligação o PSDC, partido de Claudinho, visitou ontem a Rocinha, sem PMs. (págs 1 e 3)
Juros têm 2ª maior alta da era Lula
Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC surpreendeu boa parte do mercado e elevou em 0,75 ponto percentual a Taxa Selic, que pulou para 13% ao ano. Preocupado com a inflação, o BC alterou o ritmo de ajuste dos juros, que haviam subido 0,5 ponto nas duas reuniões anteriores, e promoveu a segunda maior alta do governo Lula – superada só pelo salto de um ponto em 2003. A decisão de acelerar a alta de Selic foi estimulada pelo Planalto. Lula deu sinal verde ao presidente do BC, Henrique Meirelles, para fazer o necessário para conter os preços. Entidades de indústria, comércio e trabalhadores criticaram a alta, dizendo que retarda o crescimento e desestimula a produção. (págs. 1, 23 e 24)
Angra 3 sairá só com novo depósito de lixo
O Ibama só deixará Angra 3 começar a operar se houver um novo e mais seguro depósito de lixo radioativo. O ministro Carlos Minc, que era contra a obra, quer um local isolado. (págs. 1, 27 e Editorial “Em tempo”).
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Folha de S. Paulo
BC intensifica freio na economia
O Banco Central acelerou o ritmo do aperto monetário e aumentou os juros básicos da economista em 0,75 ponto percentual. A taxa subiu de 12,25% ao ano para 13%. Nas duas reuniões anteriores do Comitê de Política Monetária, a alta foi de 0,5 ponto percentual. O Copom disse que o objetivo é “promover tempestivamente a convergência da inflação para a trajetória de metas”. A decisão aponta preocupação com o ritmo de expansão econômica e com a inflação, apesar de o IPCA de junho ter indicado estabilidade. O acumulado em 12 meses é de 6,06%, perto do teto da meta do ano (6,5%). A taxa de juros do BC é só uma referência. Na prática os juros são bem maiores. (págs. 1 e B1)
Senador quer punição a delegado por vazamento
O senador Heráclito Fortes (DEM-PI) entrou com duas representações contra o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz por suposto vazamento de informações do inquérito da Operação Satiagraha, que prendeu, entre outros, o banqueiro Daniel Dantas. Segundo a PF, as representações que pedem processo administrativo contra o delegado, serão encaminhadas à superintendência em São Paulo. Queiroz não quis se manifestar. (págs. 1 e 8)
Ibama impõe 65 condições para liberar construção de Angra 3
Criação de depósitos de rejeitos radioativos é uma das exigências do órgão para dar licença ambiental à usina nuclear. Licença prévia saiu ontem. (págs. 1 e B5)
Impasse na OMC permanece após 10 horas de debate
O ministro Celso Amorim deixou a sede da OMC (Organização Mundial do Comércio), na Suíça, sem comentários e aparentando irritação após mais de dez horas de debate visando romper o impasse nas negociações comerciais da Rodada de Doha. Para ele, há muitos pontos sem solução. (págs. 1 e B11)
Estudo traz nova estimativa sobre petróleo no ÁrticoCientistas do governo dos EUA estimam que o Ártico tenha reservas de petróleo de até 90 bilhões de barris e reservas de gás do tamanho das russas, ainda não descobertas. É a primeira avaliação governamental dos recursos da região. (págs. 1 e B5)
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O Estado de S. Paulo
BC endurece e faz maior alta de juros desde o início de 2003
O Banco Central reforçou dose de juros para tentar conter a escalada da inflação. Diante da alta persistente dos preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu ontem por unanimidade aumentar em 0,75 ponto percentual a taxa básica de juros, que ficou em 13% ao ano. Foi a maior elevação desde fevereiro de 2003, no início do primeiro mandato do presidente Lula. A decisão surpreendeu a maioria dos analistas do mercado financeiro, que esperava um aumento de 0,50 ponto. O objetivo do BC é desacelerar o consumo, uma das causas da pressão sobre os preços. “Teremos de rever nossas expectativas de crescimento da atividade econômica”, disse o economista Constantin Jancso estrategista do Banco Satander. Em sinal de apoio à estratégia adotada pelo BC, Lula afirmou antes do anúncio do Copom, que a prioridade é o combate à inflação: “Tomaremos todas as medidas necessárias para manter a inflação controlada.” (págs. 1 e B5)
Negociação na OMC 'não serve para nada'
Apesar do interesse do governo brasileiro nas negociações de Doha – que pretende destravar o comércio internacional – para o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, ela “não servirá para nada”. O próprio mercado, acredita, eliminará subsídios e provocará abertura comercial. “Diplomata nem sempre representa as realidades”, disse, referindo-se aos encarregados da negociação. (págs. 1 e B1)
