PENSAR "GRANDE":

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“Pode-se enganar a todos por algum tempo; Pode-se enganar alguns por todo o tempo; Mas não se pode enganar a todos todo o tempo...” (Abraham Lincoln).=>> A MÁSCARA CAIU DIA 18/06/2012 COM A ALIANÇA POLÍTICA ENTRE O PT E O PP.

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''Os Economistas e os artistas não morrem..." (NHMedeiros).

"O Economista não pode saber tudo. Mas também não pode excluir nada" (J.K.Galbraith, 1987).

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# 38 RÉUS DO MENSALÃO. Veja nomes nos ''links'' abaixo:
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sexta-feira, dezembro 09, 2011

XÔ! ESTRESSE [In:] ''... O FIM ESTÁ PRÓXIMO. PREPAREM-SE!"

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ARGENTINA [In:] REVERSO DE CAMPANHA

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Cristina negocia segurar salários para conter inflação

Autor(es): Por César Felício | De Buenos Aires
Valor Econômico - 09/12/2011


O enfrentamento com o meio sindical, uma das mais tradicionais bases de apoio do peronismo na Argentina, deverá marcar o início do segundo mandato da presidente Cristina Kirchner, que começa sábado, em uma cerimônia que contará com a presença da presidente Dilma Rousseff, entre outros chefes de Estado.

Ainda neste mês o governo começa a discutir com os sindicatos dos professores os reajustes salariais para 2012. A negociação coletiva com o corpo docente abre um calendário de novos aumentos com as dez principais categorias de trabalhadores do país, como a dos caminhoneiros, dos metalúrgicos e dos empregados no comércio, que se estenderá até junho.

"Será o elemento decisivo para avaliarmos o que este governo quer. Se o reajuste para os docentes ficar abaixo de 20%, estará claro que haverá uma conjuntura de moderação do consumo e economia mais desaquecida em um cenário de crise externa", avaliou o economista Dante Sica, da consultoria Abeceb.

Se a previsão se confirmar, não será o primeiro sinal de movimento do governo argentino para uma ortodoxia econômica: logo após as eleições, começou uma política gradual de corte aos subsídios ao consumo de energia. As próprias autoridades argentinas já alertaram que a redução também deverá chegar aos subsídios para o transporte. O pagamento das subvenções ao consumo absorve cerca de 4% do PIB argentino, o mesmo percentual que o país gasta com políticas de transferência direta de renda.

A presidente já anunciou que colocará o combate à inflação como uma das prioridades de seu segundo mandato, e os dirigentes empresariais, com quem Cristina mantém interlocução quase diária, apontam o crescimento de salários como o maior fator para o aumento de custos. Em 2011, segundo cálculo da consultoria Analytica, o índice médio de reajustes em negociações coletivas foi de 31%, cerca de seis pontos acima do cálculo extraoficial da inflação.

Fazer com que no médio prazo a inflação real convirja com a oficial (que não passa de 9%) é estratégico para a Argentina voltar a ter acesso ao mercado financeiro internacional, espaço vedado desde a moratória unilateral de 2001. Na última reunião das autoridades econômicas com o FMI, em novembro, o país se comprometeu com a instituição de mudar o cálculo do índice até 2013.

A medição oficial da inflação na Argentina descolou da realidade em 2007, quando o governo fez uma intervenção no Indec, o órgão público encarregado de estatísticas. A inflação de apenas um dígito não serve hoje como parâmetro para nenhum contrato no país e distorce cálculos de outros indicadores, como crescimento do PIB, linha de pobreza, resultado primário e peso da dívida pública sobre a economia.

O novo ministro da Economia, Hernán Lorenzino, é o negociador da dívida externa argentina. O país tenta fazer a negociação de sua dívida soberana com o Clube de Paris, de US$ 9 bilhões, sem que haja um monitoramento de organismos multilaterais.

A agressividade entre o governo e as centrais sindicais é crescente e tende a se acirrar nas negociações coletivas. Há motivos estruturais para o embate: como não existe imposto sindical na Argentina, uma das principais fontes de financiamento das centrais é uma porcentagem sobre o que se consegue em negociações coletivas. E os acordos por categoria valem para todo o país, o que aumenta o poder das centrais.

"Se o governo operar para reduzir os reajustes, estará diminuindo diretamente o fluxo de dinheiro para os sindicatos", comentou Ruben Cortina, o secretário internacional da Federação dos Trabalhadores do Comércio, um sindicalista próximo do oficialismo e distante de Hugo Moyano, presidente da CGT.

De acordo com Cortina, a questão é um complicador em um momento em que há uma disputa de poder dentro do sindicalismo. O mandato de Moyano à frente da CGT termina em julho de 2012, depois das negociações coletivas mais importantes. "Cristina está muito popular, e não há interesse das centrais em desestabilizar o governo, mas, em um ambiente de disputa dentro do sindicalismo, não se pode sustentar que os aumentos salariais são causa, e não efeito da inflação", afirmou. Moyano disputa o mando da central com a cúpula dos sindicatos mais poderosos do país, conhecidos como "os gordos".

GOVERNO DILMA [in:] DELAÇÃO PREMIADA II

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Presidente prestigia Pimentel

Autor(es): Por Fernando Exman | De Brasília
Valor Econômico - 09/12/2011

Apesar da crescente preocupação com a onda de denúncias contra o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), a presidente Dilma Rousseff deu ontem um sinal claro ao meio político: o auxiliar permanece com prestígio.

Pimentel teve uma série de reuniões com a presidente no Palácio do Planalto, numa demonstração do governo de que o ministro continua tratando dos assuntos de sua Pasta normalmente. Além de manter conversas particulares com a presidente, Pimentel também participou de uma audiência entre Dilma e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Em seguida, marcou presença numa reunião da qual também participaram o chanceler Antonio Patriota, o secretário-executivo e o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, respectivamente Nelson Barbosa e Carlos Cozendey.