Três poderes criam 56 mil cargos de servidores
Levantamento do deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP) revela que os três Poderes criaram mais de 56 mil cargos de servidores este ano, a maior parte deles para o Ministério da Educação. A previsão é de que parte dos cargos sejam preenchidos entre 2009 e 2012, já no mandato do sucessor do presidente Lula. (págs. 1 e A11)
Embratel quer barrar venda da BrT para a Oi
A Embratel, empresa controlada pelo bilionário mexicano Carlos Slim Helú, pediu à Secretaria de Direitos Econômico acesso aos documentos sobre a compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi. O objetivo, segundo fontes do mercado é impedir o negócio. A Secretaria de Acompanhamento Econômico recebeu o mesmo pedido. (págs. 1 e B16)
Condenados com pena alternativa já são maioria
O número de pessoas cumprindo pena alternativa no Brasil – 498.729 – superou em junho, pela primeira vez, o de encarceradas – 439.737 – segundo o Departamento Penitenciário Nacional. Para o órgão, a Justiça ainda prende demais e mantém nas cadeias 54 mil presos em condições de receberem pena alternativa. (págs. 1 e C1)
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Jornal do Brasil
Ibama atrasa Angra 3
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) apresentou 60 exigências para conceder a licença definitiva de construção da usina nuclear de Angra 3. Especialistas afirmam que as condições não serão cumpridas até setembro, quando o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, pretendia ver iniciadas as obras. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, oponente histórico da energia nuclear, disse que a questão dos prazos é de responsabilidade dos empreendedores, a estatal Eletronuclear e a empreiteira Andrade Gutierrez. Entre as exigências está a elaboração de um projeto de destinação do lixo atômico. (págs. 1 e Economia A18)
BC radicaliza e eleva Selic a 13% ao ano
Pela terceira vez em 2008, o Banco Central aumentou ontem a taxa básica de juros, a Selic, de 12,25% para 13 ao ano, com o objetivo de manter a meta de inflação do governo. A maioria dos analistas previa uma taxa menor. (Págs. 1 e Economia A19)
Corregedor admite medo de milícia
Preso na terça-feira, acusado de chefiar milícia na Zona Oeste do Rio, o deputado estadual Natalino Guimarães fica na cadeia pelo menos até agosto, quando acaba o recesso da Assembléia Legislativa. O corregedor da Alerj, Luiz Paulo da Rocha, admitiu ter medo de entrar na Carobinha, favela dominada por Natalino, eleito com mais de 90% dos votos obtidos em áreas controladas pela milícia. O DEM anunciou que vai expulsar o parlamentar. (Págs. 1, Tema do Dia A2 a A4)
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Correio Braziliense
Remédio amargo contra inflação: + 0,75
Esse é o aumento aplicado pelo Banco Central sobre os juros básicos do Brasil. Desde 2003, o país não levava um choque tão grande na política monetária. Com isso, a taxa chegou a 13% ao ano, patamar igual ao de janeiro de 2007. (págs,. 1 e 20)
No Senado, mas perto da eleição
Senadores que disputam cargo nas eleições municipais aumentam contratação de funcionários lotados nos estados. (págs. 1 e 2)
Seguro 20% mais barato na Lei Seca
Com a redução de acidentes após a proibição do álcool ao volante, seguradoras já estudam descontos no valor das apólices. (págs. 1, Tema do Dia, 33 a 35)
BID libera R$ 1 bilhão para o GDF
Arruda obtém parecer favorável para terminar obra na EPTG e construir corredores viários entre Plano Piloto e Gama. (págs. 1 e 14)
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Valor Econômico
Preços de bens exportados batem recorde de 30 anos
A alta das commodities no mercado mundial contribuiu para que os preços de exportação dos produtos brasileiros atingissem o maior nível desde janeiro de 1978, quando esse indicador começou a ser calculado pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). No mês passado, os preços desses produtos estavam, em média, 34,8% acima do verificado em junho de 2007. Enquanto as cotações disparavam, o volume exportado estagnou. Em 12 meses até junho, a quantidade embarcada subiu apenas 0,3%. Por conta da greve dos fiscais da Receita Federal, do atraso no embarque da safra agrícola e de problemas com a exportação de petróleo, o volume chegou a cair 1,6% no primeiro semestre. Em junho, a situação se normalizou e houve uma recuperação, com alta de 5,2% nos embarques físicos em relação a junho de 2007. A economista Fernanda