Pimentel discutiu com a presidente Dilma Rousseff e seus demais interlocutores, por exemplo, o comércio bilateral com a Argentina e mudanças no regime automotivo. O ministro do Desenvolvimento irá hoje a Buenos Aires para tratar de comércio, integração produtiva e financiamento de investimentos entre os dois países com a ministra argentina da Indústria, Débora Giorgi. Dilma também viajará à capital da Argentina, onde prestigiará a posse da presidente Cristina Kirchner. A cerimônia será realizada amanhã.

Segundo denúncias publicadas pela imprensa, Pimentel manteve uma consultoria que prestou serviços a empresas com negócios com a Prefeitura de Belo Horizonte. Ex-prefeito da capital mineira, Pimentel é um dos ministros mais próximos a Dilma.

O Palácio do Planalto e aliados de Pimentel acreditam que o ministro é vítima de "fogo amigo", denúncias alimentadas por petistas mineiros insatisfeitos com as articulações do grupo político liderado por Pimentel para que o partido apoie a reeleição do prefeito Márcio Lacerda (PSB) e não tenha candidato próprio nas eleições de 2012.

Até agora, dizem auxiliares e interlocutores de Dilma, a presidente demonstrou tranquilidade com a situação do ministro e orientou Pimentel a explicar publicamente todas as denúncias. No Palácio do Planalto, no entanto, há receio de que "fatos novos" surjam devido à aparente disposição da imprensa de continuar explorando o assunto.

GOVERNO DILMA [in:] DELAÇÃO PREMIADA

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Pimentel despacha com Dilma e ministros e prepara ida à Argentina

Autor(es): agência o globo:Gerson Camarotti, Luiza Damé, Chico de Gois e
O Globo - 09/12/2011

BRASÍLIA. Numa tentativa de demonstrar normalidade na sua agenda, o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, passou a tarde de ontem em despachos com a presidente Dilma Rousseff e outros ministros para tratar de assuntos técnicos de sua área. Fez essa agenda estimulado pela presidente. Da mesma forma, incentivado por Dilma, embarca hoje de manhã para Buenos Aires, para se incorporar à comitiva presidencial que irá para as cerimônias de posse da presidente reeleita, Cristina Kirchner.

Após mais de quatro horas nos gabinetes do terceiro andar do Palácio do Planalto, Pimentel saiu sem dar entrevista. O Planalto também não se manifestou sobre as reuniões, negando que tenha havido um encontro privado entre Dilma e Pimentel. Nas palavras de um ministro, se depender de Dilma, ela fará tudo para manter Pimentel, mesmo com as novas revelações sobre as consultorias. Mas amigos do ministro já não descartam a possibilidade de ele deixar o governo, "caso permaneça sob intenso bombardeio".

A avaliação ontem é que Pimentel vivia seu pior dia, diante da contradição entre o que dissera, ter prestado consultoria à ETA, fabricante de bebidas, e a negativa dos ex-sócios da empresa. Ontem à noite, porém, a ETA soltou nota voltando atrás no que dissera anteontem e confirmando a prestação do serviço.

Alguns aliados de Pimentel já estariam trabalhando com a possibilidade de ele deixar o governo nos próximos dias. Os deputados Miguel Corrêa (PT-MG) e Reginaldo Lopes (PT-MG), por exemplo, teriam ficado surpresos com o estado de espírito do ministro e chegaram a confidenciar, em conversas reservadas, que Pimentel estaria prestes a jogar a toalha.

Para procurar demonstrar normalidade, o ministro chegou no início da tarde ao Palácio do Planalto. Participou da audiência com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e depois esteve nas discussões sobre o regime automotivo e as relações entre Brasil e Argentina.

GOVERNO DILMA/PIMENTEL [in:] UMA VEZ PETISMO...

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Pimentel repete descuidos petistas

O Globo - 09/12/2011

Consultorias prestadas pelo ministro Fernando Pimentel, em 2009 e 2010, quando não ocupava cargo público, forçaram, por inevitável, comparação entre seu caso e o de Antônio Palocci, chefe da Casa Civil que mal pôde assumir de fato o posto no Ministério de Dilma Rousseff, pois foi obrigado a se afastar do governo devido a explicações não fornecidas por ele também sobre consultorias.

Em ambas as histórias não há, em si, ilegalidades na prestação dos serviços. Um, formalmente na vida privada, tinha todo o direito de buscar o sustento; o outro, mesmo com mandato de deputado federal, não atropelou barreiras legais ao fazer este tipo de trabalho.

O quadro fica menos simples quando se entra em nuances. Recolher os devidos impostos cobrados sobre as notas fiscais emitidas não resolve a questão. Palocci foi forçado a sair porque optou por manter a lista de clientes em segredo, algo natural e aceitável em consultorias normais, mas não se o consultor é uma pessoa influente no partido no poder, ex-ministro poderoso e que recebeu pagamentos de clientes durante a campanha política da presidente, da qual era coordenador. E a caixa registradora da firma de Palocci funcionou mesmo quando Dilma já ganhara o pleito, e ele era o virtual chefe da Casa Civil do novo governo. Não havia alternativa a não ser a despedida do governo.

Pimentel também não era um consultor qualquer, como têm revelado reportagens do GLOBO. Ex-prefeito de Belo Horizonte, parte-chave na montagem de uma frente plural com a participação do PSDB de Aécio Neves, Fernando Pimentel se manteve influente na capital mineira com a vitória de Marcio Lacerda (PSB), candidato da frente, na sua sucessão. A ponto de Otílio Prado, exonerado do cargo de assessor pelo prefeito Pimentel, a horas do fim do mandato, ter sido renomeado no mesmo posto pelo prefeito Lacerda. Prado era sócio do atual ministro na P-21 Consultoria e Projetos Ltda.

De Palocci não se conheceram os clientes. De Pimentel sabe-se bem mais, e o quadro não o favorece, porque há indícios da prática de lobby junto à prefeitura, bem como de coleta de dinheiro "não contabilizado" para caixa dois político-partidário.

Não o ajuda o fato de ter prestado consultorias, por exemplo, para a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), quando sempre foi notória sua ligação pessoal com a ainda ministra Dilma Rousseff, já cotada para receber o "dedazzo" de Lula. Robson Andrade, presidente da Fiemg, o cliente, explicou que os serviços de Pimentel foram contratados para preparar projetos a fim de serem apresentados também ao governo federal. Hoje, Andrade é presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O caso de Fernando Pimentel não pode ser incluído na safra de escândalos em que uma miríade de ONGs foi usada para roubar dinheiro público. Ou colocado no mesmo plano dos balcões de negociatas, abertos por partidos em ministérios para superfaturar compra de bens e serviços pelo governo, e embolsar a diferença.

O problema do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior se encaminha para ser enquadrado no escaninho dos desvios de conduta observados entre quadros do PT. Não será o primeiro curto-circuito causado em hostes petistas devido à proximidade descuidada entre política e negócios.

PARÁ [In:] PLEBISCITO. À QUEM INTERESSA ?

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Plebiscito antecipa campanha de 2014 no Pará

Autor(es): Por Cristiane Agostine | De Marabá (PA)
Valor Econômico - 09/12/2011

A campanha sobre a divisão do Pará em dois novos Estados colocou no centro do debate a gestão do governador Simão Jatene (PSDB) e antecipou a sucessão estadual de 2014. O grupo a favor da criação dos Estados de Carajás e Tapajós vinculou os problemas históricos do Estado à administração atual e atacou o PSDB e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Jatene, que a princípio se disse neutro, engajou-se na campanha contra a divisão. O governador foi atacado e, em seu direito de resposta, usou os programas eleitorais do plebiscito para fazer o balanço do primeiro ano de mandato no rádio e na televisão.As frentes favoráveis à divisão do Estado atacaram o governador. "Um dos grandes responsáveis pela pobreza do Pará se chama Simão Jatene", diz a apresentadora do programa a favor da criação dos Estados. Na propaganda, populares deram depoimentos. "O governo é todo pilantra. Não está nem aí para os pobres", declara uma entrevistada.

As críticas foram concentradas na Lei Kandir, aprovada na gestão Fernando Henrique Cardoso, "amigo íntimo e colega de partido de Jatene", como descreve a propaganda. A lei acabou com a cobrança do ICMS na exportação de produtos primários e prejudicou o Pará, Estado exportador de minérios. "Ele [o governador] podia ter interferido, falado com FH, brigado e lutado pelo Pará, mas lavou as mãos como Pilatos. Cruzou os braços e abandonou seu povo, deixando que levassem embora nossa riqueza, ficando para nós só a pobreza", reforçou a propaganda do marqueteiro Duda Mendonça.

A propaganda desgastou o governador, que exigiu direito de resposta por ser vinculado à lei criada na gestão de FHC. Na televisão, disse que tem lutado para buscar compensações à Lei Kandir e listou ações de seu governo no interior do Estado. Com receio de mais desgaste político, Jatene anunciou a criação de uma taxa para produção mineral. O projeto foi enviado à Assembleia Legislativa durante o período de propaganda eleitoral sobre o plebiscito.

O presidente da Frente Pró-Criação de Carajás, deputado estadual João Salame (PPS), diz que os ataques ao governador Jatene começaram porque ele definiu sua posição. "Jatene assumiu uma posição e, dessa forma, está sujeito às bordoadas. Faz parte de qualquer processo eleitoral", comenta Salame. "Sou aliado do governo, mas defendo um sonho, assim como milhares de pessoas que querem a separação", diz.

Dirigentes separatistas assumiram discursos de candidatos de oposição a Jatene. "Nossas prioridades são saúde, educação e infraestrutura, com o recapeamento das estradas esburacadas", declara Salame ao Valor. "Hoje o Estado tem o pior salário de bombeiro e delegado e não paga o piso nacional dos professores. Temos os piores índices na área de Educação", diz.

A campanha contra a divisão, apoiada por Jatene, apelou para o discurso emocional e, com receio da insatisfação popular pós-plebiscito, apelou para que não houvesse briga "de irmão contra irmão".

"O Pará nunca mais será igual", acredita o deputado federal Lira Maia (DEM), presidente da Frente Pró-Criação de Tapajós. "O interior está mostrando nesse plebiscito que não é submisso", diz.

A prefeita de Santarém, Maria do Carmo Martins Lima (PT), reforça que o Estado "não será o mesmo" depois do plebiscito. "Se perdermos, entraremos com novo projeto de lei pedindo a divisão no dia seguinte ao plebiscito", comenta. Santarém é a capital prevista para Tapajós.

Na tentativa de conseguir aprovar a divisão do Pará no plebiscito de domingo e separar-se do Estado, a região de Tapajós tenta diferenciar-se do modelo exploratório de desenvolvimento de Carajás.

Políticos e moradores de Santarém e dos outros 26 municípios que poderão formar o Estado de Tapajós defendem a preservação da floresta nativa que ainda ocupa a maior parte do território. Nos discursos, dizem que Tapajós é diferente de Carajás, que abriga muitos migrantes atraídos para aquela região para explorar recursos minerais, desmatar florestas e trabalhar na pecuária extensiva. Além disso, argumentam que o pedido de separação é uma luta histórica e não é por pressão de um grupo econômico, como em Carajás. "Queremos ser um Estado verde e receber recursos por ser uma área de preservação", diz a prefeita.

A região onde poderá ser criado Carajás baseia sua economia nos minérios. Lá estão a maior reserva de ferro do mundo e os principais investimentos da Vale. O território concentra os maiores latifúndios pecuaristas da Amazônia e parte da floresta foi transformada em pasto. Quase metade da área florestal (42,9%) já foi desmatada. Segundo o Ibama, a madeira extraída ilegalmente alimenta as siderúrgicas locais. A área é marcada por conflitos no campo e Marabá, prevista para ser a capital do novo Estado, é a quarta cidade mais violenta do país.