Feil, da Rosemberg & Associados, calcula que os produtos básicos afetam o desempenho de 65% das exportações brasileiraa. Ela lembra que houve um reajuste de 70% para o minério de ferro, obtido pela Vale na negociação com as siderúrgicas. O impacto desse reajuste só apareceu na balança em junho, por conta do embarque de contratos antigos. Os produtos básicos lideram a alta de preços das exportações brasileiras. Em junho, haviam subido 58% em relação a junho de 2007. No primeiro semestre em relação a igual período do ano passado, a alta chegou a 40% em média. No mês passado, o preço da soja exportada pelo país quase 60% o da carne bovina, 57% o do minério de ferro 63%.Mesmo nos produtos industrializados, cujo mercado é menos instável, as empresas brasileiras obtiveram excelentes reajustes de preços, de 20,4% em junho na comparação com igual mês do ano anterior. Em compensação, o volume de exportação de manufaturados está bastante prejudicado. Esse indicador recuou 1,7% no período de um ano. Para os economistas do Bradesco a queda na quantidade exportada de manufaturados é resultado não apenas da desvalorização cambial, mas também do desvio de produtos para atender a robusta demanda interna. Espera-se um ritmo um pouco mais fraco de reajustes de preços de exportação no segundo semestre. (págs. 1 e A14)
BC intensifica alta de juros e Selic vai a 13%
O Banco Central aumentou a dose do aperto monetário ao elevar ontem a Selic em 0,75 ponto, de 12,25% para 13%, confirmando a aposta majoritária dos tesoureiros de bancos que fazem a curva futura dos juros. Os economistas das instituições esperavam manutenção do ritmo de 0,50 ponto com o qual o BC iniciou o aperto, em abril. A nota pós-Copom diz que o endurecimento da política monetária apressa a redução da inflação. Para os analistas, a intensificação do arrocho amplia a credibilidade do BC. Isso pode se transformar num tiro no próprio pé. O choque de juros traz logo a inflação de volta à meta de 4,5%, isso derruba os juros longos e reduz o custo do crédito para os consumidores, alimentando a inflação.(págs. 1, C1 e C2)
Crise será longa, mas sem colapso
A atual crise financeira dos Estados Unidos e da Europa não deve levar a um colapso na economia global, mas o mundo pode se preparar para alguns anos de desaceleração no ritmo de crescimento. O professor Paul Krugman, da Universidade de Princeton, considera que a ação agressiva e pró-ativa dos bancos centrais foi providencial e deve evitar uma catástrofe econômica semelhante à registrada nos anos 30. Essa avaliação é compartilhada por analistas brasileiros como o professor Luiz Gonzaga Belluzzo, da Unicamp, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Os três economistas participaram ontem, em São Paulo, do Fórum CPFL Energia, evento que contou com o apoio do Valor e teve como tema "Crise Financeira Internacional e Crescimento da Economia Brasileira". Sobre o Brasil, a opinião dominante é de que o novo cenário internacional traz pressões inflacionárias e alguma desaceleração da atividade econômica, mas não a ponto de causar transtornos mais sérios. Krugman lembra que, no meio da crise, o país tem se beneficiado da alta dos preços das commodities, por ser um grande exportador de produtos primários. Com a perspectiva de alguma queda das commodities, ele acha possível que haja uma desvalorização do câmbio. (págs. 1, F1 e F4)
Consumidor de 50 vai mais às compras
Os "novos" jovens de 50 anos estão indo às compras com garra. É essa a faixa da população na qual o consumo tem crescido mais, segundo pesquisa feita pela Nielsen. Nos primeiros seis meses de 2008, as pessoas com mais de 50 anos aumentaram seu consumo em 17,9%, enquanto a média do país foi de 4,8%. Esse grupo de consumidores, que a Nielsen chama de maduros, são, basicamente, casais de classe média e média baixa que moram sozinhos, seja porque não têm filhos seja porque os filhos já são adultos. "Daqui para frente, a mídia, a indústria e o varejo devem focar mais nesses consumidores", diz Patrícia Moraes, da Nielsen. "Demograficamente, essa faixa da população vai ser a mais numerosa", acrescenta. Hoje, calcula-se que haja 34 milhões de pessoas com mais de 50 anos.(págs. 1 e B4)
Os riscos das operações a termo na bolsa