O coordenador estadual da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura (Fetraf), Francisco Carvalho, acredita que o governador terá dificuldades políticas nas regiões separatistas. "Podemos até não ganhar, mas o Pará nunca mais será o mesmo. Na hora em que o político de Belém quiser pedir votos aqui, vai ter dificuldade", diz. Líder local, reclama que as regiões Sul e Sudeste do Pará, onde ficaria Carajás, não consegue eleger governador, vice governador nem senador. "E dos 17 deputados federais, temos apenas seis das regiões de Carajás e Tapajós", comenta.

O desgaste do governador é simbolizado pela aproximação entre ruralistas e trabalhadores em Marabá, cidade símbolo da violência no campo. No município, a Fetraf, uma das principais organizações populares do Pará, engajou-se na campanha pela divisão e articulou-se com representantes do agronegócio.

O coordenador da Fetraf, Francisco Carvalho, explica a aproximação. "Temos que conversar com todo mundo. Não é luta política. É uma responsabilidade de todos nós", afirma. A federação fez mutirões em assentamentos para transferir títulos de eleitores. Os trabalhadores rurais acreditam que a divisão do Estado facilitará a governança e aproximará a população do poder público, facilitando a pressão. "Diminuindo o tamanho da casa fica mais fácil cuidar dela", afirma o agricultor Valderino Viana, de 47 anos, que transferiu o domicílio eleitoral no mutirão. Para o agricultor Izaias Melo, do assentamento Belo Vale, "não há nada a perder" com a divisão. "

No comando das campanhas separatistas estão políticos e empresários ligados ao agronegócio. Autor do projeto de lei que propôs em 1992 a criação de Carajás, o deputado Giovanni Queiroz (PDT) é um dos diretores da Frente Parlamentar da Agropecuária. O presidente da frente pró-Tapajós, deputado federal Lira Maia (DEM) seu é presidente.

No Pará, a Fetraf divide o comando dos trabalhadores rurais com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri). O MST não é tão influente quanto as federações no Estado, mas é articulado nos assentamentos. Tanto a Fetagri quanto o MST fazem ressalvas à aproximação aos ruralistas, apesar de apoiarem a divisão do Pará.

Para Rudá Galileu, assessor e militante da Fetagri, essa aproximação não garante que os conflitos no campo vão diminuir. "Foi um ato impulsivo de sindicalistas. As pessoas estão sendo induzidas pelo emocional. Na campanha do plebiscito não está sendo discutido um projeto político, mas sim quem vai ficar com os minérios do Pará", diz. Para Galileu, os conflitos agrários podem se intensificar. Em Parauapebas, cidade que concentra a exploração mineral pela Vale, o MST é influente, mas não conseguiu se articular durante a campanha. "Hoje quem está no poder é a oligarquia rural. A divisão do Estado vai trazer mais oportunidades para disputarmos espaço, mas a esquerda não conseguiu conduzir essa discussão", diz Jorge Neri, do MST.

Para o advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT), José Batista Afonso, o Pará perdeu a oportunidade de debater seu modelo de desenvolvimento. Carajás concentra os investimentos da Vale, tem a maior mina de ferro do mundo e o maior rebanho de gado. Segundo a CPT, só no ano passado foram registrados 90.137 conflitos no campo, 16% de todo o país, e denúncias de 1.522 pessoas trabalhando em condições análogas às de escravidão. O conflito se agrava na região porque muitas fazendas ocupadas por assentamentos têm grandes reservas minerais, o que eleva o valor da propriedade.

GOVERNO DILMA [in:] GASTAR É ''PRECI$0,00''

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GOVERNO BARGANHA E VIRA JOGO NO SENADO

POLÍTICA DE RESULTADOS
Autor(es): agência o globo:Cristiane Jungblut
O Globo - 09/12/2011

Após intensa negociação, Senado aprova DRU, que permite ao governo gastar R$62 bi livremente


Depois de uma intensa negociação com a base aliada e atendimento das mais diversas reivindicações, o governo conseguiu aprovar ontem, no Senado, a prorrogação da Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 31 de dezembro de 2015. A DRU permite ao governo usar livremente 20% de suas receitas.

Em menos de três horas de discussão, o Senado aprovou, por 59 votos a favor e apenas 12 contra, a Proposta de Emenda Constitucional que estende a DRU por mais quatro anos. Para aprovar uma PEC, são necessários pelo menos 49 dos 81 votos no Senado. A presidente Dilma Rousseff pediu que a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, fosse ao Plenário do Senado cumprimentar, pessoalmente, os senadores após a votação.

O segundo turno da proposta deverá ser votado no próximo dia 20, antes do recesso do Congresso, que começa dia 22. Em 2012, a DRU significará R$62,4 bilhões, referentes à arrecadação de contribuições sociais. O governo utiliza a DRU como mecanismo de ajuste fiscal, deslocando recursos dentro do Orçamento e garantindo o superávit primário. O governo tem pressa porque a DRU expira no próximo dia 31.

A sessão foi rápida e tranquila: a base aliada havia prometido apoio ao texto e a oposição não fez obstrução, dentro do acordo de procedimentos feitos na véspera, com a votação da regulamentação da Emenda 29 que estabelece gastos com a Saúde para a União, estados e municípios. O discurso da oposição foi de que o governo ganhará um "cheque em branco" em 2012, pleno ano eleitoral.

Texto sem emendas da oposição

Os debates contaram até mesmo com um discurso inflamado do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em favor da DRU.

- A DRU é uma vacina que nós estamos tomando, vacina que foi usada por Fernando Henrique, por Lula, por Dilma. E não podemos tirar da mão da presidente um instrumento pelo qual ela vai assegurar a continuidade da estabilidade nacional. A DRU não é um assunto partidário e não é assunto para dividir ninguém - disse Sarney, ressaltando que há uma crise econômica internacional.