A alta da bolsa nos últimos cinco anos e a tentação de ganhos elevados e rápidos disseminaram entre pessoas físicas o uso dos chamados contratos a termo, que estabelecem que um ativo será comprado ou vendido no futuro por um preço fixado no presente. Segundo a Bovespa, neste ano, até o dia 22, o total de operações a termo atingiu R$ 31,987 bilhões, 73% mais que no ano passado.Em muitos casos, essas operações resultam, porém, em prejuízos para os investidores. É o caso do contador Maurício Pereira Ribeiro, que em 2006 resolveu diversificar seus investimentos apostando em renda variável. Em janeiro, em meio ao forte vai-e-vem da bolsa, ele perdeu o equivalente a uma BMW zero - quase R$ 500 mil - e ainda ficou devendo R$ 70 mil para a corretora. Uma perda dessa magnitude, ainda mais com dívida na corretora, só foi possível porque Ribeiro estava alavancado - seus investimentos assumiam um risco maior do que seus próprios recursos por meio de derivativos. Ele e dois outros investidores entraram com processos na Bovespa reclamando que não foram suficientemente orientados sobre os riscos da operação.(págs. 1, D1 e D2)
Justiça de massa
Empresas e bancos estão tomando uma iniciativa inédita em assuntos que geram a ida em massa de consumidores ao judiciário: celebram mais acordos de conciliação na Justiça paulista. (págs. 1 e A4)
Consumidor pessimista
O Índice de Confiança do Consumidor da FGV caiu entre junho e julho, ao passar de 107,2 para 101,9 pontos. Foi o menor nível desde junho de 2006. A piora em julho foi mais acentuada em relação à situação da economia local. (págs. 1 e A4)
Efeito petróleo na Bolsa
As commodities deram o tom da Bovespa ontem. A começar pela queda das cotações do petróleo para um nível abaixo de US$125, que derrubou as ações da Petrobras. (págs. 1 e D2)
Ártico abriga uma imensidão de petróleo e gás, aponta pesquisa. (págs. 1 e A11)
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Gazeta Mercantil
Copom surpreende e eleva Selic em 0,75 ponto, para 13%
O Comitê de Política Monetária (Copom) surpreendeu o mercado financeiro e decidiu ontem, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual, para 13% ao ano. Foi a terceira alta consecutiva na taxa este ano, desde que a autoridade monetária resolveu interromper a série de manutenção do juro básico, dando início ao ciclo de aperto monetário. A decisão do colegiado pegou de surpresa a maior parte do mercado, que acreditava em uma alta de 0,5 ponto percentual na taxa, para 12,75% ao ano. O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, condenou a decisão do Copom. “Para combater o vírus da inflação não se pode usar um único tratamento, há outros antídotos que não apenas a alta de juros, que impede o crescimento, gera desemprego e prejudica a sociedade”, declarou em comunicado. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, também reprovou a decisão do colegiado. “Em um ambiente de incerteza inflacionária, a política monetária gradual é mais eficaz para coordenar as expectativas de elevação dos preços. A alteração dessa postura, com a intensificação do aperto monetário, resultará em maiores danos ao próprio processo de crescimento econômico”, disse em comunicado. Para o economista-chefe da agência de classificação de risco Austin Ratings, Alex Agostini, ao elevar em 0,75 ponto percentual a taxa Selic, “a autoridade monetária reconhece que o problema da inflação não é tão simples como o mercado acreditava”. A elevação na taxa Selic em 0,75 ponto percentual, para 13% ao ano, coloca o Brasil na liderança do ranking mundial de juros reais, com 7,2%, segundo a consultoria econômica Uptrend. Em segundo lugar no ranking está a Austrália, com juros reais de 5,7%, e em terceiro lugar, a Turquia, com 5,3%. (págs. 1 e B1)
Nem Lula serve como cabo eleitoral
Avaliações de desempenho acima da média, visibilidade, máquina pública e poder de decisão. Ainda assim, especialmente no que diz respeito às capitais e principais metrópoles, os governadores têm enfrentado dificuldades na missão de transferir votos a seus candidatos na corrida pelas prefeituras. A situação daqueles que esperam o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é diferente. “Historicamente, os governadores transferem poucos votos e, hoje, nem Lula pode ser considerado um cabo eleitoral definitivo”, diz o cientista político do Iuperj, Jairo Nicolau. Em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, candidatos com o apoio de governadores penam em terceiro lugar nas pesquisas. Em contrapartida, cresce a preferência pelos comunistas. Jô Moraes lidera em Minas e Jandira Feghali segue de perto o líder no Rio de Janeiro. Para Maurício Tadeu Garcia, do Ibope, nessa etapa ainda não houve tempo suficiente para os eleitores vincularem as imagens dos candidatos às forças políticas que os apóiam. (págs. 1 A7, A8 e A9)
Falta de oficiais pode causar "apagão" marítimo no País
A expansão do País tem efeitos até para a navegação, atividade durante décadas relegada ao ostracismo e que já registra déficit de oficiais responsáveis pelo comando dos navios. Estudo da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) mostra que em 2008 faltarão 456 oficiais. E até 2010 o déficit de oferta será de 25% em relação à demanda por esses profissionais. Uma das causas do problema é o baixo número de escolas, apenas duas, geridas pela Marinha do Brasil. Para suprir a carência, o Sindicato Nacional das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma) propõe que a Marinha permita que escolas particulares ministrem cursos para a formação de profissionais. “Se o problema não for resolvido a tempo, teremos o apagão marítimo”, disse Ronaldo Lima, vice-presidente da entidade. Julian Thomas, diretor da Hamburg Süd e da Aliança Navegação e Logística, tem buscado oficiais estrangeiros para amenizar a carência. (págs. 1 e C3)
A cadeia fez bem a Cacciola
Que Ingrid Betancourt, que nada: nunca se viu alguém sair do cativeiro tão viçoso, loquaz e risonho quanto Salvatore Cacciola. Aos 64 anos, o ex-banqueiro que enxergou no habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal uma passagem só de ida para a Itália desembarcou no Rio com jeito de cinqüentão recente. Poucos vincos no rosto, cabelos fartos (e, graças à tintura de boa qualidade, negros como as asas da graúna), óculos suavizados pela leveza dos aros, calças jeans, camisa pólo branca, jaqueta preta e tênis de colegial, em nada lembrava um pecador libertado na véspera de uma cadeia na Europa para a viagem aérea de 20 horas de volta ao país onde pecou. Cacciola parecia um executivo que acabou de ser autorizado a reaparecer em público, depois de repaginado com muito capricho, pelo melhor aluno do cirurgião- plástico Ivo Pitanguy. (págs. 1 e A11)
Setor financeiro domina compras na área de energia
As fusões e aquisições no setor de energia cresceram 56,6% no mundo em 2007, para US$ 600 bilhões, sobre 2006, segundo estudo da consultoria Roland Berger. As empresas financeiras responderam por 53% das transações, aumento de 22 pontos percentuais em relação ao ano anterior. O avanço colocou, pela primeira vez, a área financeira como a principal participante nos processos de aquisição nesse segmento, superando as próprias companhias energéticas. A estratégia das financeiras é tornar as empresas mais eficientes para depois vendêlas, diz António Farinha, responsável pelo estudo. Porém, a crise nos EUA deverá reduzir o número de negócios nesse setor. (págs. 1 e C1)
InflaçãoIPC-S desacelera para 0,67% na 3º prévia. (págs. 1 e A6)
Comércio exterior
Manufaturados em queda abrem espaço para déficit comercial em 2009. (págs. 1 e A5)
BNDES toma espaço das ofertas
Com a retração do mercado acionário, os desembolsos do BNDES de janeiro a maio ultrapassaram o total captado com oferta de ações, somando R$ 32,3 bilhões, contra R$ 7,9 bilhões do mercado acionário. (págs. 1 e B3)
Opinião: Everardo MacielAs leis não podem castigar o cidadão com a inclemência da falta de clareza. No Brasil, o Executivo legisla por medida provisória e julga por meio da polícia. (págs. 1 e A3)
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http://clipping.radiobras.gov.br/clipping/novo/Construtor.php?Opcao=Sinopses&Tarefa=Exibir

BRASÍLIA & OS TRÊS PODERES [In:] CARGOS DE CONFIANÇA & ``COM FIANÇA``

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Três Poderes criaram 7,9 mil cargos de confiança só neste ano

O Executivo e os demais Poderes da União criaram mais de 56 mil cargos para servidores públicos em 2008. O levantamento é do deputado Arnaldo Madeira (PSDB-SP), que rastreou as leis aprovadas neste ano pelo Congresso, autorizando a abertura de 48,4 mil vagas efetivas e de 7,9 mil funções gratificadas e comissionadas. O acréscimo do número de cargos atende principalmente a pedidos do Ministério da Educação, que ganhou 47.960 novas vagas de professores e técnicos administrativos e 4.297 comissionados com a aprovação das Leis 11.739 e 11.740. Do total de cargos criados, a expectativa é de que 10.375 sejam preenchidos em 2008, e 45.968 entre 2009 e 2012, no novo mandato presidencial. "Uma das inovações do governo Lula é jogar gastos para os próximos governos, o que contraria a Lei de Responsabilidade Fiscal", critica Madeira. Atualmente, segundo dados do Ministério do Planejamento, o Executivo federal acumula 529 mil servidores civis em atividade, incluindo efetivos, temporários e comissionados. O número é 43 mil superior ao existente no início de 2003, quando Lula tomou posse, sem contar os demais Poderes, onde o acréscimo foi de 18 mil servidores.