O governo venceu a votação com facilidade, mostrando que a base aliada atendeu o chamado da presidente Dilma Rousseff e depois de uma intensa barganha com os aliados. As negociações incluíram desde o adiamento da votação de projeto que trata da partilha do ICMS nos estados até a liberação de emendas de parlamentares ao Orçamento.

Mas a ministra Ideli Salvatti disse que as negociações foram de "alto nível" e não uma barganha política. Pelo terceiro dia consecutivo, Ideli transferiu seu gabinete para o Senado visando as negociações.

- Fizemos, ao longo dos últimos três dias, negociações políticas de altíssimo nível, em termos de matérias que são relevantes para o país. Foi o que permitiu que votássemos o Código Florestal, a regulamentação da Emenda 29, e o primeiro turno da DRU - disse Ideli, que distribuiu abraços e beijos aos ex-colegas de Senado. E completou:

- Foi uma bela semana, vitoriosa. O Congresso brasileiro está de parabéns.

Na mesma linha, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que foi uma "vitória maiúscula".

- O governo negociou politicamente com a base. Mas não fica a vinculação (com a aprovação da Saúde ou da DRU). Tivemos uma vitória maiúscula. Nada é fácil. Mas a oposição ajudou, não tumultuou, o que já é uma colaboração - disse o líder governista.

Enfraquecida, a oposição não teve nem força para apresentar emendas ao texto. Por pressão do governo, senadores da base retiraram duas assinaturas das emendas - eram necessárias 27 assinaturas.

Em plena quinta-feira - dia normalmente de movimento fraco no Congresso -, o Senado contou com plenário cheio e 71 votantes. Mas alguns senadores, em especial da oposição, preferiram não comparecer à votação. O senador Aécio Neves (PSDB-MG), por exemplo, não votou.

Dos dez senadores do PSDB, apenas cinco participaram da votação. E entre os cinco representantes do DEM, apenas três votaram. O placar da oposição só chegou a 12 por causa dos dois votos do PSOL e da dissidência de dois representantes da base governista: Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Pedro Taques (PDT-MT).

À oposição, restou fazer alguns discursos.

- Houve um balcão de negócios. E estamos dando um cheque em branco para o governo. Com R$62 bilhões de cheque em branco, eles têm muitas razões para negociar - disse o líder do PSDB na Câmara, Álvaro Dias (PR).

- O acordo residia em que, se votássemos a Emenda 29 sem compromisso de mérito, votaríamos a DRU sem obstrução. E mesmo com o coração sangrando, pelo fato de ontem (anteontem) termos assistido - e temos consciência absoluta disso - a uma votação que frustrou o Brasil (a emenda da saúde). O Governo ganhou e o Brasil perdeu - acrescentou o presidente nacional do DEM, José Agripino Maia (PI).

Na véspera, foi aprovada a regulamentação da Emenda 29, que criou ambiente mais favorável para o Planalto. O governo conseguiu derrubar, de vez, a proposta que obrigava a União a destinar R$30 bilhões a mais para a Saúde em 2012, o que equivale a 10% da receita bruta. Na votação da noite de quarta-feira, foi mantido o piso para o setor, sem aumentar os gastos do governo federal.


''QUEM LÊ TANTA NOTÍCIA?''

SINOPSES - RESUMO DOS JORNAIS


09 de dezembro de 2011

O Globo


Manchete: Mesmo com inflação maior, governo planeja cortar juro

Equipe econômica quer estimular crescimento para evitar efeitos da crise

Mais uma vez, os alimentos puxaram a inflação. Em novembro, o IPCA, da meta oficial, subiu de 0,43%para 0,52%. Um dos maiores impactos foi do preço da carne. No ano, o índice acumula 5,97% e, em 12 meses, está em 6,64%. Parte dos analistas acredita que o custo de vida pode ficar em até 6,5% em 2011, se a inflação de dezembro for de 0,5%. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom,), divulgada ontem, aposta que a inflação vai cair ano que vem e, por isso, o BC continuará reduzindo os juros. Enquanto isso, a equipe econômica deve propor novas medidas de estímulo ao consumo para evitar que o país sofra os efeitos da crise. (Págs. 1, 29 e 30)

BCE reduz taxa e amplia crédito

O Banco Central Europeu (BCE) cortou sua taxa básica de juros em 0,25 ponto, para 1%, mínimo histórico. Além disso, ampliou os empréstimos aos bancos. Mesmo assim, os mercados reagiram mal e as bolsas caíram. (Págs. 1, 31 e Miriam Leitão)

Entrevista

Economista alemão propõe que a Lei de Responsabilidade Fiscal brasileira seja adotada pelos europeus. (Págs. 1 e 31)

Ancelmo Gois: Postos BR vão fechar na Lagoa e na Atlântica

O governo estadual não vai renovar a concessão dos postos de gasolina BR que ficam nos canteiros centrais da Avenida Altântica e da Lagoa. Terão de sair em 90 dias. (Págs. 1 e 22)

PAC 2 na Rocinha vai sair do papel

O governador Sérgio Cabral disse estar finalizando entendimentos com a União para obras do PAC 2 na Rocinha, orçadas em R$700 milhões. Já as do PAC 1 serão concluídas. (Págs. 1 e 16)

Subsídio às barcas terá contrapartida

O governador Sérgio Cabral disse que o Estado só dará subsídio para cobrir o reajuste de 57% na tarifa das Barcas S/A se a empresa se comprometer a alugar embarcações e oferecer mais 3.500 lugares. (Págs. 1 e 20)

Governo barganha e vira jogo no Senado

As negociações do governo deram resultado, e o Senado aprovou ontem, em primeiro turno, a proposta que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU). O mecanismo permite ao governo gastar livremente 20% de suas receitas. Em 2012, isso significará R$62,4 bilhões refentes arrecadação. A votação em segundo turno vai ocorrer no dia 20. (Págs. 1 e 3)

Pimentel: ETA agora confirma o que negara

Um dia após seus sócios na época negarem que tenham contratado a consultoria do ministro Fernando Pimentel, a ETA soltou nota lacônica confirmando o serviço. (Págs. 1, 9 e editorial "Pimentel repete descuidos petistas")

AGU busca reaver R$2,14 bi desviados por corrupção (Págs. 1 e 11)


União cede por fundo de Previdência

Para aprovar o projeto que cria a Previdência Complementar do Servidor Público, o governo já cogita aumentar em até 1 ponto percentual, chegando a 8,5% a contribuição da União para o novo fundo. (Págs. 1 e 12)

Vale revê sua estratégia e venderá navios

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, decidiu vender todos os supernavios que a empresa encomendou na gestão de Roger Agnelli. O objetivo era baixar o preço do frete para vender minério à Ásia. (Págs. 1 e 35)

Kioto sai ainda mais fraco de Conferência

A Conferência do Clima, que termina hoje, deve aprovar a extensão do Protocolo de Kioto até 2015. O acordo, que já não contava com os EUA, perdeu Japão, Canadá e Rússia, tornando-se ainda mais fraco.

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Folha de S. Paulo


Manchete: PF acusa policiais de SP de extorsão a traficantes

Agentes do Denarc e Deic cobraram R$3 milhões para liberar criminosos, diz inquérito

Policiais civis de São Paulo são investigado pela Polícia Federal sob suspeita de exigir propinas de R$3 milhões para deixar de prender traficantes, entre agosto de 2010 e março deste ano, informa André Caramante. Ao menos 12 policiais do Denarc (Departamento de narcóticos) e do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), considerados órgãos de elite da Polícia Civil, aparecem nas 1.771 páginas do inquérito. (Págs. 1 e Cotidiano C1)

Brasil Foods vende parte de seus ativos para Marfrig

A Brasil Foods vai vender para a rival Marfrig, dona da marca Seara, ativos de que terá de se desfazer por determinação do Cade para que a fusão entre a Sadia e a Perdigão seja concluída.

Os ativos correspondem a 30% da capacidade de produção da empresa. O negócio prevê a troca de marcas, fábricas, centros de distribuição e granjas. (Págs. 1 e Mercado B1)

EUA pedem mais alertas nas bulas de novas pílulas

A FDA, agência dos EUA que regula fármacos, decidiu que os benefícios de anticoncepcionais com o hormônio drospirenona superam os riscos e vai mantê-los no mercado. Os consultores, porém, exigiram mais pesquisas e alertas nas bulas sobre os riscos reais desses medicamentos. (Págs. 1 e Saúde C12)

BC Europeu corta juros e facilita empréstimos

O BC Europeu anunciou medidas emergenciais devido à piora da economia e ao risco de nova recessão, relata Vaguinaldo Marinheiro, de Bruxelas. Os juros caíram de 1,25% para 1% e haverá empréstimos com prazos maiores e flexibilização de garantias para bancos.

As Bolsas, que esperavam anúncio de compra de títulos, reagiram mal e caíram. (Págs. 1 e Mundo A16)

Inflação sobe e já é a maior em 11 meses desde 2004

O IPCA voltou a acelerar e subiu em 0,52% em novembro. O acumulado neste ano (5,97%) só é superado por igual período de 2004. Mesmo com a alta, a inflação em 12 meses desacelerou pelo segundo mês consecutivo e está em 6,64%. A meta limite defenida pelo governo para 2011 é 6,5%. (Págs. 1 e Poder A15)

Moisés Naím: Protecionismo e xenofobia brotam em tempo de crise

Generosidade e tolerância ficam em falta quando faltam empregos e dinheiro. Em tempos de crise, a xenofobia floresce lado a lado com conflitos políticos, protecionismo e racismo. E sabemos dos perigos engendrados pela reação a recessões. (Págs. 1 e Mundo A20)

Greve afeta conexão de passageiros em Cumbica. (Págs. 1 e Cotidiano C7)


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O Estado de S. Paulo


Manchete: Brasil e EUA aceitam acordo do clima

Pacote negociado em Durban prevê que todos os grandes emissores de gases-estufa tenham metas obrigatórias de corte

Após um aceno positivo dos EUA e do Brasil, os quase 200 países reunidos na 17ª Conferência do Clima em Durban (África do Sul) estão bem perto de fechar um "pacote climático", informa a enviada especial Afra Balazina. Ele incluirá um segundo período para o Protocolo de Kyoto - que funcionará de 2013 a 2020 - e também um roteiro para um futuro acordo global contra as mudanças climáticas, em que todos os grandes emissores de CO2, do mundo, incluindo o Brasil, terão metas obrigatórias para cortar as emissões de gases-estufa. (Págs. 1 e Vida A21 e A22)

Análise
Fernando Gabeira

Horizonte sombrio (Págs. 1 e A2)

Suspeito de superfaturar obra é doador de Pimentel

A Camargo Corrêa, principal financiadora da campanha eleitoral do ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) em 2010, é suspeita de superfaturar contrato com prefeitura de Belo Horizonte na gestão do petista. Segundo a denúncia, que partiu de ex-vereador tucano, a prefeitura pagou mais de R$ 200 mil por apartamento em conjunto habitacional feito pela empreiteira - o valor correto seria R$ 25 mil. A empresa nega irregularidade (Págs. 1 e Nacional A4)

Maria da Ajuda

Moradora de conjunto em BH

"Dizem que o apartamento pode valer uns R$ 80 mil. Só não vale R$ 200 mil de jeito nenhum. Não tem lógica" (Pág. 1)

Líderes se desentendem no início da cúpula da UE

No início da cúpula europeia para salvar o euro, Alemanha, França e Reino Unido se desentenderam sobre como refundar a União Europeia. A Alemanha insistiu em seu modelo, que prevê controle rígido de déficit na zona do euro. Mas o premiê britânico, David Cameron, deixou claro a seus colegas, Nicolas Sarkosy (França) e Angela Merkel (Alemanha) que vetará "um acordo ruim" - isto é, que não englobe todos os membros da UE. (Págs. 1 e Economia B1, B4 e B6)