TOTAL DO PT
Os ingressos de servidor por concurso público no governo do PT já somam 74.008 e as admissões por tempo determinado, outros 69.923. A maioria das contratações por tempo determinado é de docentes, por período máximo de dois anos. Isso justificaria, segundo técnicos do governo, a criação das vagas aprovadas recentemente, que visam a substituir professores temporários (ou "substitutos") por permanentes. Outra razão apresentada para as contratações são as aposentadorias de servidores. Durante a gestão Lula, conforme os dados, 52.171 funcionários do Executivo se aposentaram, o que explica que a expansão final seja menor do que a quantidade de ingressos. Em 2008, por exemplo, 3.359 deixaram a administração pública federal até abril, a maior média mensal desde 2003.Além dos servidores efetivos e temporários, o número de comissionados sem vínculo com a admi nistração pública ou requisitados de outros órgãos públicos (incluindo Estados e municípios) também continua crescendo. No início de 2003, eram 4.906 assessores nessa situação - os chamados DAS "sem vínculo". Hoje já são 6.347 e podem crescer ainda mais com as leis aprovadas recentemente.
CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS
O Orçamento de 2008 já reservava R$ 5,9 bilhões para o aumento dos gastos de pessoal, incluindo contratações, mas recentemente o governo pediu ao Congresso mais R$ 7,6 bilhões em créditos orçamentários para cobrir os reajustes que está concedendo este ano aos servidores.Em menos de quatro meses depois de aprovado o Orçamento, o Congresso já aprovou mais R$ 32,1 bilhões em despesas de pessoal, custeio e investimento, de acordo com levantamento da assessoria de Madeira. Isso sem contar o impacto das leis sobre os Orçamentos de 2009 em diante. "Estamos numa fase excepcional das receitas, e o governo deveria ter um pouco mais de juízo, reduzindo, e não aumentando os gastos", avaliou o deputado tucano.O BNDES, por exemplo, recebeu um crédito de mais R$ 12,5 bilhões em 2008 para emprestar às empresas e demais instituições financiadas. Já o aumento do salário mínimo exigiu um reforço de R$ 5,3 bilhões no Orçamento deste ano.
SUPERÁVIT
Apesar dessas ampliações orçamentárias, a área técnica alega que o Orçamento é "autorizativo" e o limite global de gasto não sofreu acréscimo e será ajustado para o cumprimento da meta de superávit primário (economia para pagamento de juros, estipulada em 4,3% do Produto Interno Bruto). Ou seja, para compensar o dinheiro aplicado nas novas despesas, o Executivo deixará de gastar em outras programações originais do Orçamento.
NÚMEROS
10.375 cargos devem ser preenchidos em 2008529 mil é o total de servidores civis em atividade, incluindo efetivos, temporários e comissionados, do ExecutivoR$ 5,9 bilhões era a reserva do governo para aumento de gastos de pessoalR$ 7,6 bilhões foi quando o governo pediu a mais ao Congresso em créditos orçamentários, para cobrir reajustes previstos a servidores52.171 funcionários do Executivo se aposentaram durante a gestão Lula.
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Sérgio Gobetti, Estadào, 2407.

AMB & ''LISTA SUJA'': E/OU LISTA DOS SUJOS [''oinc! oinc!...'']