Análise
Timothy Garton Ash

Crise assustadora e monótona

A Europa não será salva hoje em Bruxelas. Nã melhor das hipóteses, vai sobreviver para enfrentar outro trauma. Trata-se de uma corrida de obstáculos em terreno acidentado: um novo salto sobre poças d'água nos aguarda após cada falso horizonte. (Págs. 1 e Economia B6)

Inflação sobe e ameaça meta

Com a alta de 0,52% em novembro, o IPCA só não vai estourar o teto da meta estabelecida pelo governo em 2011 - de 6,5% - se o resultado de dezembro for inferior a 0,50%. (Págs. 1 e Economia B8)

Lula sugeriu a Dilma mudança no PAC (Págs. 1 e Nacional A8)


Rejeitada mudança em idade escolar mínima (Págs. 1 e Vida A23)


Divisão do Pará tirará verba de vizinhos pobres (Págs. 1 e Nacional A10)


Notas & Informações

A CPMF não voltará

O Senado eliminou a possibilidade da criação de imposto para, alegadamente, financiar a saúde. (Págs. 1 e A3)

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Correio Braziliense


Manchete: IPTU e IPVA sobem até 7,39% em 2012

O aumento dos dois impostos foi aprovado ontem pela Câmara Legislativa. Os valores das alíquotas vão variar conforme a valorização ou a desvalorização de imóveis e veículos. No caso dos carros, técnicos do Governo do Distrito Federal estimam que menos de 10% da frota terá de pagar o reajuste máximo de 7,39%, correspondem à variação do IPCA, indicador oficial da inflação, apurada entre setembro de 2010 e agosto de 2011. O mesmo não ocorre com os imóveis, cujo valor é cada vez maior no DF. Foi mantido o desconto de 5% para quem fizer o pagamento à vista. (Págs. 1 e 29)

Concursos: Itamaraty, Marinha, Petrobras, PF e PRF vão abrir 5.903 vagas (Págs. 1 e 13)


Investigação: Invasor do Buriti se livra da Papuda

O PM João Dias, que após pagar fiança na 5ª DP havia sido enviado à Papuda por agredir um oficial, foi solto por determinação da Justiça. A Polícia Civil e o Ministério Público vão investigar o caso. (Págs. 1 e 22)

Crise Global: Europa vive o seu dia D na economia

Países da Zona do Euro anunciam medidas de austeridade nas contas públicas. Em meio as perspectivas sombrias, líderes buscam acordo hoje para evitar a recessão e salvar a moeda. (Págs. 1, 11 e 12)

Meio ambiente: Brasil tem missão quase impossível

Depois de defender inclusão de metas ambientais para todos os países na COP-17, a delegação brasileira foi escalada para tentar convencer os EUA a assinarem o acordo contra o aquecimento global. (Págs. 1 e 20)

Livre para gastar R$64 BI

Governo festeja aprovação da DRU no Senado. Mas o empenho dos aliados na votação terá preço alto para o governo. (Págs. 1 e 2)

O circo do Tiririca

Deputado mais votado do país, o comediante comandou uma audiência na Câmara sobre a atividade circense. (Págs. 1 e 3)

Advogados sem lei ética

Pessoas contratadas por escritórios tentam atrair, ilegalmente, clientes na porta de delegacias do Trabalho no DF. (Págs. 1 e 25)

Avião põe EUA e Irã em pé de guerra

Governo iraniano exibe imagens de suposta aeronave espiã americana, a RQ-170 Sentinel (E), que teria sido derrubada no país. Presidente americano eleva o tom do discurso contra Teerã e não descarta nem mesmo uma intervenção militar. "Nenhuma opção está fora da mesa", avisou Obama. (Págs. 1 e 16)

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Valor Econômico


Manchete: Espanhóis compram o controle da Neoenergia

Os sócios da Neoenergia estão perto de anunciar um acordo para a reestruturação acionária da empresa, que controla as distribuidoras de energia Cosern, Celpe e Coelba. Pelo acordo, a empresa espanhola Iberdrola, que detém hoje 39% do capital, será a nova controladora da companhia, com cerca de 60% do capital. O braço de investimentos do Banco do Brasil (BB), que possui 11,99%, deixará a empresa. A Previ, o fundo de pensão dos funcionários do BB, reduzirá sua fatia de 49,01% para 25%. Já o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entrará no capital, tornando-se sócio estratégico.

O preço da operação já foi definido, mas não revelado, e, segundo o Valor apurou, Previ, BB e BNDES saem da negociação "satisfeitos". O BNDES, o grande "player" do governo no setor de energia, fará parte do grupo de controle e sua participação poderá chegar a 15%. (Págs. 1 e D1)

Marfrig prevê mais R$ 1,7 bi de receita

A troca de ativos com a BRF Brasil Foods, anunciada ontem, vai acrescer R$ 1,7 bilhão por ano ao faturamento líquido do frigorífico Marfrig, segundo seu presidente, Marcos Molina. Após meses com as ações em queda e uma reestruturação para reduzir a alavancagem, a Marfrig ficará com as unidades industriais e marcas que a BRF teve de vender como condição imposta pelo Cade para sua criação. Ontem mesmo o órgão aprovou o negócio. Além dos ativos trocados, a Marfrig pagará R$ 200 milhões à BRF. De acordo com Molina, o montante será pago "no longo prazo, com geração de caixa". Ele disse que não vai recorrer ao BNDES, que tem 13,89% do capital da Marfrig, para financiar os R$ 200 milhões. (Págs. 1 e D5)

Sem acordo para salvar o euro

Às vésperas de uma reunião decisiva dos líderes europeus para encontrar uma saída definitiva para a crise na zona do euro, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, deu sinais de que a solução poderá não vir, decepcionando os mercados, que fecharam em baixa. Draghi deixou claro que compras ilimitadas de bônus de países em dificuldades - uma das saídas para a crise - não estão em seus planos, ao menos até que os países da união monetária cheguem a um acordo para coordenar suas políticas fiscais. Ele considerou ilegal qualquer ajuda do BCE ao FMI para que o fundo, por sua vez, socorra governos europeus. Mas o BCE tomou medidas inéditas para dar liquidez ao mercado, ao elevar a três anos o prazo das linhas de crédito a bancos, ampliar o leque das garantias aceitas e cortar para 1% o juro básico. (Págs. 1 e C2)

CVM encara a indústria de fundos

Maria Helena Santana, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), vai se dedicar nos sete meses que ainda tem à frente da autarquia a uma extensa agenda regulatória para os fundos de investimentos. Embora alguns assuntos já tenham sido encaminhados, 2012 deve marcar ações que busquem maior competição e eficiência dos fundos.

Além da consolidação da adoção do IFRS nas demonstrações financeiras, o ano de 2011, para Maria Helena, foi importante por permitir a condução de uma "agenda de regulação com menos projetos grandalhões", mas que resolveu diversas pendências. Ela comemorou também a primeira iniciativa policial de busca e apreensão de informações para investigar potencial manipulação de mercado, por solicitação da CVM. (Págs. 1 e C3)

Comércio mostra sinais tímidos de recuperação

Depois da estagnação no terceiro trimestre, a economia brasileira dá sinais tímidos de reação, concentrados basicamente no consumo, enquanto a indústria continua a mostrar fraqueza, sem ter concluído o processo de ajuste de estoques. Estimativas preliminares de analistas apontam alguma aceleração da atividade nos últimos três meses do ano, com projeções de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em torno de 0,4%, com ajuste sazonal. A queda dos juros e o recente desmonte das medidas de restrição ao crédito devem ter impacto mais forte sobre a economia apenas no próximo ano.

Redes varejistas de grande e médio portes começaram a perceber sinais de aumento na demanda nos primeiros dias de dezembro, em relação ao mês anterior. O principal indicador foi o crescimento do tráfego nos pontos de venda, que se traduziu em índice de negócios pouco acima do verificado no mesmo período do ano passado. Neste segundo fim de semana do mês, o desempenho das grandes redes será acompanhado em tempo real, para que o resultado seja conhecido pela direção das empresas já na segunda-feira. (Págs. 1, A3, B1, B6 e B7)

Cristina Kirchner, mais ortodoxa na economia?

O enfrentamento com o meio sindical - uma das mais tradicionais bases de apoio do peronismo na Argentina - deverá marcar o início do segundo mandato da presidente Cristina Kirchner, que começa amanhã. O primeiro embate será com os sindicatos dos professores. "Se o reajuste para os docentes ficar abaixo de 20%, está claro que haverá uma conjuntura de moderação do consumo e economia mais desaquecida em um cenário de crise externa", diz o economista Dante Sica, da consultoria Abeceb. Se a previsão se confirmar, será mais um sinal de mais ortodoxia econômica do novo mandato de Cristina. (Págs. 1 e A13)

Santander vende R$ 16 bi em carteiras de créditos 'podres'

O Santander Brasil vendeu, em 2011, um volume de carteiras de créditos "podres" sem precedentes para o mercado brasileiro. Dívidas vencidas há pelo menos 360 dias de pessoas físicas e empresas, num total de R$ 16 bilhões, terão sido levadas a leilão pelo braço brasileiro do banco espanhol até o fim do ano, segundo Marcelo Malanga, diretor de negócios de recuperação do Santander.

A cifra equivale a quatro vezes os R$ 4,2 bilhões vendidos em 2010 e é próximo a 9% do total de ativos de crédito que constavam no balanço do banco no terceiro trimestre. O Santander é o único entre os grandes bancos do país que costuma levar suas carteiras de créditos "podres" a leilão para recuperar um valor ínfimo do que a inadimplência dos clientes levou de sua receita. (Págs. 1 e C1)

Em crise, cidades europeias cortam decoração de e têm Natal sombrio (Págs. 1 e A12)


Bancos centrais se preparam para possível fim do euro (Págs. 1 e B4)


Cartel do gás no DF

O Ministério Público denunciou 11 executivos das empresas Liquigás, SHV e Nacional Gás Butano po formação de quadrilha e quartel no mercado de gás de cozinha no Distrito Federal. (Págs. 1 e A5)

Indústria automobilística

A indústria automobilística brasileira inicia um novo ciclo de grandes investimentos, o terceiro na história do setor no país. Neste ano e até 2015, as montadoras pretendem investir US$ 4,4bilhões por ano, diz o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini. (Págs. 1 e Valor Setorial)

CCR avalia trem-bala e aeroportos

Maior concessionário de serviços de infraestrutura do país, o Grupo CCR vai estudar sua participação no projeto do trem-bala e também avalia sua entrada no setor aeroportuário. (Págs. 1 e B9)

SDE investiga cartel rodoviário

A Secretaria de Direito Econômico (SDE) do MInistério da Justiça abriu investigação para apurar a existência de cartel no transporte rodoviário de cargas no Porto de Santos. (Págs. 1 e B9)

Mais helicópteros

O início da exploração do pré-sal e eventos como a Copa e a Olimpíada já movimentam as vendas de helicópteros no Brasil. Só no segmento offshore, a frota deve dobrar em três a quatro anos, para 300 aeronaves. A frota total do país é de 1.495 unidades. (Págs. 1 e B10)

STJ esclarece Lei de Falências

Superior Tribunal de Justiça define que suspensão de atos praticados contra empresas de recuperação judicial vale a partir do deferimento do pedido de recuperação pela Justiça, e não da data em que a empresa protocolou a medida. (Págs. 1 e E1)

Ideias

Claudia Safatle

Se tiver sangue-frio, a presidenta Dilma Rousseff poderá ver, em seu governo, os juros mais baixos que o Brasil já teve. (Págs. 1 e A2)

Ideias

Yao Yang

Após ser, por um bom tempo, uma estudante do Ocidente, a China tem razão em perguntar por que o professor errou tanto. (Págs. 1 e A15)

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