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ELEIÇÕES 2008 / CANDIDATOS EM QUESTÃO

"Lista suja" pouco influencia no julgamento de candidatos

A "lista suja" que a AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) começou a divulgar anteontem terá muito pouca influência sobre a análise da Justiça em torno dos cerca de 400 mil pedidos de registro de candidatura pelo país. Isso porque o prazo legal para a impugnação (contestação) dos pedidos de registro já expirou, em sua grande maioria, sendo que a fase agora é de aprovação das candidaturas pelos juízes eleitorais. Tome-se como exemplo a cidade de São Paulo. A Justiça já aprovou 9 das 11 candidaturas a prefeito, entre elas as de Marta Suplicy (PT) e Gilberto Kassab (DEM), no dia 14, e a de Geraldo Alckmin (PSDB), no dia 21. Pela lei, o prazo para recurso contra a decisão é de três dias. Marta Suplicy integra a lista da AMB (http://www.amb.com.br/), por responder a uma ação penal por suspeita de irregularidades na contratação de empresas quando foi prefeita (2001-04). A coligação que a apóia classificou a lista como "leviana" e disse que a ação foi movida por oposicionistas.Para a eleição majoritária de São Paulo, apenas os registros de Paulo Maluf (PP) e Anaí Caproni Pinto (PCO) estão pendentes de análise. Maluf, que também integra a lista da AMB com sete processos, foi o único na cidade que teve a candidatura impugnada. A contestação partiu do PPS, tendo como base os processos contra Maluf. O caso ainda não foi julgado. O candidato do PP criticou a AMB, dizendo que "juízes não devem se meter em política". A entidade analisou até agora 350 candidaturas, de um total de cerca de 400 mil no país. O presidente da AMB, Mozart Valadares, afirmou que a lista tem como alvo o eleitor e rebateu as críticas. "A AMB não fez juízo de valor, não induziu, apenas repassou uma informação que é pública." Em reunião realizada em junho, os presidentes dos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) defenderam que o juiz considere "a vida pregressa dos candidatos" ao analisar o pedido, independentemente de haver condenação judicial. Hoje, a lei prevê inelegibilidade só quando há, contra o candidato, condenação judicial definitiva. Alguns TREs, entretanto, não têm observado essa regra, sob o argumento de respeito aos princípios constitucionais da probidade e da moralidade. Com isso, a questão é levada freqüentemente ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que, até agora, tem decidido seguir a regra da "condenação definitiva". Ainda assim, o tribunal pode voltar a analisar casos. A AMB tem uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar derrubar a exigência. No Congresso, há projeto tramitando nesse sentido. A lista da AMB não inclui todos os processos aos quais os candidatos respondem. No caso eleitoral, por exemplo, foram excluídas as ações por propaganda irregular, o que atinge boa parte dos aspirantes a cargos eletivos, incluindo o tucano Geraldo Alckmin. O presidente da AMB disse que, no caso eleitoral, levou-se em conta apenas processos de abuso de poder político e uso indevido da máquina, o que, em caso de condenação, resulta em inelegibilidade. "Esses critérios foram baseados no zelo. Queríamos evitar casos de perseguição a candidatos."
Críticas de partidos
Presidentes de partidos criticaram a divulgação da chamada "lista suja" da AMB e a possibilidade de o relatório ser usado em disputas políticas. Para os líderes, são as legendas -e não outras entidades- as responsáveis pelos critérios de escolha de candidatos e de eventuais candidaturas negativas.Para o senador Sérgio Guerra (PE), presidente do PSDB, essas medidas são ineficazes e não mudam em nada a condição dos candidatos citados. Segundo ele, o próprio partido tucano já barra aqueles que eles consideram ter as "mãos sujas".Guerra não deixou de alfinetar a adversária de seu partido. "A Marta está na lista. Se ela tem mãos sujas ou não, é um problema do PT. Sei é que as mãos do Alckmin são limpas." Já o presidente interino do PDT, deputado Vieira da Cunha (RS), acredita que o eleitor tenha o direito de saber sobre os eventuais processos, mas lembra que todos têm de ter a "presunção da inocência". Para ele, o fato de o nome estar na lista não significa que a pessoa tenha praticado algo errado.
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RANIER BRAGON, EM SÃO PAULO; ANA FLOR DA REPORTAGEM LOCAL. Colaborou a Sucursal de Brasília. 2